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A2 - Justificativa do tema TCC - FMU

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Projeto Integrador em Direito
 Prof. Dr. Irineu Barreto.
Justificativa da Escolha do Tema para o Projeto de Pesquisa 
Nome: Samara Martensen Andrade
RA: 6666737
Turma: 3108A02
JUSTIFICATIVA
Este projeto de pesquisa propõe a exposição da atuação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo como instituição essencial à função jurisdicional do Estado, onde lhe é incumbida, de forma integral e gratuita, a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, aos seus assistidos. Trata ainda, de previsão legal que objetiva assegurar aos assistidos um mínimo de direitos a serem observados pelos membros da Defensoria Pública no desempenho de suas funções institucionais. Como salienta a professora Amélia Rocha (2011, p.210), onde define a Defensoria Pública:
(...) a primeira instituição jurídica brasileira a tratar explicitamente dos direitos dos seus usuários. (ROCHA, Amélia Soares da, 2011, p.210)
A pesquisa tem por objeto principal os direitos fundamentais à defesa, à assistência jurídica gratuita e ao acesso à justiça (CF, arts. 5º, incs. LV, LXXIV), no âmbito da justiça criminal, e se propõe a demonstrar que o Estado tem assegurado ao acusado hipossuficiente a garantia de uma defesa penal substancial, e mais especificamente, através da Defensoria Pública (CF, art. 134), enquanto instrumento de garantia de efetivo exercício dos direitos fundamentais (LEP, art. 81-A e 81-B). Notadamente àqueles diretos diretamente relacionados à defesa da liberdade, que se consubstanciam e se restringem dentro dos limites do processo de execução penal.
No desenvolver deste projeto, estaremos relacionando intimamente os Direitos Fundamentais à instituição da Defensoria Pública, sendo ela própria atuando como um destes direitos. Neste sentido, Fensterseifer (2014) leciona que:
A Defensoria Pública, nesse quadrante, exerce um papel constitucional essencial na tutela e promoção dos direitos fundamentais (e humanos) de todas as dimensões (ou gerações) de titularidade das pessoas vulneráveis (ou necessitadas), pautando-se, inclusive, pela perspectiva da integralidade, indivisibilidade e interdependência de todas elas. (FENSTERSEIFER, 2014)
O objetivo geral, é a análise de como se dá o trabalho de assistência jurídica gratuita da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, durante a execução do processo criminal do sentenciado. Assistência jurídica a qual, confere ao Estado o dever de proporcionar às pessoas hipossuficientes de forma integral e gratuita a garantia de serem aparados por uma defesa dentro dos ditames constitucionais.
Sendo no contexto da atuação da Defensoria Pública, como instituição constitucionalmente destinada a promoção desse acesso gratuito à justiça de forma integral, atuando dentro do processo de execução penal, a qual enseja a garantia dos direitos fundamentais de defesa ao sentenciado. Mais uma vez, Fensterseifer (2014) ao tratar do tema, expõe:
Ao passo que a preocupação do mundo jurídico volta-se cada vez mais para a efetivação dos direitos, não se satisfazendo com a sua mera proclamação em belos textos legislativos (a exemplo da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988), conforme já nos alertou Norberto Bobbio em passagem clássica, ganha de modo crescente maior relevância as dimensões organizacional e procedimental dos direitos fundamentais ou mesmo a ideia de proteção dos direitos fundamentais por intermédio do(s) procedimento(s) (Grundrechtschutz durch Verfahren). Em alguns aspectos, não deixa de ser uma releitura do “status activus” dos direitos fundamentais, conforme a lição clássica de Georg Jellinek. O olhar dos juristas contemporâneos está focado mais do que nunca nos mecanismos necessários à transposição dos direitos proclamados nos textos legais para o “mundo da vida”. Os denominadosdireitos procedimentais (ou direitos de acesso, como referem alguns autores) cumprem justamente tal função, operando no sentido da efetivação dos direitos ditos “materiais”. Mas, de tão importantes que são para o exercício dos direitos materiais, ou seja, para lhes conferir efetividade, os direitos procedimentais também alcançam status jusfundamental. Esse é o caso do direito fundamental à assistência jurídica (ou mesmo do acesso à justiça em termos gerais). (FENSTERSEIFER, 2014)
Concomitantemente, a presente pesquisa, analisa o papel da Defensoria Pública na prestação de assistência ao sentenciado durante todo o período da aplicação da pena, ou seja, desempenhando o papel na prestação de assistência ao preso, discorrendo da sua extrema importância não só no momento propriamente dito da aplicação da pena, bem como na sua manutenção, dentro do âmbito da execução penal. 
Estudaremos dando ênfase ao acompanhamento e atuação da Defensoria Pública durante o processo do cumprimento da pena, tal que, enseja pela regular execução da medida punitiva ou da medida de segurança, oficiado no processo de execução e nos incidentes da execução. Cabendo a Defensoria Pública garantir aos seus assistidos o exercício de todos os seus direitos, tornando digna a execução do processo penal que desempenha um papel de medida punitiva e restritiva de direitos ante a pratica de ato ilícito, sem deixar de respeitar os direitos fundamentais que abrangem aos praticantes de tais atos. 
O presente projeto de pesquisa, teve início no período da realização do estágio curricular obrigatório, realizado na Defensoria Pública do Estado de São Paulo, na unidade de execuções criminais. O interesse pelas questões que permeiam o trabalho da Defensoria Pública, no campo das execuções criminais, se deu em face da postura de seus servidores no zelo quando dispõe de seu exercício funcional, mesmo sendo este de caráter obrigatório, onde vem a garantir uma defesa técnica de qualidade aos seus assistidos com primazia e dedicação.
Com relação à metodologia de desenvolvimento desta pesquisa é de natureza qualitativa, tendo como recursos a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo realizada por meio de entrevista semiestruturada junto aos defensores que trabalham nesse espaço. Os resultados da pesquisa evidenciam a realidade da Defensoria Pública do Estado de São Paulo neste espaço sócio-ocupacional, esclarecendo as demandas, instrumentais e as condições éticas e técnicas dos profissionais atuantes na instituição.
Referências
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 abril. 2021.
BRASIL. Lei 7.210/84 (Lei de execução penal). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 19 abril. 2021.
FENSTERSEIFER, Tiago. Defensoria Pública na Constituição Federal. Forense, 2017.
ROCHA, Amélia Soares da. Os direitos dos assistidos e a imprescindibilidade da democratização (interna e externa) da instituição. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

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