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Organização econômica e distribuição 
industrial no Brasil
Apresentação
O Brasil começou a intensificar o seu processo de industrialização entre as décadas de 1940 e 
1950, após a Segunda Guerra Mundial, quando a maioria dos países que hoje são desenvolvidos já 
havia consolidado suas indústrias. Algumas medidas tomadas pelo presidentes Getúlio Vargas, com 
políticas estadistas e Juscelino Kubistchek, com políticas liberais, foram essenciais para o país 
fortalecer a sua industrialização. Contudo, ao longo dos anos, o Brasil enfrentou muitos desafios 
dentro do seu processo industrial, influenciado por políticas econômicas variadas, implementadas 
por diferentes governos. A economia oscilou entre períodos de alta inflação monetária, com perda 
de poder aquisitivo da população e períodos de segurança financeira.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as transformações industriais e econômicas 
ocorridas no Brasil, a partir da década de 1950, qual o papel do estado brasileiro na economia de 
exportação e como atuam os monopólios e os oligopólios dentro da economia brasileira.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as transformações industriais e econômicas no Brasil a partir da década de 1950.•
Descrever o papel do estado brasileiro na economia de exportação.•
Identificar a atuação de monopólios e oligopólios na economia brasileira.•
Desafio
A industrialização é o grande motor da economia de muitas nações; prova disso é o grande abismo 
existente entre as nações desenvolvidas, que passaram pelo processo de industrialização há mais 
tempo e as nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento, que tiveram o processo de 
industrialização mais tardio. Como o produto interno bruto (PIB) é um dos parâmetros mais aceitos 
para se quantificar o desenvolvimento econômico de uma nação, é possível analisá-lo como 
parâmetro da atividade industrial de determinadas nações.
Veja a seguinte situação:
Então, você pede para que os seus alunos analisem as alterações ocorridas entre os anos de 1950 e 
2000 e correlacionem com os processos industriais, históricos e políticos do mesmo período.
Seu desafio é descrever o gabarito que você irá utilizar para conferir as respostas dos alunos.
Infográfico
O governo de Getúlio Vargas (1930-1945/1950-1954) foi um divisor de águas pra a 
industrialização brasileira. Dentro desse processo, é possível destacar a criação das indústrias de 
base e a regularização das leis trabalhistas, organizando as relações de trabalho no cenário 
brasileiro. Nesse contexto, o papel das indústrias de base é extrair da natureza as matérias-primas e 
transformá-las em bens essenciais, que são absorvidos por outras indústrias.
As principais indústrias que atuam em território brasileiro são dos setores de siderúrgica, 
metalúrgica, petroquímica e de cimento, criadas nos anos 1950, pelo então presidente Getúlio 
Vargas.
No Infográfico a seguir, conheça alguns feitos de Vargas no período; como a criação das principais 
estatais brasileiras que impulsionaram a industrialização no Brasil e a segurança para os 
trabalhadores, trazida pelas novas leis trabalhistas.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/68015475-3ccf-4115-8e5d-ce1bcf6a6368/acc95b0b-72d4-4b58-b2cb-4dad0f41ef55.png
 
Conteúdo do livro
Nos anos próximos a década de 1950, houve um dos grandes marcos para a modernidade industrial 
brasileira, que muito se deve ao pensamento progressista e moderno que estava presente no país. 
Aliado a isso ocorreram duas eleições diretas: a de Getúlio Vargas e a de Juscelino Kubitchek. 
Portanto, a época foi de tranquilidade institucional na população, pois foram quase 10 anos sem 
golpes de Estado com uma economia estável e com visão do futuro.
Após a tomada da presidência pelo regime militar o País viveu novas experiencias no campo 
econômico e consequentemente na indústria, alternando crescimento e recessão. A retomada da 
democracia veio com grandes desafios, como o controle da inflação, que somente foi efetivado no 
esforço conjunto do Plano Real.
Na obra Geografia Econômica, base teórica para essa Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Organização econômica e distribuição industrial no Brasil e conheça um pouco mais sobre as 
transformações industriais e econômicas ocorridas no Brasil a partir da década de 1950, qual o 
papel do estado brasileiro na economia de exportação e como atuam os monopólios e os 
oligopólios dentro da economia brasileira.
Boa leitura.
GEOGRAFIA 
ECONÔMICA 
Carlos Alberto Löbler 
Organização Econômica 
e Distribuição Industrial 
no Brasil
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Descrever as transformações industriais e econômicas no Brasil a
partir da década de 1950.
 Descrever o papel do Estado brasileiro na economia de exportação.
 Identificar atuação de monopólios e oligopólios na economia brasileira.
Introdução
O período de transformações industriais no Brasil após a década de 1950 
foi marcado por uma gangorra econômica, causada principalmente pelas 
flutuações da economia mundial e pelas políticas econômicas adotadas 
no País. Enquanto governos mais liberais pregavam a diminuição da má-
quina pública e investimentos estrangeiros substituindo as importações 
pela produção interna, governos mais conservadores concentravam 
investimentos em estatais.
O Estado brasileiro, com destaque para a segunda metade do sé-
culo XX, sempre legislou de maneira a segurar um equilíbrio na balança 
comercial, importando produtos extremamente necessários e dando 
o devido amparo às indústrias internas. Para tanto, foram elaboradas
políticas econômicas que abriam e fechavam o mercado de importação 
para alguns produtos.
Neste capítulo, você vai estudar as transformações industriais e eco-
nômicas ocorridas no Brasil a partir da década de 1950, conhecendo o 
papel do Estado brasileiro na economia de exportação e as principais 
características dos monopólios e oligopólios na economia brasileira.
Transformações industriais e econômicas no 
Brasil a partir da década de 1950
Até a década de 1950, predominava no Brasil a produção rural. Cerca de 70% 
da população morava no campo e utilizava a terra com pouca ou nenhuma 
tecnologia. Na maioria das propriedades, predominava o trabalho familiar 
com a utilização de técnicas basicamente manuais.
Antes da década de 1950, portanto, as concentrações urbanas existiam 
em menor volume, pois não havia oferta de trabalho suficiente que fizesse o 
homem trocar o campo pela cidade. Contudo, com novas políticas econômicas 
adotadas nos governos de Getúlio Vargas, iniciou-se o processo de indus-
trialização nacional, substituindo-se as importações pela produção interna. 
Nesse período, inúmeras indústrias de base são criadas, com o objetivo de dar 
subsídios a outras industrias dos mais variados segmentos.
A partir da metade da década de 1950, houve grande avanço no processo 
de industrialização brasileiro. Esse desenvolvimento econômico foi fortemente 
influenciado por investimentos diretos do Estado ou de empresas estatais em 
indústrias de base (CAPUTO; MELO, 2009). O aporte financeiro estrangeiro 
veio principalmente dos Estados Unidos e da Alemanha.
Após o governo de Getúlio Vargas, dois períodos ficaram marcados na 
história econômica brasileira, os quais deram um grande impulso à economia, 
modificando as relações até então existentes entre o campo e a cidade: o plano 
de metas e o milagre econômico. Ambos serão analisados em detalhes a seguir.
Plano de metas (1956–1960) 
O plano de metas foi desenvolvido pelo presidente Juscelino Kubitschek, que 
visava ao processo de evolução da indústria brasileira e tinha como lema de 
campanha “50 anos em cinco”. O plano foi considerado o auge do processo 
de industrialização brasileiro, pois buscava-se o estrangulamentoexterno 
— difi cultar a importação de produtos por meio de altas taxas de impostos 
para construir uma estrutura industrial interna sólida no País (SILVA, c2017). 
O plano de metas organizava as condições para expandir o parque industrial. 
O modelo de industrialização do período baseou-se na entrada maciça de capi-
tais externos, com empréstimos diretos, ampliação do setor empresarial local 
associado ao capital estrangeiro e a chegada de multinacionais, alavancando 
a indústria brasileira (TAVARES, 2013). No entanto, a política do período 
acarretou um custo social para o futuro do Brasil, como o endividamento 
externo e o aumento dos impostos.
Organização econômica e distribuição industrial no território II2
No plano de metas, destacavam-se cinco setores básicos da economia, 
desmembrados em várias metas que deveriam ter investimentos públicos e 
privados canalizados com prioridade. Os setores que receberam mais recursos, 
em torno de 93% do total investido no período, foram energia, transportes e 
indústrias de base (SILVA, c2017). Um dos objetivos do plano era também a 
mudança da capital do País para Brasília.
Os avanços na economia e na infraestrutura nesse período foram muito 
significativos, porque consolidaram a industrialização no País. Ocorreu, 
por exemplo, a construção de importantes hidrelétricas nacionais, como as 
hidrelétricas de Paulo Afonso, na Bahia, e a hidrelétrica de Furnas, em Minas 
Gerais (Figura 1). Além disso, a indústria automobilística e a construção de 
novas estradas foram alavancadas em todo o País. Contudo, alguns segmen-
tos elencados como importantes no plano não foram alcançados, como a 
alimentação (com planos de oferecer grandes ofertas de produtos à população 
e consequentemente torná-la mais acessível) e educação e qualificação (com 
planos de grandes melhorias na estrutura das escolas).
Figura 1. Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais.
Fonte: Cristian A. Lourenço/Shutterstock.com.
3Organização econômica e distribuição industrial no território II
Milagre econômico (1968–1973)
O período conhecido como milagre econômico brasileiro foi marcado por 
grandes taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), chegando a até 
11,1% ao ano. A infl ação em queda e baixa para os padrões do Brasil, além de 
um superávit no balanço de pagamentos, acompanharam esse crescimento. 
Alguns dos fatores mais importantes que possibilitaram o milagre econômico 
foram (VELOSO; VILLELA; GIAMBIAGI, 2008): 
1. reformas institucionais de cunho econômico do governo de Castello 
Branco (1964 a 1967), em particular as reformas fiscais/tributárias e 
financeiras, que criaram condições para a aceleração subsequente do 
crescimento; 
2. políticas econômicas adotadas no período, com destaque para as políticas 
monetárias e as de créditos facilitados, com incentivos às exportações; 
3. mercado externo favorável, devido à grande expansão da economia 
internacional, com melhoria dos termos de troca e crédito externo 
farto e barato.
O período do milagre econômico e sua herança para o Brasil ainda são 
muito debatidos. Apesar dos ganhos econômicos alcançados, o período marca 
uma das piores distribuições de renda do mundo, segundo o Censo de 1970 
(HOFFMANN, 1978). O capital se concentrava nas mãos de poucas pessoas, 
aumentando a desigualdade social. Além disso, as leis trabalhistas eram des-
respeitadas, havia exploração de mão de obra, disseminação da corrupção e 
vultuoso endividamento do País. A camada mais pobre da sociedade, residente 
das periferias, ficou conhecida como a população não atingida pelo milagre. 
Esses fatores, somados à volta dos movimentos sindicalistas e às greves do ABC 
Paulista, contribuíram para a queda da popularidade do milagre econômico 
(VELOSO; VILLELA; GIAMBIAGI, 2008).
Pós-milagre econômico 
Após os períodos de pujança e crescimento da economia, o Brasil passou 
por altos e baixos quanto ao crescimento. Em 1973, houve a grande crise do 
petróleo, com dimensões globais. Mesmo com a grande recessão global, o 
Brasil governado por Ernesto Geisel (1974 a 1979) insistiu em continuar com os 
projetos desenvolvimentistas e elevou a dívida externa a patamares altíssimos. 
Organização econômica e distribuição industrial no território II4
Já na década de 1980, no governo de João Figueiredo, o Brasil passou por 
uma resseção econômica, a fim de controlar os gastos. Ao fim da ditadura, 
sob o comando de José Sarney (1985 a 1990), o País atravessou uma crise 
inflacionária. Os esforços desse governo, então, voltaram-se totalmente à 
resolução dos problemas econômicos. Após o governo Sarney, o período 
econômico era baseado no liberalismo, buscando investimentos estrangeiros e 
tentando enxugar a máquina pública. Alguns fatos marcantes foram o impea-
chment do presidente Fernando Color (1990 a 1992) e a criação do Plano Real 
(1994), decretando o controle da inflação e a privatização de muitas estatais, 
principalmente as criadas no período de Getúlio Vargas.
Liberalismo é a doutrina baseada na defesa da liberdade individual nos campos 
econômico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas 
do poder estatal.
Para saber mais sobre essa filosofia, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/VykEZ
Plano Real e combate à inflação na década de 1990
Após anos de infl ação descontrolada e várias tentativas fracassadas para conter 
a alta de preços, o Ministério da Fazenda montou uma equipe para pensar em 
formas de acabar com a superinfl ação brasileira, pois o Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 2.477,15% em 1993. A equipe 
elaborou um plano de estabilização, que foi implementado de forma gradual 
e que não focou apenas na mudança do padrão monetário, resultando em 
nova troca de moeda, o real, que começou a circular em 1º de julho de 1994.
A primeira fase do Plano Real buscou equilibrar as contas do governo e 
começou ainda em junho 1993, com o lançamento do Programa de Ação Ime-
diata (PAI). O programa previa redução de gastos públicos com a revisão do 
orçamento de todos os ministérios e dos repasses institucionais para estados 
e municípios; ajustes nas estruturas dos bancos estaduais e federais com a 
punição de eventuais irregularidades por meio da Lei do Colarinho Branco, 
que punia com mais rigor os crimes contra a administração pública; aumento 
5Organização econômica e distribuição industrial no território II
da receita com o combate à evasão fiscal e a privatização de empresas públicas 
dos setores siderúrgico e petroquímico. Alguns meses depois, em fevereiro de 
1994, foi aprovada a criação do Fundo Social de Emergência (FSE), que passou 
a ser conhecido posteriormente como Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que 
previa a desvinculação de algumas receitas do governo federal. O propósito do 
FEF era atenuar a rigidez dos gastos da União em um cenário de corte de gastos.
A segunda fase foi marcada pela utilização de uma moeda escritural (ou 
virtual), a Unidade Real de Valor (URV), utilizada a partir de 1º de março de 
1994, junto com o cruzeiro real. Nessa data, uma URV valia CR$ 647,50. A 
URV era uma unidade de conta, e não uma moeda efetivamente, uma vez que 
não poderia ser usada como meio de pagamento. Nos meses de março a junho 
de 1994, o Banco Central do Brasil (BCB), por meio de comunicados, fixava 
diariamente a paridade entre o cruzeiro real e a URV, considerando a variação 
de três índices de preços: o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) e o Índice 
de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas 
(IPC-FIPE). O BC também passou a usar o valor da URV em cruzeiros reais 
para negociações com moedas estrangeiras.
A URV deveria ser usada nos novos contratos firmados no país, enquanto 
os já existentes poderiam optar ou não pela conversão. Essa flexibilidade é 
apontada como um dos acertos do Plano Real, pois visava uma interferência 
mínima nos contratos privados.A inovação também desestimulava a utilização 
das tablitas, as tabelas de conversão de preços utilizadas nos planos anteriores 
que congelaram preços. Na prática, a compra de bens e serviços era feita com 
cruzeiros reais, mas os preços passaram a ter como referência a URV, que 
era uma unidade de valor estável. A equipe econômica detalhou em diversas 
entrevistas como seria o processo de implementação da URV, assim como a 
sua utilização. Essa transparência aumentou os níveis de confiança no país.
A terceira fase começou em 1º de julho, quando a URV foi transformada 
no real. Quando começou a circular, um real valia uma URV, ou CR$ 2.750. 
Junto com a nova moeda, foram adotadas uma série de medidas para garantir 
a estabilização de preços, detalhadas na norma que dispõe sobre o Plano Real. 
Foi estabelecido um teto para a taxa de câmbio, que passou a ser referência para 
o conjunto dos preços relativos. Também foram fixados limites máximos para 
o estoque de base monetária até março de 1995 e foi determinado um depósito 
compulsório de 100% sobre os depósitos à vista para bloquear a oferta de 
crédito, deixando que o BC controlasse a expansão de empréstimos bancários 
para o setor privado. A inflação medida pelo IPCA em junho de 1994 foi de 
47,43%. No mês seguinte, o índice já havia caído para 6,84% (BCB, 2019).
Organização econômica e distribuição industrial no território II6
O papel do Estado brasileiro na economia de 
exportação
O papel do Estado em uma economia inserida no comércio internacional, com 
grande fl uxo de importações e exportações, está ligado à criação de oportu-
nidades, ao estabelecimento de condições e possibilidades de investimento 
em determinados setores. Os incentivos para investimento estão ligados aos 
impostos cobrados tanto para importação quanto para exportação, aos tramites 
burocráticos das operações e juros efetivos. Na criação de oportunidades, 
podemos destacar as relações do governo brasileiro com outros países e grupos 
econômicos e seus acordos comerciais. 
Desde a sua entrada no processo de industrialização, o Brasil firmou-se 
como uma economia sólida, exportadora de produtos além da agricultura, que 
por muitos anos foi o carro-chefe das exportações. O País atualmente possui 
diversidade na sua matriz de exportação, direcionada por políticas públicas 
que incluem os setores primário, secundário e terciário.
Na história da intervenção do Estado na atividade econômica de exportação, 
podemos destacar dois planos significativos, executados com a finalidade de 
substituir as importações por produtos aqui fabricados. O primeiro ocorreu 
entre os anos de 1957 e 1960, e o segundo, entres os anos 1974 a 1978. Os dois 
se basearam basicamente de alterações nas taxas cambiais que favoreceram a 
produção interna em detrimento à produção externa. Assim, havia variação 
nas taxas de impostos a serem pagos dependendo da necessidade interna do 
País (PORTUGAL, 1994). Apesar das várias críticas que podem ser feitas 
sobre a condução e a oportunidade desses planos, é geralmente aceito que 
eles tiveram uma influência importante no sentido de alterar a estrutura 
industrial brasileira. Foram responsáveis pelo desenvolvimento de novas 
indústrias, especialmente nos setores de bens de capital e de bens de consumo 
intermediários (PORTUGAL, 1994).
Bens de capital e de consumo intermediário são os produzidos e utilizados na produção 
de outros bens, não os que chegam ao consumidor final.
7Organização econômica e distribuição industrial no território II
Principalmente após a década de 1990, o Estado atuou mais forte para 
estabilizar a economia nacional, abrindo a economia e impulsionando sig-
nificativamente o País em matéria de competitividade, o que proporcionou 
melhores ganhos de desenvolvimento para o setor privado. O Brasil passou 
por profundas transformações estruturais na década de 1990, que abriram 
caminho para um novo tipo de inserção internacional do País com a abertura 
econômica de bens industrializados, como carros e bebidas, e a intensificação 
da privatização de estatais. Essas transformações, associadas à estabilidade, 
resultaram em forte incentivo aos investimentos nacionais e estrangeiros, 
fazendo a reestruturação industrial avançar em alguns setores mais rapida-
mente do que em outros. Como resultado, a produtividade no País cresceu, 
no entanto, em um patamar bastante abaixo dos últimos anos (GIAMBIAGI; 
MOREIRA, 1999).
As maiores privatizações de empresas e companhias públicas foram 
realizadas na década 1990 com a nova ideologia neoliberal implantada no 
Brasil. Entre exemplos de privatizações da década, podemos citar a Vale do 
Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Embraer e a Usiminas.
Em termos de números, o Brasil é a 22ª maior economia de exportação do 
mundo, com destaque para commodities agrícolas e produtos da mineração. 
Na economia mais complexa, ocupa a 37ª posição, de acordo com o Índice de 
Complexidade Econômico (ICE). Em 2017, o Brasil exportou US$ 219 bilhões 
e importou US$ 140 bilhões, resultando em um saldo comercial positivo de 
US$ 78,3 bilhões. Em 2017, o PIB do Brasil foi de US$ 2,06 trilhões, e seu PIB 
per capita foi de US$ 15,5 milhões (SIMÕES; LANDRY; HIDALGO, 2019). 
A exportação, portanto, cumpre um importante papel na economia brasileira, 
por ser mais vantajosa economicamente que o mercado interno, com preços 
de alguns produtos, como o da soja, sendo controlados diretamente pela bolsa 
de valores, como uma das commodities.
Principais grupos econômicos em que o Brasil está 
inserido
Sendo o mercado interno pouco lucrativo tanto para o Estado quanto para o 
empresário, os países buscam se organizar em grupos para facilitar a relação 
entre eles, criando barreiras protecionistas. O Brasil está inserido em dois 
grupos principais, que tem como objetivo desburocratizar o comercio exterior 
entre eles: o BRICS e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 
O acrônimo BRICS identifica a cooperação entre Brasil, Rússia, Índia, 
China e África do Sul. Esse grupo de países é vantajoso para o Brasil, já 
Organização econômica e distribuição industrial no território II8
que abriga muitas das principais multinacionais brasileiras espalhadas pelo 
mundo, em particular as indústrias de transformação e construção e as do 
setor de serviços. Além disso, são mercados significativos para o agronegócio 
do Brasil, em particular a China, pois é a maior compradora de produtos 
exportados pelo Brasil.
Com mais de duas décadas de existência, o MERCOSUL é a mais abran-
gente iniciativa de integração regional da América Latina, surgida no contexto 
da redemocratização e reaproximação dos países da região ao final da década 
de 1980. Os membros fundadores do MERCOSUL são Brasil, Argentina, 
Paraguai e Uruguai, conforme o Tratado de Assunção, de 1991. A Venezuela 
aderiu ao bloco em 2012, mas está suspensa desde dezembro de 2016 por 
descumprimento de seu protocolo de adesão e, desde agosto de 2017, por 
violação da cláusula democrática do bloco. A Bolívia está em processo de 
adesão (MECOSUL, 2019).
Uma das funções do MERCOSUL é facilitar o comércio entre as nações 
e, nesse aspecto, o acordo ampliou o mercado para os produtos brasileiros, o 
que fez as exportações dentro do bloco aumentarem. Como o Brasil é o país 
mais industrializado do bloco e com uma diversificação da sua produção, 
quanto menor os entraves de comércio, mais vantajoso pode ser para o País. 
Contudo, as áreas de fronteiras que sofrem com o comércio ficam fragilizadas, 
praticamente sem impostos dos países vizinhos. 
Tanto o MERCOSUL quanto os BRICS não conseguem sair da fase inicial 
de um bloco econômico, que é a zona de livre comércio, pois todos exportam 
produtos com pouco valor agregado e às vezes similares, em concorrência 
entre si.
Atuação de monopólios e oligopólios na 
economia brasileira
Promover um ambiente competitivo no mercado interno dos países é de funda-
mental importância para o bem-estar socioeconômico de uma nação. Mesmocom esforço gerencial para repreender condutas anticompetitivas — incluindo o 
controle prévio de fusões e incorporações entre empresas que possam conduzir 
a estruturas de mercado fortemente concentradas — muitas vezes, como é o 
caso do Brasil, alguns setores acabam saindo da curva da competitividade. 
Isso acontece por necessidade governamental ou por destaque empresarial de 
alguma marca (POSSAS; PONDE; FAGUNDES, 1997). 
9Organização econômica e distribuição industrial no território II
Monopólios na economia brasileira
Monopólio é uma palavra de origem grega (mono = um e pólio = comércio ou 
venda) que indica que apenas uma companhia ou empresa detém o comércio 
de determinado produto ou serviço. Dessa forma, não há concorrência, e o 
único regulador de preços dos produtos é a demanda do mercado. Sem con-
corrência, não há alternativas aos produtos e preços, que podem aumentar 
sem contestação.
A legislação brasileira que regula a atividade comercial proíbe a criação 
de monopólios e as práticas monopolistas em todos os setores da economia. 
Existem, para tanto, alguns ajustes legais para evitar o domínio de uma em-
presa sobre a comercialização de um determinado produto ou serviço. Dessa 
forma, quando se tem a fusão de grandes empresas, esse processo é analisado 
e ocorre somente com a aprovação de órgãos públicos especializados, a fim 
de evitar a formação de monopólio.
Contudo, a maior parte dos monopólios brasileiros é exercida, ou foi exer-
cida ao longo da história, por estatais, resguardadas por leis específicas para 
cada caso. O exemplo mais clássico é o setor do petróleo, que por muitos anos 
foi um monopólio do governo brasileiro, exercido pelo controle acionário 
estatal da Petrobrás. Nos últimos anos, observa-se o esforço do governo em 
abrir esse mercado a outras empresas exploradoras, atraindo investimentos 
privados por meio de leilões para exploração e distribuição de combustíveis. 
No entanto, a Petrobrás ainda continua exercendo certo controle sobre o 
mercado de exploração e distribuição, em virtude de sua grande estrutura e 
conhecimento técnico.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) é uma estatal 
que possui monopólio sobre os serviços postais no Brasil, não permitindo a 
concorrência no setor. A legalidade desse monopólio vem sendo discutida; 
porém, as últimas decisões da justiça brasileira garantem a permanência dos 
serviços somente pelos Correios. Criada em 20 de março de 1969, a empresa 
está presente em todos os municípios brasileiros e é, atualmente, pública de 
direito privado, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e 
Comunicações (MCTIC).
Um exemplo de monopólio no passado brasileiro é a Telecomunicações 
Brasileiras S/A (Telebrás), que foi privatizada em 1998. Essa privatização 
possibilitou a inclusão digital no País, já que, antes dela, as linhas de telefones 
eram vendidas por valores que a maioria da população não podia pagar. Após 
a privatização e, principalmente após a abertura do mercado brasileiro para 
outras empresas, inclusive estrangeiras, houve ampliação no acesso ao serviço 
Organização econômica e distribuição industrial no território II10
de telefonia. Além disso, os avanços tecnológicos do início do século, como 
a tecnologia por satélites, difundiram ainda mais o uso da tecnologia no País. 
No entanto, o governo não quebrou totalmente o seu controle na área, pois 
ainda mantém restrições de mercado por meio da concessão dos serviços.
No caso do Brasil, alguns monopólios estruturam-se, na sua maior parte, 
como estatais de governo. O processo é considerado normal em uma indus-
trialização, pois o investimento inicial para viabilizar a produção é muito alto 
e não se tem o retorno garantido. Portanto, no caso brasileiro, os monopólios 
se estruturam, principalmente, como estatais de base ou como prestadoras de 
serviços em áreas estratégicas para o governo. Como exemplo, podemos citar 
os bancos federais ou estaduais, controlados pelo governo por ser uma área 
estratégica no cenário brasileiro de alguns anos atrás; hoje, depois da abertura 
ao mercado, temos oligopólios bancários, com taxas superiores aos estatais.
Oligopólios na economia brasileira
Oligopólio é também uma palavra de origem grega (oligo = poucos e pólio = 
comércio ou venda) que indica que poucas companhias ou empresas detêm 
o comércio de determinado produto ou serviço. Nesse sistema, não há uma 
concorrência perfeita sobre a venda dos produtos, podendo haver inclusive 
formações de cartéis de preços, onde se praticam preços iguais ou parecidos 
nos produtos oferecidos por determinados fornecedores.
Atualmente, o setor de telecomunicações no Brasil é um exemplo clássico de 
um oligopólio de algumas empresas que dominam o mercado, principalmente 
de telefonia fixa e móvel e de internet. Assim, essas empresas conseguem 
praticar preços fora do mercado causados pela falta de alternativas oriunda 
do oligopólio do setor. Além disso, essas empresas realizam entre elas mais 
acordos do que competições, coordenadas por holdings, grupos de acionistas 
com fatias acionárias em todas as empresas do setor. Dessa forma, também 
não há concorrência, o que diminui a possibilidade de o consumidor barga-
nhar para conseguir um preço mais vantajoso pelo serviço. Em determinadas 
regiões brasileiras, os efeitos dos oligopólios das telecomunicações são mais 
evidentes, como no Nordeste (TEIXEIRA; BRASIL, 2011).
No Brasil, portanto, são bastante comuns oligopólios em determinadas 
fatias do mercado. A seguir estão alguns exemplos de oligopólios para cada 
mercado de atuação.
11Organização econômica e distribuição industrial no território II
  Setor bancário: 80% da demanda bancaria brasileira está concentrada 
em cinco bancos — Itaú, Bradesco e Santander (privados), Caixa Eco-
nômica Federal e Banco do Brasil (estatais).
  Setor de bebidas: a Coca-Cola domina a maior fatia do mercado relacio-
nado a águas, sucos e refrigerantes no mercado brasileiro, enquanto a 
Ambev e a Brasil Kirin dominam grande parte do mercado de cervejas 
brasileiro. Essas empresas contam em comum com grande capital de 
participação internacional, dominando cerca de 90% do mercado de 
bebidas.
  Setor de chocolates: a Nestlé e a Kraft dominam 76% do mercado de 
chocolate no brasileiro.
  Setor de carnes: o oligopólio do setor ficou mais acentuado no governo 
Lula, com grande atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) concedendo empréstimos para grandes 
fusões e aquisições entre empresas. Com isso, atualmente a BRF (Sadia 
e Perdigão) e a JBS (Friboi, Seara, Swift, Maturatta e Cabana Las Lilas) 
dominam amplamente o mercado.
  Setor de mídia: a mídia digital brasileira, que ainda é herança do período 
da ditadura militar, composta pelas emissoras: Globo, Record, SBT e 
Band controlam quase 100% da audiência das TVs abertas com gran-
des aportes financeiros do governo para publicidade governamental e 
estatal. No que se refere à mídia impressa, destacam-se Abril, Folha, 
Globo e Estadão, que dominam o setor e também possuem o governo 
como maior cliente.
  Setor petroquímico: as indústrias petroquímicas brasileiras são geren-
ciadas pelos mesmos grupos, mesmo que tenham nomes e endereços 
diferentes, como a PQU (Unipar, Down/UnionCarbide/Suzano/Petro-
quisa), a Brasken (Odebrecht/Petroquisa), Copesul (Odebrecht/Ipiranga/
Petroquisa) e a Riopol (Unipar/Suzano/Petroquisa).
  Setor automotivo: o setor de veículos sempre foi um grande monopólio 
no Brasil, mas, após a abertura do mercado, passou a ser um oligopólio 
dominado por cinco marcas que detêm 80% do mercado nacional — 
Fiat, Volkswagen, General Motors, Ford e Renault.
  Setor da construção: o mais complexo dos oligopólios e também apon-
tado como um dos mais corruptos dos últimos anos, tendo suas princi-
pais obras na esfera pública, como Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC, 
Andrade Gutierrez, Engevix e Queiroz Galvão, OAS.
Organização econômica e distribuição industrialno território II12
São raros os setores da economia ou mercados brasileiros que não são 
dominados por um pequeno grupo de empresas. Os oligopólios são, portanto, 
formadores de um ambiente em que não se tem o crescimento de novos grupos 
empresariais no País.
Conclui-se, dessa forma, que as transformações industriais ocorridas no 
Brasil a partir da década de 1950 trouxeram inúmeras mudanças em nosso 
território. Entre elas, pode-se destacar o fluxo migratório positivo de pessoas 
ao longo dos anos, atraídas pela oportunidade de empregos para os grandes 
centros urbanos, com destaque para a região metropolitana da cidade de São 
Paulo, a mais populosa do País. No entanto, a industrialização e o fluxo mi-
gratório também trouxeram muitas desigualdades socioeconômicas, gerando 
uma parcela marginalizada da sociedade sem acesso a emprego, educação e 
moradia digna.
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB). Ajuste das contas públicas e transparência na co-
municação explicam sucesso do Plano Real. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/
detalhenoticia/358/noticia. Acesso em: 31 out. 2019.
CAPUTO, A. C.; MELO, H. P. A industrialização brasileira nos anos de 1950: uma análise 
da instrução 113 da SUMOC. Estudos Econômicos, v. 39, n. 3, p. 513-538, jul./set. 2009. Dis-
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desenvolvimento econômico. In: TOLIPAN, R.; TINELLI, A. C. (org.). A controvérsia sobre 
distribuição de renda e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
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http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul. Acesso em: 31 out. 2019.
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15, n. 1, p. 234-252, 1994. Disponível em: https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/
article/download/1698/2065. Acesso em: 31 out. 2019.
POSSAS, M. L.; PONDE, J. L.; FAGUNDES, J. Regulação da concorrência nos setores de 
infraestrutura no Brasil: elementos para um quadro conceitual. Infraestrutura: perspectivas 
13Organização econômica e distribuição industrial no território II
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concorrencia_nos_setores_de_infraestrutura_no_brasil.pdf. Acesso em: 31 out. 2019.
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interpretação gramsciana. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 27., 2013, Natal. Anais 
[...]. Natal, RN: ANPUH, 2013. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/
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VELOSO, F. A.; VILLELA, A.; GIAMBIAGI, F. Determinantes do "milagre" econômico bra-
sileiro (1968-1973): uma análise empírica. Revista Brasileira de Economia, v. 62, n. 2, p. 
221-246, abr./jun. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbe/v62n2/06.pdf. 
Acesso em: 31 out. 2019.
Organização econômica e distribuição industrial no território II14
 
Dica do professor
A evolução da indústria automobilística brasileira está, de certa forma, correlacionada a todos os 
processos industriais e a todas as dinâmicas de exportação e importação ocorridas no mercado 
brasileiro, principalmente após a década de 1950. Ao longo desses anos, muitas políticas de 
investimentos e de controle de importação e exportação foram estabelecidas. Além disso, a 
logística interna brasileira sempre foi estimulada pelos governo, principalmente, pelo transporte 
rodoviário à base de combustíveis fósseis, estimulando a indústria do setor automobilístico e de 
extração de petróleo. 
Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores de carros do mundo, as maiores montadoras de 
automóveis possuem linhas de montagens aqui. Para a balança comercial brasileira, é um fator 
importantíssimo, pois, mesmo que o Brasil não exporte muitos carros montados, consegue suprir o 
mercado interno, que há muitos anos exige grande demanda.
A demanda advém da necessidade de locomoção da população, uma vez que não há uma rede de 
transporte coletivo capaz de suprir a demanda dos grandes centros. Isso causa problemas sociais, 
principalmente nas grandes cidades, com os grandes congestionamentos, provocados pelo trânsito 
intenso de veículos. 
Na Dica do Professor, conheça alguns aspectos relevantes, políticos e econômicos, da trajetória da 
indústria automobilística no cenário nacional.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c1ed42f458ccfe353aea75362a7b8fe0
Exercícios
1) O Plano de metas foi desenvolvido pelo presidente Juscelino Kubitschek, popularmente 
conhecido como JK; o governante visava o processo de evolução da indústria brasileira, 
ficando conhecido pelo lema “50 anos em 5”. O plano foi considerado o auge do processo de 
industrialização brasileiro.
Para incentivar a indústria interna o plano objetivava:
A) dificultar a importação de produtos e desestimular a construção de uma estrutura industrial 
interna sólida no país. 
B) facilitar a importação de produtos e mercadorias e estimular os processos industriais internos. 
C) dificultar a importação de produtos e a construção de uma estrutura industrial interna sólida 
no país. 
D) incentivar a produção agrícola brasileira e facilitar a importação de produtos industrializados. 
E) incentivar a produção agrícola brasileira e desestimular a construção de uma estrutura 
industrial interna sólida no país. 
2) O período conhecido como milagre econômico brasileiro foi marcado por extraordinárias 
taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), chegando a até 11,1% ao ano.
Uma soma de fatores pode ser considerada como de fundamental importância para que 
acontecesse o milagre econômico, entre esses fatores é possível citar:
A) reformas institucionais de cunho econômico do governo de Castello Branco, políticas 
ambientais adotadas no período e mercado externo favorável. 
B) reformas institucionais de cunho econômico do governo de Castello Branco, políticas 
econômicas adotadas no período e mercado externo em recessão. 
C) reformas institucionais de cunho trabalhista do governo de Castello Branco, políticas 
econômicas adotadas no período e mercado externo em recessão. 
D) reformas institucionais de cunho trabalhista do governo de Castello Branco, políticas 
econômicas adotadas no período e mercado externo favorável. 
E) reformas institucionais de cunho econômico do governo de Castello Branco, políticas 
econômicas adotadas no período e mercado externo favorável. 
3) O Brasil passou por profundas transformações estruturais na década de 1990, que abriram 
caminho para um novo tipo de inserção internacional do país. Qual alternativa indica as três 
ações mais importantes dessa década?
A) A criação do Plano Real, a abertura econômica com importações e as privatizações. 
B) A criação do PlanoReal, as restrições maiores às importações e às privatizações. 
C) A criação do Plano de Metas, a abertura econômica com importações e a interrupção das 
privatizações. 
D) O Milagre econômico, a abertura econômica e a criação de novas empresas estatais. 
E) O Plano de Metas, as restrições maiores a importações e a criação de novas empresas 
estatais. 
4) Promover um ambiente competitivo dentro das economias nacionais é importante para o 
bem estar socioeconômico de uma nação.
Contudo, muitas vezes, surgem setores dominados por certas empresas, criando os 
chamados monopólios e oligopólios, que se caracterizam respectivamente por:
A) muitas companhias e empresas deterem o comércio de determinados produtos, garantindo a 
ampla concorrência dos mesmos; poucas companhias ou empresas deterem o comércio de 
determinado produto ou serviço. 
B) poucas companhias ou empresas deterem o comércio de determinado produto ou serviço; 
apenas uma companhia ou empresa deterem o comércio de determinado produto ou serviço. 
C) apenas uma companhia ou empresa detém o comércio de determinado produto ou serviço; 
muitas companhias e empresas detêm o comércio de determinadas produtos, garantindo sua 
ampla concorrência. 
D) apenas uma companhia ou empresa detém o comércio de determinado produto ou serviço; 
poucas companhias ou empresas detêm o comércio de determinado produto ou serviço. 
E) alternância de companhias ou empresas que detêm o comércio de determinado produto ou 
serviço; muitas companhias e empresas detêm o comércio de determinadas produtos, 
garantindo sua ampla concorrência. 
5) Numa economia inserida no comércio internacional, com grande fluxo de importações e 
exportações, o papel do Estado está ligado, diretamente, a quais atividades?
A) Criação de oportunidades no estabelecimento de condições e nos estímulos de investimento 
em determinados setores. 
B) Criação de oportunidades no estabelecimento de condições e nos estímulos de investimentos 
na agricultura familiar. 
C) Criação de processos burocráticos no estabelecimento de condições e nos estímulos de 
investimento em determinados setores. 
D) Criação de oportunidades no estabelecimento de condições e nos estímulos de investimento 
em empresas estatais. 
E) Criação de oportunidades no estabelecimento de empresas estatais e nos estímulos de 
investimento em determinados setores. 
Na prática
O Brasil, de certa forma, conta com uma industrialização consolidada, quando comparado a outros 
países que passaram pelo processo de industrialização no mesmo período, com níveis consideráveis 
de exportações nos diferentes setores da economia. Contudo, dentro do seu território, há grandes 
desigualdades regionais, ocasionadas por processos regionais desiguais de industrialização.
Apresentar essas desigualdades e os fatores históricos que causaram essas anomalias é um desafio 
para os professores frente aos seus alunos. O auxílio de mapas para essas aulas são fundamentais, 
possibilitando a noção espacial dos elementos.
Veja a seguir, a situação de Samuel. Ele é professor do 7.º ano do ensino fundamental e vai usar a 
aplicação de mapas em atividades industriais brasileiras, mostrando a espacialização da sua 
concentração; o objetivo é discutir as consequências do fenômeno.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A relação entre o capital estrangeiro e a industrialização 
brasileira nos anos 1950: uma opção política ou uma realidade 
importada?
Para saber mais, leia este trabalho que discute os principais aspectos relacionados ao capital 
estrangeiro, na forma de Investimento direto estrangeiro (IDE), no Brasil da década de 1950. Nele, 
são abordados os condicionantes externos e internos que influenciaram o influxo de IDE no 
período.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A influência da CEPAL na industrialização latino-americana: 
uma análise comparada entre Brasil e Argentina
O presente trabalho analisa a influência da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe 
(CEPAL) nos processos de industrialização brasileiro e argentino. É apresentada uma retrospectiva 
da industrialização dos países em questão, relacionando-a com a teoria cepalina. Leia!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Vantagens competitivas do oligopólio cervejeiro e a 
permanência de microcervejarias no Brasil
O objetivo deste trabalho é demonstrar como as empresas líderes e marginais do setor cervejeiro 
geram suas vantagens competitivas. As empresas líderes têm vantagens, relacionadas às economias 
http://www.abphe.org.br/revista/index.php/rabphe/article/view/351
https://www.seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/view/68787
de escala, ao passo que as microcervejarias preocupam-se com a inovação em produtos a partir do 
controle de uma fábrica enxuta em capital físico e humano, mas intensiva em conhecimento.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/5151/4395

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