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PRATICANDO O APRENDIZADO APLICANDO O CONHECIMENTO 1 Por que se pode afirmar que, antes da industrialização nacional, a relação comercial do Brasil com os países desenvolvidos era marcada pela desigualdade? Porque o Brasil exportava produtos primários, de baixo valor agregado, e importava produtos manufaturados, de alto valor agregado, ocasionando um desequilíbrio entre os valores que saíam do país e os que entravam. 2 Quais são as principais características do modelo indus- trial por substituição de importações? É um modelo que se desenvolveu em países de industrialização periférica, que visava industrializar o país por meio da implantação de plantas industriais que produzissem bens antes importados das nações de industrialização consolidada. 3 Quais são as atribuições de cada tipo de capital no mo- delo do tripé econômico de JK? O tripé econômico estabelecido por JK estava embasado em três pilares: capital internacional, capital estatal e capital privado nacional. O capital nacional estatal foi destinado aos investimentos em infraestrutura e à indústria de base; o capital privado nacional esteve ligado aos bens de consumo não duráveis; e o capital privado estrangeiro, aos bens de consumo duráveis. 4 Quais estados brasileiros receberam primeiro o inves- timento industrial federal no início do século XX? Rio de Janeiro e São Paulo. 5 Por que esses estados foram os escolhidos para o início da industrialização brasileira? Porque tinham capital, infraestrutura e maior número de habitantes, herança da economia cafeeira. Além disso, o Rio de Janeiro figurava como capital da República na época. Utilize o trecho de reportagem a seguir para responder às questões 1 e 2. Privatizações ganharam força a partir dos anos 90 Foi no governo do presidente Fernando Collor de Melo (1990-1992) que o Brasil viu nascer seu primeiro programa de privatizações […]. As privatizações no Brasil refletiam também uma tendência nos anos 90, de abertura econômica que vinha de Washington. Essas diretrizes foram formuladas no final de 1989 por economistas […] e pregavam o ajustamento econômi- co dos países em desenvolvimento, que atravessam um longo período de dificuldades [década perdida] para o crescimento de suas economias. […] Uma privatização emblemática foi a da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997 [governo de Fernando Henrique Cardoso], então a maior exportadora de minério de ferro do mundo. A empresa foi arrematada por US$ 3,3 bilhões […]. Já privatiza- da, a Vale tirou partido da grande valorização registrada pelo minério de ferro nos últimos anos devido, em grande parte, à crescente demanda da China. RUSSO, Mario. Privatizações ganharam força a partir dos anos 90. O Globo, 21 out. 2013. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/privatizacoes-ganharam-forca- partir-dos-anos-90-10448501>. Acesso em: 13 nov. 2019. 1 O trecho trata de um momento correspondente a qual etapa da industrialização brasileira? Comente. Neoliberalismo. O neoliberalismo prega a diminuição do papel do Estado e a maior intervenção do capital privado. 2 Além das privatizações, quais outras medidas foram adotadas no período para controlar os prejuízos da cha- mada década perdida? Estabilização monetária, controle da inflação e rigor nos gastos públicos. Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. 210 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 6 PH_EF2_7ANO_GEO_195a212_CAD3_MOD16_CA.indd 210 19/03/20 17:59 1 No período do Milagre Econômico Brasileiro, a frase de um economista ligado ao governo chamou a atenção e marcou a história: “Estamos esperando o bolo crescer para depois dividi-lo”. A que essa frase se refere? a) À desigualdade de investimentos no país, privile- giando as indústrias sem dar a devida atenção à agricultura. b) À relação contraditória entre o grande crescimento econômico do país e o aumento da desigualdade social. c) Às obras faraônicas concentradas em apenas alguns estados da federação. d) À diferença entre os investimentos estatais nas em- presas nacionais e os realizados nas estrangeiras. Leia o texto para responder às questões 2 e 3. Desindustrialização precoce O relatório da UNCTAD [Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento] destacou […] um proces- so de desindustrialização precoce do Brasil e de outros países emergentes nas últimas décadas. Segundo o documento, a participação da manufatura na economia e na geração de emprego brasileira caiu de cerca de 27% na década de 1970 para em torno de 11% em 2014. O mesmo ocorreu na África do Sul, cuja fatia da indústria manufatureira passou de 23% para 13,3% no mesmo período. […] ONU. Relatório da ONU mostra tendência de “financeirização” de empresas brasileiras. ONU-BR, 23 set. 2016. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/ relatorio-da-onu-mostra-tendencia-de-financeirizacao-de-empresas-brasileiras/>. Acesso em: 10 maio 2017. Leia o trecho de reportagem a seguir para responder às questões 3 a 5. Mais de 40 mil correm risco de demissão na indústria automotiva O metalúrgico Marco Maia Mantovani, de 31 anos, teve a jornada de trabalho e o salário reduzidos desde o ano passado, mas, na última segunda-feira [11 jan. 2016], che- gou a pior notícia: a demissão. Mantovani trabalhava na MWM, empresa que fabrica motores a diesel em São Paulo. A justificativa para o corte foi que a crise no segmento se acentuou no fim de 2015. Os três turnos de trabalho foram reduzidos a dois. — Quero continuar na indústria automotiva, mas não sei quando vou conseguir me recolocar com essa enorme crise — diz Mantovani, ainda atordoado pela perda do emprego em que estava há seis anos. […] — Minha recomendação às empresas é demitir. Não há luz no fim do túnel, para que o investimento avance — afirma José Velloso Dias Carneiro, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Nas montadoras, os cortes não devem parar. A fábrica da Ford em Camaçari (BA), que demitiu pouco no ano passado, abriu plano de demissão […]. Em março, o terceiro turno será suspenso, com o corte de 2 mil trabalhadores. SORIMA, João Neto; ALMEIDA, Cássia. Mais de 40 mil correm risco de demissão na indústria automotiva. O Globo, 17 jan. 2016. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/ economia/mais-de-40-mil-correm-risco-de-demissao-na-industria-automotiva-18491780>. Acesso em: 10 maio 2017. DESENVOLVENDO HABILIDADES 3 Com base na reportagem, é possível afirmar que as crises no setor industrial são agravadas por crises eco- nômicas? Por quê? Sim, por causa da diminuição de investimentos estatais ou da perda do poder de compra da população. 4 Como a população de cidades que apresentam parques industriais é afetada com a falência ou a crise das fábri- cas instaladas no local? A falência ou a crise podem gerar desemprego direto, como no caso retratado, ou indireto, em razão do desaquecimento da economia regional. 5 O crescimento ou as crises na atividade industrial tra- zem consequências para os outros setores da econo- mia? Justifique sua resposta. Sim, a oscilação das atividades no setor industrial pode acarretar aumento ou diminuição do desemprego, da produção e do abastecimento dos comerciantes intermediários. 211 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 6 PH_EF2_7ANO_GEO_195a212_CAD3_MOD16_CA.indd 211 19/03/20 17:59 De acordo com o trecho de notícia, o Brasil, assim como outros países, perde empregados do setor industrial para outros setores da economia. 2 Quais são as principais causas para a diminuição do número de empregados nas indústrias brasileiras nos últimos tempos? a) Crise econômica e substituição do ser humano pela máquina. b) Elevado crescimento econômico e baixa necessidade de mão de obra no setor. c) Modelo de industrialização tardia e concentrada. d) Pouco mercado consumidor nacional ebaixa infraes- trutura. 3 Qual setor da economia absorveu a maior parte dos desempregados industriais brasileiros? a) Agricultura. b) Comércio e serviços. c) Outras atividades industriais. d) Nenhum. ANOTAÇÕES 212 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 6 PH_EF2_7ANO_GEO_195a212_CAD3_MOD16_CA.indd 212 19/03/20 17:59