Buscar

ebook (5)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito 
Ambiental
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
AUTORIA
Nathalia Ellen Silva Bezerra
Sou formada em Direito, com uma experiência técnico-profissional 
na área de Direito do Trabalho e Previdenciário. Além disso, atuo como 
conciliadora e advogada, tendo em vista a colocação em prática e a 
valorização dos meios alternativos de solução de conflitos. Ao longo da 
minha vida acadêmica, sempre demonstrei um grande interesse pela 
escrita, dessa forma espero que, por meio desse material e da experiência 
vivenciada, você consiga adquirir e ampliar os seus conhecimentos para 
que possa exercer uma vida profissional plena. Por isso fui convidada pela 
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou 
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. 
Conte conosco! 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Breve Histórico Acerca do Direito Ambiental ..................................... 12
A Importância do Breve Histórico ....................................................................................... 12
Histórico Legal Ambiental ......................................................................................................... 14
Aspectos Gerais sobre o Direito Ambiental ......................................... 21
Definição de Meio Ambiente ...................................................................................................22
Meio Ambiente Natural ............................................................................................23
Meio Ambiente Artificial .........................................................................................23
Meio Ambiente Cultural ...........................................................................................24
Meio Ambiente do Trabalho .................................................................................24
Definição de Direito Ambiental ..............................................................................................24
Princípios Fundamentais do Direito Ambiental .........................................................26
Princípio da Prevenção ............................................................................................28
Princípio da Precaução ............................................................................................28
Princípio do Poluidor-Pagador ...........................................................................29
Princípio da Responsabilidade ...........................................................................29
Princípio do Limite .......................................................................................................29
O Direito Ambiental sob o Ponto de Vista Internacional ............... 31
Meio Ambiente e o Cenário Internacional ..................................................................... 31
Tratados e Convenções Internacionais Ambientais ...............................................33
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do 
Clima (UNFCCC) ............................................................................................................35
Protocolo de Kyoto .................................................................................................... 36
Agenda 21 ..........................................................................................................................37
Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento 
Sustentável .......................................................................................................................37
Rio+20 ................................................................................................................................... 38
Outros Tratados e Convenções Internacionais ...................................... 38
O Direito Ambiental e a Constituição de 1988 ...................................40
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ................................. 40
Meio Ambiente e a Constituição de 1988 .....................................................................43
9
UNIDADE
01
Direito Ambiental
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área relativa ao meio ambiente, por mais que seja 
recente, já vem trazendo mudanças significativas em muitos cenários 
ao longo do mundo, por isso a mencionada área deve ser enaltecida 
e estudada em sua completude para que se possa conhecer mais as 
proteções destinadas ao meio ambiente. Diante disso, ao longo da 
presente unidade, passaremos a conhecer melhor o breve histórico a ser 
traçado acerca do Direito Ambiental, para que em seguida seja mais fácil 
analisar os aspectos gerais sobre o assunto, não esquecendo questões 
relativas ao campo internacional e as contribuições dadas ao direito 
ambiental desde a implementação da Constituição de 1988, levando 
em conta os impactos causados por essa Lei Maior. Entendeu? Ao longo 
desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Direito Ambiental
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – História e Fundamentos do 
Direito Ambiental. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Analisar o breve histórico e os avanços presentes no campo do 
Direito Ambiental.
2. Investigar quais são os aspectos gerais relativos ao Direito 
Ambiental.
3. Identificar o Direito Ambiental perante o cenário internacional.
4. Averiguar os impactos causados pela Constituição de 1988 perante 
o Direito Ambiental.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Vamos desbravar os caminhos em busca de percepções mais conscientes 
e respeitosas ao meio ambiente. Ao trabalho! 
Direito Ambiental
12
Breve Histórico Acerca do Direito 
Ambiental
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar 
como se deu o desenvolvimento histórico do direito 
ambiental, levando em consideração a importância que 
o meio ambiente passou a adquirir ao longo dos avanços 
e mudanças de foco voltados para o tema. Isso será 
fundamental para o exercício de sua profissão, tendo em 
vista que essa é uma área em ascensão. E então? Motivado 
para desenvolver essa competência? Então vamos lá. 
Avante!.
A Importância do Breve Histórico
Querido aluno, dependendo do ponto de vista que você possua 
sobre a vida, bem como as suas vivências anteriores, poderá parecer 
bobagem dispender tempo buscando entender a origem histórica daquilo 
que apresenta influências positivas ou negativas em nosso cotidiano. 
Contudo essa não é uma forma correta de se pensar, já que mesmo 
quando a utilidadenão pode ser vista de forma direta na prática, ela ainda 
influência de forma positiva, mesmo que a nível pragmático. Desta feita, 
pode colaborar no fornecimento de elementos e critérios para a vida dos 
seres humanos, pois, por meio das investigações históricas, podemos 
compreender de forma mais ampla o funcionamento social e cultural, as 
influências geradas pelos fenômenos políticos, as diversidades presentes 
nas diferentes épocas e camadas sociais, não deixando de lado as 
contribuições geradas por esses tópicos.
Nesse sentido, muitos dos fenômenos vistos hoje em dia, e cujos 
motivos de ocorrência, em alguns momentos, não sabemos explicar, 
derivam de explicações históricas, ou seja, são hábitos aprendidos em um 
momento anterior e por gerações passadas que influenciam a nossa vida 
até hoje. Por isso mudar alguns desses fatos é tão difícil. 
Direito Ambiental
13
Como exemplo prático para essa situação, podemos pensar no 
papel da mulher na sociedade, pois sabemos que, desde a Antiguidade, 
a classe feminina estava à margem da sociedade, cabendo aos homens 
tomar as decisões mais difíceis e dominar o poder. Nesse ínterim, por 
meio de diversas lutas, as mulheres foram conseguindo um espaço 
maior, mas ainda assim sendo vítimas de machismo e de processos que 
muitas vezes resultavam em sua morte, como a caça às bruxas durante 
a Idade Média ou o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, durante a 
Revolução Industrial. Apesar de tudo isso, e mesmo já ocupando um papel 
importante no meio social, ainda há muito a ser conquistado e melhorado, 
pois muitos crimes, agressões e desigualdades são praticadas, deixando 
bem claro que a história ainda reflete e incomoda a vivência das mulheres 
na atualidade, sendo complicado destruir os impactos culturais gerados 
por todos os anos até o presente momento.
REFLITA:
Para compreender um pouco melhor acerca dos direitos 
conquistados pelas mulheres ao longo do tempo, leia a 
matéria denominada como “Direito da mulher: 18 avanços 
que já conquistamos e 22 que ainda falta alcançar”, presente 
neste link.
Desta feita, uma das principais funções exercidas pelo estudo da 
história terá relação com o suporte dado à compreensão acerca do que 
está acontecendo hoje em dia. Diante disso, o estudo da história serve 
ainda como exemplo para que decisões mais bem fundamentadas sejam 
tomadas, com base em prudência, civilidade, tolerância, entre outras.
Faz-se necessário, diante disso, entender o histórico do meio 
ambiente e de onde surgiu a preocupação de proteger esse bem natural 
tão importante para a vida humana, deixando ainda mais claro o destaque 
que deve ser dado ao mencionado assunto, assim como os motivos pelos 
quais surgiu a necessidade de a legislação proteger o meio ambiente, 
punindo todos aqueles que violarem tais normas, sendo todos os aspectos 
observados ao longo do presente e-book.
Direito Ambiental
https://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/direito-da-mulher-18-avancos-que-ja-conquistamos-e-22-que-ainda-falta-alcancar
14
Histórico Legal Ambiental
É comum identificar que a sociedade passou por diversas mudanças 
ao longo do tempo, afinal os interesses e as facilidades presentes no nosso 
cotidiano hoje são diferentes das vivenciadas anos atrás. Assim, aluno, 
podemos identificar isso facilmente ao pensar no uso de smartphones, 
pois hoje em dia é difícil imaginar uma vida sem esses aparelhos, levando 
em conta ainda que eles não exercem a função apenas de realizar 
ligações e na medida em que os nossos avós em sua juventude não 
tinham essa facilidade. Outro exemplo simples e presente em nossa 
vida é a praticidade do estudo em EAD, que até poucos anos atrás soava 
como algo irreal e rodeado de grandes tecnologias. Atualmente, o EAD é 
comum e sinônimo de praticidade. 
Diante disso, o meio ambiente também passou a sofrer impactos 
em razão dessas mudanças, já que, ainda tendo como base o exemplo 
fornecido, a produção de smartphones e computadores, objetos que 
possibilitam o EAD, representa um avanço industrial e tecnológico que, a 
depender da sua cadeia de produção, pode prejudicar o meio ambiente 
de diversas formas. Percebe-se, portanto que durante muito tempo o 
meio ambiente foi negligenciado, sendo que a preocupação destinada a 
ele, por toda a humanidade, é recente.
Por outro lado, mas de maneira mais pontual, o autor Renato 
Guimarães Junior aponta que alguns documentos antigos já mencionavam 
uma proteção ao meio ambiente, mesmo que de forma indireta. Diante 
disso, o mencionado autor observa que o Código de Hamurábi, o Livro 
dos Mortos do Antigo Egito, apresentava algumas disposições relativas 
ao respeito pela natureza. Tem-se, ainda, por volta de 1215, na Magna 
Carta de João Sem-Terra, minúcias destinadas à proteção florestal, que 
passaram a ser vistas de forma mais concreta, Contudo, segundo Renato 
Guimarães Junior, um dos fatores que justifica essa tomada de decisão 
possui como fonte o exercício da propriedade das florestas por parte do 
rei, diante do qual a caça e a exploração eram proibidas, pois as madeiras, 
os frutos, os animais, e tudo ao redor pertenciam ao monarca.
Direito Ambiental
15
Já no período das Grandes Navegações, os países dotados de mais 
destaque são Portugal e Espanha, sendo os dois grandes colonizadores, 
mas o contexto presente nas colônias e em seus países eram bem 
distintos. Nesse cenário, tomando Portugal como exemplo, em seu 
território europeu havia leis responsáveis pela proteção das águas e 
normas que proibiam o corte do carvalho e do soveiro. Por sua vez, na 
sua colônia, que hoje corresponde ao Brasil, o desmatamento acontecia 
de forma desregrada, com grandes infrações e violações ambientais que 
passaram a ser cometidas. Diante disso, desde o início o território brasileiro 
lidou com questões ambientais difíceis e marcadas por grandes perdas, 
a exemplo da quase extinção da espécie nativa denominada como Pau-
Brasil.
A exploração ambiental existente no Brasil só foi piorando e ficando 
mais intensa ao longo dos anos, de maneira que o desenvolvimento do 
país, durante grande parte do tempo, teve como escopo a exploração 
predatória e desmedida dos vastos recursos naturais presentes no 
território. Assim, até por volta da década de 1960, tudo o que importava era 
o aumento das fronteiras e os avanços econômicos, independentemente 
do que isso pudesse custar ao meio ambiente.
Contudo um olhar diferenciado a nível mundial começou a surgir 
e os anos posteriores à década de 1960 começaram a ser marcados 
por políticas responsáveis por destacar e frear as medidas tomadas em 
desfavor ao meio ambiente, estabelecendo uma relação de importância 
e a necessidade de cuidado aos recursos naturais. Nessa situação, 
começaram a surgir normas que abordavam as mencionadas temáticas, 
como a edição do Código Florestal de 1965, os Código de Caça, de 
Pesca e de Mineração, todos regulados por lei no ano de 1967. Assim, a 
partir desse momento as florestas passaram a ser vistas não mais como 
propriedade de um senhor ou de um rei especificamente, mas sim como 
do povo.
Os mencionados fenômenos e avanços passaram a ser vistos no 
mundo todo, com tratados e convenções dotados de força internacional 
e que passaram a ganhar forma e força. Nesse contexto, por volta de 
1968, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas realizou 
Direito Ambiental
16
a primeira conferência com o objetivo de discutir temáticas relativas ao 
meio ambiente. Essa conferência, realizada em Estocolmo no ano de 1972, 
foi a responsável pelo estabelecimento da Declaração de Estocolmo, na 
qual foram fixados um preâmbulo e vinte e seis princípios incumbidos 
de regular os fundamentos de ações mundiais a serem praticadas e 
observadas pelo mundo todo. 
A partir desse momento, a esfera internacional passou a exercer 
uma certa pressão nos países para que cada um desses estabelecesse 
normas internas acercado meio ambiente, a fim de que os recursos 
presentes em cada espaço fossem preservados, protegidos e postos em 
manutenção. 
Durante as décadas de 1970 e 1980, a quantidade de normas 
relativas à proteção ao meio ambiente foram tornando-se cada vez 
maiores, estabelecendo assim um sistema nacional demarcado pela 
proteção aos seus recursos naturais, sendo esse um aspecto importante 
não só no âmbito nacional, mas de interesse mundial, já que o território 
brasileiro abriga diversas vegetações, florestas, fauna e flora ricas. Desse 
modo, na medida em que os recursos aqui presentes são ameaçados, 
impactos naturais no mundo todo podem ser sentidos, de forma direta 
ou indireta.
Diante disso, juntamente com as normas já existentes, o Brasil passou 
a possuir legislações denominadas como a Lei de Responsabilidade por 
Danos Nucleares, de 1977, a Lei de Zoneamento Industrial nas Áreas 
Críticas de Poluição de 1980, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente 
de 1981 e a Lei de Agrotóxico, de 1989.
Outro grande marco altamente importante para a proteção do meio 
ambiente foi a promulgação da Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988, sendo esse marco não só o da libertação militar e 
da conquista democrática, mas do alcance dos direitos fundamentais e 
da primeira menção, em tópico específico, relativa à proteção do meio 
ambiente em uma Lei Maior Brasileira, sendo tais aspectos abordados 
com mais clareza em capítulo apresentado mais a frente, porém sendo 
claramente o marco de grandes conquistas e o estabelecimento formal 
de uma série de mudanças legislativas a nível constitucional.
Direito Ambiental
17
A nível mundial, em 1992, foi realizada uma conferência no Rio de 
Janeiro, que ficou mundialmente conhecida como ECO 92, responsável 
por ter instituído a Declaração sobre o Ambiente e o Desenvolvimento 
de alcance geral, sendo também firmados os termos da Agenda 21, por 
meio dos quais são formados programas e ações concretas acerca do 
desenvolvimento e da prática de certas ações nos quais se estabeleceram 
políticas voltadas para a preservação e o cuidado da biodiversidade. Tais 
propostas tinham a intenção de evitar a extinção de animais e diminuir as 
consequências provocadas pelo aumento do aquecimento global e pelo 
acréscimo de gases promoventes do efeito estufa.
Nesse sentido, o meio ambiente passou a ser foco de estudo de 
diversas ciências, tendo algumas surgido com o intuito específico de 
entender o funcionamento dos biomas e as investigações mais adequadas 
para proteger cada aspecto presente na esfera ambiental. 
Levando em consideração as convenções, as leis e até mesmo a 
inserção do assunto no âmbito constitucional, fica fácil entender que o meio 
jurídico também passou a ter uma área específica para discutir e estudar 
acerca das leis, responsabilidades e da eficácia desses instrumentos 
legais, sendo essa tarefa pertencente ao Direito Ambiental, campo que 
vem crescendo cada vez mais. Isso se revela quando se observa que os 
profissionais do direito passam a se especializar e buscar defender o meio 
ambiente daqueles que insistem em não proteger o bem que pertence a 
todos e que é fundamental para a nossa sobrevivência.
O Direito Ambiental é um ramo novo presente no meio jurídico, 
mesmo que as leis acerca dessa temática já existam há certos tempos, o 
campo em si é novo, por isso é preciso que avanços sejam vistos nessa 
área para que a devida importância possa ser fornecida.
Diante do exposto, a preocupação atual destinada ao meio 
ambiente é fruto de várias consequências, sendo que a maior parte dessas 
derivaram dos impactos causados pela Revolução Industrial, já que o foco 
implementado a partir desse momento passou a ser apenas a economia, 
sem haver uma preocupação com a qualidade e a manutenção do meio 
ambiente. Consequentemente, negligenciou-se a saúde da população 
como um todo, pois, querendo-se ou não, há uma certa relação entre 
vida, saúde e meio ambiente.
Direito Ambiental
18
Contudo os desastres ambientais começaram a acontecer em razão 
das mencionadas modificações. Dessa maneira o vazamento de produtos 
químicos, as poluições geradas, o risco com a radioatividade passaram a 
gerar danos para a vida humana, tendo, inclusive, como resultado mortes. 
Diante disso, passou-se a buscar de forma desesperada medidas que 
evitassem ou ao menos diminuíssem os erros promovidos durante tantos 
anos e tantos descuidos, levando em conta que algumas ações danosas 
não poderiam mais ser revertidas, mas muito ainda poderia ser evitado.
Assim, o meio ambiente passou a ser visto não só como uma 
temática a ser protegida em razão dos benefícios que promove para a 
geração atual, mas também com uma visão futurista, voltada então para a 
geração futura. Diante disso é preciso que nós, contando com você, aluno, 
tenhamos essa consciência, sejamos altruístas e visualizemos que não é 
só cuidar porque o ambiente é importante para você e para a sua saúde, 
mas porque ele é imprescindível para a humanidade como um todo. 
Assim, se água potável acabar, por exemplo, pode ser que ela ainda dure 
o tempo em que você está vivo, mas pode ser que seus filhos, os seus 
sobrinhos, os seus priminhos que hoje são bebês, ou mesmo as pessoas 
que vocês não conhecem ou que ainda estão em gestação, passem por 
grandes problemas ou até mesmo deixem de existir por danos causados 
por você, pelas suas escolhas atualmente em relação ao meio ambiente, 
pelo seu descuido, pelo papelzinho que você joga no chão e acredita não 
ser nada demais. 
Precisamos pensar além, pensar no próximo, pensar nos animais e 
esse deve ser um pensamento constante e não só alimentado por notícias 
de espécies extintas ou notícias trágicas envolvendo canudos plásticos, 
pois, infelizmente, a população tem memória curta, basta um outro 
grande acontecimento para isso ser esquecido. Por isso precisamos de 
atitudes que moldem nossas ações e que sejam transmitidas, de forma 
concreta, para as outras gerações. Mas, para isso, precisamos começar 
hoje, começar agora, ou melhor, deveríamos já ter começado e aprender 
com os nossos e mais ainda com os enganos cometidos pelas gerações 
passadas.
Direito Ambiental
19
SAIBA MAIS:
Para compreender melhor acerca dos impactos que certos 
produtos podem causar ao meio ambiente, leia a matéria 
denominada “Entenda por que canudos de plástico são tão 
prejudiciais para os oceanos”, presente neste link.
Nesse sentido, o século XX passou a ser enquadrado como o 
século da conscientização, já que os debates relativos ao meio ambiente 
ganharam força e a sociedade pareceu entender que depende do meio 
ambiente para sobreviver. Por isso essa temática passou a fazer parte 
das principais discussões ocorridas nas esferas e nas organizações 
internacionais.
Contudo a eficácia das legislações ambientais ainda é posta em 
pauta, principalmente no Brasil, tendo em vista que, mesmo com a 
quantidade de normas protetivas, diversas violações são visualizadas. 
Diante disso, os acidentes ambientais ainda acontecem com uma 
frequência significativa, de forma que essa temática será abordada em 
capítulo específico para que possamos entender algumas das causas 
responsáveis por esse fenômeno.
Direito Ambiental
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm
20
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que atualmente é fácil compreender qual é o efeito e o 
papel exercido pelo meio ambiente, assim como os fatores 
responsáveis pela criação do direito ambiental. Contudo, 
ao longo deste capítulo, pudemos visualizar que nem 
sempre foi dessa maneira, tendo em vista que muitas das 
consequências sofridas em relação ao meio ambientederivam de atos praticados pelas gerações passadas, 
quando ainda não havia o entendimento de que o meio 
ambiente é fundamental para a nossa sobrevivência. 
Apesar dos avanços visualizados nesse campo, há ainda 
muito a ser melhorado, pois diversas violações e o não 
cumprimento ao estabelecido em lei podem ser facilmente 
visualizados no Brasil e no mundo.
Direito Ambiental
21
Aspectos Gerais sobre o Direito Ambiental
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de investigar 
como se deu o desenvolvimento histórico do Direito 
Ambiental, levando em consideração os principais 
aspectos e características que rodeiam a área, tais como 
a sua definição e entendimentos principiológicos. Isso será 
fundamental para o exercício de sua profissão, tendo em 
vista que essa é uma área em ascensão. E então? Motivado 
para desenvolver essa competência? Então vamos lá. 
Avante!.
Figura 1 – Sustentabilidade
Fonte: Pixabay.
Direito Ambiental
22
Definição de Meio Ambiente
Antes de adentrarmos a esfera conceitual pertencente ao Direito 
Ambiental, é preciso primeiro entender, querido aluno, aquilo que pode 
ser compreendido como meio ambiente.
Conforme o determinado pelo artigo 3º, inciso I, da Lei nº 6.938/81, 
também denominada como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, o 
conceito dado a meio ambiente pode ser entendido como um “conjunto 
de condições, leis, influências de ordem física, química e biológica que 
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (BRASIL, 1981).
Por sua vez, Edis Milare, ao definir meio ambiente, apresenta duas 
versões destinadas à mencionada conceituação:
Numa visão estrita, o meio ambiente nada mais é do que 
a expressão do patrimônio natural e suas relações com 
e entre os seres vivos. Tal noção, é evidente, despreza 
tudo aquilo que não seja relacionado com os recursos 
naturais. Numa concepção ampla, que vai além dos 
limites estreitos fixados pela Ecologia tradicional, o meio 
ambiente abrange toda a natureza original (natural) e 
artificial, assim como os bens culturais correlatos. Temos 
aqui, então, um detalhamento do tema, de um lado com 
o meio ambiente natural, ou físico, constituído pelo solo, 
pela água, pelo ar, pela energia, pela fauna e pela flora, 
e, do outro, com o meio ambiente artificial (ou humano), 
enfim, os assentamentos de natureza urbanística e demais 
construções. (MILARE, 2000, p. 52-53)
Outro doutrinador responsável por apresentar um conceito para 
essa expressão é o renomado José Afonso da Silva, que já apresenta 
um ponto de vista mais amplo acerca daquilo que pode ser enquadrado 
como meio ambiente. Diante disso, o mencionado autor afirma que
O conceito de meio ambiente há de ser, pois, globalizante, 
abrangente de toda a natureza, o artificial e o original, 
bem como os bens culturais correlatos, compreendendo, 
portanto, o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, 
o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e 
arquitetônico. O meio ambiente é, assim, interação do 
conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que 
propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em 
todas as suas formas. (SILVA, 2000, p. 20)
Direito Ambiental
23
Diante do exposto e considerando os conceitos apresentados, o 
meio ambiente é um espaço amplo responsável por abrigar aspectos 
relativos aos recursos físicos, químicos, biológicos, que levam em conta o 
ser humano e o funcionamento dos seres vivos.
Assim, o meio ambiente apresenta as suas classificações e elas são 
importantes para que se supere a visão comum de que proteger o meio 
ambiente significa apenas preservar a fauna e a flora, já que essa, de fato, 
é uma das vertentes protetivas do meio ambiente, porém não pode ser 
entendida como a única. Dessa maneira, querido aluno, vamos conhecer 
as classificações relativas ao meio ambiente.
Meio Ambiente Natural
O meio ambiente natural é aquele que pode ser mais facilmente 
compreendido, pois relaciona-se à proteção da fauna e da flora, 
englobando ainda o solo, a água, o ar e todos os recursos enquadrados 
como naturais. O artigo 225 da Constituição da República Federativa 
Brasileira de 1988 e a Lei Política Nacional do Meio Ambiente são 
responsáveis por proteger o meio ambiente natural.
Meio Ambiente Artificial 
Por sua vez, o meio ambiente artificial opõe-se à noção de 
natureza, tendo em vista que é composto por aquilo que deriva da 
construção humana. Dessa forma, os ambientes urbanos, levando em 
conta as edificações, os espaços e os equipamentos públicos, podem ser 
enquadrados nessa categoria.
Levando em consideração esse breve conceito, você consegue 
apontar ao menos um exemplo do que pode ser listado como meio ambiente 
artificial? Como essa classificação faz-se presente em seu dia a dia?
Diante disso, o meio ambiente artificial é aquele que está presente 
na vida cotidiana de quem vive em cidades, manifestando-se nos prédios, 
nas casas, nas ruas asfaltadas e até mesmo nos parques arquitetônicos 
construídos para dar mais leveza ao meio urbano. Todos eles podem ser 
enquadrados como integrantes do meio ambiente artificial. 
Direito Ambiental
24
Meio Ambiente Cultural
Já o meio ambiente cultural também é protegido pelo atual texto 
constitucional, por meio do artigo 216 da Lei Maior, sendo inserido 
nessa categoria o patrimônio histórico, artístico, arqueológico, turístico 
e paisagístico. Dessa maneira, as características que tornam esse meio 
ambiente associado à cultura são, justamente, o aspecto que não permite 
a confusão existente entre o meio ambiente cultural e o meio ambiente 
artificial.
Meio Ambiente do Trabalho
A última classificação também é fácil de ser entendida na prática, 
pois mesmo para aqueles que não exercem labor, há alguém de suas 
famílias que desempenham essa função, assim como o trabalho faz parte 
do conhecimento comum.
Nesse sentido, o meio ambiente de trabalho pode ser compreendido 
como o local no qual as pessoas desenvolvem as suas funções e atividades 
laborais, sejam essas remuneradas ou voluntárias, nas quais devem estar 
protegidas a saúde, a vida e a incolumidade física dos trabalhadores para 
que acidentes ou outros problemas sejam evitados.
Definição de Direito Ambiental
Aluno, levando em conta os conhecimentos adquiridos durante o 
capítulo anterior, pudemos ver que as normas relativas ao meio ambiente 
foram surgindo na medida em que a população começou a entender 
o papel e a importância exercida pelos recursos naturais, sendo esses 
imprescindíveis para a vida humana.
Assim, o Direito ambiental, segundo Paulo de Bessa Antunes, 
pode ser conceituado como sendo o campo jurídico responsável por 
regular a relação dos indivíduos, governos e empresas com o meio 
ambiente, levando em consideração a intenção e os objetivos destinados 
à conciliação dos aspectos ecológicos, econômicos e sociais para que 
as situações relativas à condição ambiental sejam mantidas, passem por 
manutenção e sejam até mesmo melhoradas. Objetiva-se, com isso, a 
Direito Ambiental
25
geração de um maior bem-estar populacional, não deixando de lado 
a proteção que deve ser fornecida aos animais, vegetações e florestas 
como um todo. 
Ainda conforme Paulo de Bessa Antunes, há três vertentes acerca 
do Direito Ambiental, voltadas para: 1) direito ao meio ambiente, 2) direito 
sobre o meio ambiente e 3) direito do meio ambiente. Desta feita, o Direito 
Ambiental é uma área atual e considerada autônoma, mas que pode ser 
aplicada de diversas maneiras nas várias áreas jurídicas, já que o meio 
ambiente é imprescindível para a vida humana. Por isso relaciona-se com 
todas as outras áreas do direito, ou melhor, com a ciência como um todo.
Dessa maneira, o Direito Ambiental possui os seus desdobramentos, 
com uma perspectiva direcionada para a sociedade, e consequentemente, 
para a vida humana, uma perspectiva destinada ao âmbito ecológico 
e ainda uma terceira dimensão econômicabem delimitada, sendo que 
as três áreas devem ser utilizadas em conjunto, de forma simultânea e 
harmônica, como pode ser representado pela figura abaixo.
Figura 2 - Três áreas simultâneas ao Direito Ambiental
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Uma das medidas preconizadas pelo Direito Ambiental apresenta 
como finalidade o estabelecimento das devidas proteções ao meio 
ambiente, tendo em vista o fornecimento das garantias e dos direitos 
relativos aos mencionados espaços não só para as gerações atuais, mas 
também para as futuras.
Direito Ambiental
26
Princípios Fundamentais do Direito 
Ambiental
Não é apenas a área do Direito Ambiental que é regida e orientada 
pela presença de princípios, estando presente em vários outros campos 
do saber, principalmente, nos ramos jurídicos. Assim, as fontes do Direito 
referem-se ao exercício de influências dos valores que regem o sistema 
jurídico. Diante disso, tais fontes são as leis, os costumes, os tratados e 
convenções internacionais, as jurisprudências, as regras e os princípios 
jurídicos.
Os princípios podem ser explícitos ou implícitos, sendo abstratos e 
gerais. Assim, servem para guiar a aplicação das normas, bem como para 
servir de parâmetro para aquelas situações em que não há uma regra 
específica destinada a casos específicos. Os princípios serão utilizados 
na ausência de legislações determinadas, servindo também para que 
lacunas sejam preenchidas e adaptadas aos casos práticos em questão.
Desta feita, os princípios devem ser entendidos como normas 
fundamentais, tendo em vista os papéis que exercem. Sendo assim, a 
violação destinada aos fenômenos principiológicos é mais grave do que a 
desobediência de regras ou outras fontes do direito, deixando bem claro 
que essas também são importantes e imprescindíveis ao funcionamento 
do ordenamento jurídico brasileiro, mas os danos gerados pelos princípios 
são mais gravosos.
Nesse sentido, no âmbito do Direito Ambiental, mesmo que esse 
campo jurídico seja recente, já existem princípios que são imprescindíveis 
para a execução e até mesmo para a proteção destinada ao meio 
ambiente. Assim, as normas aplicadas a esse âmbito jurídico visam guiar a 
aplicação legal. Perante isso, os autores Antônio Herman de Vasconcellos 
e Benjamin afirmam que os princípios no campo do Direito Ambiental 
servem para a compreensão e para a aplicação:
a. são os princípios que permitem compreender a autonomia do 
Direito Ambiental em face dos outros ramos do Direito;
Direito Ambiental
27
b. são os princípios que auxiliam no entendimento e na identificação 
da unidade e coerência existentes entre todas as normas jurídicas 
que compõem o sistema legislativo ambiental;
c. é dos princípios que se extraem as diretrizes básicas que permitem 
compreender a forma pela qual a proteção do meio ambiente é 
vista na sociedade;
d. e, finalmente, são os princípios que servem de critério básico e 
inafastável para a exata inteligência e interpretação de todas as 
normas que compõem o sistema jurídico ambiental, condição 
indispensável para a boa aplicação do Direito nessa área. 
(VASCONCELLOS; BENJAMIM apud MIRRA, p. 52, 1996)
Desta feita, na presente unidade estudaremos os principais 
princípios do Direito Ambiental, sendo esses apresentados de forma 
resumida na Figura 2 e nos subtópicos a seguir.
Figura 3 - Princípios do Direito Ambiental
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Direito Ambiental
28
Princípio da Prevenção
O princípio da prevenção fixa que as políticas públicas adotadas no 
campo das prevenções ambientais servem como uma forma de promover 
a cautela em relação à degradação e aos danos que possam atingir o 
meio ambiente. Assim, o estabelecimento de que o meio ambiente deve 
ser preservado em razão dos interesses das populações futuras refere-se 
ao princípio em pauta. Por sua vez, a Declaração Universal sobre o Meio 
Ambiente também dispõe sobre o mencionado princípio, sendo o mesmo 
destacado no Princípio 6, segundo o qual
Deve-se pôr fim à descarga de substâncias tóxicas ou 
de outros materiais e, ainda, à liberação de calor em 
quantidades ou concentrações tais que o meio ambiente 
não tenha condições para neutralizá-las, a fim de não se 
causar danos graves ou irreparáveis aos ecossistemas. 
Deve-se apoiar a justa luta dos povos de todos os países 
contra a contaminação. (BRASIL, 1972)
Diante disso, o princípio da preservação é um dos considerados 
mais importantes no ordenamento jurídico brasileiro, também sendo 
aquele que é visto com uma maior regularidade. Deve ser buscado com 
afinco, pois os danos e/ou combate são muito mais dispendiosos do que 
preservar. Assim, a preservação é estimulada para que o Direito seja visto 
como um âmbito destinado à prevenção.
Princípio da Precaução
É muito comum que exista uma certa confusão na hora de conceituar 
esse princípio. Mesmo que se pareçam, prevenção e precaução não 
podem ser listados na mesma posição. Assim, a precaução também 
exerce uma importância considerável para o âmbito do Direito Ambiental, 
possuindo uma relação com o princípio apresentado anteriormente. 
Porém o princípio da precaução será posto em prática quando não houver 
certeza dos impactos ambientais que poderão ser gerados, na medida 
em que o princípio da proteção destina-se a proteger o meio ambiente 
dos danos já conhecidos, tanto pela comunidade científica quanto 
pela comunidade acadêmica. Por isso a presença da precaução é tão 
importante, pois visa-se proporcionar proteção ao meio ambiente diante 
daquilo que não se conhece bem.
Direito Ambiental
29
Princípio do Poluidor-Pagador
Conforme as determinações estabelecidas pelo princípio do 
poluidor-pagador, aquelas pessoas que violem o meio ambiente 
de alguma forma devem pagar por seus atos, sendo o mencionado 
pagamento efetuado em pecúnia. Diante disso, todo aquele que causar 
prejuízos ao meio ambiente terá como responsabilidade arcar com os 
custos relativos à reparação dos danos que causou.
Princípio da Responsabilidade
Aluno, até aqui pudemos aprender que o meio ambiente é 
imprescindível para a vida humana, tendo em vista que dele retiramos 
muitas das matérias-primas e dos recursos naturais responsáveis por 
nutrir-nos e atender-nos nos diversos setores de nossa vida. Por isso 
existem as leis destinadas à proteção daquilo que é entendido como 
meio ambiente. Dessa forma, é necessário que se estabeleça um sistema 
responsável por punir aqueles que transgridam ou promovam danos ao 
meio ambiente, sejam esses pessoas físicas ou pessoas jurídicas.
Nesse sentido, as violações ocorridas no campo do Direito Ambiental 
são avaliadas por meio da responsabilização, que podem ocorrer no meio 
civil, administrativo e até mesmo penal.
Princípio do Limite
Por fim, o princípio do limite relaciona-se ao estabelecimento de 
padrões de qualidade ambiental, para que, dessa forma, seja promovido 
de maneira coerente o desenvolvimento sustentável.
Direito Ambiental
30
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o conceito de meio ambiente e o de direito 
ambiental são distintos, porém estão relacionados. Além 
disso, pôde compreender também que o meio ambiente 
não faz menção apenas à fauna e à flora, englobando 
em suas classificações os aspectos artificiais, culturais e 
trabalhistas. Nesse sentido, o meio ambiente apresenta 
uma ligação direta com a sociedade, a economia e a 
ecologia, o que torna o Direito Ambiental interdisciplinar 
e com possibilidades de ser aplicado em muitos campos 
jurídicos e nas ciências sociais e política como um todo, 
além de se converter em um critério a ser levado em conta 
pelo cenário do desenvolvimento mundial. Durante esse 
capítulo, também ampliamos nosso conhecimento acerca 
dos principais tipos de princípios,contudo não esgotamos 
essa temática, tendo em vista a amplitude de classes e 
funções que podem ser exercidas por cada um deles.
Direito Ambiental
31
O Direito Ambiental sob o Ponto de Vista 
Internacional
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar quais 
são os principais impactos e projetos existentes na esfera 
internacional para que se proteja o meio ambiente, levando 
em conta os tratados e convenções presentes na esfera 
internacional e ratificados pelo Brasil. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão, tendo em vista que essa 
é uma área em ascensão, sendo de suma relevância a 
compreensão acerca do que o mundo e o nosso país faz 
para preservar o meio ambiente, que é essencial para 
a nossa vida. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Meio Ambiente e o Cenário Internacional
Aluno, levando em consideração o aprendido após a análise efetuada 
sobre o breve histórico do direito ambiental, pudemos compreender que 
a preocupação com o meio ambiente começou a surgir na esfera legal 
apenas por volta de 1972, ano em que houve a primeira reunião entre 
diversos países do mundo com objetivo de destacar as consequências 
que poderiam ser promovidas na esfera social e econômica, em razão da 
falta de desenvolvimento sustentável.
Como já sabemos, a mencionada reunião foi realizada em 
Estocolmo, cidade que foi escolhida porque, na época, era considerada 
como uma das mais limpas do mundo, representando justamente a 
importância de manter-se a preservação, quando comparada à realidade 
das cidades que possuíam um grande número de indústrias.
A partir desse momento, a preocupação acerca da preservação 
do meio ambiente passou a ocorrer não só no nível interno, ou seja, não 
era mais suficiente que apenas algumas cidades, como Estocolmo, por 
Direito Ambiental
32
exemplo, desempenhassem um papel voltado para a proteção ambiental, 
pois o impacto negativo promovido pelas ações dos outros centros 
urbanos seria capaz de promover prejuízos não só para os empresários 
ou para os cidadãos de determinada localidade, mas para o mundo como 
um todo.
Em razão desses fatores, os países demonstraram o interesse de 
estabelecer uma visão global e princípios comuns (tendo alguns desses 
sido abordados no capítulo anterior). Dessa maneira, as orientações 
fornecidas passaram a ser aplicadas e a serem seguidas por todos os 
países do mundo e aspectos ligados ao consumo exagerado e à produção 
em massa teriam de ser repensados. 
Contudo essa não foi uma visão bem recebida por todos os países, 
já que existiam alguns que eram resistentes aos termos que passariam a 
entrar em vigor com a preocupação ambiental. Esses países passavam 
a enxergar a preservação e a manutenção do meio ambiente, propostas 
por instrumento legal, como uma limitação ao desenvolvimento industrial 
e econômico. 
Assim, levando em conta os dois pontos de vista apresentados, 
criou-se uma declaração responsável por estabelecer alguns dos 
princípios ambientais a serem aplicados na esfera internacional, não 
esquecendo ainda uma série de propostas e ações que, se devidamente 
aplicadas, poderiam ser responsáveis por dirimir parte dos problemas 
ambientais.
É importante ainda destacar que o direito ambiental não surge 
como uma tentativa de frear a economia ou de dificultar o progresso 
industrial, sendo essa uma visão errônea e um tanto preconceituosa 
acerca da temática. Contudo entendem-se os motivos pelos quais os 
países apresentaram esse ponto de vista, afinal foi o primeiro momento 
em que se passou a discutir essa temática no meio legal internacional e 
diversas mudanças precisariam ser feitas, com a necessidade de gastos, 
tempo e recursos para a sua implementação. Porém todo o processo de 
inserção era, e ainda é, imprescindível, pois, com as referidas alterações, 
a economia não parará, mas, sim, terá uma nova aliada para que possa 
crescer de forma consciente e sem prejuízos futuros. 
Direito Ambiental
33
Afinal, de pouco adianta uma economia bem desenvolvida em um 
país, ou melhor, em um planeta doente. Por isso o meio ambiente deve 
ser entendido como questão fundamental, assim como, caso se levem 
em consideração conceitos como inovação, poderá surgir um novo 
cenário econômico, como a criação de empresas verdes em um ambiente 
sustentável, temática que será melhor discutida posteriormente.
Diante do exposto, o Direito Ambiental integra a agenda 
internacional, pois, desde a sua inserção nesse cenário, passou a ser uma 
preocupação geral e irreversível para o âmbito jurídico. Assim, levando 
em conta a relação que se estabeleceu entre o meio ambiente e o campo 
internacional, nasceu o chamado Direito Internacional do Meio Ambiente.
Tratados e Convenções Internacionais 
Ambientais
Aluno, antes de adentrarmos a temática relativa aos tratados e 
convenções internacionais, é primeiro fundamental que se compreenda a 
definição relativa aos documentos, não podendo haver confusão quanto à 
conceituação de ambos, como representado pela figura 3.
Figura 4 - Diferença entre tratados e convenções
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Os tratados internacionais podem ser entendidos como uma forma 
de formalizar um pacto celebrado entre diversos países, tendo como 
principal objetivo promover a paz, levando em conta questões relativas 
à economia, ao estabelecimento e respeito das fronteiras físicas e à 
organização das atividades comerciais. Esses documentos possuem, 
Direito Ambiental
34
também, a finalidade de estabelecer regras e normas, sendo algumas 
dessas direcionadas para a proteção do meio ambiente.
Por sua vez, as convenções são entendidas como os documentos 
assinados durante as conferências internacionais, quando essas são 
responsáveis por abordar assuntos de interesse geral para todos os 
envolvidos. A natureza desses documentos pode se referir a uma 
variedade de temáticas, dependendo apenas daquilo que será abordado 
e dos termos convencionados. Entende-se, assim, que as convenções 
podem ser firmadas entre dois ou mais países.
A grande diferença entre os tratados e as convenções é o fato 
de que estas servem como base para a elaboração de leis e normas, 
na medida em que os tratados são incorporados em sua forma integral 
quando ratificados pelos países e dessa maneira passam a fazer parte 
do ordenamento jurídico, e consequentemente, das leis responsáveis por 
reger as nações. Salienta-se, ainda, que, em alguns casos, será permitida 
a exclusão de algumas cláusulas quando os tratados em questão forem 
realizados entre mais de um país, pois assim a norma poderá moldar-se à 
realidade interna de cada nação.
A mencionada concessão ocorre em razão do princípio da soberania 
dos Estados, pois, no cenário interno, as normas presentes no ordenamento 
jurídico dos países são soberanas. Assim, os poderes, como, por exemplo, 
executivo e judiciário, não podem limitar as determinações do legislativo 
sem razão aparente, contudo o contexto no campo internacional é distinto, 
pois entre as nações não há soberania. 
Como assim?
Simples, imagine a situação relativa às normas presentes na 
CRFB/88. Todas as outras normas do Brasil submetem-se ao disposto na 
Constituição, em razão da soberania constitucional. Contudo as normas 
constitucionais brasileiras não serão soberanas perante o ordenamento 
jurídico de Portugal ou dos EUA, por exemplo, e o mesmo não será 
possível por parte das leis desses países em relação ao Brasil, mesmo 
Direito Ambiental
35
que tenhamos sido colonizados pelos portugueses e que não tenhamos 
o mesmo desenvolvimento dos norte-americanos. Isso ocorre justamente 
porque a relação firmada entre os países não se baseia na soberania, mas, 
sim, na igualdade jurídica.
O surgimento dos tratados e das convenções em nível internacional 
se deu com o objetivo de criar um vínculo estável entre as empresas, o 
Estado, a sociedadee o meio ambiente. Todavia, mesmo considerando 
a quantidade de normas presentes nesse campo, na prática podemos 
verificar que diversos acidentes ambientais acontecem no mundo todo, 
ficando demonstrado que a proteção ambiental ainda não é levada 
suficientemente a sério e que esse é um traço da desarmonia entre o 
homem e o meio no qual este habita.
EXEMPLO:
Um exemplo de acidente ambiental memorável foi a denominada 
Tragédia de Bophal, sendo o maior desastre químico do mundo e que 
teve como resultado a morte de mais de 8 mil pessoas. Para saber mais 
leia o artigo presente neste link. Um outro exemplo, mais recente, foi o 
rompimento da barragem ocorrido em Mariana, Minas Gerais, no ano 
de 2015, tendo como resultado a morte de 19 pessoas e um impacto 
ambiental que durará por anos, já que provocou a morte de diversas 
espécies de peixes, destruiu a vegetação, comprometeu o solo, entre 
outros. Para saber mais acerca do assunto, leia o conteúdo deste link.
Assim, para que possamos compreender melhor a temática, 
em seguida discutiremos alguns dos principais tratados e convenções 
presentes no campo do Direito Ambiental, dando ênfase as suas principais 
obrigações, deveres e contribuições de maior destaque.
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança do Clima (UNFCCC)
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do 
Clima (UNFCCC) tem como principal finalidade estabelecer métodos 
responsáveis pela diminuição dos gases que se encontram concentrados 
na camada atmosférica e que resultam no efeito estufa, para que assim 
Direito Ambiental
https://alunosonline.uol.com.br/quimica/tragedia-bhopal.html
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais-acidente-mariana-mg.htm
36
se possa impedir que ocorra uma interferência humana responsável por 
promover danos ao sistema climático. 
O interesse dessa convenção não consiste apenas em evitar a 
acumulação dos gases em pauta, mas atingir esse objetivo em tempo 
hábil, já que a intenção é que se possibilite a adaptação dos ecossistemas 
e dos seres presentes no planeta, em razão da mudança climática 
provocada pelo homem. Dessa forma, tanto a espécie humana como os 
demais animais e plantas seriam beneficiados por meio da implementação 
de projetos sustentáveis.
A convenção em análise foi firmada na cidade do Rio de Janeiro, 
no ano de 1922, quando cerca de 179 países comprometeram-se a seguir 
uma agenda global que tinha o objetivo de diminuir os impactos no âmbito 
ambiental em âmbito mundial. Portanto, mais uma vez ficou marcado o 
avanço em busca do desenvolvimento sustentável de forma balanceada 
e equilibrada com o crescimento econômico e social.
Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto é um dos tratados internacionais responsáveis 
por complementar e apoiar o disposto na Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudança do Clima, apresentada no tópico anterior. Os 
países que aceitaram aplicar as normas apresentadas pelo protocolo 
em questão assumiram a responsabilidade de controlar a emissões de 
gases, levando em conta o seu cenário econômico-industrial e os efeitos 
climáticos vistos na atualidade.
O Brasil é um dos países que ratificou o mencionado documento, 
tendo essa aprovação ocorrido por meio do Decreto Legislativo nº 144 
de 2002. Uma das maiores críticas acerca do protocolo em pauta está 
relacionada ao fato de que o maior emissor de gases, os Estados Unidos 
da América, não assinou o Protocolo em questão, porém isso não significa 
que estão livres para poluir e produzir como quiserem, já que devem 
obediência e atendimento a Convenção-Quadro das Nações Unidas 
sobre Mudança do Clima, só não atendem de forma específica aos termos 
apresentados pelo protocolo de Kyoto.
Direito Ambiental
37
Agenda 21
Por sua vez, a Agenda 21 pode ser compreendida como um 
instrumento de planejamento responsável pela construção de sociedades 
enquadradas como sustentáveis, mesmo considerando a existência de 
diversidades geográficas e a necessidade de estabelecer uma conciliação 
entre os âmbitos ambientais, jurídicos e econômicos.
Diante disso, o nosso país também utiliza a Agenda 21 como 
instrumento de modelo participativo do país, para que assim se possa 
promover o desenvolvimento sustentável necessário à nação. Desta feita, 
para que isso ocorra, é preciso a utilização de técnicas e ferramentas 
relativas à participação popular e à gestão social.
Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento 
Sustentável
A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável aconteceu 
em 2002, durante a Conferência de Joanesburgo, África do Sul. Contudo, 
a denominação de Rio+10 foi dada porque o evento realizou-se 10 anos 
após a Rio-92. A mencionada conferência reuniu os líderes de 189 países, 
contando ainda com a presença de representantes das organizações não 
governamentais e da sociedade civil.
Assim, o principal objetivo a ser posto em prática na presente 
reunião era o de renovar e averiguar os resultados dos compromissos que 
haviam sido determinados durante a Rio-92. Porém a nova reunião passou 
a abordar discussões direcionadas para aspectos sociais, deixando clara a 
importância do estabelecimento da qualidade de vida das pessoas.
Além das temáticas já mencionadas, outros assuntos foram pauta 
da discussão em destaque, sendo temáticas de relevância para a situação 
e que podem trazer resultados para as gerações a depender da maneira 
com que são postos em pauta, sendo alguns desses a erradicação da 
pobreza, o uso consciente da água, a utilização adequada dos recursos 
naturais e a implementação do desenvolvimento sustentável.
Direito Ambiental
38
Mesmo com os avanços presentes no campo do Direito Ambiental, 
muitas resistências ainda foram visualizadas quanto à implementação de 
algumas ações, sendo que as maiores objeções são postas, justamente, 
pelos países cujo envolvimento é mais imprescindível, tendo em vista 
que são os mais capitalistas, como, por exemplo, os Estados Unidos, que 
apresentaram dificuldades quanto à redução dos gases poluentes, já que 
se comprometer com a redução poderia limitar a atividade presente no 
campo da indústria e na economia.
Rio+20
Dez anos após a realização da Rio+10, em 2012, ocorreu a Rio+20, 
uma das maiores convenções efetuadas pelas Organizações das Nações 
Unidas (ONU). Mais uma vez a intenção foi reafirmar os compromissos 
feitos nas duas convenções anteriores, com o objetivo de atingir tudo 
aquilo que não se cumpriu.
Outros Tratados e Convenções Internacionais
É importante salientar que os tratados e convenções apresentados 
no presente capítulo são apenas uma pequena amostra das normas 
presentes no cenário internacional, tendo em vista que as discussões 
sobre o meio ambiente ampliam cada vez mais os debates, já que é um 
tema atual e relevante para o campo social, econômico, entre outros.
Direito Ambiental
39
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que nem sempre as normas referentes ao meio ambiente 
possuíram força no âmbito externo, porém, desde a 
conferência realizada em Estocolmo, as primeiras normas 
nesse sentido foram efetuadas e tiveram como resultado o 
nascimento do Direito Ambiental Internacional, que vigora 
até a atualidade. Desta feita, os tratados internacionais e as 
convenções não podem ser confundidas, existindo, assim, 
aspectos que diferenciam ambos. Em seguida, pudemos 
aprender algumas das características dos principais 
tratados de nível internacional existentes e ratificados pelo 
Brasil.
Direito Ambiental
40
O Direito Ambiental e a Constituição de 
1988
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar 
como se deu o desenvolvimento histórico do Direito 
Ambiental, levando em consideração a importância das 
implementações propostas pela inserçãoda Constituição 
Federal da República do Brasil de 1988, tendo em vista a 
presença da proteção aos direitos sociais e coletivos perante 
o meio ambiente. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988
Querido aluno, antes da nossa atual Constituição entrar em vigor, 
nós vivenciamos alguns dos períodos mais sombrios da nossa história, 
marcados pela Ditadura Militar, contexto em que diversos direitos foram 
restringidos e diversos desaparecimentos e mortes foram promovidos, 
envolvendo ainda torturas, estupros, invasões domiciliares, entre outros 
crimes que provaram a dificuldade vivenciada durante esse período. Por 
isso os protestos e as reivindicações postas em pauta, mesmo que de 
forma velada ou indireta, clamavam por uma liberdade que não existia, 
por uma igualdade e por uma proteção que eram destinadas a poucos, ou 
seja, apenas às classes mais privilegiadas e cercadas de conhecimento.
Direito Ambiental
41
SAIBA MAIS:
Muito se fala acerca das crueldades e injustiças presentes 
durante o período ditatorial militar vivenciado no Brasil, 
contudo não são muitas as pessoas que conseguem 
visualizar esse cenário na prática. Costumamos ler e 
assistir filmes acerca da Segunda Guerra Mundial e ficamos 
assustados e revoltados com os cenários retratados e a 
realidade vivenciada por tantas pessoas durante aquele 
período, porém não podemos deixar de lado a história 
do nosso país. Afinal, o que ocorreu durante os anos de 
1964 a 1985 foi cruel e absurdo, sendo que muitas vítimas 
continuam desaparecidas até hoje e muitas mortes 
parecem esconder as suas verdadeiras causas. Então, para 
entender os detalhes horrendos dessa época, recomenda-
se a realização da leitura dos seguintes livros: Cova 312 – A 
longa jornada de uma repórter para descobrir o destino de 
um guerrilheiro, derrubar uma farsa e mudar um capítulo da 
história do Brasil, da escritora Daniela Arbex, e Brasil Nunca 
Mais – Um relato para a história, projeto desenvolvido por 
Dom Paulo Evaristo Arns e equipe.
Durante o ano de 1983, em todo o Brasil, a luta pela redemocratização 
ganhava contornos cada vez mais fortes. Diante disso, foi instaurada 
a campanha denominada como “Diretas já”, por meio da qual várias 
lideranças políticas deram as mãos em busca do bem maior, ou seja, 
o fim da ditadura militar. A vitória de Tancredo Neves foi responsável 
por simbolizar o fim da mencionada ditadura e iniciar novos tempos no 
território nacional, tempos de esperança e de ampliação de direitos.
ACESSE:
Para relembrar e entender melhor o conteúdo, é importante 
que você amplie e refresque os conhecimentos acerca da 
Ditadura Militar. Para isso, acesse o link e leia o resumo 
realizado sobre os duros anos da Ditadura Militar no Brasil.
Direito Ambiental
42
Foi diante do contexto apresentado que a Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988 passou a valer, sendo conhecida 
mundialmente como Constituição Cidadã e permanecendo em vigor até a 
atualidade. Assim, os 245 artigos constitucionais e todas as suas emendas, 
tendo essas sido implementadas ao longo do seu tempo de atuação, 
forneceram direitos individuais, coletivos e sociais, assim como passaram 
a atender pontos que ainda não possuíam um escopo constitucional, mas 
eram dignos desse posto. Desta feita, a CRFB/88 pode ser caracterizada 
como amplamente democrática, já que visa garantir, assegurar e proteger 
os direitos dos cidadãos.
Mesmo que a Lei Maior tenha sido responsável por implementar 
aspectos relacionados à nova forma de governo e à a divisão, autonomia 
e harmonia entre os poderes, mesmo que tenha dado ampla garantia 
aos direitos fundamentais, entre outros feitos, ainda é uma norma 
constitucional considerada incompleta, já que muitos dos dispositivos 
contidos em seu texto ainda dependem de regulamentação para que 
entrem em vigor e passem a ser vistos na prática.
Dessa forma, situações e pressões internacionais foram atendidas 
no momento da elaboração do novo texto regulador brasileiro. Foram 
inseridos artigos e dispositivos voltados exclusivamente para o meio 
ambiente, levando em conta a sua proteção e manutenção, já que esse 
cenário passou a ser uma das grandes preocupações para o mundo em 
geral. Nesse contexto, o Brasil não poderia deixar essa tendência de lado, 
principalmente quando levamos em conta a extensão florestal brasileira, 
as riquezas aquáticas, as vegetações, bem como as diversas espécies 
incumbidas por compor a fauna e a flora brasileira.
Direito Ambiental
43
Meio Ambiente e a Constituição de 1988
Como já aprendemos anteriormente, a nossa atual Lei Maior foi a 
primeira Constituição presente no Brasil responsável por abordar o meio 
ambiente em seu texto, já que, no momento anterior a sua promulgação, as 
normas relativas a essa temática só eram discutidas, a nível constitucional, 
de forma indireta e em normas infraconstitucionais. Em razão da presença 
dessa regulamentação, alguns passaram a chamar a Constituição, em 
vigor até atualidade, como “Constituição Verde”.
O meio ambiente é abordado em momentos distintos da 
Constituição, deixando bem clara a importância da sua preservação e 
a sua interdisciplinaridade no campo legal, pois relaciona-se a diversos 
assuntos e tópicos. Podemos citar, como exemplo, o estabelecimento da 
proteção ao meio ambiente como um dos princípios relativos à ordem 
econômica brasileira. Além disso, existe um capítulo específico para tratar 
sobre o tema, o “Capítulo IV – Do meio ambiente”.
O artigo 170 da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988 apresenta os princípios gerais relativos à ordem econômica, ao 
estabelecer que
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar 
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental 
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração 
e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
Direito Ambiental
44
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno 
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua 
sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de 
qualquer atividade econômica, independentemente de 
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos 
em lei. (BRASIL, 1988)
Nesse sentido, a nova Constituição brasileira passou a entender 
o meio ambiente como um bem, sendo esse de uso comum do povo 
e responsável por promover uma qualidade de vida positiva aos seres 
humanos e ao planeta como um todo, por isso ele passa a ser considerado 
um bem essencial para a vida, devendo ser usado conforme o princípio 
da igualdade. Afinal, independentemente de classe social, cor, raça, 
sexo, idade, todos possuem direito ao meio ambiente e todos sofrem e 
são impactados pelas consequências e danos sofridos por ele. Assim, o 
meio ambiente, além de expressar um direito, também destaca um dever, 
sendo esse o de sua proteção.
Diante disso, o meio ambiente oferece aos seres vivos aspectos 
essenciais e imprescindíveis para a sua sobrevivência e evolução. Esses 
aspectos que possuem implicações sobre a saúde dos seres humanos, e 
consequentemente, para a sua vida e desenvolvimento, seja esse físico 
ou mental. 
Salienta-se ainda que os danos promovidos no âmbito ambiental não 
são responsáveis apenas por atingir as pessoas em suas individualidades, 
mas também no âmbitocoletivo, englobando ainda prejuízos a gerações 
futuras, ou seja, podendo afetar a espécie humana como um todo, pois, 
sem um meio ambiente saudável e sustentável, não há como preservar e 
manter a vida.
Direito Ambiental
45
Nesse sentido, o artigo 225, caput, da Constituição de 1988, dispõe 
acerca de alguns pontos que já foram apresentados ao longo do nosso 
estudo, sendo esses: o direito que todos possuem de usufruir de um 
meio ambiente ecologicamente equilibrado e que deve ser protegido e 
preservado também em favor das futuras gerações, conforme pode ser 
visto a seguir.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo 
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 
1988)
SAIBA MAIS:
Assim, é importante esclarecer que o equilíbrio ecológico 
poderá ser compreendido como “o equilíbrio da natureza; 
estado em que as populações relativas de espécies 
diferentes permanecem mais ou menos constantes, 
mediadas pelas interações das diferentes espécies” (ART, 
1998, p. 194).
Nesse sentido, e com base no texto apresentado pelo dispositivo 
em análise, podemos verificar que a responsabilidade de defesa e 
preservação do meio ambiente não cabe somente ao Poder Público, mas 
é também um papel que precisa ser desempenhado pela coletividade 
como um todo, abrangendo assim pessoas físicas e jurídicas.
Apesar da exigência e da necessidade de uma intervenção 
conjunta, o Poder Público deve estabelecer esforços e métodos 
concretos de garantia e proteção aos recursos naturais, envolvendo o 
meio administrativo, legislativo e jurídico nessa missão. Cabe, portanto, ao 
Estados promover políticas públicas e ações com o objetivo de alcançar 
os objetivos constitucionais e legais na prática, afinal o texto e a ideia 
da proteção ao meio ambiente são belíssimas, contudo precisam ser 
aplicados na prática para que sejam de fato efetivos e para que possam 
ter os resultados desejados. 
Direito Ambiental
46
Diante disso, o parágrafo primeiro do artigo 225 determina quais 
são as regras que o Poder Público deve seguir para que a efetividade do 
direito presente no caput seja assegurada:
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao 
Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais 
e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
(Regulamento).
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio 
genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas 
à pesquisa e manipulação de material genético; 
(Regulamento).
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas 
somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem 
sua proteção; (Regulamento)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou 
atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego 
de técnicas, métodos e substâncias que comportem 
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
(Regulamento)
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de 
ensino e a conscientização pública para a preservação do 
meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, 
as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, 
provoquem a extinção de espécies ou submetam os 
animais a crueldade. (BRASIL, 1988)
Entre as mencionadas medidas a serem asseguradas, a presente no 
inciso IV merece destaque, tendo em vista que corresponde ao princípio 
da avaliação prévia dos impactos ambientais das atividades de qualquer 
natureza. O que significa esse princípio? Quais são suas implicações com 
base em seus conhecimentos prévios? Você já ouviu falar no princípio 
em questão? Pare por alguns segundos e tente conceituar o referido 
princípio?
Direito Ambiental
47
O princípio da avaliação prévia dos impactos ambientais das 
atividades de qualquer natureza refere-se à destinação de prevenções 
relativas ao não acontecimento de danos ambientais, pois a maior 
parte dos prejuízos sofridos em sede de meio ambiente tendem a ser 
irreversíveis, por isso é que se espera que as mencionadas agressões não 
ocorram, já que os prejuízos podem ser muitas vezes incalculáveis.
Em resumo, podemos entender que grande parte da 
responsabilidade em destinar proteção ao meio ambiente e aos recursos 
presentes na natureza cabe ao Poder Público e aos governantes em geral, 
porém, conforme o caput do artigo 225 da Lei Maior brasileira, ficou claro 
que a participação e cooperação coletiva devem ser proporcionadas. 
É inegável, dessa forma, que as pessoas civis e jurídicas possuem 
responsabilidade sobre a defesa do meio ambiente, que também depende 
da atuação e das atitudes desses agentes, afinal de nada adiantaria que 
os chefes dos entes federativos tomassem todas as medidas cabíveis se 
a população não desse atenção às políticas públicas ou não agisse de 
forma consciente no dia a dia.
Para que o cenário em questão no parágrafo anterior fique mais 
claro, imagine a seguinte situação: o município X, depois de estudar as 
necessidades da cidade, decide estabelecer um aterro sanitário com 
base nas regras de preservação ambiental, também tendo decidido 
implementar um sistema de coleta seletiva de lixo, no qual a participação 
da população na separação dos tipos de lixo é imprescindível, já que 
sem que os moradores da cidade levem a sério o projeto, o lixo não será 
separado e todos os rejeitos serão jogados em conjunto, tendo em vista 
que o município não terá condições de contratar garis para efetuarem 
essa função. Diante desse cenário, se a população não participar, o meio 
ambiente continuará sendo prejudicado pelo acúmulo inadequado de 
lixo.
Desta feita, segundo Railma Marrone Pereira da Silva (2013), existem 
três mecanismos responsáveis por incentivar e proporcionar a participação 
popular direta quando o assunto é a qualidade ambiental, sendo todos 
reconhecidos pelo Direito Ambiental Brasileiro. 
Direito Ambiental
48
Assim, em primeiro lugar a população pode participar da etapa 
criativa das normas relativas ao direito em questão, considerando a 
existência das leis de iniciativa popular, os referendos e a atuação por 
meio dos componentes que representam a sociedade civil. Em segundo 
lugar, destaca-se que a população também poderá atuar na defesa do 
meio ambiente, sendo que isso acontecerá todas as vezes em que, por 
meio dos seus atos, forem executadas políticas ambientas. Por fim, a outra 
forma de participação popular direta ocorre por meio do Poder Judiciário. 
Assim, quando alguma violação ao meio ambiente for observada, os 
cidadãos poderão reivindicar a proteção do espaço na justiça, por meio 
de um dos instrumentos utilizados para essa finalidade, isto é, a ação civil 
pública presente no art. 5º, LXXII, da CRFB/88.
SAIBA MAIS:
A ação civil pública é disciplinada pelo artigo 5º, LXXII, da 
CRFB/88, possuindo uma legislação específica incumbida 
de disciplinar a mencionada ação quando o assunto for 
atribuir responsabilidade por danos causados ao meio 
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico. Para entender 
melhor o assunto leia a lei na íntegra aqui. 
Os parágrafos do artigo 225 da Constituição da República Federativa 
de 1988 são encarregados de implementar responsabilidades pela prática 
de prejuízos e violações ao meio ambiente. Nesse sentido, as pessoas que 
explorarem o recurso mineral de forma desmedida deverão recuperar o 
meio ambiente que foi degradado, bem como as condutas consideradaslesivas tornarão possíveis aplicações de sanções e multas pecuniárias, a 
nível penal e administrativo, independentemente da obrigação de reparar 
os danos efetuados.
Direito Ambiental
49
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter entendido 
os principais impactos inseridos pela Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, levando em 
consideração a importância que passou a ser dada aos 
direitos fundamentais, dando destaque aos aspectos 
individuais e sociais como um todo. Além disso, o Direito 
Ambiental passou a ser assegurado pela primeira vez na 
Lei Maior Brasileira, deixando bem claro que os recursos 
naturais precisam ser preservados em razão de sua 
importância para a humanidade e para o planeta como um 
todo. Diante disso, ao longo das nossas discussões, demos 
ênfase aos dispositivos presentes no texto constitucional.
Direito Ambiental
50
REFERÊNCIAS
ANTUNES, P. de B. Direito Ambiental. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
ART, H. W. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. São Paulo: 
Melhoramentos, 1998.
FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. 8. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ 
Constituiçao.htm. Acesso em: 27 mar. 2020.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política 
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e 
aplicação e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2010]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.
htm. Acesso em: 25 mar. 2020.
BRASIL. Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil 
pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico 
e paisagístico (VETADO) e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência 
da República, [1995]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L7347orig.htm. Acesso em: 27 mar. 2020.
CARVALHO, T. de. Ditadura Militar no Brasil. Politize! Disponível em: 
https://www.politize.com.br/ditadura-militar-no-brasil/. Acesso em: 25 
mar. de 2020.
FOGAÇA, J. R. V. Tragédia de Bhopal. Prepara ENEM, [online], [2010-
2021]. Disponível em: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/tragedia-
bhopal.html. Acesso em: 26 mar. 2020.
Direito Ambiental
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Mvep359-85.htm
51
HAMANN, R. Entenda por que canudos de plástico são tão 
prejudiciais para os oceanos. Mega Curioso, [online], 2019. Disponível 
em: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-
canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm. 
Acesso em: 24 mar. 2020.
HELENA, B. Direito da mulher: 18 avanços que já conquistamos e 22 
que ainda falta alcançar. Vix, [online], [2010-2021]. Disponível em: https://
www.vix.com/pt/bdm/comportamento/direito-da-mulher-18-avancos-
que-ja-conquistamos-e-22-que-ainda-falta-alcancar. Acesso em: 24 mar. 
2020.
IMPACTOS ambientais do acidente em Mariana (MG). Brasil Escola, 
[online], [2010-2021]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
biologia/impactos-ambientais-acidente-mariana-mg.htm. Acesso em: 25 
mar. 2020.
MILARÉ, É. Direito do Ambiente: doutrina, prática, jurisprudência e 
glossário. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.
MIRRA, A. L. V. Princípios fundamentais do direito ambiental. Revista 
de Direito Ambiental, São Paulo, n. 2, abr./jun., 1996. Disponível em: http://
www.direitoambiental.adv.br/ambiental.qps/Ref/PAIA-6SRNQ8. Acesso 
em: 26 mar. 2020.
MACHADO, P. A. L. Direito Ambiental brasileiro. 14. ed. São Paulo: 
Malheiro, 2006.
SILVA, R. M. P. da. O meio ambiente na Constituição Federal de 1988. 
Jus, [online], 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/25529/o-
meio-ambiente-na-constituicao-federal-de-1988. Acesso em: 27 mar. 
2020.
SILVA, J. A. da. Direito ambiental constitucional. 5. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2014. 
UNEP. Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente Humano. 1972. Disponível em: http://apambiente.pt/_zdata/
Politicas/DesenvolvimentoSustentavel/1972_Declaracao_Estocolmo.pdf. 
Acesso em 26 mar. 2020.
Direito Ambiental
Direito 
Ambiental
NATHALIA ELLEN SILVA BEZERRA
	Breve Histórico Acerca do Direito Ambiental
	A Importância do Breve Histórico
	Histórico Legal Ambiental
	Aspectos Gerais sobre o Direito Ambiental
	Definição de Meio Ambiente
	Meio Ambiente Natural
	Meio Ambiente Artificial 
	Meio Ambiente Cultural
	Meio Ambiente do Trabalho
	Definição de Direito Ambiental
	Princípios Fundamentais do Direito Ambiental
	Princípio da Prevenção
	Princípio da Precaução
	Princípio do Poluidor-Pagador
	Princípio da Responsabilidade
	Princípio do Limite
	O Direito Ambiental sob o Ponto de Vista Internacional
	Meio Ambiente e o Cenário Internacional
	Tratados e Convenções Internacionais Ambientais
	Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)
	Protocolo de Kyoto
	Agenda 21
	Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável
	Rio+20
	Outros Tratados e Convenções Internacionais
	O Direito Ambiental e a Constituição de 1988
	Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
	Meio Ambiente e a Constituição de 1988

Outros materiais