Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI JULIA GRACIELA DA SILVA SIEBRA OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO EM LIBRAS EMILIANÓPOLIS/SP 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI JULIA GRACIELA DA SILVA SIEBRA OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO EM LIBRAS Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em LIBRAS EMILIANÓPOLIS/SP 2021 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO EM LIBRAS Julia Graciela da Silva Siebra Oliveira1 Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- O presente trabalho teve o objetivo de apresentar o resultado dos estudos realizados no curso de pós-graduação em Libras e dedicou-se a analisar o processo de inclusão de pessoas surdas nas classes regulares de ensino, assim como a história da Libras, quem é o estudante surdo e a libras como língua materna dos surdos. A relevância desse estudo se dá na importância de a educação ser entendida como direito de todos, inclusive das pessoas surdas em classes regulares de ensino, sem preconceitos de qualquer gênero e a garantia de um intérprete de libras. A inclusão não pode ser vista como algo imposto e sim como uma premissa onde o sujeito surdo seja parte dos contextos sociais com os quais vive. Onde não haja diferenças no atendimento a um surdo em sala de aula, que seja comum ao ambiente escolar ter surdos e ouvintes no mesmo espaço. Mas para que isso aconteça devemos começar pela formação de professores, fortalecendo a mesma para que tenham acesso a língua de sinais e que a Libras se torne não só parte da formação inicial e continuada dos profissionais da educação, mas de uso frequente nas escola. PALAVRAS-CHAVE: Libras. Inclusão. Surdez. 1 jusilvasiebra01@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo pesquisar sobre a importância do aprendizado da Língua Brasileira de Sinais, a libras, pelos sujeitos surdos, não oralizados, ou seja, que não se utilizam da língua oral na comunicação devido aos problemas de articulação da fala, em função de perdas auditivas. Vista como um processo gradual e dinâmico que pode tomar formas distintas, de acordo com as necessidades dos alunos, acredita-se que a inclusão escolar possibilite a construção de processos linguísticos adequados, de aprendizagem dos conteúdos acadêmicos e uso social da leitura e escrita. Porém, quando se opta pela inserção do surdo na escola regular, esta precisa ser feita com cuidados que visem garantir sua possibilidade e acesso aos conhecimentos que estão sendo trabalhados, além do respeito por sua condição linguística e, portanto, ao seu modo peculiar de ser no mundo. É necessário que sua condição sociolinguística especial seja atendida, através de mediações metodológicas e curriculares que levem em conta sua surdez. Se suas necessidades educacionais não forem atendidas poderá haver um desajuste sócio educacional. No âmbito atual da educação brasileira a escola deve ser o local de promoção de desenvolvimento se seus alunos, sem distinção, bem como do respeito à diversidade e as particularidades dos seus alunos na sua prática pedagógica. Portanto, é de fundamental importância um estudo que discuta o processo de ensino-aprendizagem da língua brasileira de sinais, tendo como foco a preparação dos educadores para a atuação de práticas pedagógicas com alunos surdos a fim de que esses profissionais entendam o seu papel e possam assim oferecer um ensino de qualidade para seus alunos. A metodologia utilizada para a realização do estudo foi a pesquisa bibliográfica, onde foram analisados diversos artigos sobre o tema escolhido para melhor compreensão do assunto. Em um primeiro momento foi estudada a história da libras e como foi sua chegada no Brasil. Em seguida, foi estudado o conceito de inclusão e também de pessoa surda. Discorremos sobre a libras como língua materna e por fim, falamos sobre o papel do professor para a inclusão de alunos surdos. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 A HISTÓRIA DA LIBRAS A história da Libras começa com o professor francês Ernest Huet, que acometido por uma doença, ficou surdo aos 12 anos de idade e passou a frequentar o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris, onde era utilizada a Língua de Sinais Francesa. O desempenho nos estudos de Ernest era excelente, assim, tornou-se professor e mais tarde, diretor do instituto francês. Ernest visitou o Brasil em 1855 com o objetivo de apresentar ao Imperador Dom Pedro II a proposta de abertura de um instituto de surdos no Brasil. A proposta foi aceita e ele mudou-se para o país para acompanhar a execução do projeto. O Imperial Instituto de Surdos-Mudos foi fundado em 1857 no Rio de Janeiro, atendendo apenas meninos e mais tarde passou a atender também meninas. Atualmente recebe o nome de Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES. Considerado um grande avanço para o país, a criação desse instituto deu início a inclusão e ao atendimento das necessidades específicas dos surdos. Em 1880 foi realizado o Congresso de Milão, na Itália, com o objetivo de analisar as abordagens utilizadas quanto à educação dos surdos em todo o mundo, e proibiu o uso de línguas de sinais, porque muitos educadores achavam que a melhor maneira de ensinar era pelo método oral, o que provocou grandes prejuízos no ensino da Libras. Mesmo com a proibição, a Libras continuou a ser utilizada informalmente. No ano 2002, foi publica a Lei nº 10.436, que reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão. Essa lei foi um passo muito importante na construção de uma sociedade inclusiva em todo território nacional. Em 2010, com a publicação da Lei nº 12.319 a profissão de tradutor e interprete de Libras foi regulamentada, proporcionando vários avanços no ensino, aprendizagem e uso da Libras, pois essa profissão é essencial para atender à comunidade surda. 2.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA A inclusão é assunto de grande relevância e deve ser contemplada com o devido respeito não só por toda comunidade escolar, mas também por toda a sociedade. “O princípio é que as escolas devem acolher a todas as crianças incluindo crianças com deficiências superdotadas, de rua, que trabalham, de população distante, nômades, pertencentes a minorias linguísticas, etnias ou culturais, de outros grupos desfavorecidos ou marginalizados. Para isso sugere que se desenvolva uma pedagogia centrada nas relações com a criança, capaz de educar com sucesso a todos, atendendo as necessidades de cada um, considerando as diferenças existentes entre elas”. (PAULON, 2005, p 21). Inclusão escolar é acolher todos os sujeitos que queiram estudar, sem exceção, dando-lhes oportunidade de acesso e permanência ao sistema de ensino. Um conceito importante para entender inclusão é posto por Montoan: A educação inclusiva acolhe todas as pessoas semexceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados para todas as minorias e para as crianças que são discriminadas por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (REVISTA NOVA ESCOLA, Entrevista MONTOAN, maio , 2005). A inclusão do surdo no ensino regular acontece com a adequação do trabalho pedagógico com o envolvimento de todos e primordialmente da escola que deve oferecer o conhecimento em libras para que os alunos surdos possam desenvolver sua aprendizagem de forma significativa, garantindo seus direitos. A meta da inclusão é desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverão adaptar-se as particularidades de todos os alunos. A medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidades a unificação das modalidades de educação regular e especialmente em um sistema único de ensino caminha – se em direção a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitos dentro da educação regular. (MONTOAN,1997,p.16). Um fator importante para que a inclusão aconteça é a formação dos professores para que saibam lidar com a mais variadas situações que podem se deparar na tarefa de ensinar. “A inclusão do aluno surdo no ensino regular tem gerado conflito e angústias aos profissionais envolvidos nesse processo. (Streiechen.2012,p.113)” “A formação do professor deve ser um processo contínuo que perpassa sua prática com alunos, a partir do trabalho transdisciplinar com uma equipe permanente de apoio. É fundamental considerar e valorizar o saber de todos os profissionais da educação no processo de inclusão. Não se trata apenas de incluir um aluno, mas de repensar os contornos da escola e a que tipo de educação estes profissionais tem se dedicado, trata – se de desenvolver um processo coletivo que busque compreender os motivos pelos quais muitas crianças e adolescentes também não conseguem encontrar um lugar na escola”. ( PAULON, 2005,p.24). 2.3 O ESTUDANTE SURDO O estudante surdo é o sujeito cujo sentido auditivo apresenta perca considerada dentro da escala de normalidade, sendo classificada em grau de perda leve, moderada, severa ou profunda. “A surdez consiste na perda maior ou menor da percepção normal dos sons. Verifica-se a existência de vários tipos de pessoas com surdez, de acordo com os diferentes graus de perda da audição.” (MEC, 2006) É muito importante saber quem é o surdo para trabalhar da melhor maneira possível, sendo assim: É necessário conhecer quem são esses sujeitos, quais suas especificidades, pois há algumas pessoas surdas que falam e fazem leitura labial muito bem, outras comunicam - se através de mímicas, outras por língua de sinais e algumas usam sinais e oralização em situações diferentes –são os surdos bilíngues. Por trás de cada um desses contextos, há um histórico sociocultural que precisa ser levantado para que se tenha a clareza do ponto de partida e do percurso educacional adequado a característica desses sujeitos. (BRASIL, 2014, p. 29). É importante diferenciar a deficiência auditiva da surdez. Na deficiência auditiva, ocorre a perda parcial ou total da capacidade de detectar sons, causada por má- formação genética, lesão na orelha ou na composição do aparelho auditivo. Já a surdez é a perda total da audição, ou seja, não ouve nada. E é considerado parcialmente surdo todo aquele que a capacidade de ouvir, apesar de deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. Entre os tipos de deficiência auditiva estão a condutiva, mista, neurossensorial e central. 2.4 LIBRAS COMO LÍNGUA MATERNA Para os indivíduos ouvintes no Brasil, a língua materna é o português. Já para os surdos a Libras é a primeira língua, ou seja, sua língua materna. É por meio dela que a maior parte das crianças surdas evolui, têm acesso à cultura, ao conhecimento e à integração social. Aprender Libras é respirar a vida por outros ângulos, na voz do silêncio, no turbilhão das águas, no brilho do olhar. Aprender Libras é aprender a falar de longe ou tão de perto que apenas o toque resolve todas as aflições do viver, diante de todos os desafios audíveis. Nem tão poético, nem tão fulgaz...apenas um Ser livre de preconceitos e voluntário da harmonia do bem viver. Nesta perspectiva de agregar valores além da Língua Portuguesa, a Libras se apresenta como intensificador da formação bilíngue, Libras e Língua Portuguesa. (FALCÃO, 2007). A Libras é uma língua visual-gestual, completa e repleta de significados, autônoma e reconhecida pela linguística. Sua organização difere da língua portuguesa, mesmo possuindo sua gramática, semântica e outros elementos que qualquer língua estruturada possui. Essa língua não é universal, cada país possui a sua. Conforma RUBIO et al (2014): As línguas de sinais não são universais. Cada uma possui sua própria estrutura gramatical. A língua de sinais, assim como a língua oral é a representação da cultura de um povo. Países com a mesma língua oral possuem línguas de sinais diferentes. Um exemplo, é o caso de Brasil e Portugal. Por mais que esses países possuam a mesma língua oral, possuem língua de sinais diferentes. (RUBIO et al, 2014, p.3). A língua de sinais deve ser respeitada como língua, pois assume a mesma função da língua oral, a comunicação. Através da LIBRAS o surdo é capaz de compreender o mundo em que vive, dar significados às palavras, comunicar-se, expor seus sentimentos, desejos, exercer seu papel em uma sociedade. Muitas vezes com a língua portuguesa não conseguem se expressar ou entender os significados das palavras. A língua de sinais tem como meio propagador o campo gesto-visual, o que a diferencia da língua oral, que utiliza o canal oral-auditivo. Além dessa diferença, também apresenta antagonismos quanto às regras constitutivas. No entanto, a língua de sinais deve ser respeitada como língua, pois assume a mesma função da língua oral, a comunicação”. (CAPORALI et al, 2005, p.589) Através da Libras, o sujeito surdo consegue aprender, compreender e conhecer a língua portuguesa, construindo os significados de uma segunda língua. Considerando que aproximadamente a maior parte dos surdos são filhos de pais ouvintes e a minoria são filhos de pais surdos, a criança surda está exposta à língua portuguesa no seu núcleo familiar e social, entretanto, ele também está incluído em uma comunidade surda, onde a Libras é a língua dominante. Logo, cabe à toda sociedade compreender definitivamente o caráter bilíngue do surdo. É essencial para as crianças surdas utilizarem a Língua de Sinais de sua comunidade com seus pais, com os profissionais da área educacional e com as pessoas de convívio mais próximo para que garanta o desenvolvimento psíquico, social, político e psicológico. É de fundamental importância a interação entre as crianças na sociedade, sem formação de guetos nem de comunidades isoladas, onde todos convivem e interagem física e linguisticamente. A convivência interpessoal e dialética deve ser percebida com naturalidade e refletida sobre os papéis sociais cuja vida, dignamente vivida, funciona como referencial histórico e cultural e não como modelo para ninguém. É preciso atribuir perspectivas e possibilidades humanas entendendo o surdo como um ser eficiente, que se comunica por outro canal e, consequentemente, tem outra língua. (FALCÃO, 2007). Como toda língua, a Libras aumenta seu vocabulário com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta às mudanças culturais e tecnológicas. A cada necessidade surge um novo sinal e, desde que se torne aceito,será utilizado pela comunidade. Os sinais são formados a partir de parâmetros, como a combinação do movimento das mãos com um determinado formato num determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Os parâmetros da Língua de Sinais são: Configuração das Mãos: são as formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante ou pelas duas mãos do emissor ou sinalizador. Existem em média 64 diferentes configurações de mãos. Ponto de Articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até a cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Movimento: os sinais podem ter um movimento ou não. Orientação e Direcionalidade: os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros já citados. Não estarão corretos se esta orientação e direção forem trocadas na realização dos sinais. Expressão Facial e/ou Corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros citados, em sua configuração têm como traço diferenciador a expressão facial e/ou corporal, seja um jogo de ombros, ou expressões de alegria, dúvida ou tristeza que darão sentido e fluência aos sinais. 2.5 O PAPEL DO PROFESSOR O professor tem um papel de extrema importância no processo de ensino- aprendizagem do aluno surdo. A esse respeito é importante ressaltar que o professor deve ser capaz de conceber-se como agente de mudanças do contexto social, já que seu papel extrapola o mero repasse de conhecimentos, sendo, sobretudo, o de formar de cidadãos. “Sua atuação está comprometida com as condições da escola e com a qualidade de sua formação acadêmica. É ele, o professor, a autoridade responsável pelo processo de ensino – aprendizagem de seus alunos” (MEC 1993, apud PIRES, 2005, p. 15). É fundamental que os professores conheçam e estimulem o uso da Libras no processo de ensino-aprendizagem dos surdos. De acordo com Motta e Gediel (2016, p. 59-60) “possua habilidade de construir metodologias apropriadas para o alcance do propósito de ensino e aprendizagem considerando a diferença cultural entre ouvintes e Surdos no espaço educacional”. A Libras desempenha um papel de fundamental importância, pois juntamente com a cultura surda é um elemento norteador na construção da prática pedagógica dos educadores. Portanto, para que possa fornecer os subsídios necessários à aprendizagem dos alunos, os professores deverão ter domínio das estruturas lexicais e estruturais da referida língua, bem como de metodologias diversificadas para atender as especificidades de cada aluno. Os professores precisam estar preparados para lidar com alunos surdos, mas muitos ainda utilizam metodologias tradicionais por meio de aulas expositivas e explicativas no quadro. Segundo Antunes (2012, p. 79) “O professor precisa pensar em estratégias que contemplem a percepção visual do aluno Surdo; compreender a cultura em que esse sujeito está inserido; entender como ele assimila o conteúdo”. Na perspectiva da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, Almeida e Vitaliano (2012) menciona a grande importância da formação de professores na libras e não se pode mais ignorar as diferentes condições de aprendizagem dos alunos que integram o sistema de ensino, de modo a proporcionar- lhes uma educação de qualidade. Ferreira (2003) acrescenta que o sujeito Surdo não é apenas de ordem biológica, como se costuma pensar. É de ordem linguística e, portanto, cultural. Não se pode negar que o Surdo tenha uma deficiência auditiva. Entretanto, quando amparado pela aparelhagem adequada, ele pode ouvir ruídos da rua, música, etc. Porém, não ouve com a devida nitidez os sons da língua “oral” e não conta com o feedback linguístico, tão importante no processo de aquisição de uma língua. E o atraso no desenvolvimento linguístico acarreta atraso no desenvolvimento cognitivo. Segundo Libâneo (1998, p. 79), a “formação continuada contribui para uma ação reflexiva dos professores”, pois é através dela que os educadores irão repensar sua prática pedagógica, contribuindo dessa forma para uma melhoria das atividades desenvolvidas no contexto escolar. A esse respeito, Behrens (1996, p. 91) acrescenta que “Na busca da educação continuada é necessário ao profissional que acredita que a educação é um caminho para a transformação social” 3 CONCLUSÃO Ao término deste trabalho, pode-se concluir que a formação de professores ouvintes para o processo de ensino-aprendizagem de alunos surdos é de fundamental importância, uma vez que a maioria destes profissionais não está preparada para lidar com esse público e muitas vezes aplicam atividades metodológicas iguais às dos alunos ouvintes. Reconhecer a condição bilíngue do surdo é apenas o início de um longo percurso a ser trilhado onde novas questões se colocam, novas descobertas, desafios e reflexões são impostas aos pesquisadores, professores e aos espaços pedagógicos em geral. Diante da educação inclusiva, que busca a promoção de uma escola igualitária, onde todos tenham acesso ao ensino, torna-se evidente a necessidade da inclusão da língua brasileira de sinais na formação dos educadores, para que esses profissionais direcionem a sua prática pedagógica na diversidade humana e cultural. Portanto, diante da análise realizada sobre o tema escolhido, os objetivos propostos por esse trabalho foram alcançados e a intensão em reunir maiores informações acerca do tema estudado teve sucesso. 4 REFERÊNCIAS CAPORALI, S. A., DIZEU, L. C. T. B. A LÍNGUA DE SINAIS CONSTITUINDO O SUJEITO SURDO. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/LScdWL65Vmp8xsdkJ9rNyNk/abstract/?lang=pt. Acesso em 22 de novembro de 2021. DOMANOVSKI, Marilene; VASSÃO, Adriane Meyer. A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR DO SURDO. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2 016/2016_artigo_edespecial_unicentro_marilenedomanovski.pdf. Acesso em 19 de novembro de 2021. FALCÃO, L. A. ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO DE SURDOS: UM PARADIGMA EM FOCO. Disponível em: http://editora-arara-azul.com.br/site/edicao/78. Acesso em 22 de novembro de 2021. FERREIRA, Luísa Bischof Justus. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS, LÍNGUA NATURAL DO SUJEITO SURDO. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18948_8134.pdf. Acesso em 20 de novembro de 2021. FORMAÇÃO DE PROFESSORES OUVINTES NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/alunos-surdos. Acesso em 18 de novembro de 2021. HISTÓRIA DA LIBRAS. Disponível em: https://academiadelibras.com/libras/historia-da- libras/. Acesso em 20 de novembro de 2021. O QUE DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ? Disponível em: https://institutoitard.com.br/o-que-e-deficiencia-auditiva-e-surdez/. Acesso em 20 de novembro de 2021. O SURDO E A LÍNGUA ESCRITA. Disponível em: https://www.vidamaislivre.com.br/colunas/o-surdo-e-a-lingua-escrita/. Acesso em 21 de novembro de 2021. RAMOS, Eliane Orlando Monteiro. PAPEL DA LIBRAS NO APRENDIZADO DA LÍNGUA PORTUGUESA PELO ALUNO SURDO NÃO ORALIZADO. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/2140/1/2011_ElianeOrlandoMonteiroRamos.pdf. Acesso em 20 de novembro de 2021. RUBIO, J. A. S., QUEIROZ, L. S. A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM E INTEGRAÇÃO SOCIAL: A LIBRAS COMO FORMADORA DE IDENTIDADE DO SURDO. Disponível em: http://www.facsaoroque.br/novo/publicacoes/publi_atual_2014.html. Acesso em 23 de novembro de 2021.
Compartilhar