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História_7ano_Módulo10

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1 Relacione mercantilismo com Expansão Marítima.
O mercantilismo aumentou a necessidade dos países europeus em relação aos metais preciosos e às matérias-primas em geral, e a Expansão Marítima
foi uma forma de suprir tais demandas.
Leia o artigo:
O encobrimento do Brasil
Em 1992, por ocasião dos 500 anos da viagem de Colombo, houve intenso e extenso debate nas Amé-
ricas e na Europa sobre o vocabulário adequado para descrever a chegada dos europeus ao continente. 
Uma crítica devastadora foi então feita ao uso da palavra “descobrimento”, ou “descoberta”, por representar 
um insuportável etnocentrismo europeu. De fato, só foi descobrimento para os europeus. Aqui viviam, 
em 1492, cerca de 50 milhões de habitantes, não muito menos que a população da Europa. A Cidade do 
México, capital do império asteca, tinha 200 mil habitantes, mais talvez do que qualquer cidade europeia. 
Paris tinha na época cerca de 150 mil.
Falar em “descobrimento”, argumentou-se, implicava dizer que essas gentes e civilizações só tinham 
passado a ter existência real após a chegada dos europeus. Implicava ainda dar um tom falsamente neutro 
a um processo que foi violento e genocida. Os 5 milhões de nativos de Hispaniola, aonde chegou Colombo, 
desapareceram em um século. [...]
Sete anos depois, o Brasil entra na febre dos seus 500 anos. No entanto, nas celebrações oficiais e oficiosas, 
nas reportagens da mídia, nas exposições, nos seminários acadêmicos, a terminologia empregada para descrever 
a chegada dos portugueses a nossas praias é uma só. Com uma ou outra exceção, em geral vinda de algum chato 
inconveniente, celebra-se o descobrimento do Brasil. Os (poucos) que leram a carta de Caminha exibem erudição 
usando o equivalente arcaico “achamento”. A quase unanimidade vocabular deixa perplexos observadores de 
outros países. Perguntam-se se os brasileiros não tomaram conhecimento do debate de 1992. [...]
CARVALHO, José Murilo de. O encobrimento do Brasil. Folha de S.Paulo, 3 out. 1999. 
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_6_4.htm>. Acesso em: 6 out. 2019.
● No texto o autor problematiza alguns pontos relativos à chegada dos europeus ao continente 
americano. Quais são as principais questões levantadas por ele? 
Conforme estudamos neste módulo, a Expansão Marítima foi um processo de Grandes Nave-
gações desenvolvido pelos países europeus, com predominância de Portugal e Espanha, a partir do 
final do século XIV, no contexto do mercantilismo. 
As viagens ultramarinas, facilitadas pelo desenvolvimento da tecnologia ligada às navegações e 
pelo fortalecimento do racionalismo, possibilitaram a chegada dos europeus a regiões até então des-
conhecidas por eles, ampliando de forma significativa o comércio e a exploração de metais preciosos.
A fim de organizar os territórios “descobertos” nesse período, portugueses e espanhóis realizaram 
acordos para repartir entre eles tais regiões, sendo o mais representativo e duradouro o Tratado de 
Tordesilhas, de 1494. 
A ideia central do 
texto é a discussão 
em torno dos termos 
“descobrimento” 
e “achamento”, 
utilizados em larga 
escala para se 
referir à chegada 
dos espanhóis na 
América em 1492 
e dos portugueses 
ao Brasil em 1500. 
O objetivo da 
Situação-problema
é suscitar o 
questionamento 
do uso dos termos 
com base no texto, 
desconstruindo uma 
visão eurocêntrica 
dos acontecimentos 
e levando em 
consideração a 
perspectiva dos 
povos nativos desses 
territórios, que já os 
ocupavam havia 
muito tempo.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
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1 O rei Francisco I, da França, utilizou da ironia para repu-
diar a divisão do mundo entre espanhóis e portugueses 
ao comentar: “Gostaria de ver o testamento de Adão 
para saber de que forma este dividira o mundo”.
Qual é a crítica que está sendo feita pelo monarca francês?
A crítica remete ao fato de que o “mundo” tinha sido dividido entre 
portugueses e espanhóis, ignorando-se os interesses dos outros 
países europeus que, posteriormente, também se lançariam às 
Grandes Navegações.
2 Leia com atenção o trecho a seguir.
As grandes mudanças que se verificam na arte náutica 
durante a segunda metade do século XV levam a crer na 
possibilidade de chegar-se, contornando o continente afri-
cano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, 
que a ambição de atingir por via marítima esses países de 
fábula presidisse as navegações do período henriquino, 
animada por objetivos estritamente mercantis. [...] Com a 
expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico 
negreiro para o Reino [...]. Da mesma viagem procede o 
 primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naque-
las partes. O marfim, cujo comércio se achava até então 
em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo 
os barcos lusitanos, por volta de 1447.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. A época colonial: etapas dos descobrimentos 
portugueses. Rio Grande do Sul: Globo, 1981. v. 1. 
(História Geral da Civilização Brasileira). 
O trecho sublinhado no texto mostrou-se realidade? 
Justifique.
Não, pois Colombo acabou chegando à América.
3 Leia os versos a seguir.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano
O mar sem fim é português.
PESSOA, Fernando. Mensagem: poemas esotéricos. 
Madri: ALLCA, 1997.
O que o poeta quis demonstrar com o verso “o mar sem 
fim é português”?
Fernando Pessoa refere-se ao predomínio português nas Grandes 
Navegações.
2 Aponte dois avanços científicos que tenham facilitado 
as viagens ultramarinas.
A invenção da caravela e o aprimoramento da bússola, do astrolábio, 
da Cartografia de forma geral, etc.
APLICANDO O CONHECIMENTO
3 Quais características do Estado português que contribuí-
ram para o pioneirismo do país nas Grandes Navegações?
Sua localização geográfica favorável, experiência em pesca e 
navegação, precoce centralização política, etc.
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1 Entre os fatores que possibilitaram a Expansão Marítima 
a partir de finais do século XIV, podemos mencionar:
a) o avanço da Cartografia e o fim do poder da Igreja 
católica.
b) o desenvolvimento dos instrumentos de navegação 
e o baixo custo das viagens.
c) o interesse em encontrar metais preciosos e a cria-
ção da caravela.
d) a busca por uma nova rota para as “Índias” e a assi-
natura do Tratado de Tordesilhas.
2 Assinale a alternativa que corresponde corretamente às 
viagens ultramarinas e suas respectivas consequências:
a) a chegada dos portugueses a Ceuta, em 1415, foi fun-
damental para o crescimento do comércio de especia-
rias na região.
b) a passagem de Bartolomeu Dias pelo Cabo das 
Tormentas acabou possibilitando a chegada dos por-
tugueses à América em 1492.
c) a ideia inicial de Cristóvão Colombo era atingir o 
Oriente (“Índias”), navegando na direção oposta.
d) a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil alterou de 
forma definitiva os acordos feitos na Bula Inter Coetera.
3 A respeito das viagens promovidas pelos portugueses 
a partir do século XV, podemos afirmar que:
a) o fato de ser o primeiro Estado moderno europeu 
não interferiu no sucesso de Portugal nas Grandes 
Navegações.
b) a localização geográfica favorável para atividades 
marítimas como pesca e navegação deu experiência 
aos portugueses antes mesmo da Expansão Maríti-
ma se consolidar.
c) o contato dos portugueses com diversos povos da 
África auxiliou o desenvolvimento da bússola, do 
astrolábio e da caravela.
d) a crise econômica vivida por Portugal no século XV 
não atrapalhou seus investimentos em viagens de 
grande porte.
4 Tendo como base o Tratado de Tordesilhas (1494), mar-
que a alternativa correta.
a) O acordo dividia os territórios que fossem encontra-dos no contexto da Expansão Marítima entre Portu-
gal e Espanha.
b) O tratado visava impedir que os espanhóis acessas-
sem áreas do chamado Novo Mundo.
c) A assinatura entre Portugal e Espanha deveu-se às 
pressões do rei inglês que ameaçava invadir as terras 
da América.
d) O fim do tratado deu-se logo após a chegada de 
Cabral ao Brasil em 1500.
ANOTAÇÕES
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
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