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Gabarito7ano_Português_Módulo1

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SITUAÇÃO-PROBLEMA
 Leia este fragmento narrativo, que traz algumas curiosidades sobre Afrodite:
O amor mortal de Afrodite
Afrodite reina sobre o mais poderoso dos instintos: a procriação. Além de se envolver com deuses, 
ela exerce poder sobre o desejo alheio. Foi sob sua inspiração que Zeus amou tantas mortais e que tantas 
mulheres caíram em desgraça. Se aos homens a inspiração afrodisíaca traz uma felicidade irresponsável, 
leva as mulheres à fatalidade. Arranca seus pudores e as faz tomar-se por uma infeliz paixão cega, muitas 
vezes criminosa, pelo homem alheio. […]
HORTA, Maurício et al. Mitologia: deuses, heróis e lendas. 
São Paulo: Abril, 2013.
a) Para descrever os efeitos da ação dos poderes de Afrodite, uma das três classes gramaticais 
estudadas neste módulo assume função relevante nesse texto, sobretudo na segunda metade 
do fragmento. Que classe é essa? Justifique.
Espera-se que os alunos observem a força dos adjetivos. Os vocábulos poderoso, afrodisíaca, infeliz, cega e
criminosa não caracterizam diretamente, mas permitem ao leitor perceber um quadro das consequências da
ação de Afrodite.
b) Estabeleça a diferença de sentido entre “a inspiração afrodisíaca traz uma felicidade irres-
ponsável” e “a inspiração afrodisíaca traz uma irresponsabilidade feliz”.
No primeiro caso, o adjetivo irresponsável diminui a positividade do substantivo felicidade, parte central do sintagma.
No segundo, feliz atenua o sentido negativo de irresponsabilidade, parte central do sintagma.
c) Compare o uso de mortal e mortais nos trechos a seguir. Explique as diferentes funções que 
essas palavras desempenham no texto.
O amor mortal de Afrodite
Zeus amou tantas mortais
No primeiro exemplo, o termo mortal acompanha o substantivo amor; portanto, é empregado como adjetivo. 
No segundo exemplo, mortais é empregado como substantivo, pois designa quais seres Zeus amou.
 
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PRATICANDO O APRENDIZADO
 1 Empregue o artigo definido estabelecendo a concor-
dância adequada com o substantivo ao qual o artigo 
se refere.
a) O presunto custa R$ 0,05 o grama.
b) O cabeça da equipe determinou que a reunião 
será às 7 horas da noite.
c) O diretor gastou o capital da empresa com 
inutilidades.
d) Os jogadores jogaram muito bem, mas perderam o 
jogo. Esse resultado afetou-lhes, logo, o moral.
e) A moral daquela pessoa evidenciou-se pelo 
seu comportamento em público.
 2 Reescreva as frases flexionando os substantivos des-
tacados no plural. Lembre-se de fazer a concordância 
adequada das demais palavras.
a) Aquele profissional recém-formado é anglo-saxão.
Aqueles profissionais recém-formados são anglo-saxões.
b) Aquele cavaleiro é surdo-mudo.
Aqueles cavaleiros são surdos-mudos.
c) O padre que nos visitou é latino-americano.
Os padres que nos visitaram são latino-americanos.
d) O escriv‹o luso-brasileiro visitou Brasília.
Os escrivães luso-brasileiros visitaram Brasília.
 3 Observe, em cada par de frases, o uso ou não do artigo 
e responda: qual é a diferença de significado entre elas?
a) Toda noite ele chora.
Toda a noite ele chora.
Toda noite ele chora: todas as noites; sempre. 
Toda a noite ele chora: a noite inteira.
b) Este livro é meu.
Este livro é o meu.
Este livro é meu: um livro qualquer que me pertence. 
Este livro é o meu: o único, o específico.
c) Os mecânicos da empresa apresentaram reivindi-
cações.
Os mecânicos da empresa apresentaram as reivin-
dicações.
Os mecânicos da empresa apresentaram reivindicações: 
algumas, várias reivindicações. 
Os mecânicos da empresa apresentaram as reivindicações: 
todas as reivindicações ou aquelas já conhecidas.
d) Vim da casa de Maria Eduarda.
Vim da casa da Maria Eduarda.
Vim da casa de Maria Eduarda: não indica familiaridade. 
Vim da casa da Maria Eduarda: indica familiaridade.
e) Este é o homem.
Este é um homem.
Este é o homem: o homem especial, específico. 
Este é um homem: um homem como outro qualquer.
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões 
sinalizadas com asterisco.
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Leia o texto a seguir e responda às questões 1 a 3.
A infinita fiadeira
A aranha, aquela aranha, era tão única: não parava de 
fazer teias! Fazia-as de todos os tamanhos e formas. Ha-
via, contudo, um senão: ela fazia-as, mas não lhes dava 
utilidade. O bicho repaginava o mundo. Contudo, sempre 
inacabava as suas obras. Ao fio e ao cabo, ela já amealhava
uma porção de teias que só ganhavam senso no rebrilho 
das manhãs.
E dia e noite: dos seus palpos primavam obras com 
belezas de cacimbo gotejando, rendas e rendilhados. Tudo 
sem fim nem finalidade. Todo o bom aracnídeo sabe que a 
teia cumpre as fatais funções: lençol de núpcias, armadilha 
de caçador. Todos sabem, menos a nossa aranhinha, em 
suas distraiçoeiras funções. 
Para a mãe-aranha aquilo não passava de mau senso. 
Para que tanto labor se depois não se dava a devida aplica-
ção? Mas a jovem aranhiça não fazia ouvidos. E alfaiatava, 
alfinetava, cegava os nós. Tecia e retecia o fio, entrelaçava 
e reentrelaçava mais e mais teia. Sem nunca fazer morada 
em nenhuma. Recusava a utilitária vocação da sua espécie. 
— Não faço teias por instinto.
— Então faz por quê?
— Faço por arte.
Benzia-se a mãe, rezava o pai. Mas nem com preces. A 
filha saiu pelo mundo em ofício de infinita teceloa. E em 
cantos e recantos deixava a sua marca, o engenho da sua 
seda. Aos pais, após concertação, a mandaram chamar. 
A mãe:
— Minha filha, quando é que se assentas as patas na 
parede?
E o pai:
— Já eu me vejo em palpos de mim...
Em choro múltiplo, a mãe limpou as lágrimas dos mui-
tos olhos enquanto disse: 
— Estamos recebendo queixa do aranhal.
— O que é que dizem, mãe?
— Dizem que isso só pode ser doença apanhada de 
outras criaturas.
Até que decidiram: a jovem aranha tinha que ser recon-
duzida aos seus mandos genéticos. Aquele devaneio seria 
causado por falta de namorado. A moça seria até virgem, 
não tendo nunca digerido um machito. E organizaram um 
amoroso encontro.
— Vai ver que custa menos que engolir a mosca — disse 
a mãe.
E aconteceu. Contudo, ao invés de devorar o singelo 
namorador, a aranha namorou e ficou enamorada. Os dois 
deram-se os apêndices e dançaram ao som de uma brisa 
que fazia vibrar a teia. Ou seria a teia que fabricava a brisa?
A aranhiça levou o namorado a visitar a sua coleção 
de teias, ele que escolhesse uma, ficaria prova de seu amor.
A família desiludida consultou o Deus dos bichos para 
reclamar da fabricação daquele espécime. Uma aranha 
assim, com mania de gente? Na sua alta teia, o Deus dos 
bichos quis saber o que poderia fazer. Pediram que ela tran-
sitasse para a humana. E assim sucedeu: num golpe divino, 
a aranha foi convertida em pessoa. Quando ela, já transfi-
gurada, se apresentou no mundo dos humanos logo lhe 
exigiram a imediata identificação. Quem era, o que fazia?
— Faço arte.
— Arte?
E os humanos se entreolharam, intrigados. Desco-
nheciam o que fosse arte. Em que consistia? Até que 
um, mais-velho, se lembrou. Que houvera um tempo, em 
tempos de que já se perdera memória, em que alguns se 
ocupavam de tais improdutivos afazeres. Felizmente, isso 
tinha acabado, e os poucos que teimavam em criar esses 
pouco rentáveis produtos — chamados de obras de arte — 
tinham sido geneticamente transmutados em bichos. Não 
se lembrava bem em que bichos. Aranhas, ao que parece. 
COUTO, Mia. O fio das missangas: contos. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Amealhar: acumular aos poucos.
Palpo: apêndices articulados móveis situados ao lado da boca dos 
insetos.
Cacimbo: nevoeiro.
Labor: trabalho.
Teceloa: tecelã.
Concertação: combinação ou harmonização (de atitudes, interesses,etc.); acordo entre governo e parceiros sociais (sindicatos, associações 
profissionais, etc.) sobre medidas laborais (horários de trabalho, 
rendimentos, etc.).
Devaneio: imaginação, loucura.
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APLICANDO O CONHECIMENTO
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1 Define-se “mito” como relato fantástico que tem ori-
gem na tradição oral e cujos seres encarnam as forças 
da natureza e os aspectos gerais da condição humana. 
Explique, com suas palavras e com elementos textuais, 
por que o conto de Mia Couto pode ser considerado 
um texto de caráter mitológico.
No conto, o traço mitológico decorre de a aranha, apesar de ser um
animal, elaborar uma representação de um comportamento humano:
a capacidade de produção artística. 
2 “A aranha, aquela aranha, era tão única: não parava de 
fazer teias! Fazia-as de todos os tamanhos e formas.” 
(1º parágrafo)
“Até que decidiram: a jovem aranha tinha que ser re-
conduzida aos seus mandos genéticos.” (15º parágrafo)
Nesses períodos, os artigos sublinhados cumprem dife-
rentes papéis na organização do texto. Explique o efeito 
que cada um deles tem em seus contextos de uso.
O primeiro artigo destaca a unicidade da aranha em razão da
diferença em relação às aranhas comuns; o segundo tem
papel coesivo porque o sintagma “A jovem aranha” evidencia que ela
já foi apresentada/mencionada no texto.
3 Transcreva, dos dois primeiros parágrafos, dois sintag-
mas nominais que se refiram à aranha para evitar sua 
repetição.
Os sintagmas são “O bicho” e “a nossa aranhinha”.
Leia a tira abaixo e responda às questões 1 a 3.
1 O substantivo pertence a uma classe determinante para 
a construção de sentidos, pois – junto com os verbos 
– estrutura a base de sentido dos enunciados. No con-
texto em que são utilizados, os substantivos “conheci-
mento” e “mitos” mantêm uma relação de:
a) pertencimento.
b) semelhança.
c) oposição.
d) complementação.
2 É preciso estarmos atentos à flexão das palavras meta-
fônicas em razão da mudança sonora presente nesse 
fenômeno. Caso flexionada no plural, a metafonia pode 
ser verificada em: 
a) “ciência”.
b) “curioso”.
c) “conhecimento”.
d) “destrói”.
3 Na frase “O conhecimento destrói mitos”, a presença e a 
ausência dos artigos antes dos substantivos produzem, 
respectivamente, efeitos de: 
a) retomada e generalização.
b) individualização e desconhecimento.
c) ênfase e depreciação.
d) particularização e indiferença.
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Disponível em: <www.facebook.com/tirasarmandinho>. Acesso em: 18 jul. 2019.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
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