Buscar

INTRODUÇÃO À AQUICULTURA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À AQUICULTURA
- No Brasil, a aquicultura começou a se desenvolver a partir de meados do século vinte por projetos de universidades.
- Diferença entre pesca e aquicultura: A pesca retira o animal da natureza, enquanto a aquicultura o desenvolvimento do animal é controlado em cativeiro.
- A aquicultura cresceu na necessidade de atender a demanda alimentar da população.
- Os maiores países produtores/consumidores de peixe ou que usam o peixe como fonte econômica: china e arredores asiáticos, chile e peru como destaques na américa
- Os desafios que a aquicultura enfrenta é pensando no futuro. Terá capacidade para alimentar cerca de 9 milhões de pessoas ate 2050? É necessário considerar a sustentabilidade, para diminuir os impactos ambientais (como poluição da água); considerar mudanças climáticas e crises econômicas.
- Ao comparar a aquicultura com a pecuária, a aquicultura sai em vantagem por apresentar um menor impacto ambiental, quando bem gerida, do que a pecuária, uma vez que esta libera muito metano para o ambiente
- Efluentes são resíduos produzidos e descartados no meio ambiente sobre a forma de gases e líquidos, eles também podem comprometer o ambiente
- Aquaponia: sistema de produção de alimentos que combina a aquicultura convencional com a hidroponia – cultivo de vegetais sem o uso do solo, ex: alface – em um ambiente simbiótico. Na aquicultura comum, excreções dos animais criados podem se acumular na água, aumentando sua toxicidade.
- Ramos da aquicultura ranicultura (rã), carcinocultura (camarão), piscicultura, malacocultura (ostras). Mundialmente, moluscos são os animais mais produzidos.
- Os peixes os mais pescados na captura marítima são anchoveta, collin de alaska e listado.
- O s principais peixes produzidos na aquicultura são: carpas e tilápia
- A tilápia é a espécie mais produzida no Brasil, ela consegue viver em baixa quantidade de O2, é tolerante à compostos tóxicos, tolera mudanças buscas de temperatura; reprodução fácil e rápida (sem necessidade de indução hormonal); habito alimentar pouco exigente; são agressivas e territorialistas. Tem um alto rendimento cerca de 60% só de file. 
- A tilápia além de ser vantajosa pode ser considerada como espécie invasora, podendo levar patógenos e gerar relações de predação e competição, comprometendo o desenvolvimento de outras espécies. Além disso, podem levar algas e plantas invasoras comprometendo a qualidade do ambiente.
- Outras espécies invasoras: rã touro e carpas
- De 1950 a 2018: a aquicultura tem crescido gradualmente, enquanto que a pesca marítima chegou em um ponto de constância devido a oferta do ambiente.
- A perspectiva da aquicultura é crescer de modo sustentável; aumentar a produção de forma responsável e sustentável.
- A estimativa para o futuro é que a aquicultura cresça e ultrapasse a pesca até 2030. Produzir alimento saudável e otimizar espaço de modo sustentável.
SUSTENTABILIDADE NA AQUICULTURA
- Malthus 1798 (Século XVIII) Alerta sobre a necessidade de equilíbrio entre o crescimento populacional e a capacidade de produzir alimentos.
- Hoje em dia, a produção de alimentos é suficiente para o mundo, porém, não é distribuída de forma igualitária, gerando crises sociais e o problema da fome.
- Limites do planeta Desenvolvimento tecnológico; apropriação de recursos; desperdício; má distribuição.
- Durante a década de 1960, surgiu a pauta ecológica após a Segunda Guerra Mundial, pois passavam por um período de exploração ambiental intensa. 
- Modelo Produtivo:
• Gastador de recursos naturais;
• Gastador de Energia;
• Expansão (não importa os meios);
• Produtos menos duradouros;
• Aumento exagerado do mercado (consumismo);
• Desperdício;
• Obsoleto;
• Poluição;
• Degradação;
• Concentrador de renda.
- Ecodesenvolvimento (Tendências)
• Tecnologias apropriadas;
• Tecnologias alternativas;
• Eficiência energética – diminui o custo de energia;
• Processos produtivos menos geradores de poluição e degradação; 
• Redução qualitativa do consumo de recursos naturais;
• Internalização dos custos sociais e ambientais;
• Redução das desigualdades sociais; 
• Observância aos limites do planeta.
- Sustentabilidade econômica, ambiental e social devem estar em harmonia para haver o desenvolvimento de qualquer negócio.
- Sustentabilidade Social:
Trata-se de todo capital humano que está, direta ou indiretamente, relacionado às atividades desenvolvidas por uma empresa. Isso inclui, além de seus funcionários, seu público-alvo, seus fornecedores, a comunidade a seu entorno e a sociedade em geral.
Desenvolver ações socialmente sustentáveis vai muito além de, por exemplo, dar férias e benefícios aos funcionários. Deve-se proporcionar um ambiente que estimule a criação de relações de trabalho legítimas e saudáveis, além de favorecer o desenvolvimento pessoal e coletivo dos direta ou indiretamente envolvidos.
- Sustentabilidade Econômica:
	Para que uma empresa seja economicamente sustentável, ela deve ser capaz de produzir, distribuir e oferecer seus produtos ou serviços de forma que estabeleça uma relação de competitividade justa em relação aos demais concorrentes do mercado.
Além disso, seu desenvolvimento econômico não deve existir às custas de um desequilíbrio nos ecossistemas a seu redor. Se uma empresa lucra explorando as más condições de trabalho dos funcionários ou a degradação do meio ambiente da área à sua volta, por exemplo, ela definitivamente não está tendo um desenvolvimento econômico sustentável, já que não existe harmonia nas relações estabelecidas.
- Sustentabilidade Ambiental:
	Por fim, o desenvolvimento sustentável ambientalmente correto se refere a todas as condutas que possuam, direta ou indiretamente, algum impacto no meio ambiente, seja a curto, médio ou longo prazos.
 	É comum vermos empresas adotando medidas mitigatórias, como, por exemplo, promover ações de plantio de árvores após a emissão de gases poluidores, como se uma coisa compensasse a outra.
O desenvolvimento sustentável busca, em primeiro lugar, minimizar ao máximo os impactos ambientais causados pela produção industrial. Caso não seja esse o objetivo, provavelmente estaremos falando muito mais de estratégias de marketing do que de sustentabilidade de fato.
- ONU: Conferência Mundial sobre Meio Ambiente Humano – Estocolmo 1972
Alertas sobre: 
• A forma de desenvolvimento econômico e tecnológico;
• Resultados devastadores às condições ambientais do planeta (crescimento populacional, o aumento dos níveis de poluição e o esgotamento das fontes de recursos naturais);
Conflitos:
• Crescimento “zero” X Crescimento a “qualquer custo”.
Reflexos:
• Criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
- Desenvolvimento Sustentável “é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades” (Nosso Futuro Comum) (Comissão Brudtland – 1987)
- Desafios
• Tecnologias apropriadas e alternativas;
• Redução qualitativa do consumo;
• Melhoria da qualidade de vida;
• Redução das desigualdades sociais;
• Consideração dos limites dos recursos;	
• Inclusão das novas gerações (renuncia à apropriação de riquezas);
• Mudanças de paradigmas.
- Conceito de Gestão:
	É um conjunto de regras formais ou informais, ou seja, criadas e adotadas por lei ou pelos costumes, para que o acesso e uso dos recursos pesqueiros (as pescarias) sejam realizados de maneira a não comprometer os estoques e, ao mesmo tempo, gerar empregos e renda e permitir que aspectos culturais e modos de vida das comunidades pesqueiras sejam transmitidos de geração em geração.
- Ordenar Ter ordem; Quantificar gastos e materiais;
- Fomentar Financiar; fornecer auxílio para gestão ser implementada; Por ex.: um comunidade forma uma sociedade para a pesca, e é necessário fomentar para auxiliar o desenvolvimento da atividade.
- Quem? Quantos? Quando? São questões que devem ser determinadas pela gestão.
- Se não houver ordem, haverá impactos maiores. As regras evitam a extinção biológica e limita o acessoaos recursos pesqueiros.
- Controlar o esforço de pesca nº de embarcações; nº de pescadores; nº de apetrechos.
- Tipos de apetrechos Tamanho da malha; Abertura do anzol; Forma de uso do apetrecho.
- Controle da produção Sistemas de cotas Cota global distribuída em cotas individuais Tem como finalidade evitar a super exploração de um determinado recurso em uma determinada área.
- Reconhecimento dos direitos tradicionais. Conflitos são gerados quando recursos naturais são usados por várias atividades, por várias pessoas conflitos entre projetos de interesses dos grupos sociais.
- Relação homem x natureza O capitalismo é exercido quando a exploração dos recursos naturais não visa apenas a subsistência, mas, também, o lucro. 
- Quais os motivos para a pesca ser controlada?
• Diminuição da quantidade de peixes em rios e lagos (sobrepesca);
• Existência de conflitos sociais entre os pescadores.
ESPÉCIES AQUATICAS NATIVAS E EXÓTICAS
 De acordo com estatísticas providas pelo IBAMA, em 2005, foram cultivadas 114 mil toneladas de peixes exóticos e 58 mil toneladas de peixes nativos, respectivamente, 66% e 34% da produção da piscicultura no Brasil.
 Apesar do Brasil ter muitas espécies nativas, as espécies exóticas, como a tilápia, já possuem há anos investimentos em reprodução, tecnologia. Além disso, a aceitação pelo consumidor também é um fator importante. 
 Espécies nativas:
1. Tambaqui (Colossoma macropomum):
- Principal espécie amazônica cultivada no Brasil; 
- Segundo maior peixe de escama da Bacia Amazônica (na natureza peixes de até 30 kg); 
- Facilidade na produção de alevinos e rápido crescimento; 
- Temperaturas abaixo de 17°C podem causar a morte dos animais, por isso o cultivo concentra-se na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país; 
- Possuem boa aceitação no mercado.
2. Pacu (Piaractus mesopotamicus):
- Originário da Bacia do Paraguai e do Prata; 
- Na natureza chega a alcançar 20 kg; 
- Apresenta relativa facilidade de produção de alevinos; 
- Também é um dos peixes mais apreciados em pesque-pague do país; 
- O consumo é mais restrito a região Centro-Oeste, no entanto a disponibilidade do pacu oriundo de pisciculturas pode popularizar o consumo deste em outras regiões.
3. Curimbatá (Prochilodus lineatus)
- Esta espécie pode ser naturalmente encontrada em diversas bacias hidrográficas brasileiras.
- Sempre foi um peixe com grande representatividade na pesca comercial. 
- O curimbatá é produzido somente na América do Sul, sendo o Brasil líder absoluto de produção, e Sergipe, o maior produtor nacional desta espécie.
4. Pintado (Pseudoplatystoma corruscans)
- O pintado é um dos mais apreciados peixe de água doce. 
- É peixe nobre da Bacia do Pantanal.
- Possui excelente qualidade de carne com uma pequena presença de espinhos e, além disso, o rendimento de filé é bastante alto.
- Devido à grande captura, atualmente essa espécie encontra-se com seu estoque pesqueiro bastante reduzido. 
- A produção concentra-se na região Centro-Oeste, sendo o Estado do Mato Grosso
do Sul o maior produtor nacional.
5. Tambacu
- O Tambacu é um peixe híbrido, obtido a partir do cruzamento da fêmea do Tambaqui com o macho Pacu e tem os mesmos hábitos do Tambaqui. 
- Toleram baixos teores de oxigênio dissolvido na água; 
- Atingem maturidade sexual por volta do quarto ano de idade, com cerca de 55 cm de comprimento; 
- Não se reproduzem naturalmente em viveiros; 
- Possuem boa adaptação ao cativeiro, rusticidade, grande habilidade de ganho de peso, alta taxa de reprodução e bom sabor e consistência de sua carne.
 Outras espécies nativas:
1. Rã-manteiga (Leptodactylus ocellatus) e Rã-pimenta (Leptodactylus pentadactylus);
- As rãs nativas brasileiras, rã-manteiga e rã-pimenta, também utilizadas na ranicultura diferem morfologicamente da rã-touro (exótica), principalmente, por não apresentarem membranas interdigitais nos membros posteriores. 
2. Camarões nativos de água doce:
- Macrobrachium carcinus - 26,5cm, 340g.
- Macrobrachium acanthurus - 17,5 cm, 60g
- Macrobrachium amazonicum - 10 cm, 12g - “camarão regional” 
- Estes crustáceos habitam águas interiores como riachos, rios, lagoas, que tenham comunicação com o mar, apresentam fase larval de 20 a 60 dias em água salobra, estuário (a exceção do M. amazonicum - período de larvicultura de 20 dias).
 Principais espécies exóticas:
1. Tilápias
- Nativos do continente africano e da Palestina.
- Existem cerca de 75 espécies utilizadas há muito tempo na piscicultura, desde a antiguidade, por volta de 2000 a.C.
- No Brasil, a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) foi introduzida em 1971, proveniente da Costa do Marfim e cultivada no Nordeste.
- O grupo das tilápias é hoje o segundo grupo de peixes mais cultivados no mundo. Isso se deve a fatores, como:
- Rusticidade;
- Rápido crescimento;
- Carne de ótima qualidade e;
- Boa aceitação no mercado consumidor.
- Possui características reprodutivas favoráveis
- Alta capacidade de reprodução;
- Maturidade sexual precoce;
- Fecundidade relativamente elevada e desova frequente:
- Dificuldades: têm levado a uma das principais dificuldades encontradas pelos piscicultores, que é a superpopulação dentro dos viveiros de cultivo, prejudicando a taxa de crescimento dos indivíduos.
- Fêmeas:
- Incuba os ovos na boca (cuidado parental);
- Reduz a alimentação diária,
- Converte grande parte do alimento consumido na formação das gônadas.
- Esses fatos contribuem para o baixo desenvolvimento de carcaça das fêmeas em relação aos machos.
- A precocidade de maturação sexual das fêmeas também pode acarretar prejuízos devido à superpopulação dos viveiros. Estes fatos justificam o uso de populações monossexo no cultivo de tilápias.
- Reversão sexual: A reversão sexual de tilápias, ou masculinização, é feita através do uso de um hormônio conhecido como metiltestosterona na ração que alimenta as larvas em seus primeiros dias de vida. O uso do metiltestosterona é bastante polêmico.
2. Carpas
- As carpas são consideradas exóticas em nosso país por terem origem na Ásia e na Europa Oriental, são utilizadas na piscicultura por volta de 3000 anos. É a espécie de peixe de água doce mais cultivada no mundo. Seu cultivo, no Brasil, teve origem na colonização do sul do país por italianos e alemães, que praticavam uma piscicultura de subsistência alimentando as carpas com restos de grãos e dejetos de animais.
- Divididas em três grandes grupos:
- Carpa comum;
- Carpa chinesa: carpa capim (Ctenopharyngodon idella), carpa prateada (Hypophthalmicthys molitrix) e carpa cabeça grande (Aristichthys nobilis);
- Carpas indianas.
3. Catfish:
- O catfish é conhecido como bagre americano ou também como bagre-decanal (Ictalarus punctatus). É uma espécie originária dos Estados Unidos. Sua produção não é tão representativa quanto à de tilápias e carpas, mas o catfish desempenha um papel importante na aquicultura brasileira, principalmente por sua utilização em pesque-pague.
4. Truta:
- Existem diferentes espécies de trutas, e são provenientes da Europa, da América do Norte e da Ásia. A espécie que mais se adaptou as condições de cultivo no Brasil foi a truta arco-íris (Oncorhyncus mykiss). A maioria das propriedades que cultivam trutas são de pequeno porte e, localizam-se em regiões montanhosas, pois precisam de água em abundância, com baixas temperaturas e quantidade de oxigênio dissolvido.
 Outras espécies exóticas
1. Rã-touro gigante (Lithobates catesbeianus)
- Pode-se dizer que a rã-touro gigante (Lithobates catesbeianus) é a única espécie utilizada nos ranários comerciais brasileiros, por apresentar características interessantes para o cultivo, como:
- Precocidade (crescimento rápido);
- Prolificidade (alto número de ovos por postura);
- Rusticidade (facilidade de manejo).
2. Camarão Gigante da Malásia (Macrobrachium rosenbergii)
- É uma espécie exótica, e foi trazida em 1977 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e em 1982, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Pernambuco (IPA) implantou um laboratório de reprodução de pós-larvas,difundindo pelo país o cultivo desta espécie. Estima-se que hoje o Brasil tenha uma área de 400 hectares de cultiva e produza por ano cerca de 650 toneladas.
QUALIDADE DA ÁGUA
- 75% da superfície terrestre está coberta por água.
 Limnologia
- É o estudo científico do conjunto das águas continentais em todo o Planeta, incluindo lagos, represas, rios, lagoas, costeiras, áreas pantanosas, lagos salinos e também estuários e áreas pantanosas em regiões costeiras.
 Características da água
- pH
- Oxigênio dissolvido
- Alcalinidade
- Condutividade elétrica
- Nitrogênio
- Dureza total
- Temperatura
- Luminosidade
- O acúmulo de amônia, principal produto nitrogenado da urina dos animais aquáticos, torna-se tóxica para todos organismos. A queda do oxigênio dissolvido na água compromete a sobrevivência dos animais. A água precisa estar bem oxigenada.
 Propriedades da água
1. Calor específico: 
- Tem um calor específico alto;
- É a quantidade de energia necessária para elevar em 1ºC a temperatura de 1 kg de água a 14,5ºC e corresponde a 1 kcal.
2. Tensão superficial da água:
- A ligação molecular forma uma película;
- Pode atrapalhar na oxigenação da água, por isso em tanques a água deve ser movimentada.
 
3. Viscosidade:
- É a capacidade da água em oferecer resistência ao movimento dos organismos e das partículas nelas presentes.
- Organismos planctônicos afundam mais rapidamente.
- Aumenta a energia necessária para locomoção.
4. Densidade:
- É a relação entre a massa e o volume que ela ocupa.
5. pH:
- É definido como o logaritmo negativo da concentração molar de íons hidrogênio: pH=-log[H+].
- Água pura ou solução neutra: [H+] = [OH]
- Solução ácida: [H+] > [OH --] pH < 7
- Solução básica: [H+] < [OH --] pH > 7
- É obtida através de kits de análise de água ou de equipamento eletrônico.
 Fatores que afetam o pH:
- Respiração;
- Fotossíntese;
- Adubação;
- Calagem – manejo sanitário;
- Poluição.
- Durante o dia há remoção do CO2 da água por meio da fotossíntese.
- De madrugada há adição de CO2 na água, pois prevalece a respiração. Se não tem luz, as algas não produzem oxigênio.
 Alcalinidade:
- Representa a capacidade de um ambiente em neutralizar ácidos (tamponamento);
- Refere-se à concentração total de bases na água;
- A alcalinidade é expressa em equivalente à mg/L de CaCO3 (carbonato de cálcio);
- A mensuração da alcalinidade é feita em laboratório por titulação.
- Se a alcalinidade estiver alta (ideal), a variação do pH pode estar baixa.
- Se a alcalinidade estiver baixa, a variação do pH pode estar alta.
 Dureza:
- Concentração de cátions em solução na água;
- Reflete principalmente o teor de íons de Ca e Mg que estão combinados ao carbonato e/ou bicarbonato;
- Água com maior dureza mais alcalina;
- Água com menor dureza mais ácida.
- Peixes nativos águas-moles.
 Zonação:
- Região litorânea: corresponde ao compartimento do lago que está em contato direto com o ecossistema terrestre adjacente.
- Região limnética ou pelágica: é a caracterizada por uma área com penetração de luz.
- Região profunda: é caracterizada pela ausência da luz.
- Interface água-ar: as comunidades que vivem nessa região se aproveitam da tensão superficial da água.
 Aspectos da Limnologia:
1. Biológicos
a) Macrófitas aquáticas – plantas aquáticas grandes
- Flutuantes: utilizadas como substrato para desova;
- Enraizadas: atrapalham em determinados manejos;
- Assimilação de compostos (e.g. fosfato; amônia; nitrato)
- Fonte de alimento: farinha de aguapé(Eichhornia crassipes)
b) Fitoplâncton – algas microscópicas
- Cianobactérias;
- Algas verdes; 
- Xantofíceas;
- Crisofíceas; 
- Diatomáceas;
- Criptofíceas; 
- Dinoflageladas
- Fertilização: orgânica e inorgânica Esterco de boi; Esterco suíno; Cama de frango; Aguapé; Superfosfato simples; Ureia.
c) Zooplâncton – animais aquáticos microscópicos ou imperceptíveis.
- Fonte nutriente;
- Larvicultura;
- Predadores.
d) Comunidade bentônica – animais que vivem no fundo/lodo
- São aqueles que vivem no substrato de fundo de ecossistemas aquáticos;
- Zoobentos;
- Fitobentos.
e) Macroinvertebrados – invertebrados maiores/insetos
- Diversos interferem na aquicultura (e g Odonatas Hemiptera).
 
f) Moluscos, crustáceos, peixes e anfíbios
2. Físicos:
a) Radiação;
- Principalmente, luz do sol
- Ângulo de incidência
- Ondulação na superfície
- Sólidos suspensos
- Atenuação da radiação: o ângulo, a ondulação, turvação e os sólidos ajudam 
- O excesso de radiação pode ser prejudicial, deve ser atenuada, não pode entrar com muita incidência. O fundo do lago recebe menos radiação, sendo local onde acontece maior parte de decomposição de matéria orgânica.
b) Turbidez;
- É a medida da capacidade da água em dispersar a radiação, ou seja, a água tem capacidade de absorver radiação e quanto maior a turbidez maior a dispersão. Tem relação direta com a radiação, impedindo a radiação entrar muito.
- Proliferação de plâncton, quando é muito alta é prejudicial aos peixes, até gerar neles dificuldades de respiração.
- Excesso de sólidos suspensos
- O aparelho analisa quanto há de sólidos dispersos
c) Transparência da água;
- Do ponto de vista óptico, pode ser considerado o oposto da turbidez
- Pode ser utilizada para estimar a quantidade de material em suspensão
- Faz se uma relação direta da transparência da água com a quantidade de plâncton na água
- Alimentação (larvicultura);
- Controle da alcalinidade da água;
- Controle do Oxigênio Dissolvido da água
- Avaliada por aparelho eletrônico ou por disco de secchi, analisa quanto de radiação consegue adentrar na água.
- Fatores que aumentam a quantidade de Plâncton
- Adubação
- Ração
- Sombrites e estufas
- Luz artificial
- Água com excessiva quantidade de plâncton (verde), durante o dia produz muito O2, mas de noite não. A respiração derruba a saturação de O2 dissolvido. Essa queda de O2 por causa do consumo das algas pode matar os peixes.
- A falta de plâncton é refletida na diminuição da produção de O2.
d) Temperatura;
- Energia transformada a partir da radiação solar
- Atua diretamente no metabolismo dos peixes
- Influencia no crescimento, consumo de alimento e resistência às doenças
- A tolerância dos peixes às variações de temperatura vai depender muito da espécie
- A temperatura ideal para os peixes brasileiros varia de 26 32 o C
- Estratificação térmica: A água mais quente fica na superfície, por causa da radiação. Epilimnio, metalimnio, hypolimnio.
- A temperatura do fundo tende ser mais estável, uma vez que a radiação aumenta na superfície a partir do meio dia. Deve corrigir essa questão com ondulações.
- Em estufas o ambiente é controlado.
- Oscilações drásticas podem matar os peixes, assim como extremos, pois são ectotérmicos, precisando da temperatura da água para homeostase
- Em relação ao O2 dissolvido, a temperatura alta pode reduzir seus valores. Além de favorecer proliferação de microrganismos.
e) Circulação.
- É importante porque ajuda na oxigenação a partir do rompimento da tensão superficial; dispersa o calor, misturando os estratos térmicos. 
- Processo físico de mistura vertical
- Natural: vento
- Artificial: aeradores mecânicos
- Artificial: entrada de água
3. Químicos
a) Oxigênio dissolvido
- É o mais importante dos gases presentes na água.
- Fontes: atmosfera e fotossíntese.
- Perdas: decomposição de matéria orgânica (oxidação), perdas da atmosfera, respiração dos organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos.
- Solubilidade: temperatura e pressão.
- Vento
- Troca de água
- Aeração mecânica
b) Carbono
- Presente em matéria orgânica, fonte de energia para as bactérias e algas interferem na radiação na coluna d'água. Quanto mais matéria, mais turbidez.
- Inorgânico (CO2) fundamental para a fotossíntese
c) Nitrogênio
- Participa na formação de proteínas.
- Compostos nitrogenados: nitrato(NO3-), nitrito(NO2-), amônia(NH3), íon amônio(NH4+). O excesso torna a água mais tóxica
- O excesso de urina, matéria orgânica e ração aumenta o nível da amônia.
- Toxicicidade dos compostos por causa da amônia.
- Fonte: ração, excreçãoe fertilizante.
- Organismos procariontes transformam nitrogênio inorgânico em nitrogênio orgânico.
- Processos: amonificação, nitrificação e redução do nitrato.
- Amônia (NH3) < 0,05 mg/L
- Nitrito (NO-2) < 0,15 mg/L
- Nitrato (NO-3) até 5,0 mg/L
d) Fósforo
- É o principal fator limitante da produtividade primária.
- Espécies inorgânicas: pH entre 5 e 8 → H 2 PO 4 e HPO 42 --(
- Fonte: fertilizantes e ração (fezes).
- Ligação com outros compostos (e.g. íons férricos; alumínio).
- O excesso está relacionado à presença de plâncton
 CONCLUSÃO
Da mesma forma que na maioria dos lagos, viveiros e tanques, há estratificação térmica, há também a estratificação química, isto é, os gases e compostos orgânicos e inorgânicos presentes na água podem apresentar distribuição não homogênea na coluna d’água Na maioria dos casos, a estratificação térmica condiciona a estratificação química Consequência à estratificação térmica e química, são formados ambientes mais e menos adequados para o desenvolvimento de determinados organismos, e assim forma se também uma estratificação biológica

Outros materiais