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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA – CCNT 
CURSO DE ENGENGARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
 
ATIVIDADE FINAL DA DISCIPLINA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PARA INSTALAÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO NA REGIÃO 
METROPOLITANA DE BÉLEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTÔNIO GAMA PAIVA, ISABELLE BRASIL FÉLIX, TALYSON LIMA QUEIROZ, 
YURI DAS NEVES GUIMARÃES E WASHINGTON ALEKSANDER SAVARIS DOS 
SANTOS 
 
BELÉM-PA, 08 DE SETEMBRO DE 2021 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
1.2 PROBLEMA ...................................................................................................... 3 
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 3 
1.4 HIPÓTESE ........................................................................................................ 3 
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 3 
3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 4 
3.1 TIPOS DE ATERROS ....................................................................................... 4 
3.2 ASPECTOS GERAIS DE ATERROS SANITÁRIOS .......................................... 5 
3.3 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO .................................................................. 6 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................ 7 
5 RECURSOS .......................................................................................................... 12 
5.1 RECURSOS HUMANOS ................................................................................ 12 
5.2 TAXAS AMBIENTAIS E CUSTOS MATERIAIS .............................................. 12 
Tabela 1 - Custos com a implantação do aterro sanitário. ....................................... 13 
5.2 CUSTOS OPERACIONAIS ............................................................................. 13 
Tabela 2 - Custos referentes à operação do aterro sanitário ................................... 13 
5.3 CUSTOS DE MATERIAIS DE CONSUMO...................................................... 14 
Tabela 3 - Equipamentos de proteção individual (EPIs) para o encarregado. .......... 14 
5.4 CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO PROJETO ................................................. 14 
Tabela 4 - Custos dos serviços para a execução do projeto. ................................... 14 
7 CRONOGRAMA ................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 O aterro sanitário caracteriza-se como uma instalação de tratamento cujo 
intuito é transformar o resíduo sólido urbano em um resíduo que não cause danos 
ao meio ambiente. Entretanto, os mesmos representam, comumente, um problema 
ambiental em virtude da sua proximidade aos centros urbanos (GRAUPMANN et al., 
2019). 
 Quanto aos riscos de poluição, os mesmos estão, principalmente, ligados aos 
impactos dos aterros de resíduos sólidos tanto industriais quanto urbanos. Nesse 
sentido, dentre os vários impactos negativos ocasionados por eles ao meio 
ambiente, também é de suma importância citar que estes efeitos atingem a 
população por meio da contaminação dos corpos hídricos e dos lençóis freáticos, de 
maneira, direta e/ou indiretamente, bem como por contaminantes orgânicos, 
toxidade de metais pesados etc (PASTOR; HERNANDEZ, 2012). 
 Dessa forma, torna-se imprescindível a instalação de aterros sanitários sobre 
tudo em locais com grande produção de resíduos sólidos como a região 
metropolitana de Belém a fim de evitar graves problemas ambientais e de saúde 
pública. 
1.2 PROBLEMA 
 Um dos principais obstáculos para a construção de um aterro sanitário é a 
escolha do local, logo, o primeiro questionamento levantado é: a área é apropriada 
para a instalação de um aterro sanitário? 
1.3 JUSTIFICATIVA 
Para atender a população da região metropolitana de Belém, faz-se 
necessário a construção de um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, a fim de 
reduzir os impactos ambientais negativos, bem como atender a carência de 
disposição final dos resíduos, auxiliar na redução de proliferação e transmissão de 
doenças e colaborar com a manutenção da estabilidade do ecossistema local. 
1.4 HIPÓTESE 
 O trabalho possui o intuito de afirmar se o aterro sanitário tem potencial de 
construção na área escolhida. 
2 OBJETIVOS 
2.1 Geral 
 Realizar estudo de área para implementação de um aterro sanitário na região 
metropolitana de Belém. 
4 
 
2.2 Específicos 
- Apresentar a viabilidade de construção do aterro sanitário no local selecionado 
para instalação. 
- Quantificar os recursos materiais. 
- Expor os mapas projetados para o aterro sanitário. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 TIPOS DE ATERROS 
 No país, há três tipos de aterros utilizados com maior abundância são eles: os 
lixões, locais inadequados a céu aberto onde acontece a alocação desordenada dos 
resíduos, aterros controlados nos quais os resíduos são envoltos por material inerte 
e os aterros sanitários, lugares devidamente apropriados para a recepção dos 
resíduos sólidos, contudo, é válido salientar ainda os aterros industriais (BASTOS et 
al., 2019). 
 Sob esse aspecto, é válido ressaltar que antigamente o lixão era disfarçado 
como aterro controlado com o intuito de mostrar que havia algum tipo de controle na 
disposição dos resíduos. Entretanto, em 2011, a Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) retirou a nomenclatura de aterro controlado uma vez que tanto ele 
quanto os lixões não seguem as orientações da política nacional de resíduos sólidos 
(CAMARGO et al., 2018). 
 Com relação aos aterros sanitários, às vezes estes são confundidos com os 
aterros controlados em virtude da semelhança de nomes. Nesse viés, a diferença 
entre eles consiste no fato de que o aterro controlado não possui impermeabilização, 
além de apresentar altos riscos de contaminação dos lençóis freáticos entre outros, 
enquanto que no aterro sanitário existe a presença de impermeabilização 
(RODRIGUES; SANTOS; GRACIOLI, 2016). 
 Ademais, o aterro sanitário possui método de disposição dos resíduos sólidos 
no solo, que não afetam negativamente à saúde pública e a segurança da 
população, bem como reduz os impactos ambientais negativos. Vale salientar ainda 
que esta técnica consiste na utilização de conceitos de engenharia para alocar os 
resíduos a menor área possível e reduzi-los ao menor volume admissível, 
envolvendo os mesmos com uma camada de solo no término de cada jornada de 
trabalho ou, caso necessário, em intervalos menores (MELLO, 2019). 
5 
 
Quanto ao aterro industrial, este pode ser classificado de acordo com as 
classes I, IIA ou IIB (quadro 1), ou seja, depende da periculosidade dos resíduos 
sólidos que serão depositados nesse tipo de aterro. Nesses aterros são usadas 
técnicas rigorosas que possibilita a disposição controlada, no solo, desses resíduos 
perigosos, o que evita danos à saúde pública e reduz os impactos no meio ambiente 
(LOUREIRO, 2005; PINTO 2011). 
QUADRO 1 - Classificação dos RS segundo riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde. 
Fonte: ABNT, 2004. 
3.2 ASPECTOS GERAIS DE ATERROS SANITÁRIOS 
 Nos países subdesenvolvidos, gerenciar os resíduos sólidos urbanos é um 
grande obstáculo a ser enfrentado e, se tratando do Brasil, o aterramento é a 
alternativa de disposição mais frequente devido à dimensão territorial e o caráter 
econômico e ambiental que possui. Nesse sentido, aterro sanitário no país é 
caracterizado como um local apropriado para o recebimentode resíduos de origem 
domiciliar, de vias públicas e comércios (PORTELLA; RIBEIRO, 2014). 
 No que se refere à adequação do local a ser instalado o aterro sanitário, o 
mesmo é preparado primeiramente com o nivelamento do solo, selamento da base 
com argila e mantas de PVC bastante resistentes, para que haja a 
impermeabilização do solo, posteriormente, há a cobertura diária das células de lixo, 
coleta e tratamento de gases, assim como, o tratamento do chorume entre outros 
mecanismos técnico-operacionais (LOURENÇO et al., 2015). 
 Dessa forma, tais procedimentos são responsáveis por impedir as vertentes 
negativas da disposição final do lixo, isto é, a propagação de ratos, moscas, 
contaminação do lençol freático etc. Assim, o aterro sanitário consiste em um 
Classe I: perigosos 
Resíduos Sólidos ou mistura de resíduos que podem apresentar riscos à saúde pública e 
aos organismos vivos, contribuindo para aumento de mortalidade, incidência de doenças e 
causando efeitos adversos ao meio ambiente, considerando fatores de periculosidade como 
a inflamabilidade, corrosividade, reatividade, patogenicidade e toxicidade. 
 
Classe II: não perigosos 
IIA - não inertes 
São os resíduos que podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade e 
solubilidade em água. Ex: papel, papelão, restos de comida. 
 
IIB - inertes 
São resíduos que quando submetidos a testes de solubilização, não tenham nenhum de 
seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões definidos. Seus 
riscos se colocam mais em termos de quantidade em que são produzidos. Ex: tijolos, vidros, 
borrachas, plásticos. 
6 
 
método de disposição de resíduos sólidos no solo, baseado em parâmetros de 
engenharia e normas operacionais específicas, o que possibilita um confinamento 
seguro da perspectiva ambiental e de saúde pública (GOMES et al., 2015). 
3.3 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO 
 Segundo os autores Obladen, Obladen e Barros (2009), existem três métodos 
para a construção e implantação de um aterro sanitário, sendo eles o método da 
rampa, que consiste em ser utilizado em terrenos com declividade de forma que os 
resíduos serão dispostos e compactados em função da declividade do mesmo local, 
onde, utilizando o cobrimento requerido no estágio final de cada etapa deve-se 
atingir o topo do declive na parte superior-lateral (RAGHAB et al., 2013). 
 O método da trincheira, que consiste em dispor o lixo em valas escavadas no 
solo, compactando-as e recobrindo-as. Sendo necessário a impermeabilização das 
laterais e fundos da trincheira, que depende diretamente da profundidade do lençol 
freático e a condutividade hidráulica do solo, no caso, potencial de infiltração de 
líquidos no solo (CAVALCANTI, 2013; GUERRA; VIDAL; SOUZA, 2010). 
 Seguindo para o método da área, que, segundo BARBOSA (1995), é 
frequentemente utilizado para a recuperação de terrenos baixos, alagados ou 
acidentados, onde estas mesmas condições próprias do terreno não permitem a 
operação de trator esteira. Vale-se ressaltar que caso a área estiver nas 
proximidades de algum corpo hídrico (rio, córrego) deve ser implementado um muro 
ou dique de contenção, visando evitar a poluição direta e possível flutuação de 
material. 
 Com isso, segundo a NBR 8419/92, deve-se dispor de diversos aspectos para 
a implementação de um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, bem como a 
justificativa do local a ser construído, devendo ser considerado zoneamento urbano 
e ambiental, acesso, vizinhança, economia de transporte, titulação da área 
escolhida, economia operacional do aterro, bacia e sub-bacia hidrográfica, não 
obstante a localização e caracterização topográfica, caracterização geológica e 
geotécnica, caracterização climatológica, caracterização e uso de água e solo, 
concepção e justificativa do projeto, descrição e especificações dos elementos de 
projeto, dentre outros itens. 
 De acordo com a mesma normativa, deve ser previsto sistemas de drenagem 
superficial, remoção de percolado, tratamento de percolado, impermeabilização 
inferior e/ou superior, sistema de drenagem de gás, bem como as operações do 
7 
 
aterro sanitário, quantidade de resíduos de frequência diária e anual, cálculos dos 
elementos do projeto e desenho com representação do aterro sanitário concluída, 
apresentado em planta baixa com escala não inferior a 1:2000. 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A região escolhida para o estudo encontra-se na região nordeste do estado 
do Pará, englobando a região metropolitana de Belém (figura 1), essa escolha se 
deu, pois, trata-se de uma região com maior produção de resíduos sólidos do estado 
do Pará. 
Figura 1 - Mapa de Localização da área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autores, 2021. 
A obtenção dos dados se deu a partir do site do IBGE, onde é 
disponibilizadas informações acerca de limites municipais e lougradouros, para 
obtenção de informações ligadas a rede de drenagem, foi coletada a partir de 
informações presentes no site da Agencia Nacional de Águas (ANA). 
Com relação aos Modelos Digitais de Elevação (MDE) esses foram obtidos a 
partir do site Alos Palsar onde estes dados podem ser adquiridos gratuitamente no 
site da earthData. Tais MDE apresentavam resolução de 30x30, sendo assim 
considerada de boa qualidade para a elaboração deste trabalho. 
O tratamento dos MDE ocorreu dentro do Software livre Qgis, na versão 3.16 
do programa. Após os downloads de 4 imagens do tipo TIF, as mesmas passaram 
8 
 
pelo processo de mesclagem, onde essa etapa tem como objetivo unir todas as 
bandas e com isso forma apenas uma figura em formato de mosaico. 
Posteriormente a isso, houve o processo de extração da área, essa etapa 
objetiva reduzir o tamanho do MDE gerado, para isso foi empregado a ferramenta 
extrair feição com camada de máscara onde a camada de entrada foi o MDE 
mesclado e a camada mascara foi a região de estudo. 
Em seguida, utilizou-se a ferramenta fill, a qual preenche todos os pixels que 
podem encontrar sem valor ou nulos, a fim de reduzir os erros futuros. Adiante, foi 
utilizada a ferramenta declive, para retirar a declividade escrita em porcentagem, a 
fim de verificar as condições topográficas do terreno. 
Essa etapa utilizou interpolador contínuo e o resultado (Figura 2) apresentou 
5 categorias distintas igualmente entre si: 
Figura 2 - Mapa de declividade da área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autores, 2021. 
Com os dados adquiridos houve então o estabelecimento de critérios para a 
seleção da área, os critérios adotados são os seguintes: 
a) Critérios restritivos: 
Distância mínima de rodovias: segundo a NBR 8419/92 fica determinado 
que é necessária uma distância mínima de 200 metros entre as rodovias e o 
aterro, essa distância é necessária para evitar o incomodo visual do aterro 
para a população no geral. 
9 
 
Distância mínima de recursos hídricos: Ainda para a seleção da área, foi 
levado em consideração a distância mínima de 200 metros, seguindo as 
orientações da NBR 13896 de 1997. 
b) Critérios escalonados: 
Declividade: Na recomendação exposta na NBR 13.896 é dito que a 
declividade máxima para a escolha de uma área para a instalação é de 30%. 
Contudo pode haver a implantação de aterros em áreas de baixa declividade. 
Geologia: Acerca da geologia, tais indicações são importantes na 
determinação da capacidade de depuração do solo e da velocidade de 
infiltração. Considera-se desejável a existência, no local, de um depósito 
natural extenso e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade 
inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3,0 
m; 
Tamanho disponível e vida útil: Com relação a isso, em um projeto, estes 
fatores encontram-se inter-relacionados e recomenda-se a construção de 
aterros com vida útil mínima de 10 anos. 
Custos: os custos de um aterro têm grande variabilidade conforme o seu 
tamanhoe o seu método construtivo. A elaboração de um cronograma físico 
financeiro é necessária para permitir a análise de viabilidade econômica do 
empreendimento; 
Distância mínima a núcleos populacionais: deve ser avaliada a distância 
do limite da área útil do aterro a núcleos populacionais, recomendandose que 
está distância seja superior a 500 m. 
Com relação ao cálculo para estimar o volume e áreas a destinação de RSU 
foi considerado áreas mínimas que pudessem receber RSU por cerca de 20 anos, 
assim tornando viável a implantação de um aterro sanitário. Para a estimativa de 
RSU ao longo dos anos, foi calculada a partir da relação de crescimento 
populacional de cada um dos municípios da RMB, essa que por sua vez foi 
calculado a partir do levantamento dos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) utilizando-se do modelo estatístico de regressão linear ajustado 
pelos mínimos quadrados. 
Já para estimar a geração per capita anual de RSU (domiciliares, varrição e 
limpeza pública) que serão encaminhados à disposição final, foi adotado o estudo de 
10 
 
abrangência nacional realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre 
Saneamento ano base de 2012 (SNIS, 2014). 
Sobre a massa bruta de Resíduos Sólidos Urbanos Destinados para o aterro 
sanitário (RSUD) gerada a cada ano, por município, que foi obtida a partir da 
equação (1), apresentada a seguir: 
 RSU= P x CGPC x (365/100) 
Onde: 
RSU = massa de resíduo coletado no ano, em ton/ano; 
P = População no ano “i”; 
CGPC = Coeficiente de Geração Per Capita de RSU, em kg/hab/ano. 
Acerca do volume final do resíduo confinado, este foi obtido por meio do 
fracionamento da massa de resíduo destinado (RSUD) e do peso específico do 
resíduo após compactação (DRS), que foi somado ao volume de recobrimento da 
célula do aterro (VRC) juntamente com solo após o final de cada coleta, como 
mostrado na equação anterior. 
O DRS utilizado foi calculado segundo Salamoni (2009), que analisou o peso 
específico dos resíduos sólidos confinados em diferentes condições de operação de 
aterros sanitários e obteve o valor de 910 kg/m³, em condições operacionais 
adequadas. Já o VRC considerado foi de 30% a mais do volume do resíduo 
confinado (MELO, 2008). 
VSR= (RSU/DRS)+VRC 
Onde: 
VRSUD = Volume do resíduo no aterro sanitário, em m³; 
DRS = Peso específico do resíduo após compactação, em ton/m³; 
VRC = Volume do recobrimento da célula 
 
A partir dos dados trabalhados chegou-se à conclusão de que uma área pode 
abrigar o possível aterro sanitário, uma vez que a mesma cumpre com os critérios 
recomendados (figura 3). 
Figura 3 – mapa de detalhe da região. 
11 
 
 
Fonte: autores, 2021. 
 
A área pode ser melhor visualizada na figura 4, onde é apresentado o mapa 
de detalhe da área escolhida: 
Figura 4 – Mapa de detalhe da área. 
 
Fonte: autores, 2021. 
Com relação ao relevo, este que pode ser destacar que a região de estudo 
apresenta baixa declividade, declividades médias baixas (2,716% para toda a RMB), 
12 
 
o que é considerado um fato preponderante para a escolha dessa área (XIMENES, 
2014). 
Além disso, a área apresenta distancia significativa das áreas de preservação 
permanente, o que segundo a NBR 13.896 é o ideal, além desse fator, a área 
também se encontra distante a mais de 200 metros, dos centros urbanos, 
dificultando assim o acesso livre à área. 
Com relação à viabilidade, a área tem acesso facilitado por meio de 
caminhões o é considerado uma vantagem, além de poder promover adequação 
máxima para a destinação final do resíduo (LOURENÇO, 2015). 
5 RECURSOS 
5.1 RECURSOS HUMANOS 
Antônio Gama Paiva – Engenheiro Ambiental e Sanitarista. 
Esp. em Avaliação de Impactos Ambientais. 
Mestre em Direito Ambiental. 
 
Isabelle Brasil Félix - Engenheira Ambiental e Sanitarista. 
Esp. em Segurança do Trabalho e Direito Ambiental. 
Mestre em Gestão de Resíduos Sólidos. 
 
Talyson de Lima Queiroz - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. 
Esp. em Gestão Ambiental e Geoprocessamento. 
 
Yuri das Neves Guimarães - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. 
Esp. em Geoprocessamento. 
Mestre e Doutor em Engenharia Civil. 
 
Washington Aleksander Savaris dos Santos - Engenheiro Ambiental e Sanitarista. 
Esp. em Direito Ambiental. 
Mestre em Recursos Hídricos. 
5.2 TAXAS AMBIENTAIS E CUSTOS MATERIAIS 
O orçamento do projeto foi estimado de acordo com o preço do mercado 
atualmente, havendo cada tópico uma média aritmética dos valores, frisando que os 
valores estão sujeitos a correções. Com isso temos a média do valor do projeto que 
13 
 
chega a exatamente R$ 2.627.414,59. 
Tabela 1 - Custos com a implantação do aterro sanitário. 
Bem Quant. Unid. 
Custo 
Unitário 
Valor Total 
Projeto técnico (civil e 
1 und R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 
arquitetônico das infraestruturas) 
Taxa de licenciamento (LP, LI e 
1 und R$ 427,92 R$ 427,92 LO) - Porte mínimo e alto potencial 
poluidor 
Terraplanagem/Aterro da área 
61.667 m³ R$ 7,15 R$ 220.458,35 
para a implantação da célula 
Impermeabilização da célula com 
21.214.38 m² R$ 32,00 R$ 678.860,32 
geomembrana (2 mm) 
Brita nº 4 para a 
2700 m³ R$ 45,00 R$ 121.500,00 
Impermeabilização 
Areia para a impermeabilização 1012,5 m³ R$ 75,00 R$ 75.937,50 
Cobertura parcial da célula 1 und R$ 293.000,00 R$ 293.000,00 
Reservatório para contenção de 
3 und R$ 4.411,00 R$ 13.233,00 
percolado 20 m³ com tampa 
Bomba (2 hp) para retorno do 
1 und R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 
percolado a célula 
Dreno de gás com cano 
10 und R$ 11.280,00 R$ 112.800,00 
galvanizado e queimador tipo 
Flare (100mm) mais grade de 
arame galvanizado e brita nº2 
Tubulação PVC 200mm 250 m R$ 55,00 R$ 13.750,00 
Piezômetro 4 und R$ 2.250,00 R$ 9.000,00 
Total - - R$353.581,92 R$ 1.580.967,09 
Fonte: autores, 2021. 
 
5.2 CUSTOS OPERACIONAIS 
Tabela 2 - Custos referentes à operação do aterro sanitário 
Bem Quant. Unid. 
Custo 
Unitário 
Valor Total 
Estrutura administrativa (7x5m) 35 m² R$ 1.000,00 R$ 35.000,00 
Sanitários (2x2m) 4 m² R$ 1.400,00 R$ 5.600,00 
Guarita de monitoramento 
4 m² R$ 1.000,00 R$ 4.000,00 
(2x2m) 
Cercamento da área 400 M R$ 120,00 R$ 48.000,00 
Cortinamento vegetal 1 Und R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 
Portão 1 und R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 
Balança rodoviária para 
1 und R$ 115.000,00 R$ 115.000,00 
pasagem dos caminhões 
Máquina retroescavadeira 1 und R$ 300.000,00 R$ 300.000,00 
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Deslocamento telhado 3 - R$ 100.000,00 R$ 300.000,00 
Análises físico-químicas 
80 und R$ 711,00 R$ 56.880,00 
(Trimestral) 
Total - - R$ 525.231,00 R$ 870.480,00 
Fonte: autores, 2021. 
 
5.3 CUSTOS DE MATERIAIS DE CONSUMO 
Tabela 3 - Equipamentos de proteção individual (EPIs) para o encarregado. 
Discriminação/Especificação Quant. Unid. Custo Unitário Valor Total 
Camisetas 3 und R$ 18,00 R$ 54,00 
Calças 3 und R$ 30,00 R$ 90,00 
Tênis/Botina 2 und R$ 48,00 R$ 96,00 
Colete reflexivo 1 und R$ 20,00 R$ 20,00 
Luvas de Proteção 6 und R$ 3,00 R$ 18,00 
Capas de Chuva 2 und R$ 40,00 R$ 80,00 
Total - - R$ 159,00 R$ 358,00 
Fonte: autores, 2021. 
 
5.4 CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO PROJETO 
 Tabela 4 - Custos dos serviços para a execução do projeto. 
Discriminação/Especificação Quant. Unid. 
Custo 
Unitário 
Valor Total 
Levantamento Topográfico e 
Geodésico 
0,5 und R$ 7.000,00 R$ 3.500,00 
Mapeamento Geológico, escala 
1:1000 
0,5 und R$ 11.970,00 R$ 5.985,00 
Execução do Relatório Ambiental Final 1 und R$ 16.000,00 R$ 160.000,00 
Deslocamento até a área 4 und R$ 4,80 R$ 24,50 
Estadia 5 und R$ 300,00 R$ 1.500,00 
Mapas 3 und R$ 200,00 R$ 600,00 
Mão de obra 4 und R$ 1000,00 R$ 4000,00 
Total - - R$ 36.474,80 R$ 175.609,50 
Fonte: autores, 2021. 
 
Pode-se frisar que a estimativa do preço de um projeto, é um elemento 
fundamental para a tomada de decisão, pois permite prever receitas e despesas 
futuras, controlar desvio e até projetar com bastante precisão o resultadoeconômico 
a ser alcançado. A previsão correta dos custos e do andamento do processo é a 
chave para que a execução atenda às expectativas esperadas. 
 
 
15 
 
7 CRONOGRAMA 
ATIVIDADES 
MESES 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 
Emissão de Licença Prévia – LP 
Licença de Instalação – LI 
Elaboração do Projeto Executivo de Implantação 
Elaboração do Plano de Gestão Ambiental 
Entrega do Plano de Gestão Ambiental 
Analise pela SEMAS 
Emissão de LI 
 
Obra de instalação 
 
Instalação de canteiro e mobilização 
Preparo da área (escavação, aterro e regularização e 
drenagem de base) 
 
Impermeabilização (instalação de manta) 
Sistema de percolados e gases 
Construção das edificações 
Construção de Estação de Tratamento de Efluentes 
Licença de Operação – LO 
Vistoria e emissão da LO 
Inicio de operação 
Fonte: adaptado de CONORTE Espírito Santo (2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
REFERÊNCIAS 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT-NBR 13896 - Aterros de 
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