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ESTU031-17 Recuperação de áreas degradadas Restauração ecológica: Estratégias para recuperação de áreas degradadas, cadeia da restauração e monitoramento da restauração Leandro Reverberi Tambosi- l.tambosi@ufabc.edu.br Débora Rother – deborarother@gmail.com mailto:l.tambosi@ufabc.edu.br mailto:deborarother@gmail.com Conteúdo da aula 1) Métodos de restauração Restauração passiva, técnicas de restauração ativa (plantio total, plantio de enriquecimento, condução da regeneração natural, nucleação, semeadura direta, serapilheira alóctone, transplante de mudas, top soil); 2) Redes de coletores de sementes, produção de sementes em larga escala, produção em viveiros, capacitação de mão de obra para diferentes etapas da cadeia de restauração. 3) Monitoramento da restauração Indicadores, protocolos de monitoramento 1 e 2 baseados na aula preparada pela Dra. Débora Rother 25 artigos mais influentes da Restoration Ecology https://onlinelibrary.wiley.com/doi/toc/10.1111/(ISSN)1526-100X.2525thAnniversaryVI Abordagem conceitual Restauração e mudança climática Genética Teoria ecológica – comunidades Espécies exóticas Avaliação da restauração Restauração de rios Barreiras para dispersão e estabelecimento Florestas secas Reintrodução Sequestro de carbono Sistema de referência Áreas alagadas Aspectos sócioeconômicos Priorização de áreas para restauração Restauração para aves em áreas urbanas Métodos de restauração É uma mistura complexa de Ações de Restauração e dos Processos Naturais (Sucessão Ecológica) PROCESSO DE RESTAURAÇÃO Processo de Sucessão Ecológica Métodos de Restauração (Ações intencionais) Tempo É uma mistura complexa de Ações de Restauração e dos Processos Naturais (Sucessão Ecológica) PROCESSO DE RESTAURAÇÃO Processo de Sucessão Ecológica Métodos de Restauração (Ações intencionais) Tempo Métodos de Restauração Florestal Como fazer a restauração? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? SEMENTES NO SOLO (Banco de sementes) REBROTA de TRONCO ou RAÍZES DISPERSÃO Regeneração Natural (Plantas jovens já presentes na área) SEMEADURA DIRETA PLANTIO de MUDAS Formas de se obter espécies vegetais em um projeto de restauração Potencial de dispersão das comunidades do entorno para a área degradada Potencial de recuperação da comunidade na área degradada Capacidade de sustentação da área degradada Métodos de Restauração Florestal Escolha dos métodos - Levantamento de informações Informações sobre o Meio Físico: Formação geológica, tipo de solo, profundidade e permeabilidade do solo, características físicas e químicas do solo, bacia hidrográfica, clima, relevo, umidade do solo e outras informações relacionadas como altura do lençol freático, encharcamento, inundações periódicas, etc. Informações Biológicas: Bioma em que a área está inserida, tipo de formação florestal original (para o caso de ecossistemas florestais), levantamento de espécies de ocorrência regional, classificação das espécies em grupos ecológicos, etc. Outras Informações: Histórico da área; possibilidade de mecanização; área total do projeto; tempo de execução; disponibilidade de recursos; disponibilidade de pessoal; possibilidade de uso de agroquímicos; mudas em saquinho ou tubete, etc. Cerradão Savana Florestada Mata Seca Floresta Estacional Decidual Mata de Brejo Floresta Paludícula Mata de Planalto Floresta Estacional Semidecidual Tipos de Vegetação Área Degradada DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE VEGETAÇÃO, LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DOS FRAGMENTOS REMANESCENTES, LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS E GERAÇÃO DE UMA LISTA DE ESPÉCIES PARA USO NO PROJETO Levantamentos florísticos dos remanescentes Algumas perguntas podem ajudar a tornar o problema mais claro: Qual é a limitação à regeneração da área? Qual é o fator de degradação? Existe banco de plântulas? Existe banco de sementes? Existe chuva de sementes? Qual a composição e densidade da chuva de sementes? Há necessidade de adensamento? Há necessidade de enriquecimento? Houve extinção local de espécies? Há necessidade de reintrodução de espécies? Existem espécies invasoras? Há necessidade de eliminação de espécies invasoras? Há problemas com espécies alelopáticas? Há quantidades excessivas de trepadeiras? Está havendo predação de sementes e/ou mudas? Métodos de Restauração Florestal Principais Métodos • Isolamento da área e retirada do fator de degradação • Indução e condução da regeneração natural • Adensamento de indivíduos e enriquecimento de espécies • Adição de sementes e plantio de mudas em toda a área • Outros métodos Métodos de Restauração Florestal Isolamento da área e retirada do fator de degradação Quando adotar? Métodos de Restauração Florestal Isolamento da área e retirada do fator de degradação Quando adotar? SEMPRE Métodos de Restauração Florestal Isolamento da área e retirada do fator de degradação Quando adotar? SEMPRE Quando é suficiente? Métodos de Restauração Florestal Isolamento da área e retirada do fator de degradação Quando adotar? SEMPRE Quando é suficiente? Indicado para áreas com alto potencial de regeneração (baixa degradação ou degradação recente) Baseado na expressão do potencial de regeneração da área Em muitos casos, o simples isolamento da área e a retirada do fator de degradação é o suficiente para a regeneração Métodos de Restauração Florestal Fogo Fogo Fogo Fogo Faixa de cana colhida crua de 100m de largura Aceiro de 10m de largura Proteção das bordas 1- área não protegida 2- área protegida por 15 anos 1 2 Porto Ferreira Erosão Agricultura Agricultura Pecuária Indução e condução da regeneração natural Quando adotar? Métodos de Restauração Florestal Indução e condução da regeneração natural Quando adotar? Indicada para situações em que a área a ser restaurada: É próxima a fragmentos florestais relativamente bem conservados Está imersa em uma matriz de floresta nativa Apresenta rebrota de árvores preexistentes Possui um banco de sementes com sementes viáveis das espécies locais, etc Baseado no aproveitamento do potencial de regeneração do local Aceleração e aumento da eficiência do processo Vantagens: Material genético é localmente adaptado Custos baixos Métodos de Restauração Florestal Uso do banco de sementes Mina de calcário sinais de desmatamento recente Matriz florestal = alto potencial de regeneração natural PASTO RESTAURADO APÓS 3,5 ANOS DA RETIRADA DO GADO SEM PLANTIO INDUÇÃO E CONDUÇÃO DA REGENERAÇÃO NATURAL ÁPOS 6,5 ANOS SEM PLANTIO Dispersão Natural de Secundárias e Clímax Controle das gramíneas Controle dos competidores Adubação Métodos de Restauração Florestal Adensamento e enriquecimento de espécies Quando? Adensamento Indicado para áreas com densidade insuficiente de indivíduos regenerantes Homogeneizar a distribuição de indivíduos arbóreos na área, para que o fechamento de copas seja atingido mais cedo Enriquecimento Indicado para áreas com diversidade florística e funcional baixas Aumentar o número de indivíduos de uma ou mais espécies já presentes na área (MAIS DO MESMO) Ex.: em geral introdução de Pioneiras ADENSAMENTO OBJETIVOS que se pretende alcançar ao se usar um MÉTODO de RESTAURAÇÃO ENRIQUECIMENTO Aumentar o número de espécies na área (COLOCAR O QUE NÃO EXISTE) Ex.: em geral introdução de Secundárias inciais e Clímax, ou epífitas,etc. Aumentar o número de indivíduos de uma ou mais espécies já presentes na área (MAIS DO MESMO) Ex.: em geral introdução de Pioneiras ADENSAMENTO OBJETIVOS que se pretende alcançar ao se usar um MÉTODO de RESTAURAÇÃO ENRIQUECIMENTO Aumentar o número de espécies na área (COLOCAR O QUE NÃO EXISTE) Ex.: em geral introdução de Secundárias inciais e Clímax, ou epífitas, etc. + Métodos de Restauração Florestal Adição de sementes e plantio de mudas em área total Quando? Métodos de Restauração Florestal Adição de sementes e plantio de mudas em área total Quando? Indicado para áreas sem expressão da regeneração natural ou com potencial de expressão muito baixo Técnicas Tradicional => maior custo Plantio de mudas em área total Alternativas: Semeadura a lanço, semeadura em linha e hidrossemeadura Transplante/Resgate de plântulas Métodos de Restauração Florestal Adição de sementes e plantio de mudas em área total Quando? Indicado para áreas sem expressão da regeneração natural ou com potencial de expressão muito baixo Técnicas Tradicional => maior custo Plantio de mudas em área total Alternativas: Semeadura a lanço, semeadura em linha e hidrossemeadura Transplante/Resgate de plântulas Usadas também para adensamento e/ou enriquecimento Hidrossemeadura Manta orgânica Três meses Cinco meses Rodovia Caminho do Mar - São Paulo – Cubatão (2002) 1 ano Rodovia Caminho do Mar - São Paulo – Cubatão (2004) Enriquecimento Natural com Secundárias e Clímax 2 anos Semeadura em linha SEMEADURA EM LINHA. Plantio de mudas Plantio de mudas Diversidade Preenchimento Rodrigues et al., 2011 Métodos de Restauração Florestal Grupo de preenchimento Grupo de diversidade Métodos de Restauração Florestal Grupo de preenchimento Rápido crescimento e boa cobertura de copa já nos primeiros anos de vida => Espécies pioneiras O rápido sombreamento do solo promovido por esse grupo é favorável ao desenvolvimento dos indivíduos do grupo de diversidade e dificulta a colonização e crescimento de gramíneas invasoras (Rodrigues et al., 2011) Grupo de diversidade Crescimento lento e/ou não promovem boa cobertura de copa nos primeiros anos de vida Espécies secundárias e climácicas, e pioneiras com copas que não promovam o sombreamento efetivo do solo São fundamentais para assegurar a sustentabilidade do ecossistema restaurado, já que irão gradualmente substituir as espécies do grupo de preenchimento quando estas se tornarem senescentes (Rodrigues et al., 2011) Métodos de Restauração Florestal Como implantar em campo? Espaçamento e disposição curso d’água 3 m 2 m 3 m curso d’água 2 m 3 m curso d’água 2 m A - 3x2 em linhas de P e D ou P e NP C - 2x3 alternadoB - 2x3 simples Grupo de Diversidade (D) ou de espécies Não Pioneiras (NP) Grupo de Preenchimento (P) ou de espécies Pioneiras (P) Vantagem do modelo A: a operacionalização de plantio é mais simples Vantagem dos modelos B e C: menor competição entre as espécies pioneiras ou de preenchimento, principalmente no modelo 2x3 alternado, já que as mudas desse grupo estão separadas por, no mínimo, 3m de distância uma das outras, o que produz um fechamento mais rápido da área e conseqüentemente reduz a manutenção da área. curso d’água 3 m 2 m curso d’água 3 m3 m 2 m2 m 3 m curso d’água 2 m 3 m3 m curso d’água 2 m2 m 3 m curso d’água 2 m 3 m3 m curso d’água 2 m2 m A - 3x2 em linhas de P e D ou P e NP C - 2x3 alternadoB - 2x3 simples Grupo de Diversidade (D) ou de espécies Não Pioneiras (NP) Grupo de Preenchimento (P) ou de espécies Pioneiras (P) Grupo de Diversidade (D) ou de espécies Não Pioneiras (NP) Grupo de Preenchimento (P) ou de espécies Pioneiras (P) Vantagem do modelo A: a operacionalização de plantio é mais simples Vantagem dos modelos B e C: menor competição entre as espécies pioneiras ou de preenchimento, principalmente no modelo 2x3 alternado, já que as mudas desse grupo estão separadas por, no mínimo, 3m de distância uma das outras, o que produz um fechamento mais rápido da área e conseqüentemente reduz a manutenção da área. Vantagem dos modelos B e C: menor competição entre as espécies pioneiras ou de preenchimento, principalmente no modelo 2x3 alternado, já que as mudas desse grupo estão separadas por, no mínimo, 3m de distância uma das outras, o que produz um fechamento mais rápido da área e conseqüentemente reduz a manutenção da área. Métodos de Restauração Florestal Plantio mecanizado de florestas – Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Centro de Vida (ICV) Muvuca Métodos de Restauração Florestal Plantio mecanizado de florestas – Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Centro de Vida (ICV) Muvuca – substrato, sementes de espécies de adubo verde, sementes de nativas Rede de sementes Adaptação de maquinário agrícola Boa aceitação por parte dos agricultores Preparo intensivo do solo (aragem e gradagem) Semeadura com utilização de plantadeira e semeadura a lanço Baixo custo (R$ 1500 a R$4000/ha – Guerin 2011) 2 MESES Muvuca 2 ANOS (AO FUNDO)/1 ANO (À FRENTE) 4 ANOS Métodos de Restauração Florestal Nucleação Métodos de Restauração Florestal Nucleação Esse método, que também inclui várias técnicas, é baseado na formação de núcleos dentro da área a ser restaurada As técnicas mais utilizadas nesse método são: • o plantio de mudas e sementes • a transposição de galharia • a transferência de solo e banco de sementes • a instalação de poleiros artificiais, etc Métodos de Restauração Florestal Instalação de poleiros artificiais para atração de aves => dispersão de sementes Métodos de Restauração Florestal Instalação de poleiros artificiais para atração de aves => dispersão de sementes Métodos de Restauração Florestal Transposição de galharia Métodos de Restauração Florestal Transposição de solo TRANSFERÊNCIA DE SERRAPILHEIRA E SOLO SUPERFICIAL Solo superficial Dezembro de 2001 Março de 2002 Setembro de 2002 Fevereiro de 2004 Produção de sementes Onde coletar sementes??? Cerradão Savana Florestada Mata Seca Floresta Estacional Decidual Mata de Brejo Floresta Paludícula Mata de Planalto Floresta Estacional Semidecidual Tipos de Vegetação Área Degradada DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE VEGETAÇÃO, LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DOS FRAGMENTOS REMANESCENTES, LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS E GERAÇÃO DE UMA LISTA DE ESPÉCIES PARA USO NO PROJETO Levantamentos florísticos dos remanescentes Marcação de matrizes para a coleta de sementes com diversidade florística e genética 1 2 8 9 meses 5 6 3 4 7 Quando coletar? Como coletar sementes? Podão Beneficiamento: extração das sementes Frutos indeiscentes Beneficiamento: extração das sementes Frutos secos deiscentes Beneficiamento: extração das sementes Frutos carnosos Beneficiamento: extração das sementes Sementes com arilo Secagem: tipos básicos de sementes Ortodoxas: • possuem baixos teores de água no final da maturação das sementes (10 a 20%); • podem ser armazenadas a baixas temperaturas e por longos períodos. Recalcitrantes: • possuem altos teores de água no final da maturação das sementes (em torno de 50%); • mais freqüentes em ambientes úmidos; • não devem ser submetidas à secagem; • não são armazenadas com sucesso. - alternativa: banco de plântulas Intermediárias: • possuem características intermediárias entre as ortodoxas e as recalcitrantes. E se as sementes recalcitrantes forem armazenadas??? Secagem de sementes Localde armazenamento Escarificação em superfícies ásperas ou em esmeril Escarificação química com ácido sulfúrico Estratégias para o aumento da diversidade em viveiros florestais Rede de trocas entre viveiros Rede de trocas entre coletores Resgate de plântulas Resgate de plântulas 69 Sangra-d'água Croton urucurana 120.000 2271;2361 512,50 70 Sapuva/ Sapuvinha Machaerium stipitatum 2.900 2348; 150,00 71 Tamanqueiro Aegiphila sellowiana 16.000 993; 212,50 72 Tarumã-do-cerrado Vitex polygama 2.479 2254;2273 310,00 73 Timboril-graudo Enterolobium timbouva 1460 1901;1916;2159; 2337;2414 212,50 74 Tingui-do-cerrado Magonia pubescens 447 1731; 95,70 75 Vinhático Plathymenia reticulata 16.300 2406; 189,00 Nome Popular Nome Científico Sem./ Kg Numero de lotes Preço Kg 1 Amendoim-bravo Pterogyne nitens 5.700 2401; 108,75 2 Andira Andira fraxinifolia 70 2379; 48,75 3 Angico-preto Anadenanthera macrocarpa 7.600 2416; 237,50 4 Araribá Centrolobium tomentosum 55 1474;1598;2095 19,90 5 Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius 44.000 2279; 161,25 6 Aroeira-verdadeira Myracrodruon urundeuva 65.000 2314;2315 250,00 7 Baru Dipteryx alata 30 2234;2235;2296 123,75 8 Bico-de-pato Machaerium nyctitans 5.000 1487; 150,00 9 Cambará Gochnatia polymorpha 2.200.000 1307;1454;1831; 2097;2189 468,75 10 Canafístula Peltophorum dubium 27.920 930;981;988;100 2;2367 275,00 11 Canela-de-veado Helietta apiculata 63.000 2374; 437,50 12 Capitão Terminalia argentea 2.800 1111;1314;1475; 1835 105,80 13 Capororoca-ferrugem Myrsine coriacea 49.500 610;685;718;825 ; 967;1552;2311 175,00. . . Compra de sementes Produção de sementes por palmeira: 3 cachos por ano, com 1,5 kg de sementes cada (4,5kg de sementes); Valor de venda das sementes: R$10,00/kg – Total R$45,00/planta por ano! Euterpe edulis • A madeira de Cedro é vendida por R$80,00/m3; • cada árvore produz cerca de 3 kg de sementes/ano; • o preço das sementes é cerca de R$70,00/kg, e cada árvore produz cerca de 3kg de sementes por ano • Potencial de R$210,00 por árvore por ano! Cedrela fissilis Exemplos de sucesso: (Ibio) • Rede de coletores de sementes em Itabela (BA): aumento de até 200% na renda dos coletores; • 5 famílias vivendo da produção de sementes florestais; • 20 pessoas envolvidas; • R$800,00 a R$1.200,00/mês de renda complementar. www.sementesdoxingu.org.br Cursos de capacitação R$ 2,5 milhões 175 toneladas de sementes 500 coletores 13 núcleos Dados junho/2017 Em 10 anos de projeto Produção de mudas Sacos plásticos Tubetes Principais sistemas de produção Sacos plásticos: preparo do substrato Tubetes: enchimento do recipiente Semeadura: método direto x indireto Semeadura direta Semeadura indireta Semeadura indireta Repicagem Estabelecimento de plântulas Sacos plásticos: canteiros 187 tubetes por bandeja T u b e te s Irrigação dos canteiros: aspersão Irrigação dos canteiros: manual Adubação de cobertura Controle de pragas Controle das competidoras: “mato” Rustificação e expedição Rustificação e expedição • São cortadas todas as adubações nitrogenadas; • Diminui-se gradativamente as irrigações, tanto em freqüência como em volume de água; • As mudas são expostas a sol direto; • Raízes que porventura estejam fora das embalagens são podadas; • Transporte protegido de vento. Mix de espécies e separação em grupos de plantio D P Expedição Fontes de informação Society for Ecological Restoration – SER www.ser.org/ Rede Ibero-americana e do Caribe de Restauração Ecológica- RIACRE http://www.grupoplantae.com/riacre/index.php Rede latino-americana de Restauração – REDLAN redlan.org/INICIO.html Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas – SOBRADE www.sobrade.com.br/ Rede Brasileira de Restauração Ecológica – REBRE www.rebre.org rebre@googlegroups.com Pacto pela Restauração da Mata Atlântica – PACTO www.pactomataatlantica.org.br Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal - LERF http://www.lerf.esalq.usp.br/ http://www.ser.org/ http://www.grupoplantae.com/riacre/index.php http://redlan.org/INICIO.html http://www.sobrade.com.br/ http://www.rebre.org/ mailto:rebre@googlegroups.com mailto:rebre@googlegroups.com http://www.pactomataatlantica.org.br/ http://www.lerf.esalq.usp.br/ Monitoramento da restauração De Groot et al. 2013 – Conservation Biology U S $ /h a ( e s c a la l o g a rí tm ic a ) Recuperação de áreas degradadas é uma atividade muito custosa Custos e tempo para atingir as metas podem variar em função do estado de degradação e dos objetivos Chazdon 2008, Science Para atingir os objetivos existem diversas estratégias Estratégias de restauração Passiva-------------------------------------------------------Ativa Remoção do distúrbio Semeadura Serrapilheira alóctone Plantio de mudas Modificado de Engel & Parrota 2003 Composição de espécies e complexidade B io m a s s a e c o n te ú d o d e n u tr ie n te s Ecossistema degradado Ecossistema Recuperado (produtividade) Ecossistema reabilitado Floresta secundária Ecossistema restaurado Restauração Ecológica Sem necessidade de intervenção Com necessidade de intervenção Substituição Sucessão (espécies dominantes mantidas) Recuperar um sistema capaz de se manter ao longo do tempo é demorado, custoso e complexo Monitoramento é essencial Aprender com os sucessos e fracassos de projetos passados Evitar o desperdício de recursos (tempo, financeiro, pessoal, matéria prima) em ações com baixa efetividade Atingir os objetivos em menor tempo Identificar possíveis barreiras ou limitantes para o processo de recuperação das áreas degradadas As taxas de sucesso não são muito altas e os resultados nem sempre são satisfatórios Restaurado vs Referência Restaurado vs Degradado Fonte: Rey Benayas et al. 2009 - Science As taxas de sucesso não são muito altas e os resultados nem sempre são satisfatórios Restaurado vs Referência Restaurado vs Degradado Fonte: Rey Benayas et al. 2009 - Science Restauração florestal - Comparação com referência Fonte: Crouzeilles et al. 2016 – Nature Communications DOI: 10.1038/ncomms11666 Restaurado vs referência Degradado vs referência Restaurado vs referência Fonte: Crouzeilles et al. 2017 Science advances e1701345 Plantas Biodiversidade Estrutura da vegetação Invertebrados Aves Mamíferos Herpetofauna Cobertura Densidade Biomassa Altura Serrapilheira Ativa vs Passiva Monitoramento é essencial Aprender com os sucessos e fracassos de projetos passados Evitar o desperdício de recursos (tempo, financeiro, pessoal, matéria prima) em ações com baixa efetividade Atingir os objetivos em menor tempo Identificar possíveis barreiras ou limitantes para o processo de recuperação das áreas degradadas Avaliações periódicas para acompanhar a evolução das ações e do processo de recuperação Fonte: Nasa Quais são os atributos chave do sistema em restauração? Fonte: Pacto (Rodrigues et al. 2009) Fonte: modificado de slideshare.net/docsawyer/11-ecology Quais são os atributos chave do sistema em restauração? Ausência ou baixa ocorrência de fatores de perturbação Ambiente físico que permita a evolução da comunidade Maior número possível de espécies presentes no ecossistema de referência Baixa invasão biológica Estrutura da comunidade e funcionamento adequado Espécies pertencentes a todos grupos funcionais (sucessão ecológica, formas de vida, síndromes de polinização, síndromes de dispersão) ou possibilidade de recolonização pelas ausentes. Estar integrado à paisagem e a outrosecossistemas, permitindo fluxos biológicos e de matéria Ser resiliente – capacidade de suportar perturbações e se manter ao longo do tempo Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Qualitativos: subjetivos e caracterizados pelo perspectiva do avaliador Existem fatores de distúrbio ou degradação presentes? Gado, fogo, corte. Existem processos erosivo? Muito, médio, pouco Existe invasão biológica? A vegetação inserida é regional? Como está a regeneração natural? Difícil comparação entre áreas e entre avaliadores Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Qualitativos: subjetivos e caracterizados pelo perspectiva do avaliador Criar uma hierarquia entre os critérios qualitativos para evitar a coleta de todas as informações 1- Os fatores de distúrbio estão presentes? Sim Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Qualitativos: subjetivos e caracterizados pelo perspectiva do avaliador Criar uma hierarquia entre os critérios qualitativos para evitar a coleta de todas as informações 1- Os fatores de distúrbio estão presentes? Não 2- Existem processos erosivos importantes? Não 3- As espécies utilizadas são regionais? Não Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Quantitativos: mensuração de parâmetos quantitativos em campo. Número de indivíduos, número de espécies regionais, altura dos indivíduos, densidade de regenerantes, cobertura do solo. Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Quantitativos: mensuração de parâmetos quantitativos em campo. Número de indivíduos, número de espécies regionais, altura dos indivíduos, densidade de regenerantes, cobertura do solo. Menor influência do observador no resultado da avaliação Comparação entre áreas diferentes e em momentos diferentes Indicadores que reflitam os atributos em campo Podemos ter indicadores qualitativos e indicadores quantitativos Quantitativos: mensuração de parâmetos quantitativos em campo. Número de indivíduos, número de espécies regionais, altura dos indivíduos, densidade de regenerantes, cobertura do solo. Menor influência do observador no resultado da avaliação Comparação entre áreas diferentes e em momentos diferentes Separar os indicadores de acordo com os aspectos do sistema aos quais eles estão relacionados permitir identificar as barreiras para o sucesso da restauração e indicar ações para correção Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura, Composição, Funcionamento e Serviços ecossistêmicos Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: número de espécies regionais, número de grupos funcionais e formas de vida, diversidade de espécies, número/densidade de espécies exóticas (invasoras ou não invasoras?), proporção de espécies zoocóricas, tardias,… Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: número de espécies regionais, número de grupos funcionais e formas de vida, diversidade de espécies, número/densidade de espécies exóticas (invasoras ou não invasoras?), proporção de espécies zoocóricas, tardias,… Funcionamento: Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: número de espécies regionais, número de grupos funcionais e formas de vida, diversidade de espécies, número/densidade de espécies exóticas (invasoras ou não invasoras?), proporção de espécies zoocóricas, tardias,… Funcionamento: Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: número de espécies regionais, número de grupos funcionais e formas de vida, diversidade de espécies, número/densidade de espécies exóticas (invasoras ou não invasoras?), proporção de espécies zoocóricas, tardias,… Funcionamento: mortalidade, grau de herbivoria, indivíduos florescendo e frutificando, riqueza de regenerantes, polinizadores e dispersores de sementes, profundidade da serrapilheira (ciclagem de nutrientes) Grupos de indicadores para diferentes aspectos do sistema Estrutura: altura do dossel, número de estratos, cobertura do solo pelo dossel, densidade do subbosque, densidade de regenerantes, número de indivíduos emergentes Composição: número de espécies regionais, número de grupos funcionais e formas de vida, diversidade de espécies, número/densidade de espécies exóticas (invasoras ou não invasoras?), proporção de espécies zoocóricas, tardias,… Funcionamento: mortalidade, grau de herbivoria, indivíduos florescendo e frutificando, riqueza de regenerantes, polinizadores e dispersores de sementes, profundidade da serrapilheira (ciclagem de nutrientes) Serviços ecossistêmicos (provisão, regulação, suporte, culturais): controle da erosão, madeira, alimentos, polinização, controle de pragas, recarga de aquíferos,… Como medir em campo e como avaliar os resultados? Necessário usar todos os indicadores? O que é considerado um valor aceitável? Quantos locais / quantos hectares medir? Exigências variam de acordo com o responsável pelo projeto (órgão fiscalizador) Como avaliar os resultados? Extraído de Brancalion et al. 2012 avaliação e monitoramento de áreas em processo de restauração in Martins, S.V. Restauração ecológica de ecossistemas degradados – Editora UFV Extraído de Brancalion et al. 2012 avaliação e monitoramento de áreas em processo de restauração in Martins, S.V. Restauração ecológica de ecossistemas degradados – Editora UFV Extraído de Brancalion et al. 2012 avaliação e monitoramento de áreas em processo de restauração in Martins, S.V. Restauração ecológica de ecossistemas degradados – Editora UFV Extraído de Brancalion et al. 2012 avaliação e monitoramento de áreas em processo de restauração in Martins, S.V. Restauração ecológica de ecossistemas degradados – Editora UFV Como medir em campo e como avaliar os resultados? Áreas em processo de restauração para autorizações e licenças ambientais, reparação, compensação e mitigação de danos ambientais, recomposição de reservas legais e APPs (PRADAS e PRA) e/ou financiadascom recursos públicos Como medir em campo e como avaliar os resultados? Indicadores que devem ser medidos em cada fitofisionomia Áreas < 1ha: 5 parcelas Áreas >1ha: número de hectáres + 4 parcelas (máximo de 50 parcelas Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Fisionomias florestais Parcelas de 100 m2 Medir a projeção das copas sobre o solo, descontando as exóticas (verificar exceções) Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Fisionomias florestais 14,5 m = 58% Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Fisionomias florestais No caso de indivíduos caducifólios, considerar a projeção dos galhos Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Savanas e campos Medir a cobertura do solo por todas as espécies nativas 25 m = 100% Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Savanas e campos Medir a cobertura do solo pelas espécies nativas 10,5 m = 42% Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Densidade de regenerantes Contagem de indivíduos regenerantes nativos por ha - Altura ≥50cm - CAP <15cm 13 indivíduos /0,01 = 1300 Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Como medir? Número de espécies nativas regenerantes Contagem de espécies nativas de regenerantes por ha - Altura ≥50cm - CAP <15cm 13 indivíduos /0,01 = 1300 Extraído de Portaria CBRN 1/2015 6 espécies Valores de referência Florestas Ombrófilas e Estacionais, Restinga Florestal, Mata ciliar em cerrado Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Valores de referência Florestas Ombrófilas e Estacionais, Restinga Florestal, Mata ciliar em cerrado Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Valores de referência Florestas Ombrófilas e Estacionais, Restinga Florestal, Mata ciliar em cerrado Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Valores de referência Cerradão ou Cerrado stricto sensu Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Valores de referência Extraído de Portaria CBRN 1/2015 Recapitulando Para realização do monitoramento é importante ter indicadores que nos informem a situação no momento da avaliação e que permitam avaliar a evolução da área em processo de restauração Precisam considerar as fisionomias e os ecossistemas que estão sendo restaurados, o tempo de restauração e os objetivos a serem alcançados Permitem que os responsáveis pela avaliação acompanhem a qualidade e a evolução das ações segurança para agências responsáveis, executores e contratantes Essenciais para identificar os problemas e adotar ações corretivas Monitoramento Mudanças de clima projetadas Impactos projetados Aumento da temperatura Aumento da chuva Redução da chuva Aumento de extremos de chuva Aumento de dias secos e risco de seca Redução de dias secos Mais ondas de calor Menos geadas Impactos na agropecuária Impactos na agricultura de subsistência e agro industria Perda de biodiversidade e ecossistemas naturais e serviços Ecossistêmicos Risco de aridização e desertificação e erosão Riscos na saúde e bem-estar humano Ecossistemas e cidades costeiras afetadas pela elevação do nível do Mar Conflitos sociais, migração e emprego Disponibilidade da água, qualidade e quantidade, e geração de energia hidroelétrica Monitoramento permite compreender e melhorar a capacidade de restauração de diferentes atributos dos ecossistemas Entender quando é possível retornar as condições desejadas É possível melhorar as condições de antes do distúrbio? http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1954428-meio-ambiente-ficara- melhor-que-antes-da-tragedia-da-samarco-diz-vale.shtml OBRIGADA Contato: Débora Cristina Rother deborarother@gmail.com OBRIGADO Contato: Leandro Reverberi Tambosi l.tambosi@ufabc.edu.br mailto:deborarother@gmail.com Como medir em campo? Entre 0,5 e 1 ha criar 5 parcelas em campo Acima de 5 ha 5 parcelas + 1 por ha adicional Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Divisão em Princípios, Critérios, Indicadores e Verificadores Princípios: componentes fundamentais dos projetos de resauração - Ecológicos, Sócioeconômicos e Gestão de Projetos Critérios: item de avaliação para julgar um princípio Indicador: variável usada para inferir a condição do critério Verificador: forma de verificar ou medir o indicador Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio Socioeconômico Critérios: trabalho/renda promovida pelo projeto, receitas e incentivos, fonte de recursos para execução, oportunidade de trabalho para comunidades locais, saúde ocupacional, segurança para execução das ações, relação com a comunidade Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio Socioeconômico Critérios: trabalho/renda promovida pelo projeto, receitas e incentivos, fonte de recursos para execução, oportunidade de trabalho para comunidades locais, saúde ocupacional, segurança para execução das ações, relação com a comunidade Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio Socioeconômico Critérios: trabalho/renda promovida pelo projeto, receitas e incentivos, fonte de recursos para execução, oportunidade de trabalho para comunidades locais, saúde ocupacional, segurança para execução das ações, relação com a comunidade Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio de Gestão Critérios: documentação do projeto, parceria com os proprietários rurais, capacidade técnica da equipe executora, programa de monitoramento, comunicação com os atores envolvidos, promove inovação tecnológica ou metodológica Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípios de Gestão Critérios: documentação do projeto, parceria com os proprietários rurais, capacidade técnica da equipe executora, programa de monitoramento, comunicação com os atores envolvidos, promove inovação tecnológica ou metodológica Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio Ecológico Critérios divididos em duas fases Evitar gastos com monitoramento e identificar problemas no início Protocolo de monitoramento PACTO pela restauração da Mata Atlântica Princípio Ecológico Critérios divididos em duas fases Fase 1: Estruturação do dossel Fase 2: Trajetória Ecológica Princípio Ecológico: Fase 1 Princípio Ecológico: Fase 1 Princípio Ecológico: Fase 1 Princípio Ecológico: Fase 2 Princípio Ecológico: Fase 2
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