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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA – CCNT CURSO DE ENGENGARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ATIVIDADE FINAL DA DISCIPLINA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS PROJETO PARA INSTALAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BÉLEM ANTÔNIO GAMA PAIVA, ISABELLE BRASIL FÉLIX, TALYSON LIMA QUEIROZ, YURI DAS NEVES GUIMARÃES E WASHINGTON ALEKSANDER SAVARIS DOS SANTOS BELÉM-PA, 08 DE SETEMBRO DE 2021 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 1.2 PROBLEMA ...................................................................................................... 3 1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 3 1.4 HIPÓTESE ........................................................................................................ 3 2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 3 3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 4 3.1 TIPOS DE ATERROS ....................................................................................... 4 3.2 ASPECTOS GERAIS DE ATERROS SANITÁRIOS .......................................... 5 3.3 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO .................................................................. 6 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................ 7 5 RECURSOS .......................................................................................................... 12 5.1 RECURSOS HUMANOS ................................................................................ 12 5.2 TAXAS AMBIENTAIS E CUSTOS MATERIAIS .............................................. 12 Tabela 1 - Custos com a implantação do aterro sanitário. ....................................... 13 5.2 CUSTOS OPERACIONAIS ............................................................................. 13 Tabela 2 - Custos referentes à operação do aterro sanitário ................................... 13 5.3 CUSTOS DE MATERIAIS DE CONSUMO...................................................... 14 Tabela 3 - Equipamentos de proteção individual (EPIs) para o encarregado. .......... 14 5.4 CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO PROJETO ................................................. 14 Tabela 4 - Custos dos serviços para a execução do projeto. ................................... 14 7 CRONOGRAMA ................................................................................................... 15 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16 3 1 INTRODUÇÃO O aterro sanitário caracteriza-se como uma instalação de tratamento cujo intuito é transformar o resíduo sólido urbano em um resíduo que não cause danos ao meio ambiente. Entretanto, os mesmos representam, comumente, um problema ambiental em virtude da sua proximidade aos centros urbanos (GRAUPMANN et al., 2019). Quanto aos riscos de poluição, os mesmos estão, principalmente, ligados aos impactos dos aterros de resíduos sólidos tanto industriais quanto urbanos. Nesse sentido, dentre os vários impactos negativos ocasionados por eles ao meio ambiente, também é de suma importância citar que estes efeitos atingem a população por meio da contaminação dos corpos hídricos e dos lençóis freáticos, de maneira, direta e/ou indiretamente, bem como por contaminantes orgânicos, toxidade de metais pesados etc (PASTOR; HERNANDEZ, 2012). Dessa forma, torna-se imprescindível a instalação de aterros sanitários sobre tudo em locais com grande produção de resíduos sólidos como a região metropolitana de Belém a fim de evitar graves problemas ambientais e de saúde pública. 1.2 PROBLEMA Um dos principais obstáculos para a construção de um aterro sanitário é a escolha do local, logo, o primeiro questionamento levantado é: a área é apropriada para a instalação de um aterro sanitário? 1.3 JUSTIFICATIVA Para atender a população da região metropolitana de Belém, faz-se necessário a construção de um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, a fim de reduzir os impactos ambientais negativos, bem como atender a carência de disposição final dos resíduos, auxiliar na redução de proliferação e transmissão de doenças e colaborar com a manutenção da estabilidade do ecossistema local. 1.4 HIPÓTESE O trabalho possui o intuito de afirmar se o aterro sanitário tem potencial de construção na área escolhida. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Realizar estudo de área para implementação de um aterro sanitário na região metropolitana de Belém. 4 2.2 Específicos - Apresentar a viabilidade de construção do aterro sanitário no local selecionado para instalação. - Quantificar os recursos materiais. - Expor os mapas projetados para o aterro sanitário. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 TIPOS DE ATERROS No país, há três tipos de aterros utilizados com maior abundância são eles: os lixões, locais inadequados a céu aberto onde acontece a alocação desordenada dos resíduos, aterros controlados nos quais os resíduos são envoltos por material inerte e os aterros sanitários, lugares devidamente apropriados para a recepção dos resíduos sólidos, contudo, é válido salientar ainda os aterros industriais (BASTOS et al., 2019). Sob esse aspecto, é válido ressaltar que antigamente o lixão era disfarçado como aterro controlado com o intuito de mostrar que havia algum tipo de controle na disposição dos resíduos. Entretanto, em 2011, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) retirou a nomenclatura de aterro controlado uma vez que tanto ele quanto os lixões não seguem as orientações da política nacional de resíduos sólidos (CAMARGO et al., 2018). Com relação aos aterros sanitários, às vezes estes são confundidos com os aterros controlados em virtude da semelhança de nomes. Nesse viés, a diferença entre eles consiste no fato de que o aterro controlado não possui impermeabilização, além de apresentar altos riscos de contaminação dos lençóis freáticos entre outros, enquanto que no aterro sanitário existe a presença de impermeabilização (RODRIGUES; SANTOS; GRACIOLI, 2016). Ademais, o aterro sanitário possui método de disposição dos resíduos sólidos no solo, que não afetam negativamente à saúde pública e a segurança da população, bem como reduz os impactos ambientais negativos. Vale salientar ainda que esta técnica consiste na utilização de conceitos de engenharia para alocar os resíduos a menor área possível e reduzi-los ao menor volume admissível, envolvendo os mesmos com uma camada de solo no término de cada jornada de trabalho ou, caso necessário, em intervalos menores (MELLO, 2019). 5 Quanto ao aterro industrial, este pode ser classificado de acordo com as classes I, IIA ou IIB (quadro 1), ou seja, depende da periculosidade dos resíduos sólidos que serão depositados nesse tipo de aterro. Nesses aterros são usadas técnicas rigorosas que possibilita a disposição controlada, no solo, desses resíduos perigosos, o que evita danos à saúde pública e reduz os impactos no meio ambiente (LOUREIRO, 2005; PINTO 2011). QUADRO 1 - Classificação dos RS segundo riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde. Fonte: ABNT, 2004. 3.2 ASPECTOS GERAIS DE ATERROS SANITÁRIOS Nos países subdesenvolvidos, gerenciar os resíduos sólidos urbanos é um grande obstáculo a ser enfrentado e, se tratando do Brasil, o aterramento é a alternativa de disposição mais frequente devido à dimensão territorial e o caráter econômico e ambiental que possui. Nesse sentido, aterro sanitário no país é caracterizado como um local apropriado para o recebimentode resíduos de origem domiciliar, de vias públicas e comércios (PORTELLA; RIBEIRO, 2014). No que se refere à adequação do local a ser instalado o aterro sanitário, o mesmo é preparado primeiramente com o nivelamento do solo, selamento da base com argila e mantas de PVC bastante resistentes, para que haja a impermeabilização do solo, posteriormente, há a cobertura diária das células de lixo, coleta e tratamento de gases, assim como, o tratamento do chorume entre outros mecanismos técnico-operacionais (LOURENÇO et al., 2015). Dessa forma, tais procedimentos são responsáveis por impedir as vertentes negativas da disposição final do lixo, isto é, a propagação de ratos, moscas, contaminação do lençol freático etc. Assim, o aterro sanitário consiste em um Classe I: perigosos Resíduos Sólidos ou mistura de resíduos que podem apresentar riscos à saúde pública e aos organismos vivos, contribuindo para aumento de mortalidade, incidência de doenças e causando efeitos adversos ao meio ambiente, considerando fatores de periculosidade como a inflamabilidade, corrosividade, reatividade, patogenicidade e toxicidade. Classe II: não perigosos IIA - não inertes São os resíduos que podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade e solubilidade em água. Ex: papel, papelão, restos de comida. IIB - inertes São resíduos que quando submetidos a testes de solubilização, não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões definidos. Seus riscos se colocam mais em termos de quantidade em que são produzidos. Ex: tijolos, vidros, borrachas, plásticos. 6 método de disposição de resíduos sólidos no solo, baseado em parâmetros de engenharia e normas operacionais específicas, o que possibilita um confinamento seguro da perspectiva ambiental e de saúde pública (GOMES et al., 2015). 3.3 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO Segundo os autores Obladen, Obladen e Barros (2009), existem três métodos para a construção e implantação de um aterro sanitário, sendo eles o método da rampa, que consiste em ser utilizado em terrenos com declividade de forma que os resíduos serão dispostos e compactados em função da declividade do mesmo local, onde, utilizando o cobrimento requerido no estágio final de cada etapa deve-se atingir o topo do declive na parte superior-lateral (RAGHAB et al., 2013). O método da trincheira, que consiste em dispor o lixo em valas escavadas no solo, compactando-as e recobrindo-as. Sendo necessário a impermeabilização das laterais e fundos da trincheira, que depende diretamente da profundidade do lençol freático e a condutividade hidráulica do solo, no caso, potencial de infiltração de líquidos no solo (CAVALCANTI, 2013; GUERRA; VIDAL; SOUZA, 2010). Seguindo para o método da área, que, segundo BARBOSA (1995), é frequentemente utilizado para a recuperação de terrenos baixos, alagados ou acidentados, onde estas mesmas condições próprias do terreno não permitem a operação de trator esteira. Vale-se ressaltar que caso a área estiver nas proximidades de algum corpo hídrico (rio, córrego) deve ser implementado um muro ou dique de contenção, visando evitar a poluição direta e possível flutuação de material. Com isso, segundo a NBR 8419/92, deve-se dispor de diversos aspectos para a implementação de um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, bem como a justificativa do local a ser construído, devendo ser considerado zoneamento urbano e ambiental, acesso, vizinhança, economia de transporte, titulação da área escolhida, economia operacional do aterro, bacia e sub-bacia hidrográfica, não obstante a localização e caracterização topográfica, caracterização geológica e geotécnica, caracterização climatológica, caracterização e uso de água e solo, concepção e justificativa do projeto, descrição e especificações dos elementos de projeto, dentre outros itens. De acordo com a mesma normativa, deve ser previsto sistemas de drenagem superficial, remoção de percolado, tratamento de percolado, impermeabilização inferior e/ou superior, sistema de drenagem de gás, bem como as operações do 7 aterro sanitário, quantidade de resíduos de frequência diária e anual, cálculos dos elementos do projeto e desenho com representação do aterro sanitário concluída, apresentado em planta baixa com escala não inferior a 1:2000. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A região escolhida para o estudo encontra-se na região nordeste do estado do Pará, englobando a região metropolitana de Belém (figura 1), essa escolha se deu, pois, trata-se de uma região com maior produção de resíduos sólidos do estado do Pará. Figura 1 - Mapa de Localização da área. Fonte: autores, 2021. A obtenção dos dados se deu a partir do site do IBGE, onde é disponibilizadas informações acerca de limites municipais e lougradouros, para obtenção de informações ligadas a rede de drenagem, foi coletada a partir de informações presentes no site da Agencia Nacional de Águas (ANA). Com relação aos Modelos Digitais de Elevação (MDE) esses foram obtidos a partir do site Alos Palsar onde estes dados podem ser adquiridos gratuitamente no site da earthData. Tais MDE apresentavam resolução de 30x30, sendo assim considerada de boa qualidade para a elaboração deste trabalho. O tratamento dos MDE ocorreu dentro do Software livre Qgis, na versão 3.16 do programa. Após os downloads de 4 imagens do tipo TIF, as mesmas passaram 8 pelo processo de mesclagem, onde essa etapa tem como objetivo unir todas as bandas e com isso forma apenas uma figura em formato de mosaico. Posteriormente a isso, houve o processo de extração da área, essa etapa objetiva reduzir o tamanho do MDE gerado, para isso foi empregado a ferramenta extrair feição com camada de máscara onde a camada de entrada foi o MDE mesclado e a camada mascara foi a região de estudo. Em seguida, utilizou-se a ferramenta fill, a qual preenche todos os pixels que podem encontrar sem valor ou nulos, a fim de reduzir os erros futuros. Adiante, foi utilizada a ferramenta declive, para retirar a declividade escrita em porcentagem, a fim de verificar as condições topográficas do terreno. Essa etapa utilizou interpolador contínuo e o resultado (Figura 2) apresentou 5 categorias distintas igualmente entre si: Figura 2 - Mapa de declividade da área. Fonte: autores, 2021. Com os dados adquiridos houve então o estabelecimento de critérios para a seleção da área, os critérios adotados são os seguintes: a) Critérios restritivos: Distância mínima de rodovias: segundo a NBR 8419/92 fica determinado que é necessária uma distância mínima de 200 metros entre as rodovias e o aterro, essa distância é necessária para evitar o incomodo visual do aterro para a população no geral. 9 Distância mínima de recursos hídricos: Ainda para a seleção da área, foi levado em consideração a distância mínima de 200 metros, seguindo as orientações da NBR 13896 de 1997. b) Critérios escalonados: Declividade: Na recomendação exposta na NBR 13.896 é dito que a declividade máxima para a escolha de uma área para a instalação é de 30%. Contudo pode haver a implantação de aterros em áreas de baixa declividade. Geologia: Acerca da geologia, tais indicações são importantes na determinação da capacidade de depuração do solo e da velocidade de infiltração. Considera-se desejável a existência, no local, de um depósito natural extenso e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3,0 m; Tamanho disponível e vida útil: Com relação a isso, em um projeto, estes fatores encontram-se inter-relacionados e recomenda-se a construção de aterros com vida útil mínima de 10 anos. Custos: os custos de um aterro têm grande variabilidade conforme o seu tamanhoe o seu método construtivo. A elaboração de um cronograma físico financeiro é necessária para permitir a análise de viabilidade econômica do empreendimento; Distância mínima a núcleos populacionais: deve ser avaliada a distância do limite da área útil do aterro a núcleos populacionais, recomendandose que está distância seja superior a 500 m. Com relação ao cálculo para estimar o volume e áreas a destinação de RSU foi considerado áreas mínimas que pudessem receber RSU por cerca de 20 anos, assim tornando viável a implantação de um aterro sanitário. Para a estimativa de RSU ao longo dos anos, foi calculada a partir da relação de crescimento populacional de cada um dos municípios da RMB, essa que por sua vez foi calculado a partir do levantamento dos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utilizando-se do modelo estatístico de regressão linear ajustado pelos mínimos quadrados. Já para estimar a geração per capita anual de RSU (domiciliares, varrição e limpeza pública) que serão encaminhados à disposição final, foi adotado o estudo de 10 abrangência nacional realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ano base de 2012 (SNIS, 2014). Sobre a massa bruta de Resíduos Sólidos Urbanos Destinados para o aterro sanitário (RSUD) gerada a cada ano, por município, que foi obtida a partir da equação (1), apresentada a seguir: RSU= P x CGPC x (365/100) Onde: RSU = massa de resíduo coletado no ano, em ton/ano; P = População no ano “i”; CGPC = Coeficiente de Geração Per Capita de RSU, em kg/hab/ano. Acerca do volume final do resíduo confinado, este foi obtido por meio do fracionamento da massa de resíduo destinado (RSUD) e do peso específico do resíduo após compactação (DRS), que foi somado ao volume de recobrimento da célula do aterro (VRC) juntamente com solo após o final de cada coleta, como mostrado na equação anterior. O DRS utilizado foi calculado segundo Salamoni (2009), que analisou o peso específico dos resíduos sólidos confinados em diferentes condições de operação de aterros sanitários e obteve o valor de 910 kg/m³, em condições operacionais adequadas. Já o VRC considerado foi de 30% a mais do volume do resíduo confinado (MELO, 2008). VSR= (RSU/DRS)+VRC Onde: VRSUD = Volume do resíduo no aterro sanitário, em m³; DRS = Peso específico do resíduo após compactação, em ton/m³; VRC = Volume do recobrimento da célula A partir dos dados trabalhados chegou-se à conclusão de que uma área pode abrigar o possível aterro sanitário, uma vez que a mesma cumpre com os critérios recomendados (figura 3). Figura 3 – mapa de detalhe da região. 11 Fonte: autores, 2021. A área pode ser melhor visualizada na figura 4, onde é apresentado o mapa de detalhe da área escolhida: Figura 4 – Mapa de detalhe da área. Fonte: autores, 2021. Com relação ao relevo, este que pode ser destacar que a região de estudo apresenta baixa declividade, declividades médias baixas (2,716% para toda a RMB), 12 o que é considerado um fato preponderante para a escolha dessa área (XIMENES, 2014). Além disso, a área apresenta distancia significativa das áreas de preservação permanente, o que segundo a NBR 13.896 é o ideal, além desse fator, a área também se encontra distante a mais de 200 metros, dos centros urbanos, dificultando assim o acesso livre à área. Com relação à viabilidade, a área tem acesso facilitado por meio de caminhões o é considerado uma vantagem, além de poder promover adequação máxima para a destinação final do resíduo (LOURENÇO, 2015). 5 RECURSOS 5.1 RECURSOS HUMANOS Antônio Gama Paiva – Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Esp. em Avaliação de Impactos Ambientais. Mestre em Direito Ambiental. Isabelle Brasil Félix - Engenheira Ambiental e Sanitarista. Esp. em Segurança do Trabalho e Direito Ambiental. Mestre em Gestão de Resíduos Sólidos. Talyson de Lima Queiroz - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Esp. em Gestão Ambiental e Geoprocessamento. Yuri das Neves Guimarães - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Esp. em Geoprocessamento. Mestre e Doutor em Engenharia Civil. Washington Aleksander Savaris dos Santos - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Esp. em Direito Ambiental. Mestre em Recursos Hídricos. 5.2 TAXAS AMBIENTAIS E CUSTOS MATERIAIS O orçamento do projeto foi estimado de acordo com o preço do mercado atualmente, havendo cada tópico uma média aritmética dos valores, frisando que os valores estão sujeitos a correções. Com isso temos a média do valor do projeto que 13 chega a exatamente R$ 2.627.414,59. Tabela 1 - Custos com a implantação do aterro sanitário. Bem Quant. Unid. Custo Unitário Valor Total Projeto técnico (civil e 1 und R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 arquitetônico das infraestruturas) Taxa de licenciamento (LP, LI e 1 und R$ 427,92 R$ 427,92 LO) - Porte mínimo e alto potencial poluidor Terraplanagem/Aterro da área 61.667 m³ R$ 7,15 R$ 220.458,35 para a implantação da célula Impermeabilização da célula com 21.214.38 m² R$ 32,00 R$ 678.860,32 geomembrana (2 mm) Brita nº 4 para a 2700 m³ R$ 45,00 R$ 121.500,00 Impermeabilização Areia para a impermeabilização 1012,5 m³ R$ 75,00 R$ 75.937,50 Cobertura parcial da célula 1 und R$ 293.000,00 R$ 293.000,00 Reservatório para contenção de 3 und R$ 4.411,00 R$ 13.233,00 percolado 20 m³ com tampa Bomba (2 hp) para retorno do 1 und R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 percolado a célula Dreno de gás com cano 10 und R$ 11.280,00 R$ 112.800,00 galvanizado e queimador tipo Flare (100mm) mais grade de arame galvanizado e brita nº2 Tubulação PVC 200mm 250 m R$ 55,00 R$ 13.750,00 Piezômetro 4 und R$ 2.250,00 R$ 9.000,00 Total - - R$353.581,92 R$ 1.580.967,09 Fonte: autores, 2021. 5.2 CUSTOS OPERACIONAIS Tabela 2 - Custos referentes à operação do aterro sanitário Bem Quant. Unid. Custo Unitário Valor Total Estrutura administrativa (7x5m) 35 m² R$ 1.000,00 R$ 35.000,00 Sanitários (2x2m) 4 m² R$ 1.400,00 R$ 5.600,00 Guarita de monitoramento 4 m² R$ 1.000,00 R$ 4.000,00 (2x2m) Cercamento da área 400 M R$ 120,00 R$ 48.000,00 Cortinamento vegetal 1 Und R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 Portão 1 und R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 Balança rodoviária para 1 und R$ 115.000,00 R$ 115.000,00 pasagem dos caminhões Máquina retroescavadeira 1 und R$ 300.000,00 R$ 300.000,00 14 Deslocamento telhado 3 - R$ 100.000,00 R$ 300.000,00 Análises físico-químicas 80 und R$ 711,00 R$ 56.880,00 (Trimestral) Total - - R$ 525.231,00 R$ 870.480,00 Fonte: autores, 2021. 5.3 CUSTOS DE MATERIAIS DE CONSUMO Tabela 3 - Equipamentos de proteção individual (EPIs) para o encarregado. Discriminação/Especificação Quant. Unid. Custo Unitário Valor Total Camisetas 3 und R$ 18,00 R$ 54,00 Calças 3 und R$ 30,00 R$ 90,00 Tênis/Botina 2 und R$ 48,00 R$ 96,00 Colete reflexivo 1 und R$ 20,00 R$ 20,00 Luvas de Proteção 6 und R$ 3,00 R$ 18,00 Capas de Chuva 2 und R$ 40,00 R$ 80,00 Total - - R$ 159,00 R$ 358,00 Fonte: autores, 2021. 5.4 CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO PROJETO Tabela 4 - Custos dos serviços para a execução do projeto. Discriminação/Especificação Quant. Unid. Custo Unitário Valor Total Levantamento Topográfico e Geodésico 0,5 und R$ 7.000,00 R$ 3.500,00 Mapeamento Geológico, escala 1:1000 0,5 und R$ 11.970,00 R$ 5.985,00 Execução do Relatório Ambiental Final 1 und R$ 16.000,00 R$ 160.000,00 Deslocamento até a área 4 und R$ 4,80 R$ 24,50 Estadia 5 und R$ 300,00 R$ 1.500,00 Mapas 3 und R$ 200,00 R$ 600,00 Mão de obra 4 und R$ 1000,00 R$ 4000,00 Total - - R$ 36.474,80 R$ 175.609,50 Fonte: autores, 2021. Pode-se frisar que a estimativa do preço de um projeto, é um elemento fundamental para a tomada de decisão, pois permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvio e até projetar com bastante precisão o resultadoeconômico a ser alcançado. A previsão correta dos custos e do andamento do processo é a chave para que a execução atenda às expectativas esperadas. 15 7 CRONOGRAMA ATIVIDADES MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Emissão de Licença Prévia – LP Licença de Instalação – LI Elaboração do Projeto Executivo de Implantação Elaboração do Plano de Gestão Ambiental Entrega do Plano de Gestão Ambiental Analise pela SEMAS Emissão de LI Obra de instalação Instalação de canteiro e mobilização Preparo da área (escavação, aterro e regularização e drenagem de base) Impermeabilização (instalação de manta) Sistema de percolados e gases Construção das edificações Construção de Estação de Tratamento de Efluentes Licença de Operação – LO Vistoria e emissão da LO Inicio de operação Fonte: adaptado de CONORTE Espírito Santo (2010). 16 REFERÊNCIAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT-NBR 13896 - Aterros de resíduos não perigosos: critérios para projetos, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT-NBR 8419 - Aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos: critérios para projetos, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004/04: Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8419: Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1992. 7 p. BARBOSA, M. A. P. Aterro Sanitário e Preservação Ambiental. Revista Tecnologia, v. 1, n. 16, p. 41-46, 1995. BASTOS, B. A.; RODRIGUES, G. G.; TEIXEIRA, T. C. M. S.; ARRAES, W. S. ATERRO SANITÁRIO: Breve discussão sobre a aplicação no região do Vale do Araguaia goiano. Revista de Estudos Interdisciplinares do Vale do Araguaia - REIVA, v. 2, n. 03, pp. 08-29, 2019. CAMARGO, F. R. Utilização de aeronave pilotada remotamente (RPA) para mapeamento do aterro controlado do Jockey clube de Brasília. 2018. 100 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Ambiental) – Universidade de Brasília, Brasília, 2018. CAVALCANTI, M. M. Aplicação de métodos geoelétricos no delineamento da pluma de contaminação nos limites do aterro controlado do jokey clube de Brasília. 2013. 128 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geociência, Universidade de Brasília, Brasília, 2013. CONORTE (2010). Disponível em: https://iema.es.gov.br/Media/iema/CQAI/EIA/2010/CTRDA%20S%C3%A3o%20Mate us/06_%20DESCRI%C3%87%C3%83O%20GERAL%20DO%20PROJETO.pdf. Acesso em: 30/08/21. GOMES, L. P; KOHL, C. A.; SOUZA, C. L. L.; REMPEL, N.; MIRANDA, L. A. S.; MORAES, C. A. M. Avaliação ambiental de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos precedidos ou não por unidades de compostagem. 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