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Gestão Financeira e de Custos Empresariais 1
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GESTÃO FINANCEIRA 
E DE CUSTOS 
EMPRESARIAIS
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 1
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Neto, Fernando Cabral de Melo, 2021.
Gestão Fincanceira e Custos Empresariais - Jupiter Press - São Paulo/SP
76 páginas;
Palavras chaves: 1. Gestão; 2. Finanças; 3. Controle; 4. Custos.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 2
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s
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................3
1. CONCEITOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ....................................4
2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...............................................................10
3. RISCO X RETORNO ..................................................................................................................................20
4. ANÁLISE DE RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO ......................................................26
5. GESTÃO DE CUSTOS ...............................................................................................................................44
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................................73
*
* A navegação deste e-book por meio de botões interativos pode variar de funcionalidade dependendo de cada leitor de PDF.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 3
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APRESENTAÇÃO
Prezado discente este material tem como objetivo fornecer um resumo da 
UNIDADE I (conceitos e funções da administração financeira) buscando auxiliar 
a compreensão dos conteúdos referidos a unidade (abaixo), além de servir para 
consultas permanentes, não procurando substituir os livros indicados, os quais 
são mais profundos e mais ricos em detalhes.
Os objetivos específicos deste instrumento são mostrar, compreender e 
explicar os conceitos e funções da administração financeira e sua aplicabilidade 
na prática.
Nesta unidade serão apresentados os conceitos, funções, objetivos, 
importância da administração financeira, importância do administrador financeiro 
e a relação da administração financeira com contabilidade e economia, buscado 
em todos os momentos mostrar sua interdisciplinaridade e sua aplicabilidade 
prática.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 4
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1. CONCEITOS E FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados 
às finanças das organizações. Ela está diretamente ligada a com a economia e a 
contabilidade.
Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado 
de finanças que, corresponde ao conjunto de recursos circulantes disponíveis 
que serão usados em transações e negócios.
Sendo que há necessidade de se analisar para que se possa ter a real situação 
econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos x os seus 
deveres. Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do 
cotidiano da empresa, tal como no gerenciamento e própria existência da mesma, 
como as suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade 
e, principalmente na administração geral de nível estratégico, gerencial e 
operacional em que se tem dados e informações financeiras para a tomada de 
decisão na condução da empresa.
A administração financeira é uma ferramenta utilizada para controlar de 
maneira mais eficaz, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, 
planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de 
recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o 
desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os 
melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.
Fazendo uma analogia ao setor administrativa financeira das empresas, 
podemos considerá-lo como o “sangue” ou a “gasolina” da empresa que 
possibilita financiar seu funcionamento, sendo necessário que sua circulação seja 
constante, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o 
lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da 
entrada e saída de recursos financeiros.
A falta das informações financeiras, o que resulta que as empresas não 
tenham controle e tão pouco planejamento financeiro acarretam muitas vezes 
na falência das mesmas até o segundo ano de existência (SEBRAE). Assim são 
indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se 
contabilizam os dados da gestão, que devem ser analisados detalhadamente para 
a tomada de decisão.
Para melhor entendimento da administração financeira e orçamentária é 
necessário divida-la em:
• Administração financeira: é a arte e a ciência de administrar fundos.
• Administração orçamentária: é o plano financeiro estratégico para determinado 
exercício. Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 5
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Hoji (2008) conceitua a gestão financeira e orçamentária como um dos 
seguimentos da ciência geral da administração que tem por função primordial a 
gestão dos recursos financeiros de forma eficiente e eficaz na busca permanente 
da maximização da riqueza sob o ponto de vista do investidor.
Todas as empresas de qualquer tamanho dispõem de dois recursos para 
utilizar em suas operações que são os recursos próprios e de terceiros onde cada 
um possua peculiaridades que no momento de seu uso pode fazer com que a 
empresa tenha sucesso ou não.
Recursos próprios são os recursos que surgem da formação do capital social 
da empresa e que podem ser aumentados ou diminuídos a partir do desempenho 
operacional da empresa. Em outras palavras a empresa pode obter lucro ou 
prejuízo dependendo de onde e como for aplicado este recurso.
Os recursos próprios são caracterizados por ser não oneroso (não incide 
juros) e por não exigível (não existe data para ser devolvido).
Os recursos de terceiros são recursos oriundos de pessoas físicas ou jurídicas, 
que não participaram da formação do capital social da empresa, tais como 
financiadoras, bancos e etc. Caracteriza-se por ser exigível (existe data certo para 
ser devolvido) podendo ou não ser oneroso, ou seja, podendo ou não incidir juros 
sobre o valor de terceiros.
Com a obtenção desses recursos financeiros, estes podem ser aplicados de 
duas formas que são no:
• Ativos circulantes: Representa o lastro financeiro da empresa, ou seja, ativo circulan-
te.
• Ativo de manutenção: São os ativos da empresa que dão suporte para as atividades 
operacionais
Hoji (2008) aponta que o objetivo da administração financeira está voltada 
para a maximização do valor da empresa e, para tal, utiliza-se de conceitos, técnicas 
e práticas de investimentos, financiamentos e gerenciamento dos riscos. Entre os 
seus objetivos podemos citar:
• Manter a empresa em perfeita situação econômica;
• Obter novos recursos para planos de expansão;
• Assegurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez finan-
ceira, quantificando os planos de expansão de acordo com as possibilidades de ob-
tenção de recursos, próprios ou de terceiros.
Em outras palavras a administração financeira corresponde os esforços 
despendidos objetivando a maximização dos retornos dos recursos da empresa. 
Na verdade, a função financeira dentro de uma empresa encontra-se diretamente 
relacionada com a decisão.
Gitman (2001) ratifica que a função financeira abrange numerosos outros 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 6
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aspectos, além dos indicados, bem como a lucratividade que visam um maior 
rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento eetc.
Assim a função da administração financeira corresponde aos esforços 
objetivando a maximização do retorno dos proprietários da empresa, ao mesmo 
tempo possa propiciar a manutenção do grau de liquidez.
Outro ponto relevante à função da administração financeira dentro de 
uma empresa, está diretamente relacionada com a decisão de se fazer um 
financiamento e ou um investimento. Não podendo esquecer que estas duas 
funções estão diretamente ligadas.
O financiamento é uma operação financeira em que a parte financiadora 
(instituição financeira), e quem está financiando a pessoa jurídica ou física, de 
modo que esta possa executar algum investimento específico previamente 
acordado.
Ao contrário do empréstimo, os recursos financiados serão investidos onde 
o financiado achar que deve investir. A financiadora então, pode ou não cobrar 
juros sobre o valor emprestado (tempo de pagamento).
Ja que nos reportamos a investimento é importante saber o que este 
significa. Segundo Hoji (2010) investimento é a aplicação de algum tipo de 
recurso (dinheiro ou títulos) com a expectativa de receber algum retorno futuro 
superior ao aplicado, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período 
de aplicação (juros, em geral, a longo prazo).
Braga (1996) aponta que o investimento visa o aumento da capacidade 
produtiva como instalações, máquinas, equipamentos, transporte, infraestrutura 
entre outros, bem como à compra de títulos financeiros (ações).
Não podemos esquecer o que o investimento pode ser dividido em dois 
pontos fundamentais que são: investimento bruto (corresponde a todos os 
gastos realizados com bens de capital (máquinas, equipamentos) e formação de 
estoque) e investimento líquido (exclui as despesas com manutenção e reposição 
de peças, equipamentos, e instalações desgastadas pelo uso. Mensurando com 
mais precisão o crescimento da economia).
Gitman (2001) aponta que o administrador financeiro deve visar atingir 
os objetivos dos proprietários da empresa. A função destes não é realizar seus 
próprios objetivos (que podem incluir o aumento de seus ordenados, a obtenção 
de prestígio ou a manutenção de sua posição). Antes, é maximizar a satisfação 
dos proprietários (acionistas). Presumivelmente, se forem bem-sucedidos nesta 
tarefa, também atingirão seus objetivos pessoais.
Hoji (2008) afirma que a função de gestão financeira geralmente é associada 
a um alto executivo da empresa, denominado frequentemente diretor financeiro. 
O mesmo coordena as atividades de controladoria e de tesoureira.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 7
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• A tesoureira responsabiliza-se pela gestão do caixa e da área de crédito da empresa, 
por seu planejamento financeiro, e pelos gastos de investimento.
• A controladoria preocupa-se com a contabilidade de custos e a contabilidade finan-
ceira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informação gerencial.
A administração financeira cuida da viabilidade financeira da empresa, 
portanto sua existência é primordial para a organização. A maioria das decisões 
tomadas dentro da empresa é medida em termos financeiros, desta forma o 
administrador financeiro desempenha um papel-chave na operação da empresa. 
É esse profissional quem administra os negócios financeiros de qualquer tipo de 
empreendimento, seja privado ou público, grande ou pequeno, com ou sem fins 
lucrativos.
Nas micro e pequenas empresas a função de finanças é normalmente 
executada pelo proprietário, por um dos sócios ou pelo departamento de 
contabilidade.
Quando o negócio se expande, normalmente a função ocupa um 
departamento separado ligado diretamente ao presidente, já que as frequentes 
mudanças econômicas e nas leis interferem diretamente nas decisões da 
administração financeira com vistas a preservar o desempenho da organização.
Ao diretor financeiro normalmente cabe a coordenação das atividades de 
tesouraria e controladoria. A controladoria lida com contabilidade de custos 
e financeira, pagamento de impostos e sistemas de informações gerenciais. A 
tesouraria é responsável pela administração do caixa e dos créditos da empresa, 
pelo planejamento financeiro e pelas despesas de capital
As funções do administrador financeiro dentro da empresa podem ser 
avaliadas em relação às demonstrações financeiras básicas da empresa. Três são 
primordiais: a análise e planejamento financeiro, a administração da estrutura de 
ativo da empresa e a administração de sua estrutura financeira.
• Análise e Planejamento Financeiro: Esta função envolve a transformação dos dados 
financeiros em uma forma que possa ser usada para orientar a posição financeira da 
empresa, avaliar a necessidade de aumento da capacidade produtiva e determinar 
que tipo de financiamento adicional deve ser feito, ou seja, transformado em infor-
mações.
• Administração da Estrutura de Ativo da Empresa: o administrador financeiro de-
termina a composição e os tipos de ativos encontrados no balanço da empresa. A 
composição refere-se ao valor dos ativos circulantes e fixos. Depois que a com-
posição estiver fixada, o administrador financeiro precisa determinar certos ní-
veis “ótimos” de cada tipo de ativo circulante e tentar mantê-los. Deve também 
detectar quais são os melhores ativos fixos a serem adquiridos e saber quando 
os ativos fixos existentes se tornarão obsoletos e precisarão ser modificados ou 
substituídos. A determinação da melhor estrutura de ativo para a empresa não é 
um processo simples; requer o conhecimento das operações passadas e futura 
da empresa, e a compreensão dos objetivos que deverão ser alcançados a longo 
prazo.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 8
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• Administração da Estrutura Financeira da Empresa: Esta função é relacionada com 
o lado direito do balanço da empresa. Em primeiro lugar, a composição mais ade-
quada de financiamento a curto e longo prazo precisa ser determinada. Esta é uma 
decisão importante, pois afeta tanto a lucratividade da empresa como sua liquidez 
global. Um segundo problema igualmente importante é saber quais as melhores 
fontes de financiamento a curto ou longo prazo para a empresa, num dado momen-
to. Muitas destas decisões são impostas por necessidade, mas algumas exigem uma 
análise profunda das alternativas disponíveis, de seus custos e de suas implicações a 
longo prazo
A Administração Financeira está estritamente ligada à Economia e à 
Contabilidade, pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se 
baseia amplamente em conceitos econômicos e em dados contábeis para suas 
análises. No ambiente macro a Administração Financeira enfoca o estudo das 
instituições financeiras e dos mercados financeiros e ainda, de como eles operam 
dentro do sistema financeiro nacional e global. O nível micro aborda o estudo 
de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital de empresas e 
instituições financeiras.
A questão financeira encontra-se diretamente ligado dentro do regime 
contábil de trabalho da empresa que tange as origens e as aplicações de recursos. 
Esses regimes são divididos em regime de competência e caixa.
• Regime de competência: as receitas e despesas deveram ser registradas de acordo 
com a ocorrência do fato gerador (é a emissão do documento comprobatório) in-
dependentemente de recebimento ou pagamento
• Regime de caixa: as receitas e despesas deveram ser registradas no momento exato 
da entrada ou saída de numerários, ou seja, deve ser considerado o registro dos do-
cumentos quando estes foram pagos, liquidados ou recebidos
Na outra esfera de conhecimento (economia) é necessário conhecimento de 
acerca Economia para entender o ambiente financeiro e as teorias de decisão que 
constituem a base da Administração Financeira e orçamentária. A Macroeconomia 
fornece ao Administrador Financeiro uma visão clara das políticas do Governo e 
instituições privadas, através da quais a atividade econômica é controlada.No que 
tange a Microeconomia o Administrador Financeiro deve firmar a maximização 
do lucro para desenvolver um plano que seja bem-sucedido. Precisa enfrentar 
não só outros concorrentes em seu setor (demanda e oferta). A composição de 
fatores produtivos, níveis ótimos de vendas e estratégias e determinação de preço 
do produto são todas afetadas por teorias do nível Microeconômico.
E por fim dentro dos entendimentos prévios que contemplam a administração 
financeira (funções e conceitos da administração financeira) é de estrema 
relevância o saber diferenciar a liquidez e a rentabilidade empresaria (será visto na 
UNIDADE II seus indicadores para propiciar uma análise mais precisa), onde em 
poucas palavras, Hoje (2010) aponta que a liquidez e a capacidade de pagamento 
que a empresa tem para honrar com seus compromissos nas datas pactuadas e a 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 9
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rentabilidade é o retorno sobre o capital que foi investido na organização.
Dentro desses entendimentos prévios vale ressaltar que este material NÃO 
tem a pretensão de esgotar os conhecimentos sobre os tópicos aqui abordados, 
bem com substituir os livros onde estes possuem uma riqueza maior de detalhes.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 10
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2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A análise das demonstrações financeiras é uma técnica que consiste na 
decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis. Os 
indicadores que serão estudados têm como característica fundamental fornecer 
visão ampla da situação econômica e financeira da empresa, além de servirem 
de medida para a construção de um quadro de avaliação e sugestão de melhoria 
para a empresa.
Para o gestor financeiro, a análise dos indicadores financeiros é uma ferramenta 
indispensável, pois com ela há facilidade de gerenciar a empresa no que tange a 
questão financeira, pois através dos indicadores que são propostos neste estudo 
irá gerar informações que orientarão os gestores a tomada de decisões.
Sabendo que essas informações são geradas a partir de demonstrações de 
períodos passados, ou seja, anos anteriores que o gestor tomou decisões para o 
andamento do processo das atividades da empresa. Esses índices servem como 
base para comparar a empresa na atualidade, verificando se vem progredindo em 
relação aos períodos passados.
Diante de sua importância, as finanças devem ser bem compreendidas e 
estudadas, porém, para se ter clareza e total certeza dos resultados, o analista 
deve ter um ótimo conhecimento e entender como calcular e como se interpreta 
esses indicadores, pois o mesmo trará ao administrador e a organização maior 
credibilidade e segurança para as tomadas de decisões, no que refere as estratégias 
utilizadas em anos anteriores, bem como fornece base para projeções para ações 
futuras.
Entre diversos indicares que ajudam a medir a situação atual e futura da 
empresa alguns são imprescindíveis ter o conhecimento, como a análise vertical 
e horizontal, análise de liquidez, endividamento e rentabilidade, são alguns dos 
diversos índices que podemos usar quando estamos avaliando o estabelecimento. 
Vale ressaltar que existem outros indicadores que não serão apresentados nesta 
unidade e nem por isso menos importante.
Com base em dados do SEBRAE entre os problemas que fazer as empresas 
entrarem em processo de falência nos 2 primeiros anos de atividade encontra-se 
um ponto que corresponde ao alto grau de endividamento e um baixo nível de 
liquidez e rentabilidade.
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão 
importante realizar uma análise financeira para as empresas, onde podemos citar:
• Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso instrumento nor-
teador para a administração;
• Se for feita de maneira planejada pode trazer resultados bastante precisos;
• Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo 
apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas financeiros;
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 11
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• Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futu-
ro, suas limitações e suas potencialidades.
O grande desafio em questão para o administrador financeiro é justamente 
a análise ou interpretação dos resultados encontrados a partir dos indicadores 
encontrados. Uma das técnicas de análises mais simples de ser aplicada e que, ao 
mesmo tempo mais importante por fornecer riquezas muito grade de informações 
é a análise horizontal e vertical.
Hoji (2010) aponta que a análise vertical consiste em verificar a participação 
de um elemento, grupo ou subgrupo em relação ao todo em que este participa.
Para seu melhor entendimento podemos exemplificar da seguinte forma: no 
total de 10 carros comprados, 7 são da cor preta e 3 da cor branca. Assim pode-se 
ter o entendimento que 70% dos carros comprados são da cor preta o que permite 
verificar a participação de um dado elemento em relação ao todo.
Exemplificação no Ativo da Balanço Patrimonial. 
Ativo Circulante R$ 700.000,00
Ativo Não Circulante R$ 300.000,00 
Total do Ativo R$ 1 000.000,00
Percebe-se que no ativo circulante estão alocados 70% de todos os recursos 
do ativo e no não circulante 30%, isto é, 70% de todos os recursos que a empresa 
tem a receber estão disponíveis no curto prazo.
PASSIVO
Circulante
Fornecedores
Imposto a Recolher
Empréstimo Bancário
Não circulante
Financiamento
TOTAL DO PASSIVO
R$ 1.595,00
R$ 445,00
R$ 250,00
R$ 900,00
R$ 3.515,70
R$ 3.515,70
R$ 5.110,70
ATIVO
Circulante
Disponível
Caixa
Banco Conta Movimento
Estoque
Mercadorias
Créditos de curto prazo
Duplicatas a Receber
Não Circulante
Imobilizado
TOTAL DO ATIVO
R$ 1.310,70
R$ 770,70
R$ 590,70
R$ 180,00
R$ 280,00
R$ 280,00
R$ 260,00
R$ 260,00
R$ 3.800,00
R$ 3.800,00
R$ 5.110,70
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 12
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Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Operacional Liquida
(-) Custos Operacionais
(=) Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas Operacionais
(=) Lucro Operacional Liquido
R$ 100.000,00
R$21.000,00
R$79.000,00
R$30.000,00
R$49.000,00
R$35.000,00
R$14.000,00
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Operacional Liquida
(-) Custos Operacionais
(=) Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas Operacionais
(=) Lucro Operacional Líquido
R$ 222.559,00
R$ 66.550,00
R$ 156.009,00
R$ 96.500,00
R$ 59.509,00
R$ 30.000,00
R$ 29.509,00
No que tange a análise horizontal Hoji (2010), afirma que conste em uma 
análise que permite verificar se houve uma evolução ou não, para isso é necessário 
comparar no mínimo dois períodos, elementos, grupos ou subgrupos visando 
identificar a existiu ou não algum tipo de evolução.
Olhando por uma ótica da administração financeiro está também possibilita 
verificar como a empresa se encontra com relação ao elemento que encontra-se 
sendo comparado.
Assim para mostrar sua utilização podemos exemplificar desta forma: no ano 
de 2009 o Sr Pedro terminou o ano com o valor monetário aplicado na poupança 
de R$ 10.000,00. Fazendo uma comparação com 2010 onde o mesmo Sr 
terminou o ano com R$ 5.000,00 houve um decrescimento de 50% nos recursos 
aplicados na poupança do Sr Pedro. Exemplo.
Ativo
R$ 60.000,00
R$ 5.000,00
R$ 55.000,00
Ativo
Ativo Circulante
Ativo não circulante
Realizável a longo prazo
Imobilizado
R$ 40.000,00
R$ 10.000,00
R$ 50.000,00
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 13
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Exercício de análise horizontal
Circulante
Disponível
Não circulante
Realizável a longo prazo
Imobilizado
Passivo Circulante
Fornecedores
Empréstimos Banc.
Passivo não circulante
Financiamento
PatrimônioLíquido
Capital social
R$ 10.500,00
R$ 19.000,00
R$ 30.000,00
R$ 9.500,00
R$ 15.000,00
R$ 22.500,00
R$ 30.500,00
R$ 15.500,00
R$ 8.000,00
R$ 60.000,00
R$ 16.500,00
R$ 19.900,00
R$ 18.500,00
R$ 35.600,00
R$ 13.900,00
R$ 15.000,00
R$ 45.000,00
R$ 15.000,00
R$ 23.500,00
R$ 23.000,00
R$ 36.000,00
ATIVO2 008 AH 2009 AH 2010 AH
PASSIVO 2008 AH 2009 AH 2010 AH
Avaliar a empresa é algo de fundamental importância, pois possibilita mesurar 
sua situação, assim o indicador de liquidez tem uma função primordial no que 
tange a capacidade de pagamento da empresa. Gitman (2001) afirma que os 
índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa face a suas 
obrigações, sendo ente instrumento de grande importância para a administração 
dar continuidade ao negócio, por tal é importante conhecer as variações deste 
indicador, que consiste em liquidez imediata, seca, corrente e geral.
Braga (1996) defini os quatro tipos de liquidez da seguinte forma:
• Liquidez imediata: Índice conservador considera apenas caixa, saldos bancários e 
aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações de curto prazo. 
Um índice de grande importância para análise da situação de pagamento de manei-
ra imediata. Calcula-se desta forma LI (liquidez imediata) = Disponível / PC (passivo 
circulante).
• Liquidez seca: Índice que mensura a capacidade de pagamento da empresa sem 
que esta venha comercializar (vender) os estoques para honrar com seus compro-
missos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corren-
te. Calcula-se desta forma LS (liquidez seca) = AC (ativo circulante) – Estoque / PC 
(passivo circulante)
• Liquidez corrente: Este índice medi a capacidade de pagamento da empresa de 
curto prazo levando em consideração a Razão entre os direitos a curto prazo da em-
presa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, 
financiamentos, impostos, fornecedores). Calcula-se desta forma LC (liquidez cor-
rente) = AC (ativo circulante) / PC (passivo circulante)
• Liquidez Geral: Este índice leva em consideração a situação da empresa para honrar 
com seus compromissos tanto curto quanto de longo prazo. Calcula-se desta forma 
LG (liquidez geral) = AC (ativo circulante) + RLP (realizável a longo prazo) / PC (pas-
sivo circulante) + PÑC (passivo não circulante).
Balanço abaixo para o desenvolvimento dos indicadores de liquidez.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 14
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PASSIVO
Circulante
Fornecedores
Imposto a Receber
Empréstimo Bancário
Não Circulante
Financiamento
Total do Passivo
R$ 1.595,00
R$ 445,00
R$ 250,00
R$ 900,00
R$ 3.515,70
R$ 3.515,70
R$ 5.110,70
ATIVO
Circulante
Disponível
Caixa
B.C.M
Estoque
Mercadorias
Créditos de curto prazo
Duplicatas a Receber
Não Circulante
Realizável a longo prazo
TOTAL DO ATIVO
R$ 1.310,70
R$ 770,70
R$ 590,70
R$ 180,00
R$ 280,00
R$ 280,00
R$ 260,00
R$ 260,00
R$ 3.800,00
R$ 3.800,00
R$ 5.110,70
O estudo de liquidez é fundamental para a empresa mensurar sua 
capacidade de pagamento de forma imediata, curto prazo e longo prazo. Cada 
um dos indicadores estudados (liquidez imediata, seca, corrente e geral) fornece 
informações diferentes sobre a situação da empresa no que diz respeito ao poder 
de pagamento da empresa. Contudo vale ressaltar que quanto maior o valor 
referente e liquidez da empresa, melhor encontra-se sua situação.
Contudo sabemos que quanto mais indicadores forem usados para fazer a 
análise empresarial financeira melhor, por isso é importante entender o indicar de 
endividamento e rentabilidade.
Com relação à participação de capitais de terceiros ou endividamento, Hoji 
(2008) afirma que o endividamento representa quanto à empresa tomou de 
recursos de terceiros para formação de cada real de recursos próprios.
Em outras palavras o endividamento de uma empresa indica o montante de 
recursos de terceiros que está sendo usado, na tentativa de gerar lucros (Gitman, 
2001).
Assim entende-se o endividamento visa mensurar o grau de comprometimento 
da empresa junto à terceiros. Vale ressaltar que quanto menor a dependência de 
capital de terceiros, melhor a liquidez da empresa.
Se esse índice for consistente e acentuadamente maior que 1, indicaria uma 
dependência exagerada de recursos de terceiros. Este é um sintoma típico que a 
empresa não se encontra muito bem financeiramente.
O endividamento das empresas é calculado da seguinte forma:
• Ecp (endividamento de curto prazo) = Passivo circulante / ativo total
• Elp (endividamento de longo prazo) = Passivo não circulante / ativo total
• Et (endividamento total) = Exigível total / Ativo total. O resultado será expresso em 
percentual, quanto muito for o resultado, mais endividada estará à empresa o que 
representa um aumento dos custos e das despesas o que implica a diminuição do 
lucro.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 15
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PASSIVO
Circulante
Fornecedores
Dividendos a pagar
Empréstimo Bancário
Não circulante
Financiamento
Patrimônio Liquido
Capital Social
Reserva de Capital
Total do Passivo
R$ 11.600,00
R$ 8.350,00
R$ 1.250,00
R$ 2.000,00
R$ 5.450,00
R$ 5.450,00
R$ 2.200,00
R$ 1.200,00
R$ 1.000,00
R$ 19.250,00
ATIVO
Circulante
Disponível
Caixa
Banco Conta Movimento
Créditos de curto prazo
Duplicatas a Receber
Estoque
Mercadorias
Não Circulante
Realizável a longo prazo
Total do Ativo
R$ 13.900,00
R$ 3.230,00
R$ 1.230,00
R$ 2.000,00
R$ 6.000,00
R$ 6.000,00
R$ 4.670,00
R$ 4.670,00
R$ 5.350,00
R$ 5.350,00
R$ 19.250,00
Após entendermos o que representa o endividamento empresarial baseado 
na administração financeira, é importante compreender os indicadores de 
rentabilidade que medem o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou não, 
Hoji (2010), afirma que os índices de rentabilidade são muito importantes, pois 
evidenciam o sucesso (ou insucesso) empresarial que representa uma análise 
de quanto à empresa obteve de lucro, significando o retorno dos investidores 
(sócios).
Desta forma, Hoji (2010) afirma que os índices de rentabilidade indicam 
basicamente o lucro da empresa com relação aos custos e despesas realizados 
para sua obtenção de lucro e os divide em 3 pontos denominados de Margem 
Bruta, Margem Liquida e Rentabilidade do Capital Próprio.
• Margem Bruta: Evidência basicamente o percentual das vendas líquidas que não 
foi consumido pelos custos de produção, ou seja, mede a rentabilidade das vendas, 
logo após as deduções de vendas (ICMS ou ISS, PIS, COFINS e etc.). Calcula-se 
desta forma MB (margem bruta) = lucro operacional bruto / receita operacional li-
quida.
• Margem Liquida: Confronta o lucro líquido do período com as vendas líquidas. Nes-
sa margem, além do resultado financeiro, também são incluídos os resultados não-
-operacionais. Indica o quanto restoureceita gerada pela empresa após a dedução 
de todos os custos, gastos e despesas incorridos pela empresa. Será à margem 
de lucro sobre as vendas. Estabelece o percentual de lucro líquido em cada uni-
dade monetária vendida. Calcula-se desta forma ML (margem liquida) = Lucro 
Líquido do Exercício / Receita Operacional liquida.
• Rentabilidade do Capital Próprio: Indica quanto rendeu no exercício o valor que os 
sócios mantiveram investido na empresa, ou seja, é o retorno obtido pela empresa 
em decorrência da utilização dos recursos próprios no financiamento das atividades. 
Calcula-se desta forma RCP (Rentabilidade do Capital Próprio) = Lucro Líquido do 
Exercício / PL (Patrimônio líquido).
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 16
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Operacional Liquida
(-) Custos Operacionais
(=) Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas Operacionais
(=) Lucro Operacional Liquido
(-) Lucro antes do Imposto de Renda e da 
Contribuição SocialProvisão para Contribuição social (9%)
Provisão para Imposto de Renda (15%)
(=) Lucro Líquido do Exercício
R$ 100.000,00
R$ 21.000,00
R$ 79.000,00
R$ 30.000,00
R$ 49.000,00
R$ 35.000,00
R$ 14.000,00
R$ 3.360,00
R$ 1.260,00
R$ 2.100,00
R$ 10.640,00
PASSIVO
Circulante
Fornecedores
Dividendos a pagar
Empréstimo Bancário
Não circulante
Financiamento
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reserva de Capital
Total do Passivo
R$ 11.600,00
R$ 8.350,00
R$ 1.250,00
R$ 2.000,00
R$ 5.450,00
R$ 5.450,00
R$ 2.200,00
R$ 1.200,00
R$ 1.000,00
R$ 19.250,00
O atual cenário competitivo exige respostas rápidas e eficazes das 
organizações. A identificação antecipada das necessidades transformou a 
análise dos demonstrativos financeiros num dos mais importantes instrumentos 
para os empresários. Através deste instrumento de controle e planejamento 
financeiro, pode refletir nos resultados da empresa de maneira direta impactando 
diretamente no caixa da empresa.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 17
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Exercícios
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE ANÁLISE HORIZONTAL, ANÁLISE 
VERTICAL, LIQUIDEZ (IMEDIATA, SECA, CORRENTE E GERAL),
ENDIVIDAMENTO E RENTABILIDADE (MARGEM BRUTA, MARGUEM 
LÍQUIDA E RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO) APÊNDICE 01
APÊNDICE 01
Notas explicativas:
• Para a análise vertical e horizontal deve-se levar em consideração os pontos de 
maior relevância.
• Para análise de liquidez, endividamento e rentabilidade, fazer um comparativo entre 
os períodos (20x1, 20x2 e 20x3)
• Arredondar para duas casas decimais (0,00)
1.) Faça as análises abaixo da empresa “Kiko B i k e ” , 
empresa está especialista na comercialização de peças de bicicletas.
a) Faça uma análise vertical do Balanço Patrimônio de 20x2 e 20x3 e da 
Demonstração do Resultado do Exercício 20x2 e 20x3.
b) Faça uma Análise Horizontal dos períodos 20x1, 20x2 e 20x3, tendo como 
ano base 20x1.
c) Faça uma Análise de Liquidez do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.
d) Faça uma Análise de Endividamento do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.
e) Faça uma Análise de Rentabilidade do ano de 20x1, 20x2 e 20x3.
ATIVO 20x1 20x2 20x3
Ativo Circulante R$ 209.250,00 R$ 202.400,00 R$ 232.590,00
Disponível
Caixa R$ 38.000,00 R$ 35.000,00 R$ 30.730,00
Banco Com Movimento R$ 17.000,00 R$ 20.000,00 R$ 27.600,00
Créditos de curto prazo
Duplicatas a Receber R$ 42.250,00 R$ 37.400,00 R$ 62.260,00
Estoque
Mercadorias R$ 112.000,00 R$ 110.000,00 R$ 112.000,00
Ativo Não Circulante R$ 16.000,00 R$ 14.800,00 R$ 19.810,00
Realizável a Longo Prazo R$ 12.000,00 R$ 10.800,00 R$ 15.310,00
Imobilizado R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 4.500,00
Total do Ativo R$ 225.250,00 R$ 217.200,00 R$ 252.400,00
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 18
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ATIVO2 0x1 20x22 0x3
Passivo CirculanteR $ 158.950,00 R$ 146.350,00 R$ 179.150,00
Fornecedores R$ 98.000,00 R$ 80.250,00 R$ 104.390,00
Duplicatas a Pagar R$ 33.700,00 R$ 38.500,00 R$ 45.360,00
Salário a PagarR $ 12.500,00 R$ 10.500,00 R$ 13.500,00
Empréstimo Bancário R$ 9.500,00 R$ 11.500,00 R$ 10.000,00
Aluguel R$ 5.250,00 R$ 5.600,00 R$ 5.900,00
Passivo Não Circulante R$ 51.500,00 R$ 55.500,00 R$ 57.350,00
Financiamento R$ 51.500,00 R$ 55.500,00 R$ 57.350,00
Patrimônio Liquido R$ 14.800,00 R$ 15.350,00 R$ 15.900,00
Capital SocialR $ 12.500,00 R$ 13.500,00 R$ 14.400,00
Reserva de Capital R$ 2.300,00R$ 1.850,00 R$ 1.500,00
Total do PassivoR $ 225.250,00 R$ 217.200,00 R$ 252.400,00
2
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 19
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(-) Despesas Operacionais R$ 14.000,00
(=) Lucro Operacional Liquido R$ 13.250,00
(-) Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social R$ 3.180,00
Provisão para contribuição social (9%) R$ 1.192,50
Provisão para imposto de renda (15%) R$ 1.987,50
(=) Lucro Líquido do Exercício R$ 10.070,00
Liquidez
Liquidez Imediata
Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Liquidez Seca
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante Liquidez 
Corrente
Liquidez Corrente = (Ativo Circulante) / Passivo Circulante Liquidez Geral
Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo 
Circulante + Passivo Não Circulante)
Endividamento
Endividamento Curto Prazo (Ecp) = Passiva Circulante / Ativo total 
Endividamento Longo Prazo (Elp) = Passivo Não Circulante / Ativo total 
Endividamento Total (Et) = Exigível total / Ativo total
Endividamento da Estrutura de Capital (Eec) = Exigível total / Patrimônio 
líquido
Rentabilidade
Margem Bruta = Lucro Operacional Bruto / Receita Operacional liquida 
Margem Liquida = Lucro Líquido do Exercício / Receita Operacional Liquida
Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido do Exercício / Patrimônio 
Líquido
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 20
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3. RISCO X RETORNO
O CONCEITO DE RETORNO
“O retorno é o ganho ou a perda total sofrida por um investimento em certo 
período de tempo” (GITMAN, 2004, p. 184). Segundo Ross et al. (2013), nor- 
malmente o retorno tem dois componentes: de renda; e de capital. O primeiro 
advém do recebimento de algum dinheiro diretamente ligado à manutenção 
da posse do ativo. Já o segundo é obtido pela variação do valor de mercado do 
investimento. Embora o retorno possa ser expresso monetariamente, em geral, 
seu cálculo é efetuado em termos percentuais, como pela fórmula (2.1) de Gitman 
(2004):
k = Ct + Pt - Pt-1
 Pt - 1
t
Em que:
• Kt : é a taxa de retorno durante o período t;
• Ct : é o fluxo de caixa recebido com o investimento no período de t – 1 até t (compo-
nente de renda);
• Pt : é o preço (valor) do ativo na data t;
• Pt – 1 : é o preço (valor) do ativo na data t – 1; e
• Pt – Pt – 1 : é o ganho (ou perda) de capital do ativo no período de t – 1 até t (compo-
nente de capital).
Para ilustrar o cálculo de retornos de ações, vamos utilizar o exemplo de 
Ross et al. (2013). Suponha que você tenha comprado algumas ações no início 
do ano por R$ 25,00 cada. No final do ano, o preço era de R$ 35,00 por ação. Ao 
longo do ano, você obteve R$ 2,00 em dividendos por ação. Qual foi o retorno 
percentual da ação no período? Se o seu investimento total fosse de R$ 1.000,00, 
qual seria o seu retorno monetário? Como seria o diagrama de fluxo de caixa do 
investimento? (Por simplificação, neste exemplo assume-se a ausência de taxas 
de corretagem, impostos e inflação).
Mensuração do retorno percentual da ação:
Cálculo do retorno monetário do investimento de R$ 1.000,00:
Se você tivesse investido R$ 1000,00, alcançaria um retorno monetário 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 21
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de R$ 480,00 (1.000×0,48). Note que seus R$ 1.000,00 comprariam 40 ações 
(1.000/25). Estas pagariam um total de R$ 80,00 (40×2) em dividendos. A 
valorização de R$ 10,00 (35 - 25) por ação resultaria em um ganho de capital de 
R$ 400 (40×10). Assim, somando os dois componentes, seu retorno monetário 
seria de R$ 480,00 (80 + 400), como explicado no início.
O diagrama do fluxo de caixa do investimento é representado pela figura
O conceito de risco
Na prática, as decisões financeiras não são tomadas em ambientes de total 
certeza com relação a seus resultados, uma vez que essas decisões são voltadas 
fundamentalmente, para o futuro (ASSAF NETO, 2010). Sempre que houver 
chance de acontecer mais de um resultado, há a presença de risco (BODIE; KANE; 
MARCUS, 2002).
O conceito de risco está intimamente ligado ao de probabilidade (ASSAF 
NETO, 2010). Em sentido amplo, risco pode ser compreendido como a 
possibilidade de ocorrência de um evento adverso, para uma determinada 
situação esperada. Com base em tal definição, a tabela abaixo apresenta algumas 
fontes de risco, que podem afetar a empresa e seus fornecedores de capital.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 22
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FONTES DE RISCO DESCRI-ÇÃO
RISCOESPECÍFICO DA EMPRESA
RISCO ECONÔ-
MICO (OPERA-
CIONAL)
Possibilidade de que a empresa não seja capaz de co-
brir seus custos de operação. De acordo com Assaf Neto 
(2010), este risco: é inerente à própria atividade da em-
presa e às características do mercado em que opera; e 
não depende da forma como a empresa é financiada, vin-
culando-se exclusivamente às decisões de investimento. 
Possíveis determinantes, segundo Assaf Neto (2010): sa-
zonalidade do mercado, concorrência, estrutura de custos, 
qualidade dos produtos etc.
RISCO FINANCEIRO
Possibilidade de que a empresa não seja capaz de liquidar 
suas obrigações financeiras. Reflete o risco ligado às deci-
sões de financiamento. Quanto maior o endividamento da 
organização, mais elevado é o seu risco financeiro (ASSAF 
NETO, 2010).
FONTES DE RISCO DESCRI-
ÇÃO
RISCO ESPECÍFICO DOS FORNECEDORES DE CA-
PITAL
RISCO DE TAXA DE JUROS
Possibilidade de que as variações das taxas de juros afe-
tem negativamente o valor de um investimento. A maioria 
dos investimentos perde valor quando a taxa de juros sobe 
e ganha valor quando ela cai.
RISCO DE LIQUIDEZ
Possibilidade de que um ativo não possa ser convertido 
rapidamente em caixa, sem uma redução substancial no 
seu preço.
RISCO DE MERCADO
Possibilidade de que o valor de um ativo diminua, em vir-
tude de fatores de mercado independentes do ativo (como 
eventos econômicos, políticos e sociais).
Segundo Damodaran (2006), no que tange à avaliação de ativos, risco é a 
probabilidade de receber um retorno sobre o investimento, que é diferente do 
retorno que se espera realizar. Portanto, para o autor, risco não só inclui resultados 
negativos (retornos que são menores do que o esperado), mas também positivos 
(retornos que são maiores do que o esperado).
Em termos estatísticos, risco refere-se à variabilidade dos retornos asso- 
ciados a certo ativo (GITMAN, 2004). Assim, o retorno esperado, por si só não 
capta o risco vinculado ao investimento. Já o desvio-padrão (e a variância1) dos 
retornos, calculado pela expressão (2.4), representa uma medida de risco, 
pois mensura, estatisticamente a variabilidade (grau de dispersão) dos possíveis 
resultados, em termos de valor esperado (ASSAF NETO, 2010).
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 23
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Em que:
• σk: é o desvio-padrão dos retornos;
• K: é o retorno (valor) esperado;
• Pri: é a probabilidade de ocorrência de Ki;
• n : é o número de ocorrências (valores de retornos) consideradas
A fórmula comumente empregada para obter o desvio padrão para dados 
amostrais, é (GITMAN, 2004):
Retomando o exemplo da Tabela abaixo de Gitman (2004), além do retorno 
esperado, podemos calcular o desvio-padrão dos retornos dos ativos A e B:
Os resultados obtidos indicam que o ativo B possui maior desvio-padrão e, 
portanto, este investimento é considerado mais arriscado. Dessa maneira, por 
apresentar o mesmo retorno esperado (15%) e assumir grau de risco mais baixo 
(menor desvio-padrão), o ativo A é o mais atraente (se considerássemos apenas 
as informações sobre risco e retorno, e que o investidor é avesso ao risco).
Caso conhecêssemos todos os retornos possíveis e as probabilidades cor- 
respondentes das alternativas A e B, poderíamos construir uma distribuição 
contínua de probabilidades como nas figuras abaixo, as quais demonstram a 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 24
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maior dispersão dos retornos do ativo A em relação aos do B.
RISCO: SISTEMÁTICO E NÃO SISTEMÁTICO
Conforme debatido, o risco econômico e o risco financeiro compõem o 
risco total de uma empresa. O primeiro vincula-se a decisões de investimento 
da organização e possui determinantes de natureza conjuntural (alterações na 
economia, tecnologia etc), de mercado (exemplo: crescimento da concorrência) e 
do próprio planejamento e administração da companhia (ASSAF NETO, 2010). Já 
o segundo está relacionado com a estrutura de capital da corporação e, portanto, 
com as suas decisões de financiamento.
O risco total de um ativo também pode ser dividido em dois componentes. 
Estes são os riscos sistemático (não diversificável) e não sistemático (diversificável), 
como mostrado pela expressão:
RISCO TOTAL = RISCO NÃO SISTEMÁTICO + RISCO SISTEMÁTICO
O risco não sistemático de um ativo, também conhecido como risco idios- 
sincrático ou risco específico, é determinado pelas suas características próprias, 
não afetando os demais investimentos do portfólio. No caso do título ser a ação 
de uma companhia, seu risco individual é causado por fatores relacionados ao 
próprio negócio, como ações judiciais, greves, programas de marketing, perdas 
de contratos ou clientes importantes, etc (WESTON; BRIGHAM, 2004). Como o 
risco não sistemático é intrínseco, próprio de cada investimento, pode-se eliminá-
lo com o aumento do tamanho da carteira e, por isso, também é chamado de risco 
diversificável (GALAGEDERA, 2007).
O risco sistemático é determinado por eventos de natureza política, econô- 
mica e social (ASSAF NETO, 2010). Este risco é também referenciado como risco 
de mercado, dado que é inerente a todos os ativos negociados no mercado, os 
quais são impactados por ele com intensidades diferentes (GALAGEDERA, 
2007). Seus principais determinantes são guerras, inflação, recessões e variações 
nas taxas de juros da economia (WESTON; BRIGHAM, 2004). Dado que o 
risco específico pode ser totalmente diluído pelo processo de diversificação, os 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 25
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gestores e as empresas deveriam se preocupar somente com o risco sistemático 
dos ativos que compõem suas carteiras.
Contudo, recentemente Panousi e Papanikolaou (2012) observaram que o 
risco idiossincrático da firma afeta negativamente a sua taxa de investimento, e 
que este impacto é mais forte nas empresas norte-americanas em que há maior 
participação acionária dos executivos. Segundo os autores, tais resultados são 
indícios de que as decisões de investimento são tomadas, em geral, por admi- 
nistradores com carteiras pouco diversificadas, que reduzem os investimentos da 
firma, quando o risco específico dela aumenta. Neste sentido, a aversão ao risco 
dos gestores repercutiria em decisões ótimas, sob o ponto de vista de investidores 
bem diversificados.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 26
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4. ANÁLISE DE RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO
As pequenas empresas têm grande importância social no Brasil, princi-
palmente pelo aspecto de geração de empregos, como atestam diversas 
estatísticas. Contudo, diferentes estudos revelam também que as empresas 
desde porte costumam encontrar dificuldades para superar um ano de existência 
e muitas deixam de existir com poucos alguns meses de funcionamento.
Vários fatores podem ser apontados como causadores desta realidade e den-
tre estes pode ser mencionada a pequena utilização de técnicas de gerencia-
mento consistentes. Quer por desconhecimento, quer por preconceitos quanto 
ao grau de dificuldade para implementá-las, poucos são os empresários que 
empregam nas suas micro e pequenas empresas ferramentas como a Análise 
Custo x Volume x Lucro.
Kaplan e Atkinson (1989) mencionam que diversas decisões gerenciais 
requerem a análise atenta do comportamento de custos e lucros em função 
das expectativas do volume de vendas. No curto prazo (menos que um ano), a 
maioria dos custos e preços dos produtos da empresa, podem, em geral, serem 
determinados. A principal incerteza não está relacionada com custos e preços dos 
produtos, mas com a quantidade que irá ser vendida. A Análise de Custo x Volume 
x Lucro aponta os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade 
da organização.
Hoji (2010) cita que a Análise de Custo x Volume x Lucro é uma das mais 
básicas ferramentas de avaliação utilizadas pelos gerentes. Esta análise examina 
o comportamento das receitase custos totais, dos resultados das operações 
decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de saídas (vendas), de preços de 
venda, custos variáveis por unidade ou custos fixos. Em geral, os administradores 
usam esta análise como uma ferramenta para ajudá-los a responder questões 
que envolvam expectativas quanto ao que acontecerá com o lucro se houverem 
modificações nos preços de venda, nos custos e no volume vendido.
Em outras palavras a análise da relação entre custos x volumes x lucros estuda 
o inter-relacionamento destas três variáveis, procurando estabelecer os efeitos 
da alteração de um ou mais desses fatores sobre os outros e suas relações 
mútuas. A análise da relação custo x volume x lucro é usada principalmente para 
o planejamento e projeções de lucros a curto prazo, facilitando a escolha do 
melhor curso da ação, quando o gestor possui diversas alternativas operacionais 
decorrentes das combinações possíveis e disponíveis destes três elementos.
A análise da relação Custo x Volume x Lucro representa-se de alta relevante 
na determinação de um volume de produção necessário a ser atingido para a 
obtenção do lucro pretendido. Ao mesmo tempo, atua como uma ferramenta 
para determinar receitas necessárias para atingir volumes de vendas que não 
gere prejuízos para o empreendimento.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 27
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O planejamento do lucro se faz através desta análise, pois permite relacionar 
o custo e o volume de saídas para o estabelecimento da estratégia de preços, 
seleção de um melhor mix de vendas, quando uma empresa produz vários 
produtos, aceitação de encomendas especiais e estratégias de como penetrar 
em um mercado novo.
A análise do custo permite que se tome uma decisão certa e para isso é preciso 
que haja uma separação entre custos fixos e variáveis. Quando aumentamos 
o volume de produção diminuímos o valor unitário dos custos fixos e assim 
aumentamos a lucratividade.
Vale ressalta que a Custo x Volume x Lucro serve para auxiliar as tomadas 
de decisões no que se refere o planejamento do nível de produção e/ou venda, 
possuindo algumas limitações que são: se a empresa produz um único produto 
esse conceito pode ser aplicado sem problema (não é muito comum). Se a empresa 
produz diversos surge o problema de identificar os custos e despesas fixas e 
variáveis inerente ao produto.
Para o maior entendimento e formação dos conceitos na análise CVL torna-
se importante a diferenciação entre custos (despesas) fixos e custos (despesas) 
variáveis. Ou seja, a classificação dos custos em relação ao volume de produção 
ou de atividade:
Custos são gastos necessários para fabricar os produtos da empresa. Ressalta-
se que os custos não são investimentos e sim gastos efetuados pelas empresas na 
produção ou atividade fim. Divido em dois, fixos e variáveis.
• Custo fixo: São os valores monetários aplicados na produção ou atividade fim de 
maneira fixa, ou seja, independentemente da quantidade produzida o valor empre-
gado será o mesmo.
• Custo variável: São os valores monetários que variam de acordo com a produção ou 
atividade fim, ou seja, são valores que tem variação de acordo com o aumento ou 
redução da produção ou atividade desenvolvida.
Despesas são gastos aplicados na estrutura administrativa e comercial da 
empresa. Divido em dois, fixos e variáveis.
• Despesa fixa: São os valores monetários aplicados na produção ou atividade fim de 
maneira
• Despesa variável: São os fatores monetários variáveis com a estrutura administrativa 
e comercial da empresa.
Ainda dentro da classificação dos custos e despesas pode-se ter a junção 
do fixo e variável que é denominado de misto, desta forma entende-se como 
custo misto aquele que possuem parte fixa e parte variável usado diretamente no 
processo produtivo ou atividade fim e despesas mistas possuem parte fixa e parte 
variável usado na estrutura administrativa e comercial da empresa.
Assim a análise Custo x Volume x Lucro tem a finalidade de estudar e calcular 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 28
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o ponto de equilíbrio (breakeven point). Sua essência abrange os conceitos de 
Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.
O conceito de Margem de Contribuição representa o valor com que cada 
unidade de um produto fabricado e comercializado contribui para cobrir os 
gastos. Obtém-se, portanto, a Margem de Contribuição Unitária.
A margem de contribuição unitária é a diferença entre o preço de venda 
unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto. 
Braga (1996) define que margem de contribuição é o preço de venda menos 
custos e despesas variáveis. Significa dizer que a cada unidade vendida à empresa 
lucrará/perderá determinado valor que, multiplicado pelo total vendido resulta na 
contribuição marginal total do produto para a empresa.
Como se percebe, a margem de contribuição pode ser expressa em sua 
forma unitária ou no total. Essa margem pode ser da empresa como um todo, de 
um seguimento de negócio, de uma linha de produto, etc. O índice de margem 
de contribuição é uma porcentagem obtida pela divisão da margem de 
contribuição unitária pelo preço de venda, ou pela divisão da margem de contribuição total pela 
receita total.
Abaixo, a um exemplo prático de como se chega a margem de contribuição 
unitária e total.
A empresa ABC Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. Verificou 
que a preço unitário de um item produzido é de R$ 10,00, com um custo variável 
unitário de R$ 4,30 e uma despesa variável unitário de R$ 0,90. Calcule a margem 
que contribuição?
Preço unitário de venda (líquido de imposto)
(-) Custos variáveis unitários 4,30
(-) Despesas variáveis unitárias 0,90
(=) Margem de contribuição unitário (MCU) 4,80
Margem de contribuição unitária
Com a variação da quantidade se pode chegar a margem de contribuição total. 
Para se chegar a MCt, basta multiplicar a quantidade pelos respectivos valores 
(preço de venda, custos variais unitários, despesas variáveis unitária e margem de 
contribuição unitária).
Jan 20xx Fev 
20xx
Mar 20xx Abr 20xx
Quant. de vendas
Vendas líquidas R$ 10.000 R$ 
50.000
R$ 75.000 R$ 
100.000
(-) Custos Variável R$ 4.300 R$ 
21.500
R$ 32.250 R$ 43.000
(-) Despesas Variável R$ 900 R$ 4.500 R$ 6.750 R$ 9.000
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 29
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(=) MCT R$ 4.800 R$ 
24.000
R$ 36.000 R$ 48.000
Margem de contribuição total
Ponto de equilíbrio de uma empresa representa o nível mínimo de vendas 
que a entidade precisa obter para não incorrer em prejuízos, ou seja, nesse ponto 
as receitas são iguais aos custos e o lucro é igual à zero.
Segundo Hoji (2008) o ponto de equilíbrio corresponde à quantidade 
produzida dividida pelo volume de operações para o qual a receita se iguala ao 
custo total (Custo fixo mais custo variável). É, pois, o ponto onde o lucro líquido 
iguala-se a zero, podendo ser expresso em unidades físicas ou monetárias.
O modelo de ponto de equilíbrio tem por objetivo determinar o nível de 
produção em termos de quantidade e/ou de valor que se traduz pelo equilíbrio 
entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo desse ponto, a 
empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona de lucratividade.
Devemos ter em mente que a análise do ponto de equilíbrio é apenas um guia 
para o planejamento das operações da empresa devendo ser calculado sempre 
que precisamos tomar uma decisão que envolva a busca da competitividade 
quando o assunto é definição de preço.
Para o cálculo do ponto de equilíbrio é importante ter em mente algumas 
premissas tais como: Não existem estoques acabados ou em fase de elaboração, 
toda produção é vendida e há distinção entre os custos e despesas, eles são 
separados em fixos e variáveis.
Para melhor análise e planejamento das ações de produção/venda o ponto de 
equilíbrio divide-se em 3 (três), são elesponto de equilíbrio contábil, econômico 
e financeiro.
• Ponto de equilíbrio contábil: É a quantidade de produtos que devem ser produzidos 
para cobrir os custos e despesas fixas e variáveis. Calculado através da seguinte ex-
pressão PEc = CDF / MCU
• PEc: ponto de equilíbrio contábil
• CDF: custos e despesas fixas
• MCU: margem de contribuição unitária
Sendo assim, se o volume de vendas da empresa for um número maior que 
o ponto de equilíbrio a empresa passa a gerar lucro. Porém, se for um número 
abaixo a empresa terá prejuízos. O gráfico abaixo mostra o valor que compreende 
os custos e despesas fixas, o valor gasto nos custos e despesas variáveis e o 
valor empregado na somatória de ambos, custo total.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 30
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Após o entendimento da composição do gráfico baseado em custos, o gráfico 
abaixo representa os seguintes pontos. CDF que representa a somatória de todos os 
custos e despesas fixas, CDV que são os custos e despesas variais inerentes, custos 
totais que corresponde à soma dos CDF e CDV, o ponto de equilíbrio que representa 
a o valor que a empresa deve atingir para não ter nem prejuízo e nem lucro e pôr fim a 
receita total que corresponde a tudo que embolsado pela empresa.
Abaixo, um exemplo de como se chega a quantidade do ponto de equilíbrio 
contábil.
Sabendo-se que a MCU é R$ 4,80, e CDF é R$ 36.000,00, qual a quantidade de 
produtos necessários para que a empresa chegue ao ponto de equilíbrio contábil em 
quantidade?
PEq = CDF / MCU
PEq = R$ 36.000,00 / R$ 4,80
PEq = 7.500 unidades
Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 7.500 irá alcançar 
o ponto de equilíbrio em quantidade, implicando que não haverá nem prejuízo e nem 
lucro.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 31
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Responda os exercícios a seguir.
Exercícios
A empresa ABC Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. Verificou 
que o preço unitário de um item produzido é de R$ 20,00, com um custo variável 
unitário de R$ 5,20 e uma despesa variável unitário de R$ 2,80. A empresa possui 
como custo e despesa fixa a quantia de R$ 42.000,00. Pede-se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio;
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
A empresa XYZ Ltda. especialista na fabricação de bolas. Verificou que o preço 
unitário de um item produzido é de R$ 20,00, com um custo variável unitário de 
R$ 10,20 e uma despesa variável unitário de R$ 4,80. A empresa possui como 
custo e despesa fixa a quantia de R$ 42.000,00. Pede-se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio;
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
A partir de agora, vamos falar sobre o ponto de equilíbrio econômico.
• Ponto de equilíbrio econômico: é a quantidade que iguala a receita total com a soma 
dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima (custo de oportuni-
dade) sobre o capital investido pela empresa. Em outras palavras é quando as recei-
tas totais são iguais aos custos totais acrescidos de um lucro mínimo de retorno do 
capital investido. Calcula-se assim PEe = CDF + CO / MCU.
• PEe: Ponto de equilíbrio econômico.
• CDF: custos e despesas fixas.
• CO: custo de oportunidade.
• MCU: margem de contribuição unitária.
A seguir, vamos resolver um exemplo de como se chega a quantidade do 
ponto de equilíbrio econômico.
Sabendo-se que a MCU é R$ 4,80, e CDF é R$ 36.000,00 e que o custo 
de oportunidade seja R$ 15.000,00, qual o ponto de equilíbrio econômico em 
quantidade?
PEq = CDF / MCU
PEq = (R$ 36.000,00 – R$ 15.000,00) / R$ 4,80
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 32
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PEq = 10.625 unidades
Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 10.625 
irá alcançar o ponto de equilíbrio em quantidade econômico levando em 
consideração o custo de oportunidade, implicando que não haverá nem prejuízo 
e nem lucro.
Agora faça o exercício:
Sabendo-se que a MCU é R$ 5,00, e CDF é R$ 42.000,00 e que o custo de 
oportunidade seja R$10.000,00, qual o ponto de equilíbrio econômico?
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas. Agora, 
vamos vejamos outro conceito:
• Ponto de equilíbrio financeiro: é a quantidade que iguala a receita total com a soma 
de custos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Nes-
te caso, os encargos da depreciação são exclusos por não representarem desembol-
so para empresa. Calcula-se assim PEf = CDF - CD / MCU.
• PEf: Ponto de equilíbrio financeiro.
• CDF: custos e despesas fixas.
• CD: custo de depreciação.
• MCU: margem de contribuição unitária.
Vejamos um exemplo de como se chega a quantidade do ponto de equilíbrio 
financeiro.
Sabendo-se que a MCU é R$ 4,80, e CDF é R$ 36.000,00 e que a depreciação 
seja R$ 6.000,00, qual o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade?
PEq = CDF / MCU
PEq = (R$ 36.000,00 – R$ 6.000,00) / R$ 4,80
PEq = 6.250 unidades
Isso significa que se a empresa comercializar a quantidade de 6.250 irá 
alcançar o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade levando em consideração 
a depreciação, implicando que não haverá nem prejuízo e nem lucro.
Resolva o exercício a seguir.
Sabendo-se que a MCU é R$ 5,00, e CDF é R$ 42.000,00 e que a depreciação 
seja R$ 2.000,00, encontre o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade.
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
Para uma melhor análise referente ao ponto de equilíbrio, além de se usar o 
mesmo em quantidade, pode-se visualizar em valor empregado produção/venda 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 33
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para atingir ponto de equilíbrio em valor, dividindo-se em 3 (três), são eles ponto 
de equilíbrio em valor contábil, econômico e financeiro.
• Ponto de equilíbrio em valor contábil: É o valor que deve ser almejado para cobrir os 
custos e despesas fixas e variáveis. Calculado através da seguinte expressão PEc = 
CDF / %MC (Custo e despesas fixas / receita liquida total).
• PEVc: ponto de equilíbrio em valor contábil.
• CDF: custos e despesas fixas.
• %MC: percentual da margem de contribuição.
Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio contábil. 
Sabendo-se que o e CDF corresponde a R$ 36.000,00 e a receito liquida total
R$ 75.000,00, seu custo e despesa fixa corresponde R$ 36.000,00, qual o 
ponto de equilíbrio contábil em valor?
%MC = CDF / Receita
%MC = R$ 36.000,00 / R$ 75.000,00
%MC = 0,48
PEqv = CDF / %MC
PEqv = R$ 36.000,00 / 0,48 PEqv = R$ 75.000,00
Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 75.000,00 irá 
alcançar o ponto de equilíbrio contábil em valor, implicando que não haverá nem 
prejuízo e nem lucro.
Agora, vamos vejamos o ponto de equilíbrio em valor econômico:
• Ponto de equilíbrio em valor econômico: é o valor que iguala a receita total com 
a soma dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima (custo de 
oportunidade) sobre o capital investido pela empresa. Em outras palavras é quando 
as receitas totais são iguais aos custos totais acrescidos de um lucro mínimo de retor-
no do capital investido. Calcula-se assim PEe = CDF + CO / %MC (Custo e despesas 
fixas / receita liquida total).
• PEe: Ponto de equilíbrio econômico.
• CDF: custos e despesas fixas.
• CO: custo de oportunidade.
• %MC: percentual da margem de contribuição (Custos e despesas fixas divido pela 
receita total).
Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio econômico.
Sabendo-se que o CDF é R$ 36.000,00, o custo de oportunidade seja R$ 
15.000,00 e %MC = 0,48. Qual o ponto de equilíbrio econômico em valor?
PEev = (CDF + CO) / %MC
PEqv = (R$ 36.000,00 + R$ 15.000,00) / 0,48 PEqv = R$ 106.250,00
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 34
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Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 106.250,00 irá 
alcançar o ponto de equilíbrio econômico em valor, implicando que não haverá 
nem prejuízo e nem lucro.
Agora, vamos vejamos outro conceito:
• Ponto de equilíbrio financeiro: é o valor que iguala a receita total com a soma de cus-
tos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Neste caso, 
os encargos da depreciação são exclusos por não representarem desembolso para 
empresa. Calcula-se assim PEf
• = CDF - CD / %MC (Custo e despesas fixas / receita liquida total).
• PEf: Ponto de equilíbrio financeiro.
• CDF: custos e despesas fixas.
• CD: custo de depreciação.
• %MC: percentual da margem de contribuição.
Abaixo, um exemplo de como se chega ao valor do ponto de equilíbrio 
econômico
Sabendo-se que o CDF é R$ 36.000,00, a depreciação seja R$ 6.000,00, e
%MC = 0,48. Qual o ponto de equilíbrio?
PEev = (CDF – Depreciação) / %MC
PEqv = (R$ 36.000,00 - R$ 6.000,00) / 0,48 PEqv = R$ 62.500,00
Isso significa que se a empresa gerar recursos na ordem de R$ 62.500,00 
irá alcançar o ponto de equilíbrio financeiro em valor, implicando que não haverá 
nem prejuízo e nem lucro.
Após o entendimento sobre margem de contribuição e ponto de equilíbrio, 
vamos entender os efeitos do aumento ou diminuição do nível de atividade 
empresarial como efeito nos resultados. Para tal, vamos estudo grau de alavancagem 
operacional, grau de alavancagem financeiro e grau de alavancagem combinada.
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL
As decisões empresariais requerem informações precisas e constantemente 
renovadas que possibilitem suporte às atividades inerentes ao negócio. Em 
pequenas empresas comerciais, o dinamismo dos diversos fatores econômicos 
requer um monitoramento conínuo de elementos que compõe os custos e 
despesas das ações.
É importante ter em mente que algumas empresas em suas operações elevam 
seus níveis de produtividade e para isso existe uma ferramenta denominada de 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 35
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GAO (grau de alavancagem operacional) que é o índice que mede as diferentes 
variações do lucro em função de variações no volume de vendas. Essa ferramenta 
é muito usada quando é necessário projetar os resultados na alteração de 
quantidade a serem produzidas.
Segundo Hoji (2010) o grau de alavancagem operacional significa a 
possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade 
produzida e vendida. O termo alavancagem vem da possibilidade de levantar 
lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado.
GAO é o aumento no nível de atividade que produz efeito no resultado 
econômico. Para encontrar o grau de alavancagem operacional usa-se a seguinte 
expressão GAO = % do lucro / % do volume/quantidade.
• % do lucro: variação em percentual do lucro: Lucro adicional / lucro atual
• % do volume/quantidade: variação em percentual da quantidade: quantidade adi-
cional / quantidade atual.
Abaixo, um exemplo de como se chega ao GAO.
A empresa XYZ Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. Verificou que a 
preço unitário de um item produzido é de R$ 3,00, com um custo variável unitário 
de R$ 1,60 e uma despesa variável unitário de R$ 1,00. Seus custos e despesas 
fixas representam R$ 10.000,00. Em sua situação atual produz 10.000 unidades 
do referido produto onde obtém uma receita de R$ 8.000,00. Se a empresa 
passar a produzir
12.000 unidade (a receita permanece a mesma), qual será o GAO (grau de alavancagem 
operacional)?
Situação 
Atual
Situação Futura
Quantidade 10.000 12.000
( x ) MCU 0,40 0,40
( = ) MCT 4.000,00 4.800,00
( - ) CDF 10.000,00 10.000,00
( = ) Prejuízo ou 
Lucro -6.000,00 -5.200,00
( + ) Receitas 8.000,00 8.000,00
( = ) Lucro 2.000,00 2.800,00
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 36
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Isto significa que o lucro adicional corresponde a 2,00 vezes a quantidade 
adicional de produtos.
Agora, resolva os exercícios:
A empresa Beta Ltda. especialista na fabricação de móveis. Verificou que a 
preço unitário de um item produzido é de R$ 10,00, com um custo variável unitário 
de R$ 4,60 e uma despesa variável unitário de R$ 2,40.
Em sua situação atual produz 5.000 unidades do referido produto onde 
obtém uma receita de R$ 12.000,00. Se a empresa passar a produzir 7.500 
unidades e com isso acrescer 15% na receita, qual será o GAO?
CDF = R$ 15.000,00.
Situação Atual Situação Futura
Quantidade
( x ) MCU
( = ) MCT
( - ) CDF
( = ) Prejuízo ou Lucro
( + ) Receitas
( = ) Lucro
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
A empresa Gama Ltda. especialista na fabricação de jóias. Verificou que a 
preço unitário de um item produzido é de R$ 26,50, com um custo variável unitário 
de R$ 11,60 e uma despesa variável unitário de R$ 5,90.
A empresa Gama Ltda. em sua situação atual produz 3.000 unidades do 
referido produto onde obtém uma receita de R$ 16.800,00. Se a empresa passar 
a produzir 4.500 unidades e com isso acrescer 20% na receita, qual será o GAO?
Custos e Despesas Fixas = R$ 22.000,00.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 37
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Situação Atual Situação Futura
Quantidade
( x ) MCU
( = ) MCT
( - ) CDF
( = ) Prejuízo ou Lucro
( + ) Receitas
( = ) Lucro
GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA
A alavanca financeira corresponde a um efeito financeiro de crescimento 
da rentabilidade dos capitais próprios que se produz através do aumento do 
nível de endividamento. Este efeito verifica-se sempre que os custos financeiros 
de financiamento são inferiores à rentabilidade de determinada operação de 
investimento ou do investimento da empresa na sua globalidade. Em termos gerais, 
podemos dizer o efeito de alavanca financeiro é positivo quando a rentabilidade 
dos investimentos é superior ao custo média dos capitais alheios.
Alavancagem financeira é a “alavanca” que a captação de recursos de terceiros 
produz ou não no retorno aos acionistas. Sendo o aumento de rentabilidade dos 
sócios em função da utilização de capitais de terceiros.
A alavancagem financeira indica a capacidade ou o grau de eficiência 
da empresa na utilização de encargos financeiros fixos, para maximizar seus 
resultados. A relação que se estabelece é entre as variações percentuais do lucro 
antes de juros e imposto de renda e do lucro líquido do exercício.
Sendo calculado através da expressão: variação do lucro líquido do exercício 
dividido pela variação lucros antes do imposto de renda.
Agora, resolva o exercício a seguir:
Situação Atual Situação Futura
Lucro antes de despesas financeiras (operacional) R$ 30.000,00 R$ 48.000,00
( - ) Despesas financeira (juros) R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
( = ) Lucro antes do IR (imposto de renda) R$ 24.000,00 R$ 42.000,00
( - ) Provisão para o IR (imposto de renda) R$ 8.400,00 R$ 14.700,00
( = ) Lucro líquido do exercício (LLE) R$ 15.600,00 R$ 27.300,00
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 38
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Isto significa que o lucro adicional corresponde 1,25 vezes a utilização após os 
juros e IR.
Abaixo, seguem exercícios para resolução:
Situação 
Atual
Situação Futura
Lucro antes de despesas financeiras (operacional) R$ 
30.000,00
R$ 42.000,00
( - ) Despesas financeira (juros) R$ 
6.000,00
R$ 6.000,00
( = ) Lucro antes do IR (imposto de renda) R$ 
24.000,00
R$ 36.000,00
( - ) Provisão para o IR (imposto de renda) R$ 
8.400,00
R$ 12.600,00
( = ) Lucro líquido do exercício (LLE) R$ 
15.600,00
R$ 23.400,00
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
Situação 
Atual
Situação Fu-
tura
Lucro antes de despesas financeiras (operacional) R$ 
33.450,00
R$ 
34.550,00
( - ) Despesas financeira (juros) R$ 
11.200,00
R$ 
11.200,00
( = ) Lucro antes do IR (imposto de renda) R$ 
22.250,00
R$ 
23.350,00
( - ) Provisão para o IR (imposto de renda) R$ 
16.230,00R$ 
16.320,00
( = ) Lucro líquido do exercício (LLE) R$ 
6.020,00
R$ 
7.030,00
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
GRAU DE ALAVANCAGEM COMBINADA
O efeito combinado da alavancagem operacional com a alavancagem 
financeira permite que se avalie, ao mesmo tempo, a repercussão que uma 
alteração no volume de vendas promove sobre o resultado operacional e líquido.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 39
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Reflete o impacto da combinação da alavancagem operacional e financeira. 
Calcula-se através da multiplicação do grau de alavancagem operacional pelo 
grau de alavancagem financeira.
Faça o exercício a seguir:
GAO – Exercício 05 = 1,55
GAF – Exercício 07 = 1,25
GAC = GAO x GAF
GAC = 1,55 x 1,25 = 1,94
Isto significa que resultado geral gerado pela atividade da empresa gerou um 
o lucro adicional corresponde 1,94 vezes a mais em relação ao período anterior de 
análise.
Agora, continue se exercitando:
Preço unitário de venda (líquido de imposto) R$ 13,50
(-) Custos variáveis unitários R$ 4,60
(-) Despesas variáveis unitárias R$ 3,40
CDF = R$ 14.990,00
Situação atual - UNIDADES 5125
Situação futura - UNIDADES 7435
Receita situação atual R$ 13.540,00
Receita situação futura 22%
Juros R$ 7.600,00
Provisão para IR 15%
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
A empresa Beta Ltda. especialista na fabricação de móveis. Verificou que a 
preço unitário de um item produzido é de R$ 22,90, com um custo variável unitário 
de R$ 5,55 e uma despesa variável unitário de R$ 4,55.
A empresa Beta Ltda. em sua situação atual produz 9.000 unidades do 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 40
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referido produto onde obtém uma receita de R$ 13.540,00. Se a empresa passar 
a produzir 1 unidade e com isso acrescer 22% na receita.
Em análise a empresa constatou que seus custos e despesas fixas 
compreendem o valor de R$ 14.990,00, bem como paga de juros R$ 9.500,00, 
tendo alíquota de provisão de imposto de renda na ordem de 15%.
Encontre o GAO, GAF e GAT
Obs: Se necessário, consulte a resolução do exercício nas vídeo aulas.
LISTA DE EXERCÍCIO – APÊNDICE 01
1) A empresa HUB Eletrônica Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 35,90, com um custo 
variável unitário de R$ 10,30 e uma despesa variável unitário de R$ 5,60. A empresa 
possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 35.000,00. Pede- se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio em quantidade;
c) Represente graficamente.
2) A empresa Number Ltda. especialista na fabricação de livros de inglês. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 41,84, com um custo 
variável unitário de R$ 10,30 e uma despesa variável unitário de R$ 6,54. A 
empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 32.550,00. Seu custo 
de oportunidade é de R$ 9.500,00. Pede-se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio econômico em quantidade.
3) A empresa Norte Frio Ltda. especialista na fabricação de periféricos para ar 
condicionado. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 115,50, 
com um custo variável unitário de R$ 45,61 e uma despesa variável unitário de R$ 
19,89. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 60.000,00. 
Seu custo de depreciação é de R$ 10.000,00. Pede-se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro em quantidade;
4) A empresa Raio de Sol Ltda. especialista na fabricação de artesanatos. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 225,00, com um 
custo variável unitário de R$ 98,10 e uma despesa variável unitário de R$ 36,90. A 
empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 27.000,00. Seu custo 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 41
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de depreciação é de R$ 1.560,00 e o de oportunidade de R$ 7.800,00. Pede-se:
a) Calcule a margem de contribuição;
b) Calcule o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro em 
quantidade;
c) Represente graficamente do ponto de equilíbrio contábil.
5) A empresa Entre Espumas Ltda. especialista na fabricação de cerveja. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 8,50, com um 
custo variável unitário de R$ 2,55 e uma despesa variável unitário de R$ 0,95. A 
empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 31.000,00. Seu custo 
de depreciação é de R$ 1.460,00 e o de oportunidade de R$ 6.800,00. A empresa 
pretende comercializar 11.640 unidades. Pede-se:
a) Calcule o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro em valor;
6) A empresa HUB Eletrônica Ltda. especialista na fabricação de alarmes 
residencial. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 28,50, 
com um custo variável unitário de R$ 12,55 e uma despesa variável unitário de R$ 
1,95. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 42.224,39. Seu 
custo de depreciação é de R$ 1.460,00 e o de oportunidade de R$ 6.800,00. A 
empresa deseja comercializar 6.400 unidades. Pede-se:
a) Calcule o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro em valor;
7) A empresa HUB Eletrônica Ltda. especialista na fabricação de eletrônicos. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 35,90, com um 
custo variável unitário de R$ 10,30 e uma despesa variável unitário de R$ 5,60. 
A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 35.000,00. Em 
sua situação atual produz 3.000 unidades do referido produto onde obtém uma 
receita de R$ 16.800,00. Se a empresa passar a produzir 6.000 unidades e com 
isso acrescer 15% na receita, Pede-se:
a) Qual será o GAO (Grau de Alavancagem Operacional)?
8) A empresa Number Ltda. especialista na fabricação de livros de inglês. 
Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 41,84, com um custo 
variável unitário de R$ 10,30 e uma despesa variável unitário de R$ 6,54. A empresa 
possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 32.550,00. Em sua situação 
atual produz 1.000 unidades do referido produto onde obtém uma receita de R$ 
16.900,00. Se a empresa passar a produzir 1.800 unidades e com isso acrescer 15% 
na receita, Pede-se:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 42
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a) Calcule o GAO (Grau de Alavancagem Operacional).
9) A empresa Norte Frio Ltda. especialista na fabricação de periféricos para ar 
condicionado. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 115,50, 
com um custo variável unitário de R$ 45,61 e uma despesa variável unitário de R$ 
19,89. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 52.500,00. 
Em sua situação atual produz 1.200 unidades do referido produto onde obtém 
uma receita de R$ 16.900,00. Se a empresa passar a produzir 1.500 unidades e 
com isso acrescer 20% na receita, Pede-se:
a) Calcule o GAO (Grau de Alavancagem Operacional).
10) A empresa Norte Frio Ltda. especialista na fabricação de periféricos para ar 
condicionado. Verificou que o preço unitário de um item produzido é de R$ 85,50, 
com um custo variável unitário de R$ 44,61 e uma despesa variável unitário de R$ 
20,89. A empresa possui como custo e despesa fixa a quantia de R$ 40.200,00. 
Em sua situação atual produz 2.500 unidades do referido produto onde obtém 
uma receita de R$ 16.900,00. Se a empresa passar a produzir 5.000 unidades e 
com isso acrescer 20% na receita, Pede-se:
a) Calcule o GAO (Grau de Alavancagem Operacional).
11) Qual o grau de alavancagem financeira:
Situação Atual Situação Futura
Lucro antes de despesas financeiras (operacional) R$ 33.450,00 R$ 34.550,00
( - ) Despesas financeira (juros) R$ 11.200,00 R$ 11.200,00
( = ) Lucro antes do IR (imposto de renda) R$ 22.250,00 R$ 23.350,00
( - ) Provisão para o IR (imposto de renda) R$ 16.230,00 R$ 16.320,00
( = ) Lucrolíquido do exercício (LLE) R$ 6.020,00 R$ 7.030,00
12) A empresa Beta Ltda. especialista na fabricação de móveis. Verificou que a 
preço unitário de um item produzido é de R$ 22,90, com um custo variável unitário 
de R$ 5,55 e uma despesa variável unitário de R$ 4,55. A empresa Beta Ltda. em 
sua situação atual produz 9.000 unidades do referido produto onde obtém uma 
receita de R$ 13.540,00. Se a empresa passar a produzir 11.000 unidade e com 
isso acrescer 22% na receita. Em análise a empresa constatou que seus custos e 
despesas fixas compreendem o valor de R$ 14.990,00, bem como paga de juros 
R$ 9.500,00, tendo alíquota de provisão de imposto de renda na ordem de 15%. 
Encontre o GAO, GAF e GAT.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 43
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13) A empresa Lima Ltda. especialista na fabricação de produtos de cerâmica. 
Verificou que a preço unitário de um item produzido é de R$ 32,81, com um custo 
variável unitário de R$ 6,56 e uma despesa variável unitário de R$ 19,11. A empresa 
Lima Ltda. em sua situação atual produz 19.200 unidades do referido produto 
onde obtém uma receita de R$ 93.540,00. Se a empresa passar a produzir 35% 
a mais em unidade e com isso acrescer 22% na receita. Em análise a empresa 
constatou que seus custos e despesas fixas compreendem o valor de R$ 94.471,22, 
bem como paga de juros R$ 19.410,00, tendo alíquota de provisão de imposto de 
renda na ordem de 15%. Encontre o GAO, GAF e GAT.
MCU = Preço de venda – Custos e Despesas Variáveis.
Ponto de Equilíbrio Quantidade = Custos e Despesas Fixas / MCU.
Ponto de Equilíbrio Econômico Quantidade = Custos e Despesas Fixas + 
Custo de Oportunidade / MCU.
Ponto de Equilíbrio Financeiro Quantidade = Custos e Despesas Fixas – Custo 
de Depreciação / MCU. Ponto de Equilíbrio Valor = Custos e Despesas Fixas / %MC 
(Custos e Despesas Fixas / Receita Liquida total).
Ponto de Equilíbrio Econômico Valor = Custos e Despesas Fixas + Custo de 
Oportunidade / %MC (Custos e Despesas Fixas / Receita Liquida total).
Ponto de Equilíbrio Financeiro Valor = Custos e Despesas Fixas – Custo de 
Depreciação / %MC (Custos e Despesas Fixas / Receita Liquida total).
GAO = ∆ % Lucro / ∆ % do Volume
GAF = ∆ % do Lucro líquido do exercício / ∆ % do Lucro antes do imposto de 
renda GAC = GAO x GAF
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5. GESTÃO DE CUSTOS
HISTÓRICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
Se você imagina contabilidade como um universo de números a serem 
somados, selecionados e acompanhados, você ficará surpreso, pois a moderna 
Contabilidade de Custos é mais do que números. Mas, antes disso, veremos que 
o advento da Contabilidade de Custos deu-se após a Revolução Industrial no 
século XVIII, pois até esse momento quase só existia a Contabilidade Financeira 
(ou Geral), que se desenvolveu na Era Mercantilista, a qual estava bem estruturada 
para servir as empresas comerciais (MARTINS, 2003).
A contabilidade se desenvolveu há muito tempo, quando fazendeiros pré- 
históricos usavam pedras para contar seus bens. Historiadores demonstraram 
que informes contábeis têm sido preparados há milhares de anos. Registros 
contábeis, remontando às antigas civilizações, foram encontrados gravados em 
blocos de pedra. Os sumérios, por exemplo, usavam cilindros ou esferas ou outra 
forma para contar e especificar o bem, o dono e o número de bens, guardando 
esses cilindros/esferas em bolas ocas de argila e rotulando do lado de fora com 
símbolos quem eram os donos, o número e o tipo de produto em questão.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 45
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No século XV, Luca Pacioli escreveu o primeiro livro, publicado em Veneza 
em 1494. Summa de Arithmetica, Geometria, Propostioni et Proportionalita 
é um didático sobre contabilidade que desenvolve as partidas dobradas, ou 
seja, tudo que for registrado de um lado deve ter sua representatividade em 
outro (são os débitos e os créditos). Pacioli descreveu os fundamentos de um 
sistema contábil de partidas dobradas bastante funcional –para cada débito(s), 
um crédito(s) correspondente. A necessidade de registrar informações sobre 
transações comerciais tem existido desde que as pessoas têm comercializado 
entre si nos mercados de troca. Isso demonstra que a Contabilidade Financeira 
surgiu de organizações comerciais com o principal intuito de avaliar permutas e, 
na realidade, teve grande avanço na chamada Era Mercantilista (LEONE, 2000).
De acordo com Martins (2009), até a Revolução Industrial (século XVII), 
praticamente só havia a Contabilidade Financeira, também conhecida como 
Contabilidade Geral, como já dito. O consumo de bens e serviços é inerente 
à condição humana e ocorre desde os primórdios da civilização. Antes da 
Revolução Industrial, o tipo inicial de empresa que se desenvolveu foram as 
empresas comerciais ou de manufatura. Tais empresas tinham como principal 
negócio a comercialização de produtos produzidos de forma manufatureira por 
outras famílias – por exemplo: compra e revenda de tapetes, artesanatos, vasos de 
cerâmicas etc. Estas mercadorias eram compradas de tais famílias e revendidas 
em feiras ou em viagens marítimas.
Naquela época, de empresas artesanais, a apuração do resultado de cada 
período tinha como foco o controle de inventário ou estoque físico e elaboração 
e fechamento do Balanço Patrimonial. O resultado de cada período para a 
elaboração do balanço em seu final era dado pelo levantamento dos estoques em 
termos físicos; quanto aos valores monetários, eram obtidos pelo montante pago 
por item estocado. Assim, pela diferença de quanto possuía de estoques iniciais, 
adicionando as compras do período e com o estoque existente, apurava o valor 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 46
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da aquisição das mercadorias vendidas, ou Custo da Mercadoria Vendida (CMV), 
da seguinte maneira:
CMV = E + C – E
Em que:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoques iniciais
C = Compras
EF = Estoques Finais
Desse modo, era possível elaborar a Demonstração de Resultados da empresa 
comercial pela confrontação do resultado com as receitas obtidas pelas vendas, 
chegando ao lucro bruto, do qual se deduziam as despesas necessárias para 
manutenção da entidade.
Segundo Martins (2009), os bens ou os serviços eram produzidos por pessoas 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 47
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ou grupos de pessoas, poucos dos quais se constituíam como entidades jurídicas. 
As empresas da época sobreviviam do comércio, e não da fabricação, por isso a 
facilidade em verificar e acompanhar o valor de compra dos bens existentes. Era 
uma verificação objetiva e comprovável, bastava verificar os documentos da 
aquisição.
Vamos resolver um exemplo de cálculo do Custo da Mercadoria Vendida 
(CMV). A empresa EcoMad tinha 10 mesas que custaram R$50 cada uma. 
Comprou mais 4 mesas a R$50 cada uma e ficou com estoque final de 3 mesas. 
Qual o custo da mercadoria vendida? Qual a Demonstração de Resultados da 
EcoMad se cada mesa é vendida a R$70? O Custo da Mercadoria Vendida seria:
A Demonstração de Resultados seria:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 48
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Para os autores Horngren, Datar e Foster (2004), a Contabilidade Gerencial 
e a Financeira têm diferentes objetivos. A Contabilidade Gerencial mede e relata 
informações financeiras e não financeiras que ajudam os administradores a tomar 
decisões para alcançar objetivos de uma organização para fins estratégicos, 
baseando-se em demonstrativos internos.
A Contabilidade Financeira concentra-se em demonstrativos para grupos 
externos, baseando-se em princípios contábeis geralmente aceitos, que iremos 
conhecer neste mesmo capítulo. Os administradores são responsáveis pelos 
demonstrativos financeiros emitidos para investidores, órgãos reguladoresdo 
governo e outros interessados externos a organização.
A contabilidade de custos fornece informações tanto para a Contabilidade 
Gerencial quanto para a Financeira. Segundo Padoveze (2003), foi com o 
surgimento das empresas industriais que surgiu a diferença fundamental entre 
o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas 
empresas industriais. As empresas comerciais têm só um insumo para custo das 
mercadorias adquiridas para revenda, enquanto as empresas industriais têm de 
utilizar vários insumos para o processo de obtenção (produção) dos produtos.
Assim, foi necessária uma adaptação seguindo o mesmo entendimento com a 
formação dos critérios de avaliação de estoques no caso industrial. Com principal 
enfoque da Contabilidade de Custos na mensuração monetária dos estoques e 
do resultado e não a de um instrumento de administração, ela passou a ser vista 
como uma eficiente forma de auxílio no desempenho gerencial.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 49
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Pode-se dizer que a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: 
o auxílio ao Controle – fornecendo dados para o estabelecimento de padrões, 
orçamentos e demais previsões e acompanhamento efetivo para comparabilidade 
– e a ajuda às tomadas de decisões sobre medidas de introdução ou corte de 
produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc.
O sistema de informações gerenciais, aquele que contém as informações 
necessárias para que o gestor ou o administrador da empresa possa tomar 
decisão, é formado por informações provenientes da Contabilidade Financeira, 
da Contabilidade de Custos, pela Contabilidade Gerencial e pelo controle 
orçamentário. Esses quatro tipos de fonte de informação interagem entre si, um 
fornece informações ou bases para o outro, eles se complementam.
Pode-se, assim, concluir que administrar custos constitui parte das estratégias 
de administração e sua implementação colocada em ação.
As instituições vivem atualmente uma fase em que a concorrência é cada vez 
mais acirrada. Existem demasiadas pressões quanto a responsabilidades sociais, 
uma necessidade contínua de aperfeiçoamento tecnológico e de processos, um 
número cada vez maior de consumidores exigindo produtos de alta qualidade, 
funcionais e de baixo custo e uma pressão oriunda dos efeitos da globalização a 
partir da possibilidade de novos entrantes no mercado. Embasada neste contexto, 
qualquer empresa passa a ter uma principal preocupação: sobreviver na nova 
conjuntura sócio- econômica mundial.
CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade de Custos pode ser definida como o segmento ou área 
da Contabilidade que trata especificamente de elaborar técnicas, métodos, 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 50
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procedimentos e fundamentos teóricos visando à mensuração, à classificação 
e à avaliação das mutações patrimoniais relacionadas às operações internas da 
empresa, objetivando a obtenção do custo de determinados bens ou serviços 
(IUDÍCIBUS, 2000). Tais custos irão compor o valor do estoque e o custo do 
produto ou serviço vendido.
Inicialmente, a Contabilidade de Custos tinha o objetivo principal de avaliar 
os estoques e os custos para demonstração de resultado em nível de divulgação 
das demonstrações contábeis aos usuários externos. Contudo, atualmente, 
a Contabilidade de Custos tornou-se um importante instrumento gerador de 
informações para planejamento, controle e tomada de decisões internas à 
empresa.
Martins (2009) lista três grupos dentro dos quais a Contabilidade de Custos 
pode cumprir seu papel. São eles:
• Inventariar e ativar os produtos fabricados e vendidos Conhecer o valor final dos pro-
dutos acabados e em processamento; confeccionar demonstrativos do custo de 
produção de cada produto fabricado; elaborar demonstrativos do CPV (Custo dos 
Produtos Vendidos), CMV (Custo da Mercadoria Vendida) e ainda o custo dos Servi-
ços Prestados; elaborar demonstrativos de resultados.
• Planejar e controlar as atividades econômicas: Analisar o comportamento dos cus-
tos, tanto por meio de análise vertical quanto de análise horizontal; promover orça-
mentos empresariais com base no custo de fabricação; estabelecer o custo-padrão 
de fabricação; definir as responsabilidades no processo de produção; decidir sobre 
o preço de venda de cada item de produção; determinar o volume da produção 
(além do ponto de equilíbrio, porém dentro da capacidade física da empresa).
• Servir como instrumento para tomada de decisão: Eliminar, criar, aumentar ou di-
minuir a linha de produção de certos produtos; produzir ou adquirir já pronto no 
mercado; formar preço de venda ou princing; aceitar ou não encomendas; alugar ou 
comprar, terceirizar ou produzir.
O objetivo de mensurar estoques e resultado da empresa não deixou de ser 
um dos focos da Contabilidade de Custos. Porém, a função de controle e auxílio 
à tomada de decisão passou a ser determinante para a eficácia de um sistema de 
custos no que tange à satisfação das necessidades dos usuários da Contabilidade
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 51
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Com relação ao processo de contabilidade de custos, apesar de todo o 
avanço encontrado na Contabilidade de Custos, pode ser observado que o 
processo básico para chegar aos objetivos almejados por esta contabilidade não 
foi modificado, mas sim otimizado.
CONTABILIDADE DE CUSTOS VERSUS CONTABILIDADE FINANCEIRA
Para finalizar os aspectos da Contabilidade de Custos e da Contabilidade 
financeira, segue um quadro resumo:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 52
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TERMINOLOGIA CONTÁBIL
De acordo com os autores Garrisson e Noreen (2000), temos aqui a pretensão 
de explicar como se classificam os custos particularmente nas empresas industriais. 
Segundo os autores, os custos estão associados a todos os tipos de organizações: 
comerciais, não comerciais, indústria, varejo e de serviços. As categorias dos 
custos em que se incorre e o modo como eles são classificados dependem do 
tipo de organização em análise.
Para Martins (2003), infelizmente, encontramos em todas as áreas, 
principalmente nas sociais (e econômicas, em particular), uma abundância de 
nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única 
palavra. De acordo com o autor, adotaremos a nomenclatura e a conceituação a 
seguir.
Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s).
Exemplos de investimento: aquisição de matéria-prima; aquisição de 
máquinas; aquisição de ações de outras empresas etc. Todos os sacrifícios tidos 
pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são “estocados” nos ativos da 
empresa são especificadamente chamados de investimentos. Como exemplo, 
tem-se a matéria- prima, que é um gasto contabilizado temporariamente 
como investimento circulante, e a máquina é um gasto que se transforma em 
investimento permanente.
Custo: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens 
ou serviços (gasto relativo a consumo na produção)
Exemplo de custos: matéria-prima consumida; mão de obra direta e indireta 
aplicada à área produtiva; aluguel e depreciação aplicados na área produtiva. 
Custo é um gasto, reconhecido como custo quando é relacionado ao consumo na 
produção de bens e serviços, para a elaboração de produtos ou para a realização de 
um serviço. Assim, a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que se tornou 
investimento, e durante um tempo ficou em estoque; no momento da elaboração 
de um bem, surge o custo da matéria-prima como parte do bem elaborado, que 
será um novo investimento, ficando ativado (estoque) até sua venda.
Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção 
de receitas (gastos que se destinam às fases de administração, esforço de vendas 
e financiamento).Exemplos de despesas: comissões de vendedores; impostos sobre vendas; 
salários administrativos etc. É a parcela do gasto que ocorre separada das 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 53
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atividades de produção dos bens e serviços, isto é, são os gastos incorridos 
durante as operações de comercialização, sendo representada pelo consumo de 
bens e serviços na obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o 
Patrimônio Líquido (lucro) e que têm a característica de representar sacrifícios 
no processo de obtenção de receitas. Todo produto vendido e todo serviço ou 
utilidade transferido provocam despesa, isto é, toda parcela ou totalidade do custo 
que integra a produção vendida é despesa, sendo chamada de Custo do Produto 
Vendido (CPV) ou Custo do Serviço Prestado (CSP). A mercadoria adquirida 
por uma loja comercial, de maneira geral, é um gasto e, especificamente, um 
investimento, que se transforma em uma despesa
no momento do reconhecimento da receita ocasionada pela venda, sem 
passar pela fase de custo, sendo assim denominado Custo da Mercadoria Vendida 
(CMV).
Perda: bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária.
É um gasto que tem como característica a anormalidade e a involuntariedade 
que ocorre sem intenção de obtenção de receita. Podemos citar, como exemplos, 
perdas com incêndio, obsoletismo de estoques, gasto com mão de obra durante 
o período de greve etc. Perdas de valores irrelevantes são consideradas como 
custo ou despesa. Assim como as despesas, as perdas são itens que reduzem o 
Patrimônio Líquido (lucro).
Ainda é necessário distinguir alguns conceitos básicos, tais como custo de 
produção do período, custo da produção acabada e custo dos produtos vendidos 
descritos a seguir, de acordo com Martins (2003):
• Custo de produção do período: é a soma dos custos incorridos no período dentro da 
fábrica.
• Custo da produção acabada: é a soma dos custos contidos na produção acabada 
no período. Podem incidir custos de produção de períodos anteriores existentes em 
unidades que só foram completadas no presente período.
• Custo dos produtos vendidos: é a soma dos custos incorridos na produção dos bens 
e serviços que só agora estão sendo vendidos. Podem também incidir custos de 
produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em 
diversos períodos diferentes.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 54
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O PAPEL DAS INFORMAÇÕES DE CUSTOS NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS
“No mundo globalizado, sem um sistema de informações gerenciais ágil 
que produza informações confiáveis, uma empresa perde competitivida-
de. O sistema de informação gerencial representa um conjunto de sub-
sistemas que processam dados e informações para fornecer subsídios ao 
processo de gestão de uma empresa” (HOJI, 2010, p. 402).
As informações de custos têm diversas finalidades para os gestores das 
empresas, conforme apresentado a seguir. “Na finalidade de planejamen-
to, o custo dispõe de uma posição voltada para o futuro, servindo como 
instrumento-base para a elaboração do orçamento empresarial” (BERTÓ 
e BEULKE, 2007, p. 17).
As decisões financeiras devem ser tomadas com base em informações 
geradas por sistema de informações contábeis e financeiras adequada-
mente estruturado. Um dos instrumentos mais importantes utilizados em 
tomadas de decisões financeiras é o orçamento empresarial (HOJI, 2010, 
p. 402).
“No enfoque gerencial, as finalidades do custo estão essencialmente 
voltadas para a formação dos preços e para a política de produtos e dis-
tribuição. As condições externas e da conjuntura em geral estão ligadas à 
economia como um todo em termos de crescimento ou recessão, poder 
aquisitivo do consumidor, nível de competitividade da empresa no mer-
cado, posição da empresa dentro da estrutura competitiva e variação do 
nível de atividade; e são indicadores favoráveis para a gestão do enfoque 
gerencial” (BERTÓ e BEULKE, 2007, p. 17).
“No enfoque de controle de economicidade, o custo tem uma função 
essencialmente disciplinadora e controladora em termos de uso racional 
dos fatores de produção” (BERTÓ e BEULKE, 2007, p. 17).
CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS
Segundo Dutra (2003), os custos diretos e indiretos são classificados de acordo 
com a possibilidade de alocação de cada custo diretamente a cada tipo diferente 
de produto ou de função de custo, bem como de acordo com a impossibilidade 
de sua alocação no momento da ocorrência do custo.
Para Martins (2003), a aplicação dos custos aos produtos feitos ou aos serviços 
prestados – e não à produção em geral ou dos departamentos dentro da empresa 
– pode ser direta ou indireta. Apresentamos a seguir as definições de cada um 
desses custos.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 55
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Em caráter especial, o material de consumo com valor irrelevante, a 
depreciação que tem o seu valor estimado e arbitrado e a energia elétrica pela 
não existência de um sistema de mensuração do quanto é consumido por cada 
produto são exemplos de custos diretos, porém considerados como custos 
indiretos.
Assim, sob a ótica o autor, dentro dos custos indiretos estão os custos indiretos 
propriamente ditos e também os custos diretos que tratamos como indiretos em 
função de sua irrelevância ou da dificuldade de mensuração.
A mão de obra pode ser direta ou indireta. É direta quando se trata do pessoal 
que trabalha e atua diretamente sobre o produto que está sendo elaborado ou o 
serviço que está sendo prestado (pessoal do chão de fábrica) e é indireta quando 
não tem aplicação direta sobre a fabricação do produto ou sobre o serviço que 
está sendo prestado (pessoal da chefia, supervisão, manutenção, controle, 
contabilidade).
A classificação de direto e indireto é usada apenas para custo. Há também 
outra classificação dos custos que leva em consideração a relação entre o valor 
de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo.
Divide-se em Custos Fixos e Variáveis em relação ao volume de produção.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 56
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Percebam que o aumento da atividade ou do volume produzido acarreta 
maior custo. Se o volume de uma atividade fosse, por exemplo, de 50 unidades, 
o custo variável total seria de 100$; se a produção fosse de 70 unidades, o custo 
variável total seria de 140$; se a produção fosse de 25 unidades, ele seria de $50, e 
assim sucessivamente. Portanto, ele varia com a variação do volume de produção.
Logo, se o aluguel da área de produção é, por exemplo, de R$500, esse valor 
não varia com a unidade produzida nem tende a variar no curto prazo, como dois 
meses, três ou mais. Se a empresa produzir 100 unidades, terá que pagar o valor 
integral do aluguel; se produzir 1 unidade também.
Além disso, o custo fixo não se inicia no zero, porque, independentemente de 
qualquer volume produzido, ele vai existir (como falamos, produzindo ou não terá 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 57
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que pagar o aluguel; vendendo ou não o doce de abóbora, teremos que pagar o 
aluguel no final do mês). Diferentemente do variável, que pode começar do zero 
– por exemplo, se não se produzir doce, não haverá consumo de matéria-prima, 
ou seja, o consumo de açúcar será zero.
Entretanto, num médio ou longo prazo, o dono do imóvel poderá resolver 
aumentar o valor do aluguel; ou então, vamos supor que, para supervisionar uma 
produção de 200 itens, a empresa precise de um supervisor (que será sua mão 
de obra direta); mas se a produção se elevar para 500 unidades, ela vai precisar 
de dois supervisores, então seu custo fixo com mão de obra se eleva, mas ele se 
mantém para mais um intervalo de produção. Nesse caso, o comportamento do 
CF seria:
Mas e as despesas? A classificação em Direto e Indireto é usada apenas para 
custos, e não para despesas.Agora, a classificação em Fixa ou Variável pode ser 
aplicada para os custos e para as despesas. Por exemplo: Despesa Fixa: salário do 
gestor; aluguéis; seguros etc. Despesa Variável: comissão dos vendedores com 
base nas vendas; impostos sobre faturamento, fretes etc.
Todos os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis e diretos e 
indiretos ao mesmo tempo. Os custos variáveis são sempre diretos por natureza, 
embora possam às vezes ser tratados como indiretos por razões de irrelevância e 
economia.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
A contabilidade de custos gera informações para auxiliar a empresa em 
tomadas de decisão. Uma das informações é encontrar quanto custou para a 
empresa a produção do produto ou da prestação de um serviço. Com essa 
informação, a empresa pode calcular seu resultado ou mesmo o preço mínimo 
que devemos cobrar pelo seu produto. Para encontrar o custo de uma produção, 
devemos identificar quanto custou o produto. No nosso caso do doce de abóbora, 
nós identificamos quanto eles custaram quando conseguimos mensurar o que 
ele consumiu de recursos. Uma ferramenta para isso é o uso dos métodos de 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 58
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custeios, como Custeio Direto, Custeio-padrão, Custeio por Absorção, ABC, 
RKW etc., que permitem a apuração de custos aos bens ou serviços.
Os métodos de custeio, entre eles o de absorção, consistem em metodologias 
para alocar custos aos produtos. Cada um possui uma metodologia diferente, 
caracterizando-os.
De acordo com Martins (2009), o Custeio por Absorção é o método derivado 
da aplicação dos Princípios da Contabilidade geralmente aceitos. Consiste na 
apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de 
produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para 
todos os produtos ou serviços realizados.
A regra no custeio por absorção é:
Apresenta-se a seguir o custeio de absorção para empresas de manufatura e 
empresas prestadoras de serviços.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 59
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O registro dos encargos financeiros é tratado na Contabilidade como despesa, 
e não como custo. Os encargos financeiros não são custos de produção, mesmo 
que facilmente identificados com financiamentos para aquisição de matérias-
primas ou outros fatores de produção. Assim, são gastos de falta de capital próprio, 
e não gastos de produção (custos).
Segundo Martins (2009), a separação dos custos e despesas é fácil, pois os 
gastos relativos ao processo produtivo são custos, e os relativos à administração, 
às vendas e aos financiamentos são despesas. Mas, na prática, surgem problemas 
pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Assim, será 
necessário ratear parte do gasto para a despesa e parte para o custo, rateio esse 
arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão.
APLICAÇÃO DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Para facilitar a aplicação do custeio por absorção, podemos seguir alguns 
passos, conforme sugerido por Martins (2009):
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 60
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A Cia. Paladar abriu uma filial no início deste ano, com foco na venda de doce 
de abóbora e doce de leite. No final do ano, apresentou as seguintes informações:
A porcentagem de matéria-prima e mão de obra consumida por produto e o 
preço de venda de cada lote de doces é:
Com base nas informações anteriores, vamos aplicar o sistema de Custeio por 
Absorção, encontrar o Custo dos Produtos Vendidos e montar a Demonstração 
de Resultados da Padaria Paladar 2. Para isso, os custos indiretos de fabricação 
devem ser rateados aos produtos, seguindo-se a proporção de mão de obra 
consumida pelos produtos.
1º passo: separar custos/despesas:
2º passo: lançar despesas diretamente para o resultado:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 61
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3º passo: separar custos diretos/indiretos:
4º passo: alocar os custos diretos aos produtos:
5º passo: atribuir os custos indiretos aos produtos via rateio:
Lembrando que os custos indiretos foram atribuídos aos produtos utilizando-
se a porcentagem de consumo de mão de obra
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 62
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Assim, chegamos à demonstração de resultados da Padaria Paladar com 
base no custeio por absorção.
CUSTEIO VARIÁVEL
A grande diferença com os sistemas tradicionais é a atenção voltada para a 
alocação dos custos indiretos. Na metodologia do Custeio por Absorção, os custos 
indiretos são alocados por meio de critérios de rateio subjetivos, e o ABC propõe 
o uso do Rastreamento por meio dos direcionadores. O ABC surge com a ideia 
de reduzir a arbitrariedade dos critérios de rateio do Custeio por Absorção, visto 
como uma ferramenta importante para a gestão da empresa, mas que ainda é um 
critério criticado pelo fato de rastrear os custos fixos, e mesmo os direcionadores 
podem ainda conter grau de subjetividade.
Contudo, para fins gerenciais, eles podem não ter grande utilidade, 
principalmente por motivos como envolver a questão da alocação dos custos 
fixos, os quais existem independentemente da fabricação das unidades, e pelo 
fato de a alocação de tais custos ser arbitrária, com base em critérios de rateio, o 
que pode confundir mais a empresa e levá-la a tomar decisões de modo errôneo. 
Em função desses aspectos, surgiu o Custeio Variável, o qual filtra alguns aspectos 
criticados do sistema por Absorção e do ABC, conforme ilustração a seguir:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 63
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O custeio variável é o método de custeio em que somente os custos variáveis 
de produção são considerados nos custos inventariáveis (estoques). Assim, todos 
os custos de produção fixos são excluídos dos custos inventariáveis: eles são 
custos do período em que ocorreram.
Ou seja, no Custeio Variável, somente os custos variáveis de produção 
(aqueles que variam com a produção) são considerados custos do produto. Isto 
normalmente abrange materiais diretos, mão de obra direta e a parte variável dos 
custos indiretos de fabricação. Nesse método, o custo indireto de fabricação fixo 
não é considerado custo do produto, mas sim custo do período, e é confrontado 
integralmente com as receitas do período (como é feito com as despesas no 
custeio por absorção).
Algumas empresas e autores denominam este custeio como Custeio Direto, 
no entanto é uma terminologia que expressa de forma equivocada o uso desse 
custeio, pois ele não considera todos os custos diretos, mas apenas os custos 
diretos variáveis. A literatura contábil esclarece que quaisquer custos de fabricação 
fixos diretos e quaisquer custos diretos que não sejam de fabricação (como os 
de marketing) não são considerados para a avaliação dos estoques, e o custeio 
variável considera custos diretos e indiretos como custos dos produtos.
O custeio variável utiliza a margem de contribuição para evidenciar resultado, 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 64
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que demonstra o valor em que cada unidade do produto excede a receita e o 
custo que de fato provocou.
Em outras palavras, no custeio variável só são agregados aos produtos 
seus custos variáveis, e os custos fixos são tratados como despesas. É importante 
ressaltar que este método não é aceito para fins externos (Fisco), porém fornece 
informações importantes, como:
Margem de Contribuição: que, segundo Santos (1995, p. 7), “é a diferença entre 
as receitas e os custos variáveis, representa a quantia gerada pelas vendas capaz 
de cobrir os custos fixos e ter como resultado o lucro. A margem de contribuição pode ser expressa 
em sua forma unitária, no total ou em índice”.
Ponto de Equilíbrio: indica a capacidade mínima que a empresa deve operar 
para não ter prejuízo, por Martins (2003).
Margem de Segurança:conforme Martins (2003), demonstra quanto a 
empresa pode reduzir suas receitas sem ter prejuízo.
COMPORTAMENTO DOS CUSTOS FIXOS, VARIÁVEIS E RECEITA DE 
VENDAS
A análise de Custo-Volume-Lucro parte do conceito da Margem de 
Contribuição já explanado na unidade anterior. Apenas para relembrar, o 
conceito de Margem de Contribuição procura evidenciar a potencialidade ou a 
rentabilidade de um produto ou serviço de forma a absorver todos os gastos fixos 
da empresa (custos e despesas).
Tais custos e despesas fixos podem gerar uma série de distorções no valor do 
estoque ou do custo do produto vendido, pois eles não variam de acordo com a 
produção, mas são por ela afetados. Em função disso, o conceito de Margem de 
Contribuição aloca apenas os custos variáveis aos produtos.
Vamos relembrar um pouco o comportamento dos Custos Fixos por 
meio de um exemplo. A empresa Soneca produz travesseiros e, por meio dos 
levantamentos da Contabilidade de Custos, sabe que possui um total de Custos 
Fixos de R$ 20.000 mensais; os Custos Variáveis são de R$ 8,00 a unidade e o 
Preço de Venda do travesseiro é R$ 20,00 por unidade, conforme tabela a seguir:
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Se a Soneca produzir, por exemplo 1.000 unidades, seus custos fixos serão de 
R$ 20.000,00 mensais; se a Soneca produzir 500 unidades, também; a mesma 
coisa se ela não produzir em determinado período.
Dessa maneira, podemos dizer que os Custos Fixos seguem este 
comportamento, graficamente:
Por meio do gráfico anterior, percebe-se que, independentemente da 
fabricação de 0 a 1.000 unidades, por exemplo, os gastos fixos totais da Soneca 
não se modificarão.
Em contrapartida, os Custos Fixos possuem comportamento diferente. 
Eles variam conforme a produção, ou seja, quanto mais se produzir, mais será 
consumido. No caso da Soneca, vamos imaginar a produção de zero, 100, 500 e 
1.200 unidades. O comportamento dos Custos Variáveis seria:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 66
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Graficamente, o comportamento dos Custos Variáveis é:
Diferentemente dos custos fixos, os variáveis aumentam proporcionalmente 
em relação à quantidade de itens produzidos e vendidos.
Dessa forma, o Custo Total da Soneca é formado pela soma dos Custos 
Fixos e dos Custos Variáveis. Seguindo-se as quantidades vendidas e produzidas 
estabelecidas anteriormente, teríamos:
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 67
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Graficamente, o comportamento dos Custos Totais da Soneca é:
CUSTO-PADRÃO
De acordo com Garrison e Noreen (2001, p. 306), padrão é uma referência 
(benchmark), ou norma, para a avaliação do desempenho. Padrões são 
amplamente empregados na contabilidade gerencial, em que são relacionados 
à quantidade e ao custo dos insumos empregados na produção dos bens ou na 
prestação de serviços.
As quantidades-padrão indicam quanto de um insumo deve ser empregado 
na fabricação de uma unidade do produto ou na prestação de uma unidade de 
serviço. Os custos (preços)-padrão indicam qual deve ser o custo, ou preço de 
compra, do insumo.
As quantidades e os custos reais dos insumos são comparados com esses 
padrões. Se ocorrerem divergências significativas, os gerentes investigam, com 
o objetivo de descobrir a causa do problema e eliminá-la, de modo que não se 
reproduza.
Em outras palavras, os custos-padrão representam valores ideais de material 
direto, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, criteriosamente 
predeterminados, em conformidade com as especificações do produto e as 
condições operacionais da empresa.
Ou seja, padrões e orçamentos são muito semelhantes. A principal distinção 
entre ambos é que um padrão é um valor unitário e um orçamento é um valor 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 68
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total. Então, o padrão pode ser visto como o orçamento do custo de uma unidade 
de produto.
As organizações de fabricação, de serviços, de alimentos e sem fins lucrativos, 
todas, de alguma maneira, utilizam padrões, ou seja, custos-padrão serão 
encontrados em qualquer atividade comercial.
Essas organizações podem utilizar a chamada folha de custo-padrão, em que 
estão estabelecidos detalhadamente, para cada produto, os padrões de materiais, 
mão de obra e custo indireto, que munem o gerente de uma grande quantidade 
de informações pertinentes aos insumos necessários à produção de uma unidade 
e seus respectivos custos.
São três as principais categorias de custos-padrão:
• Custo-padrão estimado: é obtido quando, por ocasião de sua determinação, a ex-
pectativa gerencial é conservadora, isto é, quando a gerência da empresa fixa o 
padrão comparativo tomando por base apenas a experiência histórica, sem incluir 
nenhum objetivo de melhoria do desempenho futuro e sem excluir desses padrões 
o efeito de ineficiências ou desperdícios facilmente evitáveis. Ou seja, é o custo em 
que se trabalha com programas projetados para o futuro, geralmente observados os 
dados do passado, sem levar muito em consideração as ineficiências como desper-
dício dos materiais, produtividade, preços e insumos.
• Custo-padrão ideal: é aquele que só pode ser alcançado dentro das melhores cir-
cunstâncias e somente pode ser atingido se tudo funcionar perfeitamente, não 
sendo permitidas quebras de máquinas, negligência ou falta de habilidades (mes-
mo que momentaneamente). Seria o valor conseguido com o uso das melhores 
matérias-primas possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da ca-
pacidade da empresa, sem nenhuma parada por qualquer motivo, a não ser as já 
programadas em função de uma perfeita manutenção preventiva etc. Esta ideia, em 
franco desuso, nasceu da tentativa de se fabricar um custo “em laboratório”. Isto é, 
os cálculos relativos a tempo de fabricação (de homem ou máquina), por exemplo, 
seriam feitos com base em estudos minuciosos de Tempos e Movimentos, com ex-
periências usando o operário mais bem habilitado, sem se considerar sua produtivi-
dade oscilante durante o dia, mas aquela medida num intervalo de tempo observado 
no teste. No final, custo-padrão ideal seria um objetivo da empresa em longo prazo, 
e não a meta fixada para o próximo ano ou para um determinado mês.
• Custo-padrão básico ou corrente: também chamados de padrões práticos e padrões 
correntemente atingíveis, são aqueles que podem ser alcançados sob condições 
operacionais eficientes. São exigentes, mas passíveis de ser alcançados. Permitem 
algumas quebras normais, interrupções, habilidades não tão perfeitas etc. As varia-
ções em relação a estes tipos de padrões são muito importantes para a administra-
ção, visto que representam desvios das condições normais de operação e sinali-
zam necessidade de atenção. Podem ser utilizados na previsão do fluxo de caixa 
e no planejamento do estoque.
Devem ser mencionados, ainda, o conceito de variações, que são as diferenças 
entre os preços padrões e os preços reais e entre as quantidades padrões e as 
quantidades reais, e o conceito de análise das variações, que é o ato de determinar 
e interpretar as variações.
É uma aplicação intermediária, na busca de um custeio que mais se aproxime 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 69
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da realidade, levando em consideração a deficiência existente na produção no que 
se refere principalmente aos desperdícios em função de qualidade dos materiais, 
mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia etc.
Ao contrário do primeiro, leva em consideração o desempenho de cada 
trabalhador naquela determinada linha de produção e a capacidade dos seus 
fornecedores, tendo como fato as deficiências insanáveis em cada setor. É um 
valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível.
De modo resumido, temos:
Outras expressões e terminologias são constantemente utilizadas em custos.
Duasdelas são custos primários e custos de transformação.
“Os custos primários representam a soma de matéria-prima com mão de 
obra direta. Não são a mesma coisa que custos diretos, já que nos primá-
rios só estão incluídos aqueles dois itens. Por exemplo, a embalagem é 
um custo direto, mas não primário” (MARTINS, 2010, p. 51).
“Os custos de transformação representam a soma de todos os custos de 
produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais ad-
quiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (com-
ponentes adquiridos prontos, embalagens compradas, entre outros). 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 70
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Representam o valor do esforço da própria empresa no processo de ela-
boração de um determinado item (mão de obra direta e indireta, energia, 
materiais de consumo industrial, entre outros)” (MARTINS, 2010, p. 51).
CUSTOS HOSPITALARES
O cenário atual da saúde em nosso país preocupa, sobremaneira, o momento 
presente. Viana Filho (2001) destacou algumas consequências dos fatores que 
compõem o caos na saúde: (i) aumento da demanda, (ii) agravamento da demanda 
em questões de desemprego, miséria, pobreza e fome gerando mais doenças 
e agravando as existentes; (iii) encarecimento da assistência: incorporação 
desordenada de equipamentos, medicamentos e especialização precoce e 
errônea dos profissionais de saúde; e (iv) queda real do financiamento em 
proporção às necessidades sentidas e acumuladas. O sistema de saúde brasileiro 
atualmente se encontra em difíceis condições financeiras. Com o aumento da 
demanda da população por atendimentos em saúde, surge a concorrência das 
empresas que prestam esse serviço.
O Ministério da Saúde, em sua Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, no 
terceiro artigo, descreve que é direito do cidadão ter atendimento adequado, 
com qualidade, sempre que necessário, tendo garantido, entre outros fatores, 
informações sobre o seu estado de saúde, incluindo nestas, as informações sobre 
o custo das intervenções das quais se beneficiou. (BRASIL, 2011). A avaliação da 
saúde assume um papel de destaque, exigindo que os gestores enfrentem novos 
desafios na busca contínua da eficiência e eficácia das atividades, garantindo 
competitividade e qualidade dos serviços prestados à população. As questões 
de melhoria do desempenho econômico da organização, também são parte 
das exigências dos gestores, onde uma adequada gestão de custos auxilia 
o processo de tomada de decisões. Segundo Martins (2010) a Contabilidade 
de Custos é uma ferramenta eficiente de auxílio no desempenho da missão 
gerencial.
Percebe-se que a Contabilidade de Custos não visa somente atender à 
exigência legal da mensuração de estoques, assim como não está rela-
cionada somente às empresas industriais, mas é empregada em outros 
ramos de atividades, como nas instituições prestadoras de serviços, que 
utilizam da Contabilidade de Custos como forma de controle de proces-
sos internos e externos e como ferramenta de auxílio às tomadas de deci-
sões. (KUDLAWICZ; CORBARI, 2016).
Os hospitais são empresas prestadoras de serviços de saúde e objetivam 
manter atendimento de qualidade aos seus usuários. Sendo assim, é necessário um 
sistema adequado de custos para auxiliar nas decisões estratégicas, possibilitando 
um serviço de maior confiabilidade.
O foco deste trabalho é o estudo de uma organização hospitalar em função 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 71
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da complexidade de suas atividades devido ao grande número de procedimentos 
que realiza em seus pacientes. Borges (2005) conclui que a área hospitalar precisa 
modernizar-se para otimizar o retorno de seus investimentos, essa modernização 
perpassa, necessariamente, pelo controle e redução dos custos, elaboração 
correta dos preços dos serviços prestados e arquitetar solidamente a sua estrutura 
operacional.
As organizações hospitalares são complexas, pois envolvem um rol de 
diversos serviços tais como hospedaria, higiene local e de vestuário, alimentação, 
atendimento aos pacientes, entre outros. As instituições hospitalares devem 
conhecer a realidade de suas operações empresariais para que possam contribuir 
com informações úteis para a tomada de decisão. Kudlawicz e Corbari (2016) 
expõem que os hospitais possuem características que divergem de outras 
instituições, pois seu foco principal é a saúde do paciente e, para isso, possuem 
uma infinidade de procedimentos a serem realizados tornando-se complexas as 
alocações dos custos.
Os Hospitais como empresa prestadora de serviços médicos, realizam 
diariamente diversos procedimentos de natureza hospitalar para atender um 
paciente, a instituição precisa estar preparada para realizar os procedimentos 
distintos e necessários para ajudar à melhora desde consultas, exames e até 
mesmo medicação e atividades curativas. (MATOS, 2002)
Na pesquisa de Cabral (2007) reafirma a importância das ações realizadas para 
atender e melhorar a saúde do paciente, destacando que a função primordial 
de um hospital é prestar assistência à saúde da população de uma determinada 
região, ou seja, possui grande influência social afinal, todas as pessoas são passíveis 
de sofrer algum tipo de moléstia em sua saúde.
Neste contexto, as entidades hospitalares precisam prestar serviços eficazes 
aos necessitados de serviços de saúde. Os sistemas de controle e gestão de custos 
resultam em maior eficiência, pois com o controle dos gastos pode-se aumentar 
o número de atendimentos, sua qualidade e sua quantidade. (KUDLAWICZ; 
CORBARI, 2016).
Para Martins, D. (2000, p. 18):
Custos hospitalares é parte integrante do processo administrativo e pro-
porciona à administração hospitalar o registro dos custos da produção 
médica; custos por paciente; custos da diária por paciente; custos es-
peciais que auxiliam nas decisões de vendas, nos métodos de produção 
médica, nos procedimentos de compras, nos planos financeiros de in-
vestimentos e financiamentos e também na concretização das funções 
administrativas.
Desta forma observa-se que implementar um sistema de custos hospitalar é 
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 72
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fundamental para otimizar as operações e como elemento estratégico na gestão. 
Sua boa gestão por meio de técnicas modernas de produção e administração 
de recursos humanos e financeiros maximiza seus lucros. O controle de custo em 
um hospital visa determinar e analisar o custo total dos serviços prestados a cada 
paciente.
Especificamente no setor público de saúde a busca pela apuração dos custos 
dos serviços prestados também está posta. O Sistema Único de Saúde (SUS), em 
sua Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, no seu segundo princípio, descreve 
que é direito do cidadão ter atendimento resolutivo com qualidade, sempre que 
necessário, tendo garantido, entre outros fatores, informações sobre o seu estado 
de saúde, incluindo nestas as informações sobre o custo das intervenções das 
quais se beneficiou (BRASIL, 2011).
Também a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, chamada de Lei Orgânica 
da Saúde, ao definir a competência e atribuição em todas as esferas de governo, 
apresenta na Seção I, art. 15, inciso V a necessidade de “elaboração de normas 
técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que 
caracterizam a assistência à saúde”.
Além disso, durante a “Oficina Nacional: Implantação do Decreto n° 7.508 
e aprimoramento do Pacto pela Saúde”, realizada pelo Ministério da Saúde, o 
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional 
de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ficou definido como um 
dos aspectos inerentes ao aprimoramento da gestão interfederativa: “Definir 
metodologias, instrumentos e sistemas de informação para apuração de custos 
que permita estimativa de recursos financeiros para custeio global” (Brasil, 2011). 
Isto tem sidobuscado atualmente.
Gestão Financeira e de Custos Empresariais 73
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Gestão Financeira e de Custos Empresariais 75
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Desenho Instrucional: Veronica Ribeiro
Supervisão Pedagógica: Laryssa Campos
Revisão pedagógica: Camila Martins / Cássio Lima
Design editorial/gráfico: Darlan Conrado
2021
	Sumário
	Introdução
	Apresentação
	1. Conceitos e funções da administração financeira
	2. Análise das demonstrações financeiras
	3. Risco x Retorno
	4. Análise de Relação Custo X Volume X Lucro
	5. Gestão de Custos
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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