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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 2 FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA ...................................................... 4 3 CAMPOS DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA .......................................... 9 4 A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL ............................................................... 13 5 ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA E APRENDIZAGEM ESCOLAR .............. 19 6 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA ............................ 23 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 28 3 1 INTRODUÇÃO O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA Fonte: psicoinsight.net.br A psicopedagogia surgiu com o objetivo de auxiliar as pessoas com dificuldades de aprendizagem, e seus campos de atuação são prioritariamente ações preventivas em instituições e em ambulatórios de atendimento individualizado (BOSSA, 2011, p. 48). A psicopedagogia busca conflitos na aprendizagem com técnicas de trabalho que podem ser desenvolvidas individualmente ou em grupo com o objetivo de salvar a vontade de aprender, de observar quais fatores podem ou não contribuir para o processo ensino- aprendizagem. A psicopedagogia tem uma abordagem interdisciplinar que inclui pedagogia, psicanálise, psicologia, epistemologia, linguística, neuropsicologia, dentre outras áreas (BOSSA, 2011, p. 40). As áreas supracitadas que norteiam a prática psicopedagógica não devem ser utilizados isoladamente. O indivíduo deve ser entendido como um ser social e complexo. 5 Nos anos 60 e 70 as correntes teóricas, principalmente, utilizadas na Psicopedagogia eram o Behaviorismo e o Humanismo. O Behaviorismo tinha o estímulo e resposta como parte essencial. Enquanto que, o Humanismo propunha fazer a vontade do ser que aprende. O ser humano como ser histórico e social não era valorizado (MARTINI, 1994, p.3). Atualmente, observa-se que a psicopedagogia se apoia em três fundamentos teóricos: psicanálise, associacionismo e construtivismo. Na psicanálise, a conexão é um fundamento importante, portanto, após a psicanálise é necessário estabelecer a conexão para que ela ocorra. No associacionismo, a avaliação centra-se na técnica, neste caso o elemento externo supera o elemento cognitivo. No construtivismo, as relações sociais são fundamentais para o desenvolvimento, pois orientam o sujeito na construção do conhecimento (MARTINI, 1994, p.4). O sujeito acaba se constituindo durante sua vida, aprende e reaprende. Através da aprendizagem, as pessoas começam a se desenvolver para estabelecer sua própria identidade a partir de suas vivências, segundo Martini, (1994, p. 1) '[...] processo de aprendizagem pode ser positivo, prazeroso e eficaz, mas, por outro lado, o inverso pode ocorrer, e o aprender torna-se uma dificuldade e um desprazer’. Sendo o processo de ensino e aprendizagem um processo complexo, é necessário lidar com as questões intrínsecas a esse processo. O papel do psicopedagogo baseia-se em grande parte nas dificuldades que podem surgir no processo, de forma que ele possa descobrir as barreiras que o impedem de aprender, oportunizando assim possíveis meios a serem adequados a intervir no problema. Portanto, é importante para o psicopedagogo compreender como ocorre a aprendizagem. E alguns teóricos, particularmente no campo da psicologia, podem ajudar a entender alguns desses problemas. O behaviorismo pode ser exemplificado no ensino tradicional, onde a criticidade do aluno não é incentivada e o professor é reconhecido como um mero instrutor dentro de uma relação vertical que prevalece e pode ser vista como um estilo de ensino arcaico para muitos, como retrata o autor a seguir: Muitos críticos designam esta tese por psicologia da mente vazia, tanto por se recusar a estudar a vida mental, quanto por defender que esta surge, não de potencialidades mentais inatas no organismo, mas sim da associação entre reflexos automáticos e determinados estímulos do meio. Segundo Watson, qualquer comportamento humano ou animal (desde uma simples emoção até à resolução de um complicado problema matemático) pode ser explicado pelo 6 encadeamento de associações simples entre estímulos e respostas. De acordo com esta posição, Watson opôs-se vigorosamente aos defensores de teorias inatistas (segundo as quais a aprendizagem depende do potencial de inteligência com que nascemos) e maturacionistas (segundo as quais a aprendizagem depende do processo de maturação fisiológica) (GONÇALVES, 2007, p. 27). Portanto, Watson ignorou fatores que agora sabemos serem importantes e apenas define a pessoa para analisar seus instintos. Watson teorizou que o condicionamento, por meio de estímulos, poderia resolver qualquer problema apresentado pelo sujeito. Segundo Gonçalves (2007, p. 27): "Watson garantiu que se pudéssemos monitorar e controlar constantemente os estímulos de um recém-nascido à medida que crescia, poderíamos fazer o que quiséssemos: advogado, médico, pedinte [...]" . Para o Watson, o meio foi o fator que influenciou o comportamento, se o controle fosse dado sobre o meio, o comportamento desejado seria obtido. No humanismo, a teoria se baseava em liberar a criatividade do aluno para intensificar o aprendizado. Carl Rogers um dos principais teóricos do humanismo e declara que: [...] a pessoa educada é aquela que aprendeu a aprender, que aprendeu a adaptar-se e mudar, que aprendeu que nenhum conhecimento é seguro e que só o processo de busca do conhecimento provê base para segurança. A abordagem rogeriana implica que o ensino seja centrado no aluno, que a atmosfera da sala de aula tenha o estudante como centro; implica confiar na potencialidade do aluno para aprender, em deixá-lo livre para aprender, escolher seus caminhos, seus problemas, suas aprendizagens. O importante não é aprender certos conteúdos, mas sim a autorrealização e o aprender a aprender (MOREIRA, 2009, p.56). Portanto, o professor dessa escola de pensamento deve esperar que o aluno assuma o controle das ações e gere seu conhecimento, pois a aprendizagem depende do aluno e de suas atitudes, o professor nessa teoria será o mediador (MOREIRA, 2009, p. 56). Para Carl Rogers, o indivíduo é responsável pela capacidade de mudança, como afirma Moreira (2009, p.56) Ele acredita que as pessoas têm a capacidade dentro de si mesmas de descobrir o que as torna infelizes e de fazer mudanças em suas vidas, mas essa capacidade pode estar latente e um fator importante foi esquecido nessa abordagem, o social. O materialismo-histórico surgiu nos anos 80, foi uma oposição ao behaviorismo e ao humanismo. No entanto, segundo Neves (1991 apud ANJOS; DIAS, 2015), os três 7 fundamentos teóricos eram inflexíveis em suas posições e ignoravam aspectos biológicos,psicológicos e sociais relevantes. O materialismo-histórico não legitima o presente sem considerar o passado em seus acontecimentos, políticos, econômicos e sociais segundo, conforme revela os autores ao apontarem que : [...] a educação nunca pode ser vista desatrelada do processo histórico. A História é a palavra chave de toda a nossa fundamentação, pois é por meio da História que se pode analisar o presente, ou seja, é somente conhecendo o passado que se compreende o momento vivido em que se estabelecem relações. Ressalta-se sempre em formar e não informar, formar pessoas capazes de refletirem, de pensarem, de fazerem indagações (BARROS; FRANCO 2008, p.4). Como caracteriza Anjos e Dias (2015), o materialismo histórico tem sua origem em Karl Marx, é uma crítica ao consumismo, ao capitalismo em detrimento do socialismo. O associacionismo enfatiza o conteúdo que é aplicado aos alunos, a aula deve ser realizada de acordo com essa linha de pensamento em uma ordem a ser seguida para que o aluno possa chegar a uma resposta correta apresentada pelo autor a seguir: Associacionismo é o termo usado para caracterizar, dentro da Psicologia, qualquer teoria que defenda, como base de explicação teórica dos fenômenos psíquicos, a determinação dos elementos básicos que o determinam, elementos esses que seriam irredutíveis, seguindo, assim, a influência da Física da época que via o átomo como elemento irredutível, indivisível (NEVES, 1997, p 1 apud ANJOS; DIAS, 2015). Porém, Sisto (1996 apud ANJOS; DIAS, 2015) cita essa metodologia como um modo de ensino técnico e que não prioriza a cognição. O condicionamento continua sendo uma parte central do ensino e o exterior persiste sobre o interno. Como alternativa a essa teoria, o autor apresentou uma opção teórica, a do construtivismo piagetiano. Para Sisto (1996 apud ANJOS; DIAS, 2015) a teoria do construtivismo não beneficia apenas o conteúdo, o foco está na construção do conhecimento com a valorização das interações que ocorrem no cotidiano. A psicopedagogia não seria apenas transferir ao aluno a obrigação de aprender, e seu intelecto seria uma compreensão de que o conhecimento não pode ser recebido sozinho, apenas com instruções ou reconstruções do ensino. A conjectura dessa aprendizagem se distinguiu por entender que o conhecimento deve exigir procedimentos que não privilegie apenas o cognitivo ou afetivo do aluno, segundo Moreira: 8 Outra consequência clara é a do conflito cognitivo. Segundo a teoria piagetiana, o sujeito, interagindo com o mundo, constrói esquemas de assimilação com os quais, então, assimila situações conhecidas. Quando a situação é nova é preciso acomodar, ou seja, reformular um esquema de assimilação, construir um novo esquema, ou abandonar a tarefa. O ensino, em consequência, deve provocar conflitos cognitivos, quer dizer, propor situações para as quais os esquemas dos alunos não funcionem, de modo a provocar a necessidade de construção de novos esquemas. Em termos técnicos, dir-se-ia que o ensino deve conduzir à equilibração majorante e, portanto, a aprendizagens (2009, p.17). Piaget postula que a criança deve assimilar e após pode acomodar a informação recebida ou não, ao modificar seus esquemas com essas construções cognitivas. Na interação com o mundo, o indivíduo avança para uma integração organizada, pois a cada novo conhecimento adquire mais possibilidades de se adaptar ao meio e aumenta seu grau de organização. Com qualquer conhecimento que leve à acomodação, o sujeito também alcançará adaptação e organização (MOREIRA, 2009, p.13). Para Piaget, as relações sociais são críticas para o desenvolvimento, pois o sujeito influencia e é, em última análise, influenciado pelo ambiente social. As crianças aprendem a se comportar por meio da interação com os adultos, novos comportamentos surgem a cada contato. A socialização tem forte influência na sua identidade, mas é importante ressaltar que os estágios de maturação afetam o nível de socialização. De acordo com Piaget, a socialização tem dois requisitos básicos, cooperação e coação. A relação de cooperação é dinâmica por gerar possibilidades; como afirma Piaget, os caminhos, para aquele que se compromete em ser cooperativo com o outro, são muitos. Quanto à criança, as primeiras relações que estabelece são as de coação – pai, mãe/filhos (as); adulto, professor/criança. Isso, pelo fato de que o infante é aquele que deverá ser educado e orientado pelo adulto. O próprio Piaget afirma ser esta fase obrigatória e necessária para se estabelecer o processo de socialização da criança (GOMEZ et al, 2010, p.1) Piaget denomina coação e cooperação como comportamentos nas relações sociais. A coação indicaria a relação de prestígio de uma pessoa com outra, como a de um aluno com seu professor, ou a disseminação de ideais, conceitos e princípios tradicionais do ambiente social. O sujeito é compelido, ele se restringe a acreditar sem questionar, revelar essas ideais leva à preservação de ideias, crenças, pensamentos e dogmas. Nesse tipo de comportamento, o sujeito produz uma relação desequilibrada e não consegue se desenvolver plenamente porque não é crítico e acredita em verdades prontas e acabadas. Esse tipo de relacionamento é considerado baixo porque não há 9 conversa, ela se perde na socialização, tanto o coagido quanto o que coagi. (GOMEZ et al, 2010, p.1) A cooperação seria uma forma crítica de socialização, mas para Piaget as crianças precisam de normas e, portanto, o relacionamento de coação é necessário. As teorias influenciaram as concepções psicopedagógicas, mas também as áreas do conhecimento que foram e são responsáveis pela formação da psicopedagogia. Como já relatado, a psicopedagogia surge da união de diferentes campos do conhecimento, como filosofia, neurologia, sociologia, linguística e psicanálise. Segundo Sisto (1996 apud ANJOS; DIAS, 2015), a psicopedagogia no Brasil tem sido sustentada em três pilares, psicanálise, associação e construtivismo. A psicanálise tem um viés emocional, o aprendizado para essa área do conhecimento só é feito se houver afeto para fazer a criação do vínculo, segundo Klein: Ao falarmos da importância do emocional e intelectual nas aprendizagens, percebemos que ambos não ocorrem completamente sozinhos. Há sempre um objeto, o objeto a ser conhecido ou aquele que impulsiona para o conhecimento. Pode ser a mãe, o pai ou o professor. É ele quem dá condições para que as aprendizagens aconteçam. Nesse momento, o vínculo recebe maior destaque, pois ele ocorre como uma ponte, que estabelece conexões, para que tanto o emocional, quanto o intelectual consigam se desenvolver de forma adequada. (2010, p.4). Para que a aprendizagem aconteça, é importante o estabelecimento de vínculos afetivos, pois eles possibilitam o desenvolvimento. Para Sisto (1996 apud ANJOS; DIAS, 2015) esse aumento da afetividade, além de outros fatores intelectuais, pode levar as crianças normais, como crianças com transtornos mentais, a serem deficientes, pois podem ter problemas de aprendizagem em apenas uma área do conhecimento e isso é fácil de resolver. 3 CAMPOS DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA A psicopedagogia é conhecida como um campo multidisciplinar que estuda diferentes disciplinas e estuda o comportamento, a mentalidade, o racionamento e o aprendizado humano. Portanto, está vinculado ao campo da saúde e da educação para estudar melhor o processo de aprendizagem de cada indivíduo e assim compreender sua situação levando em consideração seu estado de saúde, seus recursos econômicos, sua 10 convivência familiar, sua interação acadêmica e com a sociedade onde está inserido, todos esses elementos intervêm no desenvolvimento da aprendizagem (ALMEIDA, 2020). O objetivo da psicopedagogia era inicialmente tratar alunos com dificuldades de aprendizagem, como raciocínio deficiente, hiperatividade, déficitde atenção e outros problemas, profissionais atentaram em reconhecer como fazer, como evitar, sendo alguns dos obstáculos que o campo psicopedagógico vem tentando superar desde meados do século XIX. Atualmente, a resolução das dificuldades que algumas pessoas têm em adquirir conhecimentos está a ser desenvolvida em vários campos, por exemplo a psicopedagogia clínica, que está a ser desenvolvida em hospitais e centros de saúde para tratar o paciente que se encontra em estado de não aprendizagem. Diante desse impasse, o psicopedagogo necessita de habilidades que vão além da pedagogia e da psicologia, pois a superação desses problemas de não aprendizagem requer conhecimentos teóricos de outras áreas, cuja compreensão é adquirida durante sua formação psicopedagógica. De acordo com Cipriano, (2011): Essas duas áreas não são suficientes para apreender o objeto de estudo da Psicopedagogia - o processo de aprendizagem e suas variáveis - e nortear a sua prática. Dessa forma, recorre-se a outras áreas como a Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Linguística e a Psicanálise, no sentido de alcançar compreensão desse processo. Vimos que, devido à complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias[...]. Segundo esses relatos, na psicopedagogia é usado o conhecimento teórico em áreas como a psicanálise, que é o aspecto psicológico do ser, a forma de pensar etc. É o conhecimento neuropsicológico que possibilita o funcionamento do cérebro, as atividades cerebrais desenvolvidas, as evoluções mentais que ocorreram, etc. A psicologia social, que se encarrega de estudar o crescimento interpessoal dos indivíduos, as relações sociais, familiares, econômicas e escolares precisas que intervêm em todo o processo de aprendizagem; a questão linguística aproxima a compreensão da linguagem da história deste meio de comunicação humana, da estrutura e evolução da linguagem, 11 entre outras coisas, todas essas áreas contribuem para a construção da aprendizagem humana (ALMEIDA, 2020). De acordo com Cipriano, (2011): A psicopedagogia no campo clínico emprega como recurso principal realização de entrevistas operativas dedicadas à expressão e a progressiva resolução da problemática individual e/ou grupal daqueles que a consultam. O psicopedagogo também é um profissional bastante solicitado para trabalhar em hospitais o que chamamos de psicopedagogia hospitalar. Primeiramente, a sessão de aconselhamento começa com um diálogo detalhado com a pessoa, que examina todos os possíveis problemas relacionados à aprendizagem, avalia suas relações familiares, financeiras e interpessoais, levando em consideração as interações com outros cidadãos. De acordo com o conteúdo do relato, é possível perceber seu próprio estado, bom ou mal, pois esses problemas afetam diretamente a atenção humana e o estilo de vida, de forma a se alcançar um processo de aprendizagem efetivo. Em seguida, com as informações obtidas por meio do questionário desenvolve um plano de ação para solucionar os problemas levantados (ALMEIDA, 2020). Segundo Gamba e Trento (2009, p.2, apud ANJOS e DIAS, 2015, p.08): Para que o trabalho em uma clínica de Psicopedagogia seja realizado com sucesso, o envolvimento dos profissionais que ali atuam é de extrema importância. O psicopedagogo precisa estar atento às inúmeras possibilidades de intervenção, levando em conta as dificuldades apresentadas pelos clientes que buscam sua ajuda, bem como a própria disponibilidade frente a novos aprendizados demonstrados por este (GAMBA; TRENTO 2009, p.02, apud ANJOS; DIAS, 2015, p.08). Para definir um tratamento adequado, é necessário que o psicopedagogo estude profundamente o indivíduo a ser tratado, saiba de onde se originou o problema relatado, compreende as dificuldades encontradas e compreende o raciocínio de cada indivíduo. Dessa forma, o profissional avalia aplicando teste de coordenação motora, testes de memória, entre outras coisas. Assim tenta adequar sempre o cuidado ao seu paciente diante da necessidade presente, para então poder decidir, de acordo com a análise realizada, se aplica tratamento terapêutico ou preventivo. Porém, além de levar em conta o trabalho do profissional para se chegar a um resultado no tratamento, o paciente também deve estar pronto para cooperar, ou seja, 12 para aderir aos exercícios sugeridos pelo psicopedagogo, ter o cuidado de realizar eles corretamente e, em seguida, ativamente participar do tratamento, pois é difícil prescindir do envolvimento do paciente e irá levar ao insucesso do processo proposto pelo psicopedagogo, portanto, é necessário estar atento a essa questão (ALMEIDA, 2020). Segundo Bossa (2000), o papel do psicopedagogo no ambiente hospitalar, o profissional clínico visa trabalhar as diversas dificuldades de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos para recuperar a autoestima perdida no caminho da educação escolar e de ajudar a perceber que eles têm a habilidade e são capazes de realizar os exercícios escolares que sugerem por conta própria. A profissão clínica é exercida em instituições de saúde públicas e privadas, sendo as atividades desenvolvidas de forma individual. A psicopedagogia clínica é a ciência que tenta resolver os bloqueios de aprendizagem por meio do diagnóstico. Atuar em ambiente clínico é diferente da tradicional escola-aluno, esse processo educacional alternativo vai além do cotidiano escolar, a atuação desse profissional é de suma importância para o desenvolvimento do indivíduo que possui essa deficiência intelectual no que se refere ao ensino e aprendizagem, a busca por novos métodos auxilia na formação do ser crítico, diante do diagnóstico encontrado, é necessário que o psicopedagogo abra novos caminhos e crie formas de transmitir informações ao sujeito (ALMEIDA, 2020). Desta forma, o psicopedagogo procura realizar o seu trabalho com eficácia no ambiente hospitalar, tornando-se o mediador do saber para o indivíduo e, a partir daí, buscando um "caminho" que o guie e lhe permita superar as dificuldades que encontrou no decorrer da sua experiência de vida, tomando consciência de que é capaz de aprender e fazer o que lhe é sugerido com o maior benefício possível, visto que está demonstrado que todos têm capacidade de aprender, basta adaptar esses ensinamentos a qualquer pessoa que tem dificuldade em processar o conteúdo de forma convencional, forma que ainda hoje é imposta nas instituições de ensino. 13 4 A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL Na educação brasileira existe uma especialização denominada Psicopedagogia que serve de alicerce para a construção do conhecimento e de grande suporte para a escola, com o envolvimento de pais e professores tendo o aluno como foco. Bossa (2007, p. 19) relata que “a psicopedagogia nasceu como produção de conhecimento científico a partir da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem; não basta como aplicação da psicologia à pedagogia”. A psicopedagogia engloba essas duas áreas do conhecimento, pois trata das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar. Um apoia o outro, mas não precisa ser este necessariamente apenas para resolver problemas de aprendizagem. Portanto, esta área busca outras formas de conhecimento na medicina para se basear em suas pesquisas e assim encontrar respostas para os supostos transtornos do indivíduo. Trataria de utilizar apenas essas duas disciplinas para resolver problemas de aprendizagem, mas não de aplicar uma à outra, mas de estabelecer uma nova área que, com seus saberes, pensa seu sujeito a partir de seu próprio corpo teoricamente, que busca modelar. Para Mota et al (2014), as preocupações com as dificuldades de aprendizagem surgiram na Europa no século XIX, uma época em que o capitalismo industrial estava se consolidando. As dificuldadesde aprendizagem despertaram o interesse de alguns acadêmicos e passaram a ser foco de atenção. A medicina iniciou o estudo aprofundado e o estudo das causas dos problemas e suas possíveis correções; a oftalmologia, a neurologia e a psiquiatria, entre outras, faziam parte desses estudos, pois era por meio deles que se fazia o diagnóstico definitivo. No final do século XIX, educadores, psiquiatras e neuropsiquiatras começaram a lidar com aspectos que dificultam a aprendizagem e métodos organizados para a educação infantil. Para Visca (1987, p. 33), A psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiária destas disciplinas, perfilou-se como um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo de aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios. 14 Como afirma Mota et al (2014), com o tempo, o campo da psicopedagogia se expandiu para incluir várias áreas do conhecimento e se baseia nessas diferentes ciências, como psicanálise, pedagogia, neurologia e psicologia. A psicopedagogia dedica-se às dificuldades humanas que impedem a aprendizagem, tenta diagnosticar e tratar as dificuldades escolares e está direcionada para as crianças; é um importante suporte para o seu desenvolvimento e essa prática no Brasil tem trazido resultados importantes, pois auxilia crianças, adolescentes e até adultos no desenvolvimento da aprendizagem. No Brasil, o problema de aprendizagem há muito é explicado como produto de fatores orgânicos (LEFÉVRE, 1968, 1975, 1981; GRÜNSPUN, 1990). Nesse caso, a forma de tratamento do sujeito determina tais dificuldades. Em 1970, ficou claro que as causas das dificuldades de aprendizagem eram causadas por disfunção cerebral mínima (DCM). A Psicopedagogia chegou ao Brasil na década de 70, em uma época cujas dificuldades de aprendizagem eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que virou moda neste período, servindo para camuflar problemas sociopedagógicos (BOSSA, 2000, p. 48-49). Essa forma de caracterizar o comportamento da criança foi um caminho curto para um diagnóstico que explicasse os fatores de dificuldade nas aulas e repetência, efetivamente repassados aos familiares e considerados verdadeiros e aceitos. Problemas como a dislexia, termo que se usava para designar a criança, já que em muitos casos os problemas levantados pelos alunos não tinham um diagnóstico preciso. No momento em que surgia o interesse em estudar os fatores que impediam a produção dos alunos na escola, o sistema de ensino brasileiro passava por um conflituoso processo de democratização em relação à qualidade do ensino. Assim, os problemas patológicos do sistema educacional foram mascarados para esconder o sofrimento dos problemas educacionais que surgiram a partir daquele momento político (MOTA et al, 2014). Na década de 1970, o Brasil introduziu os primeiros cursos de especialização em psicopedagogia, que proporcionaram a psicólogos e educadores a oportunidade de buscar fundamentos e soluções para melhorar e compreender alguns problemas de aprendizagem (MOTA et al, 2014). 15 Para Vial (1979 apud BAETA, 1989, p. 19), [...] fazendo um retrospecto das argumentações adotadas para explicar o fracasso escolar, nos aponta que “... os primeiros trabalhos, dominados por teorias organicistas, centravam suas explicações nas noções de congenitabilidade e de hereditariedade, atribuindo todas as perturbações, que não fossem causadas por lesão nervosa, a disfunção neurológica e os retardos de maturação imputados a um equipamento genético defeituoso”. Os problemas de fracasso escolar apresentados pela criança na época de seu estudo eram direcionados e tratados pelos médicos assistentes. Os resultados dos testes realizados em laboratório revelaram os problemas causados pela herança hereditária ou relacionados com o sistema nervoso. Porém, tratava-se de uma declaração de médicos, ainda hoje no cotidiano escolar é uma ação de professores e familiares quando tais problemas são percebidos. Patto (apud COLLARES, 1997, p. 25) afirma que: [...] ‘processo social de produção do fracasso escolar’ se realiza no cotidiano da escola... O fracasso da escola pública elementar é o resultado de um inevitável sistema educacional congenitamente gerador de obstáculos à realização de seus objetivos. Reprodução ampliada das condições de produção dominantes na sociedade que as incluem, as relações hierárquicas de poder, a segmentação e a burocratização do trabalho pedagógico, marcas registradas do sistema público do ensino elementar, criam condições institucionais para a adesão dos educadores à simularidade, a uma prática motivada acima de tudo por interesses particulares, a um comportamento caracterizado pelo descompromisso social. De acordo com Mota et al (2014), no Brasil, uma das causas do fracasso escolar tem sido historicamente identificada como resultado da sociedade, principalmente quando se trata de escolas públicas que têm que seguir regras rígidas de quem domina a escola e acaba atrapalhando os objetivos da escola. No ambiente escolar centrado no aluno, surgem diversos problemas como lotação de alunos em sala de aula, excesso de trabalho dos professores, barreiras que os profissionais da área encontram para atingir seus objetivos, em termos de intenções, não conclusão e finalização do plano de aula. Todas essas barreiras pesam sobre a escola, pois ela é responsável pela construção de ideias, conceitos e ações, ou seja, caminhos que o indivíduo trilha, incluindo sua frequência e plena persistência em uma sociedade multicultural. Segundo Bossa (2000, p. 21): 16 O termo Psicopegagogia distingue-se em três conotações: como uma prática, como um campo de investigação do ato de aprender e como um saber científico. Portanto, é importante que se tente entender a Psicopedagogia como uma área que vem, ao longo de sua história, criando um corpo teórico próprio, sistematizando instrumentos capazes de dar conta de suas investigações, não se propondo a especializar um profissional dando a ele parte do que lhe falta. No Brasil, o termo psicopedagogia ainda é desconhecido por grande parte da população, não se sabe exatamente do que se trata a profissão e quais as contribuições que ela oferece, pois a profissão só é conhecida e interessada quando é necessário apoio para fornecer qualquer tipo de apoio de dificuldades na escola que afetam alguém da família ou conhecido, resultado da abordagem do psicopedagogo: quando o aluno é recebido na instituição, ele ou ela acaba desempenhando o papel de psicólogo, fonoaudiólogo ou até mesmo terapeuta. A regulamentação brasileira avançou no Projeto de Lei nº 128/2000 e na Lei nº 10.891. No entanto, a regulamentação de qualquer nova profissão, como a psicanálise por exemplo, esbarra em forte obstáculo constitucional, pois o artigo 5º da Constituição brasileira prevê a “liberdade de exercício profissional”, o que deixa claro que o profissional da psicopedagogia pode exercer sua profissão se necessário e pela comunidade solicitada (MOTA et al, 2014). O regulamento dos cursos de pós-graduação em psicopedagogia, coordenado pelo MEC, confere a esses especialistas competência para a realização de seu trabalho em empresas, clínicas, hospitais e escolas. A lei vigente que dá a formação do psicopedagogo é a Resolução 12/83, de 06/10/83 que formam especialistas, no caso os chamados "especialistas em psicopedagogia". O estabelecimento educacional deve atender aos padrões educacionais para poder emitir certificados de pós-graduação (MOTA et al, 2014). De acordo com Visca (1987), a psicopedagogia foi inicialmente uma medidapromovida pela medicina e pela psicologia, que posteriormente foi delineada como um saber independente e complementar que possui um objeto de estudo, o chamado processo de aprendizagem, e seus próprios recursos diagnósticos, corretivos e preventivos. A partir da ação psicopedagógica e sua atuação em relação às dificuldades do processo de aprendizagem, ficou claro que se trata de um coadjuvante para outras áreas 17 da medicina, pois se trata da busca de fatores prejudiciais ao ser humano e do diagnóstico e tratamento dos problemas apresentados. Segundo Mota et al (2014), o professor e médico argentino Júlio Bernaldo de Quiros, que esteve envolvido nos grupos que tratam do problema de aprendizagem para organizar os núcleos, dedicou-se por muito tempo ao estudo da leitura e da escrita e o resultado dessa experiência foi a sua publicação nas décadas de 1950 e 1960, período em que se destacam suas experiências, seus trabalhos são diversos, tanto na Argentina quanto no Brasil. Conta também com profissionais de Porto Alegre que inauguraram o Centro de Estudos de Formação em Psicopedagogia. O professor Nilo Fichtner fundou o Centro de Estudos Médicos e Pedagógicos do Rio Grande do Sul, um curso de formação que oferece um referencial modelado no exercício do médico (MOTA et al, 2014). Segundo Kiguel (apud BOSSA, 2007, p. 55) “embora a psicopedagogia seja um campo interdisciplinar, ela se expandiu consideravelmente nos últimos anos, mas historicamente está mais associada à educação do que à medicina e à psicologia”. A psicopedagogia conta com outras áreas do conhecimento como neurologia, filosofia e psicologia para apoiar o seu trabalho, para melhor compreender as barreiras que dificultam a aprendizagem e os processos relacionados com a aprendizagem humana. Na década de 1990, várias instituições começaram a oferecer cursos com foco em psicopedagogia, antes da criação de cursos formais de especialização e aperfeiçoamento. A preocupação era cada vez maior para resolver as questões de aprendizagem, oferecendo uma área distinta com mais força e a demanda seguiu o mesmo ritmo, pois havia interesse em melhorar e uma base para obtê-la conhecimentos específicos para trabalhar com a criança em sala de aula (MOTA et al, 2014). Hoje pode-se ver a importância do curso e as contribuições da psicopedagogia para a educação. As diferenças no papel do psicopedagogo nas instituições e clínicas são claras, pois ele auxilia as partes que lidam diretamente com os problemas de saúde humana. O Psicopedagogo é o profissional que auxilia na identificação e resolução dos problemas no processo de aprender. O Psicopedagogo está capacitado a lidar com as dificuldades de aprendizagem, um dos fatores que leva à multirrepetência e à evasão escolar, conduzindo à marginalização social. Esse profissional detém 18 um corpo de conhecimentos científicos oriundos da articulação de várias áreas aliado a uma prática clínica e/ou institucional que considera a multiplicidade de fatores que interferem na aprendizagem. Poderão exercer a profissão do Psicopedagogo no Brasil os portadores de certificado de conclusão de curso de especialização em Psicopedagogia em nível de Pós-graduação, expedido por escolas ou instituições devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos de legislação pertinente (SCOZ; COLL, 1998 apud BOSSA, 2000). No Brasil, a valorização dos psicopedagogos nas instituições de ensino é cada vez mais reconhecida e seu espaço tem sido conquistado e reconhecido. A escola precisa fornecer o suporte necessário para que não falhe; monitorar e apoiar o aluno e sua família. Toda instituição de ensino precisa ter um profissional da área para cuidar dos eventuais problemas, pois sua presença nesse ambiente tem pontos positivos em todos os sentidos, motivos que impedem o professor de se exaurir por ter reprovado por não ter atingido seus objetivos com determinados alunos. Orienta também os familiares no trato com a criança após terem sido orientados pelos diretores e professores; facilita a implantação do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e assim aponta caminhos, pois busca objetivos dentro da escola e é um espaço no qual cidadãos críticos se formam e se integram em uma sociedade heterogênea (MOTA et al, 2014). Para Paín (1987, p. 15), [...] nesse lugar do processo de aprendizagem coincidem um momento histórico, um organismo, uma etapa genética da inteligência e um sujeito associado a tantas outras estruturas teóricas, de cuja engrenagem se ocupa e preocupa a Epistemologia; referimo-nos principalmente ao materialismo histórico, à teoria piagetiana da inteligência e à teoria psicanalítica de Freud, enquanto instauram a ideologia, a operatividade e o inconsciente. Mota et al (2014), afirma que a abordagem da profissão revela sua importância e a cooperação com a sociedade, que evita o fracasso escolar, se responsabiliza pela redução dos problemas de aprendizagem nas escolas e, assim, reduz as altas taxas de reprovação nas aulas. Como obrigação social de contribuir para a compreensão do processo de aprendizagem e para a identificação dos fatores facilitadores e comprometedores do processo, causas que impedem a criança de alcançar resultados positivos em seu desenvolvimento podem ser esclarecidas através de seu histórico familiar e suas raízes. Desta forma fica claro que o psicopedagogo é uma ferramenta 19 importante para solucionar as causas que desencadeiam o fracasso escolar e, assim, evitar um descompasso para a sociedade. 5 ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA E APRENDIZAGEM ESCOLAR Fonte: institutoinclusaobrasil.com A aprendizagem é um processo profundo que envolve todo o sujeito, permitindo- lhe compreender o movimento mental, as emoções e os processos cognitivos das pessoas. Todos esses conceitos fazem parte do processo educacional, para entender todas essas habilidades, principalmente as dificuldades de aprendizagem, é necessário reavaliar o comportamento do indivíduo na escola. Com essa necessidade, os psicopedagogos surgiram para ajudar a superar os contratempos na educação. Bossa (2000) ressalta que: A aprendizagem é um fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida (da infância a velhice). A aprendizagem, não é um processo individual, isto é, não depende exclusivamente do esforço de quem aprende, mas sim de um processo coletivo. (BOSSA, 2000, p.30) 20 Cada um tem sua forma particular de adquirir o principal fator de aprendizagem, aprender é o processo de transferência em que o professor é o tutor que entrega o conteúdo educacional, esse processo não é absorvido da mesma forma para todos, cada um entende algo completamente diferente do que os outros. Portanto, é eficaz para o intermediário dar os passos necessários na transferência de conhecimento, ou seja, a aprendizagem coletiva é muito importante para o professor, e a participação das turmas e dos professores devem acontecer com naturalidade, passando confiança para a turma e permitindo que discutam assuntos relacionados a educação (ALMEIDA, 2020). Para Almeida (2020), a psicopedagogia visa abranger o campo profissional da aprendizagem humana, o método tem como objeto principal de investigação o sujeito, este campo interdisciplinar proporciona atuação em diversas situações, e promove métodos múltiplos de acordo com cada particularidade no âmbito da aprendizagem. De acordo com as exigências, é cada vez maior a necessidade da presença desse profissional em qualquer ambiente de trabalho, cuja principal tarefa é observar as pessoas e determinar seu baixo grau de aprendizagem. Voltamos aos estudos de Fagali (1993) que estipula sobre: A assessoria junto a pedagogos, orientadores e professores, tem como objetivo trabalhar as questões pertinentes às vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos,integrando o afetivo o cognitivo, através da aprendizagem de conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento (FAGALI, 1993, p.10) No desenvolver deste trabalho, o psicopedagogo e toda a equipe técnica da escola devem trabalhar juntos, essa articulação entre as funções ajudará a identificar e resolver os fatores que contribuem para a não aprendizagem. Vários são os fatores que contribuem para que o indivíduo não se desenvolva intelectualmente, a aprendizagem não é apenas absorvida na escola, mas a aprendizagem se expande por meio da aquisição contínua, como no meio familiar e social. Em consonância com a modernidade da sociedade, os trabalhadores qualificados do setor da educação devem ser cada vez mais qualificados, flexíveis e adaptáveis, pois, para fazerem o seu trabalho com prazer, a formação é também um método que afeta o resultado educacional. O profissional da educação deve ter perfil para ensinar as pessoas 21 e, o mais importante, ter tempo para atender as pessoas que precisam dos seus serviços, trabalhar de forma produtiva, criativa e inovadora com o compromisso de aprender. A psicopedagogia oferece a todas as pessoas, independentemente de raça e gênero, auxílio na continuidade do tema na formação do aprendizado. Se o psicopedagogo reconhece problemas de aprendizagem por meio do diagnóstico, todas as etapas necessárias devem ser tomadas para iniciar o tratamento preventivo, seja patológico ou não. Fernandes (2001), afirma: O fracasso escolar afeta o aprender do sujeito em suas manifestações sem chegar a aprisionar a inteligência: muitas vezes surge do choque entre o aprendente e a instituição educativa que funciona de forma segregadora. Para entendê-lo e abordá-lo, devemos apelar para situação promotora do bloqueio (FERNANDES, 2001, p. 32, apud TOSTES, BELLAN, GURNHAK e SILVA, 2016, p.129). São várias as situações que ocorre com um sujeito em não aprende na idade adequada, os motivos são muitos. A autora destaca um dos fatores que ocorrem e dificultam a aprendizagem do sujeito. A forma como os professores orientam os alunos pode não ser a forma correta para adquirir conhecimento. Alguns fatores podem ser detectados pela família como superdotação, dislalia, déficit de atenção e entre outros, que podem afetar o processo de aprendizagem da criança, podendo ocorrer também quando alguns professores não conseguem inovar na forma de entrega dos conteúdos. Os alunos, mantendo assim a sua particularidade, o que acabará por interromper a aquisição de conhecimentos (ALMEIDA, 2020). Pollity (2002 p.27, apud, ARAÚJO, 2014, p. 27) diferencia o fracasso escola da dificuldade de aprendizagem: Quando falamos do fracasso escolar, é importante diferenciá-lo das dificuldades de aprendizagem que, embora frequentemente confundidos, não fazem parte da mesma classe. O fracasso escolar está relacionado ao sistema educativo, revelando as inadequações das instituições escolares que são, em última instância, representadas pelos professores, coordenadores, diretores, entre outros profissionais. As dificuldades de aprendizagem nem sempre geram fracasso escolar, como ficou evidenciado em minha pesquisa anterior (POLITY, 2002, p.27, apud, ARAÚJO, 2014, p. 27). 22 Assim como caracteriza Almeida (2020), para evitar esse tipo de bloqueio, a instituição, em conjunto com o corpo técnico, deve estar preparada para a adoção de novos métodos. Essas inovações visam agregar conhecimento aos seus alunos e às suas diversas formas de aprender, como o processo de ensino e aprendizagem. Crianças com deficiência de aprendizagem podem apresentar baixa autoconfiança, falta de interesse em ir à escola, falta de vontade de buscar conhecimento, esses sintomas ocorrem em pessoas com bloqueios de aprendizagem. Segundo Piaget: A aprendizagem é, portanto, um processo de construção e reconstrução de conhecimento, apoiado na ação do sujeito sobre o objeto e dependente do desenvolvimento da inteligência, ou seja, para o indivíduo dadas estruturas cognitivas que propiciem esse aprendizado. (PIAGET apud ALENCAR et. al. 2009, p. 128) O ato de aprender exige o contato direto com o aluno, essa abordagem mediadora e discente é essencial para o profissional conhecer o indivíduo. O psicopedagogo tem uma variedade de opções para avaliar a aprendizagem do aluno, em uma simples conversa com o educador ele faz suas ideias com tal aluno, para distinguir seus limites e o mais importante é traçar métodos para avançar o processo educacional. Por meio do trabalho contínuo, o psicopedagogo acumula experiência profissional e o aluno conquista novas formas de receber a educação, o que aumenta a alegria de sempre buscar novos horizontes educacionais. A avaliação para com o aluno deve ser de forma contínua, aprender porque a situação de aprendizagem varia de aluno para aluno, de modo que a avaliação deve não só privilegiar os serviços prestados, mas a prática docente acadêmica deve andar de mãos dadas (ALMEIDA, 2020). 23 6 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA Fonte: educamaisbrasil.com A orientação do psicopedagogo deve ser constante e não apenas discutir a relação professor-aluno, como dificuldades de aprendizagem, desempenho do aluno na escola, formas de avaliação e relacionamento com os pais. O professor deve rever constantemente em sua prática a relação afetiva e as dificuldades que vivenciou no relacionamento com o aluno e saber esperar a reação de sua produção (SANTOS et al, 2019). Portanto, a avaliação psicopedagógica deve fornecer informações claras a fim de orientar a gestão escolar sobre as mudanças que precisam ser feitas para o desenvolvimento adequado dos alunos, bem como para a melhoria das instalações escolares. É interessante ver as condições pessoais do aluno e as experiências que são facilitados em casa e na escola, com adultos e colegas do ambiente escolar, porque o trabalho diário e a cooperação de todos os profissionais envolvidos permite-lhes ir na direção certa. A análise do diagnóstico das dificuldades de aprendizagem é uma das questões mais importantes no trabalho do psicopedagogo, pois é preciso muita sensibilidade e 24 responsabilidade para descobrir os motivos que afetam a aprendizagem do aprendiz. Deste modo, o psicopedagogo deverá ter formação ampla nas questões relacionadas à educação, sociedade, síndromes, patologias, etc. A naturalidade e o bom senso exigem o auxílio de uma equipe multidisciplinar, pois o diagnóstico deve ser elaborado com a maior precisão possível para determinar as prioridades de tratamento. Bossa (2000, p.12) destaca: A figura do psicopedagogo dizendo que estes “são profissionais preparados para a prevenção, para o diagnóstico e o tratamento dos problemas de aprendizagem escolar”. Segundo a autora a psicopedagogia tem se dedicado a conhecer como ocorre o processo de aprendizagem, e os fatores que facilitam ou influenciam, com base em conhecimentos de outras áreas. Segundo Barbosa (2007) apud Souza et al (2015), todos os sintomas percebidos e registrados em uma queixa, a priori, originam-se das observações desencadeadas na própria instituição. Weiss (1997) descreve que: O diagnóstico psicopedagógico sempre é solicitado quando o sujeito dentro do contexto escolar apresenta uma aprendizagem não satisfatória, ou seja, dentro do processo de aprendizagem sempre tem baixo desempenho escolar. Sua solicitação sempre advém a partir de uma queixa de dificuldade de aprendizagem que em sua grande maioria se estende por anos. Todo diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma investigação, é uma pesquisa do que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Será, portanto, o esclarecimento de uma queixa, do próprio sujeito, da família e, na maioria das vezes, da escola. No caso, trata-se do não aprender, do aprender com dificuldade ou lentamente, do não revelar o que aprendeu, do fugirde situações de possível aprendizagem (WEISS, 1997, p.27). Diante disso, um bom diagnóstico surge não só dos instrumentos utilizados ao longo do processo de avaliação, mas do olhar preciso, atento e sensível do psicopedagogo na análise dos detalhes, das entrelinhas durante os atendimentos. A identificação e a observação precisam ser rotineiras na prática do professor para permitir uma compreensão ampla do desenvolvimento acadêmico e social do aluno. Paralelamente a essas percepções, é responsabilidade do professor criar oportunidades para a aquisição de conteúdos, planejar suas aulas de forma variada e significativa, pois muitos casos de fracasso escolar refletem o insucesso por parte pedagógico (SANTOS et al, 2019). 25 É muito importante que os professores saibam que não existe um método bom ou ruim. É verdade que alguns métodos são adequados para alguns alunos, mas não para outros. Não é porque o aluno não estuda de acordo com um determinado método, que chegamos à conclusão de que ele não aprenderá. Não podemos nos limitar a um único método, mas priorizar os diversos métodos de ensino, lembrando que cada um é único e individual, com estilo, ritmo e tempo de aprendizagem próprios. Como afirma Santos et al (2019), a escola tem que investir em uma grande medida, além do psicopedagogo, no contexto de seus especialistas, nas diversas áreas de atuação, como psicólogos, fonoaudiólogos, psicoterapeutas, médicos, entre outros, para dar atenção a seus professores consideravelmente para o ensino e a aprendizagem de forma eficiente e efetiva. Os educadores devem se preocupar em como conduzir as intervenções de ensino adequadas para que os alunos possam aprimorar seus conhecimentos. Esses são os problemas diários dos educadores práticos que desejam que seus alunos participem da realidade do sucesso escolar em vez do fracasso. Portanto, a compreensão e a reflexão do educador sobre sua prática são essenciais para que ele avalie seu próprio comportamento e formule estratégias que favoreçam a aprendizagem do aluno. Portanto, você precisa entender como os alunos respondem à sua intervenção de ensino. Outro aspecto relacionado que precisa ser ressaltado é que, na maioria das vezes, o educador não consegue refletir sobre sua prática porque não registrou seu comportamento docente e não compartilha o que fez, como o fez e como isso afeta os alunos. O professor precisa avivar em si mesmo o compromisso de uma constante busca do conhecimento como alimento para o seu crescimento pessoal e profissional. Isto poderá gerar-lhe segurança e confiabilidade na realização do seu trabalho docente. Esta busca poderá instrumentalizá-lo para assumir seus créditos, seus ideais, suas verdades, contribuindo para referendar um corpo teórico que dê sustentação para a realização de seu fazer (OLIVEIRA, 1995, p.64). De acordo com Santos et al (2019), para que a intervenção psicopedagógica atinja os objetivos propostos, é imprescindível que o psicopedagogo mantenha o vínculo com a família e a escola estabelecido durante o diagnóstico durante o processo de tratamento. 26 Com a participação da família, podem ser verificados alguns aspectos relevantes para o melhor desempenho escolar e promovida uma associação no processo de intervenção, uma vez que a família é responsável pelo desenvolvimento pessoal e dos valores éticos e morais. Nesse sentido, é importante pensar e escrever sobre as intervenções psicopedagógicas, pois isso requer uma reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem por que passam professores e alunos no cotidiano escolar. Podemos supor que as mediações pedagógicas são motores de aprendizagem, tanto para os professores quanto para os alunos. Na intervenção, embora as propostas de trabalho sejam utilizadas para veicular a relação terapêutica, a seleção dessas propostas e a forma como são apresentadas dependem da especificidade da situação particular, do tema a tratar, da formação e da dinâmica da seleção das propostas e a forma como são referidas pela dupla cliente- terapeuta produzirão realmente as mudanças esperadas (SANTOS et al, 2019). É importante ressaltar, ainda, que o papel do professor é acompanhar o aluno em seu caminho e orientá-lo na superação de suas dificuldades, buscando sempre uma prática educativa que vise estimular ou desenvolver as habilidades das crianças. Pontes (2019) afirma que a grande questão para os profissionais da educação é saber como podemos melhorar a atuação de nossos professores e alunos no processo ensino- aprendizagem da educação básica. Família e escola unidas no processo de melhorar drasticamente o processo de ensino e aprendizagem escolar. Desse modo, fica claro a importância da participação efetiva dos pais no aproveitamento escolar dos filhos, visto que essa associação facilita muito o processo de aprendizagem das crianças (SANTOS et al, 2019). Cruz (2013) afirma que, a partir dessas revelações, é possível ao psicopedagogo auxiliar as crianças em suas dificuldades escolares fazendo anotações, questionando- as, tornando-as instigantes e possibilitando-lhes escolher novas estratégias para intervir nas dificuldades de aprendizagem. A intervenção psicopedagógica focaliza o sujeito na sua relação com a aprendizagem. A meta do psicopedagogo é ajudar aquele que, por diferentes razões, não consegue aprender formalmente, para que consiga não apenas 27 interessar-se por aprender, mas adquirir ou desenvolver habilidades necessárias para tanto (RUBINSTEIN et al, 1999, p. 25). A prática pedagógica do professor torna-se fundamental para que os alunos construam e desenvolvam suas habilidades e competências em situações didáticas projetadas com objetivos predeterminados, em atividades que colocam problemas, desafios e tomadas de decisão. Esses aspectos devem ser considerados social e historicamente relacionadas à cultura de cada criança, sua autonomia, incluindo seus ritmos específicos para a realização das atividades propostas pela professora. Diante das dificuldades encontradas, é necessário propor um projeto de intervenção com recursos e estratégias que ajudem o aprendiz a superar suas dificuldades. Os serviços são essenciais e eficientes para atingir o objetivo proposto. Elementos de intervenção que podem ser realizados de diferentes formas, individualmente ou em grupos de crianças, através de jogos, brincadeiras, produções artísticas, contação de histórias e outras atividades que facilitem a expressão da criança e proporcionem a oportunidade de desenvolver as habilidades e competências dessas crianças. O trabalho psicopedagógico exige uma verdadeira autoconsciência por parte do profissional para não se deixar levar pelos próprios valores durante a intervenção, uma vez que o reconhecimento de um problema de aprendizagem e a intervenção mais adequada para o resolver são os resultados da bagagem cultural que traz consigo que interfere na sua capacidade de observar e analisar cada caso. A ação psicopedagógica como protetora e mediadora das relações leva à participação na manutenção de um sistema familiar com saudável conhecimento, possibilita relações de poder entre os membros, clareza na definição de papéis e limites. Portanto, o educador precisa ensinar a pensar, a compreender a importância das atividades escolares, facilitando a compreensão dos alunos para o quê e para quê a tarefa e os critérios de avaliação também; antes de cada tarefa proposta, o aluno deve saber o que o professor espera dele, estimular a participação e autonomia dos alunos e dar-lhes a oportunidade de participarem da vida escolar. 28 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCAR, E de S; TEIXEIRA, C de S. M; SILVA, C de S; FERRO, M. da G. D; CARVALHO, M. V. C de. A epistemologia genética de Jean Piaget. In: CARVALHO, M. V. C; MATOS, K. S. A. L. de (Org.). Psicologia da Educação: teorias do desenvolvimentoe da aprendizagem em discussão. Fortaleza: Edições UFC, 2009. ALMEIDA, Talita Moraes de. Atuação do psicopedagogo no ambiente escolar: um estudo com profissionais com experiência no âmbito escolar no município de Itaituba-Pará. Pará, 2020. ANJOS, Elza Karina oliveira; DIAS, Juliana Rocha Adelino. 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