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DIREITO CIVIL VI: CONTRATOS · INTRODUÇÃO:1. Acordo 2. Sujeitos/partes 3. Vontade 4. Instrumento formal 5. *Documento ≠ instrumento 6. Objeto 7. Direitos e deveres (obrigações) 8. Foro de eleição 9. Chancela 10. Prazo · O QUE É UM CONTRATO? -CONCEITO BASEADO MAS PALAVRAS DADAS: contrato é um acordo de vontade entre 2 ou mais sujeitos que durante determinado objeto e conforme a boa-fé assumem direitos e obrigações sob determinado prazo, conforme foro de eleição, chancelando sua vontade * - documento é qualquer papel que demonstre determinada informação, já instrumento é um documento que foi criado; desde o início foi pensado/concebido para servir de prova e é sempre escrito EX: comprovante de compra (via do cliente) └ existe para comprovar a existência do contrato de compra e venda · ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS: - ACORDO DE VONTADE └ o vinculo contratual só existe até que existe a vontade interesses - ENTRE 2 OU + SUJEITOS E PARTES └ 2 ou + interesses └ interesse é um elemento diferente de parte └ para ter um contrato precisa de 2 ou + interesses └ “autocontrato/contrato consigo mesmo”: quando tem 1 contrato com 2 interesses diferentes, mas sendo representado pela mesma pessoa EX: vendedor -> A; comprador -> B, representado por A o CC diz ser válido esse tipo desde que não haja com má-fé - OBJETO COM RELEVÂNCIA ECONÔMICA - DIREITOS E DEVERES/OBRIGAÇÕES - OBRIGATORIEDADE └ todo contrato é um vínculo obrigatório, ou seja, o cumprimento dos deveres do contrato passa a ser obrigatório * NAÕ PODE DEFINIR CONTRATO COMO INSTRUMENTO JURÍDICO PORQUE HÁ CONTRATOS VERBAIS └ MELHOR DEFINIR COMO VÍNCULO CONTRATUAL · HISTÓRICO/EVOLUÇÃO: 1. A: MÉDIA - ABSOLUTISMO - o indivíduo passou a ser reduzido, minimizado - foram aumentados os poderes da igreja e do Estado, que exerciam a maior parte do controle econômico e jurídico também - os indivíduos, apesar a herança romena, passaram a ser inferiorizados - eles não tinham autonomia para contratar - foi um abandono da autonomia/liberdade dos indivíduos contratar - o contrato veio mais pós a revolução francesa - porque nesse período os indivíduos voltaram a ter autonomia, liberdade - FOI UM GRANDE MARCO HISTÓRICO POR ISSO: os indivíduos passaram a ter liberdade para contratar └ gerou 2 princípios: i. OBRIGATORIEDADE (“pacto sund servanda”) ii. RELATIVIDADE ( efeitos do contrato limitam-se às partes) 2. B: REVOLUÇÕES BURGUESAS – IDADE “MODERNA” -os ideais de liberdade e autonomia voltaram à tona e permitiram que o indivíduo voltasse a valorizar sua vontade - o indivíduo podia praticar o que entendesse - LIBERDADE - AUTONOMIA - VALORIZAÇÃO DA VONTADE: praticas os atos da vida civil de acordo com sua vontade - depois dessa valorização acima o direito privado se transformou e evoluiu - o direito contratual passou a ter a importância que tem hoje: as máximas eram a OBRIGATORIEDADE(1) e o RELATIVISMO/RELATIVIDADE CONTRATUAL (2) = PACTO SUND SERVANDER (2): - somente os sujeitos envolvidos tem importância para esse pacto - os efeitos desse contrato são limitados às partes envolvidas e só a elas diz respeito - não respeitavam o direito da coletividade porque o que importava era a autonomia/liberdade do individuo - “parece liberdade demais” -> todos os indivíduos tinham os mesmos poderes/liberdades/deveres/obrigações: - ao mesmo tempo que a obrigação garantia a liberdade da pessoa também botava em risco, já que não tinha uma balança do que era pactuado EX: comprar uma vida └ devido a toda essa autonomia e liberdade que começou a gerar conflitos sociais fez com que passassem a pensar em um novo modelo: “Estados do bem estar social” 3. C: ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL - COLETIVIDADE - DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA - FUNÇÃO SOCIAL (contrato proprie fam empo) - BOA FÉ (leal, transparente, ética e honesta) - pela primeira vez foi entregue ao Estado; começou a se preocupar pelo bem estar da sociedade - funcionavam com base em normas jurídicas ( por isso são precursores dos Estados de Direito) - os 2 princípios que surgiram na idade moderna são adaptados no período dos Estados sociais EX: o efeito é entre as partes, mas o contrato não pode interferir no direito de terceiro - nessa época os princípios foram readaptados e passaram a ter mais 2 princípios:CONTINUA TENDO A OBRIGATORIEDADE E O RELATIVISMO, MAS PASSARAM A TER QUE SER ACOMPANHADOS DESSES 2 PRINCÍPIOS I. A FUNÇÃO SOCIAL - quais são os efeitos na sociedade e para que serve - existe a função social de várias coisas, coimo do contrato, da sociedade, da família -> todos esses institutos não podem se limitar no direito privadoFUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: para fazer circular riquezas e também promover o crescimento econômico das partes e o entorno; dar segurança jurídica às partes └ tem uma função além dos interesses das partes envolvidas II. BOA FÉ - é o ponto de partida de uma relação de confiança · ARTIGO 421 CC └ há liberdade, mas com o limite que é a função social do contrato · ARTIGO 422 CC └ princípio da boa-fé: sempre os contratantes tem que agir com base na boa fé O código mostra que o direito contratual reflete os ideais dos Estados democráticos e de bens sociais └ a liberdade não é total, é mitigada/controlada principalmente pelos princípios da boa fé e da função social · CONTRATOS CIVIS(1) ≠ CONTRATOS DE CONSUMO(2) (1) : - Em regra, partem da ideia da individualidade - as partes vão criar seus contratos, com suas clausulas - partem da ideia do equilíbrio dos sujeitos envolvidos na relação jurídica └ esse equilíbrio dos sujeitos = igualdade entre as partes - usa o CC * - devido o andamento da sociedade, surgiu contratações em massa e com isso uma necessidade de um “novo direito”; ramo - surgiu uma nova sociedade “hiper moderna”; “era de sociedade de consumo”; a velocidade das contratações e para serem feitas de forma rápida e mais rápido possível - devido a essa velocidade não tinha como continuar firmando contratos individuais; precisou de um novo ramo; uma nova norma para o contexto pacificado: “contratos de consumo” (2) : - em regra, as relações serão massificadas - os sujeitos estão em TOTAL desequilíbrio ( = desigualdade) - Código de Defesa do Consumidor {Lei 8078/90} - como regra no âmbito das relações civis os contratos costumam ser individuais, já os do consumidor costumam ser massificados NÃO É SEMPRE ASSIM, É “NORMALMENTE” NA MATÉRIA DE CONTRATOS VAMOS FICAR EM CONTATOS CIVIS (1) - todo contrato é um negócio jurídico bilateral porque necessariamente terá mais de 1 interesse; no mínimo 2 interesses diferentes envolvidos na relação jurídica - contrato é um acordo de vontade entre 2 ou + pessoas em função de um objeto que os vincula a cumprir determinada obrigação - contrato é um ato jurídico em sentido amplo -> é um negócio jurídico ATO JURÍDICO ATO JURÍDICO ATO FATO NEGOCIO JURIDICO · ELEMENTOS DO CONTRATO - NEGÓCIOS JURÍDICOS: ARTIGO 104 CC REQUISITOS: A. SUBJETIVOS - são exigidos dos sujeitos - aplica-se aos sujeitos A.1. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE (capacidade civil) - além de ser livre tem que ser informada todas as informações necessárias para a formação da vontade do outro - isso envolve a validade ulterior do contrato - capacidade civil para praticar validamente qualquer ato da vida civil A.2. APTIDÃO ESPECÍFICA PARA CONTRATAR - aptidão = habilidade - é o que vai determinar o pode ou não de celebrar o contrato é o poder que o sujeito exerce sobre o objeto - ou seja, precisa que o contratante tenha poderes para celebrar aquele contrato A.3 CONSENTIMENTO - o silêncio pode ser considerado/interpretado como um consentimento, salvo contrato específico ART. 111 CC- ANULABILIDADE: vícios menos gravosos na validade. - NULABILIDADE: mais grave; acontece na validade e na existência também, de tão grave que é. B. OBJETIVOS - relação com o objeto - aplica-se ao objeto da relação contratual B.1. LICITUDE DO OBJETO - queé acolhido pelo ordenamento jurídico - é permitido juridicamente - aplica-se a todas as situações do direito - a licitude abrange tudo, o que não é abrangido são as exceções, que é a impossibilidade jurídica B.2. POSSIBILIDADE FÍSICA(1) E JURÍDICA(2)LICITUDE ≠ JURIDICAMENTE POSSÍVEL └ ART. 426: exemplo de impossibilidade jurídica e não de licitude, que é algo geral - nesse art. O impedimento não está em algo geral e sim em algo especifico - (1) = - fática - (2) = - aceitação pelo ordenamento jurídico; - Quando o direito vedar especificamente algo que juridicamente seria lícito, é a impossibilidade jurídica - Algo ser juridicamente possível é um espaço menor dentro da licitude - o impedimento TANTO UM OBJETO ILICITO QUANTO JURIDICAMENTE IMPOSSIVEL A CONSEQUENCIA É A MESMA: A ANULABILIDADE DO CONTRATO B.3. DETERMINAÇÃO DO OBJETO/DETERMINABILIDADE - o objeto tem que ser determinado ou determinável - o objeto não precisa ser determinado, mas precisa ser ao menos determinável - se o objeto não for determinado de imediato o contratante tem que ter condições de futuramente ser determinado; tem que ter os critérios qualificativos (?) que vão determinar o objeto futuramente B.4. VALOR ECONÔMICO - é um elemento trazido pela doutrina - a doação é um contrato └ o valor econômico entra nessa “coisa” que esta sendo doada - esse objeto tem que ter relevância e apreciação econômica - isso é válido para todo objeto de todo contrato C. FORMAIS C.1. FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI REGRA: - forma L I V R E - pode ser escrito, verbal, eletrônico e etc. - a maioria dos contratos não precisam cumprir nenhuma formalidade especial na esfera de celebração do contrato - o que tem que se preocupar é como vai provar um contrato depois EX: o casos dos contratos eletrônicos, verbais e etc -> são difíceis de provar - tem que se preocupar com a esfera da prova da existência do contrato - provam-se as coisas pelo artigo 212 CC - a regra é que os contratos são livres quanto a formação, mas precisa de provas da sua existência EXCEÇÃO: - quando a lei cria uma forma específica - a lei expressamente vai dizer quando um contrato é formal, se não disser ele vai ser livre · PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL: - FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS └ orientar; ser interprete └ servem para orientar o interprete na interpretação da norma; da lei └ os princípios normalmente possuem uma linguagem descritiva DIFERENTE do que acontece com as regras, que costumam ter uma linguagem mais objetiva └ por isso todo ramo do direito se fundamenta em princípios, ou seja, qualquer norma de determinado ramo do direito tem que se espelhar nos princípios desse ramo de direito - tanto as regras quanto os princípios tem a mesma importância; não há hierarquia entre eles └ os princípios não precisam ser positivados └ tanto as regras quanto os princípios servem para criar as normas 1. AUTONOMIA PRIVADA - “auto” = próprio; “nomia” = normas ideia que os indivíduos podem criar suas normas - CONCEITO: é o poder que o indivíduo tem de criar suas próprias normas conforme os limites do ordenamento jurídico - PODER DO INDIVÍDUO DE CRIAR NORMAS CONFORME LIMITES DO ORDENAMENTO JURÍDICO - art. 425CC - qualquer um pode criar contrato mesmo que não exista no ordenamento jurídico, desde que respeite os limites do ordenamento - AUTONOMIA = LIBERDADE, INTANGIBILIDADE E RELATIVIDADE └ liberdade da pessoa └ intangibilidade = impossibilidade de ser modificado por sujeitos alheios ao contrato └ relatividade = efeitos dos contratos limitam-se às partes - a autonomia se manifesta pela liberdade da pessoa; são intangíveis por 3º, ou seja, inatingível/intocável e relativo └ “inatingíveis” = a impossibilidade do contrato ser modificado por sujeitos alheios ao contrato └ “relativo” = os efeitos dos contratos limitam-se; são relativos às partes - a autonomia privada é o poder de criar suas próprias normas no contrato e você tem tem esse poder através da liberdade, intangibilidade e relatividade - AUTONOMIA DE VONTADE └ não se usa autonomia da vontade e sim privada - já está ultrapassado esse termo - na autonomia da vontade é quando eu crio minhas próprias normas com base na minha vontade individual não se pode fazer isso Da autonomia privada, a qual crio normas com base em todo direito privado - não posso criar normas baseadas apenas na autonomia da vontade pq tem que respeitar o direito dos outros; as normas - nossas normas são criadas com base na autonomia privada – É O TERMO MAIS ATUAL – e não na autonomia da vontade └ MAS ainda há pessoas que usam o título de “autonomia de vontade”, mas o correto é de “autonomia privada” - ART 421 CC └ = liberdade de contratar - a autonomia privada -> está positivada no art 421CC, como “liberdade de contratar” 2. BOA FÉ OBJETIVA └ como os contratantes devem agir no contrato - NORMA DE COMPORTAMENTO: -> ÉTICO -> HONESTO -> PROBO - é uma norma de comportamento que diz como os contratantes devem se comportar na celebração/execução de um contrato como um todo, ou seja, uma norma que diz como agir - diz que as partes tem que agir de forma honesta, ética, probo, transparente, leal, correto - = agir; comportar-se no contrato de forma ética, transparente, leal EX: não pode omitir informações importantes sobre o objeto, fazer oferta falsa, celebrar o contrato com o propósito deliberado de não cumprir - artigo 422CC - DIRETRIZES CC/02 - as balizas para a elaboração do CC/02 foram: -> ETICIDADE ꙇ = ética = boa fé - relaciona-se a ética que naturalmente se relaciona com a boa fé -> SOCIALIDADE ꙇ = sociedade = coletividade -> OPERABILIDADE ꙇ = eficácia das normas práticas -relaciona com preocupações praticas das normas, ou seja, se elas serão aplicadas na prática - PRESUMIDA -> má fé prescinde de comprovação - a boa fé se aplica a todo o direito civil e não só prescinde de comprovação - a boa fé é sempre presumida, já a má fé prescinde de comprovação EX: quem alega que a outra parte está agindo de má fé, essa parte terá que provar – usando o art 212 CC - BOA FÉ SUBJETIVA -> expresso -> é a boa fé individual - leva em conta não o parâmetro coletivo de eticidade, ... , mas sim leva em conta um parâmetro individual do que é ser ético, transparente, honesto - QUANDO O CÓDIGO FALAR APENAS DE “BOA FÉ” ESTÁ SE REFERINDO A OBJETIVA, QUANDO QUISER FALAR DA BOA FÉ SUBJETIVA VAI FALAR DE FORMA EXPRESSA 3. CONSENSUALISMO - CONCEITO: é o princípio que determina que como regra os contratos existem a partir da manifestação de vontade └ o consensualismo é a regra - EXCEÇÃO: I. CONTRATOS FORMAIS - existem a partir do cumprimento da formalidade prevista para ele - não basta a mera manifestação, precisa cumprir a formalidade EX: ART 541 CC II. CONTRATOS REAIS - “reais” = coisas - contrato que existe a partir do momento que a coisa – objeto do contrato é entregue ao contratante; momento que a res é entregue ao contratante- bens móveis -> transfere por tradição - bens imóveis -> transfere pelo registo - o que a lei exige é a entrega do bem EX: art 579 CC (comodato) - na doação não precisa entregar o bem, basta formalizar a vontade, mas nos contratos reais tem que ter a entrega do bem - ACORDO DE VONTADES = CONSENSUAIS └ = acordo └ EX: artigo 481 CC: - existe contrato de compra e venda quando alguém se compromete a transferir - isso mostra um poder vinculante da vontade e do acordo de vontade - isso se encontra na CONFIANÇA que exige no contrato - o contrato, como regra, existe desde que o momento que a vontade é manifestada - a vontade é, como regra, a fonte de todos os contratos - como regra os contratos surgem a partir da vontade de contratar - no momento que foi combinado comprar algo, já tem um contrato – mesmo sendo só falado - CONFIANÇA - FORMAIS└ a partir do cumprimento da formalidade prevista para ele EX: artigo 541CC - REAIS └ “res” = coisa └ Coisa, objeto do contrato, é entregue ao contratante EX: artigo 579 CC 4. RELATIVIDADE DOS EFEITOS └ EFEITO DOS CONTRATOS ATINGEM APENAS OS CONTRATANTES, salvo casos específicos EX: desconsideração da personalidade jurídica 5. OBRIGATORIEDADE - = força obrigatória dos contratos - PACTA SUND SERVANDA - uma vez celebrado o contrato tem que obrigatoriamente cumprir └ FORMA VINCULANTEO PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS APARENTEMENTE É INCOMPATÍVEL COM O DA OBRIGATORIEDADE - a obrigatoriedade é mitigada quando: I. Situações de caso fortuito ou força maior que impedem de cumprir II. Intervenção do Estado nas hipóteses de revisão dos contratos III. Revisão dos contratos └ FUNDAMENTOS : A. SEGURANÇA: - o contrato é um vinculo obrigacional pela necessidade jurídica de dar segurança jurídica aos pactos; aos negócios jurídicos - “clausulas penais” -> o não cumprimento das obrigações gera uma multa; “punição” └ = multa = um mecanismo de obrigar o cumprimento da obrigação B. INTANGIBILIDADE (= alteração) - algo intangível é eu não pode ser tocado por ninguém de fora - quando as partes celebram um contrato tem a segurança de que ninguém vai interferir nisso - impõe força obrigatória aos contratos, estabelece que os contratos são vínculos jurídicos obrigatórios para dar as partes segurança que o que foi compactuado vai ser cumprido e que ninguém vai poder “alterar” 6. REVISÃO DOS CONTRATOS - manutenção/proteção do vínculo contratual - é um princípio que visa a mesma coisa que o princípio da obrigatoriedade que é a manutenção do vínculo contratual, assim como a obrigatoriedade traz a proteção ao contrato - tem o objetivo primário de buscar a manutenção e proteção do vínculo contratual - CONCEITO: determina que em situações necessárias para reestabelecer o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos a sua clausula seja revista └ EQUILIBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO (dos contratos) └ TEORIA DA IMPREVISÃO (ART. 478 CC) a) CONTRATOS DE TRATO SUCESSIVO(1)/DIFERIDO(2) - (1): ex – aluguel - (2): ex – pagamento parcelado; Divide o pagamento - nessas 2 formas o adimplemento será postergado b) ONEROSIDADE EXCESSIVA c) ACONTECIMENTO EXTRAORDINÁRIO E IMPREVISÍVEL - pode acontecer algo extraordinário que impeça o continuamente do cumprimento da obrigação EX: doença, perca de emprego - para ter a revisão de um contrato precisa reunir o que está determinado na teoria da imprevisão └ ALTERNATIVAS: - Quando um sujeito tem sua condição alterada por um acontecimento extraordinário, impedindo de cumprir a obrigação, pode: I. REVISÃO DAS CLAÚSULAS – ARTIGO 479 CC - manutenção do vinculo - revisão visa proteger um contrato e se aplica quando acontece um evento imprevisível que para uma das partes fica muito oneroso cumprir a obrigaçãoREQUISITOS II. EXTINÇÃO DO CONTRATO – ARTIGO 478 CC - resolução por onerosidade excessiva - por força da obrigatoriedade a extinção é a última saída, sempre tem que buscar proteger o vínculo contratual, logo, a 1ª alternativa é rever o vínculo para depois extinguir 7. FUNÇÃO SOCIAL └ ARTIGO 421 CC └ PRA QUE SERVE? - determina que os contratos tem que cumprir uma finalidade social/societária; um fim social na sociedade └ INTERESSE SOCIAL E GERAL 1. CONTRATO NÃO PODE PREJUDICAR TERCEIROS 2. CONTRATO NÃO PODE PREJUDICAR A COLETIVIDADE 3. TERCEIROS NÃO PODEM PREJUDICAR CONTRATOS ALHEIOS └ TÍPLICE FUNÇÃO - a autonomia privada será exercida conforme a função social dos contratos · FASES DOS CONTRATOS: - ITER CONTRATUAL - existem acontecimentos/fases que vão anteceder a celebração final do contrato - as fases compõem o ITER CONTRATUAL (igual acontece no direito penal com o Iter Criminis) - os efeitos jurídicos são próprios em casa fase - é importante saber os efeitos de cada fase 1. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE └ ÂMBITO PSICOLÓGICO - é a partir daqui; da manifestação de interesse que os contratantes vão começar a desenvolver as obrigações - há a manifestação de vontade que pode ser expressa ou tácita - essa fase é breve - é o ponto de partida - aqui não existe para os contratantes obrigações juridicamente relevantes - essa fase é primária; não pode falar de qualquer obrigação jurídica 2. NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES └ TRATATIVAS/SONDAGENS └ NÃO HÁ VINCULAÇÃO └ EXIGIDA A BOA FÉ - são tratativas, sondagens sobre o contrato - os contratantes tratam de todos os elementos importantes que tem que ser objeto das negociações/tratativas - nessa fase começa a visualizar os efeitos jurídicos - aqui os contratantes já devem agir conforme a boa-fé objetiva, mesmo ainda não tendo a obrigação EX: o caso meu e da rafa no exercício valendo nota ꙇ nas negociações preliminares tinha que ter falado que o apartamento tinha mofo ꙇ o problema reside desde as tratativas, das negociações preliminares – antes mesmo de assinar o contrato ꙇ o problema está na formação de vontade ꙇ a mulher que comprou o apartamento do caso podia pleitear a anulação do contrato, já que a manifestação de vontade foi formada de maneira “errada” - nessa fase ainda não tem contrato - na 2ª fase ainda há a possibilidade de modificação das negociações e vai para a 3º fase quando verbaliza a proposta final (a proposta é quando se chega a última vontade do proponente) -a proposta pode ser por escrita ou por extenso 3. PROPOSTA └ DECLARAÇÃO DE VONTADE DEFINITIVA - é a declaração de vontade definitiva do proponente, que é aquele que propõem um contrato ao outro sujeito -tem-se a declaração de vontade definitiva, que tem como objetivo tornar válida a proposta; as negociações └ ELEMENTOS DO CONTRATO └ HÁ VINCULAÇÃO: ART 427 CC 1ª parte - a proposta vincula o proponente, que é aquele que vincula a proposta - a proposta obriga o proponente - na 2ª fase ainda há a possibilidade de modificação das negociações ai vai para a 3ª fase, quando verbaliza a proposta final; a proposta é quando se chega a última vontade do proponente - a proposta pode ser por escrito ou verbal - a proposta vincula/obriga pq se, por exemplo, tem a proposta mas o cara que propôs não quer mais, posso executar mesmo assim a proposta feita A OFERTA SÓ VAI SER EQUIVALENTE A PROPOSTA SE TIVER INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO PRODUTO └ OFERTA(1) X PROPOSTA (2) - a diferença está no conteúdo das duas (1): - é aquela feita ao público em geral - não tem 1 destinatário específico - é genérica - feita ao publico - muitas vezes não contém informações sobre o contrato - normalmente é uma oferta publicitária, não tem informações sobre o produto (2): - é especifica - contém informações mínimas e, por isso, a proposta tem o poder de obrigar o proponente; vincular - tem conteúdo detalhado do produto, então vincula quem oferece - art. 429 CC -> trocar “encerra” por “reúne” └ CDC: ART 30 CDC ” Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.” - toda a oferta que falar para o consumidor obriga o fornecedor - OFERTA = PROPOSTA NO CDC - tudo que o fornecedor falou obriga/vincula ele -existe alguma estratégias de marketing e publicidade que parece que obriga, mas na verdade não obriga: EX1: “não compre carro hoje, compre amanhã pq terá uma proposta imperdível amanhã” NÃO VINCULA EX2: “fiz matricula hoje e ganhe 6 meses grátis” ISSO OBRIGA NO CDC MESMO SENDO UMA OFERTA - no CDC qualquer informação integra; faz parte do contrato JÁ NO CC, os contratantes se obrigam pela proposta EM REGRA a proposta vincula, salvo EXCEÇÕES, que são situaçõesque a proposta do contrato não obriga: └ PROPOSTA NÃO VINCULA: a) ART. 427 CC, 2ª PARTE - quando a própria proposta fala só que vai ser válida por determinado tempo - 1ª h.: termos dela - 2ªh.: natureza do negócio ∟ é inerente ao objeto a não negociação - 3h.: circunstancias do caso (art. 428 CC): b) ART. 428 CC - I: “contrato entre presentes” ∟ é quando as pessoas conseguem ter a informação simultânea; instantânea ∟ só telefone; chamada por Skype, wpp e etc.. só ligação ∟emails, conversa de wpp NÃO há informação simultânea; conversa não é simultânea então, por conta da incerteza da resposta da comunicação não é “contrato entre presentes” - II: esse inciso é perigoso por causa do “tempo suficiente” ∟só diante do caso concreto que podemos saber se houve “tempo suficiente” ou não ∟tempo suficiente = prazo razoável - III: se colocou prazo na proposta, mesmo que o outro mande a aceitação, o que mandou a proposta só vai se vincular depois de passar o prazo que tá na proposta - IV: fazer nova proposta ∟ fazer com que a 2ª proposta chegue antes da 1ª ou junto ∟só dessa maneira você se desobriga da 1ª proposta c) ART. 429CC ∟ já lemos e comentamos sobre ele 4. ACEITAÇÃO └ PURA E SIMPLES - “onde a mágica acontece” - a aceitação é manifestada pelo sujeito chamado OBLAQUO ou ACEITANTE - é a última fase do contrato - aqui o contrato passa a existir; é quando as partes celebram o contrato - a aceitação é dizer “sim”; aceitar os termos da proposta - MAS se aceitar e falar “ ah aceito, mas quero mudar uma coisa” -> 431 CC ∟ ISSO NÃO É ACEITAÇÃO É UMA NOVA PROPOSTA ∟ se aceitar cobrando condição; muda prazo -> está fazendo uma nova proposta - proposta é a última vontade que foi aceita -a posição de oblaquo pode varias de acordo com quem fez a última proposta, que foi aceita - a posição de proponente e oblaquo variam; não é fixa. - proponente é quem faz a última proposta que já foi aceita - a aceitação vincula - uma vez dizendo que aceita o oblaquo se obriga a cumprir o contrato HÁ EXCEÇÕES À VINCULAÇÃO DA ACEITAÇÃO (art. 432 e 433 CC) └ CONDIÇÕES -> NOVA PROPOSTA └ ART. 430 CC - aceitação chega ao proponente tão tarde que ele não consegue mais cumpri-la - diante dessa situação o proponente tem que informar ao OBLIQUO imediatamente └ ART. 431 CC └ ART. 432 CC - trata da aceitação tácita, que decorre do silêncio do contratante - é tácita quando já for de costume dos contratantes · ART. 433 CC - na aceitação se você enviou errado, pode enviar a 2ª e essa vai ser válida se chegar antes ou junto da 1ª aceitação - só dessa maneira vai se desobrigar · MOMENTO DO CONTRATO: “quando?” -> ART. 434 CC A. ENTRE PARTES - É NA ACEITAÇÃO - considera-se celebrado no momento da aceitação B. ENTRE AUSENTES - é no momento que a aceitação é enviada ao proponente - contrato entre ausentes é quando as pessoas envolvidas não tem possibilidade da comunicação simultânea NOSSO ORDENAMENTO ACOLHEU A TEORIA DA EXPEDIÇÃO { Teoria da recebição e teoria do conhecimento são outras teorias que não foram acolhidas pelo ordenamento} · EXCEÇÕES DO ART. 434 CC: I: retratação da aceitação II: “espera pelo prazo que se comprometeu” III: se a aceitação não chegar no prazo · LOCAL DO CONTRATO: “onde?” └ ART. 435 CC - é importante para saber qual a jurisdição competente que é determinada pelo local do contrato; o foro - para efeitos de LUGAR importa o lugar em que foi proposta └ MAS pode ter um lugar definido pelos 2 (FORO DE ELEIÇÃO) - já para efeitos de momento importa o momento da aceitação FALTEI ESSA AULA – AÚDIO. · CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS - sistematização dos diversos tipos de contratos existentes, aplicar a norma adequadamente - organização - esse tema que vai permitir com que aplicamos algumas normas à alguns contratos de acordo com o seu tipo; com as suas características mais relevantes - quando fala de classificação dos contratos nos preocupamos com os critérios de organização ou sistematização dos diversos tipos de contratos existentes; é como se pegássemos um emaranhado; conjunto inteiro de contratos e tentasse separar de acordo com as características que eles tem de semelhante └ quando fazemos essa divisão conseguimos aplicar a norma adequadamente a todos os contratos isso porque vou partir das mesmas características - identificar as características ou os tipos de contrato é fundamental para que ele seja aplicado adequadamente bem como a norma jurídica que versa sobre elemento - para fazer isso temos 9 critérios para orientar: 1. QUANTO AS OBRIGAÇÕES (aqui difere da vontade) OU EFEITOS DAQUELES CONTRATOS - leva em conta o número de obrigações prevista naquele contrato - leva em conta as obrigações ou os efeitos daqueles contratos -e quanto a esse critério os contratos podem ser: A. UNILATERAL - quando apenas uma das partes tem obrigação - o critério aqui está sendo a existência; número de obrigação que é diferente de vontades porque mesmo nos contrato unilaterais; mesmo nos contratos que apenas um dos contratantes tem obrigações há no mínimo 2 vontades - eu não tenho contrato com uma vontade só - uma vontade só é um ato jurídico unilateral, um negócio jurídico unilateral, mas não contrato; todo contrato é uma união, conjunto de vontades EX: doação pura ῑ doador repassa o bem ao donatário ῑ tem que haver a vontade nos dois polos da relação - nesse exemplo o doador entrega gratuitamente p o outro sujeito – chamado de donatário – determinado bem → aqui há apenas 1 obrigação: do doador de dar a coisa ao donatário; e a obrigação – no sentido de dever jurídico - do donatário é nenhuma └ mas mesmo assim isso é contrato porque é acordo de vontades: uma vontade foi apontada que era do doador de doar e a outra é do donatário de receber └ mesmo que seja unilateral; mesmo que exista apenas uma obrigação é imprescindível; fundamental que haja a vontade nos dois polos do contrato, então não existe a doação se o donatário, por exemplo, não aceita a doação - aceitar é a manifestação da vontade do donatário - então, não podemos confundir contratos unilaterais com negócios jurídicos unilaterais └ ser unilateral ou não dentro de um negócio jurídico depende de quantas vontades estao presentes; no negócio jurídico leva em conta a vontade, por isso que o exemplo do nj unilateral é o testamento [só tem a vontade de quem escreveu; não necessita de 2 vontades] └ mas quando eu passo para os contratos eu parto para a premissa de que todos eles são nj bilaterais e enquanto nj bilaterais que são eles podem ser contratos unilaterais, bilaterais ou plurilaterais ῑ esses 2 tem critérios diferentes, quando eu falo de nj eu parto da análise da vontade, quando eu analiso os contratos eu parto das obrigações, não da vontade; porque a vontade tem que ter no mínimo 2 vontades B. BILATERAL - acarretam obrigações para todas as partes envolvidas - são obrigações equivalentes, ou seja, equilibradas – SINALAGMÁTICAS - nesses contratos todas as partes envolvidas tem obrigações - essas obrigações dos contratos bilaterais são obrigações equivalentes para ser bilaterais, ou seja, equilibradas, também chamadas de sinalagmáticas- costumam cobrar esse nome - além de gerar direitos e obrigações p ambas as partes, essas obrigações são equilibradas por que? Para que eu tenha um equilíbrio nessa relação contratual, só assim que eu vou ter obrigações suficientemente parecidas, equilibradas - nesses contratos é possível – na grande maioria deles – que nós acrescentemos para aquele sujeito que originariamente não tenha obrigação, alguma obrigação └ EX: vou doar meu carro para Israel e ele vai ter que passear com a minha cachorra por um mês ῑ a minha obrigação enquanto doador vai ser doar o carro; e israel tem a obrigação de passear com a cachorra mas essa obrigação não é equivalente com a do doador ῑ essa equivalência é apurada por um aspecto econômico;o valor de um carro não é equivalente a um serviço de prestador de cachorros ῑ esse contrato não pode ser considerado bilateral, porque só pode ser considerado bilateral aquele contrato cujas obrigações sejam equilibradas ῑ esse contrato não vai ser unilateral também porque, por mais que não seja equivalente, há obrigações em ambos os lados ῑ ESSE CONTRATO VAI SER CONSIDERADO BILATERAL IMPERFEITO (D) C. PLURILATERAL - possuem diversos polos, todos eles têm obrigações EX1: contrato social - consórcio └ contrato social é um documento hábil para criação de uma pessoa jurídica; é a certidão de nascimento de uma pessoa jurídica └ contrato social é na sua origem um acordo de vontades que vai colocar junto um grupo de pessoas [2 ou + pessoas], vai estabelecer direitos e obrigações de cada uma em favor da pessoa jurídica que está sendo criada └ há várias regras/cláusulas e normas previstas no contrato social └ como essa sociedade empresária for composta por mais de dois sujeitos há obrigações plurilaterais, ou seja, cada um contribui na medida da sua obrigação para a constituição e desenvolvimento daquela empresa └ contrato social é o contrato que prevê direitos e obrigações para os sujeitos ali envolvidos - possuem diversos polos e não apenas 2 e todos eles têm obrigações D. BILATERAL IMPERFEITO - é um contrato que em sua concepção nasceu unilateral, mas os contratantes inseriram determinada obrigação para quem originariamente não teria EX1: doação com encargos EX2: contrato de empréstimo (COMODATO) { é o empréstimo de coisas infungíveis} └ originariamente é um contrato gratuito e unilateral: eu empresto o bem para uma pessoa e só ela que vai ter o benefício e eu vou cumprir o sacrifício/obrigação de emprestar o bem, mas podemos inserir nesse contrato alguma pequena ob. └ ex: vou te emprestar minha casa de praia mas em contrapartida você vai cuidar do meu jardim por 1 mês └ há obrigações recíprocas, mas não pode ser bilateral porque não há uma equivalência entre essas obrigações; e nem pode ser unilateral 2. QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS A. GRATUITO - quando apenas um dos contratantes obtiver vantagem econômica - estão fundamentados na liberalidade - normalmente esses contratos se fundamentam na liberalidade do sujeito, ou seja, ele quer praticar aquele ato e é gratuito porque apenas 1 vai obter vantagem em troca do sacrifício econômico do outro EX: doação; comodato;lucro gratuito - contratos em que tradicionalmente só o contratante tem obrigações EX: doação com encargos └ mesmo a doação com encargo é considerado um contrato gratuito porque não há equivalência entre as obrigações e a ausência de equivalência entre as obrigações faz daquele contrato gratuito B. ONEROSOS -quando todas as partes envolvidas tiverem vantagens e sacrifícios econômicos de forma equilibrada - só teremos um contrato oneroso quando todas as partes envolvidas tiverem vantagens e sacrifícios financeiros/econômicos de forma equilibrada/equivalente/sinalagmática - para eu falar que estou diante de um contrato oneroso as obrigações dos contratantes tem que ser equilibradas por mais que um dos contratantes tenha uma obrigação e o outro um pequeno encargo, não valendo equivalência não há que se falar de contrato oneroso; para ser oneroso eu preciso da situação de equivalência; equilíbrio - OS CONTRATOS ONEROSOS PODEM SER DE 2 TIPOS: B.1. COMUTATIVOS - são aqueles em que as partes conhecem seus direitos e deveres EX: contratos de compra e venda, contrato de locação, empreitada, transporte, contrato de prestação de serviço - eu sei qual vai ser a minha obrigação e eu sei qual vai ser o benefício que eu vou obter daquele contrato; as partes conhecem seus direitos e deveres B.2. ALEATÓRIOS - contém riscos, são aqueles em que uma das partes não conhece a obrigação, ausência de certeza de que seria sua obrigação. - é necessário que o contratante conheça o risco, nenhum contratante poderá suportar risco que não era conhecido - são chamados de aleatórios pq há risco envolvido [há área envolvida] - esse contratos são aqueles que pelo menos 1 das partes não conhece a obrigação do contrato, ela não conhece no sentido de não ter certeza de qual vai ser sua obrigação naquele contrato; ela não sabe o que lhe espera EX: Contrato de seguro └ celebramos um contrato de seguro de automóvel, você pagou uma quantia X para a seguradora, a seguradora não sabe ao certo qual obrigação que ela terá que cumprir em favor do cliente, vai depender do risco [ex: pode ter o carro furtado; pode bater com o carro e a seguradora ser responsabilizada assim como pode não acontecer nada] - é lícita a celebração de contrato aleatório mas para ser licito é preciso que o contratante conheça o risco └ é fundamental que o contratante conheça o risco; nenhum contratante pode suportar risco que não era conhecido - EXISTEM 4 GRANDES TIPOS DE CONTRATOS ALEATÓRIOS QUE SÃO PREVISTOS NO NOSSO CC [a partir do art 458cc]: 1. ART. 458: coisa futura e riscos de existência (EMPTIA SPEI) └ nesse caso temos 2 características para essa situação: 1º: estamos diante de uma coisa inexistente, de um bem futuro; a coisa não existe ainda e o contratante assume o risco dela não existir [ou seja, estamos falando de coisa futura e risco de existência, tb chamado de EMPTIA SPEI ou RISCO DA EXISTENCIA ou VENDA DA ESPERANÇA └ essa é a primeira modalidade de contrato aleatório que leva em conta coisa futura cujo risco de não existir o contratante assume 2. ART. 459: coisas futuras e quantidade inferior a esperada (EMPTIO NEI SPERATAL) └ esse tipo é muito parecido com o primeiro, mas aqui em vez do contratante assumir o risco pela inexistência ou existência da coisa o contratante só assume o risco da quantidade; que é um risco menor └ nesse segundo caso a coisa não existe igual no primeiro, mas nesse segundo eu só tenho contrato se essa coisa futuramente vir a existir em alguma quantidade; se nada dessa coisa vir a existir, não haverá contrato; pq o risco é da quantidade, você assume o risco da coisa em qualquer quantidade, mas ela tem que existir em quantidade mínima; o art diz “ainda que ela exista em quantidade inferior a desejada”, mas ela tem q existir · ATÉ AGORA FALAMOS DE COISAS QUE NÃO EXISTEM;COISAS FUTURAS, AGORA VAMOS FALAR DE CONTRATOS QUE SÃO CELEBRADOS COM COISAS EXISTENTES E QUE POR ALGUMA RAZÃO ESTÃO EXPOSTAS Á RISCO 3. ART. 460: coisas existentes └ nesse caso o bem existe e por algum motivo contratual, que as partes combinaram naquele contrato, a coisa está exposta a risco EX: seguro de carro, seguro de vida, seguro contra determinadas partes do corpo └ a coisa segurada existe, mas o contratado vai responder pelos riscos que possam afetar/atingir aquela coisa └a coisa existe, mas ela está exposta a risco e sobrevindo; acontecendo o risco previsto no contrato, o contratante responde diretamente pela coisa na forma prevista no contrato 4. ART. 461: riscos └ fala assim “olha, se você celebrou um contrato aleatório prevendo um risco p coisa, mas na vdd isso não é um risco e sim uma certeza, o contrato aleatório não terá validade, isso porque não há risco, você tem uma certeza de que aquilo vai acontecer e por isso não tem validade esse contrato aleatório EX: contrato de seguro de vida quando o contratante comete suicídio ῑ alguns contratos excluem a responsabilidade da seguradora quando da ocorrência do suicídio, pq entendesse que, dependendo do lapso temporal entre a celebração do contrato e o suicídio houve uma premeditação naquela celebração, portanto o risco não seria tão aleatório assim, seria um risco criado; algo concreto que a pessoa sabia; então não era risco e sim certeza └ tem que ser um risco eventual e não algo concreto; certo de acontecer└ por isso que alguns ramos empresarias encontram dificuldades em conseguir seguros para seus serviços, dizem que algumas industrias tem dificuldades ex: industrias de reciclagem de plástico: dificilmente conseguem um seguro para seu maquinário e suas atividades pq é uma atividade que por sua natureza tem a potencialidade de gerar danos 3. QUANTO A FORMAÇÃO – (como estes contratos foram feitos; celebrados?” A. PARITÁRIO - cláusulas amplamente discutidas e, por isso refletem o interesse das partes - todas as partes puderam discutir as cláusulas; as cláusulas forma amplamente discutidas e por isso refletem o interesse das partes - as cláusulas são o espelho; reflexo do interesse das partes envolvidas - são aqueles contratos que tiveram os seus termos e todas suas clausulas discutidas; todas as ideias, as partes foram combinadas, compatibilizadas naquele instrumento A GRANDE MAIORIA DOS CONTRATOS QUE CELEBRAMOS SÃO DO TIPO ADESÃO B. ADESÃO - um contratante elabora as cláusulas do contrato e o outro adere a essas cláusulas (art. 423 e 424) - um sujeito; um contratante elabora um contrato; um contratante elabora as cláusulas do contrato e o outro adere a essas clausulas - não há possibilidade de discussão; mudança dessas clausulas; ou você adere ou nada; ou você contrata nos termos do contrato de adesão ou esquece - é licita a celebração do contrato de adesão - MAS O LEGISLADOR DA 2 DICAS DE COMO INTERPRETAR O CONTRATO DE ADESÃO, JÁ CIENTE DE QUE A VONTADE DO ADERENTE NÃO ESTÁ MANIFESTADA ALI: └ ART 433 CC: quando houver no contrato de adesão clausulas confusa, nós vamos interpretar de modo favorável àquele contratante que aderiu, cuja vontade não está presente no contrato └ ART 424 CC: vamos supor que nesse contrato de adesão tenha uma clausula falando “ o contratante renuncia a qualquer direito de reclamar os vícios/problemas do objeto” Ꚍ reclamar de vícios que o objeto apresente é inerente a qualquer objeto de transferência de propriedade Ꚍ clausulas de renuncia de direitos em contratos de adesão são nulas; invalidas de pleno direito - se essas clausulas forem inseridas em contrato partidários são perfeitamente validas pq foi possível ser discutido tudo que está no contrato, logo, entende-se que ela é tb reflexo do interesse das partes C. CONTRATO TIPO - é um tipo de adesão, mas comporta pequenas modificações - é semelhante ao de adesão mas comporta pequenas modificações - a clausula que eu pude interferir ela é juridicalmente tratada como um contrato paritário, mas se a discussão envolver uma clausula que eu não pude interferir, é tratado como de adesão └ vai depender do conflito que eventualmente se formar com aquele contrato 4. QUANTO AO MOMENTO DE SUA EXECUÇÃO (das obrigações do contrato) - CELEBRAÇÃO -> VONTADE - CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES -> EXECUÇÃO - o contrato tem 2 momentos importantes: 1º: momento da celebração do NJ, onde a vontade de contratar vai ser manifestada ∟nem sempre esse momento coincide com o momento do cumprimento das obrigações, ou seja, uma coisa é celebrar o contrato e outra coisa é cumprir a obrigação ∟ isso é fundamental para saber que o cumprimento/execução do contrato pode acontecer posteriormente, mas tb pode ser em um único momento A. INSTANTÂNEO - em um só ato - a obrigação é cumprida instantaneamente - a celebração e execução é cumprida em um só momento B. DIFERIDO/À TERMO - as obrigações serão concluídas em momento futuro - existe um termo certo -as obrigações serão finalizadas/concluídas em momento futuro ∟elas não são cumpridas instantaneamente; serão adimplidas em momento futuro EX: financiamento do banco - as obrigações por sua natureza renovam-se em determinado tempo -renovam-se com o tempo EX: aluguel (contrato de locação) ῑ a cada mês tem o nascimento da obrigação do inquilino de pagar o aluguel ῑ todo mês vai ter isso até que o contratante queira cortar o vínculo C. EXECUÇÃO CONTINUADA/TRATO SUCESSIVO - B e C tem em comum a característica de que as obrigações serão cumpridas em momento posterior - a diferença entre elas é que em B quanto mais cumpre, menor é a obrigação (ex: paga 200 sobra só 300 para pagar) - art. 478: a revisão dos contratos só se aplica aos contratos diferida ou continuada 5. QUANTO AO AGENTE A. PERSONALÍSSIMOS/INTUITU PERSONAE EX: prestação de serviços - quando o aspecto pessoal do contratante for fundamental a ponto de não poderem ser substituídos por ninguém - ou existem contratos que a lei já diz ser personalíssimo EX: contrato de prestação de serviço ∟as partes podem tirar a característica “personalíssima” de forma expressa B. IMPESSOAIS EX: empreitada - o aspecto pessoal do indivíduo não é importante, então pode ser substituído, trocado EX: contrato de empreitada · O QUE DEFINE SE É A OU B É O TIPO DE CONTRATO, NÃO O OBJETO C. INDIVIDUAL - = a partir do interesse de pessoas individualmente/isoladamente consideradas - é aquele celebrado a partir do interesse de pessoas individualmente ou isoladamente consideradas ∟ só o interesse delas que importa D. COLETIVO - = interesse de uma coletividade indeterminada de pessoas - em vez de considerar o interesse de pessoas individualmente falando, consideramos uma coletividade indeterminada de pessoa EX: empresa que fornece plano de saúde 6. QUANTO AO MODO POR QUE EXISTEM A. PRINCIPAIS - sua existência não depende de outro contrato - são autônomos - quando será existência não depender de outro contrato B. ACESSÓRIOS -dependem de um contrato principal - dependem de um contrato principal, ou seja, dependem de um outro contrato que seja principal - não tem como ser celebrado sozinho - é um contrato que obrigatoriamente vai ser vinculado ao principal - se acontecer algo com o contrato principal o acessório também vai ser atingido EX: fiança EX: seguros vinculados à um contrato principal C. DERIVADOS/SUBCONTRATOS - precisa ser expressamente autorizado/permitido no contrato - OBS: no contrato de locação os subcontratos precisam ser expressamente vedados - tem um contrato do contrato - contratos de sublocação ∟ é permitido mas só se o contrato de locação não vedar (isso está na lei do inquilinato) - contrato de subempreitada ∟ pode ter no contrato de empreitada 7. QUANTO À FORMA A. SOLENE/FORMAIS - lei forma especifica - contratos que a lei previu forma específica B. INFORMAIS - REGRA: não houve previsão de formalidade específica EXISTE UMA MINORITÁRIA PARCELA DE DOUTRINADORES QUE ENTENDEM QUE HÁ DIFERENÇA ENTRE SER SOLENE E FORMAL ∟como Cristiano Chaves ∟solene: se submete a um rito especial Ex: casamento é um ato solene, não formal 8. QUANTO AO OBJETO A. PRELIMINAR/PRÉ-CONTRATO/PROMESSA DE CONTRATO - objeto: compromisso de celebrar contrato futuro - é um contrato que tem como objeto um compromisso de celebrar contrato futuro - por que os contratantes não celebram o contrato logo? EX1: celebrar um contrato preliminar de compra e venda: ∟ 1º: o credor vai ter um contrato preliminar que vai poder executar se não for cumprido ∟2º: se não for pago é só não entregar o bem EX2: apê na planta - por ele as partes se comprometem em celebrar o contrato futuro e tem todos as hipóteses de execução e jurídicas que um contrato definitivo - contrato: art 462 III, IV CC - todos os elementos do contrato definitivo vai ter na preliminar (art. 462) - ART 463 - ART 464: se no prazo determinado não for celebrado o definitivo, o preliminar pode judicialmente ser executado B. DEFINITIVO - = final – objeto – principal - que vão ser divididos conforme estarem ou não na norma 9. QUANTO A DESIGNAÇÃO (previsão) LEGAL I. NOMINADOS/TÍPICOS - = tiverem previsão legal expressa [há 23 tipos] II. INOMINADOS/ÁTIPICOS - não estão expressos no CC; na lei - 425CC -> lícito - contratos que não estão expressamente previstos na lei geral ou CC, daí cria-se esse contrato - é possível/é licito a criação de contratos atípicos ou inominados (art.425CC) · DIREITO INTERTEMPORAL - vai tratar sobre a influência das normas __________________________________ CELEBRAÇÃO LEI OBRIGAÇÃO - art. 2035CC ∟ esse artigo induz a escala pontiana (existência – validade – eficácia) ∟ os elementos de existência e validade serão medidos conforme a lei vigente no tempo da celebração/da manifestação de vontade, mas quando tiver falando de efeitos será usada a lei nova; a lei vigente ∟ os efeitos são irradiados no momento · INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS - manifestação de vontade ∟todo contrato prescinde de interpretação -clareza e precisão obrigações ∟ para que os contratantes saibam com clareza o que fazer ∟ tem que ter essas duas coisas com as normas contidas no contrato - vontade interna X vontade declarada/manifesta ∟por vezes é possível que o contratante declare a vontade que é diferente da sua vontade interna EX1: INTERNAMENTE -> a intenção é tirar os bens do meu nome [p não serem executados], mas permanecer com eles ; DECLARO -> a vontade de doar EX2: quero casar com X com a intenção apenas de obter a nacionalidade (vontade interna), mas a vontade declarada é que quero me casar porque amo muito o meu companheiro - essa diferença das vontades é ANAMOLA; o direito não quer que haja esse desencontro mas pode acontecer isso - art 112 CC ∟”consubstanciada” = materializar algo que tornou-se substância; matéria ∟ como vai privilegiar a “intenção consubstanciada“ então deve privilegiar a intenção declarada MAS tem doutrinadores que entendem isso e outros que o artigo está dizendo que deve prevalecer a vontade interna ῑ HÁ 4 TEORIAS QUE VISAM EXPLICAR ESSA SITUAÇÃO - toda norma jurídica prescinde sempre de interpretação - todo contrato é fruto da manifestação de vontade - o contrato é a fonte privada/particular das obrigações; tb tenho que interpretar - todo contrato –assim como toda norma jurídica – prescinde de interpretação - TEORIAS: I. INTENÇÃO/TEORIA DA VONTADE - por Saviny - vontade interna - dificuldade prova -> subjetividade - devia privilegiar a vontade ou intenção do sujeito - o problemade privilegiar a vontade interna é a dificuldade de comprovação/ de provas; p força da subjetividade da vontadeI e II são teorias clássicas II. DECLARAÇÃO - por Bullow - manifestada - possível demonstração - devia privilegiar a vontade devidamente manifestada/declarada, independente da vontade do sujeito pq é a declarada que é passível de comprovação/ demonstração - o problema dessa teoria é que em caso de desencontro das 2 vontades prevaleceria sempre o que eu declarei independente dos vícios que poderia ter EX: de fraudar a lei, de coação [...] - o problema de privilegiar demais a ordem objetiva é dar validade a vícios que poderia terII e IV são majoritárias III. RESPONSABILIDADE minoritária - interna, mas se ela divergir da declaração está subsistirá - declarante tem o ônus da adequada manifestação de vontade - deve prevalecer/vale a vontade interna, mas se a vontade declarada for diferente, vai valer esta, pq o declarante é responsável pelo que manifesta - o problema dessa teoria é que pode dar validade a negócios fraudulentos IV. CONFIANÇA - manifestação de vontade - simulação -> = nulo - tem que olhar sob a ótica de todos os envolvidos e não só dos declarantes - o declarante declarou sua vontade, dai pergunta ao outro se confia que o declarante está falando a verdade, se esse segundo confia, se confiar então vale a vontade declarada ∟ isso acontece devido a boa-fé - mas se o outro não confiar na vontade declarada do declarante então é válido a vontade interna ∟ e, provavelmente, nem vai prosseguir - a teoria da confiança parte da analise da confiança do receptor da declaração ∟ se ele confia -> vale a declarada ∟ se ele não confia -> vale a interna - se mesmo não confiando ele se envolver, vai ser nulo pq vai ser uma simulação, ou seja, uma fraude, pq se o cara não confiar de fato no declarante não vai nem celebrar contrato EX1: caso de green card -> vai ser uma simulação EX2: contrato de laranja simulado ∟ Cristiano chaves só que fala dessa teoria · Respaldo legal: ART.110 ∟ a manifestação de vontade vai valer mesmo que não tenha a intenção, salvo se a outra parte sabia da reserva mental do outro - no caso de firmar o contrato mesmo não confiando na pessoa mas nas vias legais, como uma futura execução judicial, na verdade, o outro está confiando sim – mesmo que não seja na pessoa – mas sim que a obrigação vai ser adimplida, não importa que seja de maneira forçada · REGRAS ESPECÍFICAS: ∟ vão ser usadas para interpretar A. BOA FÉ OBJETIVA - art 422CC - art 133 CC {boa fé e costumes/usos do lugar de sua celebração} ∟ costumes relevantes = aqueles moralmente aceitos pela sociedade ∟boa fé = comportamento dos contratantes de agirem com veracidade/ética uns com os outros - funções: [são regras que são chamadas de funções] i. INTERPRETATIVA - art 113CC - quando tiver que interpretar frases ambíguas, fundamento está na opção baseada na boa fé ii. LIMITADORA - = restringir o sentido/alcance de cláusulas contratuais abusivas -> que causam prejuízos EX: clausula penal (multa moratória) ∟ fala que é de 2%, mas não fala qual a base desses 2% ∟ na função da boa fé tem que interpretar de modo mais restrito, pq se for interpretada de maneira ampla, como por exemplo, baseado no valor total do contrato, vai ser abusiva a clausula; por causa do valor muito alto ∟ isso vai poder causar prejuízos aos contratantes iii. INTEGRATIVA - complementar/ acrescentar -> criar normas - vai completar o sentido de clausulas contratuais existentes, ou seja, a boa fé no exercício dessa função interpretativa de criar normas - NORMAS: a) PROIBIÇÃO DE VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM - aos contratantes é vedada a adoção de comportamentos contraditórios, isso porque esses comportamentos geram uma insegurança jurídica ao contratante - há um rompimento da confiança; essa “quebra”; essa mudança abrupta de comportamento - rompimento da confiança -> D. BRASILEIRO b) SUPRESSO - fim de um direito contratual em razão de seu não exercício - = supressão; fim de um direito contratual em razão do seu não exercício EX: Raquel não pode cobrar algo que não cobrava até então, mesmo estando no contrato ∟ pode até cobrar, mas tem que dar um tempo para a pessoa se “adaptar” c) SURRECTIO - surgimento de um direito em razão de ser exercício - de tanto esse direito ser manifestado passa a ser um direito d) TU QUOQUE - tu mesmo -“até tu Brutus” - o contratante que não adimpliu sua obrigação não pode exigir o adimplemento da obrigação do outro contratante · CONT... INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS 1. REGRA PRINCIPAL - = boa fé objetiva; funções; interpretativa; limitadora; integrativa [proibição do venir; supressio; surrectio; tu quoque - pode acarretar a criação de clausulas novas, impedimentos ...; desdobramentos práticos da função integrativa da boa fé - todo contrato será interpretado com essa regra principal e, na prática, vai ter algumas funções - interpretação com base na boa fé tem que ter a luz de “manutenção do contrato”, porque a interpretação pela boa fé é para proteger o vínculo contratual ∟ tem-se a necessidade de proteger o vinculo contratual por causa da segurança jurídica; a força obrigatória do vínculo contratual - REGRAS ESPECÍFICAS DE INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS: - regras que são interpretadas a depender do contrato 2. RESERVA MENTAL - proposta deliberado, ou seja, intenção clara de não cumprir a vontade manifestada - art 110 CC - * conhecimento - o indivíduo manifesta uma vontade e a intenção dele é não cumprir isso [CONCEITO DE RESERVA MENTAL] EX: sumiu o animal de X, que disse que pagaria recompensa de 1.000 reais para quem achasse. ∟mas o agente por mais que tivesse falado da recompensa, não tem o proposito de realizar - COMO VAI INTERPRETAR OS NEGÓCIOS JURÍDICOS TENDO ESSA RESERVA MENTAL? ∟”a declaração de vontadepermanece/é válida/será protegida mesmo que o declarante guarde a vontade de não cumprir” ῑ o declarante responderá pelo que ele declarou, mesmo a intenção sendo outra ῑ EXCEÇÃO: se o receptor da mensagem sabia da reserva mental não há que se falar da permanência da vontade declarada sob a intenção isso segue a lógica da teoria da confiança EX2: eu declaro a vontade de doar meus bens, mas internamente só estou fazendo isso para proteger meus bens ∟se a pessoa para quem eu doei sabia da reserva mental: NÃO PODE EXIGIR ∟ se a pessoa para quem eu doei NÃO sabia da reserva mental e age cobrando de boa fé: tem direito ao que foi declarado 2. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - art 114 CC - benefícios - renúncia - não admite extensão do sentido; ampliação LIMITE - necessidade de que certas clausulas sejam tratadas de forma restritiva -interpretação que não admite extensão do sentido; elas tem que ser interpretadas em seu limite EX: negócio jurídico benéfico/gratuito ∟nesse contrato tem que ter uma interpretação restritiva/limitada pq o contribuinte já está participando de um n.j que ele é parte que não ganha nada; não pode onerá-lo mais ainda. Então, a manifestação tem que ser interpretada de maneira restritiva EX1: doação ῑ porque só 1 das partes tem obrigação EX2: comodato ῑ a manifestação de vontade é só de emprestar a área de lazer, não toda a casa - RENÚNCIA ∟= abrir mão/dispor de determinado direito ∟não pode interpretar que o individuo queria abrir mão de mais direitos do que ela se manifestou ∟devido aos prejuízos que essas coisas podem trazer tem que ser interpretadas de maneira restritiva 4. AUTOCONTRATO [contrato consigo mesmo] - art 117 CC - anulável -> prejuízo ∟ para esse contrato ser anulado é imprescindível que se demonstre o prejuízo para quem está sendo representado ῑ VÍCIO/PROBLEMA - EXCEÇÕES: ∟ É VEDADO – art. 497 CC ∟ possibilidade dos tutores comprar bens dos tutelados; dos curadores dos curatelados [...] -> rol taxativo - JOÃO [próprio] ------------------ JOÃO [representando Pedro] - eu tenho o mesmo sujeito nos 2 polos contratuais, mas em cada um desses polos o sujeito está representando uma vontade diferente - apesar de ser o mesmo sujeito no polo ativo e no passivo, o sujeito está representando vontades diferentes EX: contrato de mandato ou procuração - esse contrato é lícito ∟MAS pode haver um conflito de interesse do “procurador” querer se beneficiar mais com esse contrato, já que ele é a outra parte 5. CONRATOS DE ADESÃO - art 423 e 424 CC - prevalência do interesse daquele que o elaborou - por isso interpretação de modo mais favorável ao aderente - é aquele contrato que apenas uma das partes cria as clausulas, tendo a outra que concordar com tudo - o problema é que a intenção/vontade preponderante é a favor de quem produziu; tem a prevalência do interesse ou da vontade daquele que o elaborou -art 423: “quando houver clausulas ambíguas ou contraditórias” ∟ vai interpretar as clausulas contraditórias em favor do aderente, que é aquele que não participou da elaboração do contrato - art 424 ∟ as únicas clausulas que são nulas no contrato de adesão são as que falarem que o aderente renuncia a determinado direito SÓ É NULO OU ANULÁVELQUANDO A LEI DIZ SER 6. CONTRATOS ALEATÓRIOS [RISCO] - art 428 a 461 CC - os contratantes só podem assumir os riscos que conheciam - tem que ser feita uma interpretação restritiva quanto aos riscos - os contratantes só podem assumir os riscos que conheciam - não presume-se o risco ∟ assume apenas pelos riscos que ele sabia; que estava expresso · CLÁUSULAS ESPECIAIS - EXPRESSAS - exceção ao principio da relatividade - são chamadas de clausulas especiais pq rompem/quebram com a regra do princípio da relatividade, que diz que os efeitos dos contratos são sentidos/suportados pelos contratantes - nos 3 tipos de clausulas o contrato irradiará seus efeitos para além do contratante/3º, que não participaram do vinculo contratual ∟por isso que essas clausulas não são presumidas; para estar em um contrato tem que sempre estar expressas - as clausulas especiais tem o poder de trazer o 3º para a relação contratual, mesmo que originalmente não tivesse - as 3 clausulas são: 1. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE 3º - 436 a 438 CC - nessa clausula o contrato é selado entre 2 contratantes ∟1 é chamado de estipulante e o outro de promitente ῑ o estipulante nomeia um 3º para assumir os favores/vantagens/benefícios do contrato que ele celebrou com o promitente; ele que celebra o contrato mas o 3º que vai receber os benefícios EX1: contratos se seguro de vida ∟ o contratante 1 celebra contrato com o 2 e nomeia alguém; um 3º - que não pode ter obrigações, apenas receber as vantagens - para receber a indenização - como esse 3º vai receber as vantagens se o 2 não cumprir as obrigações o 3º pode exigir ∟ o 1 também pode exigir em nome do 3º - o 3º não tem nenhum direito adquirido, então o 1 pode substituir o 3º quando quiser ∟sua condição pode ser alterada por ato de vontade inter vivos ou de última vontade [testamento] -art 436 CC ∟está falando da possibilidade do 3º executar o seu valor - art 437 CC ∟ se o 1 se retirar da obrigação e deixar o 3º na relação, não pode liberar o 2 da obrigação depois que sair dela -art 438 CC ∟ o 3º pode ser substituído -art 436 CC EX1: seguro de vida EX2: estipulante compactua contrato com o promitente, mas tem uma clausula falando que o valor vai ser pago para um 3º, que só tem obrigação - ESTIPULANTE [contratante] PROMITENTE [contratado] ∟ vantagens; benefícios; direitos TERCEIRO 2. PROMESSA DE FATO DE 3º - CONTRATO POR OUTREM - 439 E 440 CC - PROMITENTE PROMISSÁRIA POSSIBILIDADE: ANUÊNCIA DO 3º TERCEIRO - quando o promitente e o 3º são casados patrimônio comum – art 439 § único - o promitente, que é quem promete em nome do 3º, celebra contrato em nome de 3º, que é aquele que promete obrigação a ser cumprida por outrem - o contrato já existe entre o promitente e o promissário, MAS para isso o 3º tem que aceitar - se o 3º não aceitar pode executar o promitente; vai responder por perdas e danos - se o 3º aceitar vai integrar como contratante e o promitente vai sair ∟só o 3º passa a responder - já tem um contrato assinado entre o promitente e o promissário - SÓ HÁ 1 EXCEÇÃO ∟é uma medida de proteção do 3º ∟quando o promitente e 3º são casados e só tem patrimônio em comum ῑ nessa situação não há nenhuma responsabilidade para o promitente, porque senão o 3º também vai sair prejudicado EX: corretor de imóveis 3. CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR - art 467 a 471 CC - cláusula pro amico alecto/pro amico elegendo - ESTIPULANDO [d. e ob.] PROMITENTE 3º -> ex tunc – à data da celebração - estipulante e promitente celebram um contrato e nesse contrato foi inserida uma clausula chamada de PRO AMICO ELECTO ∟ essa clausula garante ao estipulante que dentro de determinado prazo eleja um 3º assumindo não só a vantagem mais também obrigações ∟o estipulante insere cláusula falando que daqui “10 dias” vai entrar o verdadeiro estipulante, que é o 3º EX: contrato de compra e venda - quando vai negociar o estipulante age como contratante fosse, mas, na verdade, se o 3º não concordar ou for insolvente o contrato permanece eficaz entre o promitente e o estipulante - quando o 3º integra a relação tem efeitos retroativos à data da celebração, como se o 3º sempre tivesse ocupado aquele lugar de estipulante - se passou o prazo estabelecido no contrato e o estipulante não nomeou o 3º, o contrato está eficaz entre o estipulante e o promitente - oestipulante e 3º normalmente não tem relação nenhuma, por isso, não pode ser por procuração · Estipulante e 3º permanecem vinculados · 3º obtém benefícios ∟o 3º só vai obter os benefícios do contrato ∟o estipulante não sai, em regra, da obrigação; podendo exigir o adimplemento da obrigação pelo promitente ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE 3º CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR · Estipulante retira-se da obrigação · 3º assume obrigações e direitos ∟o 3º vai assumir tanto os direitos quanto obrigações ∟após a nomeação o estipulante retira-se da relação, tendo relação apenas entre o estipulante e promitente · ESSAS 3 CLAUSULAS ESPECIAIS SÃO POUCO UTILIZADAS DEVIDO A INSEGURANÇA JURÍDICA DE NÃO TER UMA PESSOA CERTA; ∟acabam sendo mais usadas em pessoas jurídicas · VÍCIOS REDIBITÓRIOS - 441 CC - Lei 8078/90 – O CDC QUE DEFINIU O QUE É VICIO E O QUE É DEFEITO ∟art 12§ 1º ∟caput art 18 - dever de garantia boa fé - objetos – problemas: - VÍCIOS [caput art 18 CDC] - DEFEITOS [art 12 §único] - VÍCIO é qualquer problema que atinja o bem e o torne impróprio para uso ou, ainda, diminuindo seu valor de mercado EX: é, portanto, o carro que você comprou e fica morrendo toda hora ∟o objeto não está funcionando adequadamente ∟ os fornecedores que respondem ῑ os fornecedores são todos os descritos no art 3º CDC; todos os citados são os fornecedores e respondem pelo vício -JÁ O DEFEITO, é um problema que gera um dano à saúde ou a segurança da pessoa ∟ é um problema mais gravoso porque gerou um dano à saúde ou segurança da pessoa ∟o problema de o objeto ultrapassar a esfera do objeto – como o carro- e atingir a saúde e segurança da pessoa ∟quem será responsável serão as pessoas que estão nos artigos do § único · A DIFERENÇA ENTRE VICIO E DEFEITO ESTÁ TANTO NO CONCEITO QUANTO NA PRÁTICA, COMO A RESPONSABILIDADE. ∟ quando o produto sofre por um defeito, que gera um dano à saúde ou a segurança, não queremos nem saber de outro produto e sim de reparação ∟já quando sofre de um vício queremos a entrega de um novo produto - os vícios redibitórios estão na esfera civil e vão atingir um bem 1. REQUISITOS [art. 441 CC]: - são requisitos necessários para conclusão de existência de vícios redibitórios A. CONTRATO ONEROSO/AQUISIÇÃO ONEROSA ∟ que o bem tenha sido adquirido em relação a um contrato oneroso, ou seja, todas as partes têm obrigações ∟comutativo B. VÍCIO JÁ EXISTENTE NO TEMPO DA ALIENAÇÃO/ VÍCIO ANTERIOR À ENTREGA ∟o vício já estava no objeto na data da alienação mas só se manifestou depois - eu estou diante de um vicio redibitório quando um bem que eu adquiro por um contrato oneroso se manifesta em vício após a entrega ∟o vicio já existia antes da entrega C. VÍCIO MANIFESTA-SE APÓS A ALIENAÇÃO/VÍCIO MANIFESTOU-SE APÓS A ENTREGA D. VÍCIO TORNOU A COISA IMPRÓPRIA AO USO OU REDUZ SEU VALOR 3. AÇÕES EDILÍCIAS –EDIOS CURULES - 1ª solução jurídica para aquele que recebeu o bem que manifestou algum vício - essa ação vem da função “edis curules” ∟ essa era uma função existente na roma antiga, na pessoa que fiicava nessa função solucionada problemas de mercado ∟ a pessoa nessa função fazia uma espécie de “mediação do conflito” - diferente de condição/condomínio edilício ∟ que é um conjunto/conglomerado de bens imóveis, onde cada um tem autonomia mas estão subordinados a um só centro - existem basicamente 3 ações edilícias: ∟ quem vai escolher com qual entrar é o adquirente ∟ só pode entrar com uma, não pode entrar com todas, mas pode ter pedidos subsidiários/alternativos, se não o juiz não conceder uma, pede para conceder outra A. AÇÃO REDIBITÓRIA - art 441 CC ∟”pode ser enfeitada” = rejeitada = devolvida -por meio dessa ação o adquirente buscará a devolução da coisa - a adquirente buscará a devolução da coisa - “redibitória” = “tomar de volta” -por meio dessa ação o alienante vai ter de volta o vem que foi alienado - o bem será devolvido ao alienante - essa ação é a 1ª saída para o adquirente da coisa com vício B. AÇÃO ESTIMATÓRIA/QUANTIMINORES - ART 442 CC - = abatimento no preço, permanecendo com o bem viciado - em vez de devolver a coisa o adquirente vai buscar o abatimento do preço e vai permanecer com o bem viciado - é como se fosse uma “ação de indenização” - é como se diminuísse o valor do bem e vai devolver parte do valor - é a restituição do abatimento do preço C. AÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DE ÁREA - SÓ QUANDO FOR POSSÍVEL ENTRAR COM ESSA AÇÃO - se for possível - só é aplicável quando for objeto bens imóveis e que forem vendidos com base em sua área - IMÓVEIS – em razão da área -o vicio aqui é o relativo à área do bem EX: X vende um terreno de 10 hectare para Y, mas quando X vai medir tem só 7 hectare e não 10 ∟ então, em vez de devolver a coisa ou abater o valor, Y vai complementar a área com o quantum que falta ῑ mas nem sempre o alienante terá os terrenos vizinhos para complementar a área, por isso essa ação só será cabível se for possível fazer isso 4. PRAZOS - prazos para reclamar dos vícios redibitórios, ou seja, para ajuizar ação edilícia. - direito potestativo [PRAZO DECADENCIAL] – reclamar dos vícios = ajuizar ação edilícia - o legislador fala que temos um prazo decadencial para fazer isso porque o direito por trás dele é um direito potestativo, que é aquele direito que tem a aptidão de ser exigido unilateralmente pelo particular - o prazo é para reclamar; para ajuizar a ação - é o direito potestativo do adquirente reclamar A. BENS MÓVEIS - 30 dias - a contar da tradição, entrega -vício redibitório é sempre vicio oculto, mas há 2 tipos: A.1. FÁCIL CONSTATAÇÃO -são aqueles que por sua natureza manifestam-se de modo mais fácil - o prazo é de 30 dias a partir da tradição da entrega efetiva da coisa ∟ sobrevindo o vicio nos 30 dias seguidos à tradição, vai entrar com as ações edilícias - art 445 CC A.2. DIFÍCIL CONSTATAÇÃO - são aqueles que por sua natureza demoram mais tempo; demandam mais tempo para se manifestar - pode ser que o vicio seja de difícil constatação e se manifeste só depois de 30 dias, nesse caso tenho 180 dias a contar da tradição para a manifestação do vício e, dentro desse prazo, quando eu tomar ciência do vício, tenho 30 dias para reclamar - o prazo é de 180 dias para manifestar o vicio, depois de manifestado, 30 dias para reclamar B. BENS IMÓVEIS - 1 ano para reclamar - o prazo para reclamar é de 1 ano contados da entrega efetiva do imóvel, MAS, em se tratando de vícios ocultos de difícil constatação o prazo para o vício se manifestar é de 1 ano a partir da ciência para reclamar - o prazo é de 1 ano para manifestar o vicio e , a partir de manifestado, 1 ano para reclamar se for diferente o prazo da entrega e do registro, conta-se da data de registro o prazo de garantia/para manifestar o vício – vai ser de 6 meses * GARANTIA CONTRATUAL - art 446 ∟ contratantes combinam prazo diferente do legal - acontece quando as partes/contratantes acertam/combinam um prazo de garantia diferente do prazo de garantia legal ∟ é possível ampliar OU ∟ reduzir, ou até eliminar/excluir a responsabilidade do alienante pelos vícios ῑ NESSE CASO SÓ POR MEIO DE CONTRATO PARITÁRIO - só o prazo para manifestar o vício em 30 dias e 1 ano que podem ser alterados ∟ o prazo para ajuizar/reclamar continua sendo de 30 dias ou 1 ano a partir da ciência do vício · EVICÇÃO - perda de um bem por força de decisão judicial que o atribuiu a outrem, por causa anterior ao contrato - é “prima” dos vícios redibitórios - FUNDAMENTO: boa fé – dever de garantia do alienante ∟ emana do dever de garantia por parte do alienante e da boa fé - PERSONAGENS: 1. ALIENANTE [Zadir] 2. ADQUIRENTE – EVICTO [André] 3. TERCEIRO – EVICTOR [Walter] É aquele que vai receber obrigação - se acontece a evicção também ocorre um desequilíbrio no contrato ∟ ao tratar, busca o equilíbrio. EX: A adquiriu de Z uma fazenda pagando 1 milhão de reais ∟MAS tempos depois Aé surpreendido com o oficial de justiça falando que a fazenda seria objeto de penhora devido a uma ação ajuizada por Walter contra Zadir ∟ não precisa ter ocorrido a má fé ∟ o A pode perder a qualquer momento; sempre que puder entrar com ação reivindicando um bem - quem responde pela evicção é quem alienou o bem - REQUISITOS DA EVICÇÃO: [tem que ter todos esses 4 requisitos reunidos] A. PERDA TOTAL OU PARCIAL DA PROPRIEDADE ∟FISÍCA Acontece quando materialmente a coisa se perde em parte ou no todo EX: comprei um prédio de X cheio de apartamentos, contudo sobreveio decisão judicial determinando que 1 desses apartamentos é de Y antes da compra houve a perda física da coisa parcial e dos poderes ∟PODERES JURÍDICOS inerentes ao bem Quando se é proprietário de determinada coisa; propriedade é um instituto jurídico dotado de super poderes que são: usar, gozar, dispor e reaver No momento que eu perco a propriedade do apartamento eu perco todos os poderes mas pode ter casos que perco só alguns poderes EX: comprei um apartamento e veio decisão judicial falando que X tinha inserido no bum um direito real chamado de uso fruto da mãe de Y, então eu, na condição de proprietário, não vou permanecer com os poderes de usar e gozar desse apartamento ῑ perdi alguns poderes que havia adquirido no contrato se a evicção for total recebe determinado tratamento e se for parcial outro B. ONEROSIDADE DA AQUISIÇÃO - a aquisição tem que ser onerosa - para falar dos direitos dos evictos tem que ser onerosa pq senão afasta o tratamento jurídico da evicção -*doação: vou perder o bem mas não vou fazer jus aos direitos do evicto C. IGNORÂNCIA, PELO ADQUIRENTE [evicto de boa fé], DA LITIGIOSIDADE DA COISA - o adquirente tem que estar de boa fé, pq ele ter que ignorar, desconhecer a coisa - se o adquirente age de má fé e reconhecia a litigiosidade: terá consequências quanto aos direitos do evicto D. ANTERIORIDADE DO DIREITO DO EVICTOR - o evictor/3º tem que ter um fundamento jurídico anterior ao negocio jurídico da alienação - o direito do evictor tem que preceder à alienação entre alienante e adquirente/alienante e futuro evicto - VERBAS DEVIDAS: [pelo alienante ao evicto] · AMPLO E COMPLETO ∟ INDENIZAÇÃO - art 453 – são indenizáveis as benfeitorias úteis e necessárias, as voluptuárias o evictor pode levar · 450 CC - quais são os direitos do evictor? Quais são as verbas devidas pelo alienante ao evictor? -> ART 450 CC ∟ ou seja, o alienante terá que indenizar o evictor de modo amplo e completo ῑ valor que pagou com a coisa, honorários advocatícios contratado para defender no processo de evicção, o que fez com o bem [benfeitorias] [...] vai ter que pagar por tudo que o evictor gastou · VALOR ATUALIZADO DO BEM ∟SALVO EM CASO DE DEPRECIAÇÃO DO VALOR - o evicto vai ter o valor atualizado exceto em caso de depreciação do valor ∟ o valor no caso de depreciação do valor o evicto recebe o valor que pagou quando comprou o bem e não o valor atual mas desvalorizado, logo, menor ∟ mas, se o bem tiver uma valorização no valor, o evictor vai receber o valor atualizado - art 459 - quem responde pela evicção é o alienante - EXCLUSÃO DA GARANTIA [pela evicção]: - é possível que as partes –alienante e adquirente – insiram uma clausulas de exclusão de responsabilidade caso sobrevenha evicção · 448 CC ∟ EXPRESSA; CONTRATOS PARITÁRIOS - tem que ser uma clausula expressa, apenas em contratos paritários [é diferente do contrato de adesão] - DUAS SITUAÇÕES: - as clausulas são uma segurança para o alienante A. CLAÚSULA E DESCONHECIMENTO DO REAL RISCO ∟ 449 CC: valor pago pelo bem; perde as demais verbas [450CC] - há a clausula de exclusão de garantia mas o evicto desconhece a litigiosidade da coisa – que a coisa é litigiosa ∟ se foi isso o evicto vai ter ainda o direito de receber o valor pago pelo bem, mas perde as demais verbas do art 450 CC, ainda tem direito de receber o valor pago pelo bem B. CLAÚSULA E CONHECIMENTO DO REAL RISCO ∟ 457CC ∟ EVICTO PERDE TUDO ∟ CONTRATO ALEATÓRIO - existe a clausula e o evictor conhece a litigiosidade da coisa, então ele perde tudo; todas as verbas que pagou pela coisa - nesses casos o contrato é comparado ao aleatório - normalmente quem faz esse é porque se perder o bem vai ser pouco a perda; vai ter mais benefício do que prejuízo *C.: se o evicto tiver de má fé e o alienante conseguir provar não terá direito a nada [= o B] - art 447 - art 448 - art 449 - art 450 - art 451 - art 452 - art 453 - art 454 - art 455 - art 456 - art 457 · EXTINÇÃO DOS CONTRATOS - todo contrato sempre chega ao fim -MODO NORMAL: cumprimento das obrigações ∟o que os contratantes esperam ao celebrar um contrato é que as obrigações sejam adimplidas/cumpridas, ou seja, extingue-se o contrato com o cumprimento da obrigação ∟MAS às vezes o contrato se extingue sem o cumprimento das obrigações, e dividem-se em causas -VINCULO PASSAGEIRO - EXTINÇÃO SEM CUMPRIMENTO 1. CAUSAS ANTERIORES OU CONTEMPORÂNEAS À CELEBRAÇÃO ∟ é chamada assim porque as razões que vão levar a extinção do contrato são prévias, surgiram antes ou concomitante da celebração do contrato ∟anterior ou concomitante ao contrato ∟o contrato já nasceu com isso A. CARÊNCIA DE REQUISITOS DE EXISTÊNCIA OU VALIDADE - 104 CC - 166 CC: nulidade - 171 CC: anulabilidade - EX1: celebrado por sujeito incapaz - EX2: vontade manifestada por coação ∟ nesses 2 exemplos o motivo era anterior à celebração do contrato, então esse contrato não pode extinguir pelo adimplemento da obrigação porque carece requisito de validade, aí esse contrato vai ser extinto: · NULIDADE [ART 166 CC] · ANULABILIDADE [ART 171 CC] - nessa situação ou o contrato será nulo ou anulável, a depender de violação que houve no contrato - não precisa esperar o adimplemento da obrigação, pode extinguir antes devido a nulabilidade ou anulabilidade - carece : licitude de objeto, contrato na forma prescrita ... ∟quando falta no contrato algum dos requisitos de validade ele será desfeito pela via da anulabilidade ῑ ambos os casos não adimpliu o contrato B. IMPLEMENTO DE CLÁUSULA RESOLUTIVA - O QUE É: CONTRATANTES TEM O DIREITO DE DESFAZER O CONTRATO EM CASO DE INADIMPLEMENTO - essa clausula da ao contratante o direito de desfazer o contrato no caso de inadimplemento da obrigação - é uma regra prevista no contrato que da aos contratantes o direito de extinguir/desfazer o vinculo contratual em razão do não cumprimento da obrigação - a clausula resolutiva é uma saída para o contratante, mas se ele quiser pode forçar o cumprimento - pq a clausula resolutiva é considerada anterior ou contemporânea a celebração do contrato? Pq essa clausula já está prevista no contrato; é ao tempo da celebração -EXPRESSA: PACTO COMISSÓRIO - essa clausula pode ser expressa pelo pacto comissório - PRESUMIDA: CONTRATOS SINALAGMÁTICOS ∟presumida = tácita ∟ sinalagmáticos = equilíbrio - vai ser sempre presumida nos contratos sinalagmáticos, que são contratos equilibrados - ART 474 E 475 CC se alguém descumpre a outra parte pode: [475 cc] A. Exigir o cumprimento forçado da obrigação: -forçar a outra parte a fazer/dar B. Extinção do contrato - caso eu não cumpra a parte que cumpriu pode pedir alternativamente a extinção do contrato com base na clausula resolutiva ∟ essa é uma solução para os contratantes envolvidos em um contrato sinalagmaticos estão diante de um inadimplemento - ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL = CUMPRIMENTO DA MAIOR PARTE DA OBRIGAÇÃO - diante de um adimplemento pode: se já foi cumprida a maior parte da obrigação não tem sentido desfazer o vinculo, melhor forçar a parte a cumprir o resto - esse adimplemento substancial não autoriza a aplicação da clausula resolutiva mesmo que ela seja expressa, cabe a parte apenas forçar o adimplemento da parte que não foi cumprido ∟apenas exigir o cumprimento forçado do restante da obrigação em caso de adimplemento substancial EX: meu contrato com X é de troca, ele me entregou e eu não cumpri
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