Buscar

CADERNO ANOTAÇÕES - CONTRATOS DIREITO CIVIL VI DIREITO CONTRATUAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL VI: CONTRATOS
· INTRODUÇÃO:1. Acordo
2. Sujeitos/partes
3. Vontade 
4. Instrumento formal
5. *Documento ≠ instrumento
6. Objeto
7. Direitos e deveres (obrigações)
8. Foro de eleição
9. Chancela
10. Prazo
· O QUE É UM CONTRATO?
-CONCEITO BASEADO MAS PALAVRAS DADAS: contrato é um acordo de vontade entre 2 ou mais sujeitos que durante determinado objeto e conforme a boa-fé assumem direitos e obrigações sob determinado prazo, conforme foro de eleição, chancelando sua vontade
* - documento é qualquer papel que demonstre determinada informação, já instrumento é um documento que foi criado; desde o início foi pensado/concebido para servir de prova e é sempre escrito
 EX: comprovante de compra (via do cliente)
 └ existe para comprovar a existência do contrato de compra e venda
· ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS:
- ACORDO DE VONTADE
 └ o vinculo contratual só existe até que existe a vontade 
interesses
- ENTRE 2 OU + SUJEITOS E PARTES 
 └ 2 ou + interesses
 └ interesse é um elemento diferente de parte
 └ para ter um contrato precisa de 2 ou + interesses
 └ “autocontrato/contrato consigo mesmo”: quando tem 1 contrato com 2 interesses diferentes, mas sendo representado pela mesma pessoa
 EX: vendedor -> A; comprador -> B, representado por A  o CC diz ser válido esse tipo desde que não haja com má-fé
- OBJETO COM RELEVÂNCIA ECONÔMICA 
- DIREITOS E DEVERES/OBRIGAÇÕES
- OBRIGATORIEDADE
 └ todo contrato é um vínculo obrigatório, ou seja, o cumprimento dos deveres do contrato passa a ser obrigatório
* NAÕ PODE DEFINIR CONTRATO COMO INSTRUMENTO JURÍDICO PORQUE HÁ CONTRATOS VERBAIS 
 └ MELHOR DEFINIR COMO VÍNCULO CONTRATUAL
· HISTÓRICO/EVOLUÇÃO:
1. A: MÉDIA - ABSOLUTISMO 
- o indivíduo passou a ser reduzido, minimizado
- foram aumentados os poderes da igreja e do Estado, que exerciam a maior parte do controle econômico e jurídico também 
- os indivíduos, apesar a herança romena, passaram a ser inferiorizados
- eles não tinham autonomia para contratar
- foi um abandono da autonomia/liberdade dos indivíduos contratar
- o contrato veio mais pós a revolução francesa
- porque nesse período os indivíduos voltaram a ter autonomia, liberdade
- FOI UM GRANDE MARCO HISTÓRICO POR ISSO: os indivíduos passaram a ter liberdade para contratar
 └ gerou 2 princípios:
i. OBRIGATORIEDADE (“pacto sund servanda”)
ii. RELATIVIDADE ( efeitos do contrato limitam-se às partes)
2. B: REVOLUÇÕES BURGUESAS – IDADE “MODERNA” 
-os ideais de liberdade e autonomia voltaram à tona e permitiram que o indivíduo voltasse a valorizar sua vontade
- o indivíduo podia praticar o que entendesse 
- LIBERDADE
- AUTONOMIA
- VALORIZAÇÃO DA VONTADE: praticas os atos da vida civil de acordo com sua vontade
- depois dessa valorização acima o direito privado se transformou e evoluiu
- o direito contratual passou a ter a importância que tem hoje: as máximas eram a OBRIGATORIEDADE(1) e o RELATIVISMO/RELATIVIDADE CONTRATUAL (2) = PACTO SUND SERVANDER
 (2): - somente os sujeitos envolvidos tem importância para esse pacto
 - os efeitos desse contrato são limitados às partes envolvidas e só a elas diz respeito
 - não respeitavam o direito da coletividade porque o que importava era a autonomia/liberdade do individuo 
- “parece liberdade demais” -> todos os indivíduos tinham os mesmos poderes/liberdades/deveres/obrigações:
 - ao mesmo tempo que a obrigação garantia a liberdade da pessoa também botava em risco, já que não tinha uma balança do que era pactuado
 EX: comprar uma vida
 └ devido a toda essa autonomia e liberdade que começou a gerar conflitos sociais fez com que passassem a pensar em um novo modelo: “Estados do bem estar social”
3. C: ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL 
- COLETIVIDADE
- DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
- FUNÇÃO SOCIAL (contrato proprie fam empo)
- BOA FÉ (leal, transparente, ética e honesta)
- pela primeira vez foi entregue ao Estado; começou a se preocupar pelo bem estar da sociedade
- funcionavam com base em normas jurídicas ( por isso são precursores dos Estados de Direito)
- os 2 princípios que surgiram na idade moderna são adaptados no período dos Estados sociais 
 EX: o efeito é entre as partes, mas o contrato não pode interferir no direito de terceiro
- nessa época os princípios foram readaptados e passaram a ter mais 2 princípios:CONTINUA TENDO A OBRIGATORIEDADE E O RELATIVISMO, MAS PASSARAM A TER QUE SER ACOMPANHADOS DESSES 2 PRINCÍPIOS 
I. A FUNÇÃO SOCIAL
- quais são os efeitos na sociedade e para que serve
- existe a função social de várias coisas, coimo do contrato, da sociedade, da família -> todos esses institutos não podem se limitar no direito privadoFUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: para fazer circular riquezas e também promover o crescimento econômico das partes e o entorno; dar segurança jurídica às partes
 └ tem uma função além dos interesses das partes envolvidas
II. BOA FÉ 
- é o ponto de partida de uma relação de confiança
· ARTIGO 421 CC
└ há liberdade, mas com o limite que é a função social do contrato
· ARTIGO 422 CC
└ princípio da boa-fé: sempre os contratantes tem que agir com base na boa fé
 
 O código mostra que o direito contratual reflete os ideais dos Estados democráticos e de bens sociais 
 └ a liberdade não é total, é mitigada/controlada principalmente pelos princípios da boa fé e da função social 
· CONTRATOS CIVIS(1) ≠ CONTRATOS DE CONSUMO(2)
(1) :
- Em regra, partem da ideia da individualidade
- as partes vão criar seus contratos, com suas clausulas 
- partem da ideia do equilíbrio dos sujeitos envolvidos na relação jurídica 
 └ esse equilíbrio dos sujeitos = igualdade entre as partes
- usa o CC
* - devido o andamento da sociedade, surgiu contratações em massa e com isso uma necessidade de um “novo direito”; ramo
- surgiu uma nova sociedade “hiper moderna”; “era de sociedade de consumo”; a velocidade das contratações e para serem feitas de forma rápida e mais rápido possível
- devido a essa velocidade não tinha como continuar firmando contratos individuais; precisou de um novo ramo; uma nova norma para o contexto pacificado: “contratos de consumo”
(2) :
- em regra, as relações serão massificadas
- os sujeitos estão em TOTAL desequilíbrio ( = desigualdade)
- Código de Defesa do Consumidor {Lei 8078/90}
- como regra no âmbito das relações civis os contratos costumam ser individuais, já os do consumidor costumam ser massificados NÃO É SEMPRE ASSIM, É “NORMALMENTE”
 NA MATÉRIA DE CONTRATOS VAMOS FICAR EM CONTATOS CIVIS (1)
- todo contrato é um negócio jurídico bilateral porque necessariamente terá mais de 1 interesse; no mínimo 2 interesses diferentes envolvidos na relação jurídica
- contrato é um acordo de vontade entre 2 ou + pessoas em função de um objeto que os vincula a cumprir determinada obrigação 
 - contrato é um ato jurídico em sentido amplo -> é um negócio jurídico 
 ATO JURÍDICO
 ATO JURÍDICO ATO FATO NEGOCIO JURIDICO
· ELEMENTOS DO CONTRATO
- NEGÓCIOS JURÍDICOS: ARTIGO 104 CC
REQUISITOS:
A. SUBJETIVOS
- são exigidos dos sujeitos
- aplica-se aos sujeitos
A.1. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE (capacidade civil)
- além de ser livre tem que ser informada todas as informações necessárias para a formação da vontade do outro
- isso envolve a validade ulterior do contrato
- capacidade civil para praticar validamente qualquer ato da vida civil
A.2. APTIDÃO ESPECÍFICA PARA CONTRATAR
- aptidão = habilidade
- é o que vai determinar o pode ou não de celebrar o contrato é o poder que o sujeito exerce sobre o objeto
- ou seja, precisa que o contratante tenha poderes para celebrar aquele contrato 
A.3 CONSENTIMENTO 
- o silêncio pode ser considerado/interpretado como um consentimento, salvo contrato específico 
ART. 111 CC- ANULABILIDADE: vícios menos gravosos na validade.
- NULABILIDADE: mais grave; acontece na validade e na existência também, de tão grave que é.
B. OBJETIVOS 
- relação com o objeto
- aplica-se ao objeto da relação contratual
B.1. LICITUDE DO OBJETO
- queé acolhido pelo ordenamento jurídico
- é permitido juridicamente
- aplica-se a todas as situações do direito 
- a licitude abrange tudo, o que não é abrangido são as exceções, que é a impossibilidade jurídica
B.2. POSSIBILIDADE FÍSICA(1) E JURÍDICA(2)LICITUDE ≠ JURIDICAMENTE POSSÍVEL
 └ ART. 426: exemplo de impossibilidade jurídica e não de licitude, que é algo geral
 - nesse art. O impedimento não está em algo geral e sim em algo especifico 
 
- (1) = - fática
- (2) = - aceitação pelo ordenamento jurídico;
 - Quando o direito vedar especificamente algo que juridicamente seria lícito, é a impossibilidade jurídica
- Algo ser juridicamente possível é um espaço menor dentro da licitude 
- o impedimento 
 TANTO UM OBJETO ILICITO QUANTO JURIDICAMENTE IMPOSSIVEL A CONSEQUENCIA É A MESMA: A ANULABILIDADE DO CONTRATO
B.3. DETERMINAÇÃO DO OBJETO/DETERMINABILIDADE
- o objeto tem que ser determinado ou determinável 
- o objeto não precisa ser determinado, mas precisa ser ao menos determinável
- se o objeto não for determinado de imediato o contratante tem que ter condições de futuramente ser determinado; tem que ter os critérios qualificativos (?) que vão determinar o objeto futuramente
B.4. VALOR ECONÔMICO
- é um elemento trazido pela doutrina
- a doação é um contrato
 └ o valor econômico entra nessa “coisa” que esta sendo doada 
- esse objeto tem que ter relevância e apreciação econômica
- isso é válido para todo objeto de todo contrato
C. FORMAIS
C.1. FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI
 REGRA: 
- forma L I V R E 
 - pode ser escrito, verbal, eletrônico e etc. 
- a maioria dos contratos não precisam cumprir nenhuma formalidade especial na esfera de celebração do contrato
- o que tem que se preocupar é como vai provar um contrato depois
 EX: o casos dos contratos eletrônicos, verbais e etc -> são difíceis de provar
- tem que se preocupar com a esfera da prova da existência do contrato
- provam-se as coisas pelo artigo 212 CC
- a regra é que os contratos são livres quanto a formação, mas precisa de provas da sua existência 
 EXCEÇÃO: 
- quando a lei cria uma forma específica 
- a lei expressamente vai dizer quando um contrato é formal, se não disser ele vai ser livre
· PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL:
- FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS
 └ orientar; ser interprete 
 └ servem para orientar o interprete na interpretação da norma; da lei
 └ os princípios normalmente possuem uma linguagem descritiva DIFERENTE do que acontece com as regras, que costumam ter uma linguagem mais objetiva
 └ por isso todo ramo do direito se fundamenta em princípios, ou seja, qualquer norma de determinado ramo do direito tem que se espelhar nos princípios desse ramo de direito
- tanto as regras quanto os princípios tem a mesma importância; não há hierarquia entre eles
 └ os princípios não precisam ser positivados 
 └ tanto as regras quanto os princípios servem para criar as normas
1. AUTONOMIA PRIVADA
- “auto” = próprio; “nomia” = normas  ideia que os indivíduos podem criar suas normas 
- CONCEITO: é o poder que o indivíduo tem de criar suas próprias normas conforme os limites do ordenamento jurídico 
- PODER DO INDIVÍDUO DE CRIAR NORMAS CONFORME LIMITES DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
- art. 425CC
- qualquer um pode criar contrato mesmo que não exista no ordenamento jurídico, desde que respeite os limites do ordenamento
- AUTONOMIA = LIBERDADE, INTANGIBILIDADE E RELATIVIDADE
 └ liberdade da pessoa
 └ intangibilidade = impossibilidade de ser modificado por sujeitos alheios ao contrato
 └ relatividade = efeitos dos contratos limitam-se às partes
- a autonomia se manifesta pela liberdade da pessoa; são intangíveis por 3º, ou seja, inatingível/intocável e relativo
 └ “inatingíveis” = a impossibilidade do contrato ser modificado por sujeitos alheios ao contrato
 └ “relativo” = os efeitos dos contratos limitam-se; são relativos às partes
- a autonomia privada é o poder de criar suas próprias normas no contrato e você tem tem esse poder através da liberdade, intangibilidade e relatividade
- AUTONOMIA DE VONTADE
 └ não se usa autonomia da vontade e sim privada 
- já está ultrapassado esse termo 
- na autonomia da vontade é quando eu crio minhas próprias normas com base na minha vontade individual não se pode fazer isso
Da autonomia privada, a qual crio normas com base em todo direito privado
- não posso criar normas baseadas apenas na autonomia da vontade pq tem que respeitar o direito dos outros; as normas
- nossas normas são criadas com base na autonomia privada – É O TERMO MAIS ATUAL – e não na autonomia da vontade
 └ MAS ainda há pessoas que usam o título de “autonomia de vontade”, mas o correto é de “autonomia privada”
- ART 421 CC
 └ = liberdade de contratar
- a autonomia privada -> está positivada no art 421CC, como “liberdade de contratar”
2. BOA FÉ OBJETIVA
└ como os contratantes devem agir no contrato
- NORMA DE COMPORTAMENTO:
 -> ÉTICO
 -> HONESTO
 -> PROBO 
- é uma norma de comportamento que diz como os contratantes devem se comportar na celebração/execução de um contrato como um todo, ou seja, uma norma que diz como agir
- diz que as partes tem que agir de forma honesta, ética, probo, transparente, leal, correto
- = agir; comportar-se no contrato de forma ética, transparente, leal
 EX: não pode omitir informações importantes sobre o objeto, fazer oferta falsa, celebrar o contrato com o propósito deliberado de não cumprir
- artigo 422CC
- DIRETRIZES CC/02
- as balizas para a elaboração do CC/02 foram:
 -> ETICIDADE
 ꙇ = ética = boa fé
 - relaciona-se a ética que naturalmente se relaciona com a boa fé
 -> SOCIALIDADE
 ꙇ = sociedade = coletividade
 -> OPERABILIDADE
 ꙇ = eficácia das normas práticas
 -relaciona com preocupações praticas das normas, ou seja, se elas serão aplicadas na prática
- PRESUMIDA
 -> má fé prescinde de comprovação
 - a boa fé se aplica a todo o direito civil e não só prescinde de comprovação
 - a boa fé é sempre presumida, já a má fé prescinde de comprovação 
 EX: quem alega que a outra parte está agindo de má fé, essa parte terá que provar – usando o art 212 CC
- BOA FÉ SUBJETIVA
 -> expresso
 -> é a boa fé individual
- leva em conta não o parâmetro coletivo de eticidade, ... , mas sim leva em conta um parâmetro individual do que é ser ético, transparente, honesto
- QUANDO O CÓDIGO FALAR APENAS DE “BOA FÉ” ESTÁ SE REFERINDO A OBJETIVA, QUANDO QUISER FALAR DA BOA FÉ SUBJETIVA VAI FALAR DE FORMA EXPRESSA
3. CONSENSUALISMO 
- CONCEITO: é o princípio que determina que como regra os contratos existem a partir da manifestação de vontade 
 └ o consensualismo é a regra
- EXCEÇÃO: 
I. CONTRATOS FORMAIS
- existem a partir do cumprimento da formalidade prevista para ele
- não basta a mera manifestação, precisa cumprir a formalidade
 EX: ART 541 CC
II. CONTRATOS REAIS 
- “reais” = coisas
- contrato que existe a partir do momento que a coisa – objeto do contrato é entregue ao contratante; momento que a res é entregue ao contratante- bens móveis -> transfere por tradição 
- bens imóveis -> transfere pelo registo
- o que a lei exige é a entrega do bem
 EX: art 579 CC (comodato)
- na doação não precisa entregar o bem, basta formalizar a vontade, mas nos contratos reais tem que ter a entrega do bem
- ACORDO DE VONTADES = CONSENSUAIS 
 └ = acordo
 └ EX: artigo 481 CC: 
 - existe contrato de compra e venda quando alguém se compromete a transferir
 - isso mostra um poder vinculante da vontade e do acordo de vontade
 - isso se encontra na CONFIANÇA que exige no contrato
- o contrato, como regra, existe desde que o momento que a vontade é manifestada
- a vontade é, como regra, a fonte de todos os contratos
- como regra os contratos surgem a partir da vontade de contratar 
- no momento que foi combinado comprar algo, já tem um contrato – mesmo sendo só falado
- CONFIANÇA
- FORMAIS└ a partir do cumprimento da formalidade prevista para ele 
 EX: artigo 541CC
- REAIS
 └ “res” = coisa
 └ Coisa, objeto do contrato, é entregue ao contratante
 EX: artigo 579 CC
4. RELATIVIDADE DOS EFEITOS
 └ EFEITO DOS CONTRATOS ATINGEM APENAS OS CONTRATANTES, salvo casos específicos 
 EX: desconsideração da personalidade jurídica 
5. OBRIGATORIEDADE
- = força obrigatória dos contratos 
- PACTA SUND SERVANDA
- uma vez celebrado o contrato tem que obrigatoriamente cumprir
 └ FORMA VINCULANTEO PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS APARENTEMENTE É INCOMPATÍVEL COM O DA OBRIGATORIEDADE 
 - a obrigatoriedade é mitigada quando: 
I. Situações de caso fortuito ou força maior que impedem de cumprir
II. Intervenção do Estado nas hipóteses de revisão dos contratos
III. Revisão dos contratos
 └ FUNDAMENTOS : 
A. SEGURANÇA:
- o contrato é um vinculo obrigacional pela necessidade jurídica de dar segurança jurídica aos pactos; aos negócios jurídicos
- “clausulas penais” -> o não cumprimento das obrigações gera uma multa; “punição”
 └ = multa = um mecanismo de obrigar o cumprimento da obrigação 
B. INTANGIBILIDADE (= alteração)
- algo intangível é eu não pode ser tocado por ninguém de fora
- quando as partes celebram um contrato tem a segurança de que ninguém vai interferir nisso
- impõe força obrigatória aos contratos, estabelece que os contratos são vínculos jurídicos obrigatórios para dar as partes segurança que o que foi compactuado vai ser cumprido e que ninguém vai poder “alterar”
6. REVISÃO DOS CONTRATOS
- manutenção/proteção do vínculo contratual
- é um princípio que visa a mesma coisa que o princípio da obrigatoriedade que é a manutenção do vínculo contratual, assim como a obrigatoriedade traz a proteção ao contrato
- tem o objetivo primário de buscar a manutenção e proteção do vínculo contratual
- CONCEITO: determina que em situações necessárias para reestabelecer o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos a sua clausula seja revista
 └ EQUILIBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO (dos contratos)
 └ TEORIA DA IMPREVISÃO 
 (ART. 478 CC)
 
a) CONTRATOS DE TRATO SUCESSIVO(1)/DIFERIDO(2)
- (1): ex – aluguel
- (2): ex – pagamento parcelado; 
 Divide o pagamento
- nessas 2 formas o adimplemento será postergado 
b) ONEROSIDADE EXCESSIVA
c) ACONTECIMENTO EXTRAORDINÁRIO E IMPREVISÍVEL 
- pode acontecer algo extraordinário que impeça o continuamente do cumprimento da obrigação 
 EX: doença, perca de emprego
 
 - para ter a revisão de um contrato precisa reunir o que está determinado na teoria da imprevisão
 └ ALTERNATIVAS:
- Quando um sujeito tem sua condição alterada por um acontecimento extraordinário, impedindo de cumprir a obrigação, pode:
I. REVISÃO DAS CLAÚSULAS – ARTIGO 479 CC
- manutenção do vinculo 
 - revisão visa proteger um contrato e se aplica quando acontece um evento imprevisível que para uma das partes fica muito oneroso cumprir a obrigaçãoREQUISITOS
II. EXTINÇÃO DO CONTRATO – ARTIGO 478 CC
- resolução por onerosidade excessiva
 - por força da obrigatoriedade a extinção é a última saída, sempre tem que buscar proteger o vínculo contratual, logo, a 1ª alternativa é rever o vínculo para depois extinguir 
7. FUNÇÃO SOCIAL 
 └ ARTIGO 421 CC
 └ PRA QUE SERVE?
 - determina que os contratos tem que cumprir uma finalidade social/societária; um fim social na sociedade
 └ INTERESSE SOCIAL E GERAL 
1. CONTRATO NÃO PODE PREJUDICAR TERCEIROS
2. CONTRATO NÃO PODE PREJUDICAR A COLETIVIDADE 
3. TERCEIROS NÃO PODEM PREJUDICAR CONTRATOS ALHEIOS
 └ TÍPLICE FUNÇÃO
 
 - a autonomia privada será exercida conforme a função social dos contratos 
· FASES DOS CONTRATOS:
- ITER CONTRATUAL
 - existem acontecimentos/fases que vão anteceder a celebração final do contrato
 - as fases compõem o ITER CONTRATUAL (igual acontece no direito penal com o Iter Criminis)
 - os efeitos jurídicos são próprios em casa fase
 - é importante saber os efeitos de cada fase
1. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE
└ ÂMBITO PSICOLÓGICO 
- é a partir daqui; da manifestação de interesse que os contratantes vão começar a desenvolver as obrigações
- há a manifestação de vontade que pode ser expressa ou tácita
- essa fase é breve
- é o ponto de partida
- aqui não existe para os contratantes obrigações juridicamente relevantes
- essa fase é primária; não pode falar de qualquer obrigação jurídica 
2. NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES
└ TRATATIVAS/SONDAGENS 
└ NÃO HÁ VINCULAÇÃO
└ EXIGIDA A BOA FÉ 
- são tratativas, sondagens sobre o contrato
- os contratantes tratam de todos os elementos importantes que tem que ser objeto das negociações/tratativas
- nessa fase começa a visualizar os efeitos jurídicos 
- aqui os contratantes já devem agir conforme a boa-fé objetiva, mesmo ainda não tendo a obrigação
 EX: o caso meu e da rafa no exercício valendo nota
 ꙇ nas negociações preliminares tinha que ter falado que o apartamento tinha mofo
 ꙇ o problema reside desde as tratativas, das negociações preliminares – antes mesmo de assinar o contrato
 ꙇ o problema está na formação de vontade 
 ꙇ a mulher que comprou o apartamento do caso podia pleitear a anulação do contrato, já que a manifestação de vontade foi formada de maneira “errada”
- nessa fase ainda não tem contrato 
- na 2ª fase ainda há a possibilidade de modificação das negociações e vai para a 3º fase quando verbaliza a proposta final (a proposta é quando se chega a última vontade do proponente)
-a proposta pode ser por escrita ou por extenso 
3. PROPOSTA
└ DECLARAÇÃO DE VONTADE DEFINITIVA
- é a declaração de vontade definitiva do proponente, que é aquele que propõem um contrato ao outro sujeito
-tem-se a declaração de vontade definitiva, que tem como objetivo tornar válida a proposta; as negociações
└ ELEMENTOS DO CONTRATO
└ HÁ VINCULAÇÃO: ART 427 CC 1ª parte
- a proposta vincula o proponente, que é aquele que vincula a proposta
- a proposta obriga o proponente
- na 2ª fase ainda há a possibilidade de modificação das negociações ai vai para a 3ª fase, quando verbaliza a proposta final; a proposta é quando se chega a última vontade do proponente
- a proposta pode ser por escrito ou verbal
- a proposta vincula/obriga pq se, por exemplo, tem a proposta mas o cara que propôs não quer mais, posso executar mesmo assim a proposta feita
A OFERTA SÓ VAI SER EQUIVALENTE A PROPOSTA SE TIVER INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO PRODUTO
└ OFERTA(1) X PROPOSTA (2)
- a diferença está no conteúdo das duas
(1):
- é aquela feita ao público em geral
- não tem 1 destinatário específico
- é genérica
- feita ao publico
- muitas vezes não contém informações sobre o contrato
- normalmente é uma oferta publicitária, não tem informações sobre o produto
(2):
- é especifica
- contém informações mínimas e, por isso, a proposta tem o poder de obrigar o proponente; vincular
- tem conteúdo detalhado do produto, então vincula quem oferece
- art. 429 CC -> trocar “encerra” por “reúne”
└ CDC: ART 30 CDC
” Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.”
- toda a oferta que falar para o consumidor obriga o fornecedor
- OFERTA = PROPOSTA NO CDC
- tudo que o fornecedor falou obriga/vincula ele
-existe alguma estratégias de marketing e publicidade que parece que obriga, mas na verdade não obriga:
 EX1: “não compre carro hoje, compre amanhã pq terá uma proposta imperdível amanhã”  NÃO VINCULA
 EX2: “fiz matricula hoje e ganhe 6 meses grátis”  ISSO OBRIGA NO CDC MESMO SENDO UMA OFERTA
- no CDC qualquer informação integra; faz parte do contrato 
JÁ NO CC, os contratantes se obrigam pela proposta
 EM REGRA a proposta vincula, salvo EXCEÇÕES, que são situaçõesque a proposta do contrato não obriga:
└ PROPOSTA NÃO VINCULA:
a) ART. 427 CC, 2ª PARTE
- quando a própria proposta fala só que vai ser válida por determinado tempo
- 1ª h.: termos dela
- 2ªh.: natureza do negócio
 ∟ é inerente ao objeto a não negociação
- 3h.: circunstancias do caso (art. 428 CC):
b) ART. 428 CC
- I: “contrato entre presentes” 
 ∟ é quando as pessoas conseguem ter a informação simultânea; instantânea
 ∟ só telefone; chamada por Skype, wpp e etc..  só ligação
 ∟emails, conversa de wpp NÃO há informação simultânea; conversa não é simultânea  então, por conta da incerteza da resposta da comunicação não é “contrato entre presentes”
- II: esse inciso é perigoso por causa do “tempo suficiente”
 ∟só diante do caso concreto que podemos saber se houve “tempo suficiente” ou não
 ∟tempo suficiente = prazo razoável 
- III: se colocou prazo na proposta, mesmo que o outro mande a aceitação, o que mandou a proposta só vai se vincular depois de passar o prazo que tá na proposta
- IV: fazer nova proposta
 ∟ fazer com que a 2ª proposta chegue antes da 1ª ou junto
 ∟só dessa maneira você se desobriga da 1ª proposta
c) ART. 429CC
 ∟ já lemos e comentamos sobre ele
4. ACEITAÇÃO
└ PURA E SIMPLES
- “onde a mágica acontece”
- a aceitação é manifestada pelo sujeito chamado OBLAQUO ou ACEITANTE
- é a última fase do contrato 
- aqui o contrato passa a existir; é quando as partes celebram o contrato
- a aceitação é dizer “sim”; aceitar os termos da proposta
- MAS se aceitar e falar “ ah aceito, mas quero mudar uma coisa” -> 431 CC
 ∟ ISSO NÃO É ACEITAÇÃO É UMA NOVA PROPOSTA
 ∟ se aceitar cobrando condição; muda prazo -> está fazendo uma nova proposta
- proposta é a última vontade que foi aceita
-a posição de oblaquo pode varias de acordo com quem fez a última proposta, que foi aceita
- a posição de proponente e oblaquo variam; não é fixa. 
- proponente é quem faz a última proposta que já foi aceita
- a aceitação vincula
- uma vez dizendo que aceita o oblaquo se obriga a cumprir o contrato  HÁ EXCEÇÕES À VINCULAÇÃO DA ACEITAÇÃO (art. 432 e 433 CC)
└ CONDIÇÕES -> NOVA PROPOSTA
└ ART. 430 CC
 - aceitação chega ao proponente tão tarde que ele não consegue mais cumpri-la 
 - diante dessa situação o proponente tem que informar ao OBLIQUO imediatamente 
└ ART. 431 CC
└ ART. 432 CC
 - trata da aceitação tácita, que decorre do silêncio do contratante
 - é tácita quando já for de costume dos contratantes
· ART. 433 CC
- na aceitação se você enviou errado, pode enviar a 2ª e essa vai ser válida se chegar antes ou junto da 1ª aceitação
- só dessa maneira vai se desobrigar
· MOMENTO DO CONTRATO: “quando?” -> ART. 434 CC
A. ENTRE PARTES 
- É NA ACEITAÇÃO
- considera-se celebrado no momento da aceitação
B. ENTRE AUSENTES
- é no momento que a aceitação é enviada ao proponente
- contrato entre ausentes é quando as pessoas envolvidas não tem possibilidade da comunicação simultânea 
NOSSO ORDENAMENTO ACOLHEU A TEORIA DA EXPEDIÇÃO
{ Teoria da recebição e teoria do conhecimento são outras teorias que não foram acolhidas pelo ordenamento}
· EXCEÇÕES DO ART. 434 CC:
I: retratação da aceitação
II: “espera pelo prazo que se comprometeu”
III: se a aceitação não chegar no prazo
· LOCAL DO CONTRATO: “onde?”
 └ ART. 435 CC 
- é importante para saber qual a jurisdição competente que é determinada pelo local do contrato; o foro
- para efeitos de LUGAR importa o lugar em que foi proposta 
 └ MAS pode ter um lugar definido pelos 2 (FORO DE ELEIÇÃO)
- já para efeitos de momento importa o momento da aceitação
FALTEI ESSA AULA – AÚDIO.
· CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
- sistematização dos diversos tipos de contratos existentes, aplicar a norma adequadamente
- organização
- esse tema que vai permitir com que aplicamos algumas normas à alguns contratos de acordo com o seu tipo; com as suas características mais relevantes
- quando fala de classificação dos contratos nos preocupamos com os critérios de organização ou sistematização dos diversos tipos de contratos existentes; é como se pegássemos um emaranhado; conjunto inteiro de contratos e tentasse separar de acordo com as características que eles tem de semelhante
 └ quando fazemos essa divisão conseguimos aplicar a norma adequadamente a todos os contratos isso porque vou partir das mesmas características 
- identificar as características ou os tipos de contrato é fundamental para que ele seja aplicado adequadamente bem como a norma jurídica que versa sobre elemento
- para fazer isso temos 9 critérios para orientar:
1. QUANTO AS OBRIGAÇÕES (aqui difere da vontade) OU EFEITOS DAQUELES CONTRATOS
- leva em conta o número de obrigações prevista naquele contrato
- leva em conta as obrigações ou os efeitos daqueles contratos
-e quanto a esse critério os contratos podem ser:
A. UNILATERAL
- quando apenas uma das partes tem obrigação
- o critério aqui está sendo a existência; número de obrigação que é diferente de vontades porque mesmo nos contrato unilaterais; mesmo nos contratos que apenas um dos contratantes tem obrigações há no mínimo 2 vontades
- eu não tenho contrato com uma vontade só
- uma vontade só é um ato jurídico unilateral, um negócio jurídico unilateral, mas não contrato; todo contrato é uma união, conjunto de vontades
EX: doação pura
 ῑ doador repassa o bem ao donatário
 ῑ tem que haver a vontade nos dois polos da relação
- nesse exemplo o doador entrega gratuitamente p o outro sujeito – chamado de donatário – determinado bem → aqui há apenas 1 obrigação: do doador de dar a coisa ao donatário; e a obrigação – no sentido de dever jurídico - do donatário é nenhuma
 └ mas mesmo assim isso é contrato porque é acordo de vontades: uma vontade foi apontada que era do doador de doar e a outra é do donatário de receber
 └ mesmo que seja unilateral; mesmo que exista apenas uma obrigação é imprescindível; fundamental que haja a vontade nos dois polos do contrato, então não existe a doação se o donatário, por exemplo, não aceita a doação - aceitar é a manifestação da vontade do donatário 
- então, não podemos confundir contratos unilaterais com negócios jurídicos unilaterais
 └ ser unilateral ou não dentro de um negócio jurídico depende de quantas vontades estao presentes; no negócio jurídico leva em conta a vontade, por isso que o exemplo do nj unilateral é o testamento [só tem a vontade de quem escreveu; não necessita de 2 vontades]
 └ mas quando eu passo para os contratos eu parto para a premissa de que todos eles são nj bilaterais e enquanto nj bilaterais que são eles podem ser contratos unilaterais, bilaterais ou plurilaterais 
 ῑ esses 2 tem critérios diferentes, quando eu falo de nj eu parto da análise da vontade, quando eu analiso os contratos eu parto das obrigações, não da vontade; porque a vontade tem que ter no mínimo 2 vontades 
B. BILATERAL
- acarretam obrigações para todas as partes envolvidas
- são obrigações equivalentes, ou seja, equilibradas – SINALAGMÁTICAS
- nesses contratos todas as partes envolvidas tem obrigações
- essas obrigações dos contratos bilaterais são obrigações equivalentes para ser bilaterais, ou seja, equilibradas, também chamadas de sinalagmáticas- costumam cobrar esse nome
- além de gerar direitos e obrigações p ambas as partes, essas obrigações são equilibradas por que? Para que eu tenha um equilíbrio nessa relação contratual, só assim que eu vou ter obrigações suficientemente parecidas, equilibradas
- nesses contratos é possível – na grande maioria deles – que nós acrescentemos para aquele sujeito que originariamente não tenha obrigação, alguma obrigação
 └ EX: vou doar meu carro para Israel e ele vai ter que passear com a minha cachorra por um mês 
 ῑ a minha obrigação enquanto doador vai ser doar o carro; e israel tem a obrigação de passear com a cachorra mas essa obrigação não é equivalente com a do doador
 ῑ essa equivalência é apurada por um aspecto econômico;o valor de um carro não é equivalente a um serviço de prestador de cachorros
 ῑ esse contrato não pode ser considerado bilateral, porque só pode ser considerado bilateral aquele contrato cujas obrigações sejam equilibradas 
 ῑ esse contrato não vai ser unilateral também porque, por mais que não seja equivalente, há obrigações em ambos os lados
 ῑ ESSE CONTRATO VAI SER CONSIDERADO BILATERAL IMPERFEITO (D)
C. PLURILATERAL
- possuem diversos polos, todos eles têm obrigações
EX1: contrato social - consórcio 
 └ contrato social é um documento hábil para criação de uma pessoa jurídica; é a certidão de nascimento de uma pessoa jurídica
 └ contrato social é na sua origem um acordo de vontades que vai colocar junto um grupo de pessoas [2 ou + pessoas], vai estabelecer direitos e obrigações de cada uma em favor da pessoa jurídica que está sendo criada
 └ há várias regras/cláusulas e normas previstas no contrato social
 └ como essa sociedade empresária for composta por mais de dois sujeitos há obrigações plurilaterais, ou seja, cada um contribui na medida da sua obrigação para a constituição e desenvolvimento daquela empresa
 └ contrato social é o contrato que prevê direitos e obrigações para os sujeitos ali envolvidos
- possuem diversos polos e não apenas 2 e todos eles têm obrigações
D. BILATERAL IMPERFEITO
- é um contrato que em sua concepção nasceu unilateral, mas os contratantes inseriram determinada obrigação para quem originariamente não teria
EX1: doação com encargos
EX2: contrato de empréstimo (COMODATO) { é o empréstimo de coisas infungíveis}
 └ originariamente é um contrato gratuito e unilateral: eu empresto o bem para uma pessoa e só ela que vai ter o benefício e eu vou cumprir o sacrifício/obrigação de emprestar o bem, mas podemos inserir nesse contrato alguma pequena ob.
 └ ex: vou te emprestar minha casa de praia mas em contrapartida você vai cuidar do meu jardim por 1 mês 
 └ há obrigações recíprocas, mas não pode ser bilateral porque não há uma equivalência entre essas obrigações; e nem pode ser unilateral 
 
2. QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS
A. GRATUITO
- quando apenas um dos contratantes obtiver vantagem econômica
- estão fundamentados na liberalidade
- normalmente esses contratos se fundamentam na liberalidade do sujeito, ou seja, ele quer praticar aquele ato e é gratuito porque apenas 1 vai obter vantagem em troca do sacrifício econômico do outro
 EX: doação; comodato;lucro gratuito
- contratos em que tradicionalmente só o contratante tem obrigações
 EX: doação com encargos 
 └ mesmo a doação com encargo é considerado um contrato gratuito porque não há equivalência entre as obrigações e a ausência de equivalência entre as obrigações faz daquele contrato gratuito
 
B. ONEROSOS
-quando todas as partes envolvidas tiverem vantagens e sacrifícios econômicos de forma equilibrada
- só teremos um contrato oneroso quando todas as partes envolvidas tiverem vantagens e sacrifícios financeiros/econômicos de forma equilibrada/equivalente/sinalagmática
- para eu falar que estou diante de um contrato oneroso as obrigações dos contratantes tem que ser equilibradas por mais que um dos contratantes tenha uma obrigação e o outro um pequeno encargo, não valendo equivalência não há que se falar de contrato oneroso; para ser oneroso eu preciso da situação de equivalência; equilíbrio 
- OS CONTRATOS ONEROSOS PODEM SER DE 2 TIPOS:
B.1. COMUTATIVOS
- são aqueles em que as partes conhecem seus direitos e deveres
EX: contratos de compra e venda, contrato de locação, empreitada, transporte, contrato de prestação de serviço
- eu sei qual vai ser a minha obrigação e eu sei qual vai ser o benefício que eu vou obter daquele contrato; as partes conhecem seus direitos e deveres
B.2. ALEATÓRIOS
- contém riscos, são aqueles em que uma das partes não conhece a obrigação, ausência de certeza de que seria sua obrigação. 
- é necessário que o contratante conheça o risco, nenhum contratante poderá suportar risco que não era conhecido
- são chamados de aleatórios pq há risco envolvido [há área envolvida]
- esse contratos são aqueles que pelo menos 1 das partes não conhece a obrigação do contrato, ela não conhece no sentido de não ter certeza de qual vai ser sua obrigação naquele contrato; ela não sabe o que lhe espera
 EX: Contrato de seguro
 └ celebramos um contrato de seguro de automóvel, você pagou uma quantia X para a seguradora, a seguradora não sabe ao certo qual obrigação que ela terá que cumprir em favor do cliente, vai depender do risco [ex: pode ter o carro furtado; pode bater com o carro e a seguradora ser responsabilizada assim como pode não acontecer nada]
- é lícita a celebração de contrato aleatório mas para ser licito é preciso que o contratante conheça o risco
 └ é fundamental que o contratante conheça o risco; nenhum contratante pode suportar risco que não era conhecido 
- EXISTEM 4 GRANDES TIPOS DE CONTRATOS ALEATÓRIOS QUE SÃO PREVISTOS NO NOSSO CC [a partir do art 458cc]:
1. ART. 458: coisa futura e riscos de existência (EMPTIA SPEI)
 └ nesse caso temos 2 características para essa situação:
 1º: estamos diante de uma coisa inexistente, de um bem futuro; a coisa não existe ainda e o contratante assume o risco dela não existir [ou seja, estamos falando de coisa futura e risco de existência, tb chamado de EMPTIA SPEI ou RISCO DA EXISTENCIA ou VENDA DA ESPERANÇA
 └ essa é a primeira modalidade de contrato aleatório que leva em conta coisa futura cujo risco de não existir o contratante assume
2. ART. 459: coisas futuras e quantidade inferior a esperada (EMPTIO NEI SPERATAL)
 └ esse tipo é muito parecido com o primeiro, mas aqui em vez do contratante assumir o risco pela inexistência ou existência da coisa o contratante só assume o risco da quantidade; que é um risco menor 
 └ nesse segundo caso a coisa não existe igual no primeiro, mas nesse segundo eu só tenho contrato se essa coisa futuramente vir a existir em alguma quantidade; se nada dessa coisa vir a existir, não haverá contrato; pq o risco é da quantidade, você assume o risco da coisa em qualquer quantidade, mas ela tem que existir em quantidade mínima; o art diz “ainda que ela exista em quantidade inferior a desejada”, mas ela tem q existir 
· ATÉ AGORA FALAMOS DE COISAS QUE NÃO EXISTEM;COISAS FUTURAS, AGORA VAMOS FALAR DE CONTRATOS QUE SÃO CELEBRADOS COM COISAS EXISTENTES E QUE POR ALGUMA RAZÃO ESTÃO EXPOSTAS Á RISCO
3. ART. 460: coisas existentes
 └ nesse caso o bem existe e por algum motivo contratual, que as partes combinaram naquele contrato, a coisa está exposta a risco 
 EX: seguro de carro, seguro de vida, seguro contra determinadas partes do corpo
 └ a coisa segurada existe, mas o contratado vai responder pelos riscos que possam afetar/atingir aquela coisa
 └a coisa existe, mas ela está exposta a risco e sobrevindo; acontecendo o risco previsto no contrato, o contratante responde diretamente pela coisa na forma prevista no contrato 
4. ART. 461: riscos
 └ fala assim “olha, se você celebrou um contrato aleatório prevendo um risco p coisa, mas na vdd isso não é um risco e sim uma certeza, o contrato aleatório não terá validade, isso porque não há risco, você tem uma certeza de que aquilo vai acontecer e por isso não tem validade esse contrato aleatório
 EX: contrato de seguro de vida quando o contratante comete suicídio 
 ῑ alguns contratos excluem a responsabilidade da seguradora quando da ocorrência do suicídio, pq entendesse que, dependendo do lapso temporal entre a celebração do contrato e o suicídio houve uma premeditação naquela celebração, portanto o risco não seria tão aleatório assim, seria um risco criado; algo concreto que a pessoa sabia; então não era risco e sim certeza
 └ tem que ser um risco eventual e não algo concreto; certo de acontecer└ por isso que alguns ramos empresarias encontram dificuldades em conseguir seguros para seus serviços, dizem que algumas industrias tem dificuldades ex: industrias de reciclagem de plástico: dificilmente conseguem um seguro para seu maquinário e suas atividades pq é uma atividade que por sua natureza tem a potencialidade de gerar danos
3. QUANTO A FORMAÇÃO – (como estes contratos foram feitos; celebrados?”
A. PARITÁRIO
- cláusulas amplamente discutidas e, por isso refletem o interesse das partes
- todas as partes puderam discutir as cláusulas; as cláusulas forma amplamente discutidas e por isso refletem o interesse das partes 
- as cláusulas são o espelho; reflexo do interesse das partes envolvidas 
- são aqueles contratos que tiveram os seus termos e todas suas clausulas discutidas; todas as ideias, as partes foram combinadas, compatibilizadas naquele instrumento
 A GRANDE MAIORIA DOS CONTRATOS QUE CELEBRAMOS SÃO DO TIPO ADESÃO
B. ADESÃO
- um contratante elabora as cláusulas do contrato e o outro adere a essas cláusulas (art. 423 e 424)
- um sujeito; um contratante elabora um contrato; um contratante elabora as cláusulas do contrato e o outro adere a essas clausulas 
- não há possibilidade de discussão; mudança dessas clausulas; ou você adere ou nada; ou você contrata nos termos do contrato de adesão ou esquece
- é licita a celebração do contrato de adesão
- MAS O LEGISLADOR DA 2 DICAS DE COMO INTERPRETAR O CONTRATO DE ADESÃO, JÁ CIENTE DE QUE A VONTADE DO ADERENTE NÃO ESTÁ MANIFESTADA ALI:
 └ ART 433 CC: quando houver no contrato de adesão clausulas confusa, nós vamos interpretar de modo favorável àquele contratante que aderiu, cuja vontade não está presente no contrato
 └ ART 424 CC: vamos supor que nesse contrato de adesão tenha uma clausula falando “ o contratante renuncia a qualquer direito de reclamar os vícios/problemas do objeto”
 Ꚍ reclamar de vícios que o objeto apresente é inerente a qualquer objeto de transferência de propriedade
 Ꚍ clausulas de renuncia de direitos em contratos de adesão são nulas; invalidas de pleno direito
- se essas clausulas forem inseridas em contrato partidários são perfeitamente validas pq foi possível ser discutido tudo que está no contrato, logo, entende-se que ela é tb reflexo do interesse das partes
C. CONTRATO TIPO
- é um tipo de adesão, mas comporta pequenas modificações
- é semelhante ao de adesão mas comporta pequenas modificações
- a clausula que eu pude interferir ela é juridicalmente tratada como um contrato paritário, mas se a discussão envolver uma clausula que eu não pude interferir, é tratado como de adesão
 └ vai depender do conflito que eventualmente se formar com aquele contrato 
4. QUANTO AO MOMENTO DE SUA EXECUÇÃO (das obrigações do contrato)
- CELEBRAÇÃO -> VONTADE
- CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES -> EXECUÇÃO
- o contrato tem 2 momentos importantes:
 1º: momento da celebração do NJ, onde a vontade de contratar vai ser manifestada
 ∟nem sempre esse momento coincide com o momento do cumprimento das obrigações, ou seja, uma coisa é celebrar o contrato e outra coisa é cumprir a obrigação 
 ∟ isso é fundamental para saber que o cumprimento/execução do contrato pode acontecer posteriormente, mas tb pode ser em um único momento
A. INSTANTÂNEO
- em um só ato
- a obrigação é cumprida instantaneamente 
- a celebração e execução é cumprida em um só momento
B. DIFERIDO/À TERMO
- as obrigações serão concluídas em momento futuro
- existe um termo certo
-as obrigações serão finalizadas/concluídas em momento futuro
 ∟elas não são cumpridas instantaneamente; serão adimplidas em momento futuro
 EX: financiamento do banco
- as obrigações por sua natureza renovam-se em determinado tempo
-renovam-se com o tempo
 EX: aluguel (contrato de locação)
 ῑ a cada mês tem o nascimento da obrigação do inquilino de pagar o aluguel 
 ῑ todo mês vai ter isso até que o contratante queira cortar o vínculo
 
C. EXECUÇÃO CONTINUADA/TRATO SUCESSIVO
- B e C tem em comum a característica de que as obrigações serão cumpridas em momento posterior
- a diferença entre elas é que em B quanto mais cumpre, menor é a obrigação (ex: paga 200 sobra só 300 para pagar)
 - art. 478: a revisão dos contratos só se aplica aos contratos diferida ou continuada 
5. QUANTO AO AGENTE
A. PERSONALÍSSIMOS/INTUITU PERSONAE
EX: prestação de serviços
- quando o aspecto pessoal do contratante for fundamental a ponto de não poderem ser substituídos por ninguém
- ou existem contratos que a lei já diz ser personalíssimo
 EX: contrato de prestação de serviço 
 ∟as partes podem tirar a característica “personalíssima” de forma expressa
B. IMPESSOAIS
EX: empreitada
- o aspecto pessoal do indivíduo não é importante, então pode ser substituído, trocado
 EX: contrato de empreitada
· O QUE DEFINE SE É A OU B É O TIPO DE CONTRATO, NÃO O OBJETO
C. INDIVIDUAL
- = a partir do interesse de pessoas individualmente/isoladamente consideradas
- é aquele celebrado a partir do interesse de pessoas individualmente ou isoladamente consideradas
 ∟ só o interesse delas que importa
D. COLETIVO
- = interesse de uma coletividade indeterminada de pessoas
- em vez de considerar o interesse de pessoas individualmente falando, consideramos uma coletividade indeterminada de pessoa
 EX: empresa que fornece plano de saúde
6. QUANTO AO MODO POR QUE EXISTEM
A. PRINCIPAIS
- sua existência não depende de outro contrato
- são autônomos
- quando será existência não depender de outro contrato
B. ACESSÓRIOS
-dependem de um contrato principal
- dependem de um contrato principal, ou seja, dependem de um outro contrato que seja principal
- não tem como ser celebrado sozinho
- é um contrato que obrigatoriamente vai ser vinculado ao principal
- se acontecer algo com o contrato principal o acessório também vai ser atingido
 EX: fiança
 EX: seguros vinculados à um contrato principal
C. DERIVADOS/SUBCONTRATOS
- precisa ser expressamente autorizado/permitido no contrato
- OBS: no contrato de locação os subcontratos precisam ser expressamente vedados
- tem um contrato do contrato
- contratos de sublocação 
 ∟ é permitido mas só se o contrato de locação não vedar (isso está na lei do inquilinato)
- contrato de subempreitada
 ∟ pode ter no contrato de empreitada
7. QUANTO À FORMA
A. SOLENE/FORMAIS
- lei forma especifica 
- contratos que a lei previu forma específica 
B. INFORMAIS
- REGRA: não houve previsão de formalidade específica
 EXISTE UMA MINORITÁRIA PARCELA DE DOUTRINADORES QUE ENTENDEM QUE HÁ DIFERENÇA ENTRE SER SOLENE E FORMAL
 ∟como Cristiano Chaves
 ∟solene: se submete a um rito especial
 Ex: casamento é um ato solene, não formal
8. QUANTO AO OBJETO
A. PRELIMINAR/PRÉ-CONTRATO/PROMESSA DE CONTRATO
- objeto: compromisso de celebrar contrato futuro
- é um contrato que tem como objeto um compromisso de celebrar contrato futuro
- por que os contratantes não celebram o contrato logo?
 EX1: celebrar um contrato preliminar de compra e venda:
 ∟ 1º: o credor vai ter um contrato preliminar que vai poder executar se não for cumprido
 ∟2º: se não for pago é só não entregar o bem
 EX2: apê na planta
- por ele as partes se comprometem em celebrar o contrato futuro e tem todos as hipóteses de execução e jurídicas que um contrato definitivo
- contrato: art 462 III, IV CC
 - todos os elementos do contrato definitivo vai ter na preliminar (art. 462)
- ART 463
- ART 464: se no prazo determinado não for celebrado o definitivo, o preliminar pode judicialmente ser executado
B. DEFINITIVO
- = final – objeto – principal
- que vão ser divididos conforme estarem ou não na norma
9. QUANTO A DESIGNAÇÃO (previsão) LEGAL
I. NOMINADOS/TÍPICOS
- = tiverem previsão legal expressa [há 23 tipos]
II. INOMINADOS/ÁTIPICOS
- não estão expressos no CC; na lei
- 425CC -> lícito
- contratos que não estão expressamente previstos na lei geral ou CC, daí cria-se esse contrato
- é possível/é licito a criação de contratos atípicos ou inominados (art.425CC)
· DIREITO INTERTEMPORAL
- vai tratar sobre a influência das normas
 __________________________________
CELEBRAÇÃO LEI OBRIGAÇÃO
- art. 2035CC
 ∟ esse artigo induz a escala pontiana (existência – validade – eficácia)
 ∟ os elementos de existência e validade serão medidos conforme a lei vigente no tempo da celebração/da manifestação de vontade, mas quando tiver falando de efeitos será usada a lei nova; a lei vigente
 ∟ os efeitos são irradiados no momento
· INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
- manifestação de vontade
 ∟todo contrato prescinde de interpretação
-clareza e precisão  obrigações
 ∟ para que os contratantes saibam com clareza o que fazer
 ∟ tem que ter essas duas coisas com as normas contidas no contrato
- vontade interna X vontade declarada/manifesta
 ∟por vezes é possível que o contratante declare a vontade que é diferente da sua vontade interna
 EX1: INTERNAMENTE -> a intenção é tirar os bens do meu nome [p não serem executados], mas permanecer com eles ; DECLARO -> a vontade de doar
 EX2: quero casar com X com a intenção apenas de obter a nacionalidade (vontade interna), mas a vontade declarada é que quero me casar porque amo muito o meu companheiro 
- essa diferença das vontades é ANAMOLA; o direito não quer que haja esse desencontro mas pode acontecer isso
- art 112 CC
 ∟”consubstanciada” = materializar algo que tornou-se substância; matéria
 ∟ como vai privilegiar a “intenção consubstanciada“ então deve privilegiar a intenção declarada MAS tem doutrinadores que entendem isso e outros que o artigo está dizendo que deve prevalecer a vontade interna 
 ῑ HÁ 4 TEORIAS QUE VISAM EXPLICAR ESSA SITUAÇÃO
- toda norma jurídica prescinde sempre de interpretação
- todo contrato é fruto da manifestação de vontade
- o contrato é a fonte privada/particular das obrigações; tb tenho que interpretar
- todo contrato –assim como toda norma jurídica – prescinde de interpretação 
- TEORIAS:
I. INTENÇÃO/TEORIA DA VONTADE
- por Saviny
- vontade interna
- dificuldade prova -> subjetividade
- devia privilegiar a vontade ou intenção do sujeito
- o problemade privilegiar a vontade interna é a dificuldade de comprovação/ de provas; p força da subjetividade da vontadeI e II são teorias clássicas 
II. DECLARAÇÃO
- por Bullow
- manifestada
- possível demonstração
- devia privilegiar a vontade devidamente manifestada/declarada, independente da vontade do sujeito pq é a declarada que é passível de comprovação/ demonstração
- o problema dessa teoria é que em caso de desencontro das 2 vontades prevaleceria sempre o que eu declarei independente dos vícios que poderia ter
EX: de fraudar a lei, de coação [...]
- o problema de privilegiar demais a ordem objetiva é dar validade a vícios que poderia terII e IV são majoritárias
III. RESPONSABILIDADE  minoritária
- interna, mas se ela divergir da declaração está subsistirá
- declarante tem o ônus da adequada manifestação de vontade
- deve prevalecer/vale a vontade interna, mas se a vontade declarada for diferente, vai valer esta, pq o declarante é responsável pelo que manifesta
- o problema dessa teoria é que pode dar validade a negócios fraudulentos 
IV. CONFIANÇA
- manifestação de vontade
- simulação -> = nulo
- tem que olhar sob a ótica de todos os envolvidos e não só dos declarantes
- o declarante declarou sua vontade, dai pergunta ao outro se confia que o declarante está falando a verdade, se esse segundo confia, se confiar então vale a vontade declarada
 ∟ isso acontece devido a boa-fé 
- mas se o outro não confiar na vontade declarada do declarante então é válido a vontade interna
 ∟ e, provavelmente, nem vai prosseguir 
- a teoria da confiança parte da analise da confiança do receptor da declaração
 ∟ se ele confia -> vale a declarada
 ∟ se ele não confia -> vale a interna
- se mesmo não confiando ele se envolver, vai ser nulo pq vai ser uma simulação, ou seja, uma fraude, pq se o cara não confiar de fato no declarante não vai nem celebrar contrato
EX1: caso de green card -> vai ser uma simulação
EX2: contrato de laranja simulado
 ∟ Cristiano chaves só que fala dessa teoria
· Respaldo legal: ART.110
 ∟ a manifestação de vontade vai valer mesmo que não tenha a intenção, salvo se a outra parte sabia da reserva mental do outro
- no caso de firmar o contrato mesmo não confiando na pessoa mas nas vias legais, como uma futura execução judicial, na verdade, o outro está confiando sim – mesmo que não seja na pessoa – mas sim que a obrigação vai ser adimplida, não importa que seja de maneira forçada 	
 
· REGRAS ESPECÍFICAS:
 ∟ vão ser usadas para interpretar
A. BOA FÉ OBJETIVA
- art 422CC
- art 133 CC {boa fé e costumes/usos do lugar de sua celebração}
 ∟ costumes relevantes = aqueles moralmente aceitos pela sociedade
 ∟boa fé = comportamento dos contratantes de agirem com veracidade/ética uns com os outros
- funções: [são regras que são chamadas de funções]
i. INTERPRETATIVA
- art 113CC
- quando tiver que interpretar frases ambíguas, fundamento está na opção baseada na boa fé
ii. LIMITADORA
- = restringir o sentido/alcance de cláusulas contratuais abusivas -> que causam prejuízos 
EX: clausula penal (multa moratória)
 ∟ fala que é de 2%, mas não fala qual a base desses 2%
 ∟ na função da boa fé tem que interpretar de modo mais restrito, pq se for interpretada de maneira ampla, como por exemplo, baseado no valor total do contrato, vai ser abusiva a clausula; por causa do valor muito alto
 ∟ isso vai poder causar prejuízos aos contratantes
iii. INTEGRATIVA
- complementar/ acrescentar -> criar normas
- vai completar o sentido de clausulas contratuais existentes, ou seja, a boa fé no exercício dessa função interpretativa de criar normas
- NORMAS:
a) PROIBIÇÃO DE VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM
- aos contratantes é vedada a adoção de comportamentos contraditórios, isso porque esses comportamentos geram uma insegurança jurídica ao contratante
- há um rompimento da confiança; essa “quebra”; essa mudança abrupta de comportamento
- rompimento da confiança -> D. BRASILEIRO
b) SUPRESSO
- fim de um direito contratual em razão de seu não exercício 
- = supressão; fim de um direito contratual em razão do seu não exercício
EX: Raquel não pode cobrar algo que não cobrava até então, mesmo estando no contrato
 ∟ pode até cobrar, mas tem que dar um tempo para a pessoa se “adaptar”
c) SURRECTIO
- surgimento de um direito em razão de ser exercício 
- de tanto esse direito ser manifestado passa a ser um direito
d) TU QUOQUE
- tu mesmo	
-“até tu Brutus”
- o contratante que não adimpliu sua obrigação não pode exigir o adimplemento da obrigação do outro contratante
· CONT... INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
1. REGRA PRINCIPAL
- = boa fé objetiva; funções; interpretativa; limitadora; integrativa [proibição do venir; supressio; surrectio; tu quoque
- pode acarretar a criação de clausulas novas, impedimentos ...; desdobramentos práticos da função integrativa da boa fé
- todo contrato será interpretado com essa regra principal e, na prática, vai ter algumas funções
- interpretação com base na boa fé tem que ter a luz de “manutenção do contrato”, porque a interpretação pela boa fé é para proteger o vínculo contratual
 ∟ tem-se a necessidade de proteger o vinculo contratual por causa da segurança jurídica; a força obrigatória do vínculo contratual
- REGRAS ESPECÍFICAS DE INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS:
- regras que são interpretadas a depender do contrato
2. RESERVA MENTAL
- proposta deliberado, ou seja, intenção clara de não cumprir a vontade manifestada
- art 110 CC
- * conhecimento
- o indivíduo manifesta uma vontade e a intenção dele é não cumprir isso [CONCEITO DE RESERVA MENTAL]
 EX: sumiu o animal de X, que disse que pagaria recompensa de 1.000 reais para quem achasse.
 ∟mas o agente por mais que tivesse falado da recompensa, não tem o proposito de realizar
- COMO VAI INTERPRETAR OS NEGÓCIOS JURÍDICOS TENDO ESSA RESERVA MENTAL?
 ∟”a declaração de vontadepermanece/é válida/será protegida mesmo que o declarante guarde a vontade de não cumprir”
 ῑ o declarante responderá pelo que ele declarou, mesmo a intenção sendo outra
 ῑ EXCEÇÃO: se o receptor da mensagem sabia da reserva mental não há que se falar da permanência da vontade declarada sob a intenção isso segue a lógica da teoria da confiança
 EX2: eu declaro a vontade de doar meus bens, mas internamente só estou fazendo isso para proteger meus bens
 ∟se a pessoa para quem eu doei sabia da reserva mental: NÃO PODE EXIGIR
 ∟ se a pessoa para quem eu doei NÃO sabia da reserva mental e age cobrando de boa fé: tem direito ao que foi declarado
2. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA
- art 114 CC
- benefícios
- renúncia 
- não admite extensão do sentido; ampliação LIMITE
- necessidade de que certas clausulas sejam tratadas de forma restritiva
-interpretação que não admite extensão do sentido; elas tem que ser interpretadas em seu limite
 EX: negócio jurídico benéfico/gratuito
 ∟nesse contrato tem que ter uma interpretação restritiva/limitada pq o contribuinte já está participando de um n.j que ele é parte que não ganha nada; não pode onerá-lo mais ainda. Então, a manifestação tem que ser interpretada de maneira restritiva
 EX1: doação
 ῑ porque só 1 das partes tem obrigação
 EX2: comodato
 ῑ a manifestação de vontade é só de emprestar a área de lazer, não toda a casa
- RENÚNCIA
 ∟= abrir mão/dispor de determinado direito
 ∟não pode interpretar que o individuo queria abrir mão de mais direitos do que ela se manifestou
 ∟devido aos prejuízos que essas coisas podem trazer tem que ser interpretadas de maneira restritiva
4. AUTOCONTRATO [contrato consigo mesmo]
- art 117 CC
- anulável -> prejuízo
 ∟ para esse contrato ser anulado é imprescindível que se demonstre o prejuízo para quem está sendo representado
 ῑ VÍCIO/PROBLEMA
- EXCEÇÕES: 
 ∟ É VEDADO – art. 497 CC
 ∟ possibilidade dos tutores comprar bens dos tutelados; dos curadores dos curatelados [...] -> rol taxativo
- JOÃO [próprio] ------------------ JOÃO [representando Pedro]
- eu tenho o mesmo sujeito nos 2 polos contratuais, mas em cada um desses polos o sujeito está representando uma vontade diferente
- apesar de ser o mesmo sujeito no polo ativo e no passivo, o sujeito está representando vontades diferentes
 EX: contrato de mandato ou procuração
- esse contrato é lícito
 ∟MAS pode haver um conflito de interesse do “procurador” querer se beneficiar mais com esse contrato, já que ele é a outra parte
5. CONRATOS DE ADESÃO
- art 423 e 424 CC
- prevalência do interesse daquele que o elaborou
- por isso interpretação de modo mais favorável ao aderente
- é aquele contrato que apenas uma das partes cria as clausulas, tendo a outra que concordar com tudo
- o problema é que a intenção/vontade preponderante é a favor de quem produziu; tem a prevalência do interesse ou da vontade daquele que o elaborou
-art 423: “quando houver clausulas ambíguas ou contraditórias”
 ∟ vai interpretar as clausulas contraditórias em favor do aderente, que é aquele que não participou da elaboração do contrato
- art 424
 ∟ as únicas clausulas que são nulas no contrato de adesão são as que falarem que o aderente renuncia a determinado direito
 SÓ É NULO OU ANULÁVELQUANDO A LEI DIZ SER
6. CONTRATOS ALEATÓRIOS [RISCO]
- art 428 a 461 CC
- os contratantes só podem assumir os riscos que conheciam
- tem que ser feita uma interpretação restritiva quanto aos riscos
- os contratantes só podem assumir os riscos que conheciam
- não presume-se o risco
 ∟ assume apenas pelos riscos que ele sabia; que estava expresso
· CLÁUSULAS ESPECIAIS
- EXPRESSAS
- exceção ao principio da relatividade
- são chamadas de clausulas especiais pq rompem/quebram com a regra do princípio da relatividade, que diz que os efeitos dos contratos são sentidos/suportados pelos contratantes
- nos 3 tipos de clausulas o contrato irradiará seus efeitos para além do contratante/3º, que não participaram do vinculo contratual
 ∟por isso que essas clausulas não são presumidas; para estar em um contrato tem que sempre estar expressas
- as clausulas especiais tem o poder de trazer o 3º para a relação contratual, mesmo que originalmente não tivesse
- as 3 clausulas são:
1. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE 3º
- 436 a 438 CC
- nessa clausula o contrato é selado entre 2 contratantes
 ∟1 é chamado de estipulante e o outro de promitente
 ῑ o estipulante nomeia um 3º para assumir os favores/vantagens/benefícios do contrato que ele celebrou com o promitente; ele que celebra o contrato mas o 3º que vai receber os benefícios 
 EX1: contratos se seguro de vida
 ∟ o contratante 1 celebra contrato com o 2 e nomeia alguém; um 3º - que não pode ter obrigações, apenas receber as vantagens - para receber a indenização
- como esse 3º vai receber as vantagens se o 2 não cumprir as obrigações o 3º pode exigir
 ∟ o 1 também pode exigir em nome do 3º
- o 3º não tem nenhum direito adquirido, então o 1 pode substituir o 3º quando quiser
 ∟sua condição pode ser alterada por ato de vontade inter vivos ou de última vontade [testamento]
-art 436 CC
 ∟está falando da possibilidade do 3º executar o seu valor
- art 437 CC
 ∟ se o 1 se retirar da obrigação e deixar o 3º na relação, não pode liberar o 2 da obrigação depois que sair dela
-art 438 CC
 ∟ o 3º pode ser substituído
-art 436 CC
 EX1: seguro de vida
 EX2: estipulante compactua contrato com o promitente, mas tem uma clausula falando que o valor vai ser pago para um 3º, que só tem obrigação
- ESTIPULANTE [contratante] PROMITENTE [contratado] 
 ∟ vantagens; benefícios; direitos
 
 TERCEIRO
2. PROMESSA DE FATO DE 3º - CONTRATO POR OUTREM
- 439 E 440 CC
- PROMITENTE PROMISSÁRIA
 POSSIBILIDADE:
 ANUÊNCIA DO 3º 
 TERCEIRO
- quando o promitente e o 3º são casados patrimônio comum – art 439 § único
- o promitente, que é quem promete em nome do 3º, celebra contrato em nome de 3º, que é aquele que promete obrigação a ser cumprida por outrem
- o contrato já existe entre o promitente e o promissário, MAS para isso o 3º tem que aceitar
- se o 3º não aceitar pode executar o promitente; vai responder por perdas e danos
- se o 3º aceitar vai integrar como contratante e o promitente vai sair
 ∟só o 3º passa a responder
- já tem um contrato assinado entre o promitente e o promissário
- SÓ HÁ 1 EXCEÇÃO
 ∟é uma medida de proteção do 3º
 ∟quando o promitente e 3º são casados e só tem patrimônio em comum
 ῑ nessa situação não há nenhuma responsabilidade para o promitente, porque senão o 3º também vai sair prejudicado
 EX: corretor de imóveis
3. CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
- art 467 a 471 CC
- cláusula pro amico alecto/pro amico elegendo
- ESTIPULANDO [d. e ob.] PROMITENTE
 3º -> ex tunc – à data da celebração 
- estipulante e promitente celebram um contrato e nesse contrato foi inserida uma clausula chamada de PRO AMICO ELECTO
 ∟ essa clausula garante ao estipulante que dentro de determinado prazo eleja um 3º assumindo não só a vantagem mais também obrigações
 ∟o estipulante insere cláusula falando que daqui “10 dias” vai entrar o verdadeiro estipulante, que é o 3º
 EX: contrato de compra e venda
- quando vai negociar o estipulante age como contratante fosse, mas, na verdade, se o 3º não concordar ou for insolvente o contrato permanece eficaz entre o promitente e o estipulante
- quando o 3º integra a relação tem efeitos retroativos à data da celebração, como se o 3º sempre tivesse ocupado aquele lugar de estipulante
- se passou o prazo estabelecido no contrato e o estipulante não nomeou o 3º, o contrato está eficaz entre o estipulante e o promitente
- oestipulante e 3º normalmente não tem relação nenhuma, por isso, não pode ser por procuração
· Estipulante e 3º permanecem vinculados
· 3º obtém benefícios
∟o 3º só vai obter os benefícios do contrato
∟o estipulante não sai, em regra, da obrigação; podendo exigir o adimplemento da obrigação pelo promitente
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE 3º CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
· Estipulante retira-se da obrigação
· 3º assume obrigações e direitos
∟o 3º vai assumir tanto os direitos quanto obrigações 
∟após a nomeação o estipulante retira-se da relação, tendo relação apenas entre o estipulante e promitente
· ESSAS 3 CLAUSULAS ESPECIAIS SÃO POUCO UTILIZADAS DEVIDO A INSEGURANÇA JURÍDICA DE NÃO TER UMA PESSOA CERTA;
∟acabam sendo mais usadas em pessoas jurídicas
· VÍCIOS REDIBITÓRIOS
- 441 CC
- Lei 8078/90 – O CDC QUE DEFINIU O QUE É VICIO E O QUE É DEFEITO
 ∟art 12§ 1º
 ∟caput art 18
- dever de garantia boa fé
- objetos – problemas: - VÍCIOS [caput art 18 CDC]
 - DEFEITOS [art 12 §único]
- VÍCIO é qualquer problema que atinja o bem e o torne impróprio para uso ou, ainda, diminuindo seu valor de mercado
 EX: é, portanto, o carro que você comprou e fica morrendo toda hora
 ∟o objeto não está funcionando adequadamente
 ∟ os fornecedores que respondem 
 ῑ os fornecedores são todos os descritos no art 3º CDC; todos os citados são os fornecedores e respondem pelo vício
-JÁ O DEFEITO, é um problema que gera um dano à saúde ou a segurança da pessoa
 ∟ é um problema mais gravoso porque gerou um dano à saúde ou segurança da pessoa
 ∟o problema de o objeto ultrapassar a esfera do objeto – como o carro- e atingir a saúde e segurança da pessoa
 ∟quem será responsável serão as pessoas que estão nos artigos do § único
· A DIFERENÇA ENTRE VICIO E DEFEITO ESTÁ TANTO NO CONCEITO QUANTO NA PRÁTICA, COMO A RESPONSABILIDADE.
 ∟ quando o produto sofre por um defeito, que gera um dano à saúde ou a segurança, não queremos nem saber de outro produto e sim de reparação
 ∟já quando sofre de um vício queremos a entrega de um novo produto
- os vícios redibitórios estão na esfera civil e vão atingir um bem 
1. REQUISITOS [art. 441 CC]:
- são requisitos necessários para conclusão de existência de vícios redibitórios
A. CONTRATO ONEROSO/AQUISIÇÃO ONEROSA
 ∟ que o bem tenha sido adquirido em relação a um contrato oneroso, ou seja, todas as partes têm obrigações
 ∟comutativo
B. VÍCIO JÁ EXISTENTE NO TEMPO DA ALIENAÇÃO/ VÍCIO ANTERIOR À ENTREGA
 ∟o vício já estava no objeto na data da alienação mas só se manifestou depois
- eu estou diante de um vicio redibitório quando um bem que eu adquiro por um contrato oneroso se manifesta em vício após a entrega
 ∟o vicio já existia antes da entrega
C. VÍCIO MANIFESTA-SE APÓS A ALIENAÇÃO/VÍCIO MANIFESTOU-SE APÓS A ENTREGA
D. VÍCIO TORNOU A COISA IMPRÓPRIA AO USO OU REDUZ SEU VALOR
3. AÇÕES EDILÍCIAS –EDIOS CURULES
- 1ª solução jurídica para aquele que recebeu o bem que manifestou algum vício
- essa ação vem da função “edis curules”
 ∟ essa era uma função existente na roma antiga, na pessoa que fiicava nessa função solucionada problemas de mercado
 ∟ a pessoa nessa função fazia uma espécie de “mediação do conflito”
- diferente de condição/condomínio edilício
 ∟ que é um conjunto/conglomerado de bens imóveis, onde cada um tem autonomia mas estão subordinados a um só centro
- existem basicamente 3 ações edilícias:
 ∟ quem vai escolher com qual entrar é o adquirente
 ∟ só pode entrar com uma, não pode entrar com todas, mas pode ter pedidos subsidiários/alternativos, se não o juiz não conceder uma, pede para conceder outra
A. AÇÃO REDIBITÓRIA
- art 441 CC
 ∟”pode ser enfeitada” = rejeitada = devolvida
-por meio dessa ação o adquirente buscará a devolução da coisa
- a adquirente buscará a devolução da coisa
- “redibitória” = “tomar de volta”
-por meio dessa ação o alienante vai ter de volta o vem que foi alienado
- o bem será devolvido ao alienante
- essa ação é a 1ª saída para o adquirente da coisa com vício
B. AÇÃO ESTIMATÓRIA/QUANTIMINORES
- ART 442 CC
- = abatimento no preço, permanecendo com o bem viciado
- em vez de devolver a coisa o adquirente vai buscar o abatimento do preço e vai permanecer com o bem viciado
- é como se fosse uma “ação de indenização”
- é como se diminuísse o valor do bem e vai devolver parte do valor
- é a restituição do abatimento do preço
C. AÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DE ÁREA
- SÓ QUANDO FOR POSSÍVEL ENTRAR COM ESSA AÇÃO
- se for possível
- só é aplicável quando for objeto bens imóveis e que forem vendidos com base em sua área 
- IMÓVEIS – em razão da área
-o vicio aqui é o relativo à área do bem
 EX: X vende um terreno de 10 hectare para Y, mas quando X vai medir tem só 7 hectare e não 10
 ∟ então, em vez de devolver a coisa ou abater o valor, Y vai complementar a área com o quantum que falta
 ῑ mas nem sempre o alienante terá os terrenos vizinhos para complementar a área, por isso essa ação só será cabível se for possível fazer isso
4. PRAZOS
- prazos para reclamar dos vícios redibitórios, ou seja, para ajuizar ação edilícia. 
- direito potestativo [PRAZO DECADENCIAL] – reclamar dos vícios = ajuizar ação edilícia
- o legislador fala que temos um prazo decadencial para fazer isso porque o direito por trás dele é um direito potestativo, que é aquele direito que tem a aptidão de ser exigido unilateralmente pelo particular
- o prazo é para reclamar; para ajuizar a ação
- é o direito potestativo do adquirente reclamar
A. BENS MÓVEIS
- 30 dias
- a contar da tradição, entrega
-vício redibitório é sempre vicio oculto, mas há 2 tipos:
A.1. FÁCIL CONSTATAÇÃO
-são aqueles que por sua natureza manifestam-se de modo mais fácil
- o prazo é de 30 dias a partir da tradição da entrega efetiva da coisa
 ∟ sobrevindo o vicio nos 30 dias seguidos à tradição, vai entrar com as ações edilícias
- art 445 CC
A.2. DIFÍCIL CONSTATAÇÃO
- são aqueles que por sua natureza demoram mais tempo; demandam mais tempo para se manifestar
- pode ser que o vicio seja de difícil constatação e se manifeste só depois de 30 dias, nesse caso tenho 180 dias a contar da tradição para a manifestação do vício e, dentro desse prazo, quando eu tomar ciência do vício, tenho 30 dias para reclamar
- o prazo é de 180 dias para manifestar o vicio, depois de manifestado, 30 dias para reclamar
B. BENS IMÓVEIS
- 1 ano para reclamar
- o prazo para reclamar é de 1 ano contados da entrega efetiva do imóvel, MAS, em se tratando de vícios ocultos de difícil constatação o prazo para o vício se manifestar é de 1 ano a partir da ciência para reclamar
- o prazo é de 1 ano para manifestar o vicio e , a partir de manifestado, 1 ano para reclamar
 se for diferente o prazo da entrega e do registro, conta-se da data de registro o prazo de garantia/para manifestar o vício – vai ser de 6 meses
* GARANTIA CONTRATUAL
- art 446
 ∟ contratantes combinam prazo diferente do legal
- acontece quando as partes/contratantes acertam/combinam um prazo de garantia diferente do prazo de garantia legal
 ∟ é possível ampliar 
OU
 ∟ reduzir, ou até eliminar/excluir a responsabilidade do alienante pelos vícios
 ῑ NESSE CASO SÓ POR MEIO DE CONTRATO PARITÁRIO
- só o prazo para manifestar o vício em 30 dias e 1 ano que podem ser alterados
 ∟ o prazo para ajuizar/reclamar continua sendo de 30 dias ou 1 ano a partir da ciência do vício
· EVICÇÃO
- perda de um bem por força de decisão judicial que o atribuiu a outrem, por causa anterior ao contrato
- é “prima” dos vícios redibitórios
- FUNDAMENTO: boa fé – dever de garantia do alienante
 ∟ emana do dever de garantia por parte do alienante e da boa fé
- PERSONAGENS: 1. ALIENANTE [Zadir]
 2. ADQUIRENTE – EVICTO [André]
 3. TERCEIRO – EVICTOR [Walter] 
 É aquele que vai receber obrigação
- se acontece a evicção também ocorre um desequilíbrio no contrato
 ∟ ao tratar, busca o equilíbrio.
 EX: A adquiriu de Z uma fazenda pagando 1 milhão de reais
 ∟MAS tempos depois Aé surpreendido com o oficial de justiça falando que a fazenda seria objeto de penhora devido a uma ação ajuizada por Walter contra Zadir
 ∟ não precisa ter ocorrido a má fé
 ∟ o A pode perder a qualquer momento; sempre que puder entrar com ação reivindicando um bem
- quem responde pela evicção é quem alienou o bem
- REQUISITOS DA EVICÇÃO: [tem que ter todos esses 4 requisitos reunidos]
A. PERDA TOTAL OU PARCIAL DA PROPRIEDADE
∟FISÍCA 
 Acontece quando materialmente a coisa se perde em parte ou no todo
 EX: comprei um prédio de X cheio de apartamentos, contudo sobreveio decisão judicial determinando que 1 desses apartamentos é de Y antes da compra houve a perda física da coisa parcial e dos poderes
∟PODERES JURÍDICOS inerentes ao bem 
 Quando se é proprietário de determinada coisa; propriedade é um instituto jurídico dotado de super poderes que são: usar, gozar, dispor e reaver
 No momento que eu perco a propriedade do apartamento eu perco todos os poderes mas pode ter casos que perco só alguns poderes
 EX: comprei um apartamento e veio decisão judicial falando que X tinha inserido no bum um direito real chamado de uso fruto da mãe de Y, então eu, na condição de proprietário, não vou permanecer com os poderes de usar e gozar desse apartamento
 ῑ perdi alguns poderes que havia adquirido no contrato
 se a evicção for total recebe determinado tratamento e se for parcial outro
B. ONEROSIDADE DA AQUISIÇÃO
- a aquisição tem que ser onerosa
- para falar dos direitos dos evictos tem que ser onerosa pq senão afasta o tratamento jurídico da evicção 
-*doação: vou perder o bem mas não vou fazer jus aos direitos do evicto
C. IGNORÂNCIA, PELO ADQUIRENTE [evicto de boa fé], DA LITIGIOSIDADE DA COISA
- o adquirente tem que estar de boa fé, pq ele ter que ignorar, desconhecer a coisa
- se o adquirente age de má fé e reconhecia a litigiosidade: terá consequências quanto aos direitos do evicto
D. ANTERIORIDADE DO DIREITO DO EVICTOR
- o evictor/3º tem que ter um fundamento jurídico anterior ao negocio jurídico da alienação
- o direito do evictor tem que preceder à alienação entre alienante e adquirente/alienante e futuro evicto
- VERBAS DEVIDAS: [pelo alienante ao evicto]
· AMPLO E COMPLETO
∟ INDENIZAÇÃO
- art 453 – são indenizáveis as benfeitorias úteis e necessárias, as voluptuárias o evictor pode levar
· 450 CC
- quais são os direitos do evictor? Quais são as verbas devidas pelo alienante ao evictor? -> ART 450 CC
 ∟ ou seja, o alienante terá que indenizar o evictor de modo amplo e completo
 ῑ valor que pagou com a coisa, honorários advocatícios contratado para defender no processo de evicção, o que fez com o bem [benfeitorias] [...] vai ter que pagar por tudo que o evictor gastou
· VALOR ATUALIZADO DO BEM
∟SALVO EM CASO DE DEPRECIAÇÃO DO VALOR
- o evicto vai ter o valor atualizado exceto em caso de depreciação do valor
 ∟ o valor no caso de depreciação do valor o evicto recebe o valor que pagou quando comprou o bem e não o valor atual mas desvalorizado, logo, menor
 ∟ mas, se o bem tiver uma valorização no valor, o evictor vai receber o valor atualizado
- art 459
- quem responde pela evicção é o alienante
- EXCLUSÃO DA GARANTIA [pela evicção]:
- é possível que as partes –alienante e adquirente – insiram uma clausulas de exclusão de responsabilidade caso sobrevenha evicção
· 448 CC 
∟ EXPRESSA; CONTRATOS PARITÁRIOS
- tem que ser uma clausula expressa, apenas em contratos paritários [é diferente do contrato de adesão]
- DUAS SITUAÇÕES:
- as clausulas são uma segurança para o alienante 
A. CLAÚSULA E DESCONHECIMENTO DO REAL RISCO
 ∟ 449 CC: valor pago pelo bem; perde as demais verbas [450CC]
- há a clausula de exclusão de garantia mas o evicto desconhece a litigiosidade da coisa – que a coisa é litigiosa 
 ∟ se foi isso o evicto vai ter ainda o direito de receber o valor pago pelo bem, mas perde as demais verbas do art 450 CC, ainda tem direito de receber o valor pago pelo bem
B. CLAÚSULA E CONHECIMENTO DO REAL RISCO
 ∟ 457CC
 ∟ EVICTO PERDE TUDO
 ∟ CONTRATO ALEATÓRIO
- existe a clausula e o evictor conhece a litigiosidade da coisa, então ele perde tudo; todas as verbas que pagou pela coisa
- nesses casos o contrato é comparado ao aleatório
- normalmente quem faz esse é porque se perder o bem vai ser pouco a perda; vai ter mais benefício do que prejuízo
*C.: se o evicto tiver de má fé e o alienante conseguir provar não terá direito a nada [= o B]
- art 447
- art 448
- art 449
- art 450
- art 451
- art 452
- art 453
- art 454
- art 455
- art 456
- art 457
· EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
- todo contrato sempre chega ao fim 
-MODO NORMAL: cumprimento das obrigações
 ∟o que os contratantes esperam ao celebrar um contrato é que as obrigações sejam adimplidas/cumpridas, ou seja, extingue-se o contrato com o cumprimento da obrigação
 ∟MAS às vezes o contrato se extingue sem o cumprimento das obrigações, e dividem-se em causas
-VINCULO PASSAGEIRO
- EXTINÇÃO SEM CUMPRIMENTO
1. CAUSAS ANTERIORES OU CONTEMPORÂNEAS À CELEBRAÇÃO
 ∟ é chamada assim porque as razões que vão levar a extinção do contrato são prévias, surgiram antes ou concomitante da celebração do contrato
 ∟anterior ou concomitante ao contrato
 ∟o contrato já nasceu com isso 
A. CARÊNCIA DE REQUISITOS DE EXISTÊNCIA OU VALIDADE
- 104 CC
- 166 CC: nulidade
- 171 CC: anulabilidade
- EX1: celebrado por sujeito incapaz 
- EX2: vontade manifestada por coação
 ∟ nesses 2 exemplos o motivo era anterior à celebração do contrato, então esse contrato não pode extinguir pelo adimplemento da obrigação porque carece requisito de validade, aí esse contrato vai ser extinto:
· NULIDADE [ART 166 CC]
· ANULABILIDADE [ART 171 CC]
- nessa situação ou o contrato será nulo ou anulável, a depender de violação que houve no contrato 
- não precisa esperar o adimplemento da obrigação, pode extinguir antes devido a nulabilidade ou anulabilidade 
- carece : licitude de objeto, contrato na forma prescrita ...
 ∟quando falta no contrato algum dos requisitos de validade ele será desfeito pela via da anulabilidade
 ῑ ambos os casos não adimpliu o contrato 
B. IMPLEMENTO DE CLÁUSULA RESOLUTIVA
- O QUE É: CONTRATANTES TEM O DIREITO DE DESFAZER O CONTRATO EM CASO DE INADIMPLEMENTO
- essa clausula da ao contratante o direito de desfazer o contrato no caso de inadimplemento da obrigação
- é uma regra prevista no contrato que da aos contratantes o direito de extinguir/desfazer o vinculo contratual em razão do não cumprimento da obrigação
- a clausula resolutiva é uma saída para o contratante, mas se ele quiser pode forçar o cumprimento 
- pq a clausula resolutiva é considerada anterior ou contemporânea a celebração do contrato? Pq essa clausula já está prevista no contrato; é ao tempo da celebração
-EXPRESSA: PACTO COMISSÓRIO
- essa clausula pode ser expressa pelo pacto comissório
- PRESUMIDA: CONTRATOS SINALAGMÁTICOS
 ∟presumida = tácita
 ∟ sinalagmáticos = equilíbrio
- vai ser sempre presumida nos contratos sinalagmáticos, que são contratos equilibrados
- ART 474 E 475 CC
se alguém descumpre a outra parte pode: [475 cc]
A. Exigir o cumprimento forçado da obrigação:
-forçar a outra parte a fazer/dar
B. Extinção do contrato
- caso eu não cumpra a parte que cumpriu pode pedir alternativamente a extinção do contrato com base na clausula resolutiva
 ∟ essa é uma solução para os contratantes envolvidos em um contrato sinalagmaticos estão diante de um inadimplemento 
- ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL = CUMPRIMENTO DA MAIOR PARTE DA OBRIGAÇÃO
- diante de um adimplemento pode: se já foi cumprida a maior parte da obrigação não tem sentido desfazer o vinculo, melhor forçar a parte a cumprir o resto
- esse adimplemento substancial não autoriza a aplicação da clausula resolutiva mesmo que ela seja expressa, cabe a parte apenas forçar o adimplemento da parte que não foi cumprido
 ∟apenas exigir o cumprimento forçado do restante da obrigação em caso de adimplemento substancial
 EX: meu contrato com X é de troca, ele me entregou e eu não cumpri

Outros materiais