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Estudo dirigido sociedade e comportamentos grupais

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Estudo dirigido para avaliação regimental de Sociedade e Comportamentos Grupais
1. Explique o conceito de Identidade
É dado como uma concepção insatisfatória porque ela capta o aspecto representacional da noção de
identidade enquanto produto, porém deixa de lado seus aspectos constitutivos, de produção e as
implicações recíprocas destes dois aspectos. Porém, a identidade pode ser entendida como um processo de
produção, de modo que a identidade possa ser vista como o próprio processo de identificação.
↪ A individualidade dada já pressupõe um processo anterior de representação que faz parte da
constituição do indivíduo representado.➝ bebê que vai nascer já é representado como filho de alguém e
essa representação prévia o constitui efetivamente como filho. Assim, essa representação é introjetada
pelo indivíduo que nasce, passando a fazer parte da sua objetividade social como filho daquela família. Mas
a representação prévia não basta, as relações das pessoas para com esse filho devem confirmar essa
representação (comportamentos que reforçam sua conduta como filho e assim por diante). Assim, a
identidade do filho é ao mesmo tempo determinante (é visto como filho porque é filho) e consequência (é
filho porque é visto como filho). -> Isso evidencia uma complexidade da identidade, que significa que ela é
pressuposta (gravidez -> filho) e reposta (nasceu➝ filho).
● É uma biografia (história de vida) que aparece numa narrativa, em que o sujeito é ao mesmo tempo
autor e personagem da história.
● É consequência das relações que se dão, e também das condições dessa relação.
↪ Ex: Só se os pais se comportarem como pais é que se caracterizará uma relação
paterno-filial.
● É nesse sentido que Ciampa propõe que a identidade é reposta a cada momento (o conhecimento
de si é dado pelo reconhecimento recíproco dos indivíduos).
● A identidade é igualdade-diferença, pois há aspectos que nos igualam e nos diferenciam dos outros.
● A 1a noção de identidade se dá na família: (nome=diferenciação e sobrenome = igualdade;
● A identidade de uma personagem constitui a de outra ex: pai-filho; professor-aluno, etc.
● Sucessivamente vamos nos diferenciando e nos igualando conforme os vários grupos sociais que
fazemos parte.
● Possuímos várias identidades que são utilizadas separadamente, em momentos diferentes.
↪ Ex: Maria é aluna e professora ao mesmo tempo, desempenhando esses papéis em
momentos distintos.
● Não é algo pronto, acabado e atemporal, mas algo que está em contínuo processo (...).
● Identidade é movimento, é desenvolvimento concreto. Identidade é metamorfose”. (1984, p. 74)
● A “mesmice” decorre da re-posição da identidade que é pressuposta como dada permanentemente
e não como re- posição de uma identidade que um dia foi posta.
● O que pode dar uma aparência de não metamorfose, comumente observado quando olhamos para
uma pessoa depois de algum tempo e dizemos para nós mesmos: fulano não mudou nada, continua
o mesmo!
2. Explique o conceito de Consciência
"Os organismos vivos são sistemas abertos, pois trocam tanto energia como matéria com seu meio
ambiente e, ao fazerem isso, transformam ambos”. (Lehninger)
• A estruturação de um organismo vivo através da transformação de energia da matéria inanimada se dá
necessariamente por uma relação entre ambos que se define com base na reciprocidade (dupla relação)
que envolve a transformação da natureza à imagem e semelhança do organismo e a transformação do
organismo à imagem e semelhança da natureza que o abriga.
↪ Ex: Quando o rato come um queijo, “ratifica o queijo”, ao tornar o queijo parte de si mesmo. Ao
mesmo tempo, o rato se “queijifica”, ao incorporar o queijo (transformado, do sentido biológico do termo,
sua saliva, seu estômago e intestino se estruturam a partir do alimento que devem digerir, e também no
sentido psicológico, sua percepção, faro, olhos e ouvidos aprendem; graças ao queijo a distingui-lo do
não-queijo, na natureza).
A sobrevivência de um organismo depende em última instância da capacidade física, biológica e psicológica
de transformar o meio à sua imagem e semelhança e, portanto, de autotransformar-se à imagem e
semelhança do meio.
OCORRE NO HOMEM O MESMO FENÔMENO QUE OCORRE COM OS ANIMAIS?
• Sim, porque o Homem (biologicamente) também tem sua história natural, também se torna aquilo do
qual se alimenta.
• Não, porque acopla-se a esta já complexa relação, a natureza essencialmente social do Homem.
O Homem produz sua própria existência, portanto produz a si mesmo, para tanto se relaciona com os
outros, portanto produz e é produzido pelo outro.
Portanto, a dupla relação apontada atrás entre organismo e meio se dá mediada pela dupla relação consigo
mesmo.
O homem produz história e pode ter consciência de sua história!
A consciência é o ato reflexivo de afastar-se das coisas para dedicar-se ao significado que as coisas possuem
para si e para além de si, significado este, que vem repleto de influência sócio-histórica.
Oposto de consciência é a Alienação!
A consciência social oferece condições de pensar sobre a atuação dos indivíduos na sociedade, permitindo
que estes se apropriem de seu papel de transformadores ativos (protagonistas) e não apenas reprodutores
passivos e conformados com o status social.
3. Explique o conceito de Linguagem
• "A linguagem é aquilo através do que se generaliza a experiência da prática sócio-histórica da
humanidade" (Leontiev, op. cit., p. 172).
• O trabalho cooperativo, planejado, que submete a natureza ao homem, só foi possível através do
desenvolvimento da linguagem pelos grupos sociais humanos.
• É impossível separarmos agir — pensar — falar, e sempre que isto é feito, seja teoricamente, seja em
termos de valores, ocorre uma alienação da realidade:
“ agir sem pensar é ser um autômato; falar sem pensar é ser como um papagaio; falar sem agir... de boas
intenções o inferno está cheio.”
• A linguagem é produzida socialmente, pela atribuição de significados às palavras.
• O dicionário objetiva as palavras com as suas significações, porém elas nada mais têm a ver com os
objetos materiais a que se referem.
"O alimento é, sem dúvida, um objeto material; no entanto, o significado da palavra alimento não contém
um grama de substância alimentícia".
É nesta distinção entre palavra e objeto, a que se refere, que podemos detectar como a linguagem muitas
vezes se torna uma arma de dominação.
A palavra se torna poderosa quando alguma "autoridade" social impõe um significado único e
inquestionável, que determina uma ação automática.
A contra-arma do poder da palavra se encontra na própria natureza do significado: é ampliá-lo, é
questioná-lo, é pensar sobre ele e não, simplesmente, agir em resposta a uma palavra.
Entre a palavra e a ação deverá sempre existir o pensamento para não sermos dominados por aqueles que
detêm o poder da palavra.
A insubordinação é negação da própria instituição: portanto nenhuma ordem pode ser questionada e,
neste sentido, as palavras têm só um significado possível, para que a ação ocorra automaticamente ao som
do comando, isto é, o soldado não pode, nem deve pensar, pois seus superiores pensam por ele.
Lavagem cerebral, o processo que ocorre é o de eliminar significados existentes, atribuindo-se às palavras
novos significados;
Os grupos humanos constroem formas partilhadas, códigos pelos quais seus vários membros possam
transmitir as informações uns aos outros.
As línguas atestam isto, sendo que, mesmo entre aqueles que falam uma língua única, há diferenças
significativas segundo as tradições do grupo ao qual pertencem.
A linguagem exerce a mediação entre nós e o mundo, na medida em que ela permite a elaboração de
representações sociais.
Ou seja, é através delas que descrevemos, explicamos e acreditamos na nossa realidade e o fazemos de
acordo com o nosso grupo social.
4. Explique o conceito de ideologia de acordo com a visão funcionalista e marxista.
O conceito de ideologia está relacionado a um conjunto de crenças políticas,econômicas e sociais.
Um “conjunto de ideias”, ou seja, uma ideologia nada mais é do que as ideias sustentadas por um grupo de
pessoas, ou apenas por uma pessoa que tem certa visão sobre determinado assunto.
“A concepção funcionalista entende ideologia como um conjunto coerente de ideias e valores que orienta e
dirige uma determinada sociedade e, portanto, que cumpre uma função normativa a respeito da ação dos
membros dessa sociedade”.
“A concepção marxista entende a ideologia como uma falsa consciência em que se apresenta uma imagem
que não corresponde à realidade, a qual a encobre e justifica a partir dos interesses da classe social
dominante”.
5. Como Martin-Baró explica a ideologia sob a perspectiva da objetividade social e subjetividade individual?
A ideologia, a partir de suas funções, efetiva as forças sociais que “se convertem em formas concretas de
viver, pensar e sentir das pessoas, quer dizer, a objetividade social se converte em subjetividade individual”
Martín-Baró (2012:18).
A ação humana “é por natureza ideológica, já que está intrinsecamente configurada pelas forças sociais
operantes em uma história determinada” (2012:24), quer dizer, “determinada por fatores sociais vinculados
aos interesses de classe dos diversos grupos” (2012:48). Assim, o indivíduo atua sempre em meio à
ideologia, mas suas origens últimas sempre estão nas estruturas grupais e sociais que os indivíduos fazem
parte.
“A ideologia, entendida como o conjunto de esquemas pessoais que traduzem a nível individual os
interesses de uma classe social, faz ver e analisar as situações de determinadas maneiras e orienta a
determinados comportamentos” (Martín-Baró, 2012:354).
*NÃO SEI SE FAZ PARTE DESSA PERSPECTIVA, MAS ESTAVA JUNTO NO MATERIAL
6. O que são representações sociais
As representações sociais são elementos simbólicos que as pessoas expressam mediante o uso de palavras
e de gestos.
Pelo uso de palavras os indivíduos explicitam o que pensam, como percebem esta ou aquela situação, que
opinião formulam acerca de determinado fato ou objeto, que expectativas desenvolvem a respeito disto ou
daquilo... e assim por diante.
Essas mensagens, mediadas pela linguagem, são construídas socialmente e estão, necessariamente,
ancoradas no âmbito da situação real e concreta dos indivíduos que as emitem.
7. O que é mente coletiva (Le Bom/ Freud)
8. Quais as três características que a participação em grupo confere aos indivíduos de acordo com Le Bom/
Freud? Explique-as.
9. Quais as características da atuação em mente coletiva (LE Bom/ Freud)?
10. O que é Psico-Higiene? (Bleger).
A saída dos consultórios não é apenas uma variação do trabalho psicológico, é uma necessidade social.
O psicólogo pode e deve desenvolver um trabalho socialmente mais abrangente. (grupos, comunidades,
instituições)
Psico-higiene deve se desenvolver junto à população, proporcionando condições para a vida e a saúde em
nível dos grupos básicos de interação: família, escola, trabalho, atividades comunitárias.
Define-se como um trabalho psicológico, nas situações comuns da vida das pessoas, em torno das tarefas
diárias e ordinárias, promovendo o bem-estar.
• O grupo é a resultante da possibilidade de se vincular (sincretismo) e de se relacionar (sociabilidade
organizada).
• O individuo é o grupo e o grupo é o indivíduo (fenômeno contínuo – personalidade do individuo e do
grupo)
• As instituições/ organizações são depositárias da sociabilidade sincrética – tendência à burocracia e
resistência à mudança.
• O psicólogo deve ocupar-se da relação interpessoal e do desenvolvimento da personalidade em torno
dessas tarefas e visar ao bem-estar.
• Trabalhará com preconceitos, hábitos e atitudes em diversos momentos.
• Atitude Clínica – presença e identificação com pessoas e acontecimentos com certo grau de
distanciamento para não gerar envolvimento;
• Esclarecimento da função profissional do psicólogo como consultor ou assessor. (tempo, dinheiro,
resultados, etc);
• Esclarecimento dos limites e caráter de suas tarefas em todos os grupos em que for atuar;
• Esclarecimento sobre a informação de resultados;
• O que diz respeito a determinado grupo será tratado apenas com ele;
• Limitar contatos extraprofissionais (manejo de informações);
• Não tomar partido nos grupos;
• Não participar do organograma, nem influenciar decisões técnicas ou administrativas;
• Não criar dependência e sim fomentar a independência;
• Postura investigativa – lidar com a onipotência;
• Sucesso do trabalho: independência nas relações e explicitação dos conflitos;
• Promover insights (e não formação);
• Manejar as resistências e compreendê-las como agentes de transformação.
11. Explique o conceito e as características de Burocracia para La Passade.
• É uma prática repetitiva, referida a uma certa lei, a um conjunto de regras, que aliena os sujeitos nela
envolvidos.
• É uma forma determinada de estruturação das relações de poder.
• Implica em uma alienação das pessoas em seus papéis.
• As decisões são sempre tomadas em instâncias superiores e as comunicações ocorrem de um modo geral
num sentido apenas: de cima para baixo.
• A partir da burocracia desenvolve-se o conformismo.
• A burocracia supõe, portanto, continuamente uma resistência à mudança.
12. Explique as cinco etapas do Ciclo de Ativdade Vivencial (CAV).
1 – Vivência (O Fazer)
O primeiro estágio da aprendizagem vivencial é ligado a aplicação e participação da dinâmica. Obviamente,
se o processo pára após este estágio, todo o aprendizado é relegado ao acaso e o trabalho do facilitador
fica incompleto. Quase toda atividade que implica em auto- avaliação e interação interpessoal pode ser
usada como estágio de vivência da Aprendizagem Vivencial. A relação abaixo se refere às atividades
individuais e grupais mais comuns:
• fabricação de produtos; • criação de objetos de arte; • elaboração de piadas e anedotas;
• dramatização; • interações; • solução de problemas; • feedback; • auto-exposição;
• fantasia; • escolha; • comunicação não-verbal; • redação; • análise de estudos de casos;
• negociação; • planejamento; • competição; • confrontação.
Estas atividades podem ser levadas a efeito por indivíduos em tríades, duplas, pequenos grupos, arranjos
de grupos ou grandes grupos.
Os objetivos das atividades estruturadas são gerais e colocados em termos de “explorar”, “examinar”,
“estudar”, “identificar”, “vivenciar”, “analisar” etc.
A aprendizagem indutiva significa aprendizagem através da descoberta, onde o que exatamente será
aprendido não pode ser especificado de antemão.
Tudo o que se quer neste estágio do ciclo de aprendizagem, é desenvolver uma base comum de dados para
a discussão que se fará em seguida.
Algumas vezes, o facilitador despende uma quantidade enorme de energia, planejando as atividades, sem,
contudo, planejar a fase de análise.
Os próximos quatro estágios do Ciclo de Aprendizagem Vivencial são essenciais para que a aplicação da
dinâmica tenha sentido.
Durante a vivência pode ocorrer bastante excitação e divertimento, bem como conflitos nas interações
humanas. Mas, estes fatores não são sinônimos de aprendizagem. Eles, apenas, fornecem um referencial
comum para a investigação.
Principais perguntas a serem realizadas aos participantes:
• Qual o objetivo desta dinâmica???
2 - Relato
As pessoas, após vivenciarem uma atividade, estão prontas para compartilhar o que viram e/ou como se
sentiram, durante o evento. A intenção, aqui, é tornar disponível, para o grupo, a experiência de cada
indivíduo.
Este estágio envolve a descoberta do que aconteceu entre os indivíduos, tanto a nível cognitivo quanto
afetivo, enquanto a atividade estava se desenvolvendo.
O relato pode ser facilitado através de:
• registro de dados referentes à produtividade do grupo, satisfação, confiança, liderança, comunicação,
decisões, sentimentos etc.;
• registro de rápidas associações de idéias, abrangendo os vários tópicos relacionados à atividade;
• relatosnos subgrupos;
• listas afixadas no quadro ou cavalete, contendo dados do grupo;
• giro pelos grupos, com a realização de mini-entrevistas com os participantes, para que relatem suas
dificuldades e facilidades;
• análise do desempenho do grupo quando da representação de papéis (de coordenador, moderador,
redator/relator etc.).
A fase do relato pode desenvolver-se através de discussões livres, mas isto exige que o facilitador esteja
cônscio das diferenças dos diversos estágios do ciclo e intervenha nas horas certas, fazendo com que o
grupo abstraia-se da atividade e dos papéis, para que haja a aprendizagem.
Principais perguntas a serem realizadas aos participantes:
• Qual o seu sentimento em relação ao seu resultado??? (sempre é individual, nunca coletivo)
• Qual estratégia você utilizou???
3 - Processamento
É a fase do ciclo conhecida como dinâmica de grupo, na qual os participantes reconstroem os padrões de
comportamento, as interações da atividade, a partir de relatos individuais.
Esta discussão em profundidade é a parte crítica do ciclo e não pode ser ignorada. O facilitador planeja,
cuidadosamente, esta fase e, nela, pode utilizar:
• roteiro de observação do processo;
• discussão temática de tópicos decorrentes dos relatórios individuais;
• complementação de sentenças, tais como: “a liderança foi...”, “a participação nesta atividade levou a...”
etc;
• questionários estruturados, relacionados com o tema;
• palavras-chave afixadas em local visível, que possam orientar as discussões;
• feedback interpessoal, relativo ao desempenho dos membros do grupo
Nesta fase os participantes são levados a observar o que aconteceu em termos de dinâmica. O facilitador
deve clarear para o grupo que o que se passou foi artificialmente planejado pela estrutura da atividade.
Aqui, os participantes, geralmente, tendem a antecipar o próximo estágio do ciclo e fazem generalizações
prematuras. O facilitador precisa certificar-se de que o processamento foi adequado antes de prosseguir
para os estágios seguintes.
Principais perguntas a serem realizadas aos participantes:
• Tentar explicar o que aconteceu???
• Porque do sucesso/ Porque do fracasso???
• Se vc tivesse uma outra chance o que vc mudaria???
4 - Generalizações
No estágio da generalização, os participantes inferem princípios que podem ser aplicados em sua realidade,
a partir da atividade. Este estágio pode ser aprofundado a partir de algumas estratégias:
• Fantasia
Levar os participantes a imaginarem situações realísticas do dia-a-dia e a aplicação de alguns conceitos
extraídos da atividade.
Ex.: “Há semelhanças entre o trabalho desenvolvido aqui e os trabalhos desenvolvidos nas empresas...”
• Análise individual
Questionar os participantes sobre as habilidades que adquiriram ou aprenderam, com a atividade.
• Palavras-chave
Afixar tópicos que sirvam de subsídios para generalizações.
Ex.: “liderança, comunicação, sentimentos...”
• Complementação de sentenças
Completar frases, tais como: “a eficiência de um trabalho de grupo depende de...”
É importante que, nesta fase, as generalizações sejam debatidas e apresentadas ao grupo, de forma oral e
visual. Esta estratégia ajuda afacilitar a aprendizagem.
O facilitador precisa manter uma postura não avaliativa em relação ao que é aprendido, buscando do
próprio grupo o complemento de idéias e generalizações incompletas.
No estágio de generalizações é facultado ao facilitador introduzir conclusões teóricas e resultados de
pesquisas, para enriquecer o aprendizado.
Principais perguntas a serem realizadas aos participantes:
• Como estas situações acontecem na vida real / empresa / na sociedade???
5 - Aplicação
O estágio de aplicação é o propósito para o qual todo o processo é planejado. É o momento em que os
participantes transferem as generalizações para a situação real, na qual estão envolvidos, e planejam
comportamentos mais eficazes.
Vários procedimentos podem ser adotados neste estágio:
Consultoria em tríades (os participantes alternam-se e ajudam uns aos outros, levantando
problemas do dia-a-dia e aplicando generalizações).
Estabelecimento de objetivos (plano de melhoria, baseado nos problemas do dia-a-dia, a partir de
generalizações da tarefa).
Contratação (assumir perante o grupo compromissos explícitos no que concerne a aplicações).
Formação de subgrupos de interesses comuns para discutir generalizações concretas, em termos do
que pode ser aproveitado mais efetivamente.
Sessão de prática (dramatizar situações do dia-a-dia, para ensaiar novas formas de comportamento).
Os indivíduos estão mais propensos a implementar suas aplicações planejadas, quando as compartilham
com outros. Voluntários podem ser solicitados a relatar o que pretendem fazer com o que aprenderam e,
isto, pode encorajar outros a experimentar novos comportamentos. Existem outras maneiras de aprender.
Por exemplo, habilidades são mais bem aprendidas através da prática que se aproxima de um modelo ideal,
do conhecimento dos resultados e do esforço positivo. As atividades estruturadas não proporcionam, de
imediato, desenvolvimento de perspectivas abrangentes. Métodos de preleção são, provavelmente, mais
adequados para este propósito. Entretanto, o que a Aprendizagem Vivencial pode conseguir é que as
pessoas assumam o que aprenderam.
Principais perguntas a serem realizadas aos participantes:
• O que de bom ficou desta discurssão???
• De que forma podemos aplicar esta atividade no nosso dia a dia??? (sempre focar no positivo)
• Listar os novos comportamentos em relação ao tempo (a partir de hj para os próximos quinze dias, mês,
trimestre, semestre, etc)
TRÊS NÍVEIS DA REALIDADE SOCIAL | LAPASSADE
Grupos – base da vida cotidiano.
O nível grupal corresponde ao escritório, à família, à classe na Escola, cujo objetivo é a manutenção da
produção, da ordem, do aprendizado;
Organizações: A organização é o equipamento considerado em suas condições materiais, espaciais.
• Estabelecimento de ensino; • Uma fábrica, • Um clube, • ONGs
O nível organizacional se constitui de normas, regras, burocracia;
• É uma prática repetitiva, referida a uma certa lei, a um conjunto de regras, que aliena os sujeitos nela
envolvidos.
• É uma forma determinada de estruturação das relações de poder.
• Implica em uma alienação das pessoas em seus papéis.
• As decisões são sempre tomadas em instâncias superiores e as comunicações ocorrem de um modo geral
num sentido apenas: de cima para baixo.
• A partir da burocracia desenvolve-se o conformismo.
• A burocracia supõe, portanto, continuamente uma resistência à mudança.
Instituição: O conceito de instituição implica em dois conceitos: instituído e instituinte.
• Instituído é o que está estabelecido, tem um caráter de fixidez.
• Instituinte é o que aponta para a mudança, para o novo, para a criação.
O nível institucional concerne ao conjunto do que está instituído, é não-localizável, são as formas universais
de relações sociais, como a “loucura” no Hospital Psiquiátrico, a “aprendizagem” na Escola, e o Estado,
instituição primeira, que representa lei e repressão, e atravessa todos os níveis.
Lapassade visa arrebentar a burocracia organizacional, favorecer a explicitação do implícito, ou seja, da
dimensão institucional latente nas ações manifestas cotidianas.

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