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Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso APRESENTAÇÃO O sistema nervoso é o principal e mais nobre sistema do corpo humano, responsável pela coordenação das ações voluntárias e involuntárias, por meio da transmissão de sinais, que garante o funcionamento do organismo e da vida. Ele tem duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as estruturas anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso central e periférico, identificando as mesmas características do sistema nervoso autônomo e relacionando o conteúdo anatômico estudado aos aspectos clínicos relevantes para a prática da enfermagem. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso central e periférico. • Definir os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso autônomo.• Relacionar os aspectos morfofuncionais do sistema central, periférico e autônomo com aspectos clínicos. • DESAFIO A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central. Esse processo ocorre quando o sistema imunológico confunde as células saudáveis com células intrusas, atacando-as e provocando lesões. Com isso, acontece a deterioração da bainha de mielina, que protege e cobre os nervos. INFOGRÁFICO O sistema nervoso autônomo tem vias de excitação e relaxamento, as quais são chamadas de simpáticas e parassimpáticas. O SNP autônomo simpático estimula ações que exigem energia, possibilitando ao organismo responder situações estressantes e de vigília. Já o SNP autônomo parassimpático tem a responsabilidade de estimular as atividades de relaxamento, como a diminuição do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras. Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas, geralmente, secretam diferentes hormônios. Veja, neste Infográfico, as funções da divisão autônoma do sistema nervoso. CONTEÚDO DO LIVRO O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central (SNC) e pelo sistema nervoso periférico (SNP). Os órgãos do SNC estão localizados dentro do esqueleto axial, estando protegidos pela caixa craniana e pelo canal vertebral; o SNP é formado por nervos, gânglios nervosos e terminações nervosas. Estas são as receptoras sensoriais de dor, tato, frio, pressão, calor, paladar, etc. No capítulo Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso, do livro Anatomia aplicada a enfermagem, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre as estruturas anatômicas e fisiológicas do sistema nervoso central e periférico, identificando as mesmas características do sistema nervoso autônomo e relacionando o conteúdo anatômico estudado com os aspectos clínicos relevantes para a prática da enfermagem. Boa leitura. ANATOMIA APLICADA À ENFERMAGEM Márcio Haubert Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os componentes anatômicos e as funções do sistema ner- voso central e periférico. � Definir os componentes anatômicos e as funções do sistema nervoso autônomo. � Relacionar os aspectos morfofuncionais do sistema central, periférico e autônomo com aspectos clínicos. Introdução O sistema nervoso é considerado o mais complexo sistema do corpo humano. Ele, merecidamente, recebe esse título pelo fato de ter a capa- cidade e a versatilidade de transmitir um rápido fluxo de informações em alta velocidade de processamento. Todas essas atividades são chamadas de sinapses nervosas e ocorrem por meio de atividades elétricas que perpassam os neurônios, células funcionais desse sistema. O sistema nervoso é composto pelo sistema nervoso central (SNC) e pelo sistema nervoso periférico (SNP). O SNP recebe outras subdivisões que serão apresentadas ao decorrer do conteúdo. Neste capítulo, você conhecerá as estruturas anatômicas e fisioló- gicas do sistema nervoso central e periférico, identificando as mesmas características do sistema nervoso autônomo e relacionando o conteúdo anatômico estudado com os aspectos clínicos relevantes para a prática da enfermagem. Sistema nervoso O sistema nervoso é o mais complexo e importante sistema orgânico que existe nos seres humanos. Sua função é receber informações sobre variações internas e externas e, com isso, produzir respostas a essas variações, o que garante ao corpo humano a homeostase, proporcionando e favorecendo o bom funciona- mento sistêmico. Também tem como função o ajustamento do organismo ao ambiente por meio da identificação das condições ambientais externas, bem como das condições existentes dentro do próprio corpo, elaborando respostas que o adaptem a essas condições. Fica incumbido ao sistema nervoso, além das funções de mobilidade e sensibilidade, as funções superiores do organismo, como processamento e armazenamento da memória, capacidade de aprendizado, funções intelectuais, processos de pensamento e características de personalidade. Toda a atividade do sistema nervoso depende das células nervosas, conhe- cidas como neurônios. O neurônio é a menor unidade funcional do sistema nervoso. A transmissão dos impulsos nervosos possibilita a troca de informa- ções e ocorre por meio das sinapses. As sinapses correspondem às ligações que um neurônio tem com outro, transmitindo, assim, os impulsos nervosos (Figura 1). As sinapses podem ocorrer entre os neurônios (sinapses neuronais), entre neurônios e músculos (junções neuromusculares) e entre neurônios e glândulas (sinapses neuroglandulares), como mostra a Figura 2. Os axônios de maior diâmetro possuem uma bainha que envolve os tratos nervosos do sistema nervoso central e periférico. Conhecida com bainha de mielina, ela tem por função proteger o axônio e promover a aceleração da velocidade de condução do estímulo elétrico. Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso2 Fi gu ra 1 . A na to m ia d e um n eu rô ni o. Fo nt e: M ar tin i, Ti m m on s e T al lit sc h (2 00 9, p . 3 49 ). 3Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 2. Tipos de sinapses. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 349). A organização do sistema nervoso ocorre da seguinte maneira: Sistema nervoso central (SNC) Sistema nervoso periférico (SNP) Encéfalo Medula espinal Cérebro Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Simpático Parassimpático Nervos cranianos (12 pares) Nerbos espinais (31 pares) Autônomo Somático Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso4 Sistema nervoso central Os órgãos do SNC estão localizados dentro do esqueleto axial, e são protegidos pela caixa craniana e pelo canal vertebral. O SNC é composto pelos seguintes órgãos e estruturas: Encéfalo — Em adultos, tem peso aproximado de 1,4 kg, dividido em três partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico (Figura 3). A seguir, conheça cada uma dessas estruturas: � Cérebro: constitui 90% da massa encefálica, apresentando uma su- perfície bastante pregueada que possibilita um aumento considerável da superfície cerebral. As principais funções do cérebro são: controle das sensações, execução de atos conscientes e voluntários (movimentos), pensamentos, memória, inteli- gência, aprendizagem, recebimento e interpretação dos sentidos e manutenção do equilíbrio. Apresenta um córtex, camada externa que abriga a substância cinzenta contendo os corpos neuronais. Em sua região interna, abriga a subs- tância branca que contém dendritos e axônios de neurônios. O cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais, o direito e o es- querdo. Eles estão conectados por um feixe de filamento nervoso conhecido como corpo caloso, que permite a comunicação entre os dois hemisférios, transmitindo diferentes informações como, porexemplo, a memória e o aprendizado. O cérebro humano é dividido, ainda, em: lobo frontal, lobo temporal, lobo parietal, lobo occipital e lobo da ínsula, conforme veremos a seguir: ■ Lobo frontal: controla o sentimento de afeto, a personalidade, o raciocínio e a inibição de impulsos comportamentais. Ele também responde pela função motora e pela associação da fala por meio da área de Broca. Estende-se do polo anterior do cérebro até o sulco central. É composto por três superfícies: – Superfície superolateral: apresenta três sulcos (sulco pré-central, frontal superior, frontal inferior) que delimitam os giros pré- -central, frontal superior, frontal médio e frontal inferior; – Superfície medial: estende-se até o sulco cingulado e, posterior- mente, por uma linha imaginária que o liga ao topo do sulco central. Na parte inferior, é contínuo com a parte orbital do lobo 5Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso frontal, que tem essa designação por estar localizada sobre a órbita. A zona demarcada pelo sulco do cíngulo superiormente à circunvolução cingulada é, com exceção da extremidade posterior, parte do lobo frontal. – Superfície inferior: contendo a parte inferior orbital e abrigando o giro orbital, o bulbo olfativo e o giro reto. ■ Lobo parietal: lobo puramente sensitivo que realiza a interpretação das sensações. Atua também na consciência corporal, no espaço e na recepção sensorial, principalmente, em sensações de dor, tato, gustação, temperatura e pressão. Possui uma superfície superolateral dividida pelos sulcos pós-central e intraparietal, contendo três prin- cipais áreas: giro pós-central, lobo parietal superior e lobo parietal inferior. Apresenta uma superfície medial delimitada pelos sulcos subparietal e calcarino e pelo sulco parietoccipital. ■ Lobo temporal: abriga os sentidos do paladar, olfato e audição, além de armazenar as memórias de curto prazo. Esse lobo apre- senta uma superfície superolateral que abriga o sulco temporal superior e o sulco temporal inferior. Contém em sua superfície o giro temporal superior, o giro temporal médio e o giro temporal inferior. ■ Lobo occipital: responsável pela visão e pela interpretação das sen- sações visuais. O lobo occipital é rodeado anteriormente pelo lobo parietal e pelo lobo temporal em ambas as superfícies lateral e medial do hemisfério. Localiza-se posteriormente a uma linha imaginária que une a incisura pré-occipital ao sulco parietoccipital, repousando sobre a tenda do cerebelo. ■ Lobo da ínsula: lobo profundo que fica ao fundo do sulco lateral, no encéfalo. Apresenta forma triangular com vértice inferoanterior, estando separado dos lobos vizinhos por sulcos pré-insulares. É portador de cinco giros curtos e longos. Faz parte do sistema límbico e coordena quaisquer emoções, além de ser responsável pelo paladar. Na região inferior do cérebro, existem duas importantes estruturas, o tálamo e o hipotálamo. No tálamo, ocorre a reorganização dos estímulos nervosos e a percepção sensorial que denota a consciência. O hipotálamo atua no controle do sistema autônomo, na regulação dos processos de sede e fome, no processo Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso6 de contração muscular liso e cardíaco, nos processos relacionados ao desejo sexual, na regulação dos estados de consciência e ritmos circadianos e na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios, além de agir no controle de vários hormônios da hipófise. � Cerebelo: localizado na fossa posterior do encéfalo, é o responsável pelo equilíbrio do corpo, pelo tônus e vigor muscular, pela orientação espacial e pela coordenação dos movimentos. O cerebelo é dividido em três porções: 1. Arqueocerebelo — Corresponde ao lobo flóculo nodular. É o centro de equilíbrio, e recebe informações dos núcleos vestibulares (feixe vestibulocerebral). 2. Paleocerebelo — Corresponde ao lobo anterior. É o centro de tratamento de informação proprioceptiva. Regula o tônus muscular e a postura. As vias aferentes são as da sensibilidade proprioceptiva (feixes espinho- -cerebelares posterior e anterior). 3. Neocerebelo — Lobo posterior, responsável pela coordenação de mo- vimentos finos. Apresenta-se em relação com o córtex cerebral através da via corticoponto-cerebelosa (aferente) e do feixe dentato-rubro- -talâmico-cortical (eferente). O cerebelo é constituído também pelas seguintes estruturas: os vérmis, do superior ao inferior (língua, lóbulo central, cúlmen, declive, folium, túber, pirâmide, úvula e nódulo) e as fissuras — fissuras após o vérmis língua, pré-central, pré-culminar, prima, pós-clival, horizontal, pré-piramidal, pós- -piramidal e posterolateral. O cerebelo apresenta os seguintes lobos: ■ Lobo flóculo-nodular ou vestibulocerebelo: envolvido com a manu- tenção do equilíbrio, importante para a manutenção do equilíbrio e postura. ■ Lobo anterior: esse lobo está mais relacionado com a postura, o tônus muscular e o controle da coordenação dos membros inferiores, principalmente, da marcha. ■ Lobo posterior ou neocerebelo: envolvido com a coordenação dos movimentos finos iniciados pelo córtex cerebral. 7Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso � Tronco encefálico: localizado entre a medula e o diencéfalo, situando- -se ventralmente ao cerebelo, conecta a medula espinal com as estru- turas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico possui estruturas que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dentro da substância branca do tronco encefálico, encontram-se mas- sas de substância cinzenta, denominadas núcleos, que exercem efeitos sobre a pressão sanguínea e a respiração. No tronco encefálico, entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, formando feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. Essa região é responsável pelo controle da respiração, dos batimentos cardí- acos e pela vasoconstrição dos vasos sanguíneos. O tronco encefálico divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo e, a seguir, estão descritas algumas de suas funções: ■ Mesencéfalo: responsável pela recepção e coordenação do grau de contração dos músculos e pela postura corporal. ■ Ponte: responsável pela manutenção da postura corporal, pelo equi- líbrio do corpo e pelo tônus muscular. ■ Bulbo: responsável pelo controle dos batimentos cardíacos, dos mo- vimentos respiratórios e da deglutição. ■ Medula espinal: cilindro esguio formado por tecido nervoso que vai do tronco cerebral até a primeira vértebra lombar (Figura 4), de onde partem 31 pares de nervos espinais. Tem como função transmitir informações sensoriais da periferia ao cérebro, re- transmitindo reações motoras do cérebro aos nervos. Também é responsável por atos reflexos, como o reflexo medular, em que ocorrem respostas rápidas em situações de emergência sem a interferência do encéfalo. Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso8 Figura 3. Encéfalo — divisões e estruturas. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 399). Giro pós-central LOBO PARIETAL LOBO OCCIPITAL Cerebelo Bulbo PonteLOBO TEMPORAL Ramos da artéria cerebral média emergido do sulco lateral Sulco lateral LOBO FRONTAL do hemisfério cerebral esquerdo Sulco central Giro pré-central Córtex motor primário (giro pré-central) Área de associação motora somática (córtex pré-motor) Afastador LOBO FRONTAL (afastadorpara expor o lobo insular) Córtex pré-frontal Córtex gustativo Lobo insular Sulco lateral Córtex olfatório LOBO TEMPORAL (afastadopara mostrar o córtex olfatório) Córtex auditivo Área de associação auditiva Córtex visual LOBO OCCIPITAL Área de associação visual Área de associação sensitiva somática LOBO PARIETALCórtex sensitivo primário (giro pós-central) Sulco central 9Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Figura 4. O cérebro, a medula espinal e os principais nervos espinais. Fonte: Adaptada de VectorMine/Shutterstock.com. Plexo braquial Nervo musculocutâneo Nervo radial Nervo subcostal Nervo mediano Nervo ílio-hipogástrico Nervo ulnar Nervo �bular comum Nervo �bular profundo Nervo �bular super�cial Cérebro Cerebelo Medula espinal Nervo intercostal Plexo lombar Plexo sacral Nervo femural Nervo pudendo Nervo ciático Nervo safeno Nervo tibial ■ Meninges: são três membranas de tecido conjuntivo que envolvem o sistema nervoso central. Recebem os nomes de dura-máter, aracnoide- -máter e pia-máter. Elas têm a função de fornecer proteção ao SNC (Figura 5). Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso10 Fi gu ra 5 . V is ta la te ra l d o en cé fa lo m os tr an do a o rg an iz aç ão d as m en in ge s. Fo nt e: M ar tin i, Ti m m on s e T al lit sc h (2 00 9, p . 3 92 ). 11Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso periférico O SNP é formado por nervos, gânglios nervosos e terminações nervosas. Essas terminações são responsáveis por captar informações sensoriais como dor, tato, frio, pressão, calor e paladar. Nervos — São cordões esbranquiçados formados por feixes de fibras nervosas oriundas de vários axônios de neurônios, reforçados por tecido conjuntivo que unem o SNC aos órgãos periféricos. Eles transmitem mensagens de várias partes do corpo para o SNC ou deste para as regiões corporais. São classifi- cados da seguinte maneira: � Quanto ao tipo de neurônio: ■ sensitivos ou aferentes, que contêm apenas neurônios sensitivos; ■ motores ou eferentes, que contêm apenas neurônios motores; ■ mistos, que contêm neurônios sensitivos e motores. � Quanto à posição anatômica: ■ nervos cranianos: são doze pares conectados ao encéfalo; ■ nervos espinais: são trinta e um pares conectados à medula espinal. Gânglios nervosos — São aglomerados de corpos celulares de neurônios encontrados fora do SNC. Estão localizados junto aos nervos, próximos da coluna vertebral. Possuem a função de estações de interligação entre neurônios e demais estruturas corporais. Terminações nervosas — Essas estruturas, localizadas ao final dos nervos, realizam a captação de estímulos sensitivos e motores do meio interno ou externo conduzindo-os para o SNC. O SNP é dividido da seguinte maneira: � Sistema nervoso voluntário ou somático: realiza ações conscientes, como andar, falar, pensar e movimentar membros. Ele é formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central para a musculatura estriada esquelética. � Sistema nervoso autônomo: realiza ações inconscientes e involuntárias, como a digestão e os batimentos cardíacos. É formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas. Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso12 Ele está dividido em dois sistemas: sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes estão presentes em pares e são aqueles que realizam conexões diretas com o encéfalo. Veja, no quadro a seguir, cada um dos seus pares e suas principais funções: Nervo Função I – Olfatório Sensitiva Percepção do olfato. II – Óptico Sensitiva Percepção visual. III – Oculomotor Motora Controle do movimento ocular, do esfíncter da íris e do músculo ciliar. IV – Troclear Motora Controle dos movimentos do olhos. V – Trigêmeo Mista Controle dos músculos faciais, mímica facial, (ramo motor); percepções sensoriais da face, dos seios da face e dos dentes (ramo sensitivo). VI – Abducente Motora Controle dos movimentos dos olhos. VII – Facial Sensitiva Controle dos músculos faciais, mímica facial (ramo motor); percepção gustativa do terço anterior da língua (ramo sensitivo). VIII – Vestibulococlear Mista Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular); percepção auditiva (ramo coclear). IX – Glossofaríngeo Mista Percepção gustativa do terço posterior da língua; percepções sensoriais da faringe, laringe e glote. X – Vago Mista Percepções sensoriais das orelhas, faringe, laringe, tórax, vísceras; inervações das vísceras torácicas e abdominais. XI – Acessório Motora Controle motor da faringe, da laringe, do palato, dos músculos esternocleidomastóideos e hióideos. XII – Hipoglosso Motora Controle dos músculos da língua. 13Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Sistema nervoso autônomo É conhecido também como vegetativo ou visceral, formado por nervos motores que conduzem os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura lisa dos órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas. Esse sistema controla a digestão, o sistema cardiovascular, além dos sistemas excretor e endócrino. O sistema nervoso autônomo é dividido em outros dois sistemas: sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. De uma maneira am- pliada, podemos dizer que esses dois sistemas realizam funções contrárias ou antagônicas, em que um atua corrigindo o excesso do outro, buscando um sistema de compensação e equilíbrio. Por exemplo: o sistema simpático acelera os batimentos cardíacos para além do normal, e o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. O SNP autônomo simpático estimula ações que exigem energia, possibilitando ao organismo responder a situações estressantes e de vigília. Assim, o sistema simpático realiza a aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da pressão arterial, o aumento glicêmico sanguíneo e a ativação do metabolismo geral do corpo. Em contrapartida, o SNP autônomo parassimpático tem a responsabilidade de estimular as atividades de relaxamento, como a diminuição do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras. Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas, geralmente, secretam diferentes hormônios. O hormônio secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurônios são chamados de colinérgicos. Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam, principalmente, noradrenalina e, por conta disso, a maioria deles é chamada de neurônios adrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligam o sistema nervoso central à glândula suprar- renal, promovendo aumento da secreção de adrenalina, hormônio que produz a resposta de luta ou fuga em situações de estresse. Os hormônios acetilcolina e noradrenalina são capazes de estimular alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagônica. Com isso, quando são estimulados, os centros simpá- ticos cerebrais excitam, ao mesmo tempo, a maioria dos nervos simpáticos, preparando o corpo para lutar ou fugir. Fora as excitações citadas, algumas condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema. Como exemplo temos: � Reflexos calóricos: o calor que age sobre a pele provoca um reflexo que percorre a medula espinal e retorna a ela, causando dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos. A vasodilatação superficial da pele também Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso14 pode ocorrer graças ao sangue aquecido que passa através do centro de controle térmico do hipotálamo. � Exercícios: o exercício físico estimula o metabolismo dos músculos causando um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares. Contudo, ao mesmo tempo, o sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo. A vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente pelos músculos, garantindo sua nutrição e oxigenação, enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em todas as regiões do corpo, exceto no coração e no cére- bro, garantindo maior suporte sanguíneo aos músculosque estão em atividade. Isso ocorre porque, nas junções neuromusculares, bem como nos gânglios do SNPA simpático e parassimpático, acontecem sinapses químicas entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Nesses dois casos exemplificados, o neurotransmissor é a acetilcolina. A acetilcolina atua nas dobras da membrana, aumentando a sua permeabilidade aos íons sódio, que passam para o interior da fibra, despolarizando essa área da membrana do músculo e promovendo a contração muscular. Quase imedia- tamente após a acetilcolina ter estimulado a fibra muscular, ela é destruída, o que permite a despolarização da membrana e, com isso, o relaxamento muscular, que não permite uma contração prolongada. Diferenças entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático: Sistema nervoso autônomo Simpático Parassimpático Fibra pré-ganglionar Curta Longa Fibra pós-ganglionar Longa Curta Origem dos nervos Região torácica e lombar da medula (somente nervos espinais) Região cervical (nervos cranianos) e região sacral da medula (nervos espinais) Mediador químico Fibras pré-ganglionares: acetilcolina. Fibras pós- ganglionares: adrenalina Fibras pré-ganglionares: acetilcolina. Fibras pós-ganglionares: acetilcolina 15Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Modificações fisiológicas no sistema nervoso O sistema nervoso, principalmente o SNC, é o sistema corporal mais com- prometido com o envelhecimento. Sua degeneração morfofisiológica causa modificações nas sensações, nos movimentos, na memória, nas relações hu- manas, além de afetar as funções fisiológicas autônomas. A degeneração do sistema nervoso é um processo normal que começa a acontecer a partir dos 30 anos de idade, causando diminuição do volume encefálico. Com isso, ocorrem alterações como redução do número de neurônios, redução da velocidade de condução nervosa, redução da intensidade dos reflexos, restrição das respostas motoras, do poder de reações e da capacidade de coordenações. Sabe-se que existe uma perda de 10 a 20% de massa no córtex cerebral entre os 30 e 90 anos de vida. Outras partes do cérebro, no mesmo período, podem ter um prejuízo de até 50%. Com isso, o processo de envelhecimento cerebral vai, gradativamente, diminuindo a atividade bioquímica, afetando diretamente a ação dos neurotransmissores. Além disso, ocorre decréscimo no número de neurônios, causando variados prejuízos, pois, em algumas regiões, pode haver uma mínima perda celular e, em outras, maiores perdas neuronais (FECHINE; TROMPIERI, 2012). Além de diminuir seu peso, tamanho e volume, o cérebro apresenta alarga- mentos dos sulcos, atrofia mais acentuada nos lobos frontal e parietais, além do aparecimento de placas senis. Com isso, seu envelhecimento causa falhas na memória e diminuição de velocidade no processamento de informações. Essas perdas podem ser compensadas com reservas intelectuais, com experiências acumuladas e com a manutenção das capacidades por meio de exercícios de raciocínio, linguagem e espaço corporal. Atividades que instigam a memória, a coordenação motora, bem como os exercícios físicos também são fundamentais para auxiliar o processo de envelhecimento cerebral. É preciso destacar que a perda da memória não se dá apenas por lesões estruturais, mas pode ocorrer graças a disfunções fisiológicas, e não por perda neuronal. Atualmente, a ciência já sabe que, apesar de não ser capaz de recuperar os neurônios perdidos, existem elementos que podem diminuir o impacto das alterações do envelhecimento como, por exemplo: � processo de redundância: há uma substituição de neurônios deteriorados por outros que não eram usados; � mecanismos compensadores: geralmente, ocorre em casos de lesões cerebrais, em que o cérebro utiliza outro local cerebral para reaprender a realizar a atividade perdida; Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso16 � processo de plasticidade: ocorre devido ao poder que os neurônios maduros com sua rede de dendritos têm de desenvolver e formar novas sinapses, possibilitando a formação de novos circuitos sinápticos. Com o passar dos anos, a idade avança e, com isso, é normal que ocorra o encurtamento do tempo de sono, acarretando certa mudança de humor e também uma queda das atividades motoras e intelectuais. No quesito memória, acontece um enfraquecimento para fatos recentes, mas isso tudo pode variar em cada indivíduo, além de estar relacionado com o estilo de vida. Alterações como tremores, tiques, afasia, tontura e astenia podem ocorrer fisiologicamente em idosos, mas é importante uma adequada investigação clínica para descartar qualquer patologia associada (MORAES; MORAES; LIMA, 2010). Entre as principais patologias, sinais e sintomas que podem confundir-se com o envelhecimento fisiológico, podemos citar: � crise convulsiva e/ou epilepsia; � distúrbios da gustação e do olfato; � acidente vascular encefálico; � demências; � doença de Alzheimer; � doença de Parkinson; � hematoma intracraniano ou subdural após traumas; � encefalites bacterianas, virais ou fúngicas; � tumores cerebrais, raros na terceira idade, mas podem ocorrer como metástase de câncer de outro órgão; � neuropatias ou neurites do sistema nervoso periférico comum em pa- cientes diabéticos ou alcoólicos; � neurite herpética, importante neuropatia causada pelo vírus herpes zoster; � polirradiculite, que causa a inflamação de vários nervos ao mesmo tempo; � tumores de coluna ou hérnias de disco, que podem comprimir inervações raquidianas; � dor ciática; � síndrome do túnel do carpo, devido à compressão de nervos do punho; � nevralgias, com destaque para a nevralgia do trigêmeo. Por fim, o envelhecimento é um processo fisiológico que acomete todos aqueles que experimentam a terceira idade. Cabe aos profissionais de saúde a 17Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso compreensão desse processo a fim de oferecer a devida avaliação, identificando o que realmente é normal e o que pode estar indicando algum sinal ou sintoma de alteração clínica do sistema nervoso. Para saber mais sobre o sistema nervoso, acesse o link ou código a seguir. https://goo.gl/7YMbKS A seguir, conheça algumas informações verdadeiras e outras falsas sobre a memória. O ato de ler é uma fonte de saúde mental e de estímulo cerebral — VERDADE Todos os casos de perda de memória e esquecimento são patológicos — FALSO Ter hábitos que envolvam os relacionamentos sociais é uma fonte de felicidade, prazer e boa saúde cerebral — VERDADE Não há nada que se possa fazer para melhorar e preservar a memória — FALSO Atividades físicas são excelentes para a melhora das funções cerebral e motora — VERDADE Idosos sempre apresentarão memória curta e ruim — FALSO FECHINE, B. R. A.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. InterSciencePlace, v. 1, n. 20, p. 108-194, 2012. MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso18 MORAES, E. N.; MORAES, F. L.; LIMA, S. P. P. Características biológicas e psicológicas do envelhecimento. Revista Médica de Minas Gerais, v. 20, n. 1, p. 67-73, jan./mar. 2010. Leituras recomendadas HANKIN, M. H.; MORSE, D. E.; BENNETT-CLARKE, C. A. Anatomia clínica: uma abordagem por estudos de casos. Porto Alegre: AMGH, 2015. JUBILUT, P. Sistema nervoso. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_ prsDDg_cJM>. Acesso em: 17 out. 2018. MALAGHINI, M. Fisiologia on-line. Disponível em: <http://www.oocities.org/~malaghini/ fisio.html>. Acesso em: 17 out. 2018. MIRANDA-VILELA, A. L. Anatomia e fisiologia humanas. c2018. Disponível em: <https:// afh.bio.br/>. Acesso em: 17 out. 2018. MONTANARI, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3. ed. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2016. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/livrodehisto. pdf>. Acesso em:17 out. 2018. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO, A. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. 19Aspectos anatomofuncionais do sistema nervoso Conteúdo: DICA DO PROFESSOR O sistema nervoso central (SNC) está localizado dentro do esqueleto axial, o qual é composto pela cavidade craniana e pelo canal da coluna vertebral. Já o sistema nervoso periférico (SNP) encontra-se localizado fora desse esqueleto. Confira, nesta Dica do Professor, os órgãos que formam o SNC e o SNP, assim como as suas devidas divisões. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Anatomicamente, o sistema nervoso humano é organizado e dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). Marque a alternativa que indica componentes apenas do SNC. A) Cérebro e nervos espinais. B) Encéfalo e terminações nervosas. C) Nervos cranianos e gânglios. D) Nervos espinais e cerebelo. E) Medula espinal e encéfalo. 2) O cérebro humano, além de ser dividido em dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), também é dividido em lobos (lobo frontal, temporal, parietal, occipital e lobo da ínsula). Marque a alternativa que contempla apenas as funções dos lobos cerebrais. A) Controle da respiração, armazenamento de memórias de curto prazo e interpretação das sensações visuais. B) Controle da temperatura corporal, do sentimento de afeto e da noção de tempo. C) Controle dos batimentos cardíacos e interpretação das sensações visuais. D) Controle do sentimento de afeto, da consciência temporal, armazenamento de memórias de curto prazo e interpretação das sensações visuais. E) Controle dos movimentos musculares voluntários e autônomos. 3) O encéfalo faz parte do SNC e é composto pelas seguintes áreas e regiões: A) cérebro, cerebelo e tronco encefálico. B) cerebelo e nervos espinais. C) cérebro, cerebelo e nervos cranianos. D) cerebelo e gânglios espinais. E) cérebro, terminações nervosas e ponte. 4) O SNP é dividido em voluntário ou somático e autônomo ou visceral. Ambos são constituídos por: A) via simpática, gânglios e nervos. B) via parassimpática, gânglios e nervos. C) nervos, gânglios nervosos e terminações nervosas. D) nervos e gânglios espinais e simpáticos. E) nervos cranianos e nervos raquianos. 5) Observe os três itens a seguir: I. parte do sistema nervoso estimulada; II. substância liberada; III. efeito sobre o ritmo cardíaco. Qual alternativa apresenta o que se dá com uma pessoa em situação de perigo ou estresse? A) Simpático, acetilcolina e aumento, respectivamente. B) Parassimpático, acetilcolina e diminuição, respectivamente. C) Simpático, adrenalina e aumento, respectivamente. D) Parassimpático, adrenalina e diminuição, respectivamente. E) Simpático, acetilcolina e aumento, respectivamente. NA PRÁTICA A demência senil apresenta declínio cognitivo ou modificações comportamentais, causando perda da independência para as atividades diárias. A doença de Alzheimer e a demência vascular são as principais formas de demência em idosos, correspondendo a cerca de 80% a 90% das causas. A identificação do declínio cognitivo visa a intervir precocemente em causas secundárias e reversíveis, bem como planejar o cuidado dos pacientes com demência. Na doença de Alzheimer, partes do cérebro sofrem degeneração e destroem as células nervosas, reduzindo a capacidade de resposta dos neurotransmissores químicos, os quais transmitem os sinais entre as células nervosas no cérebro. O nível de acetilcolina — um neurotransmissor que ajuda a memória, o aprendizado e a concentração — fica baixo. Essa doença ainda é responsável por causar as seguintes anomalias no desenvolvimento do tecido cerebral. — Depósitos de beta-amiloide: acumulação de beta-amiloide — uma proteína anormal e insolúvel —, pois as células não podem processar e removê-la. — Placas senis ou neuríticas: aglomerados de células nervosas mortas em torno de um núcleo de beta-amiloide. — Tranças neurofibrilares: fios trançados de proteínas insolúveis na célula nervosa. — Aumento dos níveis de tau: uma proteína anormal componente das tranças neurofibrilares e do beta-amiloide. Essas anomalias se desenvolvem em algum grau em todas as pessoas no processo fisiológico do envelhecimento, sendo mais numerosas em indivíduos com a doença de Alzheimer. Veja, na prática, um caso clínico sobre a doença de Alzheimer. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Envelhecimento do cérebro Veja o vídeo a seguir, o qual explica sobre o envelhecimento cerebral, a degeneração natural e os indícios de uma maior capacidade de pensamentos, assim como as diferenças entre o cérebro jovem e o cérebro maduro. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Demência A demência é caracterizada por declínio cognitivo ou modificações comportamentais (neuropsiquiátricas) em relação a um nível prévio de desempenho que causa perda da independência para as atividades de vida diária. Leia o seguinte artigo para saber mais sobre o assunto. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Fisiologia: sistema nervoso Acompanhe, no vídeo a seguir, uma aula sobre o sistema nervoso. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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