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Gabarito7ano_História_Módulo3

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Neste módulo, refletimos sobre o processo de formação dos Estados modernos na Europa 
ocidental, os grupos envolvidos e seus interesses. Apesar das mudanças estruturais, a maioria da 
população continuou excluída das decisões importantes e até mesmo permaneceu impossibilitada 
de ter uma pequena melhora de vida ou mobilidade social.
Assim, observamos como a nobreza e a Igreja se reorganizaram nesse novo contexto, mantendo 
seus privilégios e sua influência política. Vimos também como a burguesia ascendeu economica-
mente – o que, nesse momento, ainda não significava uma ascensão política.
Em oposição ao tipo de organização política da Baixa Idade Média, na Idade Moderna o poder 
era centralizado nas mãos do rei, que conduzia uma forte intervenção estatal na economia. No 
entanto, a organização da sociedade se manteve hierarquizada e com baixa mobilidade.
Por fim, analisamos as justificativas da existência desse poder centralizado, uma vez que so-
mente a força repressiva não seria capaz de sustentar o absolutismo monárquico. A partir daí, 
analisamos as ideias relacionadas à necessidade dessa centralização.
PARA CONCLUIR
Como vimos ao longo deste módulo, o absolutismo monárquico foi uma característica marcante 
dos Estados modernos. Considerando a ideia de uma autoridade soberana que representa Deus 
na Terra, o rei, de acordo com o pensamento da época, estaria acima de qualquer contestação.
Com base nessas ideias, reflita sobre o tema considerando os seguintes pontos:
● A ideia de uma autoridade que concentra todo o poder é interessante para o bem-estar da 
sociedade?
● A possibilidade de concentrar poderes em um só posto pode gerar abusos?
● Esse modelo é condizente com o mundo em que vivemos hoje?
 1 Cite um fator que contribuiu para a desagregação do 
mundo feudal.
No século XIV a Europa ocidental estava assolada por uma crise 
generalizada, marcada pela fome, pela disseminação da peste 
bubônica e pelas guerras entre a nobreza. Assim, a figura do rei se 
fortaleceu como uma alternativa para a garantia da estabilidade em 
meio ao caos.
 2 Por que a centralização do poder interessava à burguesia?
A centralização do poder e a unificação do território, dos tributos e 
da moeda criavam condições para o crescimento dos negócios da 
burguesia. Além disso, havia a possibilidade de expansão marítima e 
comercial.
 3 Cite duas práticas econômicas associadas ao mercanti-
lismo.
Os alunos podem citar duas práticas entre estas: intervenção 
estatal na economia, busca por uma balança comercial favorável, 
protecionismo alfandegário, colonialismo, etc.
PRATICANDO O APRENDIZADO
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Texto 1
Assim, dentro de um estado em que se mostra a igual-
dade de capacidades, de esperanças, de direitos, na qual a li-
berdade dos indivíduos não encontra nenhum obstáculo, po-
dendo os homens utilizá-la da maneira que mais lhe convier 
para preservação de suas vidas, dentro da busca desenfreada 
pelo lucro, segurança e reputação, se encontra uma constante 
disposição para a disputa, luta de todos contra todos. Essa 
condição Hobbes cognomina de condição de guerra. 
LOPES, Jecson. Thomas Hobbes: a necessidade da criação do estado. Griot. Revista de Filosofia, 
v. 6, n. 2, dez. 2012. Disponível em: <www.ufrb.edu.br/griot>. Acesso em: 17 jul. 2019. 
Texto 2
O fim último, causa final e desígnio dos homens (que 
amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), 
ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os 
vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conser-
vação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de 
sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência 
necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos 
homens, quando não há um poder visível capaz de os man-
ter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumpri-
mento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza. 
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil.
São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os Pensadores).
 1 Com base nos textos e nas ideias de Hobbes, o que 
caracteriza o Estado antes da centralização do poder?
Trata-se da “condição de guerra” indicada por Hobbes, pensada 
a partir de um Estado no qual “a liberdade dos indivíduos
não encontra nenhum obstáculo”, levando a uma constante
disposição para a disputa entre eles, a “luta de todos contra todos”.
Assim, a barbárie existiria enquanto não houvesse um 
poder maior capaz de punir os desvios, considerando o ser humano 
mau e sempre pronto a fazer valer a sua vontade sobre a dos outros.
 2 Leia o trecho a seguir e responda à questão.
Com o objetivo de aumentar o poder do Estado diante dos 
outros Estados, [o Mercantilismo] encorajava a exportação de 
mercadorias, ao mesmo tempo em que proibia exportações de 
ouro e prata e de moeda [o Metalismo], na crença de que existia 
uma quantidade fixa de comércio e riqueza no Mundo. 
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. 
São Paulo: Brasiliense, 1998. p. 35.
APLICANDO O CONHECIMENTO
 Por que encorajar a exportação de mercadorias e proi-
bir exportações de ouro e prata aumentaria o poder do 
Estado?
Era uma maneira de garantir a manutenção das riquezas dentro do 
Estado. Considerando haver “uma quantidade fixa de riqueza no 
mundo”, a acumulação de riquezas garantiria a superioridade de um 
Estado sobre os demais.
 3 Leia o trecho a seguir e responda à pergunta.
A base moderna das ideias mercantilistas consiste na 
atuação de dois novos fatores: os Estados modernos nacio-
nais, ou seja, as monarquias absolutas, e os efeitos de toda or-
dem provocados pelas grandes navegações e descobrimen-
tos sobre a vida das sociedades europeias. O primeiro fator 
produz a recuperação das práticas intervencionistas […]. Já 
o segundo fator, cuja referência central é o afluxo vertiginoso 
dos metais preciosos obtidos pelos portugueses na África e, 
muito mais ainda, o “tesouro americano” que os castelhanos 
obtêm através do saque e da exploração das minas […].
FALCON, Francisco. Mercantilismo e transição. São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 52-53.
 De que maneira o mercantilismo se relaciona com a 
expansão marítima e comercial?
A expansão marítima e comercial é parte da lógica mercantilista, visto 
que poderia ampliar bastante a acumulação de riquezas nos Estados 
europeus a partir do colonialismo, como nos casos citados no texto.
 4 Analise a imagem consi-
derando a forma de po-
der que Luís XIV e outros 
reis absolutistas exerce-
ram, sua aparência pú-
blica e as características 
da Idade Moderna.
A imagem de Luís XIV – assim como a dos reis absolutistas em geral 
– deveria refletir e consolidar seu poder: parecer poderoso, forte 
e firme. Os longos cabelos e as roupas luxuosas são partes 
fundamentais dessa construção.
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Retrato de Luís 
XIV, rei da França. 
Óleo sobre tela de 
Nicolas-René Jollain 
le Vieux, século XVII.
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 1 Leia o trecho e responda ao que se pede. 
[…] Além de afirmarem que a moeda é uma merca-
doria, os autores mercantilistas identificam no metal pre-
cioso ao mesmo tempo um meio de se obter [e acumular] 
a riqueza e um signo dessa mesma riqueza.
FALCON, Francisco. Mercantilismo e transição. São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 55.
Segundo o trecho, pode-se depreender que o mercan-
tilismo estimulava a 
a) circulação de mercadorias e o livre-comércio.
b) intensificação da atividade econômica capitalista.
c) aproximação econômica das novas monarquias 
 europeias.
d) acumulação de riquezas, símbolo de poder e pros-
peridade.
 2 Leia a declaração de Luís XIVe responda à pergunta. 
Queremos e nos agrada que, a contar do primeiro dia 
deste mês, seja estabelecido, imposto e cobrado, em toda 
a extensão do nosso reino, uma capitação geral por lar ou 
família, pagável ano a ano, durante a duração da presente 
guerra. Queremos que nenhum de nossos súditos […] seja 
isento da dita capitação, fora […] as ordens mendicantes 
e os pobres mendigos. 
Declaração do rei Luís XIV estabelecendo a capitação, 18 de janeiro de 1695. 
Citado por Groupe de Recherche pour 1’enseignement de 1’Histoire et la Géographie. 
Histoire “Héritages européens”. Paris: Hachette, 1981. p. 107.
Sobre o Estado moderno, pode-se afirmar que
a) ampliou a arrecadação de impostos, visto que estes 
financiavam a estrutura estatal e seus funcionários 
civis e militares.
b) diminuiu a arrecadação de impostos, em uma es-
tratégia que possibilitou a aliança entre o rei e a 
burguesia.
c) deu origem à cobrança de impostos na Europa oci-
dental, prática pouco difundida durante o feudalismo.
d) constituiu-se a partir da exploração dos ganhos da 
nobreza e da burguesia, possibilitando os luxos reais.
 3 Leia o trecho e responda ao que se pede.
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, 
íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais 
 qualidades […]. O príncipe não deve se desviar do bem, 
mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.
 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1986. 
(Coleção Os Pensadores). 
A obra de Maquiavel sintetiza suas ideias sobre o abso-
lutismo, como a noção
a) de que um governante deve agir segundo os desíg-
nios de Deus, visto que o representa.
b) de que a bondade do príncipe é medida por sua 
popularidade e seus súditos devem amá-lo.
c) de que o sucesso do Estado depende da disposição 
do governante para agir segundo as necessidades 
do Estado.
d) de que o governante deve ser mau por natureza, 
punindo os desvios de conduta dos súditos.
 4 Leia o trecho e responda à pergunta a seguir.
O cargo de soberano (seja ele um monarca ou uma 
assembleia) consiste no objetivo para o qual lhe foi con-
fiado o soberano poder, nomeadamente a obtenção da 
segurança do povo, ao qual está obrigado pela lei da na-
tureza, e do qual tem de prestar contas a Deus, o au-
tor dessa lei, e a mais ninguém além dele. […] Deus é 
rei, que a terra se alegre, escreve o salmista. E, também, 
Deus é rei muito embora as nações não o queiram; e é 
aquele que está sentado entre os querubins, muito embora 
a Terra seja movida. 
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil.
São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 103-106, 200-201. (Coleção Os Pensadores).
O absolutismo conviveu com defensores e oposito-
res da soberania real ao longo de sua existência. Na 
visão de Hobbes e de outros filósofos que refletiram 
sobre o modelo, como Bossuet e Maquiavel, o poder 
do rei deve 
a) ser inquestionável do ponto de vista político, mas li-
mitado do ponto de vista econômico, social e cultural.
b) estar baseado nas decisões da população, segundo 
a ideia de um pacto que se consolida com eleições.
c) depender da vontade da nobreza e da Igreja, que o 
indicam a partir de seu preparo militar e intelectual.
d) ser inquestionável, visto que o governante paira so-
bre a sociedade e presta contas apenas a Deus.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das 
alternativas sinalizadas com asterisco.
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