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CARREIRAS POLICIAS LEI Nº 13.869/19 @MARCELOMAPAS ABUSO DE AUTORIDADE Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2014.133-2021?OpenDocument Gostaria de te parabenizar por adquirir esse material. O nosso material é feito com muita dedicação para te ajudar a alcançar os seus objetivos nos estudos. Espero que você goste! Olá, tudo bom? Esse material destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de divulgação de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. Qualquer compartilhamento seja por google drive, torrent, mega, whatsapp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem e que jamais faria uma coisa dessas. Agradecemos a sua compreensão e desejamos um ótimo estudo. Resumosmapasdireito Marcelo.mapaseresumos@gmail.com Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com INTRODUÇÃO ABUSO DE AUTORIDADE A lei n.º 13.869/2019 se propõe a modernizar o tratamento dado ao abuso de autoridade. Na legislação anterior, de 1965, ano em que o brasil passava por um período de flexibilização de garantias e o governo era formado na maioria por oficiais das forças armadas, os crimes de abuso de autoridade eram punidos com pena de detenção que variavam de 10 (dez) dias a 6 (seis) meses, indo contrariamente ao princípio da proporcionalidade e da vedação à proteção ineficiente. A principal função da Lei nº 13.869/2019 é a prevenção e repressão de comportamentos abusivos de poder. BEM JURÍDICO TUTELADO Direitos fundamentais do cidadão; Protege o bom funcionamento do estado. Trata-se de crime pluriofensivo, o que significa que existe mais de um bem tutelado. 3 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com INTRODUÇÃO ABUSO DE AUTORIDADE CONCEITO Art. 1º Esta lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê- las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. O conceito de abuso de poder é um gênero de ato ilícito cometido pela autoridade, que subdividi-se em duas espécies: Excesso de poder: O agente público atua sem competência, seja por sua total ausência, seja por extrapolar os limites da competência que lhe foi legalmente atribuída. Desvio de poder: É caracterizado quando o agente pratica o ato visando fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 4 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com SUJEITO ATIVO ABUSO DE AUTORIDADE SUJEITO ATIVO DO DELITO Rol exemplificativo (art. 2º); Crime próprio: é necessário ser agente público, independentemente de ser servidor ou não. OBSERVAÇÕES: Para ser considerado agente público pela lei 13.869/19 basta que exista vínculo com o estado, pouco importando a forma de investidura, também não necessita de estabilidade ou de remuneração. NÃO são considerados agentes públicos aqueles que exercem apenas um múnus público (função privada com interesse público): Curadores e tutores dativos, inventariantes judiciais, administradores judiciais, depositários judiciários, leiloeiros dativos etc. 5 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com SUJEITO ATIVO ABUSO DE AUTORIDADE IMPORTANTE Para a caracterização do abuso de autoridade é imprescindível que o sujeito ativo seja agente público no sentido do art.2º da lei 13.869/19, mas não é obrigatório o efetivo exercício da função no momento da conduta. Agente público demitido, agente público de fato ou aposentado NÃO podem praticar o crime de abuso de autoridade, em razão da ausência de vínculo com o Estado. IMPORTANTE O crime de abuso de autoridade admite concurso de pessoas com particulares, DESDE que SAIBAM da condição de agente público. 6 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Caso o particular desconheça a condição de agente público, estará incurso em erro de tipo, que afasta a tipicidade do crime de abuso de autoridade. SUJEITO ATIVO ABUSO DE AUTORIDADE IMPORTANTE Isso acontece porque a condição de agente público se comunica a eventuais coautores e partícipes por ser uma elementar do tipo (art. 30 do CP). Contudo, ainda poderá o particular responder por outro crime, em razão da cooperação dolosamente distinta (art. 29, § 2º, do CP). 7 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com SUJEITO PASSIVO DO DELITO ABUSO DE AUTORIDADE Os crimes de abuso de autoridade são delitos de dupla subjetividade passiva, ou seja, existem duas vítimas: Sujeito passivo imediato/ direto/ eventual: Cidadão; Sujeito passivo mediato/ indireto/ permanente: Estado. 8 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ELEMENTO SUBJETIVO ABUSO DE AUTORIDADE O crime de abuso de autoridade só pode ser punido a título de dolo (vontade livre e consciente), ou seja, não existe abuso de autoridade culposo; Prejudicar outrem; Beneficiar a si mesmo ou terceiro; Por mero capricho ou satisfação pessoal. Ainda, o dolo precisa ser específico, o que significa que a conduta só será típica quando tiver o dolo de produzir um resultado específico, a uma das seguintes finalidades: IMPORTANTE Não haverá crime de abuso de autoridade quando se tratar apenas de divergência razoável na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas - os denominados Crimes de Hermenêutica não são aceitos pela doutrina e nem pela jurisprudência. 9 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com DIREITO DE REPRESENTAÇÃO ABUSO DE AUTORIDADE Pode ser exercido por qualquer pessoa; Não é necessária a assistência de advogado OBSERVAÇÕES: O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO SERÁ EXERCIDO POR MEIO DE PETIÇÃO. Dirigida á autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, á autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção; Dirigida ao órgão do ministério público que tiver competência para iniciar processo- crime contra a autoridade culpada. 10 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE DA AÇÃO PENAL Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública se a ação penal pública não for intentada no prazo legal. Cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 11 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Regra geral: ABUSO DE AUTORIDADE COMPETÊNCIA Os crimes de abuso de autoridade são processados pela Justiça Comum. Exceções: Justiça Federal: Se estiverem presentes as hipóteses do art. 109 da Constituição Federal, a competência para o processamento e julgamento dos crimes de abuso de autoridade será da Justiça Federal. Justiça Militar: Com o advento da Lei n. 13.491/17 a Justiça Militar da União ou dos Estados passou a ter competência para o processo de julgamento dos crimes de abuso de autoridade. Foro por Prerrogativa de função: Se a autoridade que praticou o delito no exercício da função goza de foro de prerrogativa de função, deverá ser julgada pelo respectivo Tribunal. 12 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO I - Obrigação de indenizar o dano causado pelo crime (efeito extrapenal genérico e obrigatório); III- A perda do cargo, do mandato ou da função pública. II- A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública,pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; ATENCÃO: Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e são específicos e não automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. 13 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS PENAS: Prestação de serviços àcomunidade ou a entidades públicas; Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens; As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 14 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADM As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração. RESPONSABILIDADE Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo- disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal; 15 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Bem jurídico tutelado: A Administração Pública e a liberdade de locomoção. Sujeito ativo do delito: Para o caput, qualquer agente público. Sujeito passivo do delito: É o cidadão (imediato) com seu direito de locomoção violado por uma autoridade e o Estado (mediadto). ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 9º, caput: Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais: Consumação: Trata-se de crime formal que se consuma no momento em que a autoridade profere a decisão que decreta a prisão ilegal. Pena: A pena cominada é até 4 anos, sendo possível a aplicação do ANPP. Não sendo cabível o ANPP, pode haver a suspensão condicional do processo, já que a pena mínima é de 1 ano. 16 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível. Art. 9º, § único: Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível; Conduta: Trata-se de crime omisso próprio: Há crime quando a autoridade deveria ter praticado determinada conduta, mas se omitiu. 17 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Consumação: Por se tratar de crime omissivo próprio, a tentativa é inadmissível. O delito se consuma quando o juiz deixa de cumprir as obrigações descritas nos incisos I, II e III. ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito ativo do delito: Crime próprio, apenas o juíz poderá ser sujeito ativo (tanto o juiz das garantias quanto o da instrução e julgamento, também os desembargadores e ministros). Sujeito passivo do delito: É o cidadão (imediato) com seu direito de locomoção violado por uma autoridade e o Estado (mediadto). 18 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 10: Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. ATENÇÃO: O STF, na ADPF 395/DF, firmou o entendimento de que a condução coercitiva do investigado ou do réu para interrogatório na investigação ou na ação penal, não foi recepcionada pela CF/88. Sujeito ativo do delito: Crime próprio, apenas o a autoridade judiciária, ou seja, o juíz poderá ser sujeito ativo (tanto o juiz das garantias quanto o da instrução e julgamento, também os desembargadores e ministros). 19 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito passivo do delito: É a testemunha e o investigado (imediatos) e o Estado (mediadto). Conduta: Somente haverá abuso quando a condução coercitiva da testemunha ou investigado for decretada em uma das seguintes hipóteses: Condução coercitiva manifestamente descabida; Sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. Consumação: Trata-se de crime formal, que se consuma com a mera decisão de determinação da condução coercitiva, ainda que esta não seja concretizada. 20 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 12: Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: II - Deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; I - Deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou; 21 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Incorre na mesma pena quem: IV - Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas; Conduta: No caput e nos incisos I, II, e III, trata-se de crime omissivo próprio: Há crime quando a autoridade deveria ter praticado determinada conduta, mas se omitiu. 22 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Por sua vez, o crime do inciso IV, diferente dos incisos anteriores e do caput, é um crime permanente, porque a autoridade prolonga a execução da pena privativa de liberdade, deixando, sem motivo justo, de executar o alvará de soltura ou de promover a soltura do preso. NÃO basta que o agente público deixe de comunicar a prisão em flagrante ao juiz das garantias no prazo legal. É preciso que o faça injustificadamente - sem haver alguma justificativa razoável para deixar de fazê-lo!!! ATENÇÃO! Não haverá crime de abuso de autoridade se a autoridade policial não comunicar a prisão em flagrante ao Ministério Público e à Defensoria Pública, quando o flagranteado não indicar o nome de seu advogado (art. 306, caput e §1º, do CPP).. 23 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Isso porque o tipo penal em análise faz referência apenas à autoridade judiciária, se estender tal interpretação configuraria analogia in malam partem (proibida!!). O caput do art. 12 da Lei 13.869/2019 é uma norma penal em branco homogênea heterovitelina, tendo em vista que a expressão “prazo legal” é complementada pelo art. 306, §1º do CPP, de modo que, de acordo com a doutrina, o prazo legal a que se refere o art. 12 da Lei 13.869/2019 será de 24 horas. SUJEITO ATIVO DO DELITO Conduta do caput e inc. III - o sujeito ativo será o Delegado de Polícia que possui a obrigação de comunicar as prisões à autoridade judiciária, bem como entregar a nota de culpa ao preso. 24 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com IMPORTANTE: A comunicaçãodeverá ser feita ao juiz das garantias, nos termos do art. 3º-B, II do CPP (atualmente está com a eficácia suspensa em razão da decisão do Min. Fux). Conduta do inc. I – apesar de parte da doutrina se limitar ao Delegado de Polícia, Renato Brasileiro afirma que é possível que o magistrado também figure como sujeito ativo. ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Conduta do inc. II – O sujeito ativo deve ser o agente público, nos termos do art. 2° da Lei n. 13.869/19, portanto, crime próprio. 25 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Conduta do inc. IV - Autoridade policial, diretores de estabelecimentos prisionais, de manicômios judiciários, de casas de internação de adolescentes infratores (art. 121/123, ECA), etc. Consumação: Como estamos diante de crime omissivo próprio, o delito se consuma no exato momento em que o agente deixa de fazer aquilo que a norma lhe impõe como dever legal. Não admite tentativa. 26 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei; III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro. Bem jurídico tutelado: Dignidade da função pública; Integridade moral e a honra objetiva do preso ou detento (inc. I e II); Direito à não autoincriminação, no caso do inciso III. 27 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Crime bipróprio: exigem qualidades especiais tanto do sujeito ativo quanto do sujeito passivo. Sujeito ativo do delito: trata- se de crime próprio, praticado pelo agente público. Sujeito passivo do delito: a vítima não pode ser qualquer pessoa, mas tão somente aquela que se estiver na condição de preso ou detento. Preso – A prisão da pessoa está formalizada, ou seja, foi lavrado APF. Detento - A prisão ainda não foi formalizada, mas a pessoa está privada de sua liberdade de locomoção. Consumação: Trata-se de crime material. O crime se consuma quando o ofendido faz ou deixa de fazer aquilo para o qual foi constrangido. Admite-se tentativa. 28 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório: I - De pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a presença de seu patrono. Conduta: Constranger a prestar depoimento. Aqui, o constrangimento não é realizado mediante violência, grave ameaça ou diminuição da capacidade de resistência da vítima, mas sim sob AMEAÇA DE PRISÃO. 29 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Sujeito passivo do delito: é o Estado e, no caso concreto, a pessoa que, a despeito do dever de guardar segredo em razão de função, ministério, ofício ou profissão, foi constrangida pelo agente público a prestar depoimento. ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito ativo do delito: trata-se de crime próprio, praticado pelo agente público, nos termos do art. 2° da Lei n. 13.869/19. Consumação: Trata-se de crime material. O crime se consuma no exato momento em que a pessoa obrigada a guardar segredo ou resguardar sigilo, prestar seu depoimento em virtude do constrangimento sob ameaça de prisão. A mera ameaça de prisão, sem que a vítima adote o comportamento desejado, configura tentativa 30 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 16 - Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: Conduta omissiva - quando o agente público deixa de se identificar. Conduta comissiva - nos casos em que o agente público se identifica falsamente. Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função. SUJEITO ATIVO DO DELITO: Caput – agente público responsável pela captura, detenção ou prisão do indivíduo. 31 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE SUJEITO ATIVO DO DELITO: Figura equiparada (parágrafo único) - qualquer agente público responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, a exemplo do Promotor de Justiça e do Delegado de Polícia. CONSUMAÇÃO: "Deixar de identificar-se” – crime instantâneo, pois se consuma quando o agente estatal, tendo o dever se identificar ao preso, cala-se. “Identificar-se falsamente" - o crime será consumado quando o agente atribuir a si próprio a identidade de outra pessoa ou de uma pessoa inexistente. 32 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Conduta omissiva - quando o agente público deixa de se identificar. Conduta comissiva - nos casos em que o agente público se identifica falsamente. O conceito de abuso noturno é encontrado na própria Lei de Abuso de Autoridade, período compreendido entre 21h e 5h. (art. 22, § 1º, II). ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 18 - Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações. Sujeito ativo: Crime próprio – somente o Delegado de Polícia! Sujeito passivo: o preso que for submetido ao interrogatório policial durante o período de repouso noturno. 33 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Em se tratando de prisão em flagrante, o interrogatório pode ser realizado a qualquer momento, seja durante o dia, seja durante a noite. Se um indivíduo preso, devidamente acompanhado de um advogado, concordar em prestar o depoimento no período noturno, não haverá crime. ATENÇÃO: Consumação: O crime se consuma no exato momento em que o delegado dá início ao interrogatório policial do preso durante o período de repouso noturno, ainda que o ato não seja concluído. 34 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Parágrafo Único: Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná- lo ou, não sendo competente para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 19 - Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia: Impedir: criar um obstáculo intransponível, fazendo com que a solicitação do preso não chegue à autoridade judiciária. Retardar: Crime formal, que consiste na demora injustificada para levar as solicitações. CONDUTA: 35 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Caput e Figura equiparada (parágrafo único): Crimes próprios: Agente público responsável pela custódia de presos: Diretor de estabelecimento prisional; Agente penitenciário; Magistrado (em relação ao §único). SUJEITO ATIVODO DELITO: Sujeito passivo: É o preso que tem violado o seu direito de relatar ao Juiz a existência de uma ilegalidade em sua prisão e o Estado (sempre como mediato). Crime próprio - Sujeito ativo é exclusivamente o juiz; Apenas dolo direto – “ciente do impedimento ou da demora”; Crime omissivo próprio - Não admite tentativa. CONSUMAÇÃO: § ÚNICO: 36 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 20 - Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por videoconferência É direito do cliente/assistido ter uma entrevista pessoal e reservada com seu advogado/defensor público, para auxiliar o trabalho da defesa técnica e para o melhor exercício da autodefesa. 37 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Figura equiparada (§único) – Impedir o preso, réu solto e investigado (vai além do preso) do direito de entrevista com o advogado/defensor antes da audiência judicial. CONDUTA: Caput - crime praticado por qualquer agente público que, tendo atribuição para custodiar o preso, impede a comunicação pessoal e reservada com seu advogado. § único – o crime só pode ser praticado pelo magistrado. Sujeito passivo: É o preso, independentemente da espécie de prisão (penal ou extrapenal) e o Estado. SUJEITO ATIVO: Caput – Impedir o preso, sem justa causa, da entrevista do com seu advogado. 38 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 21 - Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de idade, ou em ambiente inadequado, observado o disposto na Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Bem jurídico tutelado: tutela não apenas a Administração Pública, como também a dignidade da pessoa humana. Sujeito ativo: Crime próprio, podem praticar o delito: Delegados de Polícia; Agentes carcerários; Diretores de presídios; Juízes. 39 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE No caso do caput – o sujeito passivo direto (ou imediato) é a mulher custodiada com homens, assim como o homem confinado com uma mulher. SUJEITO PASSIVO: O crime só pode ser praticado a título de dolo, e é imprescindível que o agente tenha conhecimento de que está mantendo pessoa de sexo diverso naquele local. No caso do parágrafo único – o sujeito passivo são as crianças ou adolescentes recolhidos na companhia de maior de idade, ou em ambiente inadequado. 40 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Transexuais: pessoas que são psicologicamente de um sexo e anatomicamente de outro, rejeitando o próprio órgão sexual biológico – deverá ser recolhido ou recolhida na cela que diga respeito ao seu gênero, a não ser que opte pela cela correspondente ao seu sexo anatômico. Travestis: pessoas que pertencem ao sexo masculino na dimensão fisiológica, mas que socialmente se apresentam no gênero feminino, sem rejeitar o sexo biológico – deverá ser respeitada sua identidade social (nome social de acordo com seu gênero) e ser recolhida em ela feminina. 41 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). § 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências; II - vetado 42 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Com consentimento do morador; Em caso de flagrante delito; Desastre; Para prestar socorro. ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE § 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre. Bem jurídico tutelado: Tutela-se, não apenas a dignidade da função pública, mas também a inviolabilidade domiciliar, cujo fundamento constitucional repousa no art. 5°, XI, da Constituição. A entrada em domicílio somente pode ser realizada com autorização judicial, salvo nos seguintes casos: 43 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito ativo: É o agente público, nos termos do art. 2° da Lei n. 13.869/19. Sujeito passivo: Qualquer pessoa, titular do direito à intimidade protegido pela inviolabilidade domiciliar. INVADIR: é a ação de ocupar, penetrar, praticado de maneira ostensiva, geralmente com o emprego de meios violentos; ADENTRAR: também traduz a ideia de penetrar ou de ingressar totalmente, porém de maneira não violenta; Condutas: Tipo misto alternativo: PERMANECER: pressupõe a entrada lícita, pelo menos num primeiro momento, seguida de uma omissão, concretizado na negativa em sair do local. 44 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 23 - Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém, ou agravar-lhe a responsabilidade. Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de: I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de diligência; II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar o curso da investigação, da diligência ou do processo. 45 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Tipo subjetivo: Além do dolo específico presente em todos os crimes de abuso de autoridade, a conduta deve ser praticada com o intuito de: I - Eximir-se de responsabilidade criminal - Ex.: solicitada a entrega de arma de fogo utilizada em confronto com criminosos do qual resultou a morte de terceiro inocente, o agente público entrega artefato diverso. II - Responsabilizar criminalmente alguém - Ex.: o agente público deixa no local do crime um objeto qualquer com as impressões digitais de um inocente. 46 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE III – Agravar a responsabilidade de alguém - Ex.: sabendo que o indivíduo teria praticado um crime de furto simples, o agente público introduz na cena do crime uma chave falsa, de modo a qualificar o crime. Bem jurídico tutelado: Tutela-se a Administração da Justiça. Sujeito ativo: É o agente público, nos termos do art. 2° da Lei n. 13.869/19. Consumação: Trata-se de crime formal,de consumação antecipada ou de resultado cortado, pois se consuma no exato momento em que o agente inovar artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade. 47 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Se o agente público solicitar, receber ou aceitar promessa de vantagem indevida para inovar artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a ele deverá ser imputado exclusivamente o crime de corrupção passiva (CP, art. 317), haja vista a subsidiariedade implícita do crime previsto no art. 23 da Lei n. 13.869/19. CONSUMAÇÃO: 48 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 24 - Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração. Bem jurídico tutelado: Tutela-se a Administração da Justiça. Sujeito ativo: São os agentes públicos que normalmente são os primeiros a chegar à cena do crime. Exemplos: Policiais militares, policiais civis, guardas municipais e Bombeiros. Sujeito passivo: Além do Estado, é o funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública, ou privada que foi constrangido pelo agente público. 49 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Conduta: O crime deve ser praticado por meio de constrangimento, sob violência ou grave ameaça à pessoa, jamais à coisa. Caso o agente público não saiba que a vítima já morreu, não haverá dolo e, não haverá crime. Elemento Subjetivo: Dolo específico, o agente deve agir com a específica intenção de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração. 50 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 25 - Proceder à OBTENÇÃO de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito. Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem recorre a USO de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude. Por força constitucional, "são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos". As provas ilícitas - obtidas com violação a regra de direito material, a exemplo da confissão mediante tortura; As provas derivadas das ilícitas – Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada. Entende-se por meio manifestamente ilícito: Conduta: 51 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Caput - A conduta incriminada aqui é PROCEDER À OBTENÇÃO DE PROVA, ou seja, pratica crime o agente que produz ou obtém uma prova por meio manifestamente ilícito. Figura equiparada (§único): FAZER USO de prova, com prévio conhecimento de sua ilicitude, em desfavor do investigado ou fiscalizado. 52 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 27 - Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal, ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa. Parágrafo único: Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada. Sujeito ativo: qualquer agente público que tenha atribuição ou competência para requisitar a instauração ou para instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa. Ex.: delegado de polícia, promotor de justiça. 53 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito passivo: é a pessoa, física ou jurídica, prejudicada pela investigação abusiva contra si instaurada. São dois os verbos núcleos utilizados:CONDUTA: INSTAURAR: consiste em dar início a algo que não existia, seguindo os trâmites legais. Nesse caso, é a própria autoridade policial (ou administrativa) que determina a deflagração do procedimento investigatório. REQUISITAR: significa exigir certa providência em razão da autoridade que alguém se encontra investido; 54 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 28 - Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada, ou ferindo a honra, ou a imagem do investigado, ou acusado. Sujeito ativo: agente público que tomou conhecimento da interceptação telefônica (ou ambiental), ou de seu resultado, em virtude do exercício de cargo, emprego ou função. Sujeito passivo: não apenas o Estado, mas também a pessoa física ou jurídica cuja intimidade, vida privada, honra ou imagem, foi atingida pela ação delituosa. Conduta: divulgar, tornar pública alguma coisa, que até então era desconhecida por outrem. 55 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Objeto material: É a gravação ou trecho de gravação, sem relação com a prova que se pretenda produzir. Se houver relação com a prova, estará caracterizado o crime do art. 10 ou 10-A, §2º da Lei de Interceptação Telefônica. 56 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 29 - Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado Sujeito ativo: agentes públicos cujo exercício funcional lhes permita ter algum tipo de acesso a informações sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo. Sujeito passivo: investigado. Conduta: PRESTAR INFORMAÇÃO FALSA - o agente público, ao prestar informação sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo, insere ou faz inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita. Elemento subjetivo: Dolo específico - “fim de prejudicar interesse do investigado”. 57 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 30 - Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada, ou contra quem sabe inocente; Sujeito ativo: Agente público que tenha atribuição ou competência para dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa. Exemplos: Delegado de Polícia; Autoridades Administrativas; Procuradores da República; Sujeito passivo: O Estado e também será vítima a pessoa física ou jurídica constrangida pela persecução indevida. 58 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE DAR INÍCIO - significa instaurar, deflagrar, provocar a instauração, de persecução penal, civil ou administrativa. PROCEDER - deve ser compreendido como dar seguimento, prosseguir. CONDUTA: Esse início ou prosseguimento de persecução penal, civil ou administrativa deve, necessariamente, ser praticado por meio de uma das seguintes condutas alternativas: 1) Sem justa causa fundamentada (dolo direto ou eventual); 2) Contra quem sabe inocente (admite apenas dolo direto, não eventual). 59 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 31 - Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado. Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-oem prejuízo do investigado ou do fiscalizado. Bem jurídico tutelado: Tutela-se o direito à razoável duração do processo. Sujeito ativo: o agente público com atribuição para presidir a investigação. 60 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE ESTENDER a investigação: significa prolongar, injustificadamente, para prejudicar o investigado. Não se aplica ao processo, mas somente à investigação. Conduta: Sujeito passivo: O investigado. 61 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 32 - Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível. Este artigo vem em conformidade com o entendimento da Súmula Vinculante 14 e também do Estatuto da OAB, que garantem o acesso aos autos de investigação preliminar. Súmula vinculante n. 14 do STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 62 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Sujeito ativo: o agente público com atribuição para presidir a investigação. Sujeito passivo: é o Estado e o investigado, seu defensor ou advogado. CONDUTA: NEGAR ACESSO AOS AUTOS E/OU IMPEDIR A OBTENÇÃO DE CÓPIAS. 63 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 33 - Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal. Parágrafo único: Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou privilégio indevido. Sujeito ativo: qualquer agente público presente no art. 2º da presente Lei. Sujeito passivo: a pessoa física ou jurídica submetida à exigência sem expresso amparo legal. Conduta: EXIGIR: significa impor uma obrigação, o agente público aproveita-se das suas funções públicas para impor algo. 64 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 36 - Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la. Sujeito ativo: O juiz/magistrado, único agente público listado pelo art. 2° da Lei n. 13.869/19 com competência para tanto. Sujeito passivo: é o Estado e o devedor, pessoa física ou jurídica, cujo patrimônio foi objeto de indevida constrição. 65 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE 1) DECRETAR a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida. Conduta: São duas as condutas que devem ser praticadas cumulativamente pelo magistrado para fins de tipificação do crime: 2) Ante a demonstração da excessividade da medida, o magistrado DEIXA DE CORRIGI-LA. 66 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 37 - Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. Sujeito ativo: O juiz/magistrado de primeira instância integrante de órgãos colegiados, além de Desembargadores e Ministros. Conduta: DEMORAR, que consiste em retardar, atrasar, ultrapassar o limite necessário e razoável para a prática de determinado ato. Além disto, exigi-se o especial fim de agir, de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. 67 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE CONSTITUI ABUSO DE AUTORIDADE Art. 38 - Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação Sujeito ativo: o agente público responsável pelas investigações. Sujeito passivo: o Estado e a pessoa a quem foi atribuída culpa de maneira antecipada. Conduta: O agente público responsável pelas investigações antecipa atribuição de culpa, ou seja, aponta precipitadamente alguém como autor (ou partícipe) de determinada infração penal, civil ou administrativa. 68 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com ABUSO DE AUTORIDADE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Advertência; Repreensão; Suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 05 a 180 dias, com (atenção) perda de vencimentos e vantagens; Destituição de função; Demissão; Demissão, a bem do serviço público. ADMINISTRATIVAS SANÇÕES PENAIS A sanção penal será aplicado em conformidade com as regras dos Arts. 42 a 56 do código penal. 69 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga a integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, JUSTIFICADA A EXCEPCIONALIDADE POR ESCRITO, sob pena de responsabilidade disciplina, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidades da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejudico da responsabilidade civil do estado. ABUSO DE AUTORIDADE SUMULA VINCULANTE 11 USO DE ALGEMAS - restrições do agente e do estado- nulidades. 70 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO GABARITO: NO FINAL DOS EXERCÍCIOS 01) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, é sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público,servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal,dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas. II - membros dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário III - membros do Ministério Público. IV - membros dos tribunais ou conselhos de contas. V - membros de sindicatos patronais. Está correto o que se afirma APENAS em: A)I, III e V. B)I e III. C)I, II, III e IV D)II, IV e V. E)III. 02) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a ação privada subsidiária será exercida no prazo de , contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. A)2 (dois) meses B)3 (três) meses C)5 (cinco) meses D)6 (seis) meses 71 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 03) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, são efeitos da condenação: I- tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos. II- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos. III- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. IV- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 3 três) a 5 (cinco) anos. V- a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Está corretoo que se afirma APENAS em: A)I, III e V. B)I e III. C)I, II, III e IV D)I, II e V. E)III. 04) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, as penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade prevê suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de , com a perda dos vencimentos e das vantagens. A)1 (um) a 3 (três) meses B)1 (um) a 4 (quatro)meses C)1 (um) a 6 (seis) meses D)2 (dois) a 6 (seis) meses 72 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 05) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais, incorre na penalidade de detenção de: A)1 (um) a 3 (três) anos e multa. B)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa. D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. 06) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais, incorre na penalidade de detenção de: A)1 (um) a 3 (três) anos e multa. B)1 (um) a 6 (seis) anos e multa. C)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. 07) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de relaxar a prisão manifestamente ilegal, incorre na penalidade de detenção de: A)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. B)2 (dois) a 3 (três) anos e multa. C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa. D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. 08) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível, incorre na penalidade de detenção de: A)2 (dois) a 3 (três) anos e multa. B)1 (um) a 6 (seis) anos e multa. C)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. D)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. 73 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 09) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo, sujeita-se à penalidade de: A)1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. B)2 (dois) a 3 (três) anos e multa. C)1 (um) a 6 (seis) anos e multa. D)2 (dois) a 6 (seis) anos e multa. 10) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos e multa. 11) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que deixa de comunicar,imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 2 (dois) anos e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. 74 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 12) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que deixa de comunicar,imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada,sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 2 (dois) anos e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 13) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) anos e multa. D)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. 14) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promovera soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 2 (dois) anos e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa 75 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 15) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência a produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa D)detenção, de 3 (três) a 5 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência. 16) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo, fica sujeito à penalidade de: A)detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa 17) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, deixar de identificar- se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 76 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 18) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem, como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 19) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 20) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia,fica sujeito à pena de: A)detenção, de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. 77 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegidopor E duzz.com 21) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 22) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por videoconferência, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 23) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, a autoridade judiciária que, manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento, fica sujeito à pena de: A)detenção, de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. 78 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 24) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, fica sujeito à pena de: B) detenção,de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. A) detenção,de 6 (seis) meses 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. 25) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente público/autoridade judiciária que, invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 26) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem coage alguém,mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. B) detenção,de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 27) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, quem cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas), sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 79 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 28) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade judiciária que, inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-sede responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 29) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade judiciária que omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar o curso da investigação, da diligência ou do processo, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. D)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 30) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que, constranger, sob violência ou grave ameaça,funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. C)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. D)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 80 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 31) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente que proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. B)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 32) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa, sujeita- se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 33) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir,expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 81 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 34) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 35) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem sabe inocente, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 36) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 82 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 37) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que negar aointeressado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 38) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois)anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 39) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa. B)detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)anos, e multa. C)detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 83 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 40) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. 41) De acordo com a lei 13.869 de setembro de 2019, o agente/autoridade que antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação, estará sujeito à pena de, sujeita-se à penalidade de: A)detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. B)detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa. C)detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. D)detenção, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa. Gabarito: 01- C 02 - D 03 - D 04- C 05 - B 06 - C 07- A 08 - D 09 - A 10 - B 11 - C 12 - D 13 - B 14 - D 15 - B 16 - D 17 - B 18 - A 19 - C 20 - B 21 - C 22 - B 23 - B 24 - A 25 - B 26 - D 27 - B 28 - C 29 - D 30 - D 31 - A 32 - C 33 - B 34 - A 35 - B 36 - A 37 - D 38 - B 39 - C 40 - C 41 - C 84 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com À luz da jurisprudência e doutrina dominantes, julgue os itens quanto aos crimes de abuso de autoridade (CERTO ou ERRADO). 01. Se um delegado de polícia, mediante fundadas suspeitas de que um motorista esteja transportando em seu caminhão certa quantidade de substância entorpecente para fins de comercialização, determinar a execução de busca no veículo, sem autorização judicial, resultando infrutíferas as diligências, uma vez que nada tenha sido encontrado, essa conduta da autoridade policial caracterizará o crime de abuso de autoridade, pois,conforme entendimento doutrinário dominante, o veículo automotor onde se exerce profissão ou atividade lícita é considerado domicílio. 02. Caso, no decorrer do cumprimento de mandado de busca e apreensão determinado nos autos de ação penal em curso, o policial responsável pela diligência apreenda uma correspondência destinada ao acusado e já aberta por ele, apresentando-a como prova no correspondente processo, essa conduta do policial encontrar-se-á resguardada legalmente, pois o sigilo da correspondência, depois de sua chegada ao destino e aberta pelo destinatário, não é absoluto,sujeitando-se ao regime de qualquer outro documento. 03. A ação penal por crime de abuso de autoridade é pública condicionada à representação do cidadão, titular do direito fundamental lesado. 04. Considerando que determinada autoridade policial execute a prisão em flagrante de um autor de furto, lavrando, logo após, o respectivo auto de prisão,a partir de então, essa autoridade policial deverá, entre outras providências, comunicar a prisão ao juiz competente, dentro de 24 horas, sob pena de incorrer em abuso de autoridade. 85 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 05. Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito ativo do crime é aquele que exerce cargo,emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. À vista disso, afasta-se a possibilidade de concurso de pessoas em tais delitos, quando o coautor ou partícipe for um particular. 06. Considere que uma autoridade policial, no decorrer das investigações de um crime de furto e sem o competente mandado judicial, ordenou aos seus agentes que arrombassem a porta de uma residência e vistoriassem o local,onde provavelmente estariam os objetos furtados.No interior da residência foi encontrada a maior parte dos bens subtraídos. Nessa situação, a autoridade policial e seus agentes agiram dentro da legalidade, pois a conduta policial oportunizou a recuperação dos objetos. 07. A prática de um crime definido como abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal, aplicadas, cumulativamente, pelo juiz que presidiu o processo de natureza criminal. 08 . a aplicação da sanção penal ante o reconhecimento da prática de abuso de autoridade impede a aplicação das demais sanções civis e administrativas ao agente público,uma vez que há a comunicação das instâncias. 09 . o sujeito ativo no crime de abuso de autoridade é a pessoa que exerce cargo, emprego ou função pública,de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração, tratando-se, assim, de crime próprio. 10. o indivíduo não funcionário público não pode ser responsabilizado pelo crime de abuso de autoridade, mesmo que cometa o crime em concurso com um funcionário público, pois trata- se de um crime de mão própria 86 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 11. é expressamente vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ao funcionário público condenado por abuso de autoridade. 12. Pratica crime de abuso de autoridade o agente que, intencionalmente, prolonga a execução de prisão temporária. 13. Para averiguar se há a prática de crime de abuso de autoridade, é necessário que o sujeito ativo se enquadre no conceito de autoridade, assim não se considerando quem exerce função pública, de natureza civil, transitoriamente e sem remuneração. 14. Considere que um delegado de polícia tenha efetuado a prisão de um suspeito com a finalidade de verificar o possível envolvimento deste na prática delituosa. A prisão não ocorreu em virtude de flagrante delito, inexistindo, também, ordem escrita da autoridade judiciária competente. Nesse caso, o delegado de polícia deverá responder por crime de abuso de autoridade, pois efetuou prisão que não se inclui nos casos permitidos pela lei. 15. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. 16. A ação penal por abuso de autoridade será iniciada, independentemente de inquérito policial. 17. A denúncia contra abuso de autoridade será precedida de representação que será dirigida a órgão do Ministério Público. 18. O prazo para o recebimento de denúncia contra esse crime será de 72 horas. 19. A sançãoadministrativa consistirá em advertência, repreensão, suspensão do cargo ou demissão, a bem do serviço público. 20. A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos de 42 a 56 do Código Penal. 87 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com 21. A lei prevê a aplicação autônoma ou cumulativa das sanções de natureza penal. 22. A sentença será proferida em audiência de instrução e julgamento, depois de encerrado o debate 23. Diante da comprovada prática de crime capitulado como abuso de autoridade, o seu autor está sujeito a sanção administrativa, civil e penal, todavia, para a imposição da sanção administrativa, qualquer que seja ela, há necessidade de procedimento administrativo contraditório. 24. Somente a autoridade civil poderá ser sujeito ativo de crime de abuso de autoridade, o que não se aplica ao militar, em face de sua subordinação a legislação especial e regime disciplinar próprios. 25. Considere a seguinte situação hipotética. Justino, policial militar em serviço, realizou a prisão de um indivíduo, mantendo-o encarcerado por 2 dias, sem atender às formalidades legais pertinentes, ou seja, não havia ordem judicial de prisão nem situação flagrancial que justificassem a medida contra a pessoa detida. Nessa situação, Justino incorreu em crime de abuso de autoridade, sendo a Justiça Militar competente para processá-lo e julgá-lo. 26. O abuso de autoridade sujeita seu autor a sanção administrativa, civil e penal, constituindo a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até 3 anos sanção de natureza penal a ser aplicada de acordo com as regras do Código Penal. 88 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com Gabarito 01 - E 02 - C 03- E 04- C 05- E 06- E 07- E 08- E 09- C 10- E 11 - E 12 - C 13- E 14- C 15- C 16- C 17- C 18- E 19- E 20- C 21 - C 22 - C 23- C 24- E 25- E 26- C 89 Licenciado para - P atrick F razão - P rotegido por E duzz.com
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