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Contestação 1 - PEÇA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CC PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAS - PRÁTICA 2 (2)

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE VILA VELHA – ES
Processo nº: Z
OLÁ – Empresa de Telefonia, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. X, com sede na Rua X, titular do e-mail: x, por intermédio do advogado abaixo assinado, com endereço profissional ..., vem com muito respeito a Vossa Excelência - nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAS - apresentar:
CONTESTAÇÃO
o que faz nos seguintes termos:
1. SÍNTESE DOS FATOS
O Requerente propôs uma ação contra a Requerida alegando ter sofrido danos morais e matérias decorrentes da negativação indevida do seu nome, já que ele teria pago as contas relativas aos meses de junho e julho de 2017 dentro da data limite, mas, ainda assim, teve seu nome negativado junto ao SPC. Pedindo, ainda, a tutela antecipada para retirada do seu nome no SPC o mais rápido possível.
Ademais, o autor baseou seu pedido de danos materiais na não contratação de sua empresa para um serviço devido ao fato do sócio estar com o nome no SPC, o que acarretou em lucros cessantes de aproximadamente R$200.000,00; e o de danos morais, alegando ser impedido de trabalhar pelo fato de seu nome estar negativado.
Contudo, é importante ressaltar que o ora Requerente não apresentou os recibos de pagamento das contas supramencionadas nem tampouco apresentou prova documental e/ou mencionou a existência de testemunha idônea, já que as únicas mencionadas foram os funcionários da empresa do próprio requerente.
2. PRELIMINARMENTE
2.1. INEPCIA DA INICIAL
De acordo com o artigo 330 I do CPC, a petição inicial pode ser indeferida devido a inépcia da inicial (§1º), no qual uma de suas hipóteses é o fato do pedido ser indeterminado. Sendo assim, artigo 324 CPC, o pedido necessita ser determinado – ressalvada as exceções –, sob pena de a inicial ser indeferida.
No presente caso o ora autor apresentou o pedido de dano moral de maneira genérica, sem determinar o valor, deixando a cargo do juiz essa determinação, o que não é permitido pela lei.
É importante citar o artigo 321 CPC:
“Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.”
2.2. ERRO NO VALOR DA CAUSA
O valor da causa é um dos requisitos da petição inicial, seguindo as regras expressas no nosso Código quanto ao somatório:
“Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles.”
Sendo assim, o valor da causa da presente ação é o somatório dos pedidos, quais sejam: o de dano moral e o de dano material. Entretanto, como consequência do erro no pedido genérico de dano moral, o valor da causa também se apresenta errôneo, já que é apenas o valor dos danos materiais.
2.3. INDEVIDA CONCESSÃO DE GRATUIDADE
A gratuidade de justiça é concedida àqueles que possuem insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios. (Artigo 98 CPC).
Contudo, podemos extrair da petição inicial que o ora Requerido não condiz com a condição necessária para o deferimento da gratuidade, já que, conforme relatado pelo mesmo, ele possui uma empresa com mais de um funcionário e que deixou de ser contratado e, devido a isso, de lucrar o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
3. TUTELA ANTECIPADA
A tutela antecipada só será concedida se restar comprovada seus requisitos, quais sejam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (artigo 300 CPC).
No presente caso, não tem como falar se o autor preenche esses requisitos porque o mesmo não juntou nenhum resquício de prova idônea de que esse pagamento de fato aconteceu, sendo assim, tem que ser indeferido o pedido de tutela antecipada.
4. MÉRITO
4.1. FALTA DE PROVA DE PAGAMENTO
O CAPÍTULO XII - DAS PROVAS no artigo 373 expressa sobre a incumbência do ônus da prova e sobre sua inversão:
“Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”
Entretanto, essa inversão não pode ser impossível, como consta no §2º do mesmo artigo:
“§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.”
Logo, em regra, o autor tem o ônus de provar os fatos constitutivos do direito dele; a simples alegação de perda do recibo de pagamento – como feita pelo Autor da presente ação – não basta para pedir a inversão do ônus, já que, se fosse deferida, configuraria o disposto no §2º do artigo 373 que seria uma situação impossível ou de excessivamente difícil, visto que o requerente não demonstrou nenhuma prova de que o fato alegado ocorreu.
4.2. FALTA DE PROVA INIDÔNEA – LUCROS CESSANTES
O dano material consiste em prejuízos ou perdas que atingem o patrimônio corpóreo de alguém sendo subclassificado em danos emergentes (o que efetivamente se perdeu) ou lucros cessantes (o que razoavelmente se deixou de lucrar); necessitando, em regra, de prova efetiva do dano. 
O requerente alega na exordial que sua empresa deixou de ser contratada para um serviço, pelo fato do sócio estar com o nome sujo, o que acarretou em lucros cessantes de aproximadamente R$200.000,00, todavia, novamente não apresentou prova documental nem mencionou a existência de testemunha idônea, a não ser funcionários de sua empresa, que possuem interesse no ganho da causa pelo ora autor.
“Art. 447.  Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas
§ 3o São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.”
5. REQUERIMENTOS
Ante o exposto, requer:
A. Deferimento das alegações preliminares para que o autor seja intimado para que retifique os defeitos apontados, sob pena de extinção sem resolução de mérito;
B. Indeferimento do pedido de tutela antecipada;
C. Sejam julgados improcedentes os pedidos autorais;
D. Requer a produção de todos os meios de prova admitidos por direito.
E. - art 100 e § único: tem que revogar a gratuidade e pedir para pagar as custas que não pagou pq o valor tava errado: tem que pagar as custas baseado no novo valor ??? É UM PEDIDO ISSO???
Vila Velha, 05 de março de 2018
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Nome advogado/nº OAB