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medula espinhal docx (1)

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Malthu� �iag�
Diferenciar Dermátomos e Miótomos
Dois feixes de axônios, chamados de raízes, conectam cada nervo
espinal a um segmento da medula por meio de feixes ainda menores de
axônios conhecidos como radículas. A raiz posterior (dorsal) e suas
radículas contêm apenas axônios sensitivos, os quais conduzem
impulsos nervosos de receptores sensitivos da pele, dos músculos e
dos órgãos internos para o sistema nervoso central. Cada raiz posterior
apresenta uma protuberância, o gânglio sensitivo do nervo espinal (da
raiz posterior), que contém os corpos celulares de neurônios
sensitivos. A raiz anterior e suas radículas contêm axônios de neurônios
motores, que conduzem impulsos nervosos do SNC até os órgãos efetores
(músculos e glândulas).
Na substância cinzenta da medula espinal e do encéfalo, agrupamentos
de corpos celulares neuronais constituem grupos funcionais
conhecidos como núcleos. Os núcleos sensitivos recebem aferências
(influxo) de receptores por meio de neurônios sensitivos, e os núcleos
motores originam eferências para tecidos efetores por meio de neurônios
motores. A substância cinzenta de cada lado da medula espinal é
subdividida em regiões chamadas de cornos. Os cornos posteriores
contêm corpos celulares e axônios de interneurônios, bem como axônios de
neurônios sensitivos. Lembre-se de que os corpos celulares dos
neurônios sensitivos estão localizados no gânglio sensitivo do
nervo espinal. Nos cornos anteriores encontram-se núcleos motores
somáticos, os quais são agrupamentos de corpos celulares de neurônios
motores somáticos que geram os impulsos nervosos necessários para
a contração dos músculos esqueléticos. Entre os cornos posteriores e os
anteriores estão os cornos laterais, os quais são encontrados apenas
nos segmentos torácico e lombar alto da medula espinal. Os cornos
laterais contêm neurônios motores autônomos, agrupamentos de
corpos celulares de neurônios motores autônomos que regulam a
atividade dos músculos cardíacos, dos músculos lisos e das
glândulas.
Essa organização interna da medula espinal permite que as aferências
(influxo) sensitivas e as eferências (efluxo) motoras sejam processadas
do seguinte modo:
● Os Receptores sensitivos detectam um estímulo sensitivo.
● Neurônios sensitivos transmitem esta aferência (influxo)
sensitiva, na forma de impulsos nervosos, por seus axônios, que se
estendem dos receptores sensitivos até o nervo espinal e então até a
raiz posterior.
● A partir da raiz posterior, os axônios dos neurônios sensitivos
podem seguir três caminhos diferentes: Os axônios dos neurônios
sensitivos podem se projetar para a substância branca da medula
espinal e ascender até o encéfalo como parte de um trato sensitivo; Os
axônios dos neurônios sensitivos penetram no corno posterior e
realizam sinapse com interneurônios, cujos axônios se estendem até a
substância branca, e então ascendem até o encéfalo como parte de um
trato sensitivo ou Os axônios dos neurônios sensitivos podem entrar
no corno posterior e realizar sinapse com interneurônios que, por sua
vez, se comunicam com os neurônios motores sinápticos envolvidos
com as vias espinais reflexas.
● As eferências motoras da medula espinal para os músculos
esqueléticos envolvem neurônios motores somáticos do corno
anterior. Muitos destes neurônios são regulados pelo encéfalo. Os
axônios de centros encefálicos superiores formam tratos motores que
descem do encéfalo em direção à substância branca da medula
espinal. Neste local, eles realizam sinapses com neurônios motores
somáticos, direta ou indiretamente (neste caso, realizando sinapse
com interneurônios que, na sequência, se comunicam com neurônios
motores somáticos). Quando ativados, os neurônios motores
somáticos transmitem as eferências motoras, na forma de impulsos
nervosos, por seus axônios, os quais sequencialmente passam pelo
corno anterior e pela raiz anterior para depois entrar no nervo espinal.
Do nervo espinal, estes axônios se projetam até os vários músculos
esqueléticos do corpo.
O que são nervos: Os nervos espinais estão associados à medula espinal.
são feixes paralelos de axônios – e sua neuróglia associada –
envolvidos por várias camadas de tecido conjuntivo. Os nervos
espinais conectam o SNC a receptores sensitivos, músculos e
glândulas em todas as partes do corpo. Os 31 pares de nervos
espinais são nomeados e numerados de acordo com a região e o nível
da coluna vertebral de onde surgem . Nem todos os segmentos da
medula espinal estão alinhados com suas vértebras correspondentes. A
medula espinal termina próximo ao nível da margem superior da segunda
vértebra lombar (L II), e que as raízes dos nervos lombares, sacrais e
coccígeos se angulam inferiormente para alcançar seus respectivos
forames antes de saírem da coluna vertebral. Esta disposição forma a
cauda equina.
Para lembrar: Como ressaltado anteriormente, um nervo espinal típico tem
duas conexões com a medula: uma raiz posterior e uma raiz anterior. Estas
raízes se unem para formar um nervo espinal no forame intervertebral.
Como a raiz posterior contêm axônios sensitivos e a raiz anterior apresenta
axônios motores, o nervo espinal é classificado como um nervo misto. A
raiz posterior contém um gânglio, no qual estão localizados os corpos
celulares dos neurônios sensitivos.
Dermátomos: Área de pele inervada por axônios sensoriais de cada
raiz nervosa, que corresponde a um segmento medular. A avaliação
sensitiva é feita para a dor e o toque suave.
Miótomos: Conjunto de fibras musculares inervadas por axônios
motores de cada raiz nervosa, que corresponde a um segmento
medular. Os músculos principais são escolhidos porque eles são inervados
por dois miótomos. Por convenção, se a força de um músculo-chave
testado é pelo menos grau três, o músculo que está localizado acima é
considerado normal
O segmento medular alterado no trauma e suas alterações neurológicas
consequentes, obtidas no exame neurológico padronizado, definem Níveis
da lesão medular
● Nível sensitivo: Segmento mais caudal da medula espinhal com
função sensitiva normal em ambos os lados do corpo.
● Nível motor: Segmento medular mais inferior, cujo principal
músculo apresenta pelo menos grau três de força, enquanto os
principais músculos representados pelos segmentos superiores apresentem
força normal.
● Nível esquelético ou vertebral: Nível correspondente à maior lesão
vertebral no exame radiológico.
● Zona de preservação parcial: Dermátomos e miótomos caudais a
nível neurológico que permanecem inervados de forma parcial; ou
seja, apresentam alguma preservação da função sensitiva ou motora.
Distribuição dos nervos espinais
A raiz anterior e posterior se une para formar o nervo espinal (nervo misto).
Após passar pelo seu forame intervertebral, um nervo espinal se divide
em vários ramos . O ramo posterior (dorsal) supre os músculos
profundos e a pele da face posterior do tronco. O ramo anterior
(ventral) supre os músculos e as estruturas dos quatro membros, bem
como a pele das faces lateral e anterior do tronco. Além dos ramos
anterior e posterior, os nervos espinais dão origem a ramos meníngeos.
Estes ramos entram novamente no canal vertebral pelo forame
intervertebral e suprem as vértebras, os ligamentos vertebrais, os vasos
sanguíneos da medula espinal e as meninges. Outros ramos de um nervo
espinal são os ramos comunicantes.
Formação do plexo braquial: Os axônios dos ramos anteriores dos
nervos espinais, com exceção dos nervos torácicos T2 a T12, não
chegam diretamente às estruturas corporais supridas por eles. Em vez
disso, eles formam redes em ambos os lados do corpo, por meio da
ligação de vários axônios de ramos anteriores de nervos adjacentes.
Esta rede axônica é chamada de plexo. Os principais plexos são o
plexo cervical, o plexo braquial, o plexo lombar e o plexo sacral.
Também existe um pequeno plexo coccígeo. Os nervos que saem dos
plexos são nomeados de acordo com as regiões que suprem ou com o
trajeto que seguem. Cada nervo pode, por sua vez, apresentar vários
ramos que recebem seus nomes conformeas estruturas inervadas.
Campos Segmentares de Sensação — Dermátomos
O SNP é contínuo, do ponto de vista anatômico e operacional, com o SNC.
Suas fibras aferentes (sensitivas) conduzem impulsos nervosos dos
órgãos dos sentidos (p. ex., os olhos) e dos receptores sensitivos em várias
partes do corpo (p. ex., na pele) para o SNC. Suas fibras eferentes
(motoras) conduzem impulsos nervosos do SNC para os órgãos efetores
(músculos e glândulas).
Nervos cranianos: saem do encéfalo. 12 nervos partem da cabeça
Os nervos espinais (segmentares) saem da coluna vertebral através de
forames intervertebrais. Os nervos espinais originam-se em pares bilaterais
de um segmento específico da medula espinal. Todos os 31 segmentos da
medula espinal e os 31 pares de nervos que se originam deles são
identificados por uma letra e um número (p. ex., “T4”) que designam a
região da medula e sua ordem de superior para inferior (C, cervical; T,
torácica; L, lombar; S, sacral; Co, coccígea).
Os dois tipos de fibras sensitivas – sensitivas viscerais e sensitivas gerais
– são processos de neurônios pseudounipolares cujos corpos
celulares estão localizados fora do SNC em gânglios sensitivos
espinais ou cranianos.
As fibras motoras dos nervos são axônios de neurônios multipolares.
Os corpos celulares dos neurônios motores somáticos e motores viscerais
pré-sinápticos estão localizados na substância cinzenta da medula
espinal. Os corpos celulares dos neurônios motores pós sinápticos estão
localizados fora do SNC em gânglios autônomos.
Divisão somática do sistema nervoso:
A divisão somática do sistema nervoso, formada pelas partes somáticas do
SNC e do SNP, proporciona inervação sensitiva e motora a todas as
partes do corpo, exceto vísceras nas cavidades, músculo liso e
glândulas.
Nervos espinais:
Inicialmente, os nervos espinais originam-se na medula espinal como
radículas; as radículas convergem para formar duas raízes nervosas.
Uma raiz anterior (ventral), formada por fibras motoras (eferentes)
que saem dos corpos das células nervosas no corno anterior da
substância cinzenta da medula espinal para órgãos efetores situados
na periferia
Uma raiz posterior (dorsal), formada por fibras sensitivas
(aferentes) dos corpos celulares do gânglio sensitivo do nervo espinal
ou gânglio da raiz posterior (dorsal) (geralmente abreviado como
“GRD”) que se estendem em direção à periferia até terminações
sensitivas e centralmente até o corno posterior de substância cinzenta
da medula espinal.
Os termos nervo motor e nervo sensitivo são quase sempre
relativos, referindo-se à maioria dos tipos de fibras conduzidas por
aquele nervo:
Os nervos que suprem músculos do tronco ou dos membros (nervos
motores) também contêm cerca de 40% de fibras sensitivas que conduzem
informações álgicas e proprioceptivas.
Os nervos cutâneos (sensitivos) contêm fibras motoras que suprem as
glândulas sudoríparas e o músculo liso dos vasos sanguíneos e folículos
pilosos.
A área de pele unilateral suprida por um único nervo espinal (membro
direito ou esquerdo de um par de nervos espinais) é chamada de
dermátomo.
A massa unilateral de um músculo, suprida por um único nervo espinal é
chamada de miótomo.
Cada nervo espinal inerva um “campo segmentar” da pele, chamado
dermátomo. Nos livros eles são mostrados como se houvesse fronteiras
distintas entre os dermátomos adjacentes, o que é errado, porque existem
muitas superposições de segmento para segmento. A lesão de apenas
uma raiz posterior ou nervo espinal raramente resultaria em dormência na
área demarcada da pele para esse nervo nesses mapas porque as fibras
conduzidas por nervos espinais adjacentes se superpõem quase
completamente enquanto são distribuídas para a pele, proporcionando um
tipo de cobertura dupla. Assim, as linhas que indicam os dermátomos nos
mapas seriam mais bem representadas por gradações de cor. Em geral, é
preciso que haja interrupção de pelo menos dois nervos espinais ou raízes
para produzir uma área definida de dormência.
Pode-se usar o mapa de dermátomos, para determinar o nível na medula
espinal em que ocorreu lesão medular quando as sensações periféricas
estão alteradas pela lesão.
O nervo espinal C1 não tem componente aferente significativo e não
supre a pele; portanto, não há representação de dermátomo C1.
Diferenças entre sistema nervoso autônomo e somático
O Sistema Nervoso é uma complexa rede que, por meio de impulsos
nervosos, coordena o funcionamento do corpo e como ele reage aos
estímulos externos. Anatomicamente, o SN pode ser dividido em Sistema
Nervoso Central representado pelo encéfalo e medula espinhal, e
Sistema Nervoso Periférico, representado pelos gânglios e nervos. O
SIST. Nervoso Periférico conecta o SNC com o restante do corpo e,
funcionalmente, pode ser dividido em Sistema Nervoso Autônomo, que
é subdividido em simpático e parassimpático; Sistema Nervoso
Entérico e Sistema Nervoso Somático.
Anatomia do plexo braquial
É uma rede nervosa que começa no pescoço e se estende até a axila
(se estende inferior e lateralmente em ambos os lados das últimas
quatro vértebras cervicais e da primeira vértebra torácica. Ele passa
acima da primeira costela, posteriormente à clavícula, e então entra na
axila). A maioria dos nervos no membro superior origina-se no plexo
braquial. Quase todos os ramos do plexo originam-se na axila (após o
plexo cruzar a costela I).
O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores (os
posteriores não fazem parte) dos quatro últimos nervos cervicais (C5–
C8) e o primeiro nervo torácico (T1), que constituem as raízes do plexo
braquial. As raízes são os ramos anteriores dos nervos espinais. As
raízes de vários nervos espinais se unem para formar troncos na parte
inferior do pescoço: os troncos superior, médio e inferior.
Posteriormente às clavículas, os troncos se ramificam em divisões – a
divisão anterior e a divisão posterior. Nas axilas, as divisões se unem
para formar fascículos, conhecidos como fascículos lateral, medial e
posterior. Os fascículos recebem sua denominação com base na sua
relação com a artéria axilar, uma grande artéria que leva sangue para o
membro superior. Os ramos destes fascículos formam os principais
nervos do plexo braquial.
Outra relação importante com o plexo braquial é o gânglio simpático, que
se encontra logo abaixo da raiz T1, chamado de gânglio
cervicotorácico ou estrelado, e mantém comunicações com T1. Lesões
nessa região acarretam a diminuição da função do sistema nervoso
simpático, gerando predomínio do parassimpático, resultando em
ptose palpebral, enoftalmia e miose, conjunto de sinais que leva o
nome de Claude Bemard-Horner.
Plexo braquial: a inervação dos ombros e dos membros superiores.
As fibras simpáticas conduzidas por cada raiz do plexo são recebidas dos
ramos cinzentos dos gânglios cervicais médios e inferiores quando as
raízes seguem entre os músculos escalenos.
Na parte inferior do pescoço, as raízes do plexo braquial unem-se para
formar três troncos:
● Um tronco superior, da união das raízes de C5 e C6
● Um tronco médio, que é uma continuação da raiz de C7
● Um tronco inferior, da união das raízes de C8 e T1.
Cada tronco do plexo braquial ramifica-se em divisões anterior e
posterior quando o plexo atravessa o canal cervicoaxilar posteriormente
à clavícula. As divisões anteriores dos troncos suprem os compartimentos
anteriores (flexores) do membro superior, e as divisões posteriores dos
troncos suprem os compartimentos posteriores (extensores).
As divisões dos troncos formam os três fascículos do plexo braquial:
● As divisões anteriores dos troncos superior e médio unem-se
para formar o fascículo lateral.
● A divisão anterior do tronco inferior continua como o fascículo
medial
● As divisões posteriores dos três troncos unem-se para formar o
fascículo posterior.
Os produtos da formação do plexo são nervos periféricos
multissegmentares (nominados). O plexo braquial é dividido em partes
supraclavicular e infraclavicular pela clavícula. Quatro ramos da parte
supraclavicular doplexo originam-se das raízes (ramos anteriores) e troncos
do plexo braquial (nervo dorsal da escápula, nervo torácico longo, nervo
para o músculo subclávio e nervo supraescapular) e pode-se ter acesso
a eles através do pescoço. Além disso, ramos musculares sem nome oficial
originam-se das cinco raízes do plexo (ramos anteriores de C5–T1) e
suprem os músculos escaleno e longo do pescoço. A raiz C5 do nervo
frênico (considerado um ramo do plexo cervical) origina-se da raiz C5 do
plexo, unindo-se aos componentes C3–C4 do nervo na face anterior do
músculo escaleno anterior. Os ramos da parte infraclavicular do plexo
originam-se dos fascículos do plexo braquial e pode-se ter acesso a eles
através da axila. Considerando-se os ramos colaterais e terminais, três
ramos originam-se do fascículo lateral, ao passo que os fascículos medial e
posterior dão origem a cinco ramos cada (contando as raízes do nervo
mediano como ramos individuais).
Cinco grandes ramos terminais se originam do plexo braquial. O nervo
axilar supre os músculos deltoide e redondo menor. O nervo
musculocutâneo inerva os músculos anteriores do braço. O nervo
radial supre os músculos da região posterior do braço e do antebraço.
O nervo mediano inerva a maioria dos músculos da região
antebraquial anterior e alguns músculos da mão. O nervo ulnar supre
os músculos anteromediais do antebraço e a maioria dos músculos da
mão.
Nervo Ulnar- Origem: Maior ramo terminal do fascículo medial, recebendo
fibras de C8, T1 e às vezes T7.
Trajeto: Desce a região medial do braço; passa posteriormente ao
epicôndilo medial do úmero; depois desce pela face ulnar do antebraço até
a mão.
Estruturas inervadas: M. flexor ulnar do carpo e metade ulnar do M. Flexor
profundo dos dedos ( músculos no antebraço). a maioria dos músculos
intrínsecos da mão; pele da mão medial à linha axial do 4º dedo.
Lesões do nervo radial (e do nervo axilar) podem ser causadas pela
administração inadequada de injeções intramusculares no músculo
deltoide. O nervo radial também pode ser lesado quando confecciona uma
tala gessada muito apertada no nível da porção medial do úmero. As lesões
do nervo radial causam oque se chama de punho caído, ou seja, a
incapacidade de estender o punho e os dedos. A perda de sensibilidade
é mínima devido à sobreposição da inervação sensitiva dos nervos
adjacentes.
● Aneurisma da artéria axilar:
A primeira parte da artéria axilar pode dilatar-se (aneurisma da artéria
axilar) e comprimir os troncos do plexo braquial, causando dor e
anestesia (perda da sensibilidade) nas áreas da pele supridas pelos nervos
afetados. O aneurisma da artéria axilar pode ocorrer em lançadores de
beisebol e jogadores de futebol americano em decorrência dos movimentos
rápidos e forçados com obraço.
● Lesões do plexo braquial:
As lesões do plexo braquial afetam os movimentos e a sensibilidade
cutânea no membro superior. Doença, estiramento e feridas na região
cervical lateral (trígono cervical posterior) ou na axila podem causar
lesões do plexo braquial. Os sinais e sintomas dependem da parte do
plexo acometida. As lesões do plexo braquial ocasionam paralisia e
anestesia. A avaliação da capacidade de realizar movimentos determina o
grau de paralisia. Com paralisia completa, não há movimento detectável.
Com paralisia incompleta, nem todos os músculos estão paralisados;
portanto, a pessoa consegue se movimentar, mas os movimentos são
fracos em comparação com o lado normal. A avaliação da sensibilidade à
dor (p. ex., por meio de espetada na pele) determina o grau de anestesia.
As lesões das partes superiores do plexo braquial (C5 e C6) geralmente
resultam de um aumento excessivo no ângulo entre o pescoço e o ombro.
Essas lesões podem ocorrer em uma pessoa que é arremessada de uma
motocicleta ou de um cavalo e cai sobre o ombro, de modo a causar grande
separação entre o pescoço e o ombro. Quando a pessoa é arremessada,
muitas vezes o ombro bate em algo(p. ex., em uma árvore ou no solo) e
para, mas a cabeça e o tronco continuam a se mover. Isso causa distensão
ou ruptura das partes superiores do plexo braquial ou avulsão das raízes do
plexo da medula espinal.
A lesão do tronco superior do plexo é notada pela posição
característica do membro (“posição da mão de garçom”), na qual o
membro fica ao lado do corpo em rotação medial. As lesões do plexo
braquial também podem ocorrer em neonatos quando há estiramento
excessivo do pescoço durante o parto.
Paralisia do Nervo Radial
É um nervo misto (sensitivas e motores). É formado por todas as
raízes do plexo braquial, pois elas se encontram no fascículo posterior, que
passa pela axila e forma o nervo radial (terminou o fascículo posterior, inicia
o nervo radial).
O nervo radial inerva os músculos extensores de ombro e cotovelo
Detalhe diferenciador: nervo radial passa por traz do úmero. Há um
acidente ósseo causado pela passagem posterior do nervo radial no úmero:
o sulco para o nervo radial. Pessoas com fratura no terço médio do úmero
geralmente tem também a ruptura do nervo radial, devido ao contato íntimo
com o úmero.
Na região do epicôndilo lateral do úmero encontra-se o ligamento
anular. Nessa região o nervo radial se divide em ramo anterior (que é
superficial) e um ramo posterior (que é um ramo profundo.
-Ramo superficial: é um ramo cutâneo inerva a pele da região
posterolateral do antebraço e do dorço da mão.
-Ramo profundo: inerva os músculos.
O nervo radial inerva os músculos extensores de ombro e
cotovelo: tríceps braquial e Ancôneo. Então ele inerva todas as cabeças
do tríceps braquial (cabeça longa, lateral e medial) e o musculo AUXILIAR
DO TRÍCEPS QUE É O ANCÔNEO. Então podemos classificar o nervo
radial como nervo extensor, pois ele INERVA TODOS OS MÚSCULOS
EXTENSORES DO MEMBRO SUPERIOR, SEM EXCEÇÃO. Triceps
braquial (extensor de ombro e cotovelo). O ancôneo é extensor auxiliar
do tríceps. também inerva:
Extensor radial longo do carpo
Extensor radial curto do carpo
Supinador
Extensor dos dedos
Extensor do dedo minímo
Extensor ulnar do carpo
Abdutor longo do polegar
Abdutor curto do polegar
Extensor longo do polegar
Extensor curto do polegar
Extensor do indicador
O único músculo flexor que o nervo radial inerva é o
braquiorredial (flexor do cotovelo), o restante são todos extensores.
LESÕES DO NERVO RADIAL
Fraturas do úmero e nervo radial
Lembrar da passagem do nervo radial pelo sulco do nervo radial
no úmero, é um contato intimo entre o nervo e o osso.
fraturas diafisárias do úmero, sobretudo nas transversas e
espiraladas dos terços médio e médio-distal- lesões do nervo radial.
Mais associada às fraturas do terço médio do úmero.
Consequências de lesão, compressão ou interferência no nervo:
As lesões dos nervos periféricos podem ser classificadas em 3 tipos:
Neuropraxia é resultado de uma compressão do fluxo de axoplasma ao
axônio distal, promovendo uma anóxia local nos axônios por compressão
dos vasos sanguíneos. A estrutura anatômica permanece inalterada e
também a continuidade AXONAL, no entanto ocorre um fenômeno de
adelgaçamento da fibra nervosa (devido a compressão) com
desmielinização focal (diminuição axoplasmática intensa e localizada). A
condução nervosa está preservada acima e comprometida abaixo.
Axonotmese é um tipo de lesão dos nervos que ocorre o rompimento
total dos axônios, mas a bainha epineural se mantém intacta. Ocorre a
desmielinização do axônio distal. Como resultado, os estímulos elétricos
deixam de ser transmitidos, causando paralisia sensorial e motora.
DEVIDO A MANUTENÇÃO DO EPINEURO, A RECUPERAÇÃO É
FAVORÁVEL.
NEUROTMESE: É A LESÃO MAIS SEVERA. Ocorrre a interrupção
completa na continuidade do nervo. Requer a intervenção cirúrgica e a
recuperação é incompleta.
Sintomas: os primeiros são alteração ou diminuição da sensibilidade,
paralisia dos músculos inervados, perda da função e as vezes dor.
Outros sinais são alteração na textura da pele, hipersensibilidade e a
falta de arrepio dos pelos na região. Perda da massa muscular, intensa
intolerância ao frio.
Na fase aguda ocorrefibrilações no músculo desnervado, que são
contrações irregulares devido a liberação de Acetilcolina nas junções
neuromusculares a partir da porção distal do nervo lesionado, provocando
contrações espontâneas e desordenadas.
O diagnóstico clínico é feito testando-se a extensão do punho
fechado e a extensão metacarpofalangiana com as articulações
interfalangianas fletidas. A extensão das articulações interfalangianas
proximais dos dedos está presente em lesões do nervo radial, pois é
realizada pelos intrínsecos inervados pelo mediano e pelo ulnar. Em lesões
do nervo radial no terço inferior do úmero, o envolvimento pode ser apenas
do nervo interósseo posterior, mantendo-se a extensão do punho pelo
extensor radial longo do carpo. Conforme já citado, o estudo
eletromiográfico e da velocidade de condução nervosa pode auxiliar no
acompanhamento somente a partir de, no mínimo, três semanas de lesão.
Os achados da ecografia na detecção da lesão do nervo radial nas fraturas
diafisárias do úmero foram descritos por Bodner e colaboradoress, 27 e
essa ferramenta pode tornar-se uma boa alternativa para a identificação
precoce de lesão do nervo radial.
Caso do paciente: politrauma, acidente de trânsito. Fratura oblíqua. A
lesão nervosa periférica é a principal complicação nesse tipo de fratura,
podendo variar amplamente em extensão e severidade. No caso da lesão
do nervo radial, pode ocorrer a incapacidade de extensão do cotovelo,
punho e da função preensora da mão, provocando significativas perdas
funcionais, as quais podem ser recuperadas se os axônios lesados
crescerem, alcançarem o coto distal e restabelecerem conexões
funcionais com o alvo muscular apropriado.
Exploração precoce da neuropraxia radial na fratura de úmero:
Neuropraxia do radial após redução fechada Fratura exposta Lesão
vascular Ferimento por arma de fogo de alta velocidade Lesão grave de
partes moles. Fora esses casos, o manejo da lesão é conservador.
Devido ao fato de a maioria dos casos ser neuropraxia, é indicada
apenas observação, aguardando, pelo menos, três meses para a
exploração cirúrgica.
Tratamento:
● Casos graves como na neurotmese: tratamento cirurgico.
● Casos moderados como axôniotmese e neuropraxia: tratamento
conservador.
O tratamento conservador da lesão de nervo radial deve ser
realizado para a manutenção da mobilidade passiva do punho e da mão até
a recuperação do nervo. Exercícios devem ser executados pelo
fisioterapeuta ou pelo próprio paciente ou familiar, todos os dias. A tala com
extensão passiva dinâmica dos dedos nas articulações
metacarpofalangianas auxilia no treinamento e deve ser utilizada algumas
horas por dia. Está indicado, também, o uso de tala noturna para manter o
punho em extensão neutra.
Como uma das principais alterações que ocorrem no músculo após a
lesão nervosa, cita se a atrofia muscular que, uma vez instalada, atua
como barreira ao crescimento axonal durante a reinervação muscular.
Sendo assim, o uso da eletroestimulação induz potenciais de ação no
nervo motor, provocando ativação de unidades motoras. Além disso,
produz efeitos como fortalecimento da musculatura estimulada e
facilitação do controle motor voluntário
e cinesioterapia (terapia do movimento) de fortalecimento
muscular é rotineiro no tratamento fisioterapêutico, tendo como
objetivo minimizar ou impedir a atrofia muscular e, assim, favorecer a
recuperação da lesão nervosa periférica.
referencias bibliográficas Malthus
Moore, Keith L. Anatomia orientada para a clínica / Keith L. Moore, Arthur F.
Dalley, Anne M. R. Agur ; tradução Claudia Lúcia Caetano de Araújo. - 8. ed.
- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019. Cap.2. P.379-429.
Tortora, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora,
Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. –
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Cap. 13. p.615-652.
Tortora, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora,
Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. –
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Cap. 46. p. 2132-2168.
LUIZ, L. M. D. Avaliação da Lesão Nervosa Periférica por meio da
eletromiografia de superfície, Dissertação de Mestrado, UFU, Uberlândia –
MG, Janeiro 2015.

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