Prévia do material em texto
Atividade 2 – Áreas encefálicas relacionadas com a memória e histologia do sistema nervoso periférico Memória é a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações. Componentes do sistema límbico relacionados com memória Hipocampo Consolidação de memórias de curta e longa duração. Mas esse tipo de memória não armazenadas no hipocampo, pois permanecem intactas após remoção cirúrgica. Memória espacial ou topográfica. O hipocampo, através do córtex entorrinal, recebe aferências de grande número de áreas neocorticais e através do fórnice projeta-se aos corpos mamilares do hipotálamo. Recebe também fibras da amígdala, que reforçam a memória de eventos associados a situações emocionais. Além disso, o hipocampo recebe fibras das áreas tegmental ventral (apresenta neurônios dopaminérgicos) e núcleo accumbens (parte da via de recompensa), as quais estão relacionadas com memórias associadas a eventos de prazer. Estruturas: fimbrias, alveus (estrutura microscópica, vista em corte coronal do hipocampo) e pé Giro denteado Dimensão temporal da memória. Ex.: ao lembrarmos de nossa festa de casamento ele informa a data e se ela foi antes ou depois da nossa festa de formatura. Córtex entorrinal Ocupa parte anterior do giro parahipocampal medialmente ao sulco rinal. Corresponde a área 28 de Brodmann. Portão de entrada para o hipocampo, recebendo as diversas conexões que a ele chegam através do giro denteado, incluindo as conexões que recebe da amígdala e da área septal. Lesão no córtex entorrinal resulta em grande déficit de memória. É a primeira área cerebral comprometida na doença de Alzheimer. Conexões do córtex entorrinal: Fórnix corte entorrianl giro denteado hipocampo Córtex parahipocampal Ocupa a parte posterior do giro parahipocampal É ativado pela visão de cenários novos, especialmente os mais complexos, como uma rua ou uma paisagem. Pacientes com lesão do giro parahipocampal são incapazes de memorizar cenários novos, embora consigam evocar cenários já conhecidos neles e navegar. Isto mostra que, como ocorre no hipocampo, a memória destes cenários não é armazenada no córtex parahipocampal, mas em outras áreas muito provavelmente no isocórtex, pois ela permanece depois dele ser lesado. Córtex cingular posterior Memória topográfica capacidade de se orientar no espaço e memorizar caminhos e cenários novos, bem como evocar os já conhecidos. Área pré-frontal dorsolateral Processamento da memória operacional. Corpo mamilar Regular os reflexos alimentar, a deglutição e o desejo por algum alimento Núcleos anteriores do tálamo Sistema límbico Áreas de associação do neocórtex Áreas secundárias sensitivas e motoras e áreas supramodais Armazenamento das memórias de longa duração, cuja consolidação depende da atividade do hipocampo. Amnésia Anterógrada Lesão no hipocampo Pacientes tornam-se incapazes de lembrarem de memorizar eventos ou informações após trauma ou cirurgia. Retrógrada Lesão de áreas corticais Pacientes perdem memória para fatos pouco antes do trauma Doença de Alzheimer Doenças degenerativa que acomete pessoas idosas; Há perda gradual da memória operacional e de curta duração; Evolui gradativamente para comprometimento da memória de longa duração. Áreas corticais relacionadas à linguagem Linguagem é a capacidade de reconhecer e interpretar as palavras faladas ou escritas e expressar ideias através da dala ou da escrita. Área de Broca Está relacionada com a expressão da linguagem. Situa-se nas partes opercular e triangular do giro frontal inferior, correspondendo à área 44 e parte da área 45 de Brodmann. Ela é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. Área de Wernick Está relacionada com basicamente com a percepção da linguagem. Corresponde às áreas 39, 40 e 22 de Brodmann. Afasia Distúrbio da linguagem falada (de expressão ou de compreensão) DE EXPRESSÃO (OU DE BROCA) Ausência de déficit motor, incapaz de falar ou apresenta uma fala não-fluente. DE COMPREENSÃO (OU DE WERNICK) Incapacidade de compreender o que é dito, mas a dala espontânea é fluente. Histologia do SNP Gânglios Corpos celulares de neurônios Células da glia periféricas (células satélites) Tecido conjuntivo Axônios LÂMINA DE GÂNGLIO LÂMINA DE ÍLEO Gânglios mioentéricos ou de Auerbach · Os plexos de Auerbach e Meissner recebem axônios pré-ganglionares dos neurônios parassimpáticos e axônios pós-ganglionares dos neurônios simpáticos. · O sistema nervos intrínseco ou entérico permite que o tubo digestório responda a estímulos locais e a sinais provenientes dos nervos extrínsecos do SNA · As redes extrínseca e intrínseca (entérica) integradas regulam e controlam as seguintes funções: · Contrações peristálticas da camada muscular e movimentos da musculatura mucosa · Atividades secretoras das glândulas da mucosa e submucosa · O estímulo das fibras nervosas parassimpáticas pré-ganglionares (terminações colinérgicas) da muscular causa um aumento da motilidade, assim como da atividade secretora glandular. O estímulo das fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares (terminações adrenérgicas) nas células musculares lisas causa redução da motilidade. Nervos Feixes de axônios associados a envoltórios de tecido conjuntivo Contém: · Axônios · Células de Schwann (mielina) · Fibroblastos – tecido conjuntivo · Vasos sanguíneos · Células de Schawann · Nós de Ranvier promove o impulso saltatório – onde não tem bainha de mielina LÂMINA DE NERVO MIELINA Membrana plasmática com alto teor lipídico · Redução da capacitância elétrica · Isolamento A mielina consiste em uma camada espiral de áreas justapostas da membrana plasmática (unidas por proteínas de adesão celular) O pequeno espaço entre cada internodo de mielina é caracterizado como nó de Ranvier, e tem função fisiológica importante em aumentar a eficiência da condução nervosa Axônios mais espesso que nas regiões intermodais – maioria dos canais de Na+ voltagem dependente. A despolarização de uma fibra nervosa mielínica é muito mais eficiente em termos metabólicos que uma fibra nervosa amielínica devido à entrada restrita de íons Na+ em pequenas áreas, em vez de sê-lo ao longo de toda a superfície axonal, o que reduz a demanda de energia para bombear os íons novamente para fora. LÂMINA DA LÍNGUA Membranas conjuntivas dos nervos sustentação Endoneuro · Tecido conjuntivo frouxo, fibroblastos esparsos, fibras de colágeno orientadas longitudinalmente e glicosaminoglicanos · Envolve axônios e células de Schwann individualmente assim como vasos sanguíneos Perineuro · Tecido conjuntivo frouxo · Envolve grupos de axônios (incluindo endoneuro) para formar feixes (fascículos) · Formado por 7 a 8 camadas concêntricas de células neuroepiteliais achatadas, separadas por fibras de colágeno. Estas células são mantidas unidas em cada camada por complexos juncionais (oclusão) e lâmina externa, formando a barreira hematonervosa Epineuro · Tecido conjuntivo denso não modelado que mantém os fascículos nervosos individuais agregados em um tronco nervoso · Pode ter tecido adiposo, artéria muscular principal que supre o tronco nervoso. Processo de reparação das fibras nervosas no SNC e SNP Os axônios dos neurônios podem se regenerar após lesão se o corpo celular continuar vivo. Após a secção de um nervo responsável pelo suprimento de um músculo, os axônios e a mielina da área distalmente à lesão degeneram-se e são removidos por células de Schwann e macrófagos que migram para o nervo. Isto é chamado de degeneração walleriana. O corpo celular do neurônio acumula grandes quantidades de neurofilamentos, e os corpúsculos de Nissl e o núcleo migram para a periferia do corpo celular, de modo que este se apresente pálido e tumefeito, com núcleo excêntrico (cromatólise). As células de Schwann proliferam e formam colunas longitudinais de células na porção distal do nervo lesado. Na extremidade proximal, os axônios lesados voltam a crescer através daformação de brotamentos; estes brotamentos crescem ao longo das colunas de células de Schwann aproximadamente 1,5mm/dia. Finalmente, uma fibra nervosa pode se conectar novamente a uma fibra muscular, torna-se remielinizada, e restabelece a inervação. Consequentemente, o corpo celular volta a assumir o aspecto normal.