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Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 Complicações no pós-operatório - Vem de uma história clinica bem-feita para avaliar algum problema que possa interferir na cirurgia. - O psicológico do paciente é muito importante, caso se quebre a relação medico paciente, as inseguranças e alterações psicológicas interferem no resultado da cirurgia. Dependendo do caso, pode liberar catecolaminas e interleucinas e entrar em quadro inflamatório antes da cirurgia. - Diabetes de longa data pode ter comprometimento renal. Pedir creatinina e ureia. - Cirurgia de grande porte com anastomoses, por exemplo, ou doenças com mais consumptivas físicas, pedir albumina, transferrina e ver condição nutricional. - Às vezes faz suplementação nutricional antes de operar. Albumina abaixo de 2 nem entra na mesa. - Se fizer anastomose, quase certamente vai abrir se estiver muito desnutrido. Atentar para bariátrico que é um paciente inflamado e desnutrido. - Alimentação parenteral deve ser feito em pacientes que não tem possibilidade de se alimentar, e que vai ficar nesse quadro por mais de 3 a 5 dias. - Alguns hospitais nem internam sem avaliação anestésica previa, precisa de avaliação cardiológica também. - Homem acima de 40 e mulher acima de 45 entra em risco cirúrgico, porém uma boa história clinica já ajuda a identificar um paciente de baixo risco. Fazemos teste de esforço etc - A pele é nosso antibiótico natural, sempre que abrimos a pele, abrimos uma janela para a entrada de bactéria. Nenhuma cirurgia é 100% estéril. Aumentamos o número de bactérias a cada hora de cirurgia aberta. Dependendo, devemos aumentar e ampliar o espectro de antibióticos. Geralmente tratamos as bactérias da pele que são gram-positivos. Usamos um de vida longa maior como a cefazolina. Pode repetir a cada 3 horas. - Profilático está indicado em cirurgias limpas, idade, comorbidade ou prótese. - Cirurgias sujas é antibiótico terapêutico mesmo. - TVP: já tem formulário no hospital para preencher com o histórico e porte da cirurgia. Muda a dose de acordo com o risco. Usa enoxaparina (tem antidoto). E a heparina. Cirurgia de pequeno porte que paciente vai se mobilizar precocemente, nem precisa fazer. - Faz 6 a 8 horas depois do termino da cirurgia. Se fizer antes, o paciente pode sangrar pelo corte da cirurgia. O doente que já usa anticoagulante, internar antes, substituir as medicações pela heparina ou enoxaparina com 20 a 40 unidades de dose de 6 em 6 horas. - INR para operar sem sangrar e sem fazer trombose: 1,2 – 1,5. Depois usar o composto normal até voltar o INR para ele ter alta. - Não suspendemos as medicações continuas. AAS suspende em neurológicas e oftalmológicas pois elas aumentam a chance de sangramento com mitos vasos. Usar menos bisturi elétrico pra não correr risco de hematoma. Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 - Tabela avaliando score de risco. - Paciente entre 50 e 80 tem score 3, acima de 80 anos 16. A idade interfere muito no risco. A duração da cirurgia também impacta muito. Principalmente em cirurgias maiores de 2 ou 3 horas. Alguns tempos operatórios devem ser memorizados antes pra que seja mais ágil e preciso RPA: recuperação pós anestésica. Pode ter acontecimentos graves, precisa ter alarme!! Paciente em hipóxia grave precisa disparar o alarme para que o paciente possa se manter bem no pós-operatório. PO imediato devemos ficar muito atentos Nível de consciência precisa ser avaliado o tempo todo. O anestésico pode voltar a recircular em pacientes mais obesos. Fica acumulado no tecido adiposo e ele pode vir a saturar, ter hipoxemia e levar a uma parada cardíaca. - Distúrbios eletrolíticos em cirurgias longas onde o paciente tomou muito soro e fez muita dissecção, dosar potássio e pH para dosar acidose. Raramente faz bicarbonato. - Diurese menor de 0.5ml tem que ver hipotensão por baixo fluxo renal, ou mesmo desidratado. Hiperidratação provoca edema, e isso complica em pacientes com proteína baixa e idoso. - 80% da agua fica no interstício. Anastomose de intestino fica ainda mais inchado, microcirculação não chega, e abre os pontos (deiscência) - Acabou a anestesia geral, começa a dor. Em pacientes com cirurgia de tórax ou abdome superior, paciente não respira direito e pode dar atelectasia pulmonar. - Acesso venoso central: dependa da cirurgia. Punção venosa tem risco de pneumotórax, hemotórax, hidrotórax e afins. Hoje, é má pratica fazer isso sem ultrassom. Ver a recomendação desse tipo de punção também. Indicado para pacientes muito idosos que estouram veias periféricas muito fácil. - Febre pode ocorrer, já que provocamos uma injuria. O próprio trauma provoca a febre, não é infecção nessas primeiras 72h - Cefaleia é comum em RAQ ou peridural. Se romper a dura-máter vai perder liquor e diminui a pressão do cérebro. A meninge desaba por falta de liquido. Piora ao ficar em pé ou sentar. O que dói no cérebro é meninge. Hidratar o doente via oral e analgésico até cérebro produzir mais liquor. Se não resolver, devemos fazer um tampão no lugar com o sangue do paciente. Injeta lá onde foi feito o primeiro furo e as plaquetas coagulam onde rompeu. Não é grave, as é chato para o paciente Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 - Sonda vesical deve ser retirada o mais rápido possível. Importante ter a bexiga vazia antes de começar a operação. Pode pedir para o paciente urinar antes do procedimento para evitar passar uma sonda. - Infecção da ferida pode ocorrer muito em cirurgias intestinais. As vezes só drenamos e lavamos bem, não precisa passar mais antibiótico além do normal, se for bactéria do paciente mesmo. Caso contrário, fazemos uma antibioticoterapia mais ampla. - Cheiro da ferida já diz muito se é anaeróbio ou não anaeróbio. Importante olhar o curativo, ver como está a ferida. Podemos avaliar a área da hiperemia, se aumentar, podemos passar mais antibióticos pois já pode estar infectando. - Hemograma para ver Hb, leucocitose leve a moderada é normal pois agredimos cirurgicamente o tecido. PCR altera em todo processo cirúrgico, fica em torno de 40, 50 ou 80 (normal de 4 ou 5). - Caso aumentar para mais de 150, 300, tem algo de errado com a cirurgia. Dosagem de PCR tem a função de acompanhamento e noção de gravidade, pode variar de acordo com o porte e tempo da cirurgia. Ele precisa ir caindo e não amentar durante os dias. - Exames de imagem só se o paciente tiver suspeita de uma coleção. - Peritonite localizada é um abscesso localizado no peritônio - Abscesso subfrênico pode ocorrer em cirurgias de andar superior do abdome. Se retirar o baço por exemplo, fica um espaço vazio ali, e o exame de imagem pode ser fundamental. A TC deve ser com contraste! A não ser em casos de contraindicação. - Dependendo do tamanho da coleção, pode tratar conservadoramente ou de forma cirúrgico. - Coleção de 15/20 ml, entramos com antibiótico. Só reavaliar esse antibiótico com 72h. - Se vemos alguém trocando o antibiótico com 24h, ou ele tem um antibiograma na mão dizendo que o germe em questão é resistente, ou ele está fazendo besteira. - Esperar 72h para a troca de antibiótico, ou ver se o doente está evoluindo pra sepse. Nesses casos, deve-se abrir o protocolo de sepse, que é diferente de apenas trocar o antibiótico, tem várias doses de ataques para tentar salvar o paciente. - Radiologistas intervencionistas podem aspirar e colher o material com a ajuda de ultrassonografia. Tratamos sem precisar abrir novamente o paciente. Em coleções maiores, pode ser feito uma videolaparotomia e pode colocar um dreno siliconizado, e depois ajustar o nível de antibiótico. - Septicemia: uti, com esquema de tríplice de antibiótico, pois é grave. Fazer drenagem dessas coleções! Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 - Reposiçãomenos invasiva possível. Se o doente pode comer e beber agua, isso por si só já é melhor que soro. - Repor apenas potássio por conta da injuria tecidual. No primeiro PO, o exame já vai estar cheio de potássio sanguíneo, mas se dermos alimentação correta, por si só já equilibra. Pode ter reposição de potássio nos alimentos também. - Se ainda assim o potássio estiver muito baixo, aí sim vai para o soro. 1mEq por kg de peso. - Analgesia pois se sentir dor, compromete a respiração. Evitar opióides e derivados pois interfere no intestino e causa dependências. 1g de dipirona em 4h/4h + cetoprofeno. - Cirurgias grandes pode instalar cateter peridural e receber analgesia por ele por 24 a 72h caso necessário. Precisa ser feito pelo anestesista. - Ulcera de estresse = ulcera de pressão. Responsabilidade do cirurgião cobrar o setor de enfermagem. - Vomitar no pós-operatório é muito ruim, temos plasil, bromoprida e ondracetona (é o mais caro). Plasil e ondracetona podem dar reação extrapiramidal, e o paciente tem vontade de arrancar os fios e sair correndo do hospital. - Atentar para o tipo de cirurgia, por exemplo, cirurgias de vias biliares causam muito enjoo e é aconselhado otimizar os anti-eméticos. Pesquisar antes da cirurgia se o paciente tem essas reações e a sensibilidade de enjoo dele. Entramos com 1500 a 2000mL e eliminamos na mesma proporção. Se interferirmos nisso, temos que contra-balancear essas situações 400kcal corresponde a 1 soro glicosado. É pouco, pois ele não está em atividade. É apenas isso que ele gasta no basal. Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 Ringer lactato é o mais próximo do nosso plasma sanguíneo, mas raramente nós o usamos. Faz geralmente o ringer simples e adiciona potássio, se precisar. - Drenar pois identificamos vasos sangrantes, mas não identificamos micro canalículos da bile. Precisa drenar! - Fístula duodenal é de alto debito e vamos precisar re-operar se não tiver o dreno. - Pâncreas é secretor enzimático e provoca necrose tecidual periférica, sempre tem que drenar. - Grandes possibilidades de fistulas sempre podem vazar. - Hérnia incisional pode descolar o subcutâneo e vai fazer seroma, então coletar com dreno! - Cavidade infectada não é sinônimo de peritonite! Lava-se a cavidade até tirar toda a secreção e rezar para não fazer coleção. Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 Usado em via biliar. Dá uns pontos próximos para vedar e controlar fluxo de bile. Usados também em cálculos impactados/tumor. Tem vários buraquinhos, mas não funciona muito bem pois a gordura vem e tampa os buracos. Ele é todo fissurado, então drena muito bem, pois dificilmente vai obstruir todas as fissuras. O sucto do dreno de Blacke sempre precisa estar murcha pra fazer pressão negativa suave e sugar o liquido. Amanda Lima Mutz – MedUFES 103
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