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Gabarito8ano_Português_Módulo6

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Prévia do material em texto

A organização dos termos da oração na ordem indireta pode comprometer a compreensão de 
um enunciado. Assim, quando deparamos com esse tipo de construção, o melhor a fazer é pro-
curar a ordem direta dos termos da oração. Para isso, observar a concordância entre os termos 
da oração pode nos dar pistas das relações entre esses termos.
 Leia os versos iniciais do Hino Nacional Brasileiro, um dos símbolos da pátria, e faça o que se pede.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante
ESTRADA, Joaquim Osório Duque. Hino nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ 
ccivil_03/constituicao/hino.htm>. Acesso em: 20 ago. 2019.
a) Esses dois versos compõem uma oração. A forma verbal ouviram tem sujeito e objeto ex-
pressos nesse trecho. Identifique-os e classifique-os.
O sujeito é “As margens plácidas do Ipiranga” e se classifica como simples. O objeto, que é direto, é “o brado 
retumbante de um povo heroico”.
b) Como você chegou a essa conclusão? Que elemento gramatical é fundamental para identificar 
sujeito e objeto? 
O elemento fundamental é o verbo. Como ele está no plural, o sujeito também deve estar no plural, já que o verbo 
sempre concorda com seu sujeito.
c) Considerando sua resposta ao primeiro item da questão, discuta o sentido do trecho com 
seus colegas e reescreva-o em ordem direta.
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
Neste módulo, demos continuidade ao estudo da sintaxe aprendendo mais sobre a disposição 
das palavras na frase e das frases no discurso. Notamos que, ao emitir uma mensagem, precisamos 
buscar transmiti-la de forma completa e compreensível, relacionando e combinando as palavras nas 
orações. Concluímos que alguns verbos não possuem sentido completo e, por isso, sua significação 
só se torna compreensível com a presença de outros termos, chamados complementos verbais. A 
partir do momento em que se compreende a relação semântica do verbo com o seu complemento, 
é possível refletir sobre a referência construída no âmbito da predicação e observar a aplicação dos 
preceitos da transitividade.
PARA CONCLUIR
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oração
sujeito
objeto indireto
preposição
objeto direto
complemento verbalverbo
predicado
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Leia este trecho do conto do escritor mineiro Luiz 
Ruffato e faça as atividades 1 e 2.
O ataque
De manhãzinha, o despertador. Minha mãe 
levantou, pegou uma vasilha dentro do ar-
mário, escancarou a porta da cozinha, abriu
a torneira do tanque-de-lavar-roupa, encheu
a leiteira de água, depositou-a na trempe, pousou açúcar no 
fundo, acendeu uma boca do fogão-a-gás, entrou no quarto, 
murmurou, “Reginaldo, ô Reginaldo, cinco horas!”, passou à 
sala, murmurou, “Mirtes, ô Mirtes, cinco horas”, voltou à cozi-
nha, encheu uma lata de milho, dirigiu-se ao terreiro, convo-
cou as galinhas, pruuuu-ti-ti-ti, pruuuu-ti-ti-ti, meu pai tossiu... 
depois... o cheiro de café... Mirtes resmunga qualquer coisa... 
meu irmão abre a gaveta da mesinha... o cheiro de pão-na-fri-
gideira... “friagem”... “este ano”... “pra pagar no dia”... barulho 
dos limpa-raios coloridos no aro da bicicleta do Reginaldo... o 
tamanco da Mirtes... “Bença, mãe... Bença, pai...”
RUFFATO, Luiz. Inferno provisório. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
Luiz Ruffato nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em 1961. 
Graduado em Comunicação, é jornalista e escritor. Tem vários 
livros publicados, e sua obra já foi premiada. Em Inferno pro-
vis—rio – obra composta de 38 narrativas, entre elas aquela da 
qual se extraiu o trecho em estudo –, o autor faz referência 
ao proletariado brasileiro do final do século XIX até o início 
do século XXI, retrata a industrialização de sua cidade na-
tal, a migração do campo para a cidade, a instabilidade nos 
deslocamentos espaciais e a precariedade socioeconômica.
PRATICANDO O APRENDIZADO
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões 
sinalizadas com asterisco.
1 Nesse trecho narrativo, os verbos têm diferentes tran-
sitividades.
a) Copie os verbos classificando-os como transitivos e 
intransitivos.
Verbos intransitivos: levantou, entrou, voltou, dirigiu-se, tossiu 
e pagar.
Verbos transitivos: pegou, escancarou, abriu, encheu, depositou, 
pousou, acendeu, convocou, resmunga e abre.
b) Classifique os complementos dos verbos transitivos.
São objetos diretos.
2 A primeira frase do texto: “De manhãzinha, o desper-
tador” não é uma oração.
a) Reescreva-a empregando um verbo transitivo direto.
Respostas possíveis: De manhãzinha, desliguei/liguei/derrubei/
apertei o despertador.
b) Qual é a função sintática do termo o despertador
na frase reescrita? Explique.
O termo tem função de objeto direto, porque completa o sentido 
do verbo transitivo, ao qual se liga sem intermédio de preposição.
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Leia esta tirinha e faça as atividades 3 e 4.
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3 Quanto à transitividade verbal e aos complementos 
empregados na tirinha, responda:
a) Qual é a forma verbal usada por Magali? 
O verbo dá (dar).
b) No primeiro e no segundo quadrinhos, quais são os 
complementos do verbo e como eles se classificam?
No 1o quadrinho, o termo pipoca é objeto direto. No 2o
quadrinho, os termos cachorro-quente, pizza, chocolate, 
pirulito e balas funcionam como objeto direto.
filho de boa família (tão boa que até tinha sentimentos), agira 
sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos.
Desde menino, a sua respeitável progenitora descobriu-lhe 
um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. Não a sua 
verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira.
JOÃO DO RIO. O homem de cabeça de papelão. São Paulo: Hedra, 2012.
João do Rio (1881-1921) nasceu na cidade do Rio de Janei-
ro. Foi jornalista, contista, cronista, tradutor e dramaturgo. 
Retratou, em suas narrativas, o Rio de Janeiro de sua época, 
seus personagens e seu modo de usar a língua portuguesa 
falada no Brasil do fim do século XIX e início do século XX. 
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c) No último quadrinho, quais são os complementos e 
como se classificam?
No último quadrinho, o verbo é empregado como transitivo direto 
e indireto. Seu objeto direto é “um aumento” e seu objeto 
indireto é pro “meu pai”.
4 Para compreender o humor de um texto, precisamos 
entender não só aquilo que é explícito, mas também 
seus efeitos de sentido implícitos. Considerando a últi-
ma fala de Magali e a sua mudança de interlocutor, qual 
deve ter sido a resposta de seu pai a suas perguntas 
anteriores?
Provavelmente, o pai de Magali respondeu que não tinha dinheiro 
suficiente para comprar tudo que ela pedira.
Leia este trecho do conto “O homem de cabeça de pa-
pelão”, de João do Rio, e faça as atividades 1 a 4.
O homem de cabeça de papelão
No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, 
semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era 
príncipe. Nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absoluta-
mente sem importância social.
O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era 
o mais comum, o menos surpreendente em ideias e práticas. Os 
habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, 
ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas 
as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da 
capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos 
meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas res-
trições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro, 
elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários,nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso 
não enriquecessem os proprietários também. [...]. Enfim tudo 
quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma 
grande cidade com pretensões da América. E o povo que a 
habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso 
bom senso. Bom senso! Se não fosse a 
capital do País do Sol, a cidade seria 
a capital do Bom Senso!
Precisamente por isso, Antenor, 
apesar de não ter importância algu-
ma, era exceção malvista. Esse rapaz, 
APLICANDO O CONHECIMENTO
Afluir: correr, fluir.
Desventura: má-sorte, 
infortúnio. 
Restri•‹o: limitação.
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1 Releia o penúltimo parágrafo do conto e responda:
a) Qual é o complemento verbal do primeiro verbo 
empregado? Como ele se classifica?
Trata-se de “importância alguma”, objeto direto.
b) É possível classificar o termo “em desacordo” como 
objeto indireto? Justifique sua resposta.
Não. Agir é verbo intransitivo. O termo indica o modo como o 
personagem agia.
2 Releia a seguinte passagem do texto.
[...] e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades 
da vida [...]
 Classifique o verbo quanto à predicação. Quais são seus 
complementos e como se classificam?
O verbo se classifica como transitivo direto. Seus complementos 
são objetos diretos: “todos os lugares” e “todas as possibilidades 
da vida”.
3 Releia o último parágrafo do texto.
Desde menino, a sua respeitável progenitora desco-
briu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. 
Não a sua verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira.
a) Indique os complementos dos verbos destacados e 
classifique-os.
“Um defeito horrível”: objeto direto; (Atenção! O pronome 
oblíquo lhe não exerce a função de objeto indireto. Trata-se
de adjunto adnominal com valor de posse “seu”: “descobriu um 
defeito seu/de Antenor horrível”); “a verdade”: objeto direto.
b) O que o complemento do segundo verbo destacado 
indica a respeito do caráter de Antenor? 
O objeto direto “a verdade”, como completa o sentido do verbo 
dizer, indica que Antenor era um cidadão verdadeiro, honesto. 
c) O que os complementos do verbo descobriu nos 
indicam sobre como é visto o caráter de Antenor em 
relação às situações cotidianas e ao convívio com as 
pessoas? 
Como o texto indica que só dizer a verdade é “um defeito 
horrível” de Antenor, o fato de ele só dizer a verdade não 
é visto como uma qualidade, mas sim como defeito.
4 Reescreva as frases a seguir transformando os predica-
dos nominais destacados em predicados verbais. Para 
isso, utilize verbos significativos da mesma família dos 
predicativos.
a) O povo era possuidor de bom senso.
O povo possuía bom senso.
b) O País do Sol parece surpreendente.
O País do Sol surpreende.
c) A mãe de Antenor estava agradecida ao filho.
A mãe de Antenor agradecia ao filho.
• Em quais das frases reescritas os verbos têm obje-
tos? Indique-as, copiando e classificando os comple-
mentos.
Na frase do item a: “bom senso”, objeto direto; na frase do 
item c: “ao filho”, objeto indireto.
Leia, a seguir, trechos do poema Receita de Ano-Novo, 
do mineiro Carlos Drummond de Andrade. Depois, faça as 
atividades 5 a 9.
Receita de Ano-Novo
Para você ganhar belíssimo Ano-Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano-Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir a ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
[...]
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
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para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano-Novo
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano-Novo
cochila e espera desde sempre.
ANDRADE, Carlos Drummond. Receita de Ano-Novo. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2015. p. 83-84.
5 Observe que, nos doze versos iniciais, o eu lírico constrói 
duas ideias: uma finalidade (para ganhar um Ano-Novo) 
e a caracterização desse possível Ano-Novo. Complete 
a frase a seguir, copiando os termos que caracterizam 
esse Ano-Novo nos doze versos iniciais do poema.
O Ano-Novo proposto pelo eu lírico será: 
“como todo o tempo já vivido”, “não apenas pintado de novo, 
remendado às carreiras”, “novo nas sementinhas do vir a ser”, “novo 
até no coração das coisas menos percebidas”, “novo espontâneo, 
que de tão perfeito nem se nota”.
6 Nos versos 13 a 27, o eu lírico indica a seu interlocutor 
o que não é necessário para ganhar o Ano-Novo. 
a) Qual verbo é usado nos versos para transmitir essa 
ideia? Copie um verso que comprove sua resposta.
Verbo precisar. Resposta possível: “Não precisa fazer lista de 
boas intenções”. Entre o verbo precisar e um verbo no infinitivo,
não se usa preposição. Nesse caso, será transitivo direto.
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b) Qual é a transitividade desse verbo nos versos? 
Explique.
O verbo é transitivo direto, pois exige complementos sem 
preposição.
7 Nos versos finais, o eu lírico repete as estruturas, agora 
orientando o interlocutor ao que realmente deve ser 
feito. Observe que o verbo merecer é usado nos versos 
29 e 30. 
a) Esse verbo tem o mesmo complemento em ambos 
os versos? Explique.
O verbo merecer não tem o mesmo complemento nos dois 
versos. Os complementos se classificam da mesma forma 
(ambos são objetos diretos), mas não são o mesmo. Na primeira 
ocorrência é “este nome” e na segunda o pronome oblíquo (l)o.
b) Explique o sentido do(s) complemento(s) no poema.
Espera-se que os alunos observem que “este nome” se refere 
à ideia de Ano-Novo, de um ano que marque o início de um 
processo. Espera-se, ainda, que eles observem que o pronome 
oblíquo o se refere ao Ano-Novo, ou seja, o interlocutor deve 
merecer esse Ano-Novo.
8 Releia este verso: “mas tente, experimente, consciente”.
a) As palavras que rimam têm a mesma classe grama-
tical? Justifique sua resposta.
As palavras não têm a mesma classe gramatical. As duas 
primeiras são verbos e a última é adjetivo.
b) Algumas vezes, verbos transitivos podem ser empre-
gados sem complemento explícito. Essa afirmativa 
corresponde ao caso dos verbos desse verso?
Sim, ela corresponde. Os verbos tentar e experimentar 
normalmente são transitivos, mas no poema estão empregados 
sem nenhum complemento. 
c) Explique qual é o efeito de sentido impresso ao poe-
ma ao não se usar complementos nos verbos desse 
verso.
A intenção é deixar por conta do leitor esse complemento, uma 
vez que é Ano-Novo e o conselho é de que se tente o que se 
quiser fazer, experimente o que se quiser experimentar.
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d) Reescreva o verso inserindo complementos para 
esses dois verbos de acordo com uma vontade sua 
de tentar e experimentar algo. Compartilhe com os 
colegas.
Resposta pessoal.
9 Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), considerando os 
elementos linguísticos destacados e o sentidoque es-
tabelecem no poema em estudo.
a) ( V ) A expressão “de tão perfeito nem se nota” apre-
senta valor de consequência.
b) ( V ) O conectivo mas, no verso “mas novo nas se-
mentinhas do vir a ser”, detém sentido adversativo.
c) ( F ) O pronome se, na passagem “se ama, se com-
preende”, indica condição.
d) ( V ) A locução “a partir de”, no verso “a partir de 
janeiro as coisas mudem”, transmite ideia de tempo.
e) ( F ) A preposição para, repetida ao longo do poema, 
tem valor semântico de causa.
f) ( V ) O termo apenas, na passagem “apenas pintado”, 
pode ser substituído por somente sem alteração 
do sentido.
g) ( F ) Na passagem “pelas besteiras consumadas”, 
tem-se a ideia de explicação.
Dizem que o povo brasileiro se caracteriza pelo desperdício e pelo consumismo. Será válida essa 
afirmação? Consumimos em demasia?
O comércio vale-se de datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa, Dia das Crianças, entre outras, 
para intensificar o consumo. Além disso, há datas festivas que têm parte de seu sentido muito 
conectado ao gesto de trocar presentes, como o Natal. Com isso, o sentido original dessas datas acaba 
se perdendo nos gastos exagerados. A Páscoa, por exemplo, tem sua origem no cristianismo e, para os 
cristãos, é uma data que celebra a renovação; mas muitos de nós só pensamos nos chocolates. 
As pessoas muitas vezes não se dão conta de que consomem demais e gastam o que não têm. 
Esquecem-se de que o valor do afeto pode ser externado num simples gesto de carinho.
Pergunte a seus familiares qual é o sentido dessas datas para eles. Depois, compartilhe e debata com 
o professor e os colegas o resultado dessa pesquisa.
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Leia o poema a seguir e faça as atividades 1 e 2.
Três coisas
Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
DESENVOLVENDO HABILIDADES
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.
CAMPOS, Paulo Mendes. Antologia poética. Rio de Janeiro: Fontana 
Expressão e Cultura, 1978.
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1 O título do poema de Paulo Mendes Campos faz refe-
rência a três elementos (o tempo, a morte e teu olhar), 
cuja função, na primeira oração, é
a) indicar os termos essenciais da oração.
b) completar o sentido de um verbo transitivo direto.
c) associar-se a um verbo transitivo indireto.
d) atribuir características ao sujeito.
e) modificar o verbo indicando circunstâncias.
3 Sobre a linguagem visual e verbal dos três primeiros 
quadrinhos da tira, assinale a alternativa incorreta.
a) No segundo quadrinho, Calvin expressa sua indigna-
ção por meio da oração “Não é justo!” e sua postura 
corporal demonstra o que ele diz.
b) No primeiro quadrinho, Calvin expressa sua indigna-
ção por meio de orações que comparam a situação 
dele com a dos pais. Para isso, ele emprega, entre 
outras, as formas posso e podem como transitivas 
indiretas. No caso da forma podem, o objeto indireto 
está implícito.
c) O segundo quadrinho mostra Calvin mais nervoso do 
que no primeiro: visualmente, sua boca foi desenha-
da de tamanho exagerado, é quase maior que todo 
o rosto do menino. Sua fala está em negrito, o que 
indica que ele está gritando. O ponto de exclamação 
ajuda a expressar a emoção do personagem.
d) No terceiro quadrinho, a fala do pai retoma a fala de 
Calvin no segundo quadrinho: uma oração composta 
de verbo de ligação e predicativo, entre outros ele-
mentos.
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2 Assinale a alternativa correta sobre os versos do poema:
a) Em “O tempo é muito comprido”, comprido é objeto 
direto.
b) Em “A morte não tem sentido”, o verbo é intransitivo.
c) Em “Teu olhar me põe perdido”, perdido é predicativo.
d) Em “Não consigo medir / O tempo / A morte / Teu 
olhar”, o verbo não apresenta complemento.
e) Em “Muito medo tenho”, a oração está na ordem direta.
e) No terceiro quadrinho, a fala do pai do menino tem uma 
expressão em negrito, o que indica que ele destacou essa 
expressão ao falar. No caso, ela é o sujeito da oração.
4 A respeito do último quadrinho da tira, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) Calvin é desenhado ainda com expressão irritada 
— sobrancelhas franzidas e boca com o traço para 
baixo, mas já parece menos nervoso. Sua mão, na 
lateral do corpo, é desenhada em riste, fechada.
b) A fala de Calvin é composta de duas orações: uma 
delas com o verbo saber usado como transitivo, po-
rém, o objeto está implícito.
c) O humor da tira está na inversão do que se espera, 
em geral, a respeito da justiça do mundo. Calvin não 
espera que o mundo seja justo, mas que a injustiça 
do mundo lhe seja conveniente.
d) Na segunda oração da fala de Calvin, o que provoca 
humor é o objeto direto, que tem sentido diferente 
do que se costuma esperar.
e) Na segunda oração da fala de Calvin, o que provoca 
humor é o núcleo do predicativo do sujeito, que tem 
sentido diferente do que se costuma esperar.
Leia esta tirinha e faça as atividades 3 e 4.
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