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As regiões distantes ao centro do poder imperial sofriam com a falta de autonomia política e o desinteresse dos regentes em resolver os problemas que assolavam a sociedade. Além disso, as camadas desfavorecidas sofriam com o autoritarismo e violência exercido pelas autoridades locais, representadas pelos grandes latifundiários. Antecedentes • Intensificação da exploração da força de trabalho indígena e da perseguição armada, dotado através das sucessivas cartas régias, principalmente com a vinda da família real ao Brasil, teve implicações ainda mais desastrosas no que diz respeito a demografia da região. • A situação em toda a província era de calamidade extrema. • A população pobre, fosse livre ou escrava, era enormemente explorada pelos fazendeiros. • Fazendeiros insatisfeitos com o governo do Pará e com o governo central. CABANAGEM – (1835-40) – GRÃO-PARÁ • Conjunto formado por índios aldeados e destribalizados (tapuios), os negros e os mestiços submetidos a exploração absoluta e ao abandono completo. • 1832 – Sob a liderança do cônego Batista Campos, conseguiram submeter o presidente da província, Machado de Oliveira. • 1834 - Morte de Batista Campos. • Os cabanos concentrados nos arredores da cidade, empreenderam um levante armado, tomando, na noite de 6 para 7 de janeiro de 1835, a capital, Belém. ❖Nomeação, março de 1836, do brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa como novo presidente do Grão-Pará, autorizando a guerra total contra os cabanos. ❖Os cabanos, internados na selva, lutaram até 1840, até serem completamente exterminados (nações indígenas foram chacinadas; os murá e os mauê praticamente desapareceram). REAÇÃO DO GOVERNO IMPERIAL: • Félix Clemente Malcher (1835) • Francisco Pedro vinagre (1835) • Eduardo Angelim= Proclamou o desligamento da província em relação ao império. Mandou fuzilar lideres negros. GOVERNO DOS CABANOS: • Calcula-se que de 30 a 40% de uma população estimada de 100 mil habitantes morreu. Em 1833 o Grão-Pará tinha 119.877 habitantes; 32.751 eram índios e 29.977, negros escravos. A maioria mestiça ("cruzamento" de índios, negros e brancos) chegava a 42 mil. A minoria totalizava 15 mil brancos, dos quais mais da metade eram portugueses. A CABANAGEM NO AMAZONAS ❖ Chegou a Vila de Manaus em 6/03/1836, Bernardo Sena e Apolinário Maparajuba. ❖ Imposição das autoridades do governo cabano liderado por Eduardo angelim. ❖ Maués, Autazes até o Rio Içana e a dominação da Vila de Serpa. ❖ O enfraquecimento do movimento no Pará reverberou também no atual estado do Amazonas. ❖ Freire Taqueirinha traiu o movimento. ❖ Ambrósio Aires - repressão e morte nas imediações do rio Madeira. ❖ Restabelecimento da legalidade com a queda de Tefé, Barcelos, Moura e Serpa. ❖ Manaus submetida em 3 de agosto de 1836. ❖ Rendição de Luseia (Maués) em 25 de março de 1840. DIRETÓRIO DE ÍNDIOS DE 1845 ❖ Após o fim da cabanagem, situação social crítica no alto Amazonas e no Pará. ❖ Providências para reverter o cenário, exploração da mão de obra indígena, alternativa imediata: ✓ recrutamento compulsório, em caráter servil em lavouras e outras atividades. ❖ Decreto 426 de 24/07/1845: ✓ reordenamento das aldeias e distribuição de índios para o trabalho. ✓ aldeamento sob a responsabilidade dos missionários. ✓ Um diretor geral designado pelo próprio imperador para o controle e pagamento dos indígenas. ✓ Cargo de diretor de aldeias designado pelo presidente da província ✓ Os diretores receberam patentes militares ✓ As diretorias de índios: incentivo na produção de café, milho, tabaco, banana, mandioca e a coleta das drogas do sertão utilização dos indígenas na construção de obras públicas ❖ Em 1866 as diretorias de índios foram extintas ❖ Substituição da mão de obra indígena pela do imigrante nordestino em 1875. ❖ Uma escravidão disfarçada de índios na Amazônia. A CRIAÇÃO DA PROVÍNCIA DO AMAZONAS ❖ Mesmo como comarca dependente do Pará, era frequente o desejo de autonomia do Amazonas. ❖ Alegação que o Pará tinha um território muito grande. ❖ Ainda em 1826, Dom Romualdo Antônio, deputado nacional do Pará, falou à Assembleia Nacional sobre a possibilidade de emancipação do Amazonas. ❖ Outros nomes lutaram pela emancipação: Souza Franco, Jerônimo coelho e João Batista de Figueiredo. ❖ Em 1841 houve a invasão dos ingleses vindos da Guiana Inglesa, ocupando o vale do Rio Branco. Em 1842 fincaram bandeira inglesa no Brasil. ❖ Necessidade de uma melhor ocupação da região. ❖ Alegações contrárias a emancipação do Amazonas : incapacidade de gerir rendas próprias, gastos ao Tesouro nacional ❖ Em 1849 houve o envio ao parlamento de um projeto, aprovado subiu à sanção imperial. ❖ Referendo do Visconde de Monte Alegre, ministro chefe do gabinete do Império ❖ Criação da província do Amazonas pela lei 592 de 5/09/1850. ❖ Contemplava os desejos da população da antiga comarca, interesses do governo central no controle das províncias favorecia objetivos políticos econômicos. ❖ Mais de 30 governadores, vice governadores e parlamentares escolhidos como representantes do Amazonas eram de outras províncias ❖ Limites de extensão geográfica: mesmos limites demarcados no governo de Mendonça Furtado. ❖ Um deputado, um senador e uma Assembleia Provincial composta de 20 membros. ❖ Capital na cidade da barra do rio Negro ❖ O primeiro presidente foi o Dr João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha. ❖ Iniciada a província, verificou-se a precariedade para o bom funcionamento: falta de contingente humano para o serviço público, distancias geográficas desorganização da economia. ❖ Doutor Manuel Gomes Correa de Miranda: construção da Câmara municipal da tesouraria da fazenda instalação da Secretaria da assembleia provincial. Construção de várias escolas públicas a navegação a vapor no rios nos rios amazônicos. ❖ 1, João Batista Figueiredo Aranha, Partido Conservador[17], 1 de janeiro de 1852, 27 de junho de 1852, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ —, Manuel Gomes de Miranda, Partido Conservador[17], 27 de junho de 1852, 22 de abril de 1853, 1° Vice-Presidente no cargo de titular, , , , ❖ 2, Herculano Ferreira Pena, Partido Conservador[17], 22 de abril de 1853, 11 de março de 1855, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ —, Manuel Gomes de Miranda, Partido Conservador[17], 11 de março de 1855, 28 de janeiro de 1856, 1° Vice-Presidente no cargo de titular, , , , ❖ 3, João Pedro Dias Vieira, Partido Conservador[17], 28 de janeiro de 1856, 26 de fevereiro de 1857, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ —, Manuel Gomes de Miranda, Partido Conservador[17], 26 de fevereiro de 1857, 12 de março de 1857, 1° Vice-Presidente no cargo de titular, , , , ❖ 4, Ângelo Tomás do Amaral, Partido Conservador[17], 12 de março de 1857, 10 de novembro de 1857, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 5, Francisco José Furtado, Partido Liberal[19], 10 de novembro de 1857, 30 de maio de 1859, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ —, Manuel Gomes de Miranda, Partido Conservador[17], 30 de maio de 1859, 24 de novembro de 1860, 1° Vice-Presidente no cargo de titular, , , , ❖ 6, Manuel Clementino Carneiro, Partido Liberal[19], 24 de novembro de 1860, 7 de fevereiro de 1863, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 7, Sinval Odorico de Moura, Partido Liberal[19], 7 de fevereiro de 1863, 7 de abril de 1864, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 8, Adolfo Lacerda, Partido Conservador[17], 7 de abril de 1864, 24 de agosto de 1865, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 9, Antônio de Mello, Partido Liberal[19], 24 de agosto de 1865, 24 de novembro de 1867, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 10, José Coelho da Gama e Abreu, Partido Liberal[19], 24 de novembro de 1867, 9 de fevereiro de 1868, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 11, Jacinto Pereira do Rego, PartidoConservador[17], 9 de fevereiro de 1868, 26 de novembro de 1868, Presidente Provincial nomeado por Carta imperial, , , , ❖ 12, João Wilkens de Matos, Partido Conservador[17], 26 de novembro de 1868, 8 de agosto de 1870, Barão de Maruiá, , , , ❖ 13, José de Miranda Reis, Partido Conservador[17], 8 de junho de 1870, 8 de julho de 1872, Barão com grandeza de Miranda Reis, , , , ❖ 14, Domingos Monteiro Peixoto, Partido Conservador[17], 8 de julho de 1872, 7 de agosto de 1875, Barão de São Domingos, , , ,