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História e Geografia de Mato Grosso

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Aula 04
POLITEC-MT - História e Geografia -
2021 (Pré-Edital)
Autor:
Sergio Henrique
10 de Outubro de 2021
06197785129 - Rafael da Silva Pereira
 
 
 
História e Geografia do Mato Grosso. 
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial .......................................................................................................... 2 
1. Expansão da Fronteira Agrícola a partir da Segunda metade do Século XX. .................... 3 
2. A População: Crescimento, Distribuição, Estrutura e Movimentos. ................................ 6 
3. Os Processos de Urbanização e de Industrialização. ....................................................... 8 
3.1. A Urbanização e o Desenvolvimento Econômico da Capital – Cuiabá. ..................................... 9 
4. A Economia do Mato Grosso - Agropecuária, Indústria, Mineração, Ciência e Tecnologia.
 ........................................................................................................................................ 10 
5. Infraestrutura. ............................................................................................................. 12 
6. Educação e Saúde. ....................................................................................................... 13 
7. Cultura. ........................................................................................................................ 14 
7.1. Dança e Música ........................................................................................................................ 14 
7.2. Linguajar ................................................................................................................................... 14 
7.3. Artesanato ................................................................................................................................ 14 
8. Exercícios. .................................................................................................................... 16 
9. Considerações Finais. ................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sergio Henrique
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POLITEC-MT - História e Geografia - 2021 (Pré-Edital)
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00. BATE PAPO INICIAL 
 Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo novamente. Estudar a aula anterior 
é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia 
com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai 
ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas próprias 
anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O 
fórum de dúvidas é um instrumento fundamental de contato e para que possamos nos comunicar 
com maior dinamismo. Neste curso teremos um conteúdo bem completo e trabalhado em 
detalhes. A base textual do PDF é resultado do trabalho e da colaboração do grande mestre do 
Estratégia, professor Leandro Signori, que orientou vários detalhes de deu dicas preciosas para o 
melhoramento constante do curso. Teremos muitas questões comentadas, minhas e dele, 
organizarei resumos e vídeo aulas detalhadas e produzidas sob medida para seu certame. 
O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua 
disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tópico sobre a divisão do estado em MT e MS foi estudado na Aula 01. O tópico sobre a 
divisão territorial entre os municípios e as divisas – fronteiras do estado de Mato Grosso – foi 
estudado na Aula 02. 
 
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1. EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA A PARTIR DA SEGUNDA METADE DO 
SÉCULO XX. 
Na década de 1940, no Governo de Getúlio Vargas, com a “Marcha para o Oeste”, teve 
início a política federal de ocupação dos “espaços vazios” da Amazônia e do Centro-Oeste. A 
“Marcha para o Oeste”, objetivava diversificar a agricultura para dar sustentação ao processo de 
industrialização concentrado na região centro-sul do país. A política de colonização foi retomada 
com o regime militar em 1964, fazendo parte de uma ampla estratégia de integração da Amazônia 
e do Centro-Oeste a outras regiões do país. 
Tinha como objetivo a ocupação das terras na fronteira amazônica para integrá-la à 
economia nacional, com a construção de rodovias, projetos de colonização agrícola, programas de 
incentivos fiscais, subsídios de atividades agropecuárias e agroindustriais. Vários projetos de 
colonização foram aprovados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, 
tanto oficiais quanto da iniciativa privada. 
O Estado participava da criação de infraestrutura básica, de programas especiais de créditos 
e incentivos fiscais, como forma de promover a entrada do capital privado para a aquisição de 
grandes áreas onde seriam implantadas as glebas, como eram conhecidas regionalmente as 
grandes áreas de terra. 
 Os jornais e as propagandas do governo e das empresas privadas faziam alarde das 
riquezas da região, da abundância das terras e das inúmeras oportunidades de trabalho que iam 
surgindo. Inaugurou-se um grande mercado de terras, em que o governo controlava o acesso, a 
posse e a distribuição das áreas a serem exploradas. Em 1973, o governo de Mato Grosso colocou 
à venda dois milhões de hectares de terras públicas, com preço abaixo dos praticados no mercado, 
para empresas de colonização. 
 A modalidade de colonização particular com base na empresa privada passou a ocupar a 
preferência governamental por possibilitar o aproveitamento econômico da terra, de modo a 
incrementar a produção agrícola nacional mediante parceria entre o capital privado e o Estado. 
Esse programa de colonização particular se desenvolveu através de duas modalidades: colonização 
empresarial e colonização de povoamento. A primeira destinada à implementação de projetos 
agropecuários e a segunda vinculada a uma política fundiária das grandes empresas capitalista nas 
áreas de fronteira. 
 A colonização oficial foi pouco representativa em Mato Grosso, se comparada com 
atuação das colonizadoras particulares. Com o fracasso da colonização efetivada pelo Incra, 
ganhou impulso a colonização gerida por empresas privadas, atraídas pela imensa disponibilidade 
de terras baratas. Estes projetos surgiram principalmente nas margens da BR-163, criando os 
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municípios de Nova Mutum, Sinop, Sorriso e fora dessa BR, municípios como Alta Floresta e 
Colíder. 
Criado em 1970, o Programa de Integração Nacional (PIN) foi considerado o mais 
importante instrumento de ação no processo de integração da Amazônia às regiões mais 
“desenvolvidas” do país durante o período militar. Estava ancorado em uma campanha ufanista, 
que tinha como foco o ideal nacionalista para convencer a sociedade brasileira de que era 
necessário “integrar a Amazônia para não entregá-laaos estrangeiros” ou simplesmente “Integrar 
para não Entregar”. 
O programa visava financiar obras de infraestrutura, sobretudo a abertura de rodovias 
federais e a implantação da “reforma agrária” ao longo dessas rodovias nas áreas de atuação da 
Sudene e da Sudam. 
 As empresas de colonização se beneficiaram dos incentivos financeiros do Estado, através 
da SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e da SUDECO (Superintendência 
de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e também de outros programas e projetos governamentais, 
como o Polocentro, Poloamazônia e Polonoroeste. 
 Em uma perspectiva histórica, a efetiva ocupação do estado do Mato Grosso inicia-se por 
meio das incursões dos bandeirantes à região, em busca de ouro e no apresamento de indígenas. 
Abutakka historiciza o processo de ocupação do estado em sete fases, conforme segue: 
 A  de ocupação tem seu início nos séculos XVII-XVIII, com a penetração primeira fase 
portuguesa em terras de Mato Grosso promovida pelas incursões de bandeirantes 
paulistas. A partir de então, o avanço bandeirante em direção ao oeste intensificou-se cada 
vez mais na medida em que o aprisionamento de índios para o trabalho escravo na 
Capitania de São Paulo constituía-se numa atividade bastante lucrativa. O final dessa fase 
encerra-se quando o ouro de Mato Grosso começa a dar sinais de esgotamento, disso 
resultando o esvaziamento dos principais núcleos populacionais ligados à mineração. 
 A  de ocupação acontece nos séculos XIX-XX. Ela mostra que os núcleos segunda fase 
portuários mais antigos como Cuiabá, Corumbá e Cáceres convivem com uma intensa 
atividade econômico-comercial. Cáceres firma-se como centro exportador de poaia. A 
extração e comercialização desse produto gerou grande movimento agrícola e comercial 
nas cidades de Barra dos Bugres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá. Também foi 
importante a exportação da borracha, extraída na Amazônia. 
 A  de ocupação é marcada pela (1930-1950). Teve terceira fase “Marcha para o Oeste” 
como característica principal a política de interiorização da economia brasileira e a 
incorporação das regiões Centro-Oeste e Norte ao processo de reprodução do capital 
hegemônico nacional. 
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 A  de ocupação do território mato-grossense é marcada com a quarta fase construção de 
 (final da década de 1950 a 1960) e a irradiação dos seus efeitos para o Centro-Brasília
Oeste. 
 A  (final da década de 1960 a 1970) é marcada pela implementação dos quinta fase 
, corporificados, em primeiros programas de desenvolvimento da região Centro-Oeste
grande parte, no I e II PND (Programa Nacional de Desenvolvimento), e com a 
intensificação do fluxo migratório dirigido a essa região. 
 A  de ocupação compreendeu sexta fase os programas de desenvolvimento, pós década 
, como o Polocentro, Polonoroeste e o Prodeagro. Siqueira (1990) pondera que é de 1970
somente a partir dessa década e fruto de uma intervenção do Estado Nacional, planejada e 
dirigida à ocupação do Centro-Oeste e Amazônia, que se criam, na região, as condições 
efetivas para a apropriação do espaço pelo capital e, além disso, para a sua transformação 
em espaço econômico integrado ao movimento dominante da produção/reprodução do 
capital, tanto nacional como internacional. 
 A  é a atual, ou seja, os asétima fase vanços recentes da fronteira agrícola do território 
”. Dessa forma, as frentes de expansão fizeram surgir um conjunto rumo à “consolidação
variado de formas de apropriação do espaço agrário, que se tornou também responsável 
pela transformação da paisagem natural do Estado. Resultou na organização de um setor 
primário dinâmico, baseado numa gama variada de produtos, mas também num leque de 
impactos socioeconômicos e ambientais de natureza e intensidade diversas. 
De maneira geral, a agricultura empresarial localizou-se nas áreas planas dos cerrados, cujos 
solos são potencialmente de boa qualidade. A pecuária, além de estar também nesse tipo de 
ambiente, tende a ocupar áreas mais antigas anteriormente exploradas pela agricultura 
tradicional, ou expande-se para a região de fronteira de ocupação, em áreas onde as condições 
ecológicas e/ou o fator distância (fretes) são desfavoráveis à grande empresa de exploração 
agrícola. 
Em linhas gerais, o modelo de ocupação pautado na agricultura moderna mantém-se 
ancorado no modelo agroexportador de contexto “maior” (nacional/internacional) e nas políticas 
agrícolas nacionais (crédito e financiamento). 
 
 
 
 
 
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2. A POPULAÇÃO: CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO, ESTRUTURA E 
MOVIMENTOS. 
Originariamente, o Mato Grosso foi ocupado por indígenas. O povoamento pelos 
colonizadores inicia-se no Brasil Colônia e resulta de dois movimentos migratórios. Um vem do Sul 
e do Sudeste, em virtude do transporte de gado às fazendas que ali começaram a instalar-se e da 
ação dos bandeirantes paulistas. Outro movimento chega do Nordeste, também ligado ao 
comércio de gado, que acaba criando, e fortalecendo, os primeiros povoados da localidade. 
A partir do século XVII, imigrantes portugueses se fixam ali, vindos de São Paulo e da Bahia, 
misturando-se aos índios. Do Paraguai e da Bolívia chegam os espanhóis. Os negros, trazidos para 
as fazendas de gado no período da escravidão, também compõem a população. 
No século XX, os maiores fluxos migratórios vêm do Nordeste, a partir dos anos 1950, com a 
construção da nova capital federal, Brasília. Nesse período, grande contingente populacional 
proveniente do Sul e do Sudeste também chega à região, em busca de emprego e de melhores 
oportunidades. Mais recentemente, o movimento migratório origina-se de duas regiões em 
particular: Nordeste e Norte. Segundo o IBGE, o Centro-Oeste é a região do país que 
proporcionalmente mais recebe imigrantes, com 34,2% de residentes vindos de outros estados em 
2013. 
De acordo com dados do IBGE, em 1950, Mato Grosso contava com 211.858 habitantes, já 
em 2016 (estimativa) este número subiu para 3.305.531 habitantes. Vivem na zona urbana 83% da 
população. A densidade demográfica é de 3,66 hab./km2 (estimativa 2016). Constata-se intensa 
miscigenação em todo o estado de Mato Grosso. Segundo o IBGE, 55,2% da população é parda, 
36,7% é branca, 7,0% é negra, 1,1% é amarela ou indígena. 
O processo demográfico ocorrido em Mato Grosso é um exemplo de povoamento de 
regiões fronteiriças. Apesar de o território ocupar praticamente 10% da área total do país, a 
população do Estado representa apenas 1,6% dos habitantes do Brasil. Mato Grosso, apesar de 
ainda pouco povoado, vive um intenso processo de migração ocorrido principalmente nas últimas 
décadas e vem sendo gradativamente ocupado. 
Os municípios mais populosos (est. 2016) são Cuiabá (585.367 habitantes), Várzea Grande 
(271.339 habitantes), Rondonópolis (218.899), Sinop (132.934) e Tangará da Serra (96.932). A 
região mais densamente ocupada do Estado é a Baixada Cuiabana, que abrange 13 municípios. 
Os homens são maioria, representando com 50,56% do total populacional, ficando as 
mulheres com 49,44%. Quanto à faixa etária, apesar de os dados do último censo apontarem uma 
evolução no processo de envelhecimento da população mato-grossense, ela, ainda, caracteriza-sepor ser essencialmente jovem. Isso fica comprovado quando se verifica que o contingente 
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populacional com até 24 anos de idade representa 43,5% do total. Este aspecto evidencia a 
necessidade de fortalecimento das políticas públicas sociais direcionadas a esse segmento 
populacional, principalmente, no que se refere às áreas educacional e de formação profissional. 
Outro aspecto a enfatizar, quanto ao crescimento demográfico, refere-se ao componente 
migração, sobretudo nas décadas de 1960/70/80, que teve desempenho relevante na 
conformação do atual perfil demográfico do estado de Mato Grosso. Nessas décadas, o 
movimento migratório para o estado era eminentemente interestadual. 
A partir da década de 1990, além da drástica redução do fluxo migratório dirigido ao estado 
de Mato Grosso, pode-se dizer que a migração passou a ser dominantemente de natureza inter-
regional. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, 42,75% das pessoas domiciliadas no 
município são nascidas no próprio município, contra 57,25% não nascidas no município. Quanto a 
pessoas provenientes de outros estados brasileiros, o censo aponta que 62,31% são naturais de 
Mato Grosso e 37,69% vieram de outros estados. 
Quanto à fecundidade pode-se dizer que a sociedade brasileira em geral e a mato-grossense 
em particular, vem ao longo dos anos passando por grandes mudanças na taxa de fecundidade 
(número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil) e que gera reflexos 
diretos no crescimento populacional. A redução do número de filhos por mulher foi consequência 
de uma série de fatores. Pode-se destacar a urbanização, a melhoria nos índices de educação, 
maior acesso ao planejamento familiar, maior ingresso de mulheres no mercado de trabalho e 
mudança nos valores culturais. 
O Centro-Oeste, dentre as cinco regiões brasileiras, foi a que apresentou a menor queda na 
taxa de fecundidade nos últimos dez anos. A taxa de fecundidade em Mato Grosso, censo 2010, 
ficou acima da média nacional: 2,11 filhos por mãe. Isso significa que a taxa estadual de 
fecundidade ainda se encontra acima do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), 
enquanto a média brasileira já se encontra abaixo desse nível. 
Houve também, paralelamente a essa acentuada redução da natalidade, o aumento da 
esperança de vida ao nascer. Isso vem provocando mudança na pirâmide etária. Observa-se um 
estreitamento em sua base, correspondente aos jovens, e um alargamento do meio para o topo, 
proporcionado pelo aumento da participação percentual de adultos e idosos. Em Mato Grosso, os 
indicadores sociais revelam que a expectativa de vida da população, no ano de 2010, foi de 72,48 
anos. 
 
 
 
 
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3. OS PROCESSOS DE URBANIZAÇÃO E DE INDUSTRIALIZAÇÃO. 
A formação do espaço urbano em Mato Grosso teve origem na primeira metade do século 
XVIII. Nesse período, foi fundada a cidade de Cuiabá, primeiro núcleo urbano, seguido de Vila Bela 
da Santíssima Trindade. Também tiveram origem, no século XVIII, os núcleos urbanos de Chapada 
dos Guimarães, Cáceres, Porto Espiridião, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Diamantino, 
Rosário Oeste, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e outras. Estes núcleos urbanos 
tinham inicialmente a condição de povoados e vilas. Só mais tarde – e no caso de alguns núcleos 
somente no século XX -, foram emancipados, alcançando a condição de cidades-sede de 
municípios. Após esta fase inicial, Mato Grosso passou a ter mais de 200 municípios, com pequeno 
crescimento urbano, em razão, principalmente, das dificuldades de acesso ao Estado e as 
limitações do sistema de transportes da época. 
No final do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, ocorreu em Mato 
Grosso um incremento populacional que deu origem a núcleos urbanos como Poxoréo, Guiratinga 
(antigo Lageado), Barra do Garças, Alto Araguaia, Alcantilado, Buriti, Estrela, Tapera, Tesouro e 
Batovi. Inicialmente conhecidos como “currutelas de garimpo” tiveram as suas origens no processo 
de exploração de diamante. No final dos anos 1960, com o esgotamento das minas de diamante, 
vários desses núcleos entraram em decadência e seus habitantes passaram a migrar para outros 
centros urbanos ou áreas rurais. 
Devido a curta duração, o ciclo da mineração teve pouca influência no ordenamento 
territorial de Mato Grosso. Assim, a urbanização em Mato Grosso foi fortemente influenciada pelo 
avanço da atividade agrícola, que atraiu mão de obra de outras regiões do país. Ressalta-se, no 
entanto, que as transformações rurais decorrentes do processo de apropriação de terras e da 
mecanização da agricultura reduziram a demanda de mão-de-obra no campo, ocasionando o 
êxodo rural, dando origem, assim, ao principal componente demográfico da urbanização do 
Estado. 
A partir da segunda metade da década de 1960, o ritmo de crescimento populacional de 
Mato Grosso se intensificou, o que se refletiu diretamente na paisagem urbana, iniciando assim, 
um processo de modernização das cidades mato-grossenses. 
 No final de 1960 e início dos anos 1970, Mato Grosso conheceu novo ritmo no processo de 
formação e crescimento das cidades. Nesse período, a ação dos programas federais de 
desenvolvimento econômico expandiu a fronteira agropecuária e desencadeou transformações 
territoriais, políticas, econômicas e sociais. 
 Entre essas mudanças, destacam-se as decorrentes da Lei Complementar nº 31, de 
11/10/1977, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul. A partir desse fato, teve início em Mato 
Grosso uma nova fase de expansão econômica, pautada na atividade agropecuária desenvolvida 
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com o suporte dado pela implantação dos projetos de colonização e incentivos fiscais, que 
atraíram um grande fluxo migratório, nas décadas de 1970, 1980 e início dos anos 1990. 
 Embora a base econômica esteja assentada na agropecuária, a população rural vem 
registrando uma significativa diminuição percentual em seu contingente. De acordo com o IBGE, 
em 1970, cerca de 61% da população total de Mato Grosso era rural, e em 2010 essa participação 
caiu para aproximadamente 17%. 
 
3.1. A URBANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA CAPITAL – CUIABÁ. 
Cuiabá foi fundada em 08 de abril de 1719 e levada à categoria de cidade em 1818. Em 
1836, foi declarada oficialmente capital provincial, fato decisivo na configuração urbana atual. 
Situada à margem esquerda do rio Cuiabá, encontra-se conurbada com a cidade de Várzea 
Grande, com forma administrativa de Aglomerado Urbano e, posteriormente, em 2009 configurou 
definitivamente como Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá (RMVRC). A Região 
Metropolitana leva em consideração os municípios limítrofes, integrantes do mesmo complexo 
geoeconômico e social e exige planejamento integrado, com organização e execução 
compartilhadas das funções públicas de interesse comum. A RMVCreúne os seguintes municípios: 
Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento e Santo Antônio do Leverger. O Entorno 
Metropolitano é formado pelos municípios de Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos 
Guimarães, Jangada, Nobres, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé e Rosário Oeste, 
porquanto contíguos à RMVRC e envolvidos no processo de metropolização. 
Cuiabá, ao longo de três séculos, viveu períodos intensos de urbanização, principalmente a 
partir da década 1970, quando a população cresce de 100 mil habitantes para 551 mil em 2010. 
É um dos principais polos de desenvolvimento da Região Centro-Oeste do Brasil, que drena 
serviços das regiões norte e centro oeste com serviços especializados. 
Cuiabá tem o maior PIB do Mato Grosso, representando 18,54% do PIB total do Estado 
(2010). A economia de Cuiabá está alicerçada, principalmente na prestação de serviços, que 
correspondem a 52,3%, seguido pela indústria com 18,3% e pela administração pública, com 
13,7%. Apesar de apresentar o maior PIB do Estado, a quase tricentenária, possui todos os 
problemas comuns às grandes cidades, como déficit de moradia. 
 
 
 
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4. A ECONOMIA DO MATO GROSSO - AGROPECUÁRIA, INDÚSTRIA, 
MINERAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. 
Mato Grosso ocupou a 15ª posição no ranking nacional do PIB em 2010, com um percentual 
de 1,6% do total do PIB brasileiro. Em termos de PIB per capita, valor final dos bens e serviços 
produzidos dividido pela população em determinado ano, o Estado alcançou a 8ª colocação entre 
as unidades federativas com maior PIB per capita em 2011. A agropecuária teve uma participação 
de 24,1%, a indústria 18,6% e os serviços de 57,3%, na composição do PIB estadual em 2011. 
A base econômica do Estado está assentada na monocultura de grãos e na criação extensiva 
de gado bovino para corte. Trata-se de um modelo agropecuário que exige disponibilidade de 
capital, conhecimento técnico e utilização de máquinas modernas. Poucos proprietários acabam se 
apropriando e produzindo em enormes extensões de terra. Dessa forma, a agropecuária alcança 
uma alta produtividade devido ao uso intensivo de insumos (fertilizantes, herbicidas, sementes 
transgênicas, agrotóxicos), principalmente nas monoculturas exportadoras. 
Observa-se um crescimento da área cultivada para os produtos destinados ao mercado 
externo e as agroindústrias, em detrimento dos produtos destinados ao consumo do mercado 
interno brasileiro. No mercado externo, os produtos agropecuários representam mais de 95% das 
exportações mato-grossense. 
Mato Grosso vem destacando-se a cada ano como um importante polo agropecuário do 
país. As características ideais para esta atividade da economia como: clima tropical, grandes 
extensões de terra, chuvas regulares, solos planos e profundos são naturais no Estado. Estes 
fatores quando associados às modernizações das práticas agrícolas, inovações tecnológicas e 
políticas setoriais proporcionam, no conjunto, altos níveis de produção e produtividade. 
O Estado é o maior produtor de soja, milho e algodão do Brasil. É também um grande 
produtor de arroz. Outro destaque é a pecuária. O Estado ocupa, também, a primeira posição 
tanto em relação à quantidade do efetivo bovino como na produção de carne bovina. 
O setor industrial no Estado só teve impulso a partir de 1970 com as políticas públicas dos 
governos militares que propagavam o “desenvolvimento” da Amazônia Legal. Após 1970, a 
atuação de órgãos federais no Estado, como a Sudam e a Sudeco, propiciou a aplicação de grandes 
investimentos em diversos setores da economia, objetivando o uso do território mato-grossense 
em bases empresariais. 
Com a expansão e modernização do setor agropecuário, a agricultura alcançou elevados 
índices de produtividade e intensa capitalização. Nesse processo, antigas fazendas foram 
abandonando práticas tradicionais de produção, substituindo-as por inovações tecnológicas, novas 
relações de trabalho e de produção. 
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A integração entre os setores agrícola e industrial foi impulsionada, unificando o urbano e o 
rural, a cidade e o campo. Isso tem possibilitado o crescimento de ramos da agroindústria ligados 
predominantemente ao complexo alimentar de grãos e carne, ao aproveitamento da madeira e, 
secundariamente, ao mineral. 
Os resultados favoráveis na produção de grãos e fibras, a partir dos anos 1990, têm 
estimulado a expansão das atividades da agroindústria no Estado. Esta atividade consiste em um 
setor que transforma os produtos agrícolas, agregando-lhes valor, diversificando e gerando nos 
produtos e mercados. Dessa forma, esmagadoras, algodoeiras, fiações e beneficiadoras de cereais 
são os segmentos que mais se destacam em investimentos efetuados, tanto por grandes empresas, 
como também por capitais locais atuantes nos mercados regionais. 
No Estado, o setor industrial é ainda pouco expressivo e diversificado. Predominam os 
segmentos da indústria de alimentos, madeira, álcool e minerais não metálicos. 
Se durante a colonização, Mato Grosso foi reconhecido pelo ouro, hoje é um mercado 
potencial para a fabricação de joias e semi jóias a partir de pedras preciosas. Além de ser o maior 
produtor de diamante do Brasil – com 88% do total da produção brasileira, segundo o 
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) –, o estado também se destaca pelas pedras 
coradas, como a ametista, o quartzo rosa, a ágata e a turmalina. 
Atualmente, conforme dados da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), as 
pedras coradas se concentram nas regiões noroeste, centro sul e leste de Mato Grosso. A granada, 
o zircão e o diopsídio em geral são encontrados associados ao diamante, nas regiões de 
Paranatinga e de Juína. 
Nas proximidades de Rondolândia existe um depósito de quartzo rosa e as turmalinas são 
encontradas próximas a Cotriguaçu, enquanto as ametistas estão concentradas próximas aos 
municípios de Aripuanã (noroeste) e Pontes e Lacerda (oeste). 
Mato Grosso é o maior produtor de pescado de água doce do país, responsável por 20% da 
produção do Brasil, com 75,629 mil toneladas (IBGE 2013). E esse mercado tem muito a crescer. O 
potencial está na abundância de rios e lagos em território mato-grossense. 
Atualmente, 72% do pescado produzido no estado são destinados ao consumo interno, de 
acordo com dados de 2014 do Imea. O segundo maior consumidor do peixe produzido no estado é 
o Pará (9,71%), seguido do Tocantins (2,35%). O plano do Governo do Estado é estimular o 
aumento da produção e atrair empresas de beneficiamento do peixe para exportá-lo para outros 
estados. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) tem 
investido no setor, tanto em pesquisa quanto na produção. 
O estado também é o segundo maior produtor de borracha natural do país, com 40 mil 
hectares de área plantada e 25 mil famílias envolvidas na atividade, conforme dados da Empaer. 
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5. INFRAESTRUTURA. 
As principais rodovias de Mato Grosso foram construídas a partir da década de 1970, 
através do Programa de Integração Nacional. O transporte terrestre tem grande importância para 
a economia do estado, permitindo o escoamento da produção agrícola e suprindo as necessidades 
da circulação de mercadorias. Sendo um grande produtor e exportador agropecuário, o estado 
necessita de boa infraestrutura de transportes. 
As principais rodovias federais que cortam o estado são a BR-163, BR-364, BR-070 e BR-158. 
As principais rodovias estaduais são a MT-170, MT-130, MT-320, MT-338, MT-220 e MT-100. 
Grande parte das rodovias estaduais foram criadas a partir da década de 1970, visando 
interligar os municípios mato-grossenses, dando acesso aos eixos rodoviários federais. Apesar da 
enorme importância para a economia estadual, muitas destas rodovias estão em estado crítico de 
conservação. 
Quanto às ferrovias, a Ferronorte interliga Mato Grosso ao Porto de Santos, em São Paulo. 
Conta com quatro terminais: Alto Araguaia, Alto Taquari, Itiquira (Mato Grosso) e Rondonópolis 
(sendo este o maior terminal intermodal da América Latina), e são responsáveis pelo escoamento 
de grande parte da produção agrícola do estado. Atualmente, a Ferrovia encontra-se em 
posse/concessão da América Latina Logística. 
Apesar dos rios que banham o estado apresentarem boas condições de navegação, as 
hidrovias em Mato Grosso, em geral, são menos utilizadas e envolvem polêmicas com questões 
ambientais e sociais, sendo que muitas obras encontram-se embargadas atualmente. As principais 
hidrovias são: Paraguai-Paraná, Rio das Mortes-Araguaia-Tocantins e Madeira-Amazonas. 
O estado do Mato Grosso produz mais energia do que consome. Em 2014, a produção foi de 
14 milhões/MWh. Desse montante, consumiu 9 milhões/MWh e exportou 5 milhões/MWh, via o 
Sistema Interligado Nacional (SIN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. EDUCAÇÃO E SAÚDE. 
 Os indicadores oficiais de educação (2013) informam que o analfabetismo era de 7,8%, 
enquanto o analfabetismo funcional era de 18,5%. A rede pública é onde a grande maioria dos que 
estão na sala de aula estudam. Na educação infantil, representa 84,4% das matrículas; no ensino 
fundamental, 90,2% das matrículas e no ensino médio, por 92,3% das matrículas. Diferente é a 
situação do ensino superior em que menos da metade – 32,2% - das matrículas são em 
estabelecimentos da rede pública (2013). 
Na saúde, a mortalidade infantil é de 18,3% (2013). Esse indicador está em queda há várias 
décadas. Há 12,3 médicos por 10 mil hab. (agosto/2014) e 1,6 leitos hospitalares para cada mil 
habitantes (julho/2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. CULTURA. 
Mato Grosso é um estado rico na diversidade cultural. A identidade cultural mato-grossense 
foi construída por meio da integração da tradição de povos ancestrais, dos índios, dos africanos, 
dos europeus e dos migrantes vindos de diversas regiões do Brasil. 
 
7.1. DANÇA E MÚSICA 
A dança e a música de Cuiabá têm influências de origem africana, portuguesa, espanhola, 
indígenas e chiquitana. É um conjunto muito rico de combinações que resultou no rasqueado, 
siriri, cururu e outros ritmos. Os instrumentos principais que dão ritmo às músicas e danças são: a 
viola de cocho, ganzá e mocho. 
 
7.2. LINGUAJAR 
Mato Grosso é uma terra de vários sotaques. Com influência de gaúchos, mineiros, 
paulistas, portugueses, negros, índios e espanhóis, o estado não tem uma fala própria. Em lugares 
como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Sinop o acento do sul fica mais evidente. É claro que a língua é 
porosa e a influência se faz presente, até mesmo nas comunidades mais fechadas. 
No entanto, em Mato Grosso, temos o falar cuiabano, talvez o sotaque mais marcado da 
língua portuguesa. Com expressões próprias como “vôte” e “sem-graceira” esse falar se mistura 
com uma entonação diferente, como a desnasalização no final de algumas palavras. Infelizmente 
ele é um dos menos retratados na cultura nacional, nunca apareceu em uma novela ou filme de 
sucesso nacional e não possui uma identificação imediata. 
Devido ao seu enorme isolamento por conta da distância e acontecimentos históricos, o 
linguajar guardou resquícios do português arcaico, misturou-se com o falar dos chiquitanos da 
Bolívia e dos índios das diversas tribos do estado. 
 
7.3. ARTESANATO 
Dentro do artesanato mato-grossense, a cerâmica é a que mais se destaca pelas suas formas 
e perfeições. Feita de barro cozido em forno próprio, ela é muito utilizada para a fabricação de 
utensílios domésticos e objetos de ornamentação. Na divulgação da arte, cultura e tradição mato-
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grossense, a tecelagem também detém grande representatividade, principalmente pela beleza das 
cores refletidas nas redes tingidas e bordadas, uma a uma, pelas mãos das redeiras. A mistura de 
cores forma lindas imagens, que vão desde araras e onças até belas flores nativas. 
A cultura mato-grossense sofre forte influência dos indígenas, através de seus costumes e 
tradições. O artesanato é forte e expressivo, representando o modo de vida de cada tribo. Eles 
preservam a arte de confeccionar cocar, colares, brincos e pulseiras, utilizando-se das matérias-
primas oriundas da natureza, como sementes, penas e pigmentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. EXERCÍCIOS. 
 
1. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
Como parte das comemorações dos 265 anos de Mato Grosso, a Secretaria Estadual de 
Cultura (SEC) decretou, no último dia 22, o tombamento do linguajar cuiabano como 
patrimônio imaterial do estado. O texto da portaria da SEC destaca que o linguajar cuiabano 
faz parte da história e do estado de Mato Grosso e, hoje, muito de falar cuiabano com seu 
sotaque caiu em desuso por grande parte de seus habitantes, permanecendo com o povo mais 
antigo e moradores ribeirinhos, que buscam preservar a história de seu sotaque. 
(Adaptado de http://g1.globo.com/mato‐grosso/noticia/2013/05/linguajar-cuiabano-‐
tombado‐como‐patrimonio‐imaterial-de‐mato‐grosso.html) 
Com base na notícia acima, assinale a alternativa que identifica corretamente a importância 
cultural do tombamento do linguajar cuiabano em abril de 2013. 
A) O tombamento do linguajar cuiabano conserva o conjunto de fonemas, vocabulário e 
expressões peculiares do modo de falar da região, diferente dos falares do resto do país. 
B) A portaria da SECestabelece a necessidade de modernizar a linguagem corrente cuiabana, 
fomentando o uso da norma culta da língua. 
C) O linguajar cuiabano foi tombado por constituir precioso patrimônio etnográfico e 
arquivístico, a ser preservado em instituições de memória. 
D) O decreto da SEC visa proteger expressões e fonemas trazidos pelos imigrantes oriundos 
do sul do Brasil, misturados ao castelhano da região do Prata. 
E) O tombamento busca incentivar a redescoberta da especificidade cultural do linguajar 
cuiabano promovida pela recente democratização do acesso a meios de comunicação de 
massa. 
Comentários 
A Secretaria estadual de Cultura do Mato Grosso decretou, em 22 de abril de 2013, o tombamento 
do linguajar cuiabano como patrimônio imaterial do estado. O modo de falar peculiar da região - 
com seus fonemas, vocabulário, expressões e detalhes que o distinguem dos falares do restante do 
país - passa a ser protegido pelo poder público do risco de desaparecimento. O tombamento tem 
como resultado prático a tomada de iniciativas, por parte do Estado, para registrar o linguajar e 
fomentar seu uso. 
De acordo com a portaria de tombamento, o linguajar cuiabano "faz parte da história de Cuiabá e 
do Estado de Mato Grosso e, hoje, muito do falar cuiabano com seu sotaque caiu em desuso por 
grande parte de seus habitantes, permanecendo com o povo mais antigo e moradores ribeirinhos, 
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que buscam preservar a história de seu sotaque". A portaria enaltece o "cuiabanês" como 
instrumento de consolidação cultural. 
Gabarito: A 
2. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
O povoamento do Centro-Oeste resulta, desde o período colonial, de movimentos 
migratórios. No século XX, a construção da nova capital brasileira atraiu novas levas de 
imigrantes, em especial do Nordeste, secundado pelo Sul e pelo Sudeste. Nos últimos 
tempos, o Norte e o Nordeste respondem pelo maior número de imigrantes que chegam à 
região. Segundo o censo de 2000, de cada três nortistas que emigram, um se dirige para o 
Centro-Oeste. 
Com o auxílio dessas informações e considerando o processo histórico de povoamento do 
Centro-Oeste brasileiro, assinale a opção correta. 
A) A grande extensão territorial do Centro-Oeste deriva do fato de a colonização do Brasil ter-
se iniciado nessa região, conquistada aos espanhóis, que dela se apossaram em consequência 
do Tratado de Tordesilhas. 
B) Sucessivas correntes migratórias, do século XVII ao presente, fizeram do Centro-Oeste a 
região brasileira mais populosa proporcionalmente à extensão de sua área geográfica. 
C) Bonito, em Mato Grosso, e o Pantanal Mato-Grossense, cortado pelo rio Araguaia, são dois 
dos mais expressivos exemplos de belezas naturais com que conta o Centro-Oeste para o 
desenvolvimento do ecoturismo. 
D) Incentivos oferecidos pelo regime militar, na década de 70, explicam o fato de que, mais 
recentemente, brasileiros provenientes do Sul e do Sudeste sejam os imigrantes que mais se 
dirigem ao Centro-Oeste. 
E) Meta-síntese do programa de governo de JK, Brasília, além das inovações de seu projeto 
urbanístico e arquitetônico, contribuiu para a interiorização do desenvolvimento brasileiro e 
tornou-se polo de atração de imigrantes. 
Comentários 
A) Incorreta. A colonização do Brasil iniciou-se pelo litoral e não pelo interior. Pelo tratado de 
Tordesilhas a maior parte do Centro-Oeste estava destinada aos espanhóis. Quem se apossou de 
terras da Espanha foi Portugal. 
B) Incorreta. Populoso (população absoluta): é a quantidade total de habitantes de um 
determinado lugar. Povoado (população relativa): refere-se à distribuição da população pelo 
território, isto é, a sua densidade demográfica, ou número de habitantes por quilômetro quadrado 
(km²). O Sudeste é a região brasileira mais populosa e mais povoada do Brasil. O Centro-Oeste é a 
região menos populosa e a segunda menos povoada do Brasil. 
C) Incorreta. O município de Bonito fica no Mato Grosso do Sul e não em Mato Grosso. O Pantanal 
Mato-Grossense não é cortado pelo rio Araguaia. Ambos são dois dos mais expressivos exemplos 
de belezas naturais com que conta o Centro-Oeste para o desenvolvimento do ecoturismo. 
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D) Incorreta. Na atualidade, as regiões do Brasil de onde mais emigram pessoas para o Centro-
Oeste são o Nordeste e Norte. 
e) Correta. A construção de Brasília configurou-se na Meta-síntese do programa de governo de JK. 
A nova capital, além das inovações de seu projeto urbanístico e arquitetônico, contribuiu para a 
interiorização do desenvolvimento brasileiro e tornou-se polo de atração de imigrantes. 
Gabarito: E 
3. (FUNCAB/SESP-POLITEC/2014 – PERITO OFICIAL CRIMINAL) 
Localizado na região Centro-Oeste do país, o Mato Grosso é o terceiro Estado brasileiro em 
superfície. 
É correto afirmar que o Estado: 
A) concentra as atividades econômicas na agropecuária e no extrativismo vegetal, não 
contando com reservas minerais para exploração. 
B) apresenta estrutura fundiária pouco concentrada. 
C) é quase totalmente revestido por vegetação do Cerrado. 
D) conta com indústrias que se baseiam nas fábricas de produtos vegetais ou agrícolas, como 
milho e soja. 
E) possui baixa densidade demográfica, embora seja um dos mais populosos do país. 
Comentários 
A) Incorreta. O Estado de Mato Grosso é produtor de importantes recursos minerais tais como 
ouro, diamante, calcário, água mineral, além de minerais empregados na construção civil, como 
areia, argila, cascalho e brita, 
B) Incorreta. A estrutura fundiária do Mato Grosso é muito concentrada em grandes propriedades 
rurais. 
C) Incorreta. Pouco mais da metade do Estado é revestido por vegetação da Floresta Amazônica. O 
Cerrado reveste em torno de 40% do território estadual. 
D) Correta. No segmento industrial mato-grossense destaca-se a agroindústria. O Estado conta 
com indústrias que se baseiam nas fábricas de produtos vegetais ou agrícolas, como milho e soja. 
E) Incorreta. De fato, o Mato Grosso possui baixa densidade demográfica. O erro da assertiva está 
em afirmar que o Estado é um dos mais populosos do país. Mato Grosso é o nono Estado menos 
populoso do Brasil. 
Gabarito: D 
4. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
Nos anos 70 do século passado, cerca de 60% da população do Centro-Oeste vivia no campo. 
Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A crescente mecanização da 
agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras regiões 
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brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa 
região. 
A propósito dessa realidade, assinale a opção correta. 
A) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da 
mecanização das atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no 
denominado agronegócio, na atualidade, um de seus símbolos mais expressivos. 
B) O significativo crescimento da populaçãourbana no Centro-Oeste fez dessa região 
autêntica exceção no conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e 
política do campo, o que explica a lenta expansão dos centros urbanos brasileiros. 
C) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com 
seus dois milhões de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do 
Centro-Oeste, a começar pela taxa de escolaridade da população. 
D) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o 
desenvolvimento no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo 
agronegócio. 
E) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição 
histórica aos índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na 
composição demográfica dessa região. 
Comentários 
A) Correta. A mecanização das atividades rurais tornou ocioso largos contingentes de 
trabalhadores rurais no Brasil e no Centro-Oeste. Sem emprego no campo, esses trabalhadores 
migram para as cidades, ampliando consideravelmente a população urbana, fenômeno conhecido 
por êxodo rural. O agronegócio é o motor econômico do Centro-Oeste. 
B) Incorreta. O Brasil é um país urbano. Em torno de 85% da sua população é urbana. O fenômeno 
da urbanização brasileira é nacional, ocorre em todas as regiões do país. 
C) Incorreta. O Distrito Federal conta com os melhores indicadores socioeconômicos do Centro-
Oeste, o que eleva os indicadores da macrorregião. 
D) Incorreta. A interiorização das atividades econômicas no Brasil, também atinge o Centro-Oeste. 
Anápolis (GO) é um importante centro industrial da região. O crescimento do agronegócio 
possibilitou o desenvolvimento de várias cidades do interior, tais como Rio Verde e Catalão (GO), 
Dourados (MS), Rondonópolis, Cáceres e Sinop (MT). 
E) Incorreta. A escravidão se fez presente em todas as regiões brasileiras. No período colonial, na 
fase aurífera, houve intensa utilização de mão-de-obra escrava no Centro-Oeste. Os índios foram 
muito perseguidos e quase dizimados no Brasil pelos colonizadores. Mesmo assim, é visível a 
participação dos índios na composição demográfica e também a forte presença de 
afrodescendentes na composição demográfica do Brasil e do Centro-Oeste. 
Gabarito: A 
 
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5. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
"A agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou nesta segunda-feira que sete 
grupos vão disputar o leilão do trecho da rodovia BR-163 em Mato Grosso, que acontece na 
próxima quarta-feira, a partir da s10h, na BM&FBovespa, em São Paulo". 
(http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/sete-grupos-apresentam-proposta-para-
leilao-da-br-163-no-mt-diz-antt.html) 
Com relação aos interesses envolvidos no leilão do trecho da rodovia BR-163 em Mato 
Grosso, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. 
( ) Este leilão faz parte de um plano de concessões rodoviárias que integra o Programa de 
Investimento em logística (PIL), lançado pelo Governo Federal em 2012. 
( ) A BR-163 é uma rodovia longitudinal no sentido norte-sul, e espera-se, com seu leilão, 
captar recursos para sua modernização. 
( ) O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) apoia o PIL, pois considera que ele irá 
incrementar as oportunidades de emprego e de acesso à terra na região. 
 
As afirmativas são, respectivamente, 
A) F, V e F. 
B) F, V e V. 
C) V, F e F. 
D) V, V e F. 
E) F, F e V. 
Comentários 
Em 15 de agosto de 2012, o Governo Federal lançou o Programa de Investimentos em Logística, 
que tem como objetivo aumentar a escala de investimentos públicos e privados na infraestrutura 
dos transportes. O programa ainda visa à integração de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a 
fim de reduzir custos e ampliar a capacidade de transporte, além de promover a eficiência e 
aumentar a competitividade do país. Em Mato Grosso, foi leiloada e concedida ao setor privado a 
BR-163. Os consórcios vencedores investirão na duplicação e modernização da rodovia. 
A BR-163 é uma rodovia longitudinal no sentido norte-sul, constituindo-se em uma das principais 
vias de escoamento da produção de grãos das regiões Centro-Oeste e Norte. 
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) não apoia o Programa de Investimento em 
logística (PIL), do Governo Federal. 
Gabarito: D 
6. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
No segundo semestre de 2013, a Usina Hidrelétrica de Sinop foi arrematada, em leilão, por 
um consórcio, e a expectativa é a expansão da sua capacidade de geração de energia. As 
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alternativas a seguir identificam corretamente a importância desta usina para o 
desenvolvimento da região, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Esta usina integra o Complexo Hidrelétrico do rio Teles Pires e foi construída para atender 
ao aumento do consumo de energia, devido à instalação de novas indústrias ligadas à 
mineração. 
B) A construção da barragem para a usina afetará municípios como Sinop, Itaúba e Cláudia, 
entre outros, ampliando o mercado de trabalho. 
C) O plano de investimento para a construção da usina é o Plano Agrícola e Pecuário 2020, 
cujo objetivo é garantir o abastecimento hídrico para o desenvolvimento da sojicultura. 
D) O projeto de construir várias hidrelétricas além da usina de Sinop no rio Teles Pires, 
permitirá abrir um corredor de transportes hídricos, a futura hidrovia Tapajós-Teles Pires. 
E) A usina de Sinop regularizará a vazão do rio, o que permitirá fornecer energia elétrica 
mesmo no período de estiagem. 
Comentários 
A Usina Hidrelétrica de Sinop está incluída no Plano Nacional de Energia 2030, cujo objetivo é 
garantir o suprimento de energia, atendendo a expansão da demanda energética em longo prazo. 
Assim, é incorreta a alternativa C. As demais alternativas estão corretas. 
Gabarito: C 
7. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MT/2013 – ALMOXARIFE) 
A economia do Estado de Mato Grosso baseia‐se principalmente 
A) na fruticultura e na pecuária de corte. 
B) na criação de gado e na produção de laticínios. 
C) nas indústrias têxteis e de máquinas pesadas. 
D) na indústria automobilística e na agricultura empresarial. 
E) na agricultura empresarial e na pecuária de corte. 
Comentários 
A base econômica do Estado está assentada na monocultura de grãos (agricultura empresarial) e 
na criação extensiva de gado bovino para corte. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
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1. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
Como parte das comemorações dos 265 anos de Mato Grosso, a Secretaria Estadual de 
Cultura (SEC) decretou, no último dia 22, o tombamento do linguajar cuiabano como 
patrimônio imaterial do estado. O texto da portaria da SEC destaca que o linguajar cuiabano 
faz parte da história e do estado de Mato Grosso e, hoje, muito de falar cuiabano com seusotaque caiu em desuso por grande parte de seus habitantes, permanecendo com o povo mais 
antigo e moradores ribeirinhos, que buscam preservar a história de seu sotaque. 
(Adaptado de http://g1.globo.com/mato‐grosso/noticia/2013/05/linguajar-cuiabano-‐
tombado‐como‐patrimonio‐imaterial-de‐mato‐grosso.html) 
Com base na notícia acima, assinale a alternativa que identifica corretamente a importância 
cultural do tombamento do linguajar cuiabano em abril de 2013. 
A) O tombamento do linguajar cuiabano conserva o conjunto de fonemas, vocabulário e 
expressões peculiares do modo de falar da região, diferente dos falares do resto do país. 
B) A portaria da SEC estabelece a necessidade de modernizar a linguagem corrente cuiabana, 
fomentando o uso da norma culta da língua. 
C) O linguajar cuiabano foi tombado por constituir precioso patrimônio etnográfico e 
arquivístico, a ser preservado em instituições de memória. 
D) O decreto da SEC visa proteger expressões e fonemas trazidos pelos imigrantes oriundos 
do sul do Brasil, misturados ao castelhano da região do Prata. 
E) O tombamento busca incentivar a redescoberta da especificidade cultural do linguajar 
cuiabano promovida pela recente democratização do acesso a meios de comunicação de 
massa. 
 
2. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
O povoamento do Centro-Oeste resulta, desde o período colonial, de movimentos 
migratórios. No século XX, a construção da nova capital brasileira atraiu novas levas de 
imigrantes, em especial do Nordeste, secundado pelo Sul e pelo Sudeste. Nos últimos 
tempos, o Norte e o Nordeste respondem pelo maior número de imigrantes que chegam à 
região. Segundo o censo de 2000, de cada três nortistas que emigram, um se dirige para o 
Centro-Oeste. 
Com o auxílio dessas informações e considerando o processo histórico de povoamento do 
Centro-Oeste brasileiro, assinale a opção correta. 
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A) A grande extensão territorial do Centro-Oeste deriva do fato de a colonização do Brasil ter-
se iniciado nessa região, conquistada aos espanhóis, que dela se apossaram em consequência 
do Tratado de Tordesilhas. 
B) Sucessivas correntes migratórias, do século XVII ao presente, fizeram do Centro-Oeste a 
região brasileira mais populosa proporcionalmente à extensão de sua área geográfica. 
C) Bonito, em Mato Grosso, e o Pantanal Mato-Grossense, cortado pelo rio Araguaia, são dois 
dos mais expressivos exemplos de belezas naturais com que conta o Centro-Oeste para o 
desenvolvimento do ecoturismo. 
D) Incentivos oferecidos pelo regime militar, na década de 70, explicam o fato de que, mais 
recentemente, brasileiros provenientes do Sul e do Sudeste sejam os imigrantes que mais se 
dirigem ao Centro-Oeste. 
E) Meta-síntese do programa de governo de JK, Brasília, além das inovações de seu projeto 
urbanístico e arquitetônico, contribuiu para a interiorização do desenvolvimento brasileiro e 
tornou-se polo de atração de imigrantes. 
 
3. (FUNCAB/SESP-POLITEC/2014 – PERITO OFICIAL CRIMINAL) 
Localizado na região Centro-Oeste do país, o Mato Grosso é o terceiro Estado brasileiro em 
superfície. 
É correto afirmar que o Estado: 
A) concentra as atividades econômicas na agropecuária e no extrativismo vegetal, não 
contando com reservas minerais para exploração. 
B) apresenta estrutura fundiária pouco concentrada. 
C) é quase totalmente revestido por vegetação do Cerrado. 
D) conta com indústrias que se baseiam nas fábricas de produtos vegetais ou agrícolas, como 
milho e soja. 
E) possui baixa densidade demográfica, embora seja um dos mais populosos do país. 
 
4. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
Nos anos 70 do século passado, cerca de 60% da população do Centro-Oeste vivia no campo. 
Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A crescente mecanização da 
agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras regiões 
brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa 
região. 
A propósito dessa realidade, assinale a opção correta. 
A) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da 
mecanização das atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no 
denominado agronegócio, na atualidade, um de seus símbolos mais expressivos. 
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B) O significativo crescimento da população urbana no Centro-Oeste fez dessa região 
autêntica exceção no conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e 
política do campo, o que explica a lenta expansão dos centros urbanos brasileiros. 
C) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com 
seus dois milhões de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do 
Centro-Oeste, a começar pela taxa de escolaridade da população. 
D) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o 
desenvolvimento no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo 
agronegócio. 
E) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição 
histórica aos índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na 
composição demográfica dessa região. 
 
5. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
"A agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou nesta segunda-feira que sete 
grupos vão disputar o leilão do trecho da rodovia BR-163 em Mato Grosso, que acontece na 
próxima quarta-feira, a partir da s10h, na BM&FBovespa, em São Paulo". 
(http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/sete-grupos-apresentam-proposta-para-
leilao-da-br-163-no-mt-diz-antt.html) 
Com relação aos interesses envolvidos no leilão do trecho da rodovia BR-163 em Mato 
Grosso, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. 
( ) Este leilão faz parte de um plano de concessões rodoviárias que integra o Programa de 
Investimento em logística (PIL), lançado pelo Governo Federal em 2012. 
( ) A BR-163 é uma rodovia longitudinal no sentido norte-sul, e espera-se, com seu leilão, 
captar recursos para sua modernização. 
( ) O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) apoia o PIL, pois considera que ele irá 
incrementar as oportunidades de emprego e de acesso à terra na região. 
 
As afirmativas são, respectivamente, 
A) F, V e F. 
B) F, V e V. 
C) V, F e F. 
D) V, V e F. 
E) F, F e V. 
 
 
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6. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/2013 – PROCURADOR LEGISLATIVO) 
No segundo semestre de 2013, a Usina Hidrelétrica de Sinop foi arrematada, em leilão, por 
um consórcio, e a expectativa é a expansão da sua capacidade de geração de energia. As 
alternativas a seguir identificam corretamente a importância desta usina para o 
desenvolvimento da região, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Esta usina integra o Complexo Hidrelétrico do rio Teles Pires e foi construída para atender 
ao aumento do consumode energia, devido à instalação de novas indústrias ligadas à 
mineração. 
B) A construção da barragem para a usina afetará municípios como Sinop, Itaúba e Cláudia, 
entre outros, ampliando o mercado de trabalho. 
C) O plano de investimento para a construção da usina é o Plano Agrícola e Pecuário 2020, 
cujo objetivo é garantir o abastecimento hídrico para o desenvolvimento da sojicultura. 
D) O projeto de construir várias hidrelétricas além da usina de Sinop no rio Teles Pires, 
permitirá abrir um corredor de transportes hídricos, a futura hidrovia Tapajós-Teles Pires. 
E) A usina de Sinop regularizará a vazão do rio, o que permitirá fornecer energia elétrica 
mesmo no período de estiagem. 
 
7. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MT/2013 – ALMOXARIFE) 
A economia do Estado de Mato Grosso baseia‐se principalmente 
A) na fruticultura e na pecuária de corte. 
B) na criação de gado e na produção de laticínios. 
C) nas indústrias têxteis e de máquinas pesadas. 
D) na indústria automobilística e na agricultura empresarial. 
E) na agricultura empresarial e na pecuária de corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Alternativa A 
2. Alternativa E 
3. Alternativa D 
4. Alternativa A 
5. Alternativa D 
6. Alternativa C 
7. Alternativa E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
 É isso aí meu amigo concurseiro. Se fez tudo até aqui é mesmo um guerreiro dos estudos, 
como devemos ser na vida. Parabéns pelo seu esforço! É um comportamento bem difícil até nos 
disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. 
 Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. Vai 
valer muito a pena. Nós da equipe Estratégia Concursos vamos guia-lo ao caminho da aprovação. 
 
Motivação, Disciplina e Estratégia. 
 
Um grande abraço... 
Bons estudos. 
Foco no Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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