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A-TCC-MÉTODOS-E-AS-PERTURBAÇÕES docx-1

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1 
 
 
A TCC, MÉTODOS E AS PERTURBAÇÕES 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS TCCS ............................. 5 
PRINCIPIOS BÁSICOS DA TCC ............................................................. 7 
MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL ...................................... 10 
NÍVEIS DE PROCESSAMENTO COGNITIVO ...................................... 13 
TÉCNICAS DA TCC PODE AGRUPAR-SE EM: ................................... 15 
NA TERAPIA COGNITIVA, OS CLIENTES APRENDEM A: .................. 17 
DURAÇÃO E FOCO DA TERAPIA ........................................................ 19 
Métodos comportamentais ..................................................................... 22 
Referências ............................................................................................ 24 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada por muitos a 
principal abordagem cognitiva da atualidade, constituindo uma integração de 
conceitos e técnicas cognitivo-comportamentais e diferenciando-se umas das 
outras de acordo com o enfoque predominante, cognitivo ou comportamental 
(Souza & Candido, 2010). A pesquisa e a prática clínica mostram que a TCC é 
efetiva na redução de sintomas e taxas de recorrência, com ou sem medicação, 
em uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos (Knapp & Beck, 2008). 
A TCC consiste em um sistema de psicoterapia que se baseia na teoria 
na qual o modo como o indivíduo estrutura as suas experiências determina o 
modo como ele se sente e se comporta (Dattilio & Freeman, 1998). De acordo 
com a teoria, os sentimentos não são determinados por situações, mas sim pela 
forma como as pessoas interpretam tais situações. Nesse sentido, os transtornos 
psicológicos decorrem de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os 
acontecimentos, influenciando assim, os afetos e os comportamentos (Beck, 
Rush, Shaw & Emery, 1997). 
O tratamento inicial da TCC é focado no aumento da consciência por parte 
do paciente de seus pensamentos automáticos, e um trabalho posterior terá 
como foco as crenças nucleares e subjacentes (Knapp & Beck, 2008). 
 O tratamento pode começar identificando e questionando pensamentos 
automáticos, o que pode ser feito através da orientação do terapeuta para que o 
paciente avalie tais pensamentos, principalmente quando há uma excitação 
emocional durante a sessão (Knapp & Beck, 2008). 
 
 
A TCC é uma terapia de curto prazo, com duração média de cinco 
a vinte sessões, é focalizada diretamente no problema, para os casos 
4 
 
 
comórbidos, o tratamento pode ser estendido por um período acima de 
vinte sessões. A TCC tem como premissa o princípio de que as cognições 
influenciam e controlam as emoções e os comportamentos; o modo como o 
indivíduo age ou se comporta pode afetar de forma significativa os padrões de 
pensamentos e emoção de um sujeito. 
 A função cognitiva tem um papel essencial na TCC, visto que o ser 
humano avalia constantemente a relevância dos acontecimentos, tendo as 
cognições associadas às reações emocionais. Assim, no momento em que 
ocorre um evento, ocorre à avaliação cognitiva, desencadeando as emoções e 
consequentemente o comportamento do sujeito. 
Knapp destaca que a TCC tem como premissa a inter-relação entre 
cognição, emoção e comportamento. Um evento no cotidiano de um sujeito pode 
gerar diferentes formas de sentir e agir, mas não é o evento em si que 
desencadeia as emoções e os comportamentos, e sim o que se pensa em 
relação ao evento, ou seja, as emoções e os comportamentos são influenciados 
pelo que o indivíduo pensa. Observa também as distorções cognitivas, que 
são alternativas sistemáticas com que os indivíduos interpretam suas 
experiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS TCCS 
As abordagens em TCC compartilham bases comuns, embora haja 
diferenças consideráveis em princípios e procedimentos entre elas devido ao 
fato de que os pioneiros no desenvolvimento de intervenções cognitivo-
comportamentais terem vindo de diferentes fundamentos teóricos. Por exemplo, 
ao passo que Aaron Beck e Albert Ellis tinham bases psicanalíticas, outros 
teóricos, como Meichenbaum, Goldfried e Mahoney, foram originalmente 
treinados em modificação do comportamento. 
 De acordo com Dobson & Dozois, as abordagens atuais em TCC 
compartilham três proposições fundamentais. A primeira é o papel mediacional 
da cognição, que afirma que há sempre um processamento cognitivo e avaliação 
de eventos internos e externos que podem afetar a resposta a esses eventos; a 
segunda defende que a atividade cognitiva pode ser monitorada, avaliada e 
medida; e a terceira, que a mudança de comportamento pode ser mediada por 
essas avaliações cognitivas e, desta forma, pode ser uma evidência indireta de 
mudança cognitiva. 
A TCC pode ser contrastada dos tratamentos puramente 
comportamentais, nos quais a cognição não é uma variável explicativa 
importante e não é primariamente o foco da intervenção. Portanto, as 
abordagens voltadas estritamente para a mudança de comportamento, como o 
modelo estímulo-resposta, não são cognitivo-comportamentais; da mesma 
forma, qualquer terapia unicamente baseada em mudança cognitiva não é 
cognitivocomportamental. Qualquer forma de terapia que não inclua a 
proposição do modelo mediacional como componente importante do plano de 
tratamento não está incluída no escopo da TCC, e o termo “cognitivo-
comportamental” não pode ser aplicado. 
 Em resumo, uma característica definidora da TCC é o conceito de que os 
sintomas e os comportamentos disfuncionais são cognitivamente mediados e, 
logo, a melhora pode ser produzida pela modificação do pensamento e de 
crenças disfuncionais. 
TCCs são aplicadas a problemas ou transtornos específicos, uma 
característica que reflete sua herança da terapia comportamental e explica em 
6 
 
 
parte o limite de tempo de tratamento. Ao invés de implicar uma limitação das 
TCCs, sua natureza focada em problemas reflete um esforço contínuo para 
documentar efeitos terapêuticos, estabelecer fronteiras terapêuticas e identificar 
a terapia mais eficaz para um determinado problema. Um terceiro ponto em 
comum, o pressuposto de controle do paciente, enfatiza que o paciente é o 
agente ativo de seu tratamento.O pressuposto de controle do paciente é possível pelo tipo de problemas 
com os quais as TCCs clássicas tipicamente lidam, que incluem transtornos e 
problemas específicos, problemas de autocontrole e habilidades gerais de 
solução de problemas. Relacionado com o pressuposto de controle do paciente 
há um quarto ponto em comum: muitas TCCs são explícita ou implicitamente 
educativas por natureza, uma vez que o modelo terapêutico pode ser ensinado 
e a lógica para a intervenção é comunicada ao paciente, o que representa um 
contraste de outras abordagens psicoterápicas. O quinto ponto em comum 
deriva diretamente de seu processo educativo, já que a maioria das TCCs 
estabelece o objetivo implícito de que o paciente aprenderá sobre o processo 
terapêutico ao longo da terapia. 
 Além de superar os problemas na terapia e, assim, aprender a prevenir 
recorrências, os pacientes também aprendem habilidades terapêuticas que eles 
próprios podem aplicar com abrangência a uma gama de diferentes problemas 
em suas vidas. Na TCC, os pacientes tornam-se seus próprios terapeutas. 
Conforme Dobson & Dozois apontaram, mesmo que terapias identificadas 
como cognitivo-comportamentais compartilhem uma série de características 
teóricas e práticas, e apesar de suas diversas sobreposições de procedimentos, 
“é tão apropriado afirmar que há de fato uma só abordagem cognitivo-
comportamental quanto o é afirmar que há uma só terapia psicanalítica”.42 
Entretanto, ao passo que TCCs em geral envolvem toda uma variedade de 
abordagens, a TC conforme desenvolvida por Beck, com seu conjunto próprio 
de princípios e metodologias e técnicas muito específicas, é razoavelmente 
uniforme. 
 
 
7 
 
 
 
PRINCIPIOS BÁSICOS DA TCC 
A prática clínica da terapia cognitivo-comportamental (TCC) baseia-se em 
um conjunto de teorias bem-desenvolvidas que são usadas para formular planos 
de tratamento e orientar as ações do terapeuta. 
A TCC é uma abordagem de senso comum que se baseia em dois 
princípios centrais: 
 
1. nossas cognições têm uma influência controladora sobre nossas 
emoções e comportamento; e 
2. o modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente 
nossos padrões de pensamento e nossas emoções. 
 
Os elementos cognitivos dessa perspectiva foram reconhecidos pelos 
filósofos estóicos Epíteto, Cícero, Sêneca, entre outros, 2 mil anos antes da 
introdução da TCC (Beck et al., 1979). O estóico grego Epíteto, por exemplo, 
escreveu em seu Enchiridion que “os homens não se perturbam pelas coisas 
que acontecem, mas sim pelas opiniões sobre as coisas” (Epitectus 1991, p. 14). 
Também nas tradições filosóficas orientais, como o taoísmo e o budismo, a 
cognição é considerada como uma força primária na determinação do 
comportamento humano (Beck et al., 1979; Campos, 2002). 
 A perspectiva de que o desenvolvimento de um estilo saudável de 
pensamento pode reduzir a angústia ou dar uma maior sensação de bem-estar 
é um tema comum entre muitas gerações e culturas. O filósofo persa da 
Antigüidade Zoroastro baseou seus ensinamentos em três pilares principais: 
pensar bem, agir bem e falar bem. Benjamin Franklin, um dos pais da 
constituição dos Estados Unidos, escreveu extensamente sobre o 
desenvolvimento de atitudes construtivas, as quais ele acreditava que 
influenciavam favoravelmente o comportamento (Isaacson, 2003). 
8 
 
 
Aaron T. Beck foi a primeira pessoa a desenvolver completamente teorias 
e métodos para aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a 
transtornos emocionais (Beck, 1963, 1964). Embora tenha partido de conceitos 
psicanalíticos, Beck observou que suas teorias cognitivas eram influenciadas 
pelo trabalho de vários analistas pós-freudianos, como Adler, Horney e Sullivan. 
O foco destes nas auto-imagens distorcidas pressagiava o 
desenvolvimento de formulações cognitivo comportamentais mais 
sistematizadas dos transtornos psiquiátricos e da estrutura da personalidade (D. 
A. Clark et al., 1999). A teoria dos construtos pessoais (crenças nucleares ou 
auto-esquemas) de Kelly (1955) e a terapia racional-emotiva de Ellis também 
contribuíram para o desenvolvimento das teorias e dos métodos cognitivo-
comportamentais (D. A. Clark et al., 1999; Raimy, 1975). 
As primeiras formulações de Beck centravam-se no papel do 
processamento de informações desadaptativo em transtornos de depressão e 
de ansiedade. Em uma série de trabalhos publicados no início da década de 
1960, ele descreveu uma conceitualização cognitiva da depressão na qual os 
sintomas estavam relacionados a um estilo negativo de pensamento em três 
domínios: si mesmo, mundo e futuro (a “tríade cognitiva negativa”; Beck, 1963, 
1964). 
A proposta de Beck de uma terapia cognitivamente orientada com o 
objetivo de reverter cognições disfuncionais e comportamentos relacionados foi 
então testada em um grande número de pesquisas (Butler e Beck, 2000; Dobson, 
1989; Wright et al., 2003). 
As teorias e os métodos descritos por Beck e por muitos outros 
colaboradores do modelo cognitivo-comportamental estenderam-se a uma 
grande variedade de quadros clínicos, incluindo a depressão, os transtornos de 
ansiedade, os transtornos alimentares, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, a 
dor crônica, os transtornos de personalidade e o abuso de substâncias. Foram 
realizados mais de 300 estudos controlados da TCC para uma série de 
transtornos psiquiátricos (Butler e Beck, 2000). 
Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo-
comportamental tiveram seu início nos anos de 1950 e 1960, quando 
9 
 
 
pesquisadores clínicos começaram a aplicar as idéias de Pavlov, Skinner e 
outros behavioristas experimentais (Rachman, 1997). Joseph Wolpe (1958) e 
Hans Eysenck (1966) foram pioneiros na exploração do potencial das 
intervenções comportamentais, como a dessensibilização (contato gradual com 
objetos ou situações temidos) e treinamento de relaxamento. 
Muitas das abordagens iniciais ao uso dos princípios comportamentais 
para a psicoterapia prestavam pouca atenção aos processos cognitivos 
envolvidos nos transtornos psiquiátricos. Pelo contrário, o foco era moldar o 
comportamento mensurável com reforçadores e em eliminar as respostas de 
medo através de exposição. 
À medida que a terapia comportamental se expandia, vários 
investigadores proeminentes – como Meichenbaum (1977) e Lewinsohn e 
colaboradores (1985) – começaram a incorporar as teorias e estratégias 
cognitivas a seus tratamentos. Eles observaram que a perspectiva cognitiva 
acrescentava contexto, profundidade e entendimento às intervenções 
comportamentais. Além disso, Beck defendeu a inclusão de métodos 
comportamentais desde o início de seu trabalho, pois reconhecia que essas 
ferramentas são eficazes para reduzir sintomas, e conceitualizou um 
relacionamento estreito entre cognição e comportamento. 
 Desde a década de 1960 houve uma unificação das formulações 
cognitivas e comportamentais na psicoterapia. Embora ainda existam alguns 
puristas que possam argumentar sobre os méritos de se utilizar uma abordagem 
cognitiva ou comportamental isolada, terapeutas mais pragmáticos consideram 
os métodos cognitivos e comportamentais como parceiros eficazes tanto em 
teoria quanto na prática. 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL 
 
Os principais elementos do modelo cognitivo-comportamental estão 
esquematizados na Figura 1.1. O processamento cognitivo recebe um papel 
central nesse modelo, porque o ser humano continuamente avalia a relevância 
dos acontecimentos internamente e no ambiente que o circunda (p. ex., eventos 
estressantes, comentários ou ausência de comentários dos outros, memórias de 
eventos do passado, tarefas a serem feitas, sensações corporais), e as 
cognições estão freqüentemente associadas às reações emocionais. 
11 
 
 
Por exemplo, Richard, um homem com um transtorno de ansiedadesocial, teve os seguintes pensamentos enquanto se preparava para participar de 
uma festa em seu bairro: “Não vou saber o que dizer... Todo mundo vai ver que 
estou nervoso... Vou parecer um desajustado... Vou travar e querer ir embora 
imediatamente”. 
 As emoções e as respostas psicológicas estimuladas por essas 
cognições desadaptativas eram previsíveis: ansiedade severa, tensão física e 
excitação autonômica. Ele começou a suar, sentia um frio na barriga e ficou com 
a boca seca. Sua resposta comportamental também foi problemática. Em vez de 
enfrentar a situação e tentar adquirir habilidades para dominar as situações 
sociais, ele telefonou para a pessoa que o convidou e disse que estava gripado. 
 
A evitação da situação temida reforçou o pensamento negativo de Richard 
e tornou-se parte de um ciclo vicioso de pensamentos, emoções e 
comportamento que aprofundou seu problema com a ansiedade social. Cada vez 
que fazia uma manobra para fugir de situações sociais, suas crenças sobre ser 
incapaz e vulnerável se fortaleciam. Essas cognições de medo, então, 
12 
 
 
amplificaram seu desconforto emocional e tornaram menos provável que se 
envolvesse em atividades sociais. 
Ao tratar problemas como os de Richard, os terapeutas cognitivo-
comportamentais podem partir de uma série de métodos voltados para todas as 
três áreas de funcionamento patológico identificadas no modelo básico de TCC: 
cognições, emoções e comportamentos. Por exemplo, Richard poderia ser 
ensinado a reconhecer e mudar seus pensamentos ansiosos, a utilizar o 
relaxamento ou a geração de imagens mentais para reduzir as emoções 
ansiosas ou a implementar uma hierarquia gradual para romper o padrão de 
evitação e desenvolver habilidades sociais. 
No processo psicoterapêutico da TCC, há uma busca pelo 
desenvolvimento de processos conscientes e adaptativos de pensamento, como 
o pensamento racional e a solução de problemas. Além disso, espera-se que o 
paciente reconheça e modifique sua maneira patológica de pensar, 
especificamente em dois níveis de processamento de informações, que são os 
pensamentos automáticos e os esquemas (Wright et al., 2008). 
A TCC preza por uma aliança terapêutica segura, que se embase em 
cordialidade, atenção, respeito genuíno, empatia e competência. Além disso, 
busca enfatizar problemas atuais e situações que provoquem aflição no 
paciente. No processo de tratamento, são utilizadas técnicas que visam 
13 
 
 
reestruturação de pensamento, humor e comportamento 
 
 
NÍVEIS DE PROCESSAMENTO COGNITIVO 
Foram identificados três níveis básicos de processamento cognitivo por 
Beck e seus colegas (Beck et al., 1979; D. A. Clark et al., 1999; Dobson e Shaw, 
1986). O nível mais alto da cognição é a consciência, um estado de atenção no 
qual decisões podem ser tomadas racionalmente. 
 A atenção consciente nos permite: 
 
1. monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente; 
2. ligar memórias passadas às experiências presentes; 
3. controlar e planejar ações futuras (Sternberg, 1996). 
 
Na TCC, os terapeutas incentivam o desenvolvimento e a aplicação de 
processos conscientes adaptativos de pensamento, como o pensamento 
racional e a solução de problemas. O terapeuta também dedica bastante esforço 
14 
 
 
para ajudar os pacientes a reconhecer e mudar o pensamento patológico em 
dois níveis de processamento de informações relativamente autônomo: 
pensamentos automáticos e esquemas (Beck et al., 1979; D. A. Clark et al., 
1999; Wright et al., 2003). 
 Pensamentos automáticos são cognições que passam rapidamente por 
nossas mentes quando estamos em meio a situações (ou relembrando 
acontecimentos). Embora possamos estar subliminarmente conscientes da 
presença de pensamentos automáticos, normalmente essas cognições não 
estão sujeitas à análise racional cuidadosa. 
 Esquemas são crenças nucleares que agem como matrizes ou regras 
subjacentes para o processamento de informações. Eles servem a uma função 
crucial aos seres humanos, que lhes permite selecionar, filtrar, codificar e atribuir 
significado às informações vindas do meio ambiente. 
Ao contrário da terapia de orientação psicodinâmica, a TCC não postula 
estruturas ou defesas específicas que bloqueiam os pensamentos da 
consciência (D. A. Clark et al., 1999). Em vez disso, a TCC enfatiza técnicas 
destinadas a ajudar os pacientes a detectar e modificar seus pensamentos 
profundos, especialmente aqueles associados com sintomas emocionais, como 
depressão, ansiedade ou raiva. A TCC ensina os pacientes a “pensar sobre o 
pensamento” para atingir a meta de trazer as cognições autônomas à atenção e 
ao controle consciente. 
A TCC não quer encobrir problemas reais. Se uma pessoa estiver 
passando por dificuldades substanciais, métodos cognitivos e comportamentais 
são usados para ajudá-la a enfrentar a situação. Contudo, em pessoas com 
transtornos psiquiátricos, normalmente há oportunidades excelentes de apontar 
erros no raciocínio e outras distorções cognitivas que podem ser modificadas 
com as intervenções da TCC. 
15 
 
 
 
TÉCNICAS DA TCC PODE AGRUPAR-SE EM: 
 
 Técnicas mais cognitivas: são todas as técnicas destinadas a 
descobrir e modificar os pensamentos, esquemas, crenças, ideias 
automáticas irracionais, como por exemplo identificar erros e distorções 
de pensamento; avaliação dos rótulos negativos, procura de variações 
nos pensamentos automáticos, clarificação de valores pessoais, 
identificar e mudar previsões negativas, identificar evidências a favor e 
contra o pensamento automático, desenvolver um pensamento amigável 
(em vez de auto- crítico), despolarização das comparações, etc. 
 
 Técnicas mais comportamentais: técnicas que envolvem ativação do 
comportamento, ação, estimulando um movimento positivo e a 
esperança, como por exemplo técnicas de relaxamento e de exposição 
aos sintomas e situações temidos, provocação dos sintomas de 
ansiedade temidos, modelagem e ensaio de novos comportamentos, agir 
de acordo com um horário de atividades de prazer, exercícios de role- 
play, exercícios de imagens mentais, etc 
 
 Técnicas emocionais, que envolvem a compreensão, identificação e 
a gestão das emoções, como por exemplo o mindfulness (aceitação -
16 
 
 
plena), desenvolver a inteligência emocional, auto- motivação, reconhecer 
as emoções dos outros, gerir relacionamentos, auto- compaixão, 
exposição às emoções temidas, experienciar prazer e emoções positivas, 
etc. 
 
 Técnicas interpessoais, que visam uma boa comunicação e relação 
social, como por exemplo saber ouvir e comunicar, compreender a 
linguagem corporal, gerir o não- verbal , auto expressão, assertividade, 
etc. 
 
A TCC tem princípios muito claros e diretos, pois é muito compreensível e 
lógica, de forma a utilizar-se no dia-a-dia. Mas muitas vezes não pensamos nem 
agimos de forma lógica e ainda menos racional, devido a uma série de fatores, 
como hábitos pouco construtivos ou ao estado de humor negativo do momento. 
Qualquer problema psicológico pode ser descrito ou explicado em termos de 
pensamentos, emoções e comportamentos. 
17 
 
 
 
NA TERAPIA COGNITIVA, OS CLIENTES 
APRENDEM A: 
 
 
 Distinguir entre pensamentos, sentimentos e a própria realidade. Muitas 
vezes usamos as palavras “pensar” e “sentir” como sinônimos (por 
exemplo, “Eu sinto que seria uma má decisão comprar esse carro” – Esse 
é um pensamento, não um sentimento). Na verdade, nós às vezes não 
são somos conscientes dos pensamentos automáticos que acompanham 
sentimentos. 
 
18 
 
 
 Por exemplo, pode sentir-se particularmente triste depois de receber 
críticas de um chefe sem estar consciente do pensamento, “Agora eu 
nunca terei a promoção e não será capaz de dar ao luxo de comprar uma 
casa.” Na terapia cognitiva, os clientes primeiro treinam, identificam, 
escrevem e distinguem entrepensamentos e sentimentos. 
 
 Tornar-se consciente das maneiras que os seus pensamentos influenciam 
os seus sentimentos. Os clientes em terapia cognitiva analisam as suas 
próprias experiências, associadas a uma mudança no humor e na ligação 
destes com as suas respostas comportamentais. O que estava a pensar 
antes de notar que estava a ficar triste? Quando tem o pensamento 
automático: “Eu não consigo fazer nada direito”, como se sente? 
 
 Quando enfrentar esses pensamentos e sentimentos é mais provável que 
você faça algo construtivo ou desistir? Que tipo de comportamento 
aumenta a probabilidade de sucesso? Por exemplo, se não age como 
gostaria de agir, poderão existir pensamentos ou crenças auto-
desmoralizantes, críticos ou perfeccionistas que paralisam a ação; se 
estamos a exigir demasiada perfeição de um comportamento, isto pode 
criar tanta tensão que o mais certo é uma paralisação, devido ao medo de 
falhar, como se esta “falha” fosse uma catástrofe. 
 
 Avaliar criticamente a veracidade de seus pensamentos automáticos e 
suposições. Os clientes em terapia cognitiva são incentivados a desafiar 
os seus pensamentos automáticos, considerando os factos, a realidade, 
as explicações alternativas e a conduzir experiências comportamentais 
informais. O objetivo é não adotar uma visão irrealisticamente otimista ou 
positiva. 
 
 Pelo contrário, aprende-se a considerar o bem e o mal, as provas a favor 
e contra, e chegar a um pensamento mais correto e lógico, menos 
preconceituoso, e muitas vezes a conclusões mais razoáveis e flexíveis. 
Por exemplo, imagine que (a) recebe feedback crítico de seu chefe, (b) 
19 
 
 
tem o pensamento automático: “Eu não consigo fazer nada direito”, e 
então (c) se sente triste. 
 
 
 Pode aprender a avaliar criticamente o conteúdo real do feedback, as 
circunstâncias do feedback e que provas você tem (pró e contra) que você 
não consegue fazer nada direito, a fim de avaliar a precisão e utilidade do 
que o pensamento inicial automático lhe sugeria. 
 
 Desenvolver as habilidades para perceber, interromper e intervir ao nível 
dos pensamentos automáticos e como eles acontecem. Finalmente, o 
objetivo da terapia cognitiva é desenvolver as habilidades para modificar 
processos cognitivos habituais. Como acontece com qualquer habilidade, 
é preciso tempo e prática para obter a eficácia de aplicar técnicas de 
terapia cognitiva. 
 
 
DURAÇÃO E FOCO DA TERAPIA 
 
A TCC é uma terapia voltada para o problema geralmente aplicada em 
um formato de curto prazo. O tratamento para depressão ou transtornos de 
ansiedade descomplicados normalmente dura de 5 a 20 sessões. Entretanto, 
cursos mais longos de TCC podem ser necessários se houver condições co-
mórbidas ou se o paciente possuir sintomas crônicos ou resistentes a tratamento. 
A TCC para transtornos de personalidade, psicoses ou transtorno bipolar pode 
precisar ser estendida para além das 20 sessões. 
Além disso, pacientes com doenças crônicas ou recorrentes podem se 
beneficiar com um desenho de terapia no qual a maior parte da TCC é mais 
pesada nos primeiros meses de tratamento (i.e., com visitas semanais), mas 
depois o terapeuta continua a atender o paciente em sessões de reforço 
intermitentes por períodos mais longos. Psiquiatras experientes nesse método 
20 
 
 
podem usar a TCC em combinação com farmacoterapia em sessões curtas 
durante a fase de manutenção de depressão recorrente, transtorno bipolar ou 
outras doenças crônicas. 
A TCC normalmente é aplicada em sessões de 45 a 50 minutos. Mas 
sessões mais longas têm sido implementadas com sucesso para o rápido 
tratamento de pacientes com transtornos de ansiedade (Öst et al., 2001). 
Sessões de menos de 50 minutos normalmente são recomendadas para 
pacientes internados, pessoas com psicose e outros com sintomas graves que 
interferem substancialmente na concentração (Kingdon e Turkington, 2004; 
Stuart et al., 1997; Wright et al., 1992). Além disso, sessões curtas de 25 minutos 
provaram ser eficazes para o tratamento de depressão se combinadas com um 
programa auxiliar via computador (Wright et al., 2005). Uma forma breve de TCC 
aplicada em combinação com um programa de computador foi descrita para o 
tratamento de transtorno de pânico (Newman et al., 1997). 
 Um outro formato para sessões abreviadas de terapia às vezes é usado 
por psiquiatras experientes em TCC. São empregadas sessões curtas com 
medicações e auxiliares de tratamento, como a terapia assistida por computador 
e livros de auto-ajuda, como alternativa à tradicional “hora de 50 minutos”. 
A TCC concentra-se primordialmente no aqui-e-agora. No entanto, é 
essencial ter uma perspectiva longitudinal – incluindo a consideração do 
desenvolvimento na primeira infância, histórico familiar, traumas, experiências 
evolutivas positivas e negativas, educação, história de trabalho e influências 
sociais – para entender completamente o paciente e planejar o tratamento. 
É enfatizada uma abordagem voltada para o problema porque a atenção 
às questões atuais ajuda a estimular o desenvolvimento de planos de ação para 
combater sintomas como desesperança, desamparo, evitação e procrastinação. 
Além disso, as respostas cognitivas e comportamentais a eventos recentes são 
mais acessíveis e verificáveis do que as reações a ocorrências no passado 
distante. Um benefício adicional de trabalhar primordialmente no funcionamento 
atual é uma redução da dependência e da regressão no relacionamento 
terapêutico (Wright et al., 2003). 
21 
 
 
Uma das vantagens da abordagem da TCC é a aquisição de habilidades 
que podem reduzir o risco de recaída. Aprender como reconhecer e mudar 
pensamentos automáticos, utilizar métodos comportamentais comuns e 
implementar as outras intervenções descritas anteriormente neste capítulo 
podem ajudar os pacientes a lidar futuramente com ativadores dos sintomas. Por 
exemplo, uma pessoa que aprende a reconhecer erros cognitivos nos 
pensamentos automáticos pode ser mais capaz de evitar o pensamento 
catastrófico em situações estressantes com as quais poderá se deparar após o 
término da terapia. 
 Durante as fases finais da TCC, em geral o terapeuta se concentra 
especificamente na prevenção da recaída ao ajudar o paciente a identificar 
problemas em potencial, os quais têm uma alta probabilidade de causar 
dificuldades. Depois, são utilizadas técnicas de treinamento para praticar 
maneiras eficazes de enfrentamento. 
A TCC é uma das formas mais amplamente praticadas de psicoterapia 
para transtornos psiquiátricos. Essa abordagem de tratamento se baseia em 
preceitos sobre a função da cognição no controle da emoção e dos 
comportamentos humanos, os quais foram traçados através de escritos de 
filósofos desde a Antigüidade até os dias de hoje. 
 Os construtos que definem a TCC foram desenvolvidos por Aaron T. Beck 
e outros psiquiatras e psicólogos influentes, a partir dos anos de 1960. A TCC 
distingue-se por uma grande quantidade de pesquisas que examinaram suas 
teorias básicas e demonstraram a eficácia do tratamento. 
O processo de aprendizagem para se tornar um terapeuta cognitivo-
comportamental qualificado envolve estudar as teorias e os métodos básicos, 
examinar exemplos de intervenções de TCC e praticar essa abordagem de 
tratamento com pacientes. 
22 
 
 
 
 
 
Métodos comportamentais 
O modelo de TCC enfatiza que a relação entre cognição e comportamento 
é uma via de duas mãos. As intervenções cognitivas descritas acima, se 
implementadas com sucesso, têm probabilidade de ter efeitos salutares no 
comportamento. Da mesma forma, mudanças positivas no comportamento 
normalmente estão associadas a uma melhor perspectiva cognitiva. A maioria 
das técnicas comportamentais usadas na TCC destina-se a ajudar as pessoas 
a: 
 
1. romper padrões de evitação ou desesperança; 
2. enfrentar gradativamente situações temidas;3. desenvolver habilidades de enfrentamento; 
4. reduzir emoções dolorosas ou excitação autônomica. 
 
São utilizados vários métodos psicoeducativos na TCC. As experiências 
de ensino nas sessões normalmente envolvem usar situações da vida do 
paciente para ilustrar os conceitos. 
23 
 
 
Comumente, o terapeuta dá breves explicações e as acompanha com 
perguntas que promovam o envolvimento do paciente no processo de 
aprendizagem. Várias ferramentas estão disponíveis para auxiliar os terapeutas 
a promover a psicoeducação. Alguns exemplos são a leitura de livros de auto-
ajuda, apostilas, questionários de avaliação e programas de computador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
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