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Relatório - Discussão da obra Justiça

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RELATÓRIO DA DISCUSSÃO DE JUSTIÇA: O QUE É FAZER A COISA CERTA 
Aluna: Valentine Kallas Bacon 
Ra: 125957 
Turma: 2 
 
Relatório do capítulo oito da obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa” 
Michael J. Sandel, levanta em sua obra “Justiça: o que é fazer a coisa certa”, uma série 
de exemplos que exploram dilemas do cotidiano, várias questões acerca de uma teoria de 
justiça. O autor procura descobrir o que é fazer a coisa certa diante dos temas que a vida cívica 
nos apresenta na atualidade. Sandel inicia, portanto, o capítulo por determinadas situações em 
que cada cidadão é levado a refletir e a tomar posição. As abordagens de justiça apresentadas 
pelo autor buscam responder a um questionamento importante: “uma sociedade justa procura 
promover a virtude dos seus cidadãos? Ou a lei deveria ser neutra quanto às concepções 
concernentes à virtude, deixando os cidadãos livres para escolher, por conta própria, a melhor 
forma de viver?”. Segundo Sandel, as teorias de justiça antigas, como a de Aristóteles, partem 
da virtude. 
No capítulo oito “Quem merece o quê?’’, Sandel analisa a concepção que associa a 
justiça à virtude, segundo as teorias de Aristóteles. Para o filósofo, se as pessoas não são iguais, 
não poderão ter coisas iguais. Na sua concepção, justiça significa dar às pessoas o que elas 
merecem. Prega que os iguais sejam tratados iguais e os diferentes sejam tratados diferentes de 
acordo com a sua condição, que não devem ser vistos como indivíduos beneficiários, já que 
esses possuem barreiras sociais e econômicas que justificam seu tratamento diferenciado. 
Na sequência, é apresentada a teoria de Aristóteles, novamente, segundo um caso da 
atualidade, o da ação afirmativa, isto é, a adoção de medidas que objetivam corrigir erros e 
perdas do passado, como no caso das cotas raciais, e promover a diversidade. Parafraseando a 
justiça teleológica do filósofo com a admissão nas universidades, é preciso definir o télos para 
definir os critérios de admissão. Embora sem transparecer de forma conclusiva, Michael Sandel, 
parece se inclinar à versão da abordagem de justiça, que evoca o cultivo da virtude e a 
preocupação com o bem comum. Para o autor, o alcance de uma sociedade justa passa por 
raciocinar sobre o significado da vida boa e criar uma cultura que aceite as divergências de 
ideias entre as pessoas. 
Outrossim, é destacada o papel social das ações afirmativas que visam integrar na 
sociedade os indivíduos que a mesma tende a excluir, dessa forma mostra como elas em si não 
prejudicam a sociedade muito pelo contrário, elas são fundamentais para contribuir para o 
desenvolvimento social. Nessa perspectiva todos possuem capacidade não há uma 
desvalorização ou supervalorização de indivíduos, mas apenas é ofertado para aqueles que não 
estão equiparados aos demais a oportunidade de inserir se na sociedade. 
Já na política, há um procedimento que permite que as pessoas escolham suas 
finalidades por conta própria, através da votação. O objetivo pelo qual a comunidade política 
existe é para implantar políticas sábias, tornando melhor a vida de todos e honrar e recompensar 
a virtude cívica, sendo assim, para Aristóteles a política é uma atividade para se obter a vida 
boa, induz o bom hábito. Formam um bom caráter e nos coloca no caminho da virtude cívica. 
Entretanto, tudo isso deve acontecer na prática e, não apenas na teoria. Michael Sandel aponta 
nesse momento sobre a questão da neutralidade do Estado acerca de vício e virtude, não lhe 
cabendo conservar as boas atitudes e desestimular as más. A neutralidade da sociedade ou 
promoção de virtudes divide o pensamento político. 
E por fim o autor expõe o fato que a justiça ter a função social de garantir um bom 
convívio social. A sociedade deve se preocupar sempre em garantir o máximo de felicidade 
para garantir o bem estar social e um convívio sem conflitos sociais. Ao final da leitura é 
possível concluir que em nossa sociedade deve haver a presença da empatia perante todos os 
indivíduos da sociedade, o princípio da igualdade não justo de ser aplicado perante aquele que 
não teve as mesmas oportunidades, devendo prevalecer o princípio da equidade que visa tratar 
as pessoas na medida de suas igualdades a fim de propiciar a todos as mesmas oportunidades. 
O autor defende, portanto, que somente uma ética política que leve em consideração o 
bem comum e as virtudes cívicas pode ser crítica, e, satisfatoriamente, solucionar os dilemas 
morais contemporâneos. Ele orienta a moral política na busca de uma “boa sociedade” e não 
meramente na busca de acúmulo de bens materiais, felicidade e liberdade individuais.

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