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neoroanatomia mód 2 - AVA curso psicologia

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NEUROANATOMIA
ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO
Crisdele Aparecida da Silva
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Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui todo o seu processo de formação e suaOrigem do sistema nervoso
capacidade de comandos em nosso organismo, como por exemplo os nossos movimentos voluntários e
involuntários. Veja também a classificação do sistema nervoso quanto aos critérios anatômicos, embriológicos,
funcionais e de segmentação.
Para facilitar o estudo, sintetizamos tais classificações quanto ao conceito, classificação, análise e eficiência do
sistema nervoso, bem como a sua importância. O objetivo desta unidade é estabelecer um aprendizado de
qualidade a partir de conceitos básicos e de suma importância na área da neuroanatomia.
Bons estudos!
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1 O início de tudo
O sistema nervoso é dividido em (SNC) e (SNP). Osistema nervoso central sistema nervoso periférico
Sistema nervoso autônomo inclui partes do SNC e partes do SNP.
O Sistema Nervoso é formado por um tecido composto por duas células: os neurônios (elementos
ativos de condução nervosa) e as neuroglias (elementos de suporte estrutural, entre outras funções).
Assim, para realizar qualquer tarefa precisamos dessas células. As mensagens são enviadas através
de impulsos nervosos que trafegam através do axônio (a fibra do neurônio) e são passadas a outros
neurônios em junções especializadas conhecidas como sinapse (ponto de encontro entre dois
neurônios). (FRANCO, 2005, p. 34).
Quando falamos do sistema nervoso central, referimos em sua composição o encéfalo e medula espinhal. Para
Franco (2005, p. 34), no SNC, existem as chamadas e : “[...] Asubstâncias brancas substâncias cinzentas
substância cinzenta é formada por corpos celulares e prolongamentos de neurônios, já a substância branca é
formada por fibras nervosas mielinizadas”.
Por outro lado, quando se fala em sistema nervoso periférico, incluímos os neurônios fora do SNC, nervos
cranianos (trinta e um pares) e nervos espinhais (doze pares). O tem comosistema nervoso autônomo
componente os neurônios que irrigam os músculos lisos, cardíaco, epitélio glandular e as combinações dos
tecidos.
O SNC se origina a partir de células posicionadas como folhetos com o nome de ectoderma. A partir da terceira
semana da gestação é que esse processo se inicia e irá auxiliar na formação dos órgãos nas próximas semanas. O
sistema cardiovascular sai na frente, sendo o primeiro a entrar em funcionamento. Os batimentos cardíacos
podem ser escutados logo nas primeiras semanas do embrião. “Acredita-se que o tecido nervoso tenha surgido
há cerca de 550 a 600 milhões de anos, com os primeiros organismos vivos”. (VALLE, 2015, p. 10).
O ectoderma está localizado na parte mais externa do que vai formar o embrião e fica distribuído em folhetos. No
meio do folheto, encontramos a camada mesoderma, e em sua parte interna, temos o endoderma. Na próxima
etapa, temos o espessamento do ectoderma, em que a notocorda tem sua participação até que se forme a placa
neural.
A notocorda é um cordão com eixo craniocaudal, situado na região posterior do embrião,
responsável pelo desenvolvimento da coluna vertebral. No adulto, os discos intervertebrais e outras
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estruturas, como a sincondrose esfeno-occipital do clivo, são resquícios da noto corda. No embrião, a
notocorda tem função indutora na formação de um espessamento do ectoderma, chamado placa
neural. (MENESES, 2015, p. 44).
A partir da placa neural, irá se formar um sulco neural (processo de aprofundamento conhecido por
invaginação) e, por consequência, a chamada goteira neural e cristas neurais. Por fim, o estágio se completa com
a formação e o fechamento do tubo neural, em que todo o sistema nervoso central será originado. Esse processo
é chamado de . “O início do fechamento do tubo neural ocorre ao nível da futura medula espinalneurulação
cervical e progride nos sentidos cranial e caudal.” (MENESES, 2015, p. 27). Após formado, o tubo neural será
protegido por cavidades ósseas das vértebras e neurocrânio.
Figura 1 - Desenvolvimento do sistema nervoso
Fonte: Systemoff, shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco temos a demonstração do processo de formação do tubo neural e
suas três dilatações iniciais que são o prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.
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1.1 Crista neural
O surgimento da tem sua formação na placa neural e do tecido ectodérmico não neural. “À medidacrista neural
que as pregas neurais se fundem para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas situadas ao
longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas.”
(MOORE ., 2008, p. 96)et al
Na sequência, a crista neural se desenvolve, se dividindo em parte no lado direito e parte no lado esquerdo do
tubo neural, formando as estruturas do sistema nervoso periférico. A crista neural participa da formação dos
nervos espinais e cranianos e, também, dos gânglios espinais e gânglios do sistema nervoso autônomo.
Além de formar as células ganglionares, as células da crista neural formam as bainhas de neurilema
dos nervos periféricos e contribuem para a formação das leptomeninges, a aracnoide-máter e a pia-
máter. As células da crista neural também contribuem para a formação das células pigmentares, da
medula da glândula suprarrenal e muitos outros tecidos e órgãos. (MOORE ., 2008, p. 96).et al
1.2 Desenvolvimento dos somitos
Os surgem primeiro no local em que se formará a região occipital. Eles serão responsáveis pelasomitos
formação de estruturas somáticas no corpo, abrangendo a derme e epiderme (dérmato), músculos esqueléticos
(miótomo), ossos e os tecidos conjuntivos (esclerótomo). No final da terceira semana, o mesoderma se divide em
cuboides pareados e somitos, dando uma formação craniocaudal. “Cada somito recebe um nervo correspondente
da medula espinal ou do tronco cerebral. O nervo espinal originário do nervo do somito fará toda a inervação
aferente e eferente do dermátomo, miótomo e esclerótomo do somito correspondente” (MENESES, 2015, p. 64).
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1.3 Dilatações do tubo neural
A continuidade da formação do tubo neural se constitui em dilatações conhecidas como vesícula encefálica
primitiva ( ). Estas são chamadas de , e , constituindo asarquencéfalo prosencéfalo mesencéfalo rombencéfalo
partes superior, central e inferior. A parte central tem o seu fechamento antes dos demais. “O embrião está agora
levemente curvado em função das pregas cefálica e caudal.” (MOORE ., 2008, p. 114).et al
A parte superior, chamada neuróporo rostral, dará origem aos elementos do encéfalo – telencéfalo e diencéfalo –,
fechando no segundo momento. A parte inferior, chamada , dará origem aos elementos daneuróporo caudal
medula espinhal, que se fecha por último ao final da quarta semana.
Figura 2 - Diferenciação do tubo neural
Fonte: Vasilisa Tsoy, shutterstock, 2020.
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#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco, temos a demonstração e localização do neuróporo rostral e do
neuróporo caudal. Pode-se identificar também as dilatações primárias denominadas prosencéfalo, mesencéfalo e
rombencéfalo.
Os desdobramentos do tubo neural terão funções e aplicabilidades em diferentes áreas do corpo humano. O 
 se desenvolverá junto à formação dos hemisférios cerebrais direito, esquerdo e núcleos da base. O telencéfalo
 será responsável pelo tálamo e hipotálamo. O e o vão desenvolver adiencéfalo metencéfalo mielencéfalo
ponte, o cerebelo e o bulbo. E o terá uma única dilatação durante todo o processo, desenvolvendo omesencéfalo
aqueduto, que faz ligação entre o terceiro e o quarto ventrículo, correspondendo ao diencéfalo.
Cronologicamente, esse processo ocorre na quinta semana gestacional.
Figura 3 - Dilatações do tubo neural
Fonte: FRANCO, 2005, p. 27. (Adaptado)
#PraCegoVer: Esquema das ramificações do tubo neural.
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O fluxograma anterior demonstra o processo de dilatação das vesículas primárias e seu desdobramento para as
vesículas secundárias.Esse é o desenvolvimento do encéfalo. Ainda entre a terceira e quinta semana da gestação,
ocorrerão modificações embriológicas importantes, chamadas ou .flexuras curvaturas
Esses desdobramentos do tubo neural tomam proporções de crescimento diferentes um do outro. Podemos
chamar de a que está entre o mesencéfalo e prosencéfalo, e a que se localizaflexura cefálica flexura cervical
entre a medula primitiva e o arquencéfalo. Esse tipo de flexura proporcionará uma flexura ventral da cabeça do
embrião e o seu pescoço. Por último, temos a , que ocorre em direção contrária às demaisflexura pontina
flexuras e está situada no metencéfalo, com a cavidade ventral. De acordo com Meneses (2015, p. 48), no
encéfalo adulto permanecem somente leves curvas nas junções medulo-mielencefálica e mesencéfalo-
diencefálica.
Assista aí
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/022acad159fadab5abe125412157f48c
Fique de olho
A má formação no tubo neural que pode ocorrer durante o processo de desenvolvimento, e
quando não há falhas durante seu fechamento, pode acontecer aproximadamente na segunda
semana de gravidez. Tem seu acometimento justificado pelos fatores ambientais, herança
congênita e a carência de ácido fólico (vitamina B9) – encontrado em alimentos como folhas
verdes, leguminosas, frutas cítricas, medicamentos específicos, entre outros. As doenças
provenientes dessa falha no fechamento do tubo neural são conhecidas como espinha bífida
(fechamento da coluna não concluído), anencefalia (ausência completa ou parcial do crânio) e
Encefalocele (germinação do cérebro causado por aberturas no crânio). Para minimizar este
quadro, recomenda-se que as mulheres iniciem a ingestão do ácido fólico meses antes da
gravidez se concretizar.
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2 Classificações do sistema nervoso
Do ponto de vista morfológico e funcional, o sistema nervoso está totalmente interligado. Porém, didaticamente,
a divisão em partes facilita o estudo do todo. Assim, iniciaremos este capítulo separando e classificando o
sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. Novamente, é importante lembrar que essa divisão é
meramente didática, pois nervos e raízes nervosas fazem conexão com o sistema nervoso, crânio e canal
vertebral. Para facilitar ainda mais, distinguiremos os seguintes pontos de vista: anatômico, embriológico,
funcional, visceral e segmentar.
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2.1 Anatômico
Para discursar sobre o sistema nervoso do ponto de vista anatômico, é necessário primeiramente localizar o
sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. O SNC se localiza dentro do esqueleto axial, que são as
cavidades cranianas e o canal vertebral. Já o SNP se localiza fora do esqueleto. O encéfalo também se encontra
dentro do crânio neural. No encéfalo, temos o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. Neste último, temos o
mesencéfalo, localizado no crânio; o bulbo, localizado na calda, e a ponte que separa o mesencéfalo e o bulbo.
Figura 4 - Anatomia do cérebro humano
Fonte: Shopplaywood, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco temos a demonstração anatômica do cérebro em três posições.
Medula
A medula se localiza dentro do canal vertebral. Juntos, formam o neuro-eixo.
Nervos
Os nervos se classificam como “cordões esbranquiçados que unem o sistema nervoso central aos órgãos
periféricos” (MACHADO, 2003, p. 12). Se a união for feita com o encéfalo, origina os chamados nervos cranianos;
se for feita com a medula, origina os nervos espinhais.
Dilatações
Nos nervos e raízes nervosos são chamadas de gânglios.
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Gânglios
São classificados em sensitivos e em motores viscerais.
Terminações
As terminações nervosas que se localizam na extremidade das fibras e se classificam em sensitivas ou aferentes e
em motoras ou eferentes.
Veja a seguir o quadro explicativo:
Figura 5 - Sistema nervoso
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer: Quadro com a diferenciação do sistema nervoso central e periférico.
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2.2 Embriológico
As partes do sistema nervoso central recebem o nome da vesícula primordial de sua origem.
Figura 6 - Desenvolvimento fetal do cérebro humano
Fonte: Sciencepics, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo preto com alguns pontos brancos, apresenta a demonstração do
desenvolvimento do cérebro de um feto e suas dilatações.
Na classificação do sistema nervoso pelo ponto de vista embriológico, utilizam-se as expressões telencéfalo,
diencéfalo e mesencéfalo, explicados no primeiro tópico desta unidade.
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2.3 Funcional
O sistema nervoso do ponto de vista funcional pode ser classificado como ou somático sistema da vida
, ou seja, o organismo se relaciona com o meio ambiente. Ele pode ser aferente ou eferente.relacional
• Aferente
Tem o papel de conduzir impulsos nervosos dos receptores periféricos aos centros, informando assim o 
que ocorre no meio ambiente.
• Eferente
Pertencente ao sistema visceral ou sistema da vida vegetativa, tem o papel de conduzir até os músculos 
estriados esqueléticos as ordens dos centros nervosos, formando os movimentos voluntários.
•
•
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2.4 Visceral
É a integração das vísceras com o fim de manter o equilíbrio do meio ambiente. No sistema visceral, temos outra
classificação que distingue as seguintes partes:
Aferente
Conduz impulsos nervosos de origem nos receptores das vísceras, também chamados de visceroceptores, para
áreas específicas do sistema nervoso.
Eferente
Também chamada de sistema nervoso autônomo, é dividida em simpático e parassimpático. A condução é feita
dos impulsos originados em certos centros nervosos até as vísceras.
Figura 7 - Controle voluntário dos movimentos do corpo
Fonte: Stihii, Shutterstock, 2020.
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Fonte: Stihii, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem apresenta um fundo branco com algumas formas quadradas que representam o
controle voluntário dos movimentos do corpo através dos músculos esqueléticos, nervos aferentes e eferentes.
Convém lembrar que os componentes somáticos e viscerais do sistema nervoso e suas subdivisões
aferentes e eferentes estão intimamente relacionadas. Por outro lado, é, às vezes, difícil classificar
certas áreas, especialmente do córtex cerebral, de acordo com estas subdivisões. Apesar disto, a
divisão funcional do sistema nervoso tem grande valor didático. (MACHADO, 2003, p. 13).
A título de conhecimento, as principais vias aferentes são formadas pelos chamados quimiorreceptores,
barorreceptores, osmorreceptores e receptores da dor. As principais vias eferentes são formadas pelo sistema
nervoso autônomo e via humoral ou hipófise, e as estruturas centrais são formadas pelo córtex frontal, área
olfativa, sistema límbico, hipocampo e núcleo do trato solitário. Esse é o sistema visceral, responsável pelo
controle homeostático do corpo.
É importante, ainda, conhecermos o papel do . Este, inicialmente ésistema nervoso visceral aferente
inconsciente, tornando-se em algum momento consciente, por exemplo, através da dor.
Os visceroceptores situados no seio carotídeo são sensíveis às variações da pressão arterial e os do
glomo carotídeo, às variações na taxa de O2 do sangue. Impulsos neles originados são levados ao
sistema nervoso central pelo nervo glossofaríngeo. Contudo, muitos impulsos viscerais tornam-se
conscientes manifestando-se sob a forma de sensações de sede, fome, plenitude gástrica ou dor.
(MACHADO, 2003, p. 130).
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2.5 Segmentar
Todo o sistema nervoso periférico e partes do sistema nervoso central, medula espinhal e o tronco encefálico
pertencem ao sistema nervoso segmentar, ou seja, a conexão com os nervos. Podemos chamar também de
metameria. Temos ainda o sistema suprassegmentar a que pertencem o cérebro e o cerebelo.O sistema nervoso segmentar surgiu na evolução antes do suprassegmentar e, funcionalmente, pode-
se dizer que lhe é subordinado. Assim, de um modo geral, as comunicações entre o sistema nervoso
suprassegmentar e os órgãos periféricos, receptores e efetuadores, se fazem através do sistema
nervoso segmentar. (MACHADO, 2003, p. 14).
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3 Sistema nervoso autônomo
Quando se fala em sistema nervoso autônomo, é importante pensar em fisiologia, morfologia e farmacologia,
bem como sua divisão em sistema simpático e parassimpático. Estes são hormônios produzidos pela glândula
hipófise e dão respostas por meio de mecanismos humorais. O sistema simpático tem a função de preparar o
organismo para situações inesperadas ou de estresse, o neurotransmissor envolvido na atividade sináptica é a
noradrenalina. Já o parassimpático tem o papel de controlar funções vitais quando o corpo está em repouso, e o
neurotransmissor responsável pela atividade sináptica é a acetilcolina.
Como exemplo, podemos imaginar uma pessoa que, ao andar calmamente pela rua, encontra subitamente outra
pessoa por quem fora apaixonada e da qual nunca se esqueceu. Seus estímulos sensoriais, como a visão, são
decifrados pelo córtex cerebral correspondente, resultando em uma interpretação emocional. Assim, o SNC
aciona, através do tronco do encéfalo e pela medula espinal, o que ativa os neurônios pré-ganglionares do
sistema nervoso simpático, acionando os órgãos-alvo. A glicose é liberada em maior quantidade na corrente
sanguínea; os vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos se dilatam, gerando palidez; o sistema digestório
pode ser acionado nesse momento também; as pupilas se dilatam e ainda pode ocorrer sudorese fria e
taquicardia.
Sobre o sistema nervoso autônomo, é importante destacar que ele tem dois neurônios: um na medula espinal (ou
tronco encefálico) denominado , que faz sinapses com o segundo neurônio, chamado pré-ganglionar pós-
.ganglionar
No sistema parassimpático, o axônio pré-ganglionar é longo e o axônio pós-ganglionar é curto. Já na divisão
simpática, a característica do axônio pré-ganglionar é curta, e o pós-ganglionar é longo.
Os dois sistemas são ativados de acordo com a necessidade de cada órgão, atuando de forma
simultânea e interdependente. Em determinadas situações, entretanto, pode ocorrer uma ativação
exuberante do sistema nervoso simpático isoladamente, com o aumento inclusive da noradrenalina
circulante devido à ativação da glândula suprarrenal (medular), o que se denomina descarga
simpática. Essa reação autonômica ocorre em situações de alarme (a chamada síndrome de
emergência de Cannon), na qual há necessidade de uma reação imediata do indivíduo – lutar ou
fugir. (COELHO NETO; MILANO, 2015, p. 178).
É necessário, ainda, falarmos das divisões simpática e parassimpática. Na divisão simpática, temos o tronco
 e o com suas subdivisões. Para entender tal divisão, é importante destacar que ocervical tronco toracolombar
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sistema simpático se origina na coluna lateral toracolombar da medula espinal. Os axônios dessas fibras
deslocam-se até o tronco simpático, que compõe toda a extensão da coluna vertebral e se forma por um par de
gânglios (um de cada lado da coluna, interligados por fibras interganglionares).
Na divisão parassimpática, o neurônio pré-ganglionar se localiza na porção craniossacral. Já o neurônio pós-
ganglionar se localiza próximo ou dentro do órgão efetor. O componente craniano é formado pelo tronco do
encéfalo, onde se originam os axônios dos nervos cranianos com componente eferente visceral. São
denominados nervo oculomotor, nervo facial, nervo glossofaríngeo e nervo vago.
Na divisão simpática, temos o tronco cervical, o gânglio cervical superior, o gânglio cervical médio, o gânglio
cervical inferior, o tronco toracolombar (nervo esplâncnico torácico maior, nervo esplâncnico torácico menor e o
nervo esplâncnico imo) e o tronco sacrococcígeo.
Assista aí
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/36ad903ad599a487859a03c19859da48
É importante ressaltar as estruturas do SNC que atuam sobre o sistema nervoso autônomo, são elas: o sistema
límbico, a área pré-frontal, o hipotálamo, o tronco encefálico e a medula espinal. O hipotálamo exerce a função
principal de controlar o sistema nervoso visceral, e esse controle é exercido através do sistema nervoso
autônomo. A parte anterior do hipotálamo controla a eferência parassimpática, e a posterior e lateral controla a
eferência simpática.
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Figura 8 - Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático
Fonte: Medicalstocks, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco, temos a demonstração do sistema nervoso simpático à direita e do
sistema nervoso parassimpático à esquerda.
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3.1 Implicações clínicas
Algumas doenças podem afetar o sistema nervoso autônomo, e as causas podem ser metabólicas, degenerativas,
neoplásicas, traumáticas, infecciosas e inflamatórias. Temos como exemplo a , a neuropatia diabética epilepsia
e as . Essas doenças podem afetar aferências e eferências. As primeiras se referem adesordens hipotalâmicas
lesões hipotalâmicas ou de receptores periféricos, e as eferências se referem a lesões bulbo-pontinas nucleares
ou de nervos e plexos autonômicos.
Existem classificações farmacológicas (ou seja, com a ação de drogas) entre o sistema nervoso simpático e o
parassimpático. Conforme explicitado anteriormente, o sistema nervoso simpático prepara o organismo para
situações inesperadas ou de estresse; o neurotransmissor envolvido nessa atividade sináptica é a noradrenalina.
O sistema nervoso parassimpático tem o papel de controlar as funções vitais do corpo em repouso.
Por fim, as drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas de , esimpaticomiméticas
as que imitam a ação do sistema nervoso parassimpático são chamadas de . Isso separassimpaticomiméticas
deve à descoberta dos neurotransmissores acetilcolina e noradrenalina.
Assista aí
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/7e8844f2038b2b90f0b0f6cdcf3271ed
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender o surgimento e a importância do Sistema Nervoso Central.
• compreender o papel da crista neural para o sistema nervoso periférico.
• aprender a importância do desenvolvimento dos somitos.
Fique de olho
Antigamente, a adrenalina era considerada o principal neurotransmissor, mas hoje a principal
é a noradrenalina. Embora tenham ações semelhantes, são neurotransmissores diferentes.
•
•
•
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• aprender a importância do desenvolvimento dos somitos.
• visualizar as mudanças e dilatações do tubo neural.
• classificar o sistema nervoso por partes.
• conhecer o sistema nervoso pelos pontos de vista anatômico, embriológico, funcional e segmentar.
• distinguir os processos do sistema nervoso autônomo e suas implicações.
Referências
COELHO NETO, M.; MILANO, J. B. Sistema Nervoso Autônomo. In: MENESES, M. S. . RioNeuroanatomia Aplicada
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, p. 169-179.
FRANCO, N. M. S. : noções básicas. Rio deDescomplicando as práticas de laboratório de neuroanatomia
Janeiro: N. M. S. Franco, 2005.
MACHADO, A. . São Paulo: Atheneu, 2003.Neuroanatomia Funcional
MENESES, M. S. . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.Neuroanatomia Aplicada
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. . Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.Embriologia Clínica
VALLE, P. H. C. . Londrina: DistribuidoraCiênciasmorfofuncionais do sistema nervoso e cardiorrespiratório
Educacional S.A., 2015.
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	Olá!
	1 O início de tudo
	1.1 Crista neural
	1.2 Desenvolvimento dos somitos
	1.3 Dilatações do tubo neural
	Assista aí
	2 Classificações do sistema nervoso
	2.1 Anatômico
	2.2 Embriológico
	2.3 Funcional
	Aferente
	Eferente
	2.4 Visceral
	2.5 Segmentar
	3 Sistema nervoso autônomo
	Assista aí
	3.1 Implicações clínicas
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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