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IRAS - Artigos Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde

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Alice Iris MedUfma TXV 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGOS 
Estudo realizado nos Estados Unidos da 
América revela que cada paciente internado 
em hospital norte-americano está sujeito a 
um erro de medicação por dia, sendo 
registrados anualmente, nessas instituições, 
no mínimo 400.000 eventos adversos 
evitáveis relacionados a medicamentos. 
Esses eventos adversos podem verificar-se 
em todas as etapas da cadeia terapêutica e 
sua ocorrência aumenta consideravelmente 
os custos do sistema de saúde. 
Estima-se que os erros de medicação em 
hospitais provoquem mais de 7.000 mortes 
por ano nos Estados Unidos da América, 
acarretando importantes custos tangíveis e 
intangíveis8. No Brasil ainda não estão 
disponíveis estatísticas de óbitos 
relacionados a erros de medicação. 
Diante da possibilidade de prevenção dos 
erros de medicação e do risco de dano em 
função da sua ocorrência, torna-se 
relevante identificar a natureza e 
determinantes dos erros, como forma de 
dirigir ações para a prevenção. As falhas no 
processo de utilização de medicamentos são 
consideradas importantes fatores 
contribuintes para a redução da segurança 
do paciente. 
Nesse sentido, devem-se incluir estratégias 
como a padronização de processos, o uso de 
recursos de tecnologia da informação, 
educação permanente e, principalmente, o 
acompanhamento das práticas profissionais 
em todas as etapas do processo que envolve 
o medicamento. 
No Brasil, pesquisa bibliográfica realizada 
na base de dados PubMed em 10 de abril de 
2013, utilizando os termos “medication 
errors” e “Brazil” encontrou 74 artigos 
publicados entre 1978 a 2012, sendo 66 
deles em instituições hospitalares e 08 em 
estabelecimentos de saúde não hospitalares. 
Esses dados revelam a necessidade de maior 
estímulo à pesquisa e publicação nacional 
nesse importante campo de investigação 
como forma de conhecer a situação da 
segurança do uso de medicamentos. 
POLÍTICA PARA CONTROLE DE IRAS 
NO BRASIL, 2017 
No Brasil, a preocupação com as infecções 
hospitalares, ou “infecções relacionadas à 
assistência à saúde” (IRAS), vem crescendo 
desde a década de 1990, quando foram 
publicados uma série de documentos acerca 
desse assunto. O monitoramento de 
informações sobre IRAS é de extrema 
importância, pois se percebe um aumento 
desse tipo de infecções ao longo do tempo. 
IRAS 
Infecções Relacionadas à Assistência à 
Saúde 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
Foram analisados cerca de cinco documentos 
principais que compõem a base normativa 
brasileira nos últimos 20 anos, bem como 
documentos específicos do hotsite de 
Segurança do Paciente da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
as IRAS são infecções adquiridas durante a 
prestação dos cuidados de saúde e 
representam um dos mais importantes 
problemas de saúde pública no mundo; 
eventos adversos e têm causado o aumento 
da morbidade e da mortalidade de 
pacientes, ocasionando repercussões 
econômicas e sociais para a população, os 
sistemas de saúde e os países. 
Microrganismos multirresistentes, que são 
aqueles que apresentam resistência a pelo 
menos duas classes de antimicrobianos. 
Alternativas de tratamento tornam‑se 
reduzidas por prolongar internações, 
ocasionar óbitos, e elevar os custos 
assistenciais. A resistência à 
antimicrobianos (RAM) tem se tornado um 
problema crescente mundialmente 
 
A venda de medicamentos antimicrobianos 
sem receita médica foi generalizada em 
muitos países. Vários não dispunham de 
diretrizes de tratamento padrão para os 
cuidados de saúde relacionados à 
resistência antimicrobiana, além de 
constatar que apenas 25% dos países 
(34/133) possuíam um plano nacional. 
Nas Américas apenas três países possuíam 
plano nacional: Canadá, Estados Unidos e 
Argentina. 
2015 foi publicado pela OMS, o plano de 
ação global em resistência a 
antimicrobianos. Definiu ‑ se um prazo para 
que os países que não tivessem plano de ação 
nacional, o que inclui o Brasil, elaborassem e 
o apresentassem até maio de 2017. 
1997 foi criado o Programa de Controle de 
Infecções Hospitalares (PCIH); Comissão de 
Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) 
para o melhor funcionamento do programa, 
aplicando‑se penalidades aos hospitais que 
descumprissem a lei. 
Implantação de um Sistema de Vigilância 
Epidemiológica das Infecções Hospitalares; 
à prevenção e controle das infecções 
hospitalares; ao uso racional de 
antimicrobianos; ao tratamento das 
infeções hospitalares; à elaboração de 
regimento interno da CCIH. 
2009, a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) publicou um livro 
intitulado “Segurança do Paciente em 
Serviços de Saúde: Higienização das Mãos”, 
no qual cita as IRAS em um capítulo 
referente ao controle da disseminação de 
microrganismos multirresistentes, 
abordando a relação entre a resistência 
microbiana e higienização das mãos dos 
profissionais que lidam com pacientes. 
2015 a ANVISA publicou um boletim 
informativo com dados de 2014, 
apresentando um resumo descritivo das 
notificações recebidas pela agencia, 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
apontando a frequência dos principais 
fenótipos de resistência a antimicrobianos 
encontrados entre os microrganismos 
responsáveis por causarem infecções 
primárias de corrente de sanguínea 
confirmada laboratorialmente (IPCSL) 
associadas a cateter venoso central (CVC) 
Entre as ações de estados e municípios, 
foram identificados planos formais para 
contingenciamento de resistência à 
antimicrobianos nos estados do Rio de 
Janeiro e de Tocantins e no município de 
Curitiba. 
Em síntese, foram encontrados alguns 
planos de ação no sentido do controle de 
IRAS, principalmente relacionadas ao 
controle de microrganismos resistentes, que 
são um dos grandes problemas de saúde 
pública no mundo. Os planos de ação 
encontrados são específicos de municípios e 
estados. 
De acordo com a ANVISA (2005), boa parte 
dos hospitais não possuía suporte de 
laboratório de microbiologia, como também 
os requisitos essenciais não eram atendidos 
por todas as instituições. Em outro estudo, 
os laboratórios foram classificados por 
níveis de qualidade, de zero a cinco, sendo 
que a maior proporção (85,4%) atingiu 
apenas o nível zero, o que significou que 
estes laboratórios não possuíam mínimas 
condições de funcionamento. 
A consolidação de um sistema ou programa 
nacional também é de extrema importância, 
uma vez que existem apenas ações locais em 
alguns estados do Brasil. Há também a 
necessidade de estabelecer o 
monitoramento e a avaliação periódica dos 
programas existentes, sugerindo prazos e 
condições para superar as barreiras de 
implementação. 
AÇÕES PARA SEGURANÇA NA 
PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO 
DE MEDICAMENTOS EM UNIDADES DE 
PRONTO ATENDIMENTO 
No ano de 2013, o Ministério da Saúde (MS) 
instituiu o Programa Nacional de Segurança 
do Paciente (PNSP)(4), representando um 
avanço enquanto política pública, na medida 
em que reconhece a magnitude dos eventos 
adversos no país e fomenta a ampliação do 
conhecimento sobre a temática. Uma das 
metas estabelecidas pelo PNSP tem como 
foco as ocorrências de eventos no processo 
de terapia medicamentosa 
Os erros decorrentes da terapia 
medicamentosa representam um dos tipos 
de incidentes mais comuns nas instituições 
de saúde e são provocados, em grande parte, 
por falhas nos processos e procedimentos 
durante o cuidado. São passíveis de ocorrer 
em todas as etapas da terapia 
medicamentosa: prescrição, dispensação, 
preparação, administração e monitoramento, 
e podem resultar em danos graves e até na 
morte do paciente 
Diante deste cenário, no ano de 2017, a 
Organização Mundial de Saúde (OMS) 
lançou o terceiro “Desafio Global para a 
Segurança do Paciente”, intitulado 
“Medicação sem Dano”, cuja meta a ser 
alcançada foi a redução, em 50%, de danos 
graves evitáveisrelacionados a 
medicamentos, nos próximos cinco anos. 
Estudo realizado em um setor de 
emergência evidenciou que, dos riscos que 
podem contribuir para a ocorrência de erros 
relacionados a medicamentos, os mais 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
frequentes foram: prescrições ilegíveis, 
ausência de dados relevantes, polifarmácia e 
interações medicamentosas, corroborando 
com o presente estudo. 
Ocorrências envolvendo falhas na 
identificação do paciente no momento da 
administração de medicamentos também 
foram destacadas. A identificação do 
paciente tem sido um dos pontos mais 
discutidos quando o tema é a sua segurança. 
Esta medida deve ser entendida como algo 
que garante que o cuidado prestado seja 
direcionado à pessoa a quem ele se destina, 
ou seja, prescrito e executado ao paciente 
correto. Representa a primeira meta 
internacional proposta pela OMS 
Embora haja consenso sobre os benefícios 
dessa medida para redução de erros, a 
identificação do paciente ainda não tem sido 
reconhecida e incorporada na prática como 
elemento essencial a um cuidado seguro. 
No que se refere às falhas na etapa da 
prescrição, os participantes identificaram 
como barreiras para a segurança no preparo 
e administração de medicamentos o fato da 
prescrição médica no referido serviço ser 
realizada de forma manual, contribuindo 
para erros de medicação relacionados à 
dificuldade de compreensão da medicação 
prescrita, por motivo de ilegibilidade ou 
ausência de itens necessários 
Embora as prescrições verbais sejam 
passíveis de ocorrer nestes serviços, 
conforme supracitado, as recomendações de 
práticas seguras preconizam que sejam 
adotadas apenas em situações de 
emergências 
A realidade mencionada está presente em 
outras instituições, estudo realizado acerca 
da legibilidade e itens necessários na etapa 
de prescrição encontrou 51% de prescrições 
consideradas ilegíveis e em 71,6% delas 
faltavam dados, resultado de estudo 
semelhante verificou que 91,3% das 
prescrições continham siglas e/ou 
abreviaturas dificultando a compreensão da 
prescrição 
Quanto às estratégias de gerenciamento de 
riscos relacionados à terapia 
medicamentosa, os trabalhadores 
pontuaram ações que permeiam todas as 
etapas: identificação do paciente; 
levantamento do risco de possíveis alergias 
a medicamentos; informatização da 
prescrição médica; adoção de sistemas de 
dispensação seguros; conferência dos dados 
referentes à medicação a ser administrada 
e envolvimento do paciente e equipe em todo 
o processo 
 
 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
MARANHÃO

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