cap 4 krugman

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Disciplina: IS216
Economia Internacional
UFRRJ- 2021/1
CAP 4
IMPACTOS DA COVID-19 NA ESTRUTURA PRODUTIVA DO RIO DE JANEIRO
Objetivos do capítulo
Entender como um fator móvel vai responder às mudanças de preços, movendo-se de um setor para outro. 
 Explicar por que o comércio irá gerar tanto vencedores quanto perdedores no curto prazo.
 Compreender o significado dos ganhos do comércio quando existem perdedores.
 Discutir por que o comércio é uma questão politicamente controversa.
 Explicar os argumentos a favor do livre comércio, apesar da existência de perdedores
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Fatores específicos e distribuição de renda
O modelo de fatores específicos permite a existência de fatores de produção além da mão de obra. Considerando que a mão de obra seja um fator móvel que pode se mover entre os setores, esses outros fatores são considerados específicos.
Exemplo :Considerando que a mão de obra seja um fator móvel que pode se mover entre os setores, esses outros fatores são considerados específicos.
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pg 24 Krugman
Pressupostos do modelo
Exemplo: Um país produz tecido e alimento usando três fatores de produção. 
mão de obra (L), capital (K) e solo (T de terra). 
Tecido é produzido usando K e L (mas sem terra), o alimento é produzido usando T e L(mas não capital). Logo L é, um fator móvel que pode ser usado em qualquer setor, enquanto a T e o K são os dois fatores específicos que podem ser usados somente na produção de uma das mercadorias. 
Quanto de cada bem a economia vai produzir?
Essa relação é resumida por uma função de produção 
QT = QT(K, LT), tecidos (4.1)
QA = QA(S, LA), alimentos (4.2) 
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Possibilidades de produção
Como o mix de produção da economia muda conforme a mão de obra é deslocada de um setor para outro?
 Isso pode ser feito graficamente, primeiro representando as funções de produção pelas equações (4.1) e (4.2) e, em seguida, colocando-as juntas para derivar a fronteira de possibilidade de produção (FPP).
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Quanto maior a entrada de L para uma determinada oferta de capital, maior será a produção.
a inclinação de QT (K, LT ) representa o produto marginal da mão de obra.
Mas se a entrada de L for aumentada, sem aumentar o K, geralmente haverá rendimentos decrescentes
Este gráfico, traçamos diretamente o produto marginal da mão de obra em função da mão de obra empregada.
O produto marginal da mão de obra no setor de tecidos é mais baixo quanto mais mão de obra o setor emprega
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Esses diagramas podem então ser combinados, para derivar a FPP para a economia, 
No quadrante inferior esquerdo, a alocação de L entre os setores,
que representa todas as combinações de entrada de L para tecidos e alimentos que se somam ao fornecimento de L.
As curvas nos quadrantes inferior direito e superior esquerdo representam as funções de produção para tecidos e alimentos, respectivamente
No quadrante superior direito, a curva PP mostra como a produção das duas mercadorias varia conforme a alocação de L é deslocada de alimentos para tecidos, com os pontos de produção 1’ 2’, 3’ correspondentes às alocações de mão de obra, 1, 2, 3. 
Por causa dos rendimentos decrescentes, PP é uma curva arqueada para fora, em vez de ser uma linha reta
Um par semelhante de diagramas pode representar a função de produção de alimentos.
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Preços, salários e alocação de mão de obra
A demanda de mão de obra em cada setor depende do preço de produção e da taxa salarial. A taxa salarial (w) depende da demanda combinada para a mão de obra pelos produtores.
Podendo assim determinar o emprego e a produção de cada setor.
No setor de tecidos, por exemplo, o valor de um homem-hora adicional é o produto marginal da mão de obra em tecido multiplicado pelo preço de uma unid. de tecido: MPLT × PT . 
Os empregadores vão contratar trabalhadores até o ponto em que:
 MPLT × PT = w (4.4)
O valor de um homem-hora adicional em alimentos é MPLA × PA .
A curva da demanda de mão de obra no setor de alimentos pode ser escrita como: 
MPLA × PA = w. (4.5)
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Ao representar essas duas curvas de demanda de mão de obra em um diagrama
Medindo-se do lado esquerdo As taxas salarial e de emprego em cada setor são determinadas levando-se em conta os preços dos alimentos e do tecido. Ao longo do eixo horizontal da Figura o fornecimento de mão de obra total L é mostrado.
valor do produto marginal da mão de obra em tecidos, é a curva MPLT da Figura 4.2 multiplicada por PT .
Medindo-se da direita, O valor do produto marginal da mão de obra em alimentos, (demanda de mão de obra em alimentos). 
A taxa salarial de equilíbrio e a alocação de mão de obra entre os dois setores é representada pelo ponto 1.
 Na taxa salarial w1 , a soma da mão de obra demandada nos setores de alimentos (L1 A ) e tecidos (L1 T ) é apenas igual à oferta de mão de obra total L.
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Uma relação útil entre preços relativos e produção se aplica a situações mais gerais do que as descritas pelo modelo de fatores específicos. As equações (4.4) e (4.5) 
implicam que MPLT × PT = MPLA × PA = w. 
ou,
 rearranjando, que −MPLA /MPLT = −PT /PA . (4.6)
O que acontece com a alocação de mão de obra e a distribuição de renda quando os preços dos alimentos e do tecido mudam?
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Se o preço relativo do tecido é (PT /PA )1 , a economia produz no ponto 1.
A economia produz no ponto em sua fronteira de possibilidade de produção (FPP), onde a inclinação da fronteira é igual a menos o preço relativo do tecido.
As curvas de demanda de L em tecido e alimentos se deslocam ambas proporcionalmente
O salário aumenta na mesma proporção, de w1 para w2 , mas não altera a alocação de mão de obra entre os dois setores.
“Apenas mudanças de preços relativos, PT /PA — afetam o bem-estar ou a alocação de recursos.”
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Uma mudança de preços relativos
Curva de demanda de mão de obra de tecido sobe proporcionalmente ao aumento de 7% no PT , mas o salário aumenta menos do que proporcionalmente. A mão de obra se move do setor de alimentos para o setor de tecidos. A produção de tecido sobe; a produção de alimentos cai.
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O efeito de um aumento no preço relativo do tecido também pode ser observado pela curva de possibilidade de produção.
A economia produz no ponto em sua fronteira de possibilidade de produção (FPP) onde a inclinação da fronteira que é igual a menos o preço relativo dos tecidos. 
Assim, um aumento no PT /PA faz com que a produção mova-se para baixo e para a direita ao longo da fronteira de possibilidade de produção correspondente à maior produção de tecido e menor produção de alimentos.
O efeito de uma mudança do preço relativo sobre a distribuição de renda pode ser resumido como:
 O fator específico para o setor cujo preço relativo aumenta é definitivamente melhor.
 
O fator específico para o setor cujo preço relativo diminui é definitivamente pior. 
 A mudança no bem-estar para o fator móvel é ambígua
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Comércio internacional no modelo de fatores específicos
“Por que a curva de oferta relativa para o mundo seria diferente do que para a nossa economia de fatores específicos?”
No modelo de fatores específicos, um preço relativo maior de tecido conduzirá a um aumento na produção de tecido em relaçãoà de alimentos. Assim, a curva de oferta relativa RS é inclinada para cima. 
A curva de oferta relativa para a economia de fatores específicos, junto com a curva de oferta relativa do mundo. As diferenças entre as duas curvas de oferta relativa podem ser decorrentes de diferenças de tecnologia entre os países. Não há diferença na demanda relativa entre os países. 
“Quando ocorre a abertura ao comércio, uma economia exporta o bem cujo preço relativo aumentou e importa o bem cujo preço relativo diminuiu.”
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Distribuição de renda e os ganhos do comércio
Quem ganha e quem perde com o comércio internacional? 
“o comércio beneficia o fator específico para o setor de exportação de cada país, mas prejudica o fator específico para os setores que concorrem com a importação, com efeitos ambíguos sobre os fatores móveis”
es que ganham com o comércio poderiam compensar os que perdem e ainda ficarem melhor?
“Se assim for, então o comércio é potencialmente uma fonte de ganhos para todos.”
A fim de mostrar os ganhos agregados do comércio, precisamos de algumas relações básicas entre os preços, produção e consumo
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Ex: País fechado
Se DT for o consumo de tecido e DA o consumo de alimentos, então, em uma economia fechada, DT = QT e DA = QA
o valor do consumo deve ser igual ao valor da produção. Isto é PT × DT × PA × DA = PT × QT + PA × QA. (4.7) 
A Equação (4.7) pode ser rearranjada para produzir o seguinte: 
DA − QA = (PT /PA) × (QT − DT). (4.8) 
DA − QA é a importação de alimentos da economia
a Equação (4.8) é conhecida como uma restrição orçamentária. 
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1) a inclinação da restrição orçamentária é menos PT /PA , o preço relativo do tecido.
2) a restrição orçamentária é tangente à fronteira de possibilidade de produção no ponto de produção escolhido
O Ponto 1 A economia pode escolher seu ponto de consumo ao longo de sua restrição orçamentária. o ponto 2 na FPP.
A região preenchida consiste de escolhas de consumo de pós-negociação, com consumo de ambas as mercadorias mais elevado do que no ponto 2 pré-comércio.
Figura 4.11 ilustra duas características importantes da restrição orçamentária para uma economia comercial. 
“A razão fundamental pela qual o comércio potencialmente beneficia um país é que ele expande as escolhas da economia ... 
Mas dizer que todos poderiam ganhar com o comércio infelizmente não significa dizer que todos realmente vão ganhar”
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A economia política do comércio: uma visão preliminar
o comércio deve ser permitido apenas se não prejudicar as pessoas de baixa renda? 
Existem três razões principais pelas quais os economistas geralmente não enfatizam os efeitos de distribuição de renda do comércio: 
1. Os efeitos de distribuição de renda não são uma especificidade do comércio internacional.
2. É sempre melhor permitir o comércio e compensar aqueles que estão prejudicados por ele do que proibi-lo. 
3. Aqueles que podem perder por causa do aumento das trocas comerciais são em geral mais bem organizados do que os que têm a ganhar
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Distribuição de renda e as políticas comerciais
É fácil ver por que grupos que perdem com o comércio pressionam seus governos a restringi-lo e a proteger os seus rendimentos. 
Um bom exemplo desse contraste entre os dois lados é a indústria de açúcar norte -americana.
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Mobilidade internacional da mão de obra
O modelo de fatores específicos pode ser adaptado para analisar os efeitos da mobilidade da mão de obra.
Na ausência de imigração, as diferenças salariais entre os países podem ser conduzidas por diferenças de tecnologia ou, alternativamente, por diferenças na disponibilidade de terra em relação à mão de obra.
As duas curvas de produto marginal agora representam a produção do mesmo bem em diferentes países.
Suponha que os trabalhadores se movam entre os dois países. Eles passarão de Doméstica para Estrangeira. Esse movimento reduzirá a força de trabalho e, aumentando o salário real em Doméstica ao aumentar a força de trabalho e reduzir o salário real em Estrangeira. 
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Três pontos devem ser observados sobre a redistribuição da força de mão de obra do mundo.
Isso leva a uma convergência das taxas de salário real. 
Aumenta a produção mundial como um todo.
Apesar desse ganho, algumas pessoas são prejudicadas pela mudança.
Portanto, como é o caso dos ganhos do comércio internacional, a mobilidade internacional da mão de obra, ao permitir em princípio que todos possam ficar melhor, na prática deixa alguns grupos pior
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