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Alfabetização pelo Método Fonico -1

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Profa. Me Sueli Julioti
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
ALFABETIZAÇÃO 
PELO MÉTODO 
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Abordaremos os diferentes métodos de alfabetização, com ênfase no método
fônico dentro do Curso de Alfabetização pelo Método Fônico. Faremos uma reflexão
sobre os diversos métodos presentes na educação das crianças. Veremos a
importância e as possibilidades de trabalhar com o método fônico, na qual consiste no
aprendizado por meio da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras.
@pedagogiaporvocacao
MÉTODOS DE 
ALFABETIZAÇÃO
MÉTODOS DE 
ALFABETIZAÇÃO
O processo de alfabetização e letramento demanda muitos esforços, tanto da
criança que está sendo alfabetizada, quanto para os adultos ao seu redor. É
necessária uma força tarefa integrada entre escola e família para que o letramento
ocorra de forma eficaz. Afinal, esses são os ambientes mais frequentados pelas
crianças nesta fase e estes adultos são suas referências.
Mas o processo de alfabetização e letramento não é apenas gravar letras e
juntar sílabas. Vai muito além e abrange uma série de capacidades e habilidades
relacionadas à escrita e leitura.
MÉTODOS DE 
ALFABETIZAÇÃO
É preciso que a criança saiba interpretar significados e entender variados
contextos através de experiências promovidas durante o processo de alfabetização
e letramento. Nesta fase é muito comum que os pais e educadores pesquisem
bastante sobre métodos e técnicas para introduzir a criança no mundo letrado, além
de promover a alfabetização e o letramento. O período em que uma criança é
alfabetizada é um marco que gera impactos em toda sua vida. Quando falamos
de alfabetização e letramento, estamos falando de um processo que insere as
crianças na sociedade em que vivem e as torna parte de um grupo.
MÉTODOS DE 
ALFABETIZAÇÃO
Ou seja, a habilidade de escrever, ler e interpretar os códigos linguísticos é
muito importante e é essencial para que os indivíduos exerçam plena cidadania.
Todas as experiências vividas pela criança nesta etapa são decisivas para
a eficácia de seu aprendizado. Por isso, a alfabetização e letramento da criança
precisa acontecer de forma natural, lúdica e divertida, afinal, as crianças aprendem
muito mais dessa forma. Isso porque a ludicidade proporciona momentos de
aprendizagens que vão além da sala de aula.
Vamos conhecer as formas clássicas de ensinar a língua escrita e o que as
pesquisas afirmam sobre elas, ou seja os métodos de alfabetização.
Existem 2 conjuntos de métodos de alfabetização e letramento:
1. Os métodos sintéticos
2. Métodos analíticos
MÉTODOS 
SINTÉTICOS E 
ANÁLITICOS
Os métodos sintéticos são aqueles que tem um foco maior em analisar o
sistema de linguístico a partir da escrita. Eles partem da letra, passam pela sílaba
e, por último, exploram a sonoridade das palavras.
Já os métodos analíticos acreditam que a criança percebe primeiro o
contexto, para depois buscar entender palavras, sílabas e sons. Ou seja, nestes
métodos, a criança deve compreender os significados no contexto em que está
inserida.
MÉTODOS 
SINTÉTICOS E 
ANÁLITICOS
MÉTODO ALFABÉTICO OU SOLETRAÇÃO
COMO É: É considerado o mais antigo dos métodos. A proposta é que o indivíduo
aprenda os nomes das letras, reconheça-as fora da ordem alfabética e, por fim,
tente redescobri-las em palavras ou textos, a partir da soletração.
COMO FUNCIONA: Ensinam-se estratégias de soletração que ajudam o aluno a
associar o nome da letra à sua representação visual e ao som que ela adquire na
palavra. A palavra “banana”, por exemplo, pode ser soletrada como be a ba (ba),
ene a na (na), ene a na (na).
MÉTODOS SINTÉTICOS
Vão das partes para o todo, começando 
com as unidades sonoras ou gráficas
Ainda... MÉTODO ALFABÉTICO OU SOLETRAÇÃO
VANTAGENS: Reconhecer as letras é etapa fundamental e inescapável do
processo de aquisição da escrita, já que as relações entre os sinais gráficos e os
sons que eles representam são o princípio básico de qualquer sistema alfabético.
RISCOS: A memorização fora de contexto das letras e de algumas sílabas afasta o
aluno do significado das palavras. É possível desenvolver o conhecimento
sistemático do alfabeto em textos com sentido e com o uso de materiais como letras
móveis.
MÉTODO SILÁBICO
COMO É: Considera a sílaba a unidade linguística fundamental, já que, na prática,
só se pode pronunciar a consoante juntamente com a vogal. Começa-se pelas
sílabas formadas por uma consoante e uma vogal, até chegar às mais complexas.
COMO FUNCIONA: Em geral, o processo se apoia em cartilhas que apresentam as
famílias silábicas, que podem ser associadas a desenhos ou palavras-chave, cujas
sílabas iniciais são destacadas. Aos poucos, o aluno entra em contato com
pequenos textos.
MÉTODOS SINTÉTICOS
Vão das partes para o todo, começando 
com as unidades sonoras ou gráficas
Ainda... MÉTODO SILÁBICO
VANTAGENS: O método enfatiza uma unidade facilmente identificável com o som,
já que, na fala, pronunciamos sílabas, e não letras ou sons separados. Assim, não é
preciso analisar cada elemento da palavra para decifrá-la.
RISCOS: O foco excessivo em uma unidade sonora, assim como em outros
métodos sintéticos, pode tirar do aluno o contato com textos reais, dotados de
estrutura e função social, dando lugar a frases sem nexo, como “vovô viu a uva”.
MÉTODO FÔNICO OU FONÉTICO
COMO É: Desenvolvido na França e na Alemanha, parte da relação direta entre o
fonema e o grafema. Começa sempre dos sons mais simples para os mais
complexos, das vogais para as consoantes. Por fim, formam-se as sílabas e as
palavras.
COMO FUNCIONA: Há várias maneiras de apresentar os fonemas, partindo de
palavras significativas para os alunos ou relacionando uma palavra a uma imagem e
a um som.
MÉTODOS SINTÉTICOS
Vão das partes para o todo, começando 
com as unidades sonoras ou gráficas
Ainda... MÉTODO FÔNICO OU FONÉTICO
VANTAGENS: Ao aproximar fonemas e grafemas, o método estabelece relação
direta entre a escrita e a fala, outra característica básica de sistemas alfabéticos,
abrindo caminho para a codificação e a decodificação dos textos.
RISCOS: Na nossa língua, as relações entre letras e sons variam muito. Uma
mesma letra pode representar diferentes sons e vice-versa. O sistema de escrita é
uma representação complexa, e a abordagem fônica, sozinha, pode não dar conta
dela.
PALAVRAÇÃO
COMO É: A unidade linguística é a palavra que deve ser reconhecida graficamente
sem a necessidade de decompô-la em sílabas, letras ou mesmo fonemas e
grafemas. A proposta é de que se forme um repertório antes de construir frases e
pequenos textos.
COMO FUNCIONA: Apresenta-se um grupo de palavras que os alunos tentam
reconhecer pelas características gráficas. São propostas atividades de memorização
de palavras, às vezes associadas a imagens, exercícios de movimento de escrita etc.
MÉTODOS ANALÍTICOS
Vão do todo para as partes, originando-
se de unidades de significado
Ainda... PALAVRAÇÃO
VANTAGENS: É um meio-termo entre as práticas sintéticas e as analíticas, pois permite
trabalhar em unidades menores, sem dissociá-las do significado. O aluno aprende
estratégias de leitura inteligente e associa a leitura com prazer e informação.
RISCOS: Focar só no reconhecimento gráfico das palavras pode prejudicar a análise das
sílabas, letras e grafemas, afetando o reconhecimento de palavras novas. Isso costuma ser
amenizado pelo uso de palavras estáveis, como o nome próprio.
SENTENCIAÇÃO
COMO É: A proposta é partir de uma unidade de significado mais completa, que é a
frase. O estudante deve reconhecer e compreender o sentido de uma sentença para
só depois analisar as suas partes menores (palavras e sílabas).
COMO FUNCIONA: A pedagoga argentina Cecilia Braslavsky ensina que é possível
partir da oralidade das crianças, a partir da qual se extraem orações simples,
escritas em faixas expostas na sala de aula. As frases podemdepois ser
consultadas permanentemente.
MÉTODOS ANALÍTICOS
Vão do todo para as partes, originando-
se de unidades de significado
Ainda... SENTENCIAÇÃO
VANTAGENS: A exemplo do método de palavração, a sentenciação permite que os alunos
se relacionem com o significado dos textos e aprendam, desde o início da alfabetização, a
utilizar estratégias de leitura inteligente.
RISCOS: O ensino por sentenciação pode acarretar problemas semelhantes aos
encontrados na palavração, como a dificuldade de decodificar textos novos por falta de uma
análise mais detida nas unidades que compõem a base do sistema de escrita.
MÉTODO GLOBAL
COMO É: Parte-se de um texto, trabalhado por certo tempo, no qual o aluno
memoriza e entende o sentido geral do que é “lido”. Só depois se analisam as
sentenças e se identificam as palavras, comparando as suas composições silábicas.
COMO FUNCIONA: No Brasil, o método é associado aos contos, conforme as
práticas difundidas pela educadora Lúcia Casasanta nos anos 30. As cinco fases
vão da compreensão geral da história à análise comparativa da composição silábica
das palavras.
MÉTODOS ANALÍTICOS
Vão do todo para as partes, originando-
se de unidades de significado
Ainda... MÉTODO GLOBAL
VANTAGENS: Com práticas semelhantes às adotadas pela moderna alfabetização de linha
construtivista, o método mantém o foco no sentido dos textos e proporciona, desde o início
da aprendizagem, o contato com o texto.
RISCOS: O trabalho sistemático com as unidades menores, que são parte da estrutura
básica da língua escrita, pode ficar enfraquecido. Além disso, o uso só de textos para fins
escolares não é positivo: a criança precisa conviver com textos reais.
A partir da década de 1980, essas ideias e metodologias passaram a ser
questionadas, em função da crescente demanda de crianças com problemas de
fracasso na alfabetização. Surge o construtivismo, baseado nas pesquisas sobre a
psicogênese da língua escrita, desenvolvidas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky,
que deslocam as discussões dos métodos de ensino para o processo de
aprendizagem da criança. Não se trata mais de se pensar num novo método, mas de
uma “revolução conceitual”, relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança,
que redimensionou a graduação das dificuldades, “desmetodizou” o processo de
alfabetização e questionou o uso de cartilhas.
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Psicogênese: a aprendizagem da 
criança
Se as pesquisas da psicogênese trouxeram grande avanço para o
entendimento de como se dá a aprendizagem da língua escrita pela criança, a
aplicação pedagógica de suas conclusões científicas é alvo de críticas. Há que
destacar que a busca da uma didática construtivista trouxe também muitos
desacertos, pois, ao identificar e considerar o estágio de desenvolvimento cognitivo
em que está a criança, o seu nível de evolução de escrita, as operações lógicas
nelas envolvidas, muitos se perderam no intuito de propor atividades que realmente
desafiassem as crianças, independentemente do seu nível de evolução.
Confunde-se o respeito à construção do conhecimento pelo aluno com o não
planejamento do processo de ensino-aprendizagem, deixando-o à deriva do
desenvolvimento da criança, pois pressupunha-se que esta chegaria sozinha a
conclusões sobre a escrita e suas funções a partir do uso que faz dela. Nesse caso, o
papel do professor seria apenas o de criar situações para que a criança fosse
motivada a usar a escrita.
Paralelamente, com a divulgação das ideias de psicólogo russo Lev Vygotsky
(1896-1934), surge a corrente sociointeracionista, preconizando que o processo de
apropriação da escrita se dá primeiro nas interações sociais, para depois ser
internalizado pelo aprendiz. Nessa concepção, toda a aprendizagem é feita, de início,
socialmente, e vai aos poucos se tornando uma construção individual.
Com essa corrente, vieram também os estudos sobre letramento,
diferenciando-o da alfabetização, que, nessa perspectiva, são processos simultâneos,
porém distintos, cada um com suas especificidades, mas complementares,
inseparáveis e ambos indispensáveis.
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
A interação social na aprendizagem
Atualmente, após as contribuições e os questionamentos do construtivismo e
do socioconstrutivismo, vivenciamos um momento de busca de equilíbrio, pois o
desafio que se coloca hoje para os professores é o de conciliar a alfabetização e o
letramento, de modo a assegurar aos alunos a apropriação do sistema alfabético-
ortográfico e a plena condição de uso da língua nas práticas sociais de leitura e
escrita. Há consenso em grande parte dos estudiosos que uma prática pedagógica
centrada apenas no estudo das correspondências fonográficas não garante uma
alfabetização de qualidade, pois as práticas de leitura e de escrita são praticamente
inexistentes em muitas famílias.
Concluímos aqui sobre os Métodos de Alfabetização, no Brasil. Vimos a importância
do processo de alfabetização para o desenvolvimento de todos os estudantes.
Para o segundo dia de Curso, veremos: O segredo de Alfabetizar está no Método?
SERÁ?
ARAÚJO, M. C. de C. S. Perspectiva histórica da alfabetização. Viçosa: Universidade Federal de
Viçosa, 1996.
BARBOSA, J. J. Leitura e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1990.
BELLENGER, L. Os métodos de leitura. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
BRASLAVSKY, B. P. Problemas e métodos no ensino da leitura. São Paulo: Melhoramentos/EDUSP, 1971.
CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1999
CAPOVILLA, Alessandra G. S. Alfabetização: método fônico. 3 ed. São Paulo: Memnon, 2004.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi 
oferecido pelo 
Centro Educacional 
Sete de Setembro 
em parceria com a 
Professora Me Sueli Julioti
Profa. Me Sueli Julioti
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
ALFABETIZAÇÃO 
PELO MÉTODO 
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
O que você sabe e pensa sobre essa pergunta?
Faremos uma reflexão sobre a alfabetização, se seu sucesso está realmente
no método utilizado. Veremos a importância, as possibilidades e o quê se exige do
trabalho do professor.
@pedagogiaporvocacao
O SEGREDO PARA 
ALFABETIZAR ESTÁ NO 
MÉTODO?
O SEGREDO PARA ALFABETIZAR 
ESTÁ NO MÉTODO?
Quando se discute a questão da alfabetização no Brasil, quase sempre
aparecem os piores números possíveis. Vamos aos exemplos: as avaliações do
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês) feitas em
2015, mostraram que o país ocupa o 59º lugar em leitura. Num ranking com 70
países, isso significa que estamos mais perto da lanterna do que da liderança. Nas
avaliações, 9 das 27 unidades da federação obtiveram, em 2017, um Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) notas abaixo de 5, em uma escala de 0
a 10, para os anos iniciais. São Paulo, o primeiro do ranking, ostenta um modesto
6,5.
É preciso considerar que essa nota não inclui apenas os resultados em leitura e
escrita, mas também em matemática, além de outras variáveis, como os níveis de
aprovação em cada rede. De qualquer modo, são muitas as evidências de que o Brasil
ainda tem enormes dificuldades para superar esse problema básico que atormenta a
Educação: como ensinar todos os brasileiros a ler e escrever com competência. Além disso,
percebe-se que a situação está muito distante daquela estabelecida pela meta 5do Plano
Nacional de Educação (PNE), a saber, alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final
do 3º ano do ensino fundamental.
Quando a criança chega ao final do 3º ano do ensino fundamental sem saber ler, ou
lendo precariamente, como é o caso de mais da metade dos alunos brasileiros, sua
trajetória escolar fica comprometida. Isso se reflete em altas taxas de reprovação, distorção
idade-série, abandono e evasão. Segundo o Censo Escolar de 2018, no 3º ano a taxa de
reprovação foi de 9,4%, e a de distorção idade-série foi de 12,6%, com aumento significativo
nos anos seguintes. No 7º ano, mais de 810 mil alunos matriculados nas redes federal,
estadual e municipal estavam com dois anos ou mais de atraso escolar.
1988
A Constituição Federal 
dispõe que a educação 
é direito de todos e 
dever do Estado e da 
família.
1996
A Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional determina que 
no ensino fundamental a formação 
básica do cidadão ocorra mediante 
o desenvolvimento da capacidade 
de aprender, tendo como meios 
básicos o pleno domínio da leitura, 
da escrita e do cálculo, e 
estabelece a educação de jovens e 
adultos.
2001
Aprovado o 
Plano 
Nacional de 
Educação, 
referente 
ao decênio 
2001-2010.
2003
Criado o Programa 
Brasil Alfabetizado, no 
intuito de contribuir para 
a universalização da 
alfabetização de jovens, 
adultos e idosos e 
elevar sua escolaridade.
2003
O relatório Alfabetização Infantil: os 
novos caminhos, elaborado por um 
grupo de eminentes cientistas a pedido 
da Comissão de Educação e Cultura 
da Câmara dos Deputados, chega à 
conclusão de que as políticas e as 
práticas de alfabetização de crianças 
no Brasil, bem como os currículos de 
formação e capacitação de professores 
alfabetizadores, não acompanharam a 
evolução científica e metodológica 
ocorrida em todo o mundo.
LINHA DO TEMPO - MARCOS HISTÓRICOS E NORMATIVOS
2011
O documento Aprendizagem 
Infantil: uma abordagem da 
neurociência, economia e 
psicologia cognitiva, publicado 
pela Academia Brasileira de 
Ciências, corrobora a tese do 
relatório Alfabetização Infantil: 
os novos caminhos e traz 
novas evidências.
2012
Instituído o 
Pacto Nacional 
pela 
Alfabetização na 
Idade Certa 
(PNAIC), no 
intuito de 
cumprir a meta 5 
do PNE então 
vigente.
2013
Primeira edição da 
Avaliação Nacional 
da Alfabetização 
(ANA).
2014
Aprovado o 
Plano Nacional 
de Educação 
(PNE), referente 
ao decênio 
2014-2024.
2018
Criado o 
Programa Mais
Alfabetização.
2017
Promulgada a Base 
Nacional Comum
Curricular (BNCC).
LINHA DO TEMPO - MARCOS HISTÓRICOS E NORMATIVOS
O QUE DIZEM OS 
ESPECIALISTAS
As pesquisas em psicologia cognitiva e em neurociências nos permitem
compreender os mecanismos cognitivos e neurobiológicos que entram em ação na
aprendizagem. Esses conhecimentos são importantes, porque nos permitem
distinguir o que é simples crença daquilo que são fatos cientificamente estabelecidos.
Assim, hoje é possível afirmar que a leitura deve ser objeto de um ensino explícito em
suas diferentes dimensões e que, para alcançar as habilidades de bom leitor, é
necessário que a atividade seja repetida de modo regular e frequente, a fim se tornar
automática. A automatização só acontecerá para os alunos que tiverem uma prática
suficiente de leitura e de escrita.
O QUE DIZEM OS 
ESPECIALISTAS
Para que essa prática seja importante, na sala de aula e em casa, é
necessário que as atividades propostas suscitem e desenvolvam nos alunos a
vontade de ler, a vontade de escrever. Não há portanto nenhum sentido em opor
aprendizagem sistemática e prazer de ler. Não se trata de dois métodos opostos
entre os quais se deve escolher um, mas de duas condições que o professor deve
levar em conta para um ensino bem-sucedido.
O QUE DIZEM OS 
ESPECIALISTAS
Precisamos ensinar explicitamente as crianças a converter letras em sons.
Essa é uma das principais habilidades que os bons leitores adquirem. Quando
ensinamos as crianças a ler textos fáceis com palavras familiares, elas desenvolvem
fluência e automatismo, não esquecendo de nos concentrar em ensinar vocabulário e
conteúdo, pois é assim que elas desenvolvem o conhecimento que sustenta a
compreensão. Também precisamos expor as crianças a histórias instigantes, visto
que é assim que elas aprendem sobre narrativas e se sentem mais motivadas a ler.
Todas as divergências sobre o ensino de leitura começam com a alegação de que é
preciso fazer uma ou outra dessas coisas no começo da alfabetização. Na verdade,
temos de fazer tudo isso.
Para responder nossa pergunta inicial, precisamos ter em mente e refletir que
Alfabetizar está além da disputa de métodos. É necessário deixar de lado a polêmica
entre enfoques e discutir o que realmente funciona no ensino da leitura e da escrita,
para nossas crianças. Acredito que o sucesso da alfabetização, está em um conjunto
de fatores. Há necessidade de partirmos de uma excelente sondagem individual e
coletiva para saber de onde partirei e/ou que caminho seguirei com a turma e com
cada criança, portanto não é o método que dita o sucesso na alfabetização, mas
minha prática em sala de aula.
O SEGREDO PARA 
ALFABETIZAR ESTÁ NO 
MÉTODO?
E é óbvio que preciso estar sempre em formação para ter conhecimento de
todos esses métodos e a quem eles se aplicam. Além de ter ciência de que para
alfabetizar, preciso ter parcerias: com as família, com a gestão, com a coordenação; e
principalmente ter um currículo com objetivos claros de aprendizagem.
Concluindo, gostaria que ficasse claro para vocês, que o método é só uma
parte do desafio em alfabetizar!
Para o terceiro dia de Curso, veremos: A importância do Diagnóstico na
Alfabetização, principalmente para o uso do Método Fônico.
BELLNTANE, C. Leitura e Alfabetização no Brasil: uma busca para além da polarização. In: Educação
e Pesquisa. V. 32 no. 2. São Paulo: mar/ago, 2006.
BOZZA, Sandra. Ensinar a ler e a escrever: uma possibilidade de inclusão. Pinhais: Editora Melo, 2008.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é o método Paulo Freire. 16. Edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1998.
BRASLAVSKY, B. P. Problemas e métodos no ensino da leitura. São Paulo: Melhoramentos/EDUSP, 1971.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-bé-bi-bo. São Paulo: Scipione, 1998.
______. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1993.
CAPOVILLA, A A. G. S. CAPOVILLA, F. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Mennon Edições Científicas, 2002.
COOK-GUMPERZ, J. et al. A construção social da alfabetização. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 2008.
FERNANDES, Dorgival Gonçalves. Alfabetização de jovens e adultos: pontos críticos e dasafios. Porto Alegre: Mediação, 2002.
FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
______. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez – Autores Associados, 1995.
______. O ingresso na escrita e nas culturas do escrito: seleção de textos de pesquisa. São Paulo: Cortez, 2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRADE, Isabel C. da Silva. Alfabetização hoje: onde estão os métodos? In: Revista Presença
Pedagógica. Dimensão, v. 9, n. 50. mar/abr., 2003.BELLENGER, L. Os métodos de leitura. Rio de
Janeiro: Zahar Editores, 1979.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MUITO OBRIGADO!!!!
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Professora Me Sueli Julioti
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ALFABETIZAÇÃO 
PELO MÉTODO 
FÔNICO
@pedagogiaporvocacao
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Na educação, quando tratamos do processo de construção da escrita e da
leitura, o diagnóstico assume uma vital importância para a mediação e para a
intervenção do professor na dinâmica do processo de alfabetização. Assim faremos
aqui uma reflexão sobre a importância desse diagnóstico e as possibilidades de
avanços das crianças a partir dele.
@pedagogiaporvocacao
A IMPORTÂNCIA DO 
DIAGNÓSTICO NA 
ALFABETIZAÇÃO
DIAGNÓSTICO NA 
ALFABETIZAÇÃO
O diagnóstico da escrita e da leitura, se apresenta como um indicador de
intervenção pedagógica em casos de dificuldades dos estudantes, sendo ou não
pontuais de cada um deles. Trata-se, pois, de um dispositivo com finalidade
orientadora do ensino, com vistas a potencializar a aprendizagem. O instrumento
viabilizador do diagnóstico da escrita individual chamamos de sondagem; já o
diagnóstico coletivo, por excelência, é a avaliação: nesse caso, denominada
avaliação diagnóstica.
Esse dispositivo não prioriza o viés classificatório dos estudantes. Ao contrário:
identifica os conhecimentos adquiridos pela criança, bem como o uso que faz desse
conhecimento, e possui caráter orientador e corretivo da própria prática pedagógica
docente com a finalidade de desenvolver potencialidades e reconfigurar sua prática.
O diagnóstico na alfabetização para conhecer a turma, é muito importante, pois
mesmo antes de saber ler e escrever convencionalmente, a criança elabora hipóteses
sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é um importante
passo para os professores alfabetizadores levarem todas a aprender.
Quando realizar a sondagem individual, torna-se necessário propor ao resto
da turma uma atividade que dispense ajuda. O diagnóstico da turma, ou seja a
sondagem inicial, permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita e a leitura
as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as
necessidades de aprendizagem. Ela permite uma avaliação e um acompanhamento
dos avanços na aquisição da base alfabética e a definição das parcerias de trabalho
entre os estudantes.
Além disso, representa um momento no qual as crianças têm a oportunidade
de refletir, com a ajuda do professor, sobre aquilo que escrevem. Identificar o que os
alunos já sabem antes de começar o trabalho de mais um ano letivo é essencial
para iniciar o planejamento docente. Para garantir que nada seja deixado de lado,
organize um cronograma de ações pedagógicas e elabore um plano semestral, em
que analisa-se os dados da turma e elabore as avaliações diagnósticas.
A avaliação diagnóstica ajuda a identificar as causas de dificuldades
específicas dos estudantes na assimilação do conhecimento, tanto relacionadas ao
desenvolvimento pessoal deles quanto à identificação de quais conteúdos do
currículo apresentam necessidades de aprendizagem de um tempo maior. Ela
possui três objetivos principais: identificar a realidade de cada turma; observar se as
crianças apresentam ou não habilidades e pré-requisitos para os processos de
ensino e aprendizagem; e refletir sobre as causas das dificuldades recorrentes,
definindo assim as ações para sanar os problemas.
Ela pode ser feita em qualquer momento, porém no início do ano letivo
permite conhecer melhor a realidade dos estudantes. O professor precisa verificar o
conhecimento prévio de cada um, constatando as condições necessárias para
garantir a aprendizagem. Além disso, ela também funciona como uma análise do
ensino na escola, já que os resultados das salas de aula de uma mesma série/ano
podem promover reflexões importantes para o replanejamento das propostas e
atividades que devem ser oferecidas a todos.
O processo de alfabetização é algo permanente o qual se estende pela vida de
uma pessoa, porém é valido ressaltar que temos dois processos indissociáveis, o de
aquisição da língua oral (leitura) e da escrita. O processo de alfabetizar consiste na
apropriação da leitura e da escrita e em contrapartida temos o letramento que refere-
se da forma de como esta aquisição de linguagem será utilizada como instrumento
para se estabelecer uma relação na sociedade, sendo o resultado da ação de ensinar
e aprender as práticas sociais da leitura e escrita.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Seria, portanto, o processo de apropriação social da escrita, utilizando-se do
conhecimento de um código para compreender as práticas sociais, deste modo não
se trata de um método que ensina ler e escrever, mas sim utilizar a leitura e escrita
como instrumentos de uma abordagem social. Neste sentido, os termos letramento e
alfabetização, também são indissociáveis, pois é por meio destes que a criança
adentra no mundo letrado, utilizando as práticas sociais da leitura e da escrita que
somente se desenvolvem por meio da alfabetização.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Esse é o grande desafio enfrentado no processo de alfabetização e letramento
das crianças com distúrbios da aprendizagem, como os disléxicos por exemplo, uma
vez que as alterações neurofuncionais da linguagem e consciência fonológica ligadas
a esse distúrbio interferem diretamente na alfabetização dessas crianças, apesar de
ter um desenvolvimento intelectual adequado para esse Processo.
Assim, por meio dos diagnóstico da turma, poderemos chegar as esses
distúrbios de aprendizagem. Como, então, desenvolver um processo efetivo para a
alfabetização e letramento dessas crianças e torná-las participativa na sociedade?
Existe algum método mais eficiente para essa prática, que atenda às necessidades
dessas crianças?
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Com o advento de a escola acolher e ensinar na e para a diversidade, muitos
autores afirmam a importância de se utilizar em diferentes etapas da alfabetização os
métodos fônico e multissensorial com essas crianças, surtem resultados positivos no
processo de alfabetização. Assim, é imprescindível que as práticas pedagógicas
sejam aplicadas sempre pensando no indivíduo como ser único com necessidade de
estímulo e apoio para que sua inteligência seja desenvolvida adequadamente e assim
possua seu psicomotor preparado para as fases posteriores de sua vida.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Há evidências da eficácia do método fônico para o processo de aprendizagem
dessas crianças, que apresentem distúrbios, pois este facilita o desenvolvimento de
atividades metafonológicas e ensina as correspondências grafofonêmicas, no
processo fonológico a emissão das palavras é realizada pela decodificação e
conversão de grafemas (representação gráfica das letras) em fonemas (referente ao
som emitido na leitura), deste modo temos desenvolvimento da leitura e escrita.
Essas crianças têm dificuldades para desenvolver a percepção de que as
palavras faladas e escritas são compostas por esses fonemas ou blocos sonoros.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Assim, o modelo fonológico nos diz quais as medidas exatas devemos adotar
para que uma criança passe de um estágio em que vê as letras como uma confusão
de formas rabiscadas a um estágio em que reconheça e identifique essas mesmas
formas como palavras.
O método fônico tem por objetivo ensinar as correspondências
grafofonêmicas e desenvolver as habilidades metafonológicas, com base na
correspondência dos sons e as letras, recomenda-se para sua aplicação que inicie o
processo de ensino pelos sons das vogais e consoantes que podem ser
pronunciados isoladamente.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Após esta etapa é assimilado a combinação das consoantes com cada vogal.
Observa-se portanto a assimilação destes fonemas que se transformaram em
sílabas e o aluno seja capaz de pronuncia-los automaticamente e por consequência
temos a formaçãodas palavras.
Assim, só se é possível trabalhar a individualidade do estudante quando o
conhece. Deste modo, não apenas conhecer os métodos de alfabetização e
letramento, mas principalmente conhecer seu aluno e, nesse caso, compreender a
importância do diagnóstico individual da escrita e da leitura.
DIAGNÓSTICO X DISTÚRBIOS 
DA ALFABETIZAÇÃO
Chegamos a conclusão que o professor precisa estar atento ao diagnóstico
de seus estudantes, para saber e decidir qual o método e/ou caminho seguir.
Assim, além do método, há também o diagnóstico como um desafio em
alfabetizar!
Para o quarto dia de Curso, veremos: Método Fônico – O que é?
BOZZA, Sandra. Ensinar a ler e a escrever: uma possibilidade de inclusão. Pinhais: Editora Melo, 2008.
BRASLAVSKY, B. P. Problemas e métodos no ensino da leitura. São Paulo: Melhoramentos/EDUSP, 1971.
CAPOVILLA, A A. G. S. CAPOVILLA, F. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Mennon Edições Científicas, 2002.
COOK-GUMPERZ, J. et al. A construção social da alfabetização. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 2008.
DOMINGUES, Cristiane Lumertz Klein. Somos todos diferentes: Dificuldade na leitura. Cadernos da FUCAMP, v. 14, n. 20, p. 74-
84. 2015. Disponível em: http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/cadernos/article/view/384 acessado 30/04/2019.
FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
______. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez – Autores Associados, 1995.
______. O ingresso na escrita e nas culturas do escrito: seleção de textos de pesquisa. São Paulo: Cortez, 2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRADE, Isabel C. da Silva. Alfabetização hoje: onde estão os métodos? In: Revista Presença
Pedagógica. Dimensão, v. 9, n. 50. mar/abr., 2003.BELLENGER, L. Os métodos de leitura. Rio de
Janeiro: Zahar Editores, 1979.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
JARDINI, Renata Savastano Ribeiro; RUIZ, Lydia Savastano Ribeiro. Avaliação dos cursos de capacitação: "Método das
Boquinhas". Rev. psicopedag., São Paulo, v. 28, n. 86, 2011. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v28n86/04.pdf, acessado em 29/04/2019.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi 
oferecido pelo 
Centro Educacional 
Sete de Setembro 
em parceria com a 
Professora Me Sueli Julioti
Profa. Me Sueli Julioti
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ALFABETIZAÇÃO 
PELO MÉTODO 
FÔNICO
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Profa. Me Sueli Julioti
@EquipeMySete
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O método fônico, também chamado de método fonético, é um método de
alfabetização que prioriza o ensino dos sons dos grafemas do alfabeto, começando
com as letras mais simples (vogais) e caminhando até as mais complexas
(consoantes) para, depois, utilizá-las para formar sílabas e palavras.
@pedagogiaporvocacao
MÉTODO FÔNICO 
O QUE É?
MÉTODO FÔNICO 
O QUE É?
O método fônico ou fonético integra o conjunto dos métodos sintéticos que
privilegiam as correspondências grafofônicas. Seu princípio organizativo é a ênfase na
relação direta entre fonema (som da letra) e grafema (nome da letra), ou seja, entre o som
da fala e a escrita. Aqui no Brasil, a metodologia fônica surgiu em meio às críticas ao
método da soletração, depois da década de 1980, já não apresentava sucesso como
forma de alfabetização de crianças. Seu uso é mencionado na França, por Vallange, em
1719; na Alemanha, por Enrique Stefhani, em 1803; e é trabalhado por Montessori, na
Itália, em 1907.
MÉTODO FÔNICO 
O QUE É?
Neste método o ensino se inicia pela forma e pelo som das vogais, seguidas pelas
consoantes. Cada letra (grafema) é aprendida como um som (fonema) que, junto a outros
fonemas, pode formar sílabas e palavras. Para o ensino dos sons, há uma sequência que
deve ser respeitada – dos mais simples para os mais complexos.
Para atenuar a falta de sentido e aproximar os alunos de algum significado, foram
criadas variações do método fônico, com diversas formas de apresentação dos sons: seja
a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e ao som, de um
personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma história.
MÉTODO FÔNICO 
O QUE É?
É preciso esclarecer que existe mais de um método fônico. Os métodos
fônicos variam especialmente com a escolha da ordem de ensino das
correspondências grafema-fonema e com a ênfase maior ou menor em
técnicas de análise e síntese de fonemas. Muitos autores afirmam que os
métodos fônicos são mais eficazes porque são consistentes com a forma como o
cérebro processa os estímulos associados à leitura e escrita.
O método fônico se dá por meio de estímulos multissensoriais. Isso significa
que, nesse método de alfabetização, as crianças são incentivadas de várias formas.
As atividades lúdicas desenvolvem um ambiente envolvedor em sala de aula,
fazendo com que as crianças se divirtam e sejam encorajadas enquanto aprendem.
Nesse método, há um ciclo de alfabetização muito bem definido. Num primeiro
contato, a criança é apresentada às vogais do alfabeto. Ela, portanto, passa a
compreender os traços que configuram tais letras, assim como seu som. Após isso, as
outras 21 letras ganham espaço e são igualmente trabalhadas, sempre priorizando
atividades de escuta, leitura e escrita.
COMO FUNCIONA O
MÉTODO FÔNICO
DE ALFABETIZAÇÃO?
Depois que a criança passa a entender quais são a letras e seus sons, o
professor passa a combiná-los. É neste momento que as sílabas são apresentadas
e os exercícios ficam focados nessa ligação entre as letras e som produzido por
meio dessa junção. Após esse envolvimento, o trabalho com as palavras é iniciado.
Uma vez que os estudantes reconhecem as letras e entendem sua formação
gráfica e sonora, as frases e textos são introduzidos. Assim, a criança alfabetizada
por meio do método fônico possui maiores recursos para a leitura e escrita de textos
mais profundos e complexos. Logo, o desenvolvimento das competências e
habilidades dos futuros anos de ensino são mais facilmente assimilados e
apreendidos.
COMO FUNCIONA O
MÉTODO FÔNICO
DE ALFABETIZAÇÃO?
A alfabetização vai além do saber ler e escrever. Ligado aos estudos
contemporâneos da neurociência, a criança alfabetizada pelo método fônico: Sabe
utilizar a língua de forma apropriada; Consegue compreender a língua (escrita e
falada) de forma ampla; É apta a analisar os textos de forma mais complexa; É
capaz de questionar a linguagem que o cerca.
A partir do desenvolvimento dessas competências que vão além da
proficiência em escrita e leitura, o aluno, apesar de recém-alfabetizado, já atribui
maior significado aos seus aprendizados. Além disso, seu contato com o mundo
é diferenciado por envolver maior aptidão quanto às interpretações feitas em meio
ao contato linguístico.
COMO FUNCIONA O
MÉTODO FÔNICO
DE ALFABETIZAÇÃO?
Logo, a criança alfabetizada por meio do método fônico de alfabetização é
caracterizada por sua consciência da realidade.
O método fônico envolve vários sentidos, ou seja, é multissensorial. A partir de
atividades lúdicas de estimulação auditiva e visual, o alfabetizado desenvolve a
leitura e a escrita em diversos ambientes e situações. De forma geral, o método fônico
de alfabetização permite: O favorecimento da aprendizagem da articulação adequada
dos fonemas; O estímulo à produção oral da criança, produzindo mais conexões
cerebrais; A formação de uma leitura avançada e uma maior identificação das
palavras; A relaçãocom a neurociência cognitiva, o que proporciona um aprendizado
profundo.
COMO FUNCIONA O
MÉTODO FÔNICO
DE ALFABETIZAÇÃO?
Sabemos que o Ministério da Educação (MEC) recomenda às escolas
brasileiras o uso do método fônico de alfabetização. A Política Nacional de
Alfabetização (PNA) privilegia cinco pilares voltados à estratégia de ensino da
leitura e da escrita, valorizando sempre a decodificação de letras e segmentos de
sons nas palavras. São elas: “consciência fonêmica, instrução fônica
sistemática, fluência em leitura oral, vocabulário e compreensão de texto”. Há
também orientação para que crianças da Educação Infantil (0 a 5 anos) tenham
“ensino de habilidades fundamentais para a alfabetização, como consciência
fonológica, consciência fonêmica, conhecimento alfabético”.
COMO FUNCIONA O
MÉTODO FÔNICO
DE ALFABETIZAÇÃO?
O primeiro passo para iniciar de fato a alfabetização em sala de aula é fazer
com que os alunos conheçam as 26 letras do alfabeto. É recomendado começar
pelas vogais, uma vez que essas 5 letras são de fácil compreensão e assimilação.
Há várias possibilidades de o professor apresentar os fonemas das letras. Tem
professor que defini a letra a ser trabalhada no dia e escolhe uma palavra
significativa (que comece com a letra) para o dia. A partir disso, ele pode utilizar a
palavra em vários contextos, escritos e falados, fazendo com que os alunos
compreendam que aquela palavra significativa está relacionada à letra destacada.
CONHECENDO OS
SONS DAS LETRAS
Uma outra opção é vincular uma palavra à imagem e som. Essa forma de
apresentar as letras é bastante comum nas escolas de Ensino Infantil. A ideia consiste em
definir a letra que será estudada no dia e, a partir disso, mostrar ao aluno uma imagem de
fácil assimilação que comece com a letra escolhida. Isso pode ser feito por meio de cartas,
jogos ou até mesmo vídeos. Essa forma permite, ainda, brincadeiras ligadas à formação de
sílabas. Há outros professores que preferem apresentar as letras por meio da contação de
histórias, dando sentido aos fonemas. Isso permite que os alunos que estão em processo
de alfabetização relacionem histórias que já conhecem ao mundo das letras e palavras,
ampliando o significado de seu universo de conhecimentos e saberes.
CONHECENDO OS
SONS DAS LETRAS
É possível unir e combinar as várias formas de apresentar as letras e seus
sons. Nessa apresentação, não pode faltar paciência e criatividade.
Por meio do acordo ortográfico de 1990, que entrou em vigor a partir de
2009, a utilização das letras K, W e Y foram oficializadas como parte do alfabeto do
português. Antes dessa convenção ortográfica, o alfabeto oficial baseava-se no
alfabeto romano e apresentava 23 letras. O professor do método fônico, para
ensinar essas letras que antigamente eram associadas ao estrangeirismo, pode
liga-las às letras que possuem o mesmo som (C, V e I) e trabalhá-las por meio
de nomes próprios.
CONHECENDO OS
SONS DAS LETRAS
Depois que as crianças em período de alfabetização já são capazes de
associar as letras do alfabeto ao seu respectivo som, é realizável a combinação de
letras para a formação de sílabas e palavras.
Sobre o ensino das sílabas, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
prevê que, no 2º ano do Ensino Fundamental, os alunos já tenham desenvolvido a
habilidade de: ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV,
identificando que existem vogais em todas as sílabas.
A COMBINAÇÃO 
DOS SONS
Uma vez que as sílabas tenham sido ensinadas, o processo de leitura e
escrita de palavras se torna mais tranquilo. O professor pode começar com palavras
de duas sílabas de estrutura simples (CVCV, como casa e bote) e depois passar
para palavras de estrutura menos definida, como as palavras com sílabas que
apresentam duas consoantes ou vogal entre consoantes, por exemplo.
Uma atividade muito simples e valiosa para ser aplicada em sala de aula
nessa etapa da alfabetização é a de trocar letras para formar as palavras.
A COMBINAÇÃO 
DOS SONS
Para realizá-la, basta o professor escrever uma palavra no quadro e pedir para que
os alunos troquem uma vogal da palavra por uma vogal diferente e confiram se a palavra
formada existe no português. O ideal é começar com palavras simples, como trocar as
vogais de gato, e aumentar a dificuldade conforme a criança for desenvolvendo sua
capacidade de escrita e leitura, propondo, por exemplo, palavras extensas e troca de
sílabas. Nessa etapa, o professor precisa ter muito cuidado para não apresentar
sílabas ou palavras de complexidade além daquelas que os alunos conseguem
codificar e decodificar. Caso essa capacidade não seja respeitada, o aluno pode não ser
alfabetizado de forma efetiva, o que gera reflexos negativos em todo o processo de ensino-
aprendizagem pós-alfabetização.
A COMBINAÇÃO 
DOS SONS
Com um léxico ampliado, as crianças podem elaborar frases juntando seus
conhecimentos acerca dos fonemas, grafemas e a combinação de ambos. Uma ideia de
atividade instrutória a essa etapa é o professor falar e escrever no quadro uma palavra
e solicitar que os alunos formem frases com aquela palavra. Mais adiante, o professor
pode propor atividades que envolvam a elaboração de textos para a prática cotidiana.
Dar ideia de temas para que os alunos escrevam listas (como lista de atividades favoritas,
melhores amigos e datas comemorativas, por exemplo) e criar situações do dia a dia para
que os estudantes escrevam bilhetes são atividades de fácil aplicação que envolvem
gêneros textuais importantíssimos para a formação dos alfabetizados.
APRENDENDO A
MONTAR FRASES
Depois de um período com foco nas atividades voltadas para o campo de
experiência da vida cotidiana, é hora de iniciar a leitura e escrita de textos de
gêneros literários, fazendo com que os alunos alfabetizados pelo método fônico
tenham contato com a produção artística. A utilização de poemas e músicas infantis
representa um ótimo primeiro passo para esse contato com as artes na escola. Um
outro gênero interessante para os alunos é o teatral, que envolve a iniciação à
leitura dramática e produção de textos próximos da língua falada. Além de textos
artísticos, faz-se essencial o desenvolvimento da escrita escolar, uma vez que
ela é básica para os anos que vão à frente do período de alfabetização.
APRENDENDO A
MONTAR FRASES
Logo, propor redações com temáticas simples, como escrever como foi o dia, e
temas voltados à pesquisa, como escrever sobre a família ou sobre um tipo de animal, por
exemplo, também está envolvido com o processo de alfabetização.
A alfabetização diz muito sobre a cultura do aluno, da escola e do local em que está
localizada a instituição. Por ser uma das etapas primárias (e essenciais) no processo de
formação das crianças, cabe à escola definir, com base numa pesquisa de contexto e
realidade local, qual das metodologias de alfabetização é a mais aplicável e adequada as
características dos seus alunos. O método fônico, também chamado de método fonético, é
uma forma de alfabetização de estruturação complexa, mas de simples aplicação nos
contextos escolares brasileiros.
APRENDENDO A
MONTAR FRASES
A metodologia pode ser vista como uma estratégia para a rápida alfabetização,
ensinando, primeiramente os sons de cada letra do alfabeto. Por meio do método fônico, os
alunos aprendem a ler e escrever corretamente, ampliando suas capacidades no futuro. O
grande destaque é que os resultados, além de aparecem de forma veloz, são efetivados
mediante a realizações de tarefas lúdicas e adequadas às crianças. Com ele, o professor
possui diversas formas de ensinar, o que aumenta o respeito quanto as necessidades
especificas e dificuldade de cada estudante.
Vamos ver alguns exemplos de atividades:
APRENDENDO A
MONTAR FRASES
USANDO CARTÕES PARA 
APRESENTAR AS LETRAS 
E OS SONS
Faça, compre ou imprima um conjunto de cartões com as letras do alfabeto. Você vai
precisar de 26 cartões, um paracada letra, em caixa alta ou baixa, ou ambas. Use-os para
praticar o reconhecimento das letras e dos sons. Basta fazer uma busca rápida na internet
para encontrar vários conjuntos de cartões educativos disponíveis para impressão. Você
também pode fazer os cartões em casa. Use canetinhas e papel coloridos para deixar os
cartões mais chamativos e escreva a letra de um lado e o som correspondente do outro,
exemplo: letra B; som /B/. Lembre-se de que ambos devem ficar legíveis.
USANDO 
CARTÕES PARA 
APRESENTAR 
AS LETRAS E OS 
SONS
Embaralhe os cartões. Mostre um cartão
por vez para a criança e peça para ela
dizer o nome da letra. Em seguida, peça
para ela imitar o som correspondente à
letra. Dê um empurrãozinho no caso de
letras que produzem mais de um som,
como, por exemplo: “Isso mesmo, o ‘c’ tem
esse som na palavra 'casa'. Mas qual é o
som que ele faz em 'certo'?”.
Passe para os cartões com
combinações de letras. Depois que
seu aluno e/ou filho aprender as
letras, ele já poderá começar a
aprender pares que representam um
só som. Use um novo conjunto de
cartões com combinações comuns,
como os dígrafos /lh/, /ch/ e /nh/ e
sequências como /que/ e /gui/, que
possuem duas vogais representando
um fonema.
ASSOCIANDO 
SONS E 
FIGURAS
Identifique combinações de letras e sons. Para ajudar
a criança a associar uma letra com um determinado som,
peça para ela organizar figurinhas de acordo com o som
inicial de cada palavra. Compre ou faça um conjunto de
cartões com pelo menos uma imagem para cada letra do
alfabeto. Faça ou compre mais de um cartão para letras
mais comuns em inícios de palavras. Lembre-se de que
as imagens devem ser fáceis para a criança reconhecer.
Uma tartaruga, por exemplo, é muito melhor do que um
trombone ou um trampolim.
Escolha um conjunto de figuras para a
atividade. Comece com três consoantes com
sons bem distintos entre si, como /b/, /s/ e /t/.
Repasse os cartões com o seu aluno e/ou filho
antes de pedir para ele organizá-los de acordo
com o som inicial. Os cartões podem, por
exemplo, conter as seguintes figurinhas: uma
banana, um triângulo, um sapo, um sapato, um
sofá, um semáforo, um saci, um trem e uma
tartaruga.
ASSOCIANDO 
SONS E 
FIGURAS
Peça para a criança organizar as figurinhas de
acordo com o som com que as palavras
terminam. Depois de praticar o reconhecimento
dos sons iniciais, passe para os sons finais para
deixar o exercício um pouco mais difícil. Faça
cartões com imagens de uma casa, um bebê, um
macaco, uma banana, uma torre e um carro, por
exemplo. Faça perguntas parecidas com as dos
sons iniciais: “Qual é o último som que você
escuta na palavra 'casa'?”.
Passe para as combinações para aumentar a
dificuldade do exercício. Um pouco mais para a frente,
peça para a criança organizar os cartões de acordo com
combinações entre vogais que formem um só som, como
queijo e parque (/e/), e caqui e quintal (/i/). Em seguida,
peça para a criança identificar os dígrafos. Use palavras
como chupeta, colcha, mulher, coelho, unha e joaninha.
Mais uma vez, ajude a criança com perguntas como: “Que
som você escuta no fim da palavra 'parque'?”
Alguns exemplo das 
pronuncias dos sons 
das letras e um áudio 
com as pronuncias. 
Chegamos a conclusão nesta aula de que o professor precisa estar sempre
em busca de sua formação e atento às mudanças das políticas educacionais. E
principalmente refletir para decidir qual melhor caminho a seguir, para o sucesso
de suas crianças.
Para o quinto dia de Curso, veremos: Somos todos iguais no aprender ou
somos iguais na diferença em aprender?
CAPOVILLA, Alessandra. G. S.; CAPOVILLA, Fernando. Alfabetização: método fônico. (3a. ed.). São Paulo: Memnon, 2007.
COSENZA M Ramon; GUERRA B. Leonor. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leituras. Porto Alegre:Penso, 2012.
DEUSCHLE, Panda Fernanda; CECHELLA, Cláudio. O déficit em consciência fonológica e sua relação com a dislexia:
diagnóstico e intervenção. Rev CEFAC, v.11, Supl2, 194-200, 2009.
GUTIERREZ, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
SANTOS, Vânia M. S. S.; MORETTI, Lucia H. T. Alfabetização: há um melhor caminho para a aprendizagem? Psicologia.pt. ISSN
1646-6977, 2015. Disponível em: http://wWw.psicologia.pt/artigos/textos/A0909.pdf
SCLIAR-CABRAL, L. Evidências a favor da reciclagem neuronal para a alfabetização. Letras de Hoje, v. 45, n. 3,p. 43-47, 2010.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/fale/ojs/index.php/fale/article/view
MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramento, 2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NSW Department of Education and Training Learning and Development https://my.vanderbilt.edu/specialeducationinduction/
files/2011/09/1-Literacy-teaching-guide-phonics.pdf
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo: Cortez, 1988.
SOARES, Magda. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, 2004, n 25. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf
TENÓRIO, Sabrina Mª. P. C. P.; ÁVILLA, Clara R. B. Processamento fonológico e desempenho escolar nas séries iniciais
do ensino fundamental. Revista CEFAC, São Paulo; vol. 14, núm. 1, p. 30-38, jan-fev, 2012.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Eu gostaria de começar essa aula com uma pergunta: A maior parte dos alunos está
alfabetizada até os oito anos como se espera, ou seja até o 3º ano do ensino fundamental? O
que mais vemos são muitos alunos não totalmente alfabetizados batendo nas portas do 4º
ano e o que escutamos é uma fala generalizada de que a culpa é: ou do professor, ou do
aluno, ou da família, ou até da progressão continuada que não permitia reprovar no 1º ano.
@pedagogiaporvocacao
SOMOS TODOS IGUAIS NO 
APRENDER OU SOMOS 
IGUAIS NA DIFERENÇA EM 
APRENDER?
Foi abordado neste Curso a questão da alfabetização no Brasil, com o intuito de
mostrar quando se iniciou este processo e as mudanças nas concepções de alfabetização
ao longo da história, e que este sempre foi um processo polêmico, cercado de disputas
entre métodos, hoje a disputa maior é entre o Construtivismo e o Método Fônico.
É notório que o desenvolvimento da linguagem implica na aquisição plena do
sistema linguístico que nos possibilita a inserção no meio social, a possibilidade de
assumir a nossa identidade. Assim o simples atraso na aquisição da linguagem dificulta o
amadurecimento e a experimentação da linguagem necessária para a aquisição formal da
leitura/escrita.
O aluno com imaturidade terá dificuldade na interpretação de textos e também na
elaboração de histórias escritas, uma vez que pode levar a criança, por exemplo, a trocar,
omitir ou transpor fonemas ou grafemas. Assim a criança demoraria a adquirir a autonomia
dos processos de leitura e escrita ou podem culminar com problemas maiores. O método
Fônico parte da correspondência entre sons e letras. Neste processo, quando se utiliza de
histórias, os sons das letras são apresentados como “barulhinhos” e cada letra, ou som, é
apresentado como um barulhinho que os personagens fazem no decorrer da história. E a
letra é apresentada como o “retratinho” do som.
O método se vale dos recursos fônicos (barulhinhos das letras) e visuais (cartazes,
fantoches). Assim cada letra se equivale a um personagem ou elemento da história, cujo
nome se inicia com a letra determinada. Nos cartazes que são afixados no Mural cada letra
vem integradaao desenho de seu personagem; isto facilita a memorização do código, bem
como o acesso dos alunos para consultas, em caso de dúvidas. Ele é baseado no ensino
dinâmico do código alfabético, ou seja, das relações entre grafemas e fonemas em meio a
atividades lúdicas planejadas para levar as crianças a aprenderem a codificar a fala em
escrita, e, de volta, a decodificar a escrita no fluxo a fala e do pensamento. Ele é inteligente,
lúdico e nada mecânico.
A alfabetização se dá por meio da associação entre símbolo e som, assim o
estudante se torna capaz de decifrar milhares de palavras.
Quando paramos e pensamos nesse processo de alfabetização,
conseguimos responder a pergunta temática dessa aula: SOMOS TODOS IGUAIS
NO APRENDER OU SOMOS IGUAIS NA DIFERENÇA EM APRENDER?
Somos todos iguais perante a lei, somos todos iguais perante alguns
princípios religiosos e etc. Não quero aqui entrar na inclusão ou diversidade cultural.
O quê eu quero que vocês reflitam e sobre sua prática pedagógica, nas suas
escolhas para caminhar e/ou trilhar o processo de alfabetizar.
Os erros mais comuns em nossa prática em alfabetizar é não usar as informações
da sondagem no planejamento. Os dados do diagnóstico devem orientar as atividades, os
agrupamentos e as intervenções. Outro é não planejar atividades diferentes para alunos
alfabéticos e não alfabéticos. Os que já dominam o sistema de escrita precisam continuar
aprendendo novos conteúdos, como ortografia e pontuação. Deixar o aluno escrever sem
intervir nem fornecer informações, é outro erro; a criança só avança ao receber ajudas
desse tipo do professor. Outro é não desafiar os alunos a lerem, procurar nomes em listas,
por exemplo, é essencial para entender a lógica do sistema de escrita.
E não param os erros, outro muito comum é ler para a turma sem destacar as
características da linguagem, depois de uma primeira leitura completa, é fundamental
mostrar as expressões que ajudam a construir a forma e o significado dos textos. Também
quando se explora apenas as características de cada gênero sem produzi-lo, pois conhecer
a estrutura não garante as condições para a produção. Aprende-se a ler lendo e a escrever
escrevendo. Outro erro, quando trabalhamos com os projetos, focamos o trabalho
excessivamente no produto final; os alunos aprendem muito mais com todo o processo do
que com a chamada culminância.
Outro erro, não propor atividades com foco no sistema de escrita, é
fundamental incluir atividades permanentes que levem a pensar sobre as
relações grafofônicas. Erramos em insistir na leitura de um único gênero
textual, as crianças precisam ter contato e familiaridade com uma variedade
grande de textos para que consigam se comunicar por escrito em diferentes
situações.
Também erramos quando não aproveitamos os projetos para refletir sobre o
sistema alfabético, pois os alunos devem realizar registros e ter atividades de leitura
em diversas etapas, articulando o sistema de escrita com as práticas de linguagem.
Erramos muito quando aplicamos atividades sem ligação ou continuidade, uma
atividade deve preparar para a outra. Pode-se, por exemplo, começar lendo uma
versão tradicional de Chapeuzinho Vermelho e terminar com uma carta do Lobo a
Chapeuzinho.
Também erramos quando não temos clareza dos objetivos da sequência
didática, é fundamental ter em mente o que se quer ensinar e o que deve ser
avaliado.
Todas essa dicas que apontei como nossos erros, são para que vocês
estabeleçam metas claras em suas tomadas de decisões, estudem e se fortaleçam,
reflitam sobre as mudanças mais recentes trazidas pela BNCC e pela Política
Nacional de Alfabetização (PNA).
Respondendo a pergunta tema: SOMOS TODOS IGUAIS NO APRENDER OU
SOMOS IGUAIS NA DIFERENÇA EM APRENDER? Nós somos iguais na diferença em
aprender. Pois somos únicos, estamos em constantes evolução. Somos seres inconclusos.
Nunca estamos completamente prontos e preparados. Para nada! Sim, estamos sempre
inacabados, incompletos, inconclusos. Nunca chegamos ao ponto onde terminamos tudo o
que gostaríamos de ter feito. Nunca alcançamos o nível de excelência que julgamos
precisar.
“Na verdade, o inacabamento do ser humano ou a sua inconclusão é próprio da
experiência vital. Onde há vida, há inacabamento.” (Paulo Freire). A vantagem disso é que
sempre há espaço para melhorar. Sempre há campo para evoluir! Sempre há oportunidades
para explorar. Quando trazemos essas concepções ao meio escolar, nos debatemos com
uma difícil realidade, pois há muito medo de se abrir para o novo, para a mudança. Muitas
vezes nos sentimos seguros naquilo que fazemos e não enxergamos nossos erros, ou até
vemos mas não damos a chance das escamas caírem de nossos olhos. Então hoje, eu te
desafio a olhar para sua prática, analise se você está cometendo aqueles pequenos erros
que citei e mude.
Chegamos ao final, afirmo para vocês que o método fônico de todos
aqueles que já passamos, ele parece ser o mais indicado pois abrange nossos
estudantes com distúrbios e ele é o único que se aproxima do que a neurociências
afirma, que o processo de ensino e aprendizagem da leitura envolve questões
neuropsicológicas, numa dimensão cognitiva bastante complexa. Deste modo,
para compreendermos o funcionamento neuropsicológico diante da aprendizagem
da leitura é importante que tenhamos um conhecimento básico de como a
informação circula pelo cérebro.
Chegamos a conclusão desse Curso, assim reafirmo para vocês que além
do método, do diagnóstico e de todas as dicas que trouxe como erros que
cometemos em sala de aula, que vejam como desafios em alfabetizar! E que
vençam encarando as mudanças necessárias. Repito para vocês, somos iguais na
diferença em aprender, portanto nossas crianças também são. Olhem para elas
com amor e busquem parcerias com as famílias, com a coordenação pedagógica
e com a gestão escolar.
CAPOVILLA, Alessandra G. S.; CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização: método fônico. 4. Ed.
São Paulo: Memnon, 2007.
______. Alfabetização Fônica: construindo competencias de leitura e escrita. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
DEWEY, J. Como Pensamos. Trad. e notas de Haydée de Camargo Campos. 3ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
1959.
_____. Democracia e Educação. Trad. Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
1952.
_____. Experiência e Educação. 3ª ed. Tradução de Anísio Teixeira, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva (et al.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010. (Coleção Didática e prática de ensino). In: http://www.fae.ufmg.br/endipe/livros/Livro_1.pdf.
(Acesso dia 16/01/2013).
______. Métodos e Didáticas de Alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Belo Horizonte:
Ceale/FaE/UFMG, 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
______. Política e Educação. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FREITAS. Patricia Gomes de. Um olhar sobre o Método Fônico. Londrina: UEL, 2011. (Graduação em Pedagogia).
TEIXEIRA, A. Pequena introdução à filosofia da educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MUITO OBRIGADO!!!!
O conteúdo desse curso foi 
oferecido pelo 
Centro Educacional 
Sete de Setembro 
em parceria com a 
Professora Me Sueli Julioti

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