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ESCRITURAÇÃO COMERCIAL 2021

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ESCRITURAÇÃO COMERCIAL 
 
1. Introdução 
1.1. Noções Gerais 
 
O património, como conjunto de valores activos e passivos sujeitos a uma gestão, está 
sujeito a variações como consequência da própria actividade da empresa. Sendo assim, 
além da representação dos valores patrimoniais, existe a necessidade de representar e 
inscrever em documentos, livros e registos de vária natureza, os factos patrimoniais que 
provocaram a sua variação. 
A Escrituração Comercial será, pois, o conjunto de documentos e livros que historiam 
a evolução patrimonial de qualquer empresa. Também se designa escrituração, aos actos 
de registo das operações nos livros e documentos. 
Para se proceder à escrituração comercial é necessário conhecer as contas, regras de 
movimentação e sistematização, critérios valorimétricos, etc. Para o efeito, as empresas 
deverá dispor de um plano de contas e conhecer os conceitos contabilísticos. 
1.2. Peças Fundamentais da Escrituração Comercial 
 
Constituem peças fundamentais da escrituração comercial os seguintes: 
 
- Os Livros onde se registam as operações ou variações patrimoniais; 
- Os Documentos que representam essas operações e comprovam os 
lançamentos efectuados nos mesmos. 
- 
1.3. Modelo Básico da Contabilização das Operações 
 
O modelo básico da contabilização das operações traduz o caminho a percorrer na 
contabilização dos factos patrimoniais que é o seguinte 
2 
DOCUMENTOS 
DIÁRIO 
RAZÃO 
BALANCETE 
INVENTÁRIO E BALANÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4. Livros de Escrituração Comercial 
 
Os livros de escrituração comercial ou de contabilidade classificam-se em dois grupos: 
 
- Livros Obrigatórios; 
- Livros Facultativos 
- 
Os Livros Obrigatórios são os que a lei enumera como sendo indispensáveis a 
qualquer comerciante. São, também, designados por Livros Selados, designadamente: 
- O Livro de Inventário e Balanços; 
- O Diário; 
- O Razão; 
- O Copiador de Correspondência; 
- Os Livros de Actas (para as sociedades) 
 
Os Livros Facultativos são os que se utilizam normalmente como auxiliares de registo. 
O seu número e utilização depende da natureza, características e dimensão das empresas 
ou das operações que elas efectuam. Servem para completar, desenvolver e controlar o 
que se escritura nos livros obrigatórios. São usualmente denominados de livros 
auxiliares. 
FACTOS PATRIMONIAIS 
3 
 
Como livros de contabilidade auxiliares, podem apontar-se, entre outros, os seguintes: 
 
- Balancetes do Razão Geral; 
- Razões auxiliares ou de desenvolvimento do Razão Geral; 
- Diários auxiliares (Caixa, Compras, Vendas, etc.); 
- Balancetes dos razões auxiliares. 
 
1.4.1. Diário 
 
O Diário serve para os comerciantes registarem, dia a dia, por ordem de datas, em 
assento separado, cada um dos seus actos que modifiquem ou possam vir a modificar o 
seu património. Portanto, no Diário, os factos patrimoniais são registados por ordem de 
datas. Trata-se de um registo cronológico. 
 
 
1.4.2. Razão 
 
O Razão serve para escriturar o movimento de todas as operações do Diário, ordenados 
a débito e crédito, em relação a cada uma das respectivas contas, para se conhecer o 
estado e a situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os 
lançamentos do Diário. Neste livro, os factos patrimoniais são registados por ordem de 
contas. Trata-se, portanto, de um registo sistemático. É, também, conhecido por Livros 
das Contas. 
O Razão na sua forma clássica, apresenta-se como um livro de folhas cosidas 
designadas fólios. Cada fólio é reservado a uma conta, em cuja página esquerda se 
escreve o “Deve” ou “Débito” da mesma e na direita o “Haver” ou “ Crédito”. 
Os registos a débito levam a preposição a, significando “Deve a”; os a crédito levam a 
preposição de, significando “Haver de”. 
1.4.3. Inventário e Balanços 
 
O Livro de Inventário e Balanços serve para nele se lançarem, dentro dos prazos 
legais, os balanços a que tem de proceder. Começará pelo arrolamento de todo o activo 
e passivo do comerciante, fixando a diferença entre aquele e este, o capital com que 
entra em comércio. 
1.5. Requisitos ou Formalidades Legais de Escrituração dos Livros 
 
Os livros de Diário, Razão e de Inventário e Balanços, serão, antes de escritos, 
apresentados ao Ministério das Finanças (Repartição de finanças onde a empresa está 
vinculada) e ao Tribunal Administrativo para que sejam por eles, numeradas e 
rubricadas as folhas, e depois lançados por um escrivão na primeira página um termo de 
abertura e outro de encerramento na última página, sendo referenciados ambos os 
termos por estas entidades. 
4 
1.6. Lançamentos 
 
1.6.1. Noção 
 
Chama-se lançamento ou assento, à anotação de qualquer facto patrimonial nos livros 
de contabilidade. 
1.6.2. Elementos de Lançamentos 
 
O lançamento compõe-se dos seguintes elementos: 
 
- Data: dia, mês e ano; 
- Título ou cabeçalho, que é a indicação da(s) conta(s) a debitar e da(s) 
conta(s) a creditar; usualmente escreve-se em caracteres mais destados; 
- Descrição ou histórico, que consiste na explicação sucinta do facto 
patrimonial que dá origem ao lançamento; 
- Importância ou valor, que é o montante correspondente às variações 
provocadas nas contas. 
 
Em regra, apenas no Diário se encontram todos estes elementos. 
 
1.6.3. Classificação dos Lançamentos 
 
Os lançamentos podem classificar-se da seguinte forma: 
 
a) Quanto ao número de contas movimentadas: 
- 1ª fórmula: um débito = um crédito 
- 2ª fórmula: um débito = vários créditos 
- 3ª fórmula: vários débitos = um crédito 
- 4ª fórmula: vários débitos = vários créditos 
 
Aos lançamentos da 1ª fórmula dá-se o nome de lançamentos simples. Os das demais 
dizem-se lançamentos complexos ou compostos. 
b) Quanto a natureza ou momento dos movimentos: 
- Lançamentos de abertura: respeitam ao registo dos valores iniciais das 
contas de um comerciante, no início da sua escrita; 
- Lançamentos correntes: respeitam ao registo das operações realizadas e 
dos acontecimentos ocorridos durante cada exercício económico; 
- Lançamentos de estorno: têm por finalidade rectificar as omissões, 
duplicações e erros cometidos nos lançamentos efectuados; 
- Lançamentos de regularização: visam rectificar o saldo das contas que 
não correspondem a realidade; normalmente, efectuam-se no fim de cada 
exercício económico antes de se proceder ao apuramento de resultados e 
à elaboração do balanço; 
- Lanaçamentos de transferência ou de apuramento de resultados: têm por 
finalidade transfeerir os saldos das contas de custos e proveitos para as 
contas de resultados, permitindo a posterior determinação dos resultados 
da empresa; 
5 
- Lançamentos de encerramento ou fecho: são efectuados depois do 
apuramento de resultados e da elaboração do Balanço e permitem fechar 
as contas que apresentam saldos (devedores ou credores); 
- Lançamentos de reabertura: registam, no início de cada exercício 
económico, os valores iniciais das contas (saldos finais das contas no 
exercício anterior). 
 
1.7. Estornos 
 
O estorno é um lançamento destinado a anular ou rectificar outro, ou a preencher uma 
lacuna. 
Os estornos podem ser motivados por: 
 
a) Omissão de lançamento; 
b) Duplicação de lançamento; 
c) Inversão de contas (debitar a conta que se devia ter creditado e/ou vice-versa); 
d) Substituição de contas (debitar e/ou creditar contas diferentes das que se deviam 
ter debitado e/ou creditado); 
e) Alteração de quantias (lançar uma importância diferente da variação sofrida pela 
conta). 
 
1.7.1. Estornos no Diário 
 
Quando o erro é cometido no Diário, o estorno consistará, na forma mais simples de um 
lançamento inverso ao errado. 
1.7.2. Estornos no Razão 
 
No Razão podem verificar-se dois tipos de erros: 
 
- Erros que correspondem à transcrição de erros já cometidos no Diário; 
- Erros apenas cometidos no Razão. 
 
No primeiro caso, os erros são corrigidoscom a passagem ao Razão dos lançamentos de 
estornos efectuados no Diário; 
No segundo caso serão, apenas, emendados no Razão. Esta rectificação será efectuada 
por meio de um traço a tinta de cor diferente, sobre os elementos que careçam de 
emenda, deixando-os legíveis. Com a mesma tinta faz-se a correspondente inscrição na 
linha seguinte, do elemento correcto. 
1.8. Balancete 
 
Utilizando-se o método digráfico, toda a operação é simultaneamente lançada a débito 
de uma(s) conta(s) e a crédito de outra(s); e para se verificar a igualdade dos débitos e 
dos créditos de todas as contas depois do registo das respectivas variações, utiliza-se um 
dispositivo chamado Balancete. 
6 
O Balancete é um quadro recapitulativo de todas as contas do Razão, onde consta a 
soma do débito e do crédito de cada conta e os respectivos saldos (devedores ou 
credores). É, pois, um resumo do Razão onde a soma dos totais do débito e do crédito 
deve ser igual, coincidindo também, com o total do Diário; consequentemente, os totais 
das somas dos saldos devedores e credores devem ser iguais. 
Balancete 
Fólio Contas 
Movimentos Saldos 
Débito Crédito Devedores Credores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Total 
 
D C Sd Sc 
 
Donde: 
- D = C e Sd = Sc 
 
Durante o exercício económico, são elaborados periodicamente balancetes, geralmente 
todos os meses, com dupla finalidade: 
- Conferir as passagens do Diário ao Razão; 
- Verificar a situação da empresa 
 
Por isso lhes chamam balancetes mensais de verificação. 
 
Os saldos de algumas contas apresentados por este balancete poderão não corresponder 
rigorosamente à realidade (por exemplo, nas contas bancárias talvez ainda falte 
considerar os juros). Para se ter indicações exactas é necessário proceder à regularização 
daquelas contas, através de lançamentos de regularização ou de rectificação, o que, 
geralmente, acontece apenas no fim de cada exercício económico. 
Depois de regularização elabora-se o chamado balancete rectificado ou de inventário, 
sendo chegado o momento de se apurarem os resultados efectuando, para o efeito, os 
lançamentos de apuramento de resultados ou de transferência. Após estes lançamentos 
elabora-se um novo balancete, designado por balancete final ou de encerramento, no 
qual todas as contas de custos e de proveitos deverão aparecer saldadas, isto é, sem 
saldos. 
Com base no balancete final ou de encerramento, facilmente se elabora o balanço de fim 
de exercício, bastando considerar as contas que evidenciem saldos, e só essas, 
apresentando-as no dispositivo do balanço.

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