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Gabarito_9ano_História_Módulo16

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1 Quais foram as estratégias para a criação de um am-
biente político estável durante o governo JK?
JK foi capaz de criar um ambiente de estabilidade por meio da anistia 
aos conspiradores que atentaram contra seu governo, somada a 
uma política de grandes investimentos nas Forças Armadas.
O crescimento econômico verificado pela média aproximada de 7% 
de aumento do PIB ao ano também contribuiu para a estabilidade 
política.
2 Segundo o tripé econômico, qual seria a origem do capi-
tal destinado ao desenvolvimento direto das indústrias 
automobilísticas no país?
JK entendia que os investimentos na indústria automobilística 
deveriam sair diretamente das empresas multinacionais que estavam 
sendo atraídas para o país. Daí a política de subsídios e investimento 
em infraestrutura. Seu intuito era tornar o Brasil uma nação 
interessante aos investimentos estrangeiros.
Apesar do aspecto positivo a respeito do governo JK, um olhar investigativo talvez permita novas 
percepções acerca desse período. Experimente coletar as impressões das pessoas da sua casa sobre 
esse governo. Talvez você perceba que o resultado dilui o olhar crítico que você percebeu até aqui. É 
comum depararmos com uma memória oficial e com uma popular, centrada sobretudo na construção 
de Brasília. Homenagens e referências não faltam sobre o assunto.
A inflação chegou a patamares considerados altíssimos para a época. A corrupção e o superfa-
turamento de obras públicas eram uma certeza entre seus detratores. A dívida externa foi mais que 
triplicada durante o mandato de JK e a ruptura com o FMI deixava para o seu sucessor um legado de 
excessiva austeridade. O resultado disso foi a impossibilidade de eleger o candidato de seu partido 
à sucessão, o general Lott. 
Apesar das críticas, o mérito do empreendedorismo de JK deve ser reconhecido. O Brasil cres-
ceu, a capacidade de consumo dos trabalhadores não foi inteiramente comprometida pela inflação, 
Brasília foi inaugurada (mesmo que inacabada), e a integração 
por meio das estradas teve grandes avanços. O Nordeste 
brasileiro teve atenção especial em seu governo com a cria-
ção da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste 
(Sudene), com o intuito de estimular e acompanhar o de-
senvolvimento daquela região. Ademais, as indústrias e sua 
capacidade produtiva cresceram, assim como o número de 
pessoas empregadas no país. Também não se pode ignorar 
a rara estabilidade democrática conquistada em um período 
marcado por constantes ameaças à ordem constitucional. 
Todavia, ao pensar no governo JK, não devemos nos 
restringir aos resultados imediatos de sua administração.
É preciso lembrar que o final instável de seu governo foi 
um dos elementos que contribuíram para a eleição de Jânio 
Quadros, apoiado pela UDN. Mas o desdobramento para o 
país será estudado no próximo módulo.
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
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Nota de cem cruzados — frente e verso — em 
homenagem a Juscelino Kubitschek após mais de 
duas décadas do fim de seu governo em 1961. As 
notas estiveram em circulação entre 1986 e 1990.
Austeridade: 
políticas 
econômicas 
voltadas ao 
controle de gastos, 
corte de despesas 
e ajuste fiscal.
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1 A imagem a seguir mostra os traços originais do urba-
nista Lúcio Costa a quem Juscelino Kubitschek enco-
mendou o desenho das ruas de Brasília. Visto do alto, 
o traçado original remete ao desenho de um avião, 
símbolo de modernidade, assim como a própria cidade. 
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Plano piloto (ou planta) da cidade de Brasília, elaborado pelo urbanista Lúcio Costa. 
Que elementos presentes na imagem acima nos per-
mitem perceber sua origem planejada antes mesmo 
de sua construção?
O plano piloto foi elaborado antes da construção da cidade. Além disso, 
os quarteirões e as ruas simétricos, com suas largas avenidas cortando o 
plano piloto de norte a sul e de leste a oeste, nos permitem 
entendê-la como um projeto racional, diferentemente da maior parte 
das cidades brasileiras, originadas da ocupação não planejada.
2 Observe a fotografia. 
Fábrica automotiva na década de 1950. 
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Explique como a fotografia, registrada nos anos 1950, 
pode ser explicada com base na política econômica 
brasileira durante o governo JK.
A Volkswagen foi uma das multinacionais atraídas pelas estratégias de 
JK para o desenvolvimentismo brasileiro. A atuação do capital estatal 
no desenvolvimento de uma infraestrutura, associada ao crescimento 
do mercado interno, foi responsável pela entrada de indústrias de 
bens de consumo duráveis como as de automóveis. 
3 Qual é o significado do termo “desenvolvimentismo”, 
frequentemente relacionado ao governo JK?
O termo “desenvolvimentismo“ está associado ao estímulo à 
industrialização. Quando um governante usa o termo, a 
intenção é a afirmação de uma identidade industrializante. 
4 Expliq ue os planos políticos pessoais de JK por trás da 
construção de Brasília.
Brasília serviria de cartão de visita político de JK, que tinha 
a intenção de disputar as eleições presidenciais de 1965.
APLICANDO O CONHECIMENTO
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4 Veja a tabela.
GREVES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Ano Número de greves 
1954 14
1955 18
1956 22
1957 16
1958 7
1959 32
1960 35
1961 56
1962 61
1963 77
1964 38
Total 376
Fonte: MATTOS, Marcelo Badaró. Greves, sindicatos e repressão policial no Rio de Janeiro 
(1954-1964). In: Revista Brasileira de História – Órgão Oficial da Associação Nacional de 
História. São Paulo: ANPUH, v. 24, n. 47, jan.-jun. 2004, p. 243.
Observando a tabela, relacione o cenário econômico 
e social dos anos finais do governo JK ao número de 
greves na cidade do Rio de Janeiro. 
As escolhas econômicas da administração de JK levaram 
a um ambiente de insatisfação generalizada em razão do quadro 
inflacionário constituído. Além disso, estava em curso uma 
campanha pela desmoralização de sua administração, por meio 
de denúncias de superfaturamentos e práticas de corrupção 
associadas à construção de Brasília. A soma desses fatores levou 
a um grande aumento do número de greves no Rio de Janeiro 
durante os anos finais de seu governo. 
3 Leia o trecho abaixo.
Pode-se ligar essa hipótese àquilo que já foi propos-
to, em termos semelhantes, por Mikhail Bakhtin, e que é 
possível resumir no termo “circularidade”: entre a cultura 
das classes dominantes e a das classes subalternas exis-
tiu, na Europa pré-industrial, um relacionamento circu-
lar feito de influências recíprocas, que se movia de baixo 
para cima, bem como de cima para baixo.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido 
pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 12-13. 
No livro O queijo e os vermes, o historiador Carlo Ginzburg 
se debruça sobre as trocas e os diálogos culturais entre 
as classes subalternas e as classes dominantes da Europa 
moderna e seus desdobramentos. 
No Brasil, durante o governo JK, o encontro cultural 
entre as classes também teve desdobramentos. Analise 
a Bossa Nova à luz do conceito de encontros culturais 
apresentado na citação acima. 
A circularidade cultural pode ser percebida na Bossa Nova, uma vez 
que esse estilo representa o encontro do samba, de origem e 
consumo predominantemente populares, ligado às classes subalternas, 
com o jazz, que, apesar da origem afro-americana, chegaao Brasil por
intermédio dos grupos sociais dominantes. O resultado foi um novo 
estilo de samba, alimentado pela melodia e pelo ritmo de uma música 
estrangeira que ajuda a tornar aquele produto popular uma melodia 
aceitável aos ouvidos das elites. 
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1 Observe as imagens. 
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Plano piloto da Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) elaborado por Lúcio Costa. 
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Plano piloto de Brasília elaborado por Lúcio Costa. 
 O primeiro projeto representa o bairro da Barra da Tijuca e suas extensões e foi elaborado por Lúcio Costa nos anos 
1970. O segundo retrata a atual capital brasileira, quando ainda era um projeto nos anos 1950. Este último foi cum-
prido integralmente, mas o crescimento desordenado da população vem levando a capital a se adaptar às demandas, 
o que significa fugir do projeto original, que não contava com o surgimento de cidades-satélites que circundariam 
a capital, muitas delas repletas de ambientes urbanos pouco estruturados, uma vez que os valores cobrados pelos 
imóveis dentro do plano piloto não eram acessíveis a todos os assalariados. No que diz respeito à Barra da Tijuca, o 
plano piloto nunca foi respeitado, restando apenas algumas ideias, que foram postas em prática sem que houvesse 
continuidade. Sobre a construção ou a expansão planejada de cidades, podemos dizer que:
a) envolvem um desafio de planejamento e execução nem sempre condizentes com o planejado.
b) submetem de maneira autoritária e incontornável a população aos devaneios de um urbanista.
c) tornam os processos de expansão das cidades mais acessíveis às classes populares.
d) exigem dos governos que as executam um olhar sensível para as necessidades populares.
e) provocam sempre o desenvolvimento inevitável das regiões sujeitas a esses projetos.
2 Em novembro de 1955 o Brasil teve três presidentes em uma semana. O episódio teve início com um suposto 
mal-estar cardíaco do presidente João Café Filho, o que levou o cargo a ser transferido interinamente ao pre-
sidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Este não teve tempo sequer de “esquentar a cadeira”, sendo 
deposto pelo general Lott, que assegurou a Nereu Ramos, presidente do Senado, a função de terminar o man-
dato que Getúlio Vargas não pudera concluir.
Esse conturbado período foi marcado por conspirações golpistas, finalmente frustradas pela atuação do general Lott, 
um militar considerado um legalista porque:
a) acreditava que as Forças Armadas deveriam liderar a nação rumo ao crescimento inexorável.
b) defendia o respeito à Constituição como único caminho aceitável para a boa política no país.
c) conspirava contra o PSD de Carlos Luz por compartilhar do trabalhismo de João Goulart.
d) promovia os princípios do integralismo, que era antipático a quaisquer soluções golpistas.
e) sonhava com a Presidência da República desde sua última candidatura sob indicação do PTB.
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
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3 Leia o trecho a seguir. 
Essa nova moda, em matéria de música popular, correspondia exatamente a um tipo novo de alienação (embora socio-
logicamente inevitável) não desejada das elites brasileiras, ao início de um processo de rápida industrialização. O mesmo 
que levava o Presidente Kubitschek a saudar com discurso de afirmação nacional a fabricação dos primeiros modelos de 
automóveis JK no Brasil, diante de algumas unidades trazidas às pressas da Itália, desmontadas, para servirem à ocasião.
Fora dentro desse mesmo espírito que os rapazes dos apartamentos de Copacabana, cansados da importação pura 
e simples da música norte-americana, resolveram montar o novo tipo de samba, à base de procedimentos da música 
clássica e do jazz […]
RAMOS, José Tinhorão. Música popular: um tema em debate. São Paulo: Ed. 34, 1997. p. 37-38. 
Com base na leitura, podemos dizer que o autor:
a) tem uma opinião acrítica sobre a Bossa Nova, mas questiona o nacionalismo de JK.
b) tem um olhar crítico sobre os aspectos nacionalistas do projeto de JK e da Bossa Nova.
c) defende a exaltação da Bossa Nova e da política nacionalista ufanista de JK. 
d) evita desenvolver qualquer análise crítica de um ícone da política e de outro da música nacional.
e) critica a Bossa Nova ao mesmo tempo que defende as escolhas econômicas de JK.
4 O gráfico abaixo demonstra a trajetória do salário mínimo entre os anos de 1950 e 1960. 
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R$ 400
R$ 350
R$ 500
R$ 450
R$ 600
R$ 550
R$ 700
R$ 650
R$ 800
R$ 750
R$ 900
R$ 850
R$ 1 000
R$ 950
R$ 1 100
R$ 1 050
R$ 1 200
R$ 1 150
R$ 1 300
R$ 1 250
R$ 1 400
R$ 1 450
R$ 1 350
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Salário mínimo de 1950 a 1960 (em R$ de 2019)
Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/colunistas/pedro-menezes/como-aumentos-no- 
salario-minimo-contribuiram-para-o-golpe-de-64/>. Acesso em: 2 mar. 2020.
A partir das informações contidas nele, podemos afirmar que:
a) o período do governo JK foi o de menor poder de consumo do salário mínimo.
b) o salário mínimo apresenta uma crescente capacidade de consumo em sua história.
c) o século XXI foi caracterizado pela valorização dos direitos humanos do trabalhador.
d) o governo de JK promoveu aumentos reais no salário mínimo e na capacidade de consumo do trabalhador.
e) o Produto Interno Bruto brasileiro foi capaz de surpreender as expectativas nacionais.
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