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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA ANDRÉIA NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO CLAUDETE FREIRE ARROXELAS JULIANA SANTOS DE SOUZA CAVALCANTE TAMAR DE CARVALHO RODRIGUES LOPES PRESERVAÇÃO DIGITAL NO CONTEXTO DAS BIBLIOTECAS DIG ITAIS: UMA BREVE INTRODUÇÃO Rio de Janeiro 2012 ANDRÉIA NASCIMENTO DA CONCEIÇÃO CLAUDETE FREIRE ARROXELAS JULIANA SANTOS DE SOUZA CAVALCANTE TAMAR DE CARVALHO RODRIGUES LOPES PRESERVAÇÃO DIGITAL NO CONTEXTO DAS BIBLIOTECAS DIG ITAIS: UMA BREVE INTRODUÇÃO Trabalho utilizado como parte da avaliação da disciplina Tecnologias de Reprodução e Armazenamento de Documentos, oferecida ao curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Profa. DSc. Simone Alencar Rio de Janeiro 2012 Preservação digital “é a capacidade de manter a integridade e a acessibilidade da informação digital em longo prazo”. (HOLLANDA, 2011). SUMÁRIO 1 A ERA DO ESQUECIMENTO ............................................................ 4 2 BIBLIOTECAS DIGITAIS E A PRESERVAÇÃO DIGITAL ................ 6 3 PRESERVAÇÃO DIGITAL: COMPLEXIDADE E PARADOXO ......... 7 3.1 TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO....................................................... 7 3.2 LONGEVIDADE DA PRESERVAÇÃO DIGITAL: ESCOLHA DA ESTRATÉGIA..................................................................................... 7 3.3 VARIÁVEIS A CONSIDERAR............................................................. 7 3.4 ELEMENTOS QUE DEVEM SER PRESERVADOS.......................... 8 3.5 DOCUMENTOS DE IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL NA FORMALIZAÇÃO E CONCEITUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PRESERVAÇÃO DE OBJETOS DIGITAIS........................................ 8 3.6 COMPREENSÃO DO DOCUMENTO................................................ 8 3.7 PERMANÊNCIA DO DOCUMENTO.................................................. 8 3.8 REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO............................................... 9 3.9 PROVENIÊNCIA DE UM DOCUMENTO........................................... 9 4 AS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL .......................... 10 4.1 PADRÕES.......................................................................................... 10 4.1.1 Classes de padrões de interesse....................................................... 10 4.2 AS ABORDAGENS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL........................... 11 4.3 MIGRAÇÃO........................................................................................ 11 4.4 PRESERVAÇÃO DA TECNOLOGIA.................................................. 12 4.5 EMULAÇÃO....................................................................................... 12 4.6 ENCAPSULAMENTO......................................................................... 12 5 À GUISA DA CONCLUSÃO .............................................................. 14 REFERÊNCIAS............................................................................................. 16 4 1 A ERA DO ESQUECIMENTO O capítulo em questão, debate um problema de natureza complexa, a preservação digital. Iniciaremos abordando a degradação ambiental, por ser um dos efeitos negativos das tecnologias modernas etambém um dos assuntos mais dramáticos e discutidos em prol da vida do nosso planeta, logo a manutenção da vida humana na face da Terra. O avanço vertiginoso da tecnologia provoca vários perigos quando esta é usada inconsequentemente, o maior risco está relacionado com a perda irreversível dos estoques da informação digital (SAYÃO, 2006), que está comprometida porque as informações digitais “são cada vez mais os principais registros das atividades da sociedade moderna” (SAYÃO, 2006, p. 113). A atual sociedade tem uma urgência extraordinária em transformar toda a produção humana em formatos digitais, a esse tudo, por exemplo, incluem os textos, as imagens, os vídeos, as músicas etc., atitude justificada pela grande economia de espaço físico para armazenamento destes diversos itens com seus respectivos formatos, que são variados. Neste contexto é também abordado a otimização dos fluxos de trabalho, gerando ganhos de produtividade e eficiência. A facilidade de acesso aos estoques informacionais, de produção, edição, publicação, integração e distribuição de informações em formatos digitais são fenômenos novos (SAYÃO, 2006). A era do esquecimento ou amnésia digital está intrinsecamente relacionada com a memória digital, pois através da preservação da memória digital as informações digitais estarão disponíveis para as futuras gerações acessá-las e recuperá-las na íntegra (SAYÃO, 2006). Vale ressaltar que nos dias atuais, “grande parte da informação produzida hoje já nasce digital” (SAYÃO, 2006, p. 114), e Sayão (2006) ressalta também que as informações que estão contidas em suportes convencionais também já estão sendo convertidas para o formato digital. A garantia de acesso indeterminado à informação digital completa é uma questão que ainda não está consolidada, ou seja, não existe a garantia de acessar informações digitais em longo prazo. De acordo com a UNESCO, muitas informações consideradas tesouros digitais foram irremediavelmente perdidas, como por exemplo, a primeira mensagem eletrônica enviada em 1964 por cientistas do MIT (Massachusetts Institute Technology) (SAYÃO, 2006). É necessário um equilíbrio e até mesmo uma “mudança cultural do profissional bibliotecário para tirar o foco da duração do 5 suporte e focar a permanência no acesso à informação digital”, afirmação feita por Tammaro e Salarrelli (2008, p. 195). É preciso garantir a herança cultural, histórica, científica e econômica, digitalmente falando, de caráter íntegro, para que os recursos tecnológicos disponíveis no futuro, cubram a autenticidade e a confiabilidade dos documentos digitais (SAYÃO, 2006). Formatos, hardwares, softwares e equipamentos obsoletos, ocasionam fragilidade e instabilidade da preservação digital, comprometendo a longevidade da informação digital, e é neste contexto que o capitalismo não contribui, pois os grandes empresários sobrevivem da obsolescência tecnológica (SAYÃO, 2006). De acordo Sayão (2006), quando informações digitais importantes são perdidas existe um custo elevado para recuperá-las e que na maioria das vezes não consegue reaver em sua totalidade, em seu texto ele relata vários exemplos de perdas e tentativas de recuperação com seus respectivos fracassos. 6 2 BIBLIOTECAS DIGITAIS E A PRESERVAÇÃO DIGITAL Sayão (2006), relata que o início da preservação eletrônica se deu com a comunidade arquivística, na década de 1970. Como legado a arquivologia alcançou considerável avanço na área de preservação. A fraqueza extrema existente entre preservação e acesso, está relacionada com a “infra-estrutura dos sistemas de informação que os incapacitam de garantir preservação continuada e acessibilidade plena às informações geradas num contexto de rápido avanço tecnológico” (SAYÃO, 2006, p. 115). A Biblioteconomia começou tardiamente a participar dos processos de preservação, foi com o surgimento das bibliotecas digitais, que assumiu a grande responsabilidade de “estocar”, preservar e disseminar as informações digitais. (SAYÃO, 2006). Existem os antigos problemas e também os novos, que permeiam as bibliotecas digitais desde o surgimento até hoje em dia, a diversificação destes problemas impedem a dinamicidade das bibliotecas digitais. 7 3 PRESERVAÇÃO DIGITAL: COMPLEXIDADE E PARADOXO A preservação digital é preservar o conteúdo intelectual de um objeto digital e a preservação ao acesso contínuodos documentos digitais. 3.1 TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Compreender e recriar a forma original ou função do objeto. Observar custo benefício, restrições legais, requisitos de acesso para o usuário final.Preservar tradicionalmente significa manter o documento imutável e intacto, mas no ambiente digital significa, na maioria dos casos, mudar, recriar, renovar, mudar formatos, renovar mídias e atualizar hardwares e softwares. 3.2 LONGEVIDADE DA PRESERVAÇÃO DIGITAL: ESCOLHA DA ESTRATÉGIA a) criação de museus tecnológicos, onde equipamentos e programas são depositados e mantidos; b) processar softwares obsoletos em qualquer computador no futuro; c) migração de objetos digitais que podem acompanhar a tecnologia por meio de atualização de mídias e formatos; d) passar o digital para meios mais estáveis e analógicos como papel e microfilme. Apesar da perda dos atributos digitais tais como hipertextualidade, som, movimento e distribuição em rede, por exemplo, imprimir uma fotografia digital para preservá-la. 3.3 VARIÁVEIS A CONSIDERAR a) armazenamento de massa; b) tecnologia Web; c) protocolos; d) normas; e) aspectos gerenciais, sociais, legais e jurídicos (gestão, planejamento, direitos autorais, autenticidades, legislação, dentre outros), aspectos econômicos (modelos de custos, de negócios); f) aspectos pertinentes aarquivologia e a ciência da informação. 8 3.4 ELEMENTOS QUE DEVEM SER PRESERVADOS a) funcionalidades; b) autenticidade; c) localização; d) referência de objeto no tempo; e) proveniência; f) contexto (relacionamentos e dependências de hardwares e softwares). 3.5 DOCUMENTOS DE IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL NA FORMALIZAÇÃO E CONCEITUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PRESERVAÇÃO DE OBJETOS DIGITAIS a) Relatório Preserving Digital Information, produzido por Task Force in Archiving of Digital Information, 1996; b) Norma: Open Archival Information System (OAIS). Esses elementos estabelecem padrões para dar apoio de preservação de longo prazo de informações digitais decorrentes de observações espaciais, mas que se dirigem também a outras instâncias. 3.6 COMPREENSÃO DO DOCUMENTO a) precisa-se conhecer o significado do seu conteúdo na linguagem em que foi construída, no caso do documento digital, e essa linguagem é um programa de computador; b) extração do conteúdo através de um software que não o original, com perdas em vários níveis. Por exemplo, editores de textos para converter documentos em formatos comuns. 3.7 PERMANÊNCIA DO DOCUMENTO Permanência é assegurar que o conteúdo informacional armazenado em um repositório é autêntico e íntegro: técnicas de autenticação e criptografia tais como: marca d’água, assinatura digital, algoritmos verificados, certificado digital. 9 3.8 REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO Manter a integridade e as características que o identificam como objeto único e singular. É necessário localizá-lo de forma definitiva e confiável. O método mais usado é o URL (UniformResearchLocator), lugar onde o objeto reside, isto é, em que computado servidor ele está armazenado e disponível para acesso. 3.9 PROVENIÊNCIA DE UM DOCUMENTO a) ponto de criação de um objeto para identificar sua autenticidade, isto é, verificar se seu conteúdo não foi manipulado, alterado ou falsificado; b) estabelecer a proveniência através da cadeia de custódia que significa documentar o uso específico do objeto pelos seus custodiantes ao longo do tempo, isto é, criar um registro de uso para o objeto. 10 4 AS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL Não há uma estratégia única capaz de dar conta de toda a problemática relacionada à preservação digital. O que se apresenta são soluções específicas para casos específicos. As estratégias mais usadas para se conservar o conteúdo intelectual de documentos digitais é fixá-los em suportes analógicos, mesmo tendo-se em conta as perdas óbvias dos seus atributos digitais, tais como apresentação, funcionalidade, distribuição em rede, hipertextualidade e hipermídia. Ainda hoje, a forma mais elementar de se preservar, é imprimir os documentos digitais em papel ou fixá-los em microfilme, já que são mais estáveis que a maioria das mídias digitais e não necessitam de software e hardware especiais para recuperar os seus conteúdos. 4.1 PADRÕES São eles que formam as bases de funcionamento das bibliotecas digitais, e que tornam possíveis muitas de suas funcionalidades essenciais, como por exemplo, a interoperabilidade entre sistemas e intercâmbio automático de informações. A aplicação de padrões na preservação digital torna os processos de preservação mais fáceis, menos frequentes e mais baratos, à medida que reduzem a grande variedade de processos de preservação customizados, que são decorrentes da multiplicidade de formatos em que se traduzem os objetos digitais não padronizados, ou seja, permitem que os documentos digitais sejam representados em formatos mais duradouros e estáveis, reduzindo a velocidade do ciclo de obsolescência dos objetos digitais. 4.1.1 Classes de padrões de interesse: a) padrões que servem como modelos de referência (arquitetura) descrevendo funcionalidades, procedimentos, fluxos de informação, conceitos concernentes a bibliotecas e arquivos digitais. São exemplos dessa categoria a ISSO/DIS 15489, DoD 501.2-STD e o OAIS; b) padrões voltados para preservar o formato do objeto digital, apresentação e funcionalidades e para facilitar o intercâmbio de documentos. Por exemplo: XML E PDF; 11 c) metadados padronizados para preservar o acesso ao documento e descrever o conteúdo, o contexto tecnológico, a proveniência e o significado, permitindo a recuperação e a interpretação futura dos documentos digitais. O conjunto de metadados preconizados pelo OAIS para preservação, Dublin Core, MARC 21 e ISAD(G) são alguns exemplos. 4.2 AS ABORDAGENS DE PRESERVAÇÃO DIGITAL Classifica as metodologias de preservação digital existentes em duas grandes abordagens: a) conservadora, procura adotar como estratégia a restauração plena do ambiente tecnológico original para decodificar os objetos digitais no futuro, ou seja, esta abordagem está baseada na criação de museus tecnológicos, ainda que eles sejam virtuais e os seus acervos sejam criados por programas; b) procura superar a obsolescência dos formatos dos arquivos por meio de duas estratégias: a primeira delas se baseia na conversão de formatos e na renovação e transferência de mídias, e é conhecida como estratégia de migração; a outra estratégia é chamada de encapsulamento, onde tudo que é necessário para o acesso ao objeto digital é agrupado fisicamente ou logicamente, sendo então preservado, incluindo informações que são expressas por metadados. 4.3 MIGRAÇÃO A estratégia de migração envolve basicamente um conjunto de atividades (que devem ser repetidas periodicamente) que consiste em copiar, converter ou transferir a informação digital do patamar tecnológico que a sustenta (mídias, software, formatos e hardware) para outro mais atualizado e de uso corrente. O objetivo primordial da migração é preservar a integridade de objetos digitais enquanto mantém (prioritariamente) a capacidade do usuário de recuperá-los, exibi-los e utilizá-los em face da constante mudança tecnológica. É a estratégia de preservação digital mais utilizada e é também a que possui um conjunto de procedimentos mais bem organizados e consolidados dentre as estratégias correntemente praticadas. A norma OAIS identifica quatro tipos de migração, que tem ainda como princípio de divisão o grau de interferência da migração sobre a integridade da cadeia de bits: 12 rejuvenescimento, replicação, reempacotamento e transformação. No rejuvenescimento, a mídia em vias de deterioração é simplesmente substituída por outra, assegurando-se uma cópiaperfeita da cadeia de bits originais; na replicação a cadeia de bits é mantida, mas ocorrem mudanças nos mecanismos de mapeamento das informações; enquanto no reempacotamento a interferência ocorre ao nível das metainformações de empacotamento do objeto, conforme definida pelo modelo OAIS; finalmente na transformação há uma real interferência na cadeia de bits do objeto digital. 4.4 PRESERVAÇÃO DA TECNOLOGIA Esta estratégia pressupõe que um museu de equipamentos e programas (plataformas de hardwares e periféricos, sistemas operacionais, driver e o programa de aplicação original) podem ser preservados com a finalidade de replicar no futuro a configuração necessária para recuperar um objeto digital no seu ambiente original. A vantagem imediata desse método é que o objeto digital mantém todas as suas propriedades, aparência e comportamento originais, visto que será processado no seu ambiente nativo. 4.5 EMULAÇÃO Esta estratégia está bem próxima à filosofia da preservação tecnológica, tendo em vista que envolve preservar programas e objetos digitais originais e todas as suas funcionalidades. A emulação parte do pressuposto que é tecnicamente viável substituir as plataformas de hardware obsoletas necessárias para rodar no futuro os aplicativos originais por máquinas virtuais, por meio de programas emuladores. 4.6 ENCAPSULAMENTO A estratégia de encapsulamento envolve criar “containers” ou “embrulhos” (estruturas físicas ou lógicas) onde todos os elementos necessários para a interpretação do objeto digital estão reunidos, incluindo o próprio objeto e os metadados correspondentes. Os metadados estabelecidos pelo Modelo de Referência OAIS também são usados para fornecer as informações de suporte que 13 devem estar presentes em um encapsulamento: informação de representação, usadas para interpretar corretamente a sequência de bits, contexto, proveniência, referência e permanência. 14 5 À GUISA DA CONCLUSÃO Sabemos que, nas áreas como a Biblioteconomia e a Arquivologia, existem os chamados objetos digitais, que englobam outra área, a da preservação digital. São eles: os padrões, a gestão documental, a tecnologia, a segurança digital, os metadados, a agenda de pesquisa, a legislação, os Arquivos e Bibliotecas Nacionais, o governo, os recursos humanos, as alianças e cooperações e, por fim, o acesso. Para entender melhor a preservação digital, bem como os próprios objetos digitais, é preciso falar um pouco de cada um deles. Para tornar mais fácil e menos dispendiosa a aplicação de estratégias de preservação, utilizam-se os padrões. É através da gestão documental que definimos os critérios para a seleção do patrimônio digital, uma vez que sabemos que nem tudo poderá ser salvo. Serve também para ajudar na organização da informação digital, entre outras funções. Quanto à tecnologia, é importante saber que ela não resolve tudo, e possui possibilidades de falhar, ou seja, não se pode contar com ela sempre, pois há especificidades para resolver o problema, e, mesmo assim, nem sempre será o caminho certo. A segurança digital é o objeto digital que cuida da “integridade, confiabilidade, autenticidade dos documentos digitais, e que os protege de acidentes e intervenções não autorizadas, tais como, certificação digital e criptografia” (SAYÃO, 2008, p. 27-28). Os metadados são, em outras palavras, a preservação digital orientada para a acessibilidade dos documentos digitais e para a interoperabilidade dos sistemas. Na agenda de pesquisa é onde deve possuir iniciativas internacionais, incluindo aspectos legais, sociais e éticos. A legislação é um dos mais importantes objetos digitais, são leis que protegem e reconhecem o patrimônio digital. São também o depósito legal, o copyright, e a propriedade intelectual. Vale lembrar que uma biblioteca física pode ter o direito de acesso e uso da informação digital, mas não o de preservar informação digital. Os Arquivos e as Bibliotecas Nacionais lutam, por sua vez, por mais equipamentos, mais recursos financeiros e humanos, para que haja melhoria, e possam liderar na área de preservação digital. O governo, por sua vez, visa iniciar políticas voltadas para salvaguardar o patrimônio do país. Os recursos humanos têm como objetivo incluir disciplinas voltadas para a preservação digital no currículo dos cursos superiores dos profissionais da área de Biblioteconomia, Arquivologia, entre outras áreas afins, bem como promover mais cursos de extensão e especialização, para que possa 15 fazer com que tanto discentes quanto docentes tenham a oportunidade de se aprofundar no assunto. Fazer alianças e cooperações é importante para garantir melhorias no acesso à informação digital. O acesso, por sua vez, deve ser garantido para cada comunidade-alvo, de maneira que todas possam entender a informação passada. Devemos, então, pensar cada um desses objetos digitais como conceitos, políticas, visando o acesso às comunidades-alvo, pois, no fim, o que realmente importa é conseguir alcançar este acesso, passar uma mensagem válida, mantendo os documentos digitais vivos, bem preservados e seguros. É importante compreender também que, preservação digital é um assunto amplo e complexo que abrange uma larga escala de conhecimento e, portanto, deve ser estudado de maneira interdisciplinar. 16 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR: 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2012. ______. NBR: 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR: 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ______. NBR: 15437: informação e documentação: pôsteres técnicos e científicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2006. Cooklin, Paul. Imagem do crânio com interrogações . Disponível em: <http://escoladeredes.net/forum/topics/arquivo-das-novidades?xg_browser=iphone>. Acesso em: 10 abr. 2012. FERREIRA, Miguel. 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