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Unidade IV - Nordeste e Centro-Oeste do Brasil

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Regionalização 
do Brasil
Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Flavio Bezerra da Silva
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
5
• Introdução
• A formação do Nordeste Brasileiro
• Novas dinâmicas no Nordeste
• Centro-Oeste: fronteira agrícola?
Fique atento(a) ao fato de que há diversas contradições no processo da formação regional 
brasileira ao longo da história, bem como diversas políticas governamentais que induziram 
a determinadas práticas espaciais. Também é importante sua atenção ao processo de 
ocupação das regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, assim como as desigualdades 
espaciais existentes.
Dessa forma, leia atentamente o texto, realize as atividades propostas e procure observar os 
eventos que culminaram em algumas mudanças nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, bem 
como os principais fatores sociais que participam desse processo.
Nesta Unidade discutiremos o processo e as políticas de ocupação 
para o Nordeste e o Centro-Oeste do Brasil, relacionando as 
visões de alguns autores sobre esse processo de ocupação.
Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
6
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Contextualização
Ao longo da formação socioespacial do Brasil houve inúmeras expressões que designavam porções 
de nosso território sem, necessariamente, serem formalmente as regiões atualmente definidas.
Os discursos sobre região e regionalismo no Brasil foram construídos por diferentes agentes 
sociais, entre os quais o Estado, por exemplo, com lógica elaborada pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), com a criação das macrorregiões brasileiras; por geógrafos e 
outros autores, que também criaram formas de pensar e regionalizar o Brasil; assim como por 
cronistas e autores de nossa literatura, além da própria mídia, esses que ajudaram a divulgar 
algumas concepções sobre o que é região ou sobre os regionalismos brasileiros. 
Conforme explica Maria Ediney da Silva (2012, p. 17) em relação às concepções sobre o 
Nordeste e o nordestino, construídas ao longo do século XX:
Sabe-se que a expressão Nordeste, ou mesmo nordestino, encontra 
um universo, já muito cristalizado, de imagens e discursos socialmente 
reconhecidos que direcionam a uma representação. É o nordeste do Chico 
e João Grilo de Ariano Suassuna, do vaqueiro Fabiano e da cachorra 
baleia de Graciliano Ramos, de Os sertões de Euclides da Cunha, da 
“seca de 1915” de Raquel de Queiroz. É o Nordeste das manifestações 
da cultura popular, como o reisado, o bumba meu boi, o coco de roda, 
frevo, caboclinho, o cordel, entre tantas outras. No plano econômico, 
há desde o Nordeste agrário-pastoril aos novos pólos agrícolas voltados 
à exportação de frutas. Enfim, um mosaico de imagens e discursos 
que compõem uma “identidade” recheada de traços definidores que 
encontram nessas construções literárias, midiáticas e econômicas uma 
forma de ver e perceber esse recorte espacial.
Observa-se nesta citação que podemos pensar na região ou nos regionalismos pelo viés 
mais sociocultural, dos costumes, hábitos e formas de expressão, caso da cultura popular, por 
exemplo, mas também pela dimensão econômica e nas formas de apropriações do espaço.
Neste material privilegia-se à dimensão econômica e política do território, buscando evidenciar 
as políticas públicas e os interesses e intencionalidades dos atores sociais econômicos, bem 
como as desigualdades espaciais existentes. 
7
Introdução
Esta Unidade trata de duas macrorregiões brasileiras: o Nordeste e o Centro-Oeste. A 
construção histórica dessas regiões se deu de forma distinta, sendo o Nordeste uma região de 
ocupação colonial mais antiga, com um tempo espacial distinto, quando comparado ao que 
viria ser o Centro-Oeste do Brasil, que ao longo da segunda metade do século XX ainda era 
vista como uma região a ser ocupada. 
A seguir, aprofundaremos mais os processos de ocupação dessas regiões, dando ênfase 
principalmente aos processos políticos e econômicos, mas também citando alguns fatores da 
construção da identidade regional. 
A formação do Nordeste Brasileiro
Segundo alguns pesquisadores (CARVALHO, 2014; SILVA, 2012), até o início do século 
XX não havia formalmente a região Nordeste. Dizia-se Norte e Sul, expressões essas populares 
que também apareciam em certos documentos do governo. Consta que o termo “Nordeste” 
foi usado formalmente pela Inspetoria de Obras Contra as Secas (IFOCS), criada em 1919 
para designar a política que seria realizada na parte Norte do Brasil, essa que tinha recorrentes 
problemas devido às secas, cuja localização ficava ao Nordeste do território brasileiro.
Além da expressão formal, a identidade regional nordestina também foi destacada por alguns 
autores, como explica o pesquisador Cícero Carvalho (2014, p. 7):
A identidade regional, além da definição de seu território e economia, exige 
também a construção simbólica e cultural para qual contribui fortemente os 
intelectuais. A construção da ideia de Nordeste, em suas bases geográficas 
e naturais, ficou marcada quando Euclides da Cunha publicou Os Sertões, 
em 1902, descrevendo a área semiárida nordestina. Partido de uma visão 
determinista geográfica e racial, ele explica o atraso regional como consequência 
do ambiente hostil, isolado e de população mestiça. Estudos posteriores do 
próprio Euclides da Cunha sobre a Amazônia (Contrastes e Confrontos em 1907, 
e A Margem da História, em 1909) caracterizaram a outra parte do “Norte” do 
Brasil, ajudando na diferenciação do Nordeste.
Dessa forma, a obra literária de Euclides da Cunha também ajudou a popularizar a ideia de 
Nordeste, ainda que com viés determinista, na qual a aridez é tida como fator explicativo da 
pobreza e dos atrasos econômico e social. 
Em 1942, com a primeira divisão oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), criou-se formalmente a região Nordeste, embora seja relevante lembrar que até então 
Bahia e Sergipe ficavam em outra região, denominada Leste Setentrional, bem como o Nordeste 
era dividido em Nordeste Ocidental (Maranhão e Piauí) e Nordeste Oriental (Ceará, Rio Grande 
do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas). 
8
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
À medida que o território brasileiro tornou-se um pouco mais integrado, as pesquisas sobre 
disparidades regionais passam a ser mais comuns, sempre comparando as regiões e evidenciando 
suas diferenças. De um lado, opunha-se a região açucareira, da oligarquia canavieira, da Zona 
da Mata, à região do sertão nordestino destacada pela semiaridez e pela estrutura fundiária da 
oligarquia dos coronéis. 
De outro, sobretudo posteriormente às décadas de 1950 e 1960, evidenciava-se o Sudeste em 
contraposição ao Nordeste, já que se via o primeiro como a região de crescimento econômico 
e populacional e o Nordeste como uma região de economia estagnada.
Em 1959, Celso Furtado trouxe uma nova discussão à tona ao empregar o termo “complexo 
econômico nordestino” a partir do qual explica a estrutura fundiária (divisão da terra), a 
organização econômica e a formação política da região como fatores importantes para justificar 
as diferenças existentes no Nordeste, evidenciando que a pobreza não era fruto do clima, da 
semiaridez (CARVALHO, 2014). 
A pesquisadora Maria Ediney F. da Silva (2012, p. 33) explica a contraposição que havia 
entre o Nordeste do açúcar versus o da pecuária e algodão:
Do aparelhamento do Estado, posteriormente advieram medidas de intervenção 
para esta região. Para a economia açucareira criou-se o Instituto do Açúcar e do 
Álcool enquanto para o “outro Nordeste” criou-se o IFOCS (Instituto Federal de 
Obras Contra as Secas) futuro DNOCS. Assim, munidos do discurso institucional, 
o Nordeste do açúcar ou o da pecuária e do algodão, amparados pelo Estado, 
comporiam futuramente uma das porções dos “dois Brasis”. Um arcaico, 
subdesenvolvido, localizado, sobretudo no Nordeste agrário e outro, moderno, 
caracterizadopelo progresso e desenvolvimento, localizado no Centro-Sul. 
Em 1963, o geógrafo pernambucano Manuel Correia de Andrade, além de definir as regiões 
já comumente usadas pela literatura e pela Geografia – a região da Zona da Mata e do Sertão 
–, também o fez com as regiões do Agreste e Meio Norte, analisando esses subespaços do ponto 
de vista da natureza e da apropriação social e econômica. Sobre esta perspectiva:
Esses dois elementos, açúcar e pecuária, foram os principais responsáveis pela 
ocupação territorial, construindo uma “região” não homogênea, com vários 
subespaços marcados por condições naturais diferenciadas e por atividades 
econômicas particulares (algodão, babaçu, cacau, carnaúba, coco, fumo, sal), 
que determinavam relações de produção singulares e que formariam o mosaico 
regional nordestino (CARVALHO, 2014, p. 9, grifos do autor).
Manuel Correia de Andrade (1964) define quatro regiões para o Nordeste: a zona da mata, 
o sertão, o agreste e o meio Norte (ver Figura 1), a partir da concepção de regiões-paisagens 
geográficas. Considera-se a dimensão natural, sobretudo o regime de chuvas, que define as 
principais diferenças entre essas, assim como a ação humana. De certo modo, a proposta é 
possibilista, ou seja, relaciona o homem ao meio, mas vai além por criticar as formas de vida e 
a exploração do trabalho nas diversas regiões. 
9
Figura 1 – Regiões do Nordeste propostas por Manuel Correia de Andrade.
Adaptação ANDRADE, 1964; DANTAS, 2000.
 
 Diálogo com o Autor
“No Nordeste, o elemento que marca mais sensivelmente a paisagem e mais preocupa ao homem é o 
clima, através do regime pluvial e exteriorizado pela vegetação natural. Daí distinguir-se desde a época 
colonial entre a “Zona da Mata” com o seu clima quente e úmido e duas estações bem definidas – uma 
chuvosa e outra seca – do Sertão, também quente, porém seco, e não só seco como sujeito, desde a 
época colonial, a secas periódicas que matam a vegetação, destroçam animais e forçam os homens 
à migração. Entre uma área e outra firma-se uma zona de transição, com trechos quase tão úmidos 
como a Zona da Mata e outros tão secos como o Sertão, alternando-se constantemente e a pequena 
distância, que o povo chamou de Agreste. Daí, dessa diversidade climática, surgiria a dualidade 
consagrada pelos nordestinos e expressa no período colonial em dois sistemas de exploração agrária 
diversos, que se complementam economicamente, mas que, política e socialmente se contrapõem: o 
Nordeste da cana-de-açúcar e o Nordeste do gado, observando-se entre um e outro, hoje, o Nordeste 
da pequena propriedade e da policultura” (ANDRADE, 1964, p. 6-7).
Já nos anos 1950-1960, sob o marco do planejamento, primeiramente do governo JK e 
seu plano de metas e depois dos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND) dos governos 
militares, a ação dos planos regionais tornaram-se a forma de buscar diminuir as diferenças 
regionais no Brasil. Na verdade, de alguma forma tais planos privilegiaram a expansão capitalista 
em detrimento de ações voltadas a toda a população e serviram mais ao crescimento econômico 
do País do que ao desenvolvimento propriamente dito.
10
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Havia a percepção de que, enquanto o Centro-Sul do País crescia e se industrializava, o Nordeste 
mantinha-se estagnado economicamente e tornava-se área de principal emigração do Brasil, cujos 
migrantes tornavam-se trabalhadores braçais, principalmente nas metrópoles do Centro-Sul. 
Então, em 1959 foi criada a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) 
com o intuito de “desenvolver” essa região. Para fins de planejamento e das ações da SUDENE, 
mediante programas e projetos, a região compreendida seria composta dos seguintes Estados: 
Maranhão; Piauí; Ceará; Rio Grande do Norte; Paraíba; Pernambuco; Alagoas; Sergipe; Bahia 
e parte de Minas Gerais. 
Importante ressaltar que o Norte de Minas Gerais estava incluído como região-alvo da SUDENE 
por causa do clima semiárido, tornando-o parte do espaço da “seca”, que se assemelhava ao 
sertão nordestino. Seca essa que foi cooptada pelo Departamento de Obras Contra as Secas 
(DNOCS), criado em 1945. Houve inúmeros casos de obras realizadas em latifúndios dos 
“coronéis”, em detrimento das obras necessárias para toda a população sertaneja, bem como 
outros casos de corrupção. Foi denominada por diversos autores de indústria da seca, pois a 
partir dessa, enquanto alguns empobreciam, outros ficavam cada vez mais ricos, formando 
também oligarquias políticas. 
Em 2001 houve a extinção da SUDENE, tendo mais recentemente – em 2007 – sendo recriada 
sob a égide de uma nova fase de planejamento regional do Brasil, em uma fase neoliberal. 
Novas dinâmicas no Nordeste
Mais recentemente, depois da década de 1990, o Nordeste brasileiro vem passando por 
um processo de modernização do território, ao mesmo tempo em que coexistem formas mais 
tradicionais ou antigas de produção e reprodução das atividades econômicas. De alguma forma, 
ainda há diferentes paisagens naturais na região, mas o capitalismo está cada vez mais inserido 
nesses distintos cenários, trazendo a perspectiva do capitalismo ao campo.
A Zona da Mata nordestina ainda tem a cana-de-açúcar como principal atividade em alguns 
Estados. Desde a primeira metade do século XX tal atividade foi modernizada e passou dos 
antigos engenhos às usinas de açúcar. Atualmente engloba ainda a produção de açúcar, bem 
como de álcool. Trata-se do setor sucroalcooleiro, integrando-se ao Programa do Etanol, que 
visa a produzir combustível.
 
 Diálogo com o Autor
“As unidades produtivas do setor sucroalcooleiro dividem-se basicamente em três tipos: a) usinas 
mistas com destilarias anexas (produzem açúcar e álcool); b) destilarias autônomas (produzem 
somente álcool); c) usinas de açúcar (produzem somente açúcar)” (CASTILLO, [20--], p. 3). Ou seja, 
quanto maior o teor de sacarose, melhor será a possibilidade de produzir álcool no lugar de açúcar.
11
Essa atividade do setor sucroalcooleiro forma o que Milton Santos e Maria Laura Silveira 
(2001) denominam de circuito espacial superior da economia, pois há relação com o grande 
capital, grandes investimentos, entre outros fatores explicados esses estudiosos:
Caracteriza-se pela presença de poderosos agentes financeiros, assim como 
pelo conteúdo financeiro na política dos demais agentes hegemônicos. Sua 
porção mais hierárquica está constituída por bancos, fundos de pensão, fundos 
de investimento, consultorias e holdings integrados por empresas industriais, 
comerciais e de serviços avançados. Amiúde, trata-se de grandes firmas que 
fundam e controlam bancos e instituições financeiras, mas, também de grandes 
bancos que criam e controlam instituições financeiras.
Contudo, atualmente ainda há significativa desigualdade social e casos de condições precárias 
de trabalho e de moradia nessa região da produção do açúcar no Nordeste. Entre os problemas, 
destacam-se a alta concentração de terras, com latifúndios de famílias tradicionais da região, 
bem como a exclusão social de parcelas da população, situação comum, por exemplo, nos 
Estados de Alagoas e Pernambuco. 
Por sua vez, tratar do sertão nordestino como uma região uniforme é algo complexo, dado 
que ainda persistem algumas regiões do sertão com pobreza extremada, problemas políticos, 
concentração de terras e de capital, mau uso político e corrupção, condições que ampliam a já 
existente pobreza. 
Em algumas porções desse sertão há regiões cujas atividades predominantes são a pequena 
criação de gado e a agricultura de subsistência (feijão, milho e mandioca), cujos produtos são 
vendidos nas feiras locais. Trata-se do circuito inferior da economia, nem por isso menos importante. 
O problema surge na medida em que o baixo investimento em pesquisa e uso de tecnologias 
fazem esses pequenos produtores familiares ficarem a mercê do tempo seco, que ocorre 
periodicamente e, às vezes, em secasprolongadas. Sem recursos para se aproveitarem dos 
conhecimentos produzidos no Brasil e no mundo sobre cultivo em regiões áridas e semiáridas, 
acabam sofrendo as consequências da seca e ampliando as suas condições de pobreza. 
A geógrafa Iná Elias de Castro levanta a questão da existência de dois discursos contraditórios 
em relação à seca: um que ainda culpa e define a pobreza existente no sertão devido ao fator de 
escassez de chuvas, em uma visão determinista, na qual o clima determina a pobreza e outro, 
mais recente, que vê no semiárido uma possibilidade de agricultura irrigada, do agrobusiness.
Os responsáveis por estes discursos são atores regionais, porém de tipos e 
interesses bem diferentes: o primeiro é elaborado pró-segmentos importantes da 
elite política, com enorme poder de assimilação e reprodução; o segundo é mais 
restrito a uma parcela do meio empresarial e da administração pública, que 
encontra no sol uma matéria-prima essencial, seja para a fruticultura irrigada, 
seja para o turismo (CASTRO, 1996, p. 298, grifo da autora).
Desse modo, a região do entorno do Vale do São Francisco, que também pode ser considerada 
parte do semiárido, tem agricultura irrigada devido à disponibilidade de água e de recursos 
técnico-científicos à exploração agrícola com alta produtividade. 
Tal região do Vale tornou-se polo de fruticultura de uva, manga, melancia, entre outras frutas, 
e atualmente inicia também produção de frutas como maçã e pera, que são tidas como culturas 
de climas cujas temperaturas são mais baixas. Com apoio da Companhia de Desenvolvimento 
12
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) há políticas de irrigação, programas e 
projetos para essa região do Vale do São Francisco, assim como do Vale do Parnaíba – entre o 
Maranhão e o Piauí.
Outra região do cerrado nordestino é alvo dos grandes empreendimentos do agronegócio, 
principalmente da soja, especialmente no Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e do Piauí. 
Os chapadões extensos, com terrenos planos, favorecem a mecanização do solo e uso de 
colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas. O mesmo acontece com o fator da logística, já 
que a exportação da soja do Piauí – pelo porto de Itaqui no Maranhão – a torna mais barata 
devido a maior proximidade do porto, do que em relação ao Centro-Oeste que, em parte, vai 
para o porto de Santos.
Em sua pesquisa de Doutorado, o geógrafo Vicente Eudes Lemos Alves (2006) evidencia 
a modernização das técnicas e da produção no sertão do Piauí, mas, ao mesmo tempo, a 
grande exclusão e segregação espacial existente. Assim, persiste a pobreza preexistente na 
região, enquanto que de outro lado há condomínios de luxo construídos nas mesmas cidades 
do agronegócio. 
Desse modo, há um crescimento econômico nesses municípios da soja, com aumento do 
Produto Interno Bruto (PIB), mas que não inclui necessariamente uma melhoria de vida a todos.
 
 Diálogo com o Autor
Sobre a soja no cerrado nordestino do Piauí: “[...] os novos processos de modernização que se 
impõem nos cerrados piauienses produzidos pela presença da agricultura moderna. Tal movimento 
teve inicio nos anos 1970 com os primeiros projetos agropecuários e de reflorestamentos instalados 
através de incentivos fiscais e financeiros públicos, mais se consolida somente em meados dos anos 
1990 com a ampliação do deslocamento de migrantes sulistas e de empresas do agronegócio para 
aquela área. Resultou dessa ocupação a apropriação privada de amplas parcelas de terras devolutas 
dos platôs planos onde havia uso comunitário pela população local, as quais são transformadas em 
mercadorias valorizadas no mercado imobiliário. As manifestações de mudanças aparecem tanto 
sobre o espaço agrícola que se altera diante da incorporação dos aparatos da técnica e da Ciência 
tornando-se homogêneos, e sobre o espaço da cidade que ganha novas formas e funcionalidades. 
Tanto o rural quanto o urbano do Sul do Estado do Piauí revelam os processos contraditórios da 
recente modernização, pois se transformam, simultaneamente, em espaços de produção de riqueza e 
de manifestação de crises. Ao mesmo tempo em que se anunciam formas inovadoras que aceleram 
o ritmo de produção e de circulação das mercadorias sob a liderança de empresas globais, evidencia-
se a expropriação de levas de camponeses cujas únicas possibilidades disponíveis passam a ser 
a de venderem sua força de trabalho nas lavouras modernas de grãos em condições de extrema 
precarização, ou a de se instalarem nas periferias miseráveis das cidades do agronegócio. Acrescenta-
se, ainda, como elemento da crise o agravamento das condições de degradação dos ambientes 
naturais por conta do avanço acelerado das lavouras modernas nos domínios dos gerais, afetando 
os ecossistemas locais. Busca-se, nesse sentido, apontar que a atual modernização dos cerrados 
piauienses se faz produzindo descompassos sócio-espaciais. Ela se configura, portanto, como um 
processo essencialmente excludente” (ALVES, 2006).
Outro setor que tem crescido economicamente no Nordeste são os chamados “eixos de 
desenvolvimento”, opção de desenvolvimento no entorno do transporte, política essa do 
Ministério de Integração Nacional, provida pelo governo federal para todo o território nacional.
13
Assim, posteriormente ao ano 2000 houve investimentos no Complexo Industrial Portuário 
de Suape, situado na região metropolitana de Recife, especificamente no município de Ipojuca. 
Figura 2 – Vista do Complexo de Suape, em Pernambuco.
Tecon/Wikimedia Commons
Nesse complexo há a refinaria Abreu e Lima e o estaleiro Atlântico Sul. O estaleiro é uma 
indústria naval de construção e manutenção de navios. O porto é moderno do ponto de vista 
de sua infraestrutura e por isso tem atraído à região inúmeras indústrias.
Outro sistema de transporte recentemente criado é o porto de Pecém, situado na região 
metropolitana de Fortaleza, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Inaugurado em 2002, a 
região busca tornar-se um polo de atividades de siderurgia, refino de petróleo, petroquímica e 
de geração de energia elétrica. 
Para dinamizar a integração econômica da região Nordeste foi projetada pelo Governo 
Federal a ferrovia Transnordestina, que interligará o Porto de Pecém ao Porto de Suape e tem 
como tronco principal o pequeno município de Salgueiro, no sertão de Pernambuco.
Já no litoral predominam atividades do setor terciário e especialmente as turísticas – o 
chamado turismo “sol e praia” –, formando um conjunto de sistemas de objetos voltados ao 
lazer, tais como: meios de hospedagem; restaurantes; equipamentos de entretenimento etc. O 
litoral da Bahia, por exemplo, tem diversos municípios integrados aos circuitos do turismo, tanto 
ao Norte quanto ao Sul de Salvador. 
Apesar dessas novas dinâmicas territoriais ainda persistem pobreza, exclusão social, segregação 
e considerável desigualdade espacial no Nordeste. No próprio sertão, cujo clima predominante 
é o semiárido, ainda vigora o discurso da seca como mote à existência da pobreza.
Portanto, enquanto geógrafo é importante sempre investigar o que está por trás das aparências 
dos fenômenos e ir além dos discursos que querem encobrir os verdadeiros processos existentes. 
14
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Centro-Oeste: fronteira agrícola?
Formalmente a região Centro-Oeste é mais antiga do que o Nordeste, já que em 1942 ao 
estabelecer as regiões do Brasil o IBGE criou o Centro-Oeste, que naquela época era formado 
pelos Estados do Mato Grosso e Goiás e o território federal de Ponta Porá (posteriormente 
extinto). Atualmente pelo IBGE fazem parte do Centro-Oeste o Mato Grosso, o Mato Grosso 
do Sul, Goiás e o Distrito Federal. No entanto, do ponto de vista da povoação mais intensa, 
o Nordeste foi historicamente ocupado pelo empreendimento colonial desde o princípio da 
colonização portuguesa, de modo que onde atualmente está o Centro-Oeste no passado 
descrito sequer eraterritório pertencente ao Brasil. Foi com o Tratado de Uti Possidetis e depois 
ratificado com o Tratado de Madri (1750) que esse território foi incorporado ao Brasil.
Já existiam na região inúmeros grupos indígenas (como também em todo território que viria a 
ser reconhecimento como brasileiro), mas o empreendimento colonial não ocupou intensamente a 
região, como buscou fazer no litoral. O interesse do governo português, bem como dos bandeirantes 
– esses que fizeram incursões pelo interior do território – era encontrar minerais. 
Desse modo, mesmo ao longo do século XX essa região foi vista como um vazio demográfico, 
que deveria ser ocupada, sempre por meio da concepção de frentes de expansão com o intuito 
de ocupar, comumente desconsiderando as territorialidades ou os diversos usos do território já 
existentes, como se apenas a “modernidade” fosse capaz de levar desenvolvimento à região. 
Com a construção e transferência da capital do Brasil para Brasília em 1960, induziu-se a 
ocupação da região e sua integração por meio de rodovias – caso da rodovia Belém-Brasília –; 
como também das políticas desenvolvimentistas dos anos 1970; dos corredores de exportação, 
que levaram migrantes ao Centro-Oeste e induziram a ocupação capitalista de produção sob a 
ótica da nova fronteira agrícola do Brasil. 
Com o discurso de integração e produção de uma nova agricultura, que serviria à exportação 
e também para abastecer as grandes cidades brasileiras, o modelo agroexportador foi 
desenvolvido. Com a criação do Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRODOESTE) 
e do Polocentro na década de 1970, buscava-se incentivar a ocupação por meio de grandes 
projetos agropecuários.
No caso do Centro-Oeste convém destacar que a concepção federal era de que a região 
correspondia a um vazio a ser ocupado por atividades agropecuárias, novamente esquecendo-
se das comunidades preexistentes, bem como do próprio cerrado.
Outro aspecto a lembrar é que como havia a constituição formal da Amazônia Legal, o Mato 
Grosso fazia parte da Amazônia e o PRODOESTE estava circunscrito aos Estados de Goiás, Mato 
Grosso do Sul e Distrito Federal. Para a região do Pantanal Mato-Grossense o governo da época 
criou em 1974 o Programa Especial de Desenvolvimento do Pantanal (PRODEPAN). Dessa 
forma, partilhavam-se as verbas e as políticas para os Estados, conforme suas características ou 
definições políticas dos planos e programas. 
Neste sentido, ainda hoje, ora o Mato Grosso é Amazônia Legal e recebe verbas provenientes 
de projetos ou programas específicos à Amazônia, ora, segundo o IBGE, o Mato Grosso faz 
parte do Centro-Oeste e suas estatísticas são computadas para essa região. 
15
Tal política gestada nos governos militares assentava-se na ideia de desenvolvimento por 
meio de polos econômicos regionais. Assim, havia o Poloamazônia e o Polocentro, ambos 
idealizados no segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), elaborado no governo 
militar do general Ernesto Geisel. Dentro dessa concepção foram implantados distritos industriais 
em Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas, na época no Estado do Mato Grosso, 
atualmente situados no Mato Grosso do Sul. Contudo, foi a agricultura o principal mote de 
ocupação do Centro-Oeste, em uma dinâmica denominada por alguns autores como fronteira 
agrícola ou frentes pioneiras de ocupação.
Milton Santos e Maria Laura Silveira chamam a atenção para o fato de que, devido à 
região Centro-Oeste ter uma ocupação menos densa, tanto do ponto de vista populacional, 
quanto de densidade técnica (sistemas de transportes etc.) tornou mais fácil para a agricultura 
“moderna” se instalar.
Com a redescoberta do cerrado, graças à revolução científico-técnica, criam-se 
as condições locais para uma agricultura moderna, um consumo diversificado 
e, paralelamente, uma nova etapa da urbanização, em virtude também do 
equipamento moderno do País e da construção de Brasília, que podem ser 
arrolados entre as condições gerais do fenômeno. Graças às novas relações 
espaço/tempo, cidades médias relativamente espaçadas (em contraste com 
áreas de velha urbanização, como o Nordeste) se desenvolvem com rapidez; e, 
assim reforçada, Goiânia pode pretender a condição metropolitana, apesar de 
sua proximidade de Brasília (SANTOS; SILVEIRA, 2001, p. 275).
Importante destacar que a inserção da região na agricultura moderna deu-se com apoio da 
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), daí seu caráter técnico-científico 
que os autores citam. Cabe à EMBRAPA, por exemplo, desenvolver pesquisas sobre sementes, 
aperfeiçoando-as, pesquisas essas que têm relação com a biotecnologia. 
Como diz a geógrafa Larissa Mies Bombardi (2011), trata-se de uma agricultura “moderna” 
e, ao mesmo tempo, arcaica. Se de um lado há uso de insumos, maquinários e demais 
tecnologias e conhecimento científico envolvido na produção, por outro há casos de exploração 
do trabalhador e também problemas de agrotóxicos que levam a doenças nos trabalhadores 
que estão submetidos ao uso de pesticidas, herbicidas e outros produtos químicos que são 
usados nessas lavouras “modernas”.
Notadamente, percebe-se a subordinação da agricultura brasileira ao capital 
internacional. Arcaico e moderno se fundem: intoxicações, doenças e mortes, são 
o outro lado da moeda desta “moderna agricultura” que demanda toneladas de 
agrotóxicos produzidos com tecnologia de ponta, pelas maiores transnacionais 
do setor químico mundial (BOMBARDI, 2011, p. 11). 
Ao longo dos anos 1980-1990, apesar de a crise econômica e dos sucessivos planos econômicos 
anti-inflação do período, houve a expansão da soja aliando capital nacional e internacional, 
principalmente no Mato Grosso. Isso se deu devido à seleção de alguns produtos considerados 
rentáveis em um país cuja inflação alcançava patamares significativamente elevados.
16
Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Figura 3 – Expansão da soja no Brasil.
Fonte: IBGE, Embrapa Soja e Secretaria de Política do Ministério da Agricultura
Desse modo, entre 1985 e 1995 houve um crescimento da expansão da soja no Mato Grosso 
na ordem de 264% (BERNARDES, 1996). Alguns fatores se coadunaram para tal expansão, 
entre os quais destacamos: a indução das políticas do governo brasileiro; o preço atrativo e a 
disponibilidade de terras a serem ocupadas; o clima tropical e a topografia em geral plana; a 
chegada de migrantes que já eram agricultores no Sul etc. Tais fatores, entre outros, fizeram do 
agronegócio uma das estratégias dessa nova ocupação, principalmente da região do cerrado do 
Mato Grosso e parte de Goiás. 
Com as novas políticas agrícolas, pós-plano real (1994) e estabilização da inflação, houve 
novas formas de crédito privado à agricultura brasileira, que ampliaram a expansão da soja e 
de outros commodities agrícolas, não apenas para o Centro-Oeste, mas também à Amazônia. 
Com os governos neoliberais, depois da década de 1990, a política desenvolvimentista se 
faz principalmente pelos eixos de desenvolvimento em torno dos meios de transporte, como já 
afirmado. Não se trata de uma política regional, mas nacional, na qual as regiões são inseridas 
no processo. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, foi inserido por meio da implantação “[...] do 
Gasoduto Bolívia-Brasil; da privatização da ferrovia Novoeste e da implantação da Ferronorte, 
assim como na modernização das hidrovias Tietê-Paraná e Paraguai” (SOUZA, 2008, p. 17). 
17
 
 Diálogo com o Autor
“A Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil), através de contrato de concessão firmado com o Governo 
Federal em 1989, recebeu a incumbência de construir e operar comercialmente durante 90 anos, um 
sistema ferroviário de carga de 5 mil quilômetros, ligando Cuiabá (MT), Uberlândia (MG), Aparecida 
do Taboado (MS), Porto Velho (RO) e Santarém (PA). Tal ferrovia, idealizada pelo Grupo Itamarati, 
do Sr. Olacyr de Moraes, ‘[...] é uma artéria logística das regiões Norte e Centro-Oeste do País, em 
sua ligação como Sul e Sudeste e com os portos de exportação’” (SOUZA, 2008, p. 63).
Tal política por “eixos de desenvolvimento” é criticada por geógrafos brasileiros porque 
geralmente investe na produção de sistemas de engenharias, de infraestruturas de logística, 
para transporte de mercadoria e acaba esquecendo-se de dotar o território brasileiro de objetos 
que sejam relevantes para toda a população, caso da mobilidade urbana nas grandes cidades, 
por exemplo, ou da agricultura familiar. 
Desse modo, em geral, tanto no Nordeste quanto no Centro-Oeste do Brasil houve uma 
modernização de algumas infraestruturas mais recentemente, produzidas segundo a lógica do 
interesse capitalista, em detrimento do espaço banal, “o espaço de todos e para todos”, como 
diria Milton Santos.
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Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
Material Complementar
Para aprofundamento dos temas discutidos nesta Unidade tome contato com as seguintes 
sugestões:
BOMBARDI, Larissa Mies. Intoxicação e morte por agrotóxicos no Brasil: a nova versão do capitalismo 
oligopolizado. Boletim Dataluta – Artigo do mês, p. 1-21, set. 2011. Disponível em: http://www.
caminhosdaroca.com.br/Agrot%C3%B3xicoind%C3%BAstriasdovenenoporLarissaMiesBombardi.
pdf. Acesso em: 8 set. 2014.
CAMPANHA contra agrotóxicos e pela vida alerta sobre o uso indiscriminado do 
produto. 22 maio 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o88-OrUnY2Q. 
Acesso em: 8 set. 2014.
LAVOURAS de cana de Alagoas novas regras de trabalho para evitar acidentes. 
22 dez. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QUjWram0GRE. Acesso em: 
8 set. 2014.
SILVA, Maria Ediney Ferreira da. O Nordeste nos livros didáticos de Geografia - 1905-
1950. 2012. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. 
TABULEIRO de cana xadrez de cativeiro. 17 jul. 2012. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=IgxcAn4b32Q. Acesso em: 8 set. 2014.
http://www.caminhosdaroca.com.br/Agrot%C3%B3xicoind%C3%BAstriasdovenenoporLarissaMiesBombardi.pdf
http://www.caminhosdaroca.com.br/Agrot%C3%B3xicoind%C3%BAstriasdovenenoporLarissaMiesBombardi.pdf
http://www.caminhosdaroca.com.br/Agrot%C3%B3xicoind%C3%BAstriasdovenenoporLarissaMiesBombardi.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=o88-OrUnY2Q
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Referências
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Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
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BERNARDES, Júlia Adão. As estratégias do capital no complexo da soja. In: CASTRO, Iná Elias 
de et al. (Org.). Brasil: questões atuais da reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 1996. p. 325-366. 
BOMBARDI, Larissa Mies. Intoxicação e morte por agrotóxicos no Brasil: a nova versão do capitalismo 
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pdf. Acesso em: 8 set. 2014. 
CARVALHO, Cícero Péricles de Oliveira. Manuel Correia de Andrade e a economia política do 
Nordeste. Rev. Econ. NE. Fortaleza, CE, v. 45, n. 2, p. 6-16, abr./jun. 2014. 
CASTILLO, Ricardo. Região competitiva e circuito espacial produtivo: a expansão do 
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http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Geografiasocioeconomica/
Geografiaespacial/60.pdf. Acesso em: 20 jul. 2014. 
CASTRO, Iná Elias de. Seca versus seca. Novos interesses, novos territórios, novos discursos no 
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território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. p. 283-323.
DANTAS, Eustógio Wanderley Correia. Mutações no Nordeste brasileiro: reflexão sobre a 
produção de alimentos e a fome na contemporaneidade. Revista Confins. São Paulo, n. 10, 
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SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século 
XXI. São Paulo: Record, 2001.
SILVA, Maria Ediney Ferreira da. O Nordeste nos livros didáticos de Geografia - 1905-
1950. 2012. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. 
SILVEIRA, Maria Laura. Finanças, consumo e circuitos da economia urbana na cidade de São 
Paulo. Cadernos CRH. Salvador, BA, v. 22, n. 55, p. 65-76, jan./abr. 2009.
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Unidade: Nordeste e Centro-Oeste do Brasil
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www.ufgd.edu.br/editora/catalogo/mato-grosso-do-sul-no-contexto-dos-novos-paradigmas-de-
integracao-e-desenvolvimento-nacional/at_download/pdflivro. Acesso em: 10 jul. 2014. 
VESENTINI, José William. O conceito de região em três registros: exemplificando com o 
Nordeste brasileiro. Revista Confins. São Paulo, n. 14, 2012. Disponível em: http://confins.
revues.org/7377?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2014. 
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