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PEÇA 2 - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C_C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS- PRONTA PARA ENVIAR (1)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DE VILA VELHA – COMARCA DA CAPITAL/ES
RODOLPHO, brasileiro, casado, profissão, inscrito no CPF n° XXXX residente e domiciliado na Rua XXX, endereço eletrônico: XXX vem, com muito respeito à elevada presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada abaixo assinada, propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face do DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESPÍRITO SANTO (DETRAN/ES), localizado na Av. Nossa Senhora da Penha, nº 2270, Barro Vermelho, Vitória/ES - CEP: 29050-940, pelos 	fatos e fundamentos jurídicos adiante aduzidos:
1) GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente se declara necessitado na forma da Lei nº 1.060/50, não podendo arcar com as custas do processo tampouco com os honorários de advogado sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família.
2) FATOS
Em junho de 2017, o requerente recebeu uma notificação em sua residência de cancelamento da sua CNH devido a uma multa de dezembro de 2012, conforme notificação em anexo.
Entretanto, essa penalidade só ocorreu devido a um erro de digitação de um funcionário do DENIT, o que foi comprovado de acordo com o e-mail enviado por eles que se encontra anexo. O veículo do Autor é um VW/Bugre de placa MRH-1981/ES e o veículo que cometeu a infração é um GM/Celta de placa MPH-1981/ES.
O requerente procurou a Defensoria Pública objetivando a regularização de sua CNH, sendo feito o Ofício de n° 35/2017 – DPES/VV	 pelo Defensor Público Dr. Valdir Vieira solicitando o cancelamento da penalidade. Contudo, isso não ocorreu.
Devido a tal fato, a subsistência do Requerente e de sua família ficou comprometida, já que o mesmo utilizava sua CNH para realização de trabalhos externos, ocasionando a redução de sua renda familiar.
3) FUNDAMENTOS JURÍDICOS
3.1) OBRIGAÇÃO DE FAZER – TUTELA ANTECIPADA
Como narrado, o requerente teve sua carteira de motorista cancelada por um erro de digitação do setor responsável, o qual confirmou por e-mail o erro. Contudo, mesmo admitindo que houve um erro a carteira do requerente ainda continua cancelada, o que acarretou prejuízos a ele e a sua família, já que o mesmo trabalha externamente utilizando o veículo.
Sendo assim, o requerente possui cristalino direito a CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA, em face da robustez das alegações probatórias, documentos junto aos autos, e baseado em proteção Constitucional, sem ter de sujeitar-se ao erro e descaso com a retificação do ocorrido pelo DETRAN, pois o mesmo já admitiu que o cancelamento foi indevido e recebeu oficio da Defensoria pedindo a retificação, entretanto, isso não ocorreu
Em prol do requerente ainda, de acordo com o artigo 300 CPC:
A. PROBABILIDADE DO DIREITO
Esse requisito encontra-se inequivocamente presente, ante o próprio e-mail anexo, o qual contém o reconhecimento do erro quanto ao cancelamento da CNH do requerente, que aconteceu devido a um erro de digitação da placa do carro no sistema. 
B. PERICULUM IN MORA
Sem dúvida há risco de aumentar os danos causados ao requerente se não concedida a presente medida, já que, como supramencionado, o ora requerente teve seu trabalho externo, o qual é fonte de sustento da sua família e dele, reduzida. Sendo assim, a continuidade da aplicação indevida da penalidade de cancelamento da CNH vai prejudicar ainda mais o requerente.
A antecipação da tutela, portanto, tem como maior finalidade amparar o requerente até o julgamento definitivo, evitando-lhe danos futuros. Logo, na conformidade da redação legal, o requerente faz jus à concessão da tutela antecipatória, uma vez que preenche todos os requisitos por ela exigidos.
3.3) DANO MORAL
Sabe-se que o dano moral, ou extrapatrimonial, é aquele que afeta a estima pessoal do ofendido ou lhe causa dor, e, ainda que de difícil detecção, ele pode revelar-se pelos instrumentos do direito, que deve intervir sempre que alguém se sentir prejudicado.
Sendo assim, o cancelamento errôneo da CNH do requerente configura dano moral que per si justifica a indenização, já que reduziu a renda familiar do mesmo de forma inesperada e por um fato não cometido pelo requerente e sim por um erro de digitação do funcionário responsável pela penalidade.
Diante dessas circunstâncias, in casu, forçoso concluir ter sido o requerente injustamente abalado em sua subsistência e de sua família, devendo, dessa forma, ser indenizado pelos danos morais que sofreu.
Nos dizeres de Sílvio Venosa
“Será moral o dano que ocasiona um distúrbio anormal na vida do indivíduo; uma inconveniência de comportamento ou, como definimos, um desconforto comportamental a ser examinado em cada caso. Ao se analisar o dano moral, o juiz se volta para a sintomatologia do sofrimento [...] ‘’ (2003, p. 34).
Em abono a tal entendimento colhe-se do repertório de jurisprudência pátrio os seguintes precedentes:
“APELAÇÃO CÍVEL - CNH CANCELADA - CANCELAMENTO INDEVIDO - INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - FIXAÇÃO DO VALOR - CUSTAS PROCESSUAIS - AUTARQUIA ESTADUAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - VALOR DOS HONORÁRIOS. I- O recorrido tem direito a uma reparação pois teve que recorrer à justiça para ter seu direito de dirigir regularmente garantido, pois somente após o ínicio da ação o DETRAN regularizou a CNH do recorrido.II- Apesar do apelado ter sido afetado pelo bloqueio de sua carteira por apenas 3 meses, a caracterização do dano moral resta mais do que provada, uma vez que os requisitos necessários para a responsabilização civil se mostram presentes no caso.III- Deve o DETRAN apenas arcar com as custas daqueles atos que ele requereu durante o processo.IV- Os honorários advocatícios devem ser mantidos pois o valor está dentro do previsto pelo artigo 20, § 4º, do CPC.V- Recurso provido parcialmente.(TJ-ES: 00000223220128080069, Relator: MAURÍLIO ALMEIDA DE ABREU, Data de julgamento: 26/08/2013, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data da publicação: 05/09/2013)”
“APELAÇÃO. REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIADE CIVIL DO ESTADO. DETRAN/RJ. CNH. CANCELAMENTO INDEVIDO. TAXISTA. DANO MORAL CONFIGURADO. LUCROS CESSANTES. CABIMENTO.1- Responsabilidade Civil do Estado. Responsabilidade Objetiva. Art. 37, § 6ºda Constituição Federal. Demonstração dos danos e do nexo de causalidade entre o fato administrativo e o dano. 2- Dano moral. Ocorrência. Dano moral que se configura in re ipsa. Injustificado cancelamento da CNH do autor que se encontrava em validade, após renovação administrativa, determinada judicialmente em processo anterior. 3- Valor da condenação. O valor da indenização que atende ao caráter punitivo-pedagógico e é consentâneo com a extensão do dano e com a realidade econômica dos litigantes - R$ 10.000,00 (dez mil reais). 4- Lucros cessantes. Cabimento. A autor que é taxista e se viu impedido de trabalhar em evento que trouxe milhares de turistas ao Brasil, a Copa do Mundo. Condenação ao pagamento de lucros cessantes a ser apurado em liquidação de sentença. Liquidação de sentença que é o procedimento adequado à apuração do valor devido. NEGATIVA DE PROVIMENTO AO RECURSO. (TJ-RJ - APL: 00037991320118190050 RJ 0003799-13.2011.8.19.0050, Relator: DES. MÔNICA DE FARIA SARDAS, Data de julgamento: 16/04/2015, VIGÉSIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 24/04/2015 12:53)”
4) PEDIDOS
Por todo o exposto, requer-se:		
1. que sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita ao requerente, uma vez que se declara necessitada na forma do art. 98 do CPC/2015, não podendo prover as custas do processo e honorários advocatícios sem prejuízo ao sustento próprio e de sua família;
2. a citação do requerido, na pessoa dos seu representante, para comparecer à audiência de conciliação a ser designada por este Douto Juízo e querendo ofereçam contestação no prazo legal (caput do artigo 335 do Novo CPC) sob pena de serem consideradas revel (artigo 334 NCPC);
3. a CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA para determinar a retificação do cancelamento da CNH pelo requerido;
4. que seja citado o requerido,na pessoa dos seu representante, a fim de responder aos termos da presente demanda;
5. que seja julgado totalmente procedente o pedido, a resultar na CONDENAÇÃO definitiva do DETRAN/ES ao cumprimento de OBRIGAÇÃO DE FAZER, na espécie, consistente na devolução da CNH do requerente;
6. que seja CONDENADO o requerido a pagar a quantia equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) relativo a indenização por danos morais em virtude dos prejuízos havidos; 
7. que seja CONDENADO o requerido para que efetue o pagamento das custas e despesas processuais e honorários advocatícios no valor de 20% (vinte por cento) sobre a causa;
8. que seja assegurado ao requerente a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito.
Nos termos do inciso VII do artigo 319 do CPC, registra o autor que deseja a realização de audiência de conciliação.
Dá-se a causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Vila Velha, 12 de março de 2018.
ADVOGADA
OAB

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