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leigislação da PM-AM

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICE 
 
 
 
LEI N.º 4.044, DE 09 DE JUNHO DE 2014 
 
 
3 
 
LEI N.º 1154 DE 09 DE DEZEMBRO DE 1975 
 
 
12 
 
LEI N.º 3514 DE 08 DE JUNHO DE 2010 
 
 
39 
 
 
 
3 
 
LEI N.º 4.044, DE 09 DE JUNHO DE 2014 
 
 
 
DISPÕE sobre a reestruturação da Carreira de Praças 
Militares do Estado do Amazonas, e dá outras 
providências. 
 
 
 
 
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS 
 
FAÇO SABER a todos os habitantes que a ASSEMBLEIA LEGISLATIVA decretou e eu sanciono a presente 
 
L E I : 
 
TÍTULO I 
DOS PRAÇAS MILITARES ESTADUAIS 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1.º A ascensão na carreira de Praças Militares do Estado do Amazonas obedecerá aos critérios 
estabelecidos na presente Lei. 
 
Art. 2.º Aplica-se o disposto nesta Lei aos seguintes Quadros de Praças Militares 
Estaduais: I - da Polícia Militar: 
a) Quadro de Praças Militares Estaduais Combatentes - QPPC; 
 
b) Quadro de Praças Especialistas - QPE PM; 
 
c) Quadro de Praças de Saúde - QPS 
PM; II - do Corpo de Bombeiro Militar: 
a) Quadro de Praças Bombeiros Militares Combatentes - QPBM; 
 
b) Quadro de Praças Especialistas - QPE BM; 
 
c) Quadro de Praças de Saúde - QPS BM. 
 
Parágrafo único. Os Quadros de Praças Especialistas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do 
Estado do Amazonas serão regulamentados em ato específico. 
 
CAPÍTULO II 
DAS 
DEFINIÇÕES 
 
Art. 3.º Para os fins do disposto nesta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos: 
 
I - CARREIRA: é a sequência de graduações hierárquicas em que são escalonados os cargos dos praças 
militares estaduais, iniciando com o ingresso na Corporação e finalizando com o desligamento da Corporação; 
 
II - PROMOÇÃO: ascensão hierárquica, dentro dos diversos Quadros de Praças Militares 
Estaduais; III - INTERSTÍCIO: tempo mínimo de permanência no mesmo nível hierárquico; 
IV - ANTIGUIDADE: é a posição hierárquica do Militar Estadual, contada a partir da data de ingresso ou 
promoção, utilizada como critério de precedência e ascensão hierárquica, sendo a antiguidade no curso de formação 
ou habilitação determinada pela ordem de classificação no concurso para o respectivo curso, respeitando-se as regras 
de desempate estabelecidas no edital do referido concurso; 
 
V - TEMPO DE EFETIVO SERVIÇO: é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data de ingresso na 
Corporação e data limite estabelecida para o desligamento do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja 
parcelado; 
 
 
4 
 
VI - AGREGAÇÃO: situação na qual o Militar Estadual da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do 
seu quadro, nela permanecendo sem número; 
 
VII - QUADRO DE ACESSO: relação nominal de praças aptos à promoção, organizada por graduações, nos 
diversos quadros, para as promoções por antiguidade normal (QNA) e por antiguidade especial (QEA); 
VIII - INVALIDEZ DEFINITIVA: é a incapacidade permanente para o exercício de atividade 
militar; IX - GRADUAÇÃO: grau hierárquico do Praça Militar Estadual; 
X - ATESTADO DE ORIGEM: formulário de competência da Junta Médica da Corporação Militar, apto a 
comprovar o nexo causal entre o acidente e o serviço ou operação militar, ou doença ocasionadora de invalidez 
definitiva; 
 
XI - INQUÉRITO SANITÁRIO DE ORIGEM: processo administrativo, apto a comprovar o nexo causal entre o 
acidente e o serviço ou operação militar, ou doença ocasionadora de invalidez definitiva; 
 
XII - FUNÇÃO POLICIAL OU BOMBEIRO MILITAR, DE NATUREZA POLICIAL OU BOMBEIRO MILITAR E DE 
INTERESSE POLICIAL OU BOMBEIRO MILITAR: funções exercidas pelo Militar Estadual da ativa, especificadas na Lei 
de Organização Básica da Corporação, as relacionadas no Decreto-Lei n. 667, de 02 de julho de 1969, e seu 
Regulamento - Decreto Federal n. 88.777, de 30 de setembro de 1983, e em legislação própria do Estado do 
Amazonas; e 
 
XIII - ALMANAQUE: é a relação nominal dos militares estaduais em ordem de antiguidade, para efeitos de 
precedência hierárquica dentro dos respectivos Quadros. 
 
CAPÍTULO III 
DOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS DOS PRAÇAS 
 
Art. 4.º A carreira dos Praças Militares Estaduais é composta pelas seguintes graduações 
crescentes: 
I - Aluno soldado; 
II - Soldado; 
III - Cabo; 
 
IV - 3.º 
Sargento; V - 
2.º Sargento; 
VI - 1.º 
Sargento; VII - 
Subtenente. 
§ 1.º Em todas as graduações, serão acrescidas a designação PM ou BM, conforme a Corporação a que 
pertença o Militar Estadual. 
 
§ 2.º Aluno soldado é o Militar Estadual em período de formação, a ser promovido à primeira graduação após a 
aprovação no Curso de Formação específico. 
 
§ 3.º A graduação de Soldado constitui, para ambas as Corporações, a primeira graduação do Quadro de 
Praças Combatentes e a graduação de Cabo, a primeira graduação do Quadro de Praças Especialistas, ficando 
vedada a mudança de Quadro. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS 
PROMOÇÕES 
 
SEÇÃO I 
DAS ESPÉCIES DE PROMOÇÃO 
 
Art. 5.º As promoções serão efetuadas 
 
 
5 
por: I ­ antiguidade; 
II - bravura; 
 
III - especial à graduação ou ao posto imediato; 
e IV - post mortem. 
 
SEÇÃO II 
DA PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE 
 
Art. 6.º A antiguidade será determinada, sucessivamente, pelos seguintes critérios: 
 
I - maior tempo na graduação, contando a partir do ingresso na respectiva Corporação, ou da data de 
promoção à última graduação, efetuados os seguintes descontos: 
 
a) tempo de licença para tratar de interesse particular - LTIP; 
 
b) tempo que ultrapassar 12 (doze) meses consecutivos em licença para tratamento de saúde de pessoa da 
família - LTSPF; 
 
c) tempo durante o qual se tenha concretizado ausência ilegal ou decorrente de processo de deserção, após o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
 
d) tempo decorrente de cumprimento de pena restritiva de liberdade, por sentença transitada em julgado; 
 
II - em caso de empate no critério da apuração da antiguidade, prevalecerá o mais antigo no tempo de efetivo 
serviço na Corporação, e, persistindo o empate, prevalecerá o melhor classificado no resultado final do Curso de 
Formação para a 1.ª Graduação. 
 
§ 1.º A apuração da antiguidade prevista neste artigo será realizada pela Comissão de Promoção de Praças - 
CPP. 
 
§ 2.º Para os efeitos do disposto na alínea "b" do inciso I deste artigo, considera-se pessoa da família os 
devidamente cadastrados como dependentes legais junto à Secretaria de Estado de Administração e Gestão - SEAD. 
 
Art. 7.º A promoção dos praças por antiguidade se dará mediante sua inclusão no Quadro Especial de 
Acesso - QEA ou no Quadro Normal de Acesso - QNA. 
 
§ 1.º Serão incluídos no Quadro Normal de Acesso - QNA, para fins de promoção por antiguidade, os praças 
que, sem prejuízo do disposto nos artigos 14 e 15 desta Lei, contarem com os seguintes requisitos: 
 
I - à graduação de Cabo: ser Soldado e contar com, no mínimo, 05 (cinco) anos de efetivo serviço na 
Corporação; 
 
II - à graduação de 3.º Sargento: ser Cabo, contar com, no mínimo, 10 (dez) anos de efetivo serviço na 
Corporação, 01 (um) ano de interstício na graduação e possuir o Curso de Formação de Cabo - CFC; 
 
III - à graduação de 2.º Sargento: ser 3.º Sargento, contar, no mínimo, com 12 (doze) anos de efetivo serviço 
na Corporação, 01 (um) ano de interstício na graduação e possuir o Curso de Formação de Sargento - CFS; 
 
IV - à graduação de 1.º Sargento: ser 2.º Sargento, contar, no mínimo, com 14 (quatorze) anos de efetivo 
serviço na Corporação, 01 (um) ano de interstício na graduação e possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargento - 
CAS; 
 
V - à graduação de Subtenente: ser 1.º Sargento, contar, no mínimo, com 16 (dezesseis) anos de efetivo 
serviço na Corporação, 01 (um) ano de interstício na graduação. 
 
§ 2.º Os militares estaduais promovidos por bravura e aqueles incluídos nas respectivas Corporações nas 
graduações de Cabo e 3.º Sargento PM e BM dos Quadros de Especialistase de Saúde, que independentemente do 
tempo de efetivo serviço na Corporação, contarem com os interstícios nas graduações abaixo especificadas, serão 
incluídos no Quadro Normal de Acesso e farão jus à promoção por antiguidade, observados os requisitos previstos nos 
artigos 14 e 15 desta Lei, bem como a exigência dos cursos de formação e aperfeiçoamento previstos no parágrafo 
anterior: 
 
I - Cabo: 05 (cinco) anos; 
 
II - 3.º Sargento: 04 (quatro) 
 
 
6 
anos; III - 2.º Sargento: 03 (três) 
anos; IV - 1.º Sargento: 02 
(dois) anos; V - Subtenente: 02 
(dois) anos. 
§ 3.º Serão incluídos no Quadro Especial de Acesso - QEA, para fins de promoção por antiguidade, 
independente da existência de vaga, sem prejuízo dos requisitos previstos no artigo 15 desta Lei, e respeitado o 
interstício mínimo de 01 (um) ano na graduação, os praças que ultrapassarem o tempo de efetivo serviço previsto para o 
Quadro Normal de Acesso - QNA, considerando-se os seguintes critérios: 
 
I - à graduação de Cabo: ser Soldado e contar com, no mínimo, 10 (dez) anos de efetivo serviço na 
Corporação; 
II - à graduação de 3.º Sargento: ser Cabo, contar com, no mínimo, 13 (treze) anos de efetivo serviço na 
Corporação e possuir o Curso de Formação de Cabo - CFC; 
 
III - à graduação de 2.º Sargento: ser 3.º Sargento, contar com, no mínimo, 17 (dezessete) anos de efetivo 
serviço na Corporação e possuir o Curso de Formação de Sargento - CFS; 
 
IV - à graduação de 1.º Sargento: ser 2.º Sargento, contar com, no mínimo, 21 (vinte e um) anos de efetivo 
serviço na Corporação e possuir Curso de Aperfeiçoamento de Sargento ­ CAS; e 
 
V - à graduação de Subtenente: ser 1.º Sargento e contar com, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos de efetivo 
serviço. 
 
§ 4.º O Praça Militar Estadual promovido nos termos do parágrafo anterior será agregado e considerado no 
exercício de atividade policial militar, de natureza policial militar e de interesse policial militar, para todos os fins de 
direito, passando à condição de excedente e permanecendo nessa situação até que se regularize dentro do quadro 
normal de acesso respectivo. 
 
Art. 8.º Após a promoção por antiguidade às graduações de Cabo e 3.º Sargento, os praças serão 
matriculados em Curso de Formação de Cabo e Curso de Formação de Sargento, respectivamente, regular ou 
intensivo, a serem realizados, no mínimo, 03 (três) vezes ao ano, sendo a conclusão com aproveitamento requisito 
essencial para a promoção por antiguidade subsequente. 
 
§ 1.º Para a promoção à graduação de 1.º Sargento, os 2.º Sargentos deverão ter concluído, com 
aproveitamento, Curso de Aperfeiçoamento de Sargento - CAS, a ser realizado, no mínimo, 03 (três) vezes ao ano. 
 
§ 2.º O número de vagas para o Curso de Formação de Cabo, Curso de Formação de Sargentos e Curso de 
Aperfeiçoamento de Sargento será definido pelo Comandante-Geral da Corporação, dentro do número de vagas 
previstas no Quadro de Distribuição do Efetivo, e o preenchimento das vagas obedecerá aos critérios de antiguidade, 
previstos no artigo 6.º desta Lei. 
 
§ 3.º O Comando-Geral da Corporação, ao fixar o número de vagas para o Curso de Formação de Cabo, 
Curso de Formação de Sargentos e Curso de Aperfeiçoamento de Sargento, garantirá 50% das vagas para o Quadro 
Especial de Acesso - QEA e 50% das vagas para o Quadro Normal de Acesso - QNA, podendo aumentar esse 
percentual caso não haja vagas a serem ocupadas para cada um dos Quadros. 
 
SEÇÃO III 
DA PROMOÇÃO POR BRAVURA 
 
Art. 9.º A promoção por bravura, ato discricionário da Administração Militar Estadual, resultará de ações 
incomuns de coragem e audácia que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, representem feitos 
indispensáveis ou úteis às operações militares, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo delas emanados. 
 
§ 1.º Para fins deste artigo, os atos de bravura deverão ser devidamente reconhecidos pelo Comandante-Geral 
da Corporação, mediante proposta: 
 
I - encaminhada pelo respectivo Comandante, Chefe ou Diretor de OPM/OBM, a que pertença o Militar 
Estadual; e 
 
II - através de petição inicial da parte interessada, que interromperá o prazo prescricional, fundamentada e 
instruída com provas do ato incomum de coragem e audácia, dirigida ao Comandante-Geral, para análise e decisão, 
encaminhada por intermédio de seu comandante imediato. 
 
§ 2.º Os pedidos de promoção por bravura serão instruídos no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do 
 
 
7 
recebimento do pedido e julgados no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a instrução, prorrogável por igual período, 
uma única vez. 
 
§ 3.º A promoção por bravura será procedida imediatamente após o reconhecimento do ato, 
independentemente da existência de vaga, garantindo-se ao Militar Estadual promovido o acesso às graduações 
subsequentes, preenchidos os demais requisitos exigidos na presente Lei. 
 
§ 4.º Após a promoção por bravura será assegurada ao militar promovido a matrícula no primeiro Curso de 
Formação e Aperfeiçoamento à respectiva graduação. 
 
SEÇÃO IV 
DA PROMOÇÃO ESPECIAL À GRADUAÇÃO OU AO POSTO IMEDIATO 
 
Art. 10. Ao completar 29 (vinte e nove) anos de efetivo serviço, o Militar Estadual fará jus à promoção à 
graduação imediata. 
 
Art. 11. Excepcionalmente, fará jus à promoção à graduação ou ao posto imediato, o Militar Estadual julgado 
incapaz definitivamente, em consequência de ato de serviço ou doença com nexo de causalidade e efeito relacionado 
ao serviço militar, devidamente comprovada em atestado de origem ou inquérito sanitário de origem. 
§ 1.º Para os efeitos deste artigo, o ato de reforma por invalidez só se concretizará após a promoção especial à 
graduação ou ao posto imediato. 
 
§ 2.º Considera-se ato de serviço o deslocamento de casa para o local do serviço e vice-versa, as ações 
durante a execução do serviço e decorrentes dela e as operações policiais militares e de bombeiros militares, dentro 
ou fora do Estado, nas regiões de fronteira, as instruções militares e as missões internacionais. 
 
§ 3.º A promoção especial à graduação ou ao posto imediato, em razão de invalidez definitiva, será 
consolidada independentemente de requisitos de vagas ou datas. 
 
SEÇÃO V 
DA PROMOÇÃO POST MORTEM 
 
Art. 12. Excepcionalmente, a promoção post mortem será garantida ao Militar Estadual que vier a falecer em 
serviço, nos termos dos §§ 13 e 14 do artigo 113 da Constituição do Estado do Amazonas, exigindo-se nexo causal 
entre o óbito e o serviço, que deverá ser devidamente comprovado através de atestado de vagas ou critérios, ficando a 
concessão de pensão especial aos dependentes legais, condicionada à promoção post mortem do de cujus. 
 
§ 1.º O atestado de origem, procedido até 15 dias após a ocorrência dos fatos, e o inquérito sanitário de 
origem, procedido posteriormente a esta data, serão regulados pelo Comandante-Geral da respectiva Corporação. 
 
§ 2.º A elaboração dos referidos procedimentos será determinada pelo Comandante-Geral e caberá a Oficial 
médico. 
 
§ 3.º Excepcionalmente, a designação para elaboração do procedimento poderá recair em Oficial QOPM ou 
QOBM, sendo indispensável a inclusão nos autos de parecer médico especializado, exigindo-se, em ambos os 
procedimentos, a homologação pela Junta Médica da Corporação. 
 
SEÇÃO VI 
DAS DATAS DAS PROMOÇÕES 
 
Art. 13. As promoções de praça serão efetuadas, anualmente, por ato do Governador do Estado, sempre nas 
seguintes datas: 
 
I ­ promoção por antiguidade: 21 de abril, 25 de agosto e 31 de dezembro; 
II - promoção por bravura: a contar da data do reconhecimento da 
bravura; III - promoção post mortem: a contar da data do óbito; e 
IV - promoção especial à graduação ou ao posto imediato: 
 
a) a contar da data em que o Militar Estadual completar 29 anos de efetivo serviço na Corporação; 
 
b) a contar da data em que a junta médica da respectiva Corporação julgar pela invalidez permanente,independente de tempo, sendo o ato de reforma posterior ao ato de promoção. 
 
SEÇÃO VII 
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A PROMOÇÃO E INGRESSO NO QUADRO NORMAL DE ACESSO - QNA 
 
 
 
8 
Art. 14. Para ser promovido pelo critério de antiguidade no Quadro Normal de Acesso - QNA é necessário 
que o praça preencha os requisitos previstos no artigo 15 desta Lei, desde que exista vaga na graduação na qual se 
dará a promoção em conformidade com Quadro de Distribuição de Efetivo - QDE. 
 
Art. 15. Constituem requisitos indispensáveis para inclusão do Quadro Normal de Acesso - QNA: 
 
I - estar no efetivo exercício de função policial ou bombeiro militar, ou de natureza ou de interesse policial ou 
bombeiro militar; 
 
II - estar classificado, no mínimo, no comportamento "BOM"; 
 
III - não ter sido julgado incapaz definitivamente em inspeção de saúde realizada por Junta Médica da própria 
Corporação; 
 
IV - não haver publicação em Diário Oficial do Estado do ato de transferência para a reserva remunerada e do 
ato de reforma por invalidez; 
 
V - não haver atingido os requisitos de idade limite para a respectiva graduação ou tempo máximo de efetivo 
serviço que ensejam agregação ex-officio para aguardar processo de transferência para a reserva renumerada ou 
reforma por invalidez; 
 
VI - possuir formação de ensino médio completo ou equivalente, concluída em Instituição Oficial de Ensino; 
e VII - possuir o interstício e o tempo mínimo de efetivo serviço exigido para cada graduação. 
Parágrafo único. Excepcionalmente, o requisito previsto no inciso VI deste artigo não será exigido para a 
promoção à graduação de 3.º Sargento e graduações subsequentes, dos praças incluídos na respectiva Corporação 
até o ano de 1999. 
 
SEÇÃO VIII 
DA ABERTURA DE VAGAS PARA 
PROMOÇÃO 
 
Art. 16. Somente serão consideradas para as promoções, as vagas provenientes 
de: I - promoção à graduação superior; 
II - agregação; 
 
III - passagem à situação de 
inatividade; IV - demissão; 
V - falecimento; 
 
VI - aumento de efetivo; e 
 
VII - redistribuição de efetivo. 
 
Art. 17. As vagas são consideradas 
abertas: I ­ na data do ato de promoção; 
II - na data do ato de agregação; 
 
III - na data do ato de passagem para a 
inatividade; IV - na data do ato de demissão; 
V - na data oficial do óbito; 
 
VI - na data da distribuição do efetivo; 
e VII - na data da redistribuição do 
efetivo. 
CAPÍTULO V 
DOS 
RECURSOS 
 
 
9 
 
Art. 18. O Militar Estadual que se julgar prejudicado, em razão da composição dos Quadros de Acessos 
poderá impetrar recurso administrativo, no prazo de 15 (quinze) dias consecutivos, contados da publicação oficial do 
respectivo Quadro em Boletim Geral da Corporação (BGO). 
 
§ 1.º O recurso deverá ser dirigido ao Presidente da Comissão de Promoção de Praças - CPP para, no prazo 
de 30 (trinta) dias, instruir o processo, prorrogável por igual período, e encaminhar ao Comandante-Geral da PMAM. 
 
§ 2.º O Comandante-Geral terá o prazo de 15 (quinze) dias para julgar o referido processo, prorrogável por 
igual período. 
 
CAPÍTULO VI 
DA COMPETÊNCIA E DA COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO 
DE PROMOÇÃO DE PRAÇAS - CPP 
 
Art. 19. Compete à Comissão de Promoção de Praças, em caráter permanente: 
 
I - assessorar o Comandante-Geral em todos os assuntos relativos à promoção dos integrantes dos Quadros 
de Praças; 
 
II - decidir, em última instância, sobre o mérito administrativo dos processos de promoções de praças, os 
recursos administrativos que versem sobre as referidas promoções e publicar suas decisões em documento oficial da 
Corporação; 
III - prestar informações, quando assim solicitado, para subsidiar a Procuradoria-Geral do Estado - PGE ou 
outro órgão do Estado, em razão de ações judiciais ou administrativas que versem sobre as promoções de praças; 
 
IV - publicar o quadro de cômputo de vagas e os Quadros de Acesso dos candidatos aptos à promoção, pelos 
critérios de antiguidade 15 (quinze) dias antes das datas de promoção; e 
 
V - elaborar a proposta de promoção a ser encaminhada ao Comandante-Geral da respectiva Corporação e, 
posteriormente, ao Governador do Estado para a edição do ato de promoção. 
 
Parágrafo único. As decisões da Comissão de Promoção de Praças serão tomadas por maioria simples. 
 
Art. 20. A Comissão de Promoção de Praças é composta por membros natos, e representantes das 
Associações dos Círculos dos Praças PM/BM. 
 
§ 1.º São membros natos: 
 
I - Subcomandante-Geral, que será seu 
Presidente; II ­ o Chefe do Estado Maior­Geral; 
III - o Diretor do Órgão Gestor de Pessoal da Ativa, auxiliado pelo Chefe do Setor de promoção do respectivo 
órgão; 
IV ­ o Diretor do Órgão Gestor de Pessoal Inativo; V - o Diretor de Finanças. 
 
§ 2.º Fica assegurada, em caráter permanente, a participação de 01 (um) representante das 05 (cinco) 
Associações dos Círculos de Praças legalmente constituídas na data de publicação desta Lei. 
 
§ 3.º Em qualquer circunstância, será garantida a paridade de representantes da Corporação e das 
Associações dos Círculos de Praças. 
 
CAPÍTULO VII 
DA HABILITAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE CABO, CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTO E 
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTO 
 
Art. 21. Para inclusão no Curso de Formação de Cabo, Curso de Formação de Sargento e Curso de 
Aperfeiçoamento de Sargento, exigir-se-á que o Militar Estadual preencha os requisitos inclusos no artigo 15 desta Lei. 
 
Art. 22. O órgão gestor de pessoal da Corporação será encarregado da convocação dos praças habilitados 
para a matrícula nos diversos cursos de formação e de capacitação. 
 
Art. 23. O praça convocado para frequentar qualquer dos cursos de formação ou de aperfeiçoamento, 
previstos nesta Lei, poderá requerer a desistência desse direito, devendo ser convocado na turma seguinte ou a 
qualquer tempo, mediante apresentação de prévio requerimento para o curso subsequente. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA MUDANÇA DE QUADRO 
 
 
10 
 
Art. 24. A mudança de quadro dos integrantes de qualquer um dos quadros dos Praças Militares Estaduais de 
que trata a presente Lei, só poderá ocorrer mediante aprovação em novo concurso público. 
 
§ 1.º Quando o concurso for realizado para ingresso em outro quadro da própria Instituição, fica dispensada a 
exigência do requisito de idade, prevista na Lei n. 3.498, de 19 de abril de 2010, Lei de ingresso na PMAM. 
 
§ 2.º A mudança de quadro em razão de novo concurso público para a própria Corporação não implica perda 
do vínculo com a Corporação, mantendo-se imutável o cargo de Militar Estadual, prescindindo a promoção à nova 
graduação ou posto de conclusão com êxito do respectivo curso de formação. 
 
TÍTULO II 
DO ACESSO AO QUADRO DE OFICIAIS ADMINISTRATIVOS 
 
CAPÍTULO I 
DA HABILITAÇÃO PARA O CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS DE ADMINISTRAÇÃO - CHOA 
 
Art. 25. O Quadro de Oficiais de Administração (QOA) será constituído de 2.º Tenente PM, 1.º Tenente PM, 
Capitão PM e Major PM. 
 
§ 1.º O acesso ao primeiro posto se fará, somente, entre os 1.º Sargentos e Subtenentes PM aprovados em 
cursos de habilitação de oficiais de administração, de conformidade com as normas estabelecidas na presente Lei. 
 
§ 2.º É vedada aos Oficias do QOA a transferência de um para o outro Quadro, ou desse para qualquer outro da 
Polícia Militar. 
 
§ 3.º É vedada, também, aos integrantes do QOA, a matrícula no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. 
 
§ 4.º Ressalvadas as restrições expressas na presente Lei, os Oficiais do QOA têm os mesmos deveres, 
direitos, regalias, prerrogativas, vencimentos e vantagens dos demais Oficiais da Polícia Militar de igual posto, salvo 
quanto à precedência hierárquica, que recai sobre o Oficial do QOPM. 
 
§ 5.º O ingresso no QOA se fará mediante aprovação em Curso de Habilitação. 
 
§ 6.º Compete ao Comandante-Geral baixar as instruções para ingresso, funcionamento e condições de 
aprovação do Curso, bem como a fixação do número de matrículas,de acordo com o número de vagas existentes no 
Quadro de Distribuição de Efetivo (QDE), acrescidas de 20% (vinte por cento). 
 
§ 7.º. Concorrerão ao ingresso, mediante aprovação em Curso de Habilitação no QOA, somente os 1.º 
Sargentos e os Subtenentes PM. 
 
§ 8.º O ingresso no Curso de Habilitação se fará mediante seleção de admissão, atendidos os seguintes 
requisitos: 
 
I - possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos; 
 
II - possuir escolaridade de nível superior em qualquer área, a ser exigido a partir de 
2018; III - ter, no mínimo, 02 (dois) anos na graduação, quando se tratar de 1.º Sargento 
PM; 
IV - ser considerado apto em inspeção de saúde; 
 
V - ser considerado apto em testes de aptidão física; 
 
VI - estar classificado, no mínimo, no comportamento 
"BOM"; VII - não estar enquadrado nos seguintes casos: 
a) aguardando exclusão em razão de decisão definitiva de Conselho de Disciplina ou sentença judicial 
transitada em julgado; 
 
b) não estar de licença para tratar de interesse particular; 
 
c) condenado definitivamente à pena de suspensão de cargo ou função, prevista no Código Penal Militar, 
durante o prazo desta suspensão; 
 
d) cumprindo pena privativa de liberdade, decorrente de sentença transitada em julgado. 
 
 
11 
 
§ 9.º O 1.º Sargento e o Subtenente PM aprovados no Curso de que trata o § 8.º deste artigo, que não tenha 
sido promovido por falta de vaga, somente ingressará no QOA se continuar atendendo às exigências nos incisos VI e 
VII do parágrafo anterior, assegurado o direito à promoção na primeira vaga que ocorrer. 
 
§ 10. As promoções no QOA obedecerão aos princípios contidos na Lei de Promoção de Oficiais da Polícia 
Militar específica e respectivo Regulamento. 
 
§ 11. O preenchimento das vagas do primeiro posto obedecerá, rigorosamente, à ordem de classificação 
intelectual obtida no Curso de Habilitação, independente da graduação, e dentro do número de vagas existentes. 
 
§ 12. A matrícula no Curso de Habilitação será efetuada de acordo com a classificação obtida no Concurso de 
Admissão, respeitado o limite de vagas fixadas pelo Comandante-Geral. 
 
§ 13. O Quadro de Oficiais Administrativos é sequência do Quadro de Praças, aplicando-se, no que couber, 
aos Praças dos Quadros de Especialistas e de Saúde, as regras previstas nesta Lei. 
 
TÍTULO III 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 26. Excepcionalmente, dos praças militares estaduais que tenham sido promovidos na vigência da Lei 
n.º 3.041, de 08 de março de 2006, não se exigirá o Curso de Formação ou de Aperfeiçoamento para a promoção às 
graduações subsequentes. 
Parágrafo único. Os praças militares estaduais promovidos na vigência da Lei n.º 3.484, de 22 de fevereiro 
de 2010, deverão, a partir da publicação desta Lei, ser submetidos ao Curso de Formação ou de Aperfeiçoamento 
específico, a ser oferecido de forma intensiva e gradativa, sendo a conclusão com aproveitamento requisito para a 
promoção à graduação subsequente. 
 
Art. 27. Em caso de erro administrativo, apurado mediante o devido processo legal, fica autorizada a 
promoção de praças em ressarcimento de preterição, nas datas em que deveriam ter sido promovidos, na forma desta 
Lei, fazendo jus inclusive à percepção de valores retroativos. 
 
Art. 28. No momento da publicação desta Lei, serão promovidos 30% (trinta por cento) dos praças militares 
estaduais mais antigos habilitados ao Quadro Especial de Acesso, dentro de cada graduação, observados os critérios 
previstos nesta Lei para o respectivo quadro, ficando o restante a ser promovido no decorrer do exercício subsequente. 
 
Parágrafo único. A inclusão dos praças militares estaduais no Quadro Normal de Acesso se dará a partir de 
2016. 
 
Art. 29. As alíneas "f" e "g" do inciso III do artigo 2.º da Lei n.º 3.514, de 08 de junho de 2010, passam a 
vigorar com as seguintes redações: 
 
"Art. 2.º ............................................. 
 
III - .................................................... 
 
f) Soldado; 
 
g) Aluno-soldado." 
 
Art. 30. Ficam revogadas as Leis n.º 2.814, de 21 de julho de 2013, n.º 3.041, de 08 de março de 2006 e n.º 
3.484, de 22 de fevereiro de 2010, e as demais disposições em contrário. 
 
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 09 de junho de 2014. 
 
JOSÉ MELO DE OLIVEIRA 
Governador do Estado 
 
RAUL ARMONIA ZAIDAN 
Secretário de Estado Chefe da Casa Civil 
 
Publicação: 
D.O.E. de 09/06/2014 
 
 
12 
 
 
LEI N.º 1154 DE 09 DE DEZEMBRO DE 1975. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPÕE sobre o Estatuto dos Policiais-Militares do Estado do Amazonas e dá outras 
providências. 
 
 
 
 
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, 
 
FAÇO saber a todos habitantes que a Assembléia Legislativa do Estado decreta e eu sanciono a presente 
 
L E I: 
 
TÍTULO I 
GENERALIDADES 
 
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos policiais- militares 
do Estado do Amazonas. 
 
Art. 2º - A Policia Militar subordina-se, ao Governador do Estado, nos termos da Constituição Estadual e, 
operacionalmente ao Secretário de Estado de Segurança Pública, é uma instituição destinada a manutenção da ordem 
púbica no Estado, sendo considerada força auxiliar, reserva do Exército. 
 
Art. 3º - Os integrantes da Policia Militar do Amazonas, em razão da destinação constitucional da Corporação e 
em decorrência das leis vigentes, constituem uma categoria especial de servidores públicos estaduais e são denominados 
policiais-militares. 
 
§ 1º - Os policiais-militares encontram-se em uma das seguintes situações: 
 
a) na ativa: 
 
I - os policiais-militares de carreira; 
 
II - os componentes da reserva remunerada quando convocados; e 
IV - os alunos de órgãos de formação de policiais-militares da ativa. 
b) na inatividade: 
I - na reserva remunerada, quando pertencem a reserva da Corporação e percebem remuneração do Estado, 
porém, sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação; 
 
II - reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados, definitivamente, 
da prestação de serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do Estado. 
 
§ 2º - Os policiais-militares de carreira são os que no desempenho voluntário e permanente do serviço policial- 
militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida. 
 
Art. 4º - O serviço policial-militar consiste no exercício de atividades inerentes à Policia Militar e compreende todos 
os encargos previstos na legislação específica e relacionados com a manutenção da ordem pública no Estado. 
 
 
Art. 5º - A carreira policial-militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às 
finalidades da Policia Militar, denominada atividade policial-militar. 
 
 
 
13 
 
§ 1º - A carreira policial-militar é privativa do pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na Policia Militar e 
obedece à sequência de graus hierárquicos. 
 
 
§ 2º - É privativa de brasileiro nato a carreira de Oficial da Policia Militar. 
 
 
Art. 6º - Os policiais-militares da reserva remunerada poderão ser convocados para o serviço ativo, em caráter 
transitório e mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do Estado, desde que haja conveniência para o serviço. 
 
Art. 7º - São equivalentes as expressões "na ativa", "da ativa", "em serviço ativo", "em serviço na ativa", "em 
serviço", "em atividade" ou "em atividade policial-militar" conferidas aos policiais-militares no desempenho de cargo, 
comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou atividade policial-militar ou considerada de natureza policial- militar, 
nas organizações policiais-militares, bem como em outros órgãos do Estado, quando previsto em lei ou regulamento. 
 
Art. 8º - A condição jurídica dos policiais-militares é definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem 
aplicáveis, por esteEstatuto e pela legislação que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e 
obrigações. 
 
Art. 9º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos policiais-militares da reserva remunerada e 
reformados. 
 
CAPÍTULO I 
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR 
 
Ato Relacionado 
 
 
Art. 10 - O ingresso na Polícia Militar é facultado a todos os brasileiros, sem distinção de raça ou de crença 
religiosa, mediante inclusão, matrícula ou nomeação, observadas as condições prescritas, em lei e nos regulamentos 
da Corporação. 
 
Art. 11 - Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino policial-militar destinados à formação de oficiais e 
graduados, além das condições relativas à nacionalidade, idade, aptidão intelectual, capacidade física e idoneidade moral, 
é necessário que o candidato não exerça, nem tenha exercido atividades prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional. 
 
Parágrafo Único - O disposto neste artigo e no anterior aplica-se, também, aos candidatos ao ingresso nos 
Quadros de Oficiais em que é exigido o diploma de estabelecimento de ensino superior reconhecido pelo Governo Federal. 
 
CAPÍTULO II 
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA 
 
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Policia Militar. A autoridade e a 
responsabilidade crescem com o gráu hierárquico 
§ 1º - A hierarquia policial-militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da 
Polícia Militar. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou de uma mesma graduação 
se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de 
acatamento à sequência de autoridade. 
 
§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e 
disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico 
traduzindo-o pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo. 
 
§ 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre policiais 
militares da ativa, da reserva remunerada e reformados. 
 
Art. 13 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais-militares da mesma categoria e 
tem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do 
respeito mútuo. 
 
Art. 14 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na Polícia Militar são fixados no quadro e parágrafos 
Lei nº 3.498/2010 
 
 
14 
seguintes: 
 
 
 
Círculo de 
Oficiais 
Círculo de Oficiais 
Superiores 
 
 
Postos 
Coronel PM 
Tenente-Coronel PM 
Major PM 
Círculo de Oficiais Intermediários Capitão PM 
Círculo de Oficiais Subalternos Primeiro-Tenente PM 
Segundo-Tenente PM 
 
Círculo de 
Praças 
Círculo de Subtenentes e Sargentos 
 
Graduações 
Subtenente PM 
Primeiro-Sargento PM 
Segundo-Sargento PM 
Terceiro-Sargento PM 
Círculo de Cabos e Soldados Cabo PM 
Soldado PM 
 
 
 
 
 
Praças 
Especiais 
Frequentam o Círculo de Oficiais Subalternos Aspirante-a-Oficial PM 
Excepcionalmente ou em reuniões sociais têm 
acesso ao Círculo de Oficiais 
Aluno-Oficial PM 
Excepcionalmente ou em reuniões sociais têm 
acesso ao Círculo 
de Subtenentes e Sargentos 
Aluno do Curso de Formação 
de Sargentos PM 
Frequentam o Círculo de cabos e soldados Aluno do Curso de Formação 
de Soldados PM 
 
 
§ 1º - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Governador do Estado. 
 
§ 2º - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pelo Comandante-Geral da Polícia Militar. 
§ 3º - Os Aspirantes a Oficial PM e os Alunos-Oficiais PM são denominados praças especiais. 
§ 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros são fixados, separadamente, para cada caso, em 
Lei de Fixação de Efetivos. 
 
§ 5º - Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá 
fazê-lo mencionando essa situação. 
 
Art. 15 - A precedência entre policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela 
antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou regulamento. 
 
§ 1º - A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva 
promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data. 
 
§ 2º - No caso de ser igual a antiguidade referida no parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida: 
 
a) entre policiais-militares do mesmo quadro, pela posição nas respectivas escalas numéricas ou registros de 
que trata o Art. 16. 
 
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a 
igualdade de antiguidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de inclusão e a data 
de nascimento para definir a precedência e, neste último caso, o mais velho será considerado mais antigo; 
 
c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais-militares, de acordo com o regulamento do 
respectivo órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas letras a) e b). 
 
§ 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os policiais militares da ativa têm precedência sobre os da 
inatividade. 
 
§ 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os policiais-militares de carreira na ativa e os 
de reserva remunerada que estiverem convocados é definida pelo tempo efetivo serviço no posto ou graduação. 
 
Art. 16 - A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada: 
I - Os Aspirantes-a-Oficial PM são hierárquicamente superiores às demais praças; 
II - Os Alunos-Oficiais PM são hierárquicamente superiores aos Subtenentes PM. 
 
 
 
15 
Art. 17 - A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao seu pessoal da ativa e da 
reserva remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as instruções baixadas pelo Comandante- 
Geral da Corporação. 
 
Art. 18 - Os Alunos-Oficiais PM são declarados Aspirantes-a-Oficial PM pelo Comandante-Geral da Polícia Militar. 
 
 
CAPITULO III 
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES 
 
Art. 19 - Cargo policial-militar é aquele que só pode ser exercido por policial-militar em serviço ativo. 
 
§ 1º O cargo policial-militar a que se refere este artigo é o que se encontra, especificado nos Quadros de 
Organização ou previstp, caracterizado ou definido como tal em outras disposikções legais. 
 
§ 2º - A cada cargo policial-militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que 
se constituem em obrigações do respectivo titular. 
 
§ 3º - As obrigações inerentes ao cargo policial-militar devem ser compatíveis com o correspondente grau 
hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específicas. 
 
Art. 20 - Os cargos policiais-militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau 
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho. 
 
Parágrafo Único - O provimento de cargo policial-militar se faz por ato de nomeação, de designação ou 
determinação expressa de autoridade competente. 
 
Art. 21 - O cargo policial-militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um policial-militar tome posse 
ou desde o momento em que o policial-militar exonerado, dispensado ou que tenha recebido determinação expressa de 
autoridade competente, o deixe ou até que outro policial-militar tome posse de acordo com as normas de provimento 
previstas no Parágrafo Único do Art. 20. 
 
Parágrafo Único - Consideram-se também vagos os cargos policiais-militares cujos ocupantes: 
 
a) tenham falecido; 
 
b) tenham sido considerados extraviados; e 
 
c) tenham sido considerados desertores. 
 
Art. 22 - Função policial-militar é o exercício das atribuições inerentes a cargopolicial-militar. 
 
§ 1º São considerados no exercício de função policial-militar os servidores militares da ativa que se encontrem 
nas seguintes situações: 
 
1) exercendo qualquer um dos cargos especificados nos Quadros de Organização da Corporação; 
2) servindo como instrutor de estabelecimento de ensino das Forças Armadas ou de outra 
Corporação de Polícia Militar ou de Bombeiro Militar; 
3) matriculado como aluno de estabelecimento de ensino das Forças Armadas ou de Corporação 
de Polícia Militar ou de Bombeiro Militar; 
4) servindo à disposição dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública e pelo Sistema Penitenciário ou 
exercendo cargo de direção do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas - DETRAN, do órgão municipal de 
trânsito, do órgão de defesa civil municipal e da Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias - SNPH. 
§ 2º - São considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse policial militar os 
militares da ativa nomeados ou designados para a Casa Militar do Governador, Gabinete do Governador e Gabinete do 
Vice-Governador. 
§ 3º - São ainda considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse policial- 
militar, os militares da ativa colocados à disposição do Governo Federal, de órgão do Poder Judiciário Estadual, do 
Poder Legislativo do Amazonas, do Tribunal de Contas do Estado e das Prefeituras Municipais do Estado do Amazonas 
 
 
16 
que estejam no exercício da titularidade do Cargo de Secretário Municipal, de Dirigente de Autarquia, Fundação ou 
Subsecretários e equivalentes. 
 
§ 4º - O efetivo máximo de servidores Militares da ativa disponíveis para exercerem cargos ou funções nas 
Assistências Militares de que trata os números 3, 4, 5 e 6, do § 3º, deste artigo obedecerá ao previsto no anexo a esta 
Lei. 
 
§ 5º - (Revogado). 
I - (Suprimido). 
II - (Suprimido). 
III - (Suprimido). 
IV - (Suprimido). 
V - (Suprimido). 
VI - (Suprimido). 
VII - (Suprimido). 
VIII - (Suprimido). 
 
Art. 23 - Dentro de uma mesma organização policial-militar, a sequência de substituições bem como as 
normas, atribuições e responsabilidades relativas, são estabelecidas na legislação específica, respeitadas a 
precedência e qualificações exigidas para o cargo ou para o exercício da função. 
 
Art. 24 - O policial-militar ocupante de cargo provido em caráter efetivo ou interino, de acordo com o Parágrafo 
Único do Art. 20, faz jus às gratificações e a outros direitos correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei. 
 
Art. 25 - As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza não são catalogadas 
como posições tituladas em Quadro de Organização ou dispositivo legal são cumpridas como "Encargo", "Incumbência", 
"Comissão", "Serviço" ou "Atividade", policial-militar ou de natureza policial militar. 
 
Parágrafo Único - Aplica-se, no que couber, ao Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou Atividade 
policial-militar ou de natureza policial-militar, o disposto neste Capítulo, para Cargo Policial-Militar. 
 
TÍTULO II 
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES 
POLICIAIS-MILITARES 
 
CAPÍTULO I 
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES 
 
SEÇÃO I 
DO VALOR POLICIAL-MILITAR 
 
Art. 26 - São manifestações essenciais do valor policial­militar; 
 
I - o sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever 
policial-militar e pelo integral devotamento à manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da própria vida; 
II - o civismo e o culto das tradições históricas; 
III - a fé na elevada missão da Policia Militar; 
IV ­ o espírito de corpo, orgulho do policial­militar pela organização onde serve; 
V - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida; e 
VI - o aprimoramento técnico-profissional. 
 
SEÇÃO II 
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR 
 
Art. 27 - O sentimento do dever o pundonor policial-militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos 
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis com observância dos seguintes preceitos da ética 
policial-militar: 
 
 
17 
 
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal; 
 
II - exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do cargo; 
III - respeitar a dignidade da pessoa humana; 
IV ­ cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes; 
V ­ ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados; 
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o 
cumprimento da missão comum; 
 
VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço; 
 
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação; 
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada; 
X ­ abster­se de tratar, fora de âmbito apropriado de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional; 
XI ­ acatar as autoridades civis; 
XII - cumprir seus deveres de cidadão; 
 
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular; 
XIV - observar as normas da boa educação; 
XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar; 
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios 
da disciplina, do respeito e do decoro policial­militar; 
 
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza 
ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; 
 
XVIII - abster-se o policial-militar na inatividade do uso das designações, hierárquica quando: 
 
a) em atividades político­partidárias; 
 
b) em atividades comerciais; 
 
c) em atividades industriais; 
 
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou policiais-militares, 
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e 
 
e) no exercício de função de natureza não policial-militar, mesmo oficiais. 
 
XIX - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e fazendo 
obedecer aos preceitos da ética policial-militar. 
 
Art. 28 - Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto no parágrafo 2º e 3º, é vedado comerciar ou tornar parte 
na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista em 
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. 
 
§ 1º - Os policiais-militares na reserva remunerada quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas 
organizações policiais-militares e nas repartições públicas civis, dos interesses de organizações ou empresas privadas de 
qualquer natureza. 
 
§ 2º - Os policiais-militares da ativa podem exercer diretamente, a gestão de seus bens, desde que não 
infrinjam o disposto no presente artigo. 
 
§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional dos integrantes do Quadro de Saúde, é-Ihes permitido o 
exercício da atividade técnico-profissional, no meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço. 
 
Art. 29 - O Comandante-Geral da Polícia Militar poderá determinar aos policiais-militares da ativa que, no 
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que 
houver razões que recomendem tal medida. 
 
 
18 
 
CAPÍTULO II 
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES 
 
Art. 30 - Os deveres policiais-militares emanam de vínculos racionais e morais que ligam o policial-militar a 
comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem, essencialmente: 
 
I - a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade a instituição a que pertence, mesmo com o 
sacrifício da própria vida; 
II - o culto aos símbolos nacionais; 
III - a probidadee a lealdade em todas as circunstâncias; 
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; 
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e 
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade. 
 
SEÇÃO I 
DO COMPROMISSO POLICIAL-MILITAR 
 
Art. 31 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará 
compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres policiais-militares e 
manifestará a sua firme disposição de bem cumprí-los. 
 
Art. 32 - O compromisso a que se refere o artigo anterior terá caráter solene e será prestado na presença de 
tropa, tão logo o policial-militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de seus 
deveres como integrante da Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: "Ao ingressar na Polícia Militar do Amazonas, 
prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que 
estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e à 
segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida". 
§ 1º - O compromisso do Aspirante-a-Oficial PM será prestado no Estabelecimento de Formação de Oficiais, de 
acordo com o cerimonial constante do regulamento daquele Estabelecimento de Ensino. Esse compromisso obedecerá aos 
seguintes dizeres: "Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial da Polícia Militar, assumo o compromisso de cumprir 
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao serviço policial- 
militar, à manutenção da ordem e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida". 
 
§ 2º - Ao ser promovido ao primeiro posto, o oficial PM prestará o compromisso de oficial, em solenidade 
especialmente programada, de acordo com os seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra 
prometo cumprir os deveres de oficial da Polícia Militar do Amazonas e dedicar-me inteiramente ao seu serviço". 
 
SEÇÃO II 
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO 
 
Art. 33 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o policial-militar é investido 
legalmente, quando conduz homens ou dirige uma organização policial-militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico 
e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial militar se define e se caracteriza como Chefe. 
 
Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e a Chefia de Organização policial-militar, no que couber, o 
estabelecido para o Comando. 
 
Art. 34 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do policial-militar e decorre, 
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar. 
 
Art. 35 - O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício do Comando, da Chefia e da Direção das 
Organizações Policiais-Militares. 
 
Art. 36 - Os subtenentes e sargentos auxiliam e complementam as atividades dos oficiais, quer no 
adestramento e no emprego dos meios, quer na instrução e na administração; poderão ser empregados na execução 
de atividades de policiamento ostensivo peculiares à Polícia Militar. 
 
Parágrafo Único - No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos 
subordinados os subtenentes e sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade 
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do 
serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da coesão 
e do moral das mesmas praças em todas as circunstâncias. 
 
 
 
19 
Art. 37 - Os cabos e soldados são, essencialmente, os elementos de execução. 
 
Art. 38 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes são 
pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional. 
Art. 39 - Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir 
e pelos atos que praticar. 
 
CAPÍTULO III 
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES 
 
Art. 40 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá crime ou transgressão disciplinar, 
conforme dispuzerem a legislação ou regulamentação específicas. 
 
§ 1º - A violação dos preceitos da ética policial-milítar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico 
de quem a cometer. 
 
§ 2º - No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar será aplicada somente a pena relativa ao 
crime. 
Art. 41 - A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de exação no cumprimento 
dos mesmos acarreta para o policial-militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a 
legislação específica. 
 
Parágrafo Único - A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir 
pela incompatibilidade do policial-militar com o cargo ou pela incapacidade para exercício das funções policiais- 
militares a ele inerente. 
 
Art. 42 - O policial-militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade 
no exercício das funções policiais-militares a ele inerentes, será afastado do cargo. 
 
§ 1º - São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da função 
a) o Governador do Estado; 
b) o Comandante-Geral da Polícia Militar; e 
c) os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na conformidade da legislação ou regulamentação da 
Corporação. 
 
§ 2º - O policial-militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de 
qualquer função policial-militar, até a solução final do processo ou das providências legais que couberem no caso. 
 
Art. 43 - São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores, quanto às de caráter 
reivindicatório. 
 
SEÇÃO I 
DOS CRIMES MILITARES 
 
Art. 44 - O Tribunal de Justiça do Estado é competente para processar e julgar os policiais-militares nos crimes 
definidos em lei como militares. 
 
Art. 45 - Aplicam-se aos policiais-militares, no que couber, as disposições estabelecidas no Código Penal 
Militar. 
 
SEÇÃO II 
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 
 
Art. 46 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará e classificará as transgressões disciplinarese estabelecerá 
as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à classificação do comportamento policial-militar e à 
interposição de recursos contra as penas disciplinares. 
 
§ 1º - As penas disciplinares de detenção ou prisão não podem ultrapassar de trinta dias. 
 
§ 2º - Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se também as disposições disciplinares previstas no estabelecimento de 
ensino onde estiver matriculado. 
 
 SEÇÃO III 
 
 
20 
 DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA 
Art. 47 - O oficial presumivelmente incapaz de permanecer como policial-militar da ativa será submetido a 
Conselho de Justificação na forma da legislação específica. 
 
§ 1º - O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, poderá ser afastado do exercício de suas funções 
automaticamente ou a critério do Comandante-Geral da Polícia Militar conforme estabelecido em lei específica. 
 
§ 2º - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado julgar os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, 
na forma estabelecida em lei específica. 
 
§ 3º - O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado aos oficiais reformados e na reserva 
remunerada. 
 
Art. 48 - O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as praças com estabilidade assegurada, presumivelmente 
incapazes de permanecerem como policiais-militares da ativa serão submetidos a Conselho de Disciplina, na formada 
Legislação específica. 
§ 1º - O Aspirante-a-Oficial PM e as praças com estabilidade assegurada, ao serem submetidos a Conselho de 
Disciplina, serão afastados das atividades que estiverem exercendo. 
 
§ 2º - Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar julgar em última instância, os processos oriundos dos 
Conselhos de Disciplina convocados no âmbito da Corporação. 
 
§ 3º - O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado às praças reformadas e na reserva remunerada. 
 
 
TÍTULO III 
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS 
POLICIAIS-MILITARES 
 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS 
 
Art. 49 - São direitos dos servidores militares estaduais: 
I - garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, 
quando oficial; 
 
II - A promoção ao Posto ou Graduação imediatamente superior desde que possua os requisitos exigidos em 
Lei, a percepção da remuneração correspondente ou melhoria da mesma quando, ao ser transferido para a inatividade, 
contar mais de 30 (trinta) anos de serviço, considerando-se, no caso de Subtenente, o Posto de 2º Tenente como grau 
hierárquico imediatamente superior. 
 
III - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação específica: 
 
a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo serviço; 
 
b) o uso das designações hierárquicas; 
 
c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou a graduação; 
 
d) a percepção de remuneração; 
 
e) outros direitos previstos na lei específica que trata da remuneração dos policiais-militares do Estado do 
Amazonas; 
 
f) a constituição de pensão policial­militar; 
 
g) a promoção; 
 
h) a transferência para a reserva remunerada, a pedido, ou a reforma; 
 
i) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças; 
 
j) a demissão e o licenciamento voluntário; 
 
l) o porte de arma, quando oficial, em serviço ativo ou em inatividade, salvo aqueles em inatividade por 
 
 
21 
alienação mental ou condenação por crimes contra a segurança nacional ou por atividade que desaconselhem aquele 
porte; e 
 
m) o porte de arma, pelas praças, com as restrições impostas pela Polícia Militar. 
 
IV - A percepção da remuneração correspondente ao seu Posto ou Graduação acrescida de 20% (vinte por 
cento), sobre a base de cálculo, a título de gratificação de inatividade, quando, ao deixar o serviço ativo, contar com 
mais de 30 (trinta) anos de serviço. 
 
Parágrafo Único - O servidor militar ocupante do último Posto da hierarquia de seu respectivo Quadro da 
Corporação que contar mais de 30 (trinta) anos de serviço ao ser transferido para a inatividade, terá seus proventos 
acrescidos de 20% (vinte por cento) sobre a base de cálculo da remuneração de seu próprio Posto. 
 
a) (Suprimida). 
 
b) (Suprimida). 
 
c) (Suprimida). 
 
Art. 50 - O policial-militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar 
de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo 
legislação vigente na Corporação. 
 
§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá: 
 
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que decorra da 
composição de Quadro de Acesso; 
 
b) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos. 
 
§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente. 
 
§ 3º - O policial-militar da ativa que, nos casos cabíveis se dirigir ao Poder Judiciário, deverá participar, 
antecipadamente, esta iniciativa à autoridade à qual estiver subordinada. 
 
Art. 51 - Os policiais-militares são alistávems como eleitores, desde que oficiais, aspirantes-a-Oficial, subtenentes, 
sargentos ou alunos de curso de nível superior para formação de oficiais. 
 
Parágrafo Único - Os policiais-militares são elegíveis, atendidas as seguintes condições: 
 
a) o policial-militar, que tiver menos de 5 (cinco) anos de efetivo serviço será, ao se candidatar a cargo eletivo, 
excluído do serviço ativo, mediante demissão ou licenciamento "ex­offício"; e 
 
b) o policial-militar em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo 
eletivo, será afastado, temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse 
particular. Se eleito, será no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que 
fizer jus, em função do seu tempo de serviço. 
 
SEÇÃO I 
DA REMUNERAÇÃO 
 
Art. 52 - A remuneração dos policiais-militares compreende vencimentos ou proventos, indenizações e outros 
direitos e é devida em bases estabelecidas em lei específica. 
 
§ 1º - Os policiais-militares na ativa percebem remuneração constituída pelas seguintes parcelas: 
 
a) mensalmente: 
 
I ­ vencimentos, compreendendo soldo e gratificações; e 
II ­ indenizações; 
b) eventualmente, outras indenizações. 
 
§ 2º - Os policiais-militares em inatividades percebem remuneração, constituída pelas seguintes parcelas: 
 
 
 
22 
a) mensalmente 
 
I - proventos, compreendendo soldo ou quotas do soldo, gratificações e indenizações incorporáveis; e 
II - adicional de inatividade; 
b) eventualmente auxílio-invalidez. 
 
§ 3º - Os policiais-militares receberão salário-família de conformidade com a lei que o rege: 
 
Art. 53 - O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas na lei específica que trata da remuneração 
dos policiais-militares, será concedido ao policial-militar que, quando em serviço ativo, tenha sido ou venha a ser 
reformado por incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é, impossibilitado, total e permanentemente, para 
qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência. 
 
Art. 54 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em 
lei. 
 
Art. 55 - O valor do soldo é igual para o policial-militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um 
mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do Art. 49. 
 
Art. 56 - É proibido acumular remuneração de inatividade. 
 
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos policiais-militares da reserva remunerada e aos 
reformados, quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto ao de função de magistério ou cargo em comissão ou 
quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados. 
 
Art. 57 - Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da 
moeda, se modificarem os vencimentos dos policiais-militares em serviço ativo. 
 
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a 
remuneração percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou na graduação correspondente aos dos seus proventos. 
 
SEÇÃO II 
DA PROMOÇÃO 
 
Art. 58 - O acesso na hierarquia policial-militar é seletivo, gradual e sucessivo, e será feito mediante 
promoções, de conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções de oficiais e de praças, de 
modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os policiais-militares a que esses dispositivos se 
referem; 
 
§ 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças, obedecidas as disposições da legislação e 
regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do Comando Geral da Polícia Militar. 
 
§ 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos policiais-militares para o 
exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior. 
 
Art. 59 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade e merecimento ou, ainda, por bravura e 
"post-mortem". 
 
§ 1º - Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição. 
 
§ 2º - A promoção de policial-militar feita em ressarcimento de preteriçãoserá efetuada segundo os princípios 
de antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse 
sido promovido na época devida pelo princípio em que ora é feita sua promoção. 
 
Art. 60 - (Revogado). 
SEÇÃO III 
DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS 
TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO 
 
Art. 61 - As férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos policiais- militares 
para descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o ano seguinte. 
 
§ 1º - Compete ao Comando-Geral da Polícia Militar a regulamentação da concessão das férias anuais. 
 
§ 2º - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde, por 
punição anterior decorrente da transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos de 
 
 
23 
serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças. 
 
§ 3º - Somente em casos de interesse da Segurança Nacional, de manutenção da ordem, de extrema 
necessidade de serviço ou de transferência para a inatividade, os policiais-militares terão interrompido ou deixarão de 
gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se então o fato em seus assentamentos. 
 
§ 4º - Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte ou no caso de sua interrupção pelos motivos 
previstos, o período de férias não gozado será computado dia a dia, pelo dobro, no momento da passagem do 
policial-militar para a inatividade e somente para esse fim. 
 
Art. 62 - Os policiais-militares têm direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento total do serviço, 
obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de: 
 
I ­ núpcias: 8 (oito) dias; 
II ­ luto: 8 (oito) dias; 
III ­ instalação: até 10 (dez) dias; 
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias. 
Parágrafo único - O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se 
solicitado por antecipação à data do evento e, no segundo caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o 
policial-militar tenha conhecimento do óbito. 
 
Art. 63 - As férias e os outros afastamentos mencionados nesta Seção são concedidos com a remuneração 
prevista na legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos efeitos legais. 
 
SEÇÃO IV 
DAS LICENÇAS 
 
Art. 64 - Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao policial 
militar, obedecidos as disposições legais e regulamentares. 
 
§ 1º - A licença pode ser: 
 
a) especial; 
 
b) para tratar de interesse particular; 
 
c) para tratamento de saúde de pessoa da família; e 
 
d) para tratamento de saúde própria. 
 
§ 2º - A remuneração do policial-militar, quando no gozo de qualquer das licenças constantes do parágrafo 
anterior, será regulada em legislação específica. 
 
Art. 65 - Após cada quinquênio de efetivo serviço, o servidor militar fará jus à licença especial de 3 (três) 
meses, com todos os direitos e vantagens do seu cargo efetivo, podendo acumular o período de 2 (dois) quinquênios. 
§ 1º - O período de licença especial não interrompe a contagem do tempo de efetivo serviço. 
 
§ 2º - Os períodos de licença especial não gozados pelo servidor militar são computados em dobro para fins 
exclusivos da contagem de tempo para a passagem para a inatividade e nesta situação, para todos os efeitos legais. 
§ 3º - Não será concedida licença especial ao servidor militar que se encontrar sub-júdice ou que, no quinquênio 
correspondente, houver sofrido pena disciplinar de prisão ou gozado uma das seguintes licenças: 
 
1) para tratamento de saúde, por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, consecutivos ou não; 
2) para tratamento de saúde de pessoa da família, por mais de 120 (cento e vinte) dias, consecutivos ou não; 
3) para tratar de interesse particular. 
 
§ 4º - O servidor militar ocupante de cargo em comissão ou função gratificada terá direito à percepção, durante 
o período de licença especial, das vantagens financeiras do cargo em comissão ou da função gratificada que ocupar. 
 
a) (Suprimida). 
 
 
 
24 
b) (Suprimida). 
 
c) (Suprimida). 
 
§ 5º - (Suprimido). 
 
§ 6º - (Suprimido). 
Art. 66 - A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento total do serviço, 
concedida ao policial-militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requerer com aquela finalidade. 
 
§ 1º - A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem do tempo de efetivo 
serviço. 
 
§ 2º - A concessão de licença para tratar de interesse particular é regulada pelo Comandante-Geral da Polícia 
Militar, de acordo com o interesse do serviço. 
 
Art. 67 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo. 
 
§ 1º - A interrupção da licença especial ou de licença para tratar de interesse particular poderá ocorrer: 
 
a) em caso de mobilização e estado de guerra; 
 
b) em caso de decretação de estado de sítio; 
 
c) para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual; 
 
d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulado pelo Comandante-Geral da Polícia Militar; e 
 
e) em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito policial-militar, a juízo da autoridade 
que efetivar a pronúncia ou a indiciação. 
 
§ 2º - A interrupção da licença para tratamento de pessoa da família, para cumprimento de pena disciplinar 
que importe em restrição da liberdade individual, será regulada na legislação da Polícia Militar. 
 
CAPÍTULO II 
DAS PRERROGATIVAS 
 
Art. 68 - As prerrogativas dos policiais-militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas 
aos graus hierárquicas e cargos. 
 
Parágrafo Único - São prerrogativas dos policiais-militares: 
 
a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares da Polícia Militar, 
correspondentes ao posto ou à graduação; 
 
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam asseguradas em Leis ou regulamentos; 
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização policial-militar, cujo comandante 
Chefe ou Diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou detido; e 
 
d) julgamento em foro especial, nos crimes militares. 
 
Art. 69 - Somente em caso de flagrante delito, o policial-militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando 
esta, obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia 
ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante. 
 
§ 1º - Cabe ao Comandante-Geral da Polícia-Militar a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que 
não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso policial-militar ou 
não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou à sua graduação. 
 
§ 2º - Se, durante o processo em julgamento no foro civil, houver perigo de vida para qualquer preso policial- 
militar; o Comandante­Geral da Polícia Militar providenciará, junto ao Secretário de Estado de Segurança Pública, os 
entendimentos com a autoridade judiciária visando à guarda dos pretórios ou tribunais por força policial-militar. 
 
Art. 70 - Os policiais-militares da ativa no exercício de funções policiais-militares são dispensados do serviço 
de juri na justiça civil e do serviço, na justiça eleitoral. 
 
SEÇÃO ÚNICA 
 
 
25 
DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR 
 
Art. 71 - Os uniformes da Polícia Militar, com seus distintivos, insignias e emblemas são privativos dos policiais- 
militares e representam o símbolo da autoridade policial-militar com as prerrogativas que lhes são inerentes. 
 
Parágrafo Único - Constituem crimes previstos na legislação especifica o desrespeito aos uniformes, 
distintivos, insignias e emblemas policiais-militares,bem como seu uso por quem a eles não tiver direito. 
 
Art. 72 - O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos, descrição, 
composição, peças acessórias e outras disposições são estabelecidas na regulamentação especifica da Polícia-Militar. 
 
§ 1º - É proibido ao policial-militar o uso de uniforme: 
 
a) em reuniões, propaganda ou qualquer outra manifestação, de caráter político partidário; 
 
b) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares e policiais-militares e, quando autorizado, a 
cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou a atos sociais solenes de caráter particular; 
 
c) no estrangeiro, quando em atividades não relacionadas com a missão do policial-militar, salvo quando 
expressamente determinado ou autorizado. 
 
§ 2º - Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da 
classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por decisão do Comandante­Geral da Polícia Militar; 
 
Art. 73 - O policial-militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, 
emblemas ou às insignias que ostente. 
 
Art. 74 - É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar distintivos, insignias 
ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar. 
 
Parágrafo Único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo os diretores ou chefes de 
repartições, organizações de qualquer natureza, firma ou empregadores, empresas e institutos ou departamentos que 
tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, insignias ou emblemas que possam 
ser confundidos com os adotados na Polícia Militar. 
 
TÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS 
 
CAPÍTULO I 
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS 
SEÇÃO I 
DA AGREGAÇÃO 
 
Art. 75 - A agregação é a situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala 
hierárquica do seu Quadro nela permanecendo sem número. 
 
§ 1º - O policial-militar deve ser agregado quando: 
 
a) for nomeado para cargo policial-militar ou considerado de natureza policial-militar, estabelecido em lei ou 
decreto, não previsto nos quadros de organização da Polícia Militar; 
 
b) aguardar transferência "ex-offício" para a reserva remunerada, por ter sido, enquadrado em quaisquer dos 
requisitos, que a motivam; e 
 
c) for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo de: 
 
I - ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de tratamento; 
 
II - ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma; 
III - haver ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamento de saúde própria; 
IV - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos de licença para tratar de interesse particular; 
 
V - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratamento de saúde de pessoa da família; 
VI - ter sido considerado oficialmente extraviado; 
VII - haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal Militar, ao 
 
 
26 
oficial ou praça com estabilidade assegurada; 
 
VIII - como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a fim de se ver 
processar; 
 
IX - se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da justiça civil; 
 
X - haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos sujeito a processo no foro militar; 
 
XI - ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis) meses, em sentença passada em 
julgado, enquanto durar a execução ou ato ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível; 
 
XII - ter passado à disposição de Secretaria de Governo de outro órgão do Estado, da União, dos Estados ou 
dos Territórios, para exercer função de natureza civil; 
 
XIII - ter sido nomeado para qualquer cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive da administração 
indireta; 
 
XIV - ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço; 
 
Ato Relacionado 
 
 
XV - ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função prevista no 
Código Penal Militar. 
 
d) excepcionalmente, for promovido na condição de excedente e passar a compor o Quadro Especial de 
Acesso - QEA, condição na qual será considerado no exercício de atividade policial militar, de natureza policial militar e 
de interesse policial militar, para todos os fins de direito. 
 
§ 2º- O policial-militar agregado de conformidade com as alíneas a) e b) do § 1º, continua a ser considerado, para 
todos os efeitos em serviço ativo. 
 
§ 3º - A agregação do policial-militar, a que se refere alínea a) e os números XII e XIII da letra c) do § 1º, é 
contada a partir da data de posse do novo cargo até o regresso à Corporação ou transferência "ex-offício" para a 
reserva remunerada. 
§ 4º - A agregação do Policial-militar a que se referem os números I, III, IV, V e X da alínea c) do § 1º é contada 
a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o respectivo evento. 
 
§ 5º - A agregação do policial-militar, a que se referem a alínea b e números II, VI, VII, VIII, IX, XI e XV da alínea 
c) do § 1º, é contada a partir da data indicada no ato que torna público o respectivo evento. 
 
§ 6º - A agregação do policial-militar, a que refere o número XIV da alínea c( do § 1º, é contada a partir da data 
do registro como candidato até sua diplomação ou seu regresso à Corporação, se não houver sido eleito. 
 
§ 7º - O policial-militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas relações com 
outros policiais-militares e autoridades civis, salvo quando titular de cargo que lhe dê precedência funcional sobre 
outros policiais-militares mais graduados ou mais antigos. 
 
Art. 76 - O policial-militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e remuneração, à organização 
policial-militar que lhe for designada, continuando a figurar no respectivo registro, sem número, no lugar que até então 
ocupava, com a abreviatura "Ag" e anotações esclarecedoras de sua situação. 
 
Art. 77 - A agregação se faz por ato do Governador do Estado ou de autoridade à qual tenham sido delegados 
poderes para isso. 
 
SEÇÃO II 
DA REVERSÃO 
 
Art. 78 - Reversão é o ato pelo qual o policial-militar agregado retorna ao respectivo quadro tão logo cesse o 
motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na respectiva escala numérica, na 
primeira vaga que ocorrer. 
 
Parágrafo Único - A qualquer tempo poderá ser determinada a reversão do policial-militar agregado, exceto 
nos casos previstos nos números I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV, e XV alínea c) do § 1º do artigo 75. 
 
Inciso II do § 8º do art. 14 da Constituição Federal 
 
 
27 
Art. 79 - A reversão será efetuada mediante ato do Governador do Estado ou de autoridade à qual tenham sido 
delegados poderes para isso. 
 
 
SEÇÃO III 
DO EXCEDENTE 
 
Art. 80 - Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial-militar que: 
 
I - tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverte ao respectivo quadro, estando este com 
seu efetivo completo; 
 
II - aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica após haver sido transferido de quadro, estando o 
mesmo com seu efetivo completo; 
 
III - é promovido por bravura, sem haver vaga; 
IV - é promovido indevidamente; 
V - sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo de seu quadro, em virtude de 
promoção de outro policial-militar em ressarcimento de preterição; e 
 
VI - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao respectivo 
Quadro, estando este com seu efetivo completo. 
§ 1º - O policial-militar cuja situação é a de excedente, salvo o indevidamente promovido, ocupa a

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