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Drenagem Urbana Diretrizes: Para elaboração de Projeto de um Sistema Coletor de Águas Pluviais. 1 – Elementos para o Projeto 1.1 – Dados e Característica da Comunidade Coleta de informações e dados necessários ao planejamento urbano e do projeto, tais como: Localização, acesso, clima, regime de chuvas, medidas pluviométricas e fluviométricas disponíveis, máxima enchente, situação econômica-financeira da comunidade, energia elétrica, população, comunicações, topografia, características urbanas tendo em vista as tendências de ocupação demográfica, facilidades e recursos disponíveis etc. 1.2 – Serviços Topográficos Levantamento topográfico plani-altimétrico de área em estudo com curvas de nível de metro e cotas de todos os cruzamentos dos eixos das ruas e mudanças de greide. 1.3 – Urbanização Elementos relativos à urbanização, com indicação das áreas reservadas a comércio, residências, industrias, porcentagem de ocupação dos lotes e áreas reservadas à recreação. Indicação de ocupação e recobrimento do solo das áreas não urbanizadas, mas pertencentes à mesma bacia. 1.4 – Cursos de Água Receptores Condições dos cursos de água que irão receber os lançamentos finais, principalmente com indicações de seus níveis máximos. 1.5 – Estudos das Bacias de Contribuição O estudos das bacias de contribuição, deve constar de: marcação dos divisores de águas das diversas bacias, impermeabilização das áreas adotando coeficientes apropriados a cada uma delas, tendo-se em conta as condições atuais e as previsões de desenvolvimento futuro da cidade. 1.6 – Traçado de Rede de Galerias Para cada bacia deve ser traçada, em planta, a rede de galerias, consoante o escoamento superficial. Os trechos em que o escoamento se dê apenas nas sarjetas devem ficar identificados por meio de setas. O sistema coletor em uma determinada via poderá constar de uma rede única, recebendo ligações de bocas-de-lobo de ambos os passeios; As bocas de lobo devem ser localizadas de maneira a não permitir que o escoamento superficial fique indefinido, com a criação de zonas mortas. Os poços de visita devem ter como afastamento máximo a distância máxima de 100m. Deve ser evitado que em um mesmo poço de visita cheguem mais de quatro tubulações de ligação. Para tanto serão utilizadas caixas de ligação. A localização das galerias deve evitar interferências com a rede de esgotos, água, gás e telefone projetadas, sendo indicadas as respectivas posições dessas tubulações em planta e perfil. A solução mais adequada em cada rua é estabelecida economicamente em função da sua largura e condições de pavimentação. 1.7 - Bocas de lobo A locação das bocas de lobo deve considerar as seguintes recomendações: Devem ser localizadas de maneira a não permitir que o escoamento superficial fique indefinido, com a criação de zonas mortas. Serão locadas em ambos os lados da rua quando a saturação da sarjeta assim o exigir ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento; Serão locadas nos pontos baixos das quadras; A melhor solução para a instalação de bocas-de-lobo é que esta seja feita em pontos a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos pedestres, junto às esquinas; Não é aconselhável a sua localização junto ao vértice do ângulo de interseção das sarjetas de duas ruas convergentes pelos seguintes motivos: (i) os pedestres, para cruzarem uma rua, teriam que saltar a torrente num trecho de máxima vazão superficial, (ii) as torrentes convergentes pelas diferentes sarjetas teriam como resultante um escoamento de velocidade contrária ao da afluência para o interior da boca-de-lobo. 1.8 – Cálculos das Vazões O cálculo das vazões deve ser feito pelo método racional. Na intensidade das chuvas críticas devem ser usadas expressões relacionando intensidade com duração e freqüência, determinadas para a região. Caso a região não disponha destes estudos permite-se a utilização de dados de outras que tenham características semelhantes. O tempo de concentração, na falta de dados para a fixação de seu valor, pode ser adotado de 15 minutos. Deverá ser utilizada como precipitação máxima, aquela que ocorreu no período de recorrência de 10 anos. 1.9 – Dimensionamento das Galerias As galerias serão dimensionadas de forma que a altura da lâmina de água não ultrapasse a 90% de seu diâmetro. O diâmetro mínimo das galerias de seção circular deve ser de 0,40 m. Os diâmetros correntes são: 0,40; 0,50; 0,60; 0,80; 1,00; 1,20; 1,50 m. O diâmetro do tubo de ligação deve ser de 0,30m. Para emprego de tubulações sem estrutura especial, o recobrimento mínimo será de 1,00 m. Os limites de velocidade para as condições de vazão serão de 0,75 m/s limite inferior e 5,00m/s limite superior. Quando se manifestar aumento de diâmetro de um trecho para outro, no poço de visita correspondente, a geratriz do maior deve ser rebaixada de uma altura igual à diferença entre os diâmetros dos dois tubos. A denomição das galerias deve obedecer ao seguinte critério: a galeria principal de uma bacia será sempre a A, cada trecho receberá um número adicional que vai aumentando no sentido de montante para jusante sendo 1 o número do trecho inicial. As galerias que contribuírem para a principal serão numeradas a medida que nela chegam, no sentido de montante para jusante. No caso de dois coletores chegarem a um mesmo poço, a numeração será a mesma do poço, acrescida com a letra E (esquerda) e D (direita). A declividade mínima dos tubos de ligação de 1%. A numeração dos poços de visita será de montante para jusante. 2 – Partes Constitutivas do Projeto O projeto do sistema coletor de águas pluviais da cidade será constituído de: 2.1 – Memorial Descritivo e Justificativo Deverá ser representado pelo projetista todos os dados e elementos adotados e utilizados, com a devida justificativa. Dentre as alternativas estudas deverá ser indicada a melhor solução a adotar, justificando-a. 2.2 – Especificações de Material e Equipamentos Deverá ser feita a relação e a especificação dos materiais e equipamentos empregados na construção do sistema. 2.3 – Estimativa de Custo Deverá ser preparada a estimativa de custo das obras projetadas, incluindo a relação dos materiais e equipamentos necessários à implantação do sistema. 3 – Apresentação do Projeto 3.1 – As plantas serão apresentadas na escala 1:2000, no formato A-2 da Norma Brasileira de Desenho Técnico, acompanhadas de 2 (duas) cópias, sendo uma digital, contendo além dos elementos mencionados nos itens anteriores, os seguintes itens: a. Divisão de bacias; * b. Divisão das zonas de diferentes impermeabilidades; * c. Indicação do escoamento superficial; * d. Traçado das galerias, poços de visita, bocas de lobo, caixas de ligação e lançamentos; e. Indicação em cada trecho de galeria, do seu comprimento, diâmetro, declividade e profundidade, a montante e jusante; f. Cotas do tampão e do fundo dos poços de visita; g. Delimitação de área de contribuição de cada poço de visita; * h. Indicação do perfil das galerias, com as cotas do terreno e das canalizações junto a cada poço de visita, declividade. A escala em perfil será: 1:2000 (horizontal) e 1:200 (vertical). Deve ser apresentada ainda na escala 1:5000 uma planta de conjunto, com os limites da bacia a esgotar e a disposição global do sistema. * Nota: Os elementos, em planta, previstos neste item poderão ser lançados em original distintos, em duas vias. *Neste caso, a 1ª via deve conter os elementos relativos ao estudo das bacias de contribuição e mais o traçado da rede de galerias. A 2ª via do original deve conter apenas o traçado das galerias, bocas de lobo, poços de visitas e todas indicações relativas a cotas, seçõestransversais, comprimentos e declividades. 3.2 – Devem ser apresentados em escala adequada, desenho detalhado dos órgãos constitutivos, tais como: poços de visita, bocas de lobo, seções especiais de galerias, guias, sarjetas, caixas de passagem, comportas quando utilizadas e no caso de lançamento em canal apresentar seção do canal do seu fundo, nível de água e cotas do lançamento. 3.3 – O memorial do projeto deverá ser apresentado em boa impressão gráfica, no formato A-4 da Norma acima referida. 3.4 – Devem ser apresentadas as planilhas relativas ao cálculo hidráulico das galerias.
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