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Doença de Chagas

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Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
Doença de Chagas 
 
 
Doença nativa da américa. Importante em países sul americanos e américa central. Controlada no 
brasil, mas outros países ainda têm problemas sérios com o vetor. 
Vamos ver mais os aspectos epidemiológicos. Clinicamente, vamos ver mais os quadros crônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Classicamente relacionada com esse tipo de 
habitação de barro batido e coberta de palha. 
Na estrada Belém-Brasília, tem muito desse tipo 
de habitação, mas não tem doença de chagas, 
acontece que lá o clima não permite a 
domicialização dos barbeiros 
 
 
 
Aqui também temos condições propicias para a 
reprodução dos barbeiros mas também não 
ocorre, pois estamos em um bioma de mata 
atlântica, e floresta tropical úmida não é propícia 
para a transmissão endêmica com a 
domicialização dos barbeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em cerrado e caatinga, aí sim. O tipo de casa 
juntamente com o ambiente propicia o cenário 
para uma região endêmica. 
Temos ainda cães, cabras, porcos que 
participavam como reservatórios no tempo que 
acontecia transmissão. Savanas e pampas 
também são biomas propícios para 
domicialização de barbeiros. 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
Principais áreas endemias junto com seus vetores. 
No Brasil temos 5 espécies principais (slide) 
O Triatoma infestans era o que mais provocava a 
doença, mas foi erradicado do brasil. 
Outros que foram erradicados, voltam a crescer as 
vezes em população, mas são facilmente 
controlados novamente. Hoje, eles vivem mais em 
nichos naturais. Ainda é um problema sério na 
argentina por conta dos nichos, assim que acaba 
o efeito dos pesticidas, eles voltam para as casas 
dos moradores. 
 
 
Temos muita migração hoje, e muitos estão indo pra Europa onde não se faziam muito controle e 
testes, principalmente na hora de doar sangue, onde acabava por infectar outras pessoas. 
 
 
 
 
 
Epidemiologia da Bolívia: 
- A doença ainda não é controlada. Algumas 
universidades abandonaram os estudos, mesmo 
com 30% da população infectada com o 
tripanosoma cruzi. As areais rurais e próximas a 
cordilheira ainda são muito infestadas. 
 
 
 
Abrigos nas cordilheiras dos andes. 
- Em regiões pobres, mesmo em casas normais 
estão cheias do vetor. 
 
 
 
 
 
 
Mais de 200 espécies podem albergar o parasita. 
Quase todos os mamíferos, na realidade. 
- É um protozoário que convive a vida inteira com 
o seu hospedeiro. 
- Controlamos a fase aguda, mas o tratamento 
de fase crônica é muito difícil. 
Das 90 espécies, apenas 8 conseguiram se 
adaptar e fazer a disseminação da doença em 
meio domiciliar. 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
Ele pica e defeca no local, assim, entra em 
contato com a nossa circulação pela picada ou 
pela conjuntiva e mucosa oral 
- Gambás podem contaminar os alimentos perto 
das casas através das fezes. 
- 2% das mães em fase crônica transmitem para o 
bebê, mais isso diminuiu muito pois as moças não 
estão se contaminando muito em idade fértil. 
- Doença congênita é grave e tem lesões 
cardíacas já em útero. Muito difícil conseguir tratar. 
 
 
- Outras formas estão mais raras hoje em dia, e quase não tem muita importância mais 
- Polpa de açaí extraídas artesanalmente podem ser contaminadas com os próprios vetores. Caldo de 
cana também causou vários surtos. 
- Hoje em dia terminou a transmissão domiciliar, então o caso de transmissão oral são os que mais 
chamam a atenção 
 
 
 
 
 
Região montanhosa é bem habitada por 
triatomíneos silvestres. Afonso Claudioe Santa 
Teresa tiveram casos a partir da visita dos 
barbeiros silvestres atraídos pela luz das casas a 
noite, de forma acidental com a luz acesa na 
primeira ou segunda hora da noite. 80% dos 
bichos já vem infectados com o parasita. 
Porém, temos muito aqui o triato aviciiceps (?), e 
o bom dele é que ele defeca muito depois de 
picar, então reduz o risco de contaminação. Não 
se instalam dentro de casa, são apenas por visitas 
indesejadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
Índice de transmissão bem baixo pela defecação 
tardia 
 
 
 
 
Ainda descobrimos pacientes infectadas em 
doação de sangue, quando vem de estados 
com regiões endêmicas 
 
 
A maioria dos pacientes tem a fase aguda 
assintomáticas 
- Amostra viciosa do hospital de são Paulo, onde 
internaram com sinais clássicos da doença. 
- Na pratica, a maioria das pessoas não detectam 
a doença na fase aguda pois a maioria não tem 
febre, nem edema e o sinal de romaña é mais raro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chagoma de inoculação. Tem uma área 
endurada na segunda semana após infecção. 
Eritematosa e indolor, se torna descamativa, e 
em 3 ou 4 semanas desaparece. 
- Nas áreas endêmicas conseguimos detectar 
bastante. 
 
- Nesse caso, o paciente teve 30 dias de febre de 
origem obsucura, e em um esfregaço encontrou o 
tripanosoma. 
- Foi encontrado depois o chagoma que ninguém 
tinha visto 
- Quando trata nessa fase aguda, tem 30% de 
chances de cura, diminui a carga parasitaria e 
evita as mazelas da fase crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103 
 
 
 
 
 
 
 
- Sinal de romaña em paciente de Santa Teresa 
- Gravida no 6° mês e a criança nasceu com 
infecção congênita 
 
Esse tratamento só serve para a fase aguda ou 
para doador de sangue que aparece 
contaminado. 
- Fica reservado na secretaria estadual caso 
apareça algum caso 
- 2cp de 100mg por 60 dias. 
- 30% de cura parasitológica 
 
 
 
 
 
 
 
- Só acompanhamos esses casos, por não ter 
tratamento 
- 30% desenvolve a doença de chagas, o resto 
fica na fase indeterminada sem manifestação 
clínica da faze crônica. 
- Cardiopatia: com a invasão dos tripomastigotas, 
eles formam ninhos e granulomas no musculo do 
miocárdio, parasitando essas células e evoluindo 
com fibrose. Isso leva a arritmia com bloqueios e 
extra-sistoles ou IC. Pode ter um bloqueio AV total 
- Às vezes, temos um paciente com bloqueio de ramo e quando vamos ver, ele é soropositivo. 
- Pacientes depois de 15 a 20 anos, soropositivios e sem sintomas, provavelmente vai continuar o resto 
da vida em fase indeterminada 
- Distúrbio na contratilidade leva a câmara dilatada e a lentidão do fluxo, além de provocar a 
formação de trombos entre as cordoálias e intracavitários. Pode se deslocar e ir para o pulmão ou o 
resto da circulação. Pode ser fatal nessa fase crônica. 
- Visceromegalias: pode dar fecalomas enormes e ter que fazer retirada de parte do intestino. 
 
 
Doença está controlada, mas ainda tem muito 
paciente em fase crônica. 
- Imunossupressão para transplante faz reativar a 
miocardite e não tem como transplantar. 
- Células tronco: tira da medula e infunde na 
coronária. Elas se diferenciam em fibras musculares 
cardíaca e há uma grande melhora da função, 
mas ficou mais em fase experimental. E em algum 
tempo, nem teremos mais pacientes em fase 
crônica, com essa queda de transmissão. 
 
 
Amanda Lima Mutz – MedUFES 103

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