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TERAPIAS DE TERCEIRA GERAÇÃO (Terapia Cognitivo-Comportamental) - resumo cap 1

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Terapias Comportamentais de Terceira Geração
Lucena-Santos, Pinto-Gouveia, Oliveira, 2015
Primeira, Segunda e Terceira Gerações de Terapias Comportamentais (cap1)
Desde suas origens, a abordagem é caracterizada pelo estudo do comportamento humano de forma objetiva e racional, com rigor científico e com o desenvolvimento de leis de aprendizagem que sejam validadas empiricamente.
A TCC é considerada: 
1) Científica: possui o compromisso com uma abordagem suportada empiricamente.
2) Ativa: os pacientes devem fazer algo para lidar com seus problemas e não somente falar sobre eles. É uma terapia de ação, tanto dentro da sessão como fora dela, através do uso de tarefas de casa. 
3) Focada no presente: os terapeutas comportamentais partem da premissa de que os problemas dos clientes que ocorrem no presente são influenciados por condições do presente. Os procedimentos empregados visam à mudança de fatores atuais que estão afetando os comportamentos dos clientes.
4) Focada na aprendizagem: a maioria dos problemas comportamentais é desenvolvida, mantida e mudada primariamente através da aprendizagem (condicionamentos clássico e operante).
5) Individualizada: as circunstâncias específicas perante as quais os problemas ocorrem e as características pessoais dos clientes são levadas em alta consideração na terapia comportamental. 
6) Progressiva: frequentemente se move do mais simples ao mais complexo, do mais fácil ao mais difícil, ou do menos ao mais ameaçador. 
7) Breve: envolvendo menos sessões e, frequentemente, menos tempo global do que muitos outros tipos de terapia. A duração do tratamento varia conforme a complexidade e a severidade do problema que está sendo tratado. 
Steven Hayes é considerado o grande difusor da ideia de evoluçáo da Terapia Comportamental em três gerações sucessivas.
PRIMEIRA GERAÇÃO
Experimento de Pavlov e de Watson (considerado fundador do behaviorismo).
Apenas na década de 1950 essa área foi realmente reconhecida, graças a Eysenck, que fez estudos retrospectivos e percebeu a eficácia da Terapia Comportamental.
Trabalhos de Skinner e de diversos outros autores (Thorndike, Jacobson, Wolpe, Eysenk).
Focava diretamente as emoções e os comportamentos problemáticos, utilizando-se de condicionamentos e princípios comportamentais.
SEGUNDA GERAÇÃO
Nessa época, a maioria dos terapeutas comportamentais acreditava que lidar somente com comportamentos observáveis era muito restritivo.
Mediante o reexame sobre a relação entre cognições disfuncionais e comportamentos desadaptativos, os terapeutas começaram a ajudar os pacientes a reavaliar padrões de pensamentos distorcidos usando estratégias como a descoberta guiada.
A ênfase estava em explorar as maneiras pelas quais as interpretações pessoais do mundo e de situações emocionalmente relevantes moldavam as experiências.
SEGUNDA E TERCEIRA GERAÇÃO DE TERAPIAS COMPORTAMENTAIS
Em resumo, dentre as razões para o surgimento da terceira onda estão: a ênfase diminuída da segunda onda no papel contextuai; os questionamentos relacionados à eficácia das estratégias cognitivas; e a classificação do cognitivo como uma categoria à parte, em detrimento de ser considerado um comportamento.
A ACT tornou-se a mais proeminente terapia de terceira geração. No que diz respeito às similaridades e diferenças entre essa abordagem e a TCC tradicional, existem muitas semelhanças do ponto de vista de estratégias de mudança comportamental. Ambas utilizam-se de exercícios de exposição, habilidades de resoluções de problemas, role playing, tarefas de casa e modelagem. Ambas estabelecem objetivos claros e observáveis, encorajam maior consciência dos pensamentos, sentimentos e sensações e objetivam melhoras gerais na qualidade de vida. Entretanto existem importantes discrepâncias teóricas entre as duas abordagens em relação ao papel das cognições. Na ACT, os pacientes são ensinados a aceitar emoções e pensamentos indesejáveis. Frequentemente, o foco de mudança da TCC tradicional está no conteúdo dos pensamentos, enquanto os tratamentos baseados em mindfulness e a ACT focam a função dos pensamentos e a promoção de estratégias de regulação emocional que se contraponham à esquiva das experiências internas.
Em vez de lutar para mudar pensamentos e sentimentos desconfortáveis, as novas abordagens focam em cultivar uma atitude de aceitação sem julgamentos em relação a todas as experiências humanas, a fim de aumentar o bem-estar psicológico.
TERCEIRA GERAÇÃO
Estratégias de aceitação e mindfulness.
As abordagens de terceira onda mais conhecidas são a Terapia de Aceitação e Compromisso, a Ativação Comportamental, a Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness, o Programa de Redução de Estresse Baseado em Mindfulness, a Terapia Comportamental Integrativa de Casais, a Psicoterapia Analítico-Funcional, a Terapia Focada na Compaixão e a Terapia Comportamental Dialética.
Muitas dessas novas abordagens utilizam estratégias experienciais para ajudar os clientes a estarem no presente momento e a desistirem da luta de controlar emoções e pensamentos difíceis como pré-condição de uma mudança comportamental.

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