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ECONOMIA E POLÍTICA FACULDADE ANHANGUERA THAIS

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Introdução à Economia
Definir conceitos econômicos
A Teoria Econômica
Sendo está a nossa primeira aula e talvez o seu primeiro contato com a disciplina, faz-se necessário que a gente converse um pouco sobre a história da Ciência Econômica. Assim vamos abordar nesta aula algumas questões tais como: quando começou a existir a teoria econômica, os principais nomes de economistas e alguns conceitos fundamentais.
Ainda que não se possa definir exatamente quando se inicia a Ciência Econômica, há certo consenso que seria no ano de 1776, quando foi publicada a obra de Adam Smith, “A riqueza das Nações”. Antes deste período poucas são as referências a teoria econômica. A Ciência Econômica pode ser entendida como a ciência da escassez, pois o objeto de estudo desta ciência está relacionado ao "como" utilizar-se de recursos econômicos - que são sempre limitados ou escassos.
· Recursos é o que é necessário para a produção de bens e serviços, seja: a mão de obra, o capital, a terra e demais recursos necessários ao processo produtivo; em comum estes recursos têm o fato de refletir a realidade da escassez.
· Escassez é a relação entre desejos humanos ilimitados diante de recursos produtivos finitos.
 
Com isto formalizo a definição de Economia conforme Vasconcelos (2012), segundo este autor a Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar os recursos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.
Baseado nesta definição deduzimos que os principais problemas econômicos são, portanto, "o que e quanto produzir", "como produzir" e "para quem produzir". Veja que tais problemas derivam da escassez de recursos. O quadro a seguir é uma síntese destes problemas econômicos.
 
                            Quadro 1.1 – Os problemas econômicos fundamentais
	Problema econômico
	Comentário
	Decisão
	O que e quanto produzir
	Cabe a sociedade decidir sobre se produz mais bens de capital, como máquinas e equipamentos, ou se mais bens de consumo como televisores e margarina.
	É o preço que determina o que e quanto produzir. Dessa forma o bem com maior rentabilidade terá maior produção.
	Como produzir
	Pense nesta questão:
A sociedade deve dedicar-se a produzir bens intensivos em capital, como aviões, por exemplo, ou bens intensivos em mão de obra, como vestuário?
Como produzir diz respeito a eficiência produtiva.
	A decisão empresarial sobre qual processo produtivo está relacionada a escolha da tecnologia de produção e a disponibilidade de recursos.
	Para quem produzir
	Este problema está voltado a decisão do destino e da distribuição da produção. Será que a produção deve ser voltada aos trabalhadores? Aos empresários? Focada em uma determinada região, para a agricultura ou para a indústria?
	Para quem produzir, depende da demanda e da oferta de fatores de produção. Como esta decisão é sobre a distribuição, ou seja, sobre quem ou quais setores serão beneficiados, geralmente esta questão é respondida pelo sistema de preços, ou seja, a produção vai para quem tiver renda suficiente para pagar os preços dos bens e serviços produzidos.
                                                Fonte:Adaptado de Vasconcellos (2012).
 
1. A decisão está relacionada ao tipo de economia de mercado, neste caso o de concorrência pura, ou seja, sem interferência do governo.
2. A eficiência produtiva ou econômica: entre dois ou mais processos de produção, é aquela que produz uma quantidade maior de produto com menor custo de produção.
Sistemas econômicos
Agora vamos conversar sobre os sistemas econômicos, eles dizem respeito a forma como são produzidos os bens e serviços.  Por definição sistema econômico é a forma como uma economia está organizada em termos, político, econômico e social (VASCONCELLOS, 2012). 
O modo de produção capitalista é a forma como está organizada a economia da maioria dos países do mundo. Neste modo de produção predomina a propriedade privada dos meios de produção. Por ser proprietária dos meios de produção a burguesia se utiliza da força de trabalho por meio do assalariamento, comprando essa força de trabalho no mercado de trabalho. Desse modo os proprietários do capital obtém o lucro resultante da produção realizada por meio da combinação entre capital e trabalho [o lucro se origina, portanto, basicamente da exploração do trabalho por meio da criação da mais valia[1] .
As sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais, por meio dos sistemas econômicos, que podem ser classificados em dois tipos distintos: Economia de Mercado e Economia Planificada.
[1] Mais valia: segundo o economista alemão Karl Marx, é a diferença entre o valor produzido pelo trabalhador e o salário pago a este mesmo trabalhador.
Sistema de concorrência pura, ou seja, sem a interferência do governo.
Nesse sistema predominaria a filosofia do “laissez-faire” (filosofia da não interferência governamental). Em um sistema de concorrência perfeita milhares de produtores e milhões de consumidores poderiam resolver seus problemas econômicos fundamentais como se estivessem sendo guiados por uma “mão invisível" (1), ou seja, sem a intervenção do Estado na atividade econômica.
No sistema de concorrência pura, quando houvesse excesso de oferta, formaram-se estoques e as empresas seriam obrigadas, pelas leis de mercado - oferta e demanda,  a diminuir os preços para escoar sua produção. Se houvesse excesso de demanda, o preço tenderia a aumentar até um ponto em que não houvesse mais filas, espera pelo bem ou serviço. Dessa forma, em um sistema de concorrência pura, é o chamado “mecanismo de preços” que resolve os problemas econômicos fundamentais e promove o equilíbrio (quantidade ofertada igual à quantidade demandada). 
Pelo menos até o final da Revolução Industrial predominou um sistema de funcionamento de mercado semelhante ao de concorrência pura (2). No entanto à medida que em a economia tornou-se mais complexa devido, por exemplo, ao desenvolvimento o mercado de capitais, a força dos sindicatos, as estruturas de produção monopolizadas e oligopolizadas e principalmente após a crise de 1930, estes fatores evidenciaram que o mercado sozinho não promoveria o pleno emprego dos recursos, abrindo espaço para uma participação mais efetiva do Estado na Economia, ou seja, um sistema de Economia Mista. 
Economia Mista
O sistema de economia mista busca eliminar as distorções alocativas e distributivas da economia, e tem por objetivo de promover o bem-estar da sociedade. No sistema de economia mista o governo atua: 
1. Sobre a formação de preços, por meio da determinação de preços, por exemplo, fixação do salário-mínimo, estabelecimento de preços mínimos, tabelamentos, atuação sobre a taxa de câmbio e taxa juros entre outros.
2. Como complemento a iniciativa privada, por exemplo, por meio de investimentos em energia e estradas.
3. Como fornecedor de bens e serviços públicos, sejam eles: saneamento básico; educação; segurança e justiça.
4. Como comprador de bens e serviços do setor privado, isoladamente o governo é o maior comprador de bens e serviços, ou seja, o maior agente do sistema econômico. 
Economia Planificada
Neste sistema econômico os problemas econômicos fundamentais são resolvidos por um órgão de planejamento central e não pelo mercado. A propriedade dos recursos ou meio de produção é do Estado. São exemplos de meio de produção: terra, edifícios, máquinas. Enquanto aos cidadãos cabe a propriedade dos bens de consumo. Assim pode-se caracterizar uma economia centralizada da seguinte forma:
1. O papel dos preços no processo produtivo resume-se ao controle contábil o que permite medir a eficiência das empresas.
2. Os preços são subsidiados pelo governo e os preços de bens de consumo são determinados pelo governo.
3. Quanto à repartição do lucro: uma parte vai para o governo, uma outra parte é usada para investimentos na empresa, dentro das metas estabelecidas pelo governo e a terceira parte édividida entre os administradores e os trabalhadores, como prêmios de eficiência.
Neste sistema econômico, por exemplo, se o governo identifica a essencialidade de uma indústria para o país, este setor será subsidiado ainda que apresente ineficiência produtiva.
(1) Mão invisível: base do pensamento liberal da escola clássica: milhões de consumidores e milhares de empresas, sozinhos, como que guiados por uma mão invisível, encontram a posição de equilíbrio nos vários mercados, sem a intervenção do Estado. É o laizzez-faire.
(2) Sistema de concorrência pura: estrutura de mercado, em que há um expressivo número de firmas, que vendem um produto homogêneo, não existindo barreiras a entrada ou a saída de firmas. Seriam empresas de hortifrutigranjeiros, mas voltaremos a esta definição em breve.
                                        Quadro 1.2 – Resumo dos Sistemas Econômicos
	Sistemas econômicos
	Fatores de produção
	Problemas econômicos fundamentais
	Objetivos
	Economia de Mercado
	Propriedade privada
	Resolvidos pelo mercado
	Eficiência alocativa;
Maior produção de bens de consumo.
	Economia Planificada
	Propriedade pública
	Resolvidos por um órgão de planejamento central
	Melhor distribuição de renda;
Atendimento básico a população.
O sistema de economia planificada fracassou na maioria dos países que o havia adotado e assim grandes economias anteriormente guiadas por governos comunistas como China e Rússia têm aberto cada vez mais espaço para a atuação da iniciativa privada. As economias de mercado tendem a apresentar maior eficiência alocativa e maior eficiência distributiva, graças a menor interferência do governo. Quanto menor for a interferência dos governos mais livres funcionarão as forças de mercado por meio da demanda e da oferta - pois estabelecerão as prioridades dos agentes econômicos
Curva de Possibilidade de Produção - CPP
A Curva de Possibilidade de Produção (CPP) é também chamada de Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP). A CPP refere-se a todas as possibilidades de produção de dois bens simultaneamente, em uma situação de pleno emprego dos fatores de produção, ou seja, supondo a utilização máxima dos recursos disponíveis: matéria prima, capital, mão de obra e tudo que é necessário para a produção de um bem, dado certo nível de tecnologia.
A curva é, portanto, uma representação teórica da realidade da escassez. Continuemos a entender este importante conceito, utilizando a definição do autor Vasconcellos (2012), ele define a CPP como, a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a tecnologia. Mostra, portanto, as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
Por meio da curva podemos observar que a realidade da escassez de recursos, que conduz as sociedades a fazerem escolhas sobre quanto produzir, já que não é possível produzir toda a quantidade desejada.
Suponha que um país produza apenas dois bens: soja e aviões, para aumentar a produção de um dos bens haverá de reduzir a produção do outro, já que os recursos são finitos. A tabela abaixo simula alternativas de produção para os 2 bens.
	Tabela 2.1 – Alternativas de produção de uma economia para soja e aviões
	Alternativa de Produção
	Soja (em mil toneladas)
	Aviões (em mil unidades)
	A
	0
	15
	B
	3
	14
	C
	6
	12
	D
	8
	10
	E
	9
	7
	F
	10
	0
 
A partir desta tabela construímos o gráfico 2.1 a seguir.
2.1. Representação gráfica da Curva de Possibilidade de produção
 
Observando-se a tabela ou gráfico, podemos notar que no ponto A do gráfico a economia produz 0 (zero) de soja e 15 (quinze mil aviões), ou seja, nesta alternativa todos os recursos produtivos estão alocados para produção de aviões. Assim todos os trabalhadores disponíveis estão trabalhando, porém unicamente na produção de aviões, por isto esta é uma representação teórica, pois é difícil de ocorrer na prática, mas é coerente para se explicar a necessidade de escolha imposta pela escassez.
Continuemos a analisar a CPP, os pontos A, B, C, D, E e F representam combinações de produção de ambos os bens.
No ponto F notamos que não há produção de aviões e que, portanto, todos os recursos estão alocados na produção de soja, que no caso é de 10 mil toneladas.
Ainda interpretando o gráfico observamos que o movimento de mudança da economia entre os pontos promove o aumento da quantidade produzida de um bem e a redução a produção do outro bem.
Suponhamos um deslocamento qualquer entre os pontos da CCP, que seja de B para C. Em “B” a produção de soja 3 mil toneladas e a de aviões é de 14 mil toneladas, já em “C” a produção de soja é de 6 mil toneladas enquanto a de aviões é de 12 mil unidades. Deixar de produzir no ponto B e passar a produzir no ponto C, implica em reduzir o nível de produção de aviões em 2 mil unidades, ao mesmo tempo em que se aumenta a produção de soja em 3 mil unidades.
	Tabela 2.2 – Deslocamento entre os pontos B e C
	Alternativa de Produção
	Soja (em mil toneladas)
	Aviões (em mil toneladas)
	B
	13
	14
	C
	6
	12
Da mesma forma voltar a produzir no ponto “B” a partir do “C” implica em reduzir a produção de soja em 3 mil toneladas, para se obter aumento de 2 mil unidades de aviões.
Todo movimento ao longo da CPP resulta na redução da produção de um bem para o aumento da produção do outro. A produção que se deixa de ter, ou seja, a produção sacrificada no deslocamento entre os pontos ao longo da CPP, nos leva ao conceito de custo de oportunidade.
	Tabela 2.2 – Deslocamento entre os pontos C
	Alternativa de Produção
	Soja (em mil toneladas)
	Aviões (em mil toneladas)
	C
	6
	12
	D
	3
	14
 
Custo de Oportunidade
O custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa a ser sacrificada ao se optar pela produção de um determinado bem ou serviço (VASCONCELLOS, 2012). Dessa forma o custo de oportunidade de se deixar de produzir no ponto “B” e passar a produzir em “C” é de 2 mil unidades de aviões. No entanto se a opção for sair do ponto C e voltar a produzir no ponto B o custo de oportunidade é 3 mil toneladas de soja, ou seja, o custo de oportunidade é sempre o que se deixa ter, na prática faz-se uma conta de subtração com relação ao bem que teve o volume produzido reduzido, no caso 6 - 3 = 3.
O custo de oportunidade aplica-se somente aos pontos que formam a CPP, no caso A, B, C, D, E e F, pois somente cabe pensar em custo de oportunidade quando há pleno emprego dos fatores de produção. Considere os gráficos 2.2 (A) e o 2.2 (B) para continuarmos a análise.
No gráfico 2.2 (A) observamos o ponto X (esquerda da curva) e Y (a direita da curva), temos que para quaisquer pontos a esquerda ou a direita da curva não há custo de oportunidade. No ponto X há ociosidade, ou seja, não estão empregados todos os recursos disponíveis para a produção dos bens, desta forma mover-se de X para qualquer um dos pontos da CPP não resultará em custo de oportunidade, pois que se pode aumentar a produção de ambos os bens ao mesmo tempo.
No ponto Y não é possível produzir, pois que ele está além da CPP, onde todos os recursos estão plenamente empregados. De modo geral novas tecnologias, possibilitam a expansão da curva para a direita onde entre outros infinitos pontos está o Y, indicando crescimento econômico, observe o gráfico 2.2 (A).
Da mesma forma uma redução da produção de ambos os bens pode ser representada pelo deslocamento da curva para esquerda e para baixo.
Finalizando voltemos a analisar a CPP no gráfico 2.2 (B) sob o ponto de vista do seu formato pode-se dizer que é côncavo com relação a origem e decrescente. A CPP é decrescente devido aos custos de oportunidade, pois que como os recursos estão plenamente empregados aumentar a produção de um bem significa sacrificar a produção do outro. Já o formato côncavo é devido a lei dos rendimentos decrescentes [1], com relação a esta lei resumidamente podemos supor que o processo de transferência de trabalhadores de “um setor para outro setor” e vice versa gera custos, tais como salários maiores e inicialmente queda da produtividade,isto deve-se ao fato dos trabalhadores transferidos de um setor para o outro não estarem completamente adaptados e ou capacitados para a nova atividade, assim os acréscimos de produção gerados por estes trabalhadores são baixos, em outras palavras os custos são crescentes.
[1] A Lei dos Rendimentos Decrescentes será melhor explorada na aula sobre Teoria da Produção.
Diagrama de Fluxo Circular
Você conheceu um dos modelos econômicos mais simples, o da Curva de Possibilidade de Produção e agora vamos usar este espaço para conhecer um segundo modelo que é o Diagrama de Fluxo Circular. O fluxo circular une dois mercados a saber:
a) O mercado de bens e serviços representado pela oferta de bens e serviços para as famílias, chamado de fluxo real da economia.
b) O mercado de fatores de produção representado pela oferta de fatores de produção (mão de obra, capital, terra) para as empresas, chamado de fluxo monetário da economia.
A união destes dois fluxos o real e o monetário resultam no diagrama a seguir chamado de Fluxo circular da renda.
Fonte: MANKIW, N. Gregory. Dez Princípios de Economia (cap.1). In: Introdução à Economia. Trad. Allan Paes e Lima. 5ª edição. São Paulo: Cengage Learning, 2004.
A ideia é observar que no diagrama que no mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços que são ofertados pelas empresas. Já no mercado de fatores de produção (terra, mão de obra e capital) as famílias ofertam os seus serviços, por exemplo, para as empresas que agora assumem o papel de demandantes.
Este fluxo só existe graças a presença da moeda, que intermedeia as transações. Alguém vende mão de obra e recebe salário por isto. Alguém vende dinheiro (capital) e por isto é remunerado por meio dos juros. Se uma família oferta a terra quem demandar irá remunerar via aluguel. Por fim o lucro é a remuneração pela utilização dos bens de capital sejam eles, prédios, máquinas e equipamentos.
Ainda devemos observar que a figura é composta apenas da oferta (não tem demanda) de ambos os mercados, com isto podemos concluir que o fluxo real tem sentido oposto ao fluxo monetário. No entanto tanto no mercado de bens e serviços (onde se decide o que e quanto produzir) como no mercado de fatores de produção (onde se decide para quem produzir), atuam conjuntamente as forças de demanda e de oferta, determinando os preços.
Evolução do Pensamento Econômico
Nesta aula vamos identificar a origem de alguns termos econômicos tais como: fluxo, aceleração, velocidade e conhecer mais conceitos econômicos.
A Ciência Econômica e as demais Ciências
Aqui deve entrar duas caixas de texto - ver a Aula 03: Evolução do Pensamento Econômico [HSBC vê sinais...IIF reduz previsão de fluxo de capital...]
Destaquei as manchetes acima para conversamos sobre o termo “aceleração” e “fluxo”, a fim de explicar que o estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da Física e da Biologia nos séculos XVIII e XIX.
A construção do núcleo científico inicial da Economia foi desenvolvida com base nas chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas). Segundo o Grupo Organicista, a Economia se comportaria como um órgão vivo, daí se utilizarem termos com funções, circulação, fluxos, na Teoria Econômica.
Segundo o grupo Mecanicista, as leis econômicas se comportariam como determinadas leis da Física, daí advêm os termos estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças e etc (VASCONCELLOS, 2012).
 
Com o passar do tempo, predominou uma concepção humanística para a ciência econômica que é eminentemente uma ciência social, pois que busca atender as necessidades humanas. A História nos permite compreender os fatos presentes e nos ajuda a realizar as previsões. Tanto a História afeta a Economia, como a Economia afeta a História. Certamente podemos nos lembrar das aulas de história que já tivemos que incluíram temas como o ciclo do ouro, a revolução industrial, crise do petróleo entre outros eventos econômicos que já modificaram a História Mundial. O quadro a seguir resume as demais relações da Ciência Econômica.
Quadro de inter relações entre a Economia e demais ciências
Breve história do pensamento econômico
A partir do século XVI surge a primeira escola econômica Mercantilismo focada na acumulação de riquezas e no fomento do comércio, esta escola caracterizou-se por ter a riqueza formada por meio do acúmulo de metais preciosos e pela ideia protecionista de que o Estado deveria estimular as exportações e desestimular as importações.
Já no século XVIII a escola econômica em evidência é a que representa o pensamento francês Fisiocracia (quer dizer regras da natureza), caracterizou-se pelo entendimento de que a riqueza está na produção de bens e serviços e associada a classe proprietária de terras (nobreza), que pro sua vez exerciam atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. Esta escola constitui-se uma resposta a escola mercantilista, pois que julgava desnecessária a regulamentação governamental, porque a lei da natureza era suprema.
A escola Clássica tem seu principal expoente na figura de Adam Smith (1723-1790). Sua obra fundamental é a “Riqueza das Nações” publicada em 1776, aquela que nos dissemos anteriormente marca o início da teoria econômica. O contexto em que ele escreveu a obra é o do início da Revolução Industrial, momento em que os monopólios e as regulamentações prejudicavam os novos empreendedores. Para Smith a riqueza era gerada pelo trabalho (produtividade) e a divisão do trabalho possibilitava o crescimento do mercado. Os termos mão invisível e liberalismo que comentamos nas aulas anteriores são resultantes de seus argumentos sobre a livre iniciativa. O sistema de livre mercado produz automaticamente a eficiência produtiva e alocativa. O livre mercado produz alocação ótima de recursos, como uma “mão invisível” que resulta dos egoísmos individuais e este comportamento por sua vez maximiza o bem estar da sociedade. A intervenção do Estado na economia gera distorções no sistema econômico.
Assim cabe ao Estado as seguintes funções: proteger a sociedade de ataques externos; estabelecer a justiça e manter instituições não-lucrativas (MANKIW,2009).Outros nomes importantes deste período clássico são David Ricardo (1772-1823), a teoria ricardiana chamada de teoria da vantagem comparativa será estudada na aula sobre comércio internacional; John Stuart Mill (1806 -1873) sistematizou o pensamento clássico; Jean–Baptiste Say (1768-1832) formulou a lei de Say, “a oferta cria sua própria demanda”, sendo esta lei um pilar da teoria clássica, e Thomas Malthus (1776-1834) primeiro a teorizar sobre a população.
Para Malthus enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção de alimentos crescia em progressão aritmética, com isto a população cresceria mais que a produção de alimentos. Sabemos hoje que sua previsão não se concretizou, pois seus estudos não consideram o progresso tecnológico (VASCONCELLOS, 2012).A escola neoclássica tem seu principal expoente em Alfred Marshall (1842-1924), seu livro “Princípios de Economia” publicado em 1890, foi obra básica da economia até o século XX. Esta escola privilegiou os aspectos microeconômicos da teoria econômica e os raciocínios matemáticos iniciados por Ricardo.
A era Keynesiana ou também chamada de teoria Keynesiana, iniciou-se com a publicação da obra “Teoria Geral do Emprego” em 1936, do economista John Maynard Keynes (1883-1946). Considerado fundador da Macroeconomia, a revolução Keynesiana refutou o princípio do equilíbrio automático da economia capitalista. Criou a política econômica anticíclica: o governo pode influenciar o nível de atividade econômica por meio da política fiscal e a da política monetária. Sob a Grande Depressão (1930), as ideais Keynesianas influenciaram o “new deal” de Roosevelt (presidente americano entre 1933 e 1945) e influenciam o mundo inclusive atualmente (2013). A mão invisível não seria capaz de reverter a depressão. Para Keynes, os economistas clássicos seguiam a lei de Say, a ofertacria a sua própria demanda, enquanto para Keynes era exatamente o oposto, ele criou o princípio da demanda efetiva, ou seja, a procura agregada determina as alterações na produção e não o contrário que foi previsto na lei da Say, por entre suas ideias estava também a que o pleno emprego dos fatores de produção (aquele conceito que estudamos na curva de possibilidade de produção) não ocorreria automaticamente (MANKIW, 2009 e VASCONCELLOS, 2012).A divisão da ciência econômica em Microeconomia e Macroeconomia.
Para fins didáticos dividimos o estudo da economia em Microeconomia e Macroeconomia. Você notou que associamos a microeconomia ao Adam Smith enquanto associamos a macroeconomia ao John Maynard Keynes.
Dessa forma faz necessário definir cada uma destas áreas de estudo.A Microeconomia estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Focada na determinação dos preços e quantidades específicas é também chamada de Teoria dos Preços. Explicando de outra forma é o estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados.
A Macroeconomia é a parte da economia que estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados, seja o PIB (produto interno bruto), consumo nacional, exportação, inflação com a finalidade de propor políticas econômicas. Explicando de outra forma é o estudo dos fenômenos da economia como um todo, incluindo inflação, desemprego e crescimento econômico.
Saiba mais
SBC vê sinais de aceleração do crescimento em emergente.
IFF reduz previsão de fluxo de capital externo ao país.
O filme Margin Call - Margin Call - O dia antes do fim., direção J. C. Chandor, produzido pela Paris Film em 2011, deve facilitar o seu entendimento sobre a questão da regulação (lei) nos mercado, além de traçar um panorama da crise americana de 2008.
Segue a sinopse para mais detalhes.Sinopse e detalhes Peter Sullivan (Zachary Quinto), Seth Bregman (Penn Badgley) e Will Emerson (Paul Bettany) trabalham no setor de riscos em uma corretora, que está realizando uma série de demissões. Cerca de 80% do setor em que trabalham foi demitido, entre eles o chefe do trio, Eric Dale (Stanley Tucci). Ao pegar o elevador Eric entrega a Peter um pen drive, que contém algo em que estava trabalhando no momento. O alerta para que tomasse cuidado com o conteúdo chama a atenção de Peter, que fica após o horário de trabalho para dar uma olhada no arquivo. Logo ele descobre que trata-se de uma análise da volatilidade da empresa, que indica que há duas semanas ela ultrapassou e muito o limite de risco o qual pode correr. Desta forma a empresa está prestes a falir, o que provoca uma reunião de emergência com diversos setores da empresa, entre eles seu dono, o acionista John Tuld (Jeremy Irons). Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-181773/
Mercado: demanda, oferta e equilíbrio
Facilitar a entendimento sobre os conceitos de demanda e de oferta.
Equilíbrio de Mercado: Demanda e Oferta
Este é o primeiro conteúdo de Microeconomia ou da teoria dos preços, como também é chamada a Microeconomia, o objetivo desta parte a ciência econômica é analisar a formação de preços no mercado[1], na prática queremos entender como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e qual a quantidade de determinado bem ou serviço nos mercados específicos. [1] Mercado: um mercado é um grupo de compradores e de vendedores de um bem ou serviço. Existem várias formas de mercado, nesta aula estamos adotando a hipótese de um mercado competitivo, ou seja, existem muitos compradores e muitos vendedores de forma que nenhum deles isoladamente tem capacidade de individualmente influenciar o preço de mercado.
Podemos entender demanda ou procura como a quantidade de bens e serviços que os consumidores estão dispostos a adquirir em certo tempo. Enquanto a oferta refere-se as quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em certo tempo. O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada (VASCONCELLOS, 2012).
A Lei Geral da Demanda
Como vimos a demanda ou procura por um bem diz respeito a quantidade de certo bem ou serviço que desejamos adquirir em determinado período. A decisão de compra de um consumidor depende de vários fatores sejam eles:
· O preço do próprio bem ou serviço
· O preço do bem substituto
· O preço do bem complementar
· A renda do consumidor
· O gosto, preferência ou hábito do consumidor
Quando compramos um bem o preço dele é importante, mas certamente comparamos com o preço do bem que poderia substituí-lo. Quando vamos viajar consideramos o preço da passagem, mas é igualmente importante o preço do hotel que este serviço é complementar para a viagem. O preço é muito importante, mas por vezes, nem um desconto de 50% sobre o preço do bem nos permitiria comprar um bem, neste caso o que nos impede é a renda. Aqui no Brasil não costumamos usar burca, aquela vestimenta comum as mulheres mulçumanas então uma promoção desta roupa não surtiria efeito para a maioria de nós.
Para alguns mercados outras variáveis podem ser determinantes na decisão de compra do consumidor, como: a sazonalidade (época); a localização dos consumidores; a disponibilidade de crédito e as expectativas. Normalmente na Páscoa compramos ovos de chocolate ainda que o preço do chocolate esteja mais alto, isto é devido ao período comemorativo, ou seja, a época altera o comportamento de compra. Em 2013 o preço do feijão aumentou mito no Brasil, devido a um problema de seca, que prejudicou a principal região produtora Irecê na Bahia. A expectativa de receber um abono salarial como o 13.o faz com que as pessoas aumentem o consumo. Assim como a disponibilidade de crédito proporcionada pelo Programa Minha Casa Minha Vida impulsionou as vendas do mercado imobiliário e até o inflacionou.
Conforme vimos são muitas as variáveis que afetam a decisão de compra do consumidor. Para analisarmos isoladamente cada variável, nos valemos da hipótese de “coeteris paribus”, expressão latina que quer dizer, tudo o mais constante. Ou seja, vamos analisar isoladamente cada variável, por exemplo, somente o preço sem considerar a renda. Considerando a hipótese de coeteris paribus, ou seja, que a decisão de compra possa depender somente do preço, por exemplo, pode-se afirmar então: que quando o preço de um bem baixa a procura por este bem aumenta, coeteris paribus. Isto quer dizer sem considerar outras várias como a renda e a preferência do consumidor, por exemplo, a baixa do preço promove o aumento da quantidade demandada.
4.1 Figura – Determinantes da Demanda
Saiba Mais
Mercado: um mercado é um grupo de compradores e de vendedores de um bem ou serviço. Existem várias formas de mercado, nesta aula estamos adotando a hipótese de um mercado competitivo, ou seja, existem muitos compradores e muitos vendedores de forma que nenhum deles isoladamente tem capacidade de individualmente influenciar o preço de mercado.
A quantidade “q” demandada “d” de um bem qualquer “i” é igual a função “f” do preço do próprio bem; (pi); do preço do bem substituto (ps); do preço do bem complementar (pc); da renda (r) e do gosto, preferência ou hábito do consumidor (g)
4.1.1 Figura - Função da demanda simplificada, considerando a condição “coeteris paribus”.
A quantidade “q” demandada “d” de um bem qualquer “i” é igual a função “f” do preço do próprio bem; (pi).
4.1.2 Figura - A Lei Geral da Demanda
Da relação entre quantidade procurada e preço, temos a lei geral de demanda, ou seja, a relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada (Q) e o preço (P) coeteris paribus, é a lei geral da demanda. Assim quando o preço certo bem (P) aumenta a quantidade procurada deste bem (Q) reduz coeteris paribus. O inverso também é verdadeiro, assim toda vez que o preço do bem (P) cai a quantidade procurada de x (Q) aumenta coeteris paribus.
4.2 Gráfico - Curva de Demanda
A curva de demanda é negativamente inclinada, devido a relação inversa entre o preço (P) e quantidade (Q). Assim quantomaior é o preço menor é a quantidade, coeteris paribus. E o contrário também é verdadeiro.
A representação gráfica da curva de demanda é uma reta negativamente inclinada, devido a relação inversamente proporcional entre o preço (P) e a quantidade (Q).
Mudança na quantidade demandada e deslocamento da curva de demanda
Distinguimos a os movimentos da demanda da seguinte forma, quando ocorre uma alteração de preço a quantidade demandada se desloca ao longo da curva de demanda. No entanto quando outro fator que não o preço altera quantidade demandada de um bem ocorre o deslocamento da curva. Os gráficos a seguir colaboram para o entendimento da diferença entre “mudança na quantidade demandada” e “deslocamento da curva de demanda”.
4.3 Gráfico - Mudança na quantidade demandada
Uma variação no preço do bem, causa uma variação em sentido contrário na quantidade procurada deste bem. Assim mudanças de preço provocam variações nas quantidade ao longo da curva de demanda.
A figura mostra que quando o preço varia de $ 1,00 para $ 2,00, saindo do ponto A para o ponto B, a quantidade cai de 8 para 4, houve portanto um deslocamento sobre a curva de demanda, ou seja, uma mudança na quantidade demandada em função do aumento do preço.
4.4 Gráfico - Deslocamento da curva de demanda
· Considerando-se a curva de demanda inicial azul ou do meio, a curva poderia se deslocar para a direita ou para a esquerda.
 
· Deslocamentos da curva de demanda para a direita ou para a esquerda são devidos a mudança em qualquer das variáveis que influenciam a demanda, exceto o preço. Com isto os deslocamentos da curva não dependem da variação dos preços e sim dos demais fatores que alteram a demanda.
A figura mostra o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para a esquerda, a causa deste deslocamento pode ser a variação da renda do consumidor. Ou seja, ainda que o preço seja mantido, o aumento ou a redução da renda do consumidor, promoverá um aumento ou redução na quantidade demandada do bem. Por fim o deslocamento da curva ocorre em função da mudança em um dos fatores que determinam a demanda que não seja o preço.
Curva de demanda do mercado
A curva de demanda do mercado é a soma das demanda individuais. Observe tabela a seguir:
4.1 Tabela: Demanda de mercado pelo bem ‘x”
	Preço do bem“x”
	Demanda de Carlos
	Demanda de Antonio
	Demanda de João
	Demanda de Mercado
	2,00
	14
	10
	22
	46
	1,50
	24
	15
	32
	71
	1,00
	34
	20
	42
	96
	0,50
	44
	25
	52
	121
Observe que 46 é a demanda do mercado, ou seja, a soma da demanda de Carlos, Antonio e João por este bem quanto o preço é $ 2,00. por este bem qualquer X, da mesma forma ao preço $ 0,50 a soma das demandas é 121 e assim por diante.Para sabermos qual será o preço de mercado, vai depender da quantidade ofertada, que discutiremos na próxima aula.
A Lei Geral da Oferta
Como vimos a oferta refere-se as quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em certo tempo. A quantidade ofertada de um bem depende principalmente:
· Do preço do próprio bem ou serviço
· Do custo dos fatores de produção
· Do nível de conhecimento tecnológico
· Do número de empresas no mercado
· Expectativas
O aumento dos preços dos bens no mercado leva o produtor a elevar a produção, uma relação diretamente proporcional entre o preço e a quantidade produzida, coeteris paribus, o aumento da produção conduz a maior rentabilidade. Já o aumento dos custos dos fatores de produção como o preço da terra e salários, desestimulam o aumento da produção, coeteris paribus, neste caso parece razoável que a relação entre a quantidade ofertada e o custo dos fatores de produção seja inversamente proporcional, conforme VASCONCELLOS (2012).
A relação entre o nível de conhecimento tecnológico e a oferta é diretamente proporcional, ou seja, quanto maio o nível tecnológico mais oferta, coeteris paribus. Da mesma forma a relação entre o número de empresas e a quantidade ofertada é direta, quanto mais empresas mais bens e serviços ofertados, coeteris paribus, conforme VASCONCELLOS (2012).
Em alguns mercados a expectativa e a sazonalidade (época) também influenciam a quantidade ofertada de bens e serviços. A expectativa causada, por exemplo, pela redução do IPI (imposto sobre produtos industrializados), altera a quantidade bens ofertados favorecidos pela redução do IPI. E por fim, como vimos anteriormente a condição de “coeteris paribus”, significa, tudo o mais constante e serve para isolar uma das variáveis e assim realizarmos as análises microeconômicas.
4.1 Figura – Determinantes da Oferta
A quantidade “q” ofertada “s” de um bem qualquer “i” é igual a função “f” do preço do próprio bem; (pi); custo dos fatores de produção (ci); do nível tecnológico (ti) e do número de concorrentes (ni).
4.1.1 Figura - Função da demanda simplificada, considerando a condição coeteris paribus.
A quantidade “q” ofertada “s” de um bem qualquer “i” é igual a função “f” do preço do próprio bem; (pi).
4.1.2 Figura - A Lei Geral da Oferta
Da relação entre quantidade procurada e preço, temos a lei geral de oferta ou seja, a relação é diretamente proporcional entre a quantidade procurada (Q) e o preço (P) coeteris paribus, e isto configura a lei geral da oferta. Assim quando o preço certo bem (P) aumenta a quantidade procurada deste bem (Q) aumenta coeteris paribus. O inverso também é verdadeiro, assim toda vez que o preço do bem (P) cai a quantidade procurada de x (Q) cai coeteris paribus.
4.2 Gráfico - Curva de Oferta
A curva de oferta é positivamente inclinada devido a relação direta entre o P (preço) e a Q (quantidade), ou seja, quanto maior é preço, maior é a quantidade, coeteris paribus e o contrário também é verdadeiro.
A representação gráfica da curva de demanda é uma reta positivamente inclinada, devido a relação diretamente proporcional entre o preço (P) e a quantidade (Q).
Mudança na quantidade demandada e deslocamento da curva de oferta
Distinguimos a os movimentos da oferta da mesma forma que fizemos com a demanda. Assim quando ocorre uma alteração de preço a quantidade demandada se desloca ao longo da curva de oferta no mesmo sentido da variação do preço. No entanto quando outro fator que não o preço altera quantidade ofertada de um bem, ocorre o deslocamento da curva. Os gráficos a seguir colaboram para o entendimento da diferença entre “mudança na quantidade ofertada” e “deslocamento da curva de oferta”.
4.3 Gráfico - Mudança na quantidade oferta
A mudança na quantidade ofertada, ou seja, deslocamento ao longo da curva de oferta, deve-se a variação do preço.
A figura mostra que quando o preço varia de $ 1,00 para $ 3,00, saindo do ponto A para o ponto C, a quantidade aumenta de 1 para 5, houve portanto um deslocamento sobre a curva de oferta, ou seja, uma mudança na quantidade ofertada em função do aumento do preço.
4.4 Gráfico - Deslocamento da curva de oferta
· Considerando-se a curva de oferta do meio na representação gráfica (azul), a curva poderia se deslocar para a direita, indicando aumento da quantidade ofertada, ou para a esquerda indicando redução da quantidade ofertada.
 
· O deslocamento da curva de oferta, ou seja, para direita ou para a esquerda, deve-se a variação de qualquer dos fatores que alteram a oferta exceto o preço.
Equilíbrio de Mercado
O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade demandada de um bem é igual a quantidade ofertada deste mesmo bem em um mercado competitivo.
Graficamente o equilíbrio do mercado é representado pela intersecção das curvas de oferta e demanda.  Matematicamente ao igualarmos as funçõesde demanda e de oferta calculamos o preço e a quantidade de equilíbrio.
Dadas as funções de demanda e de oferta a seguir, vamos calcular o preço e a quantidade de equilíbrio. As funções de demanda e oferta serão dadas neste curso. As funções representam aquela condição que havíamos estabelecido antes nas aulas de Demanda e de Oferta, onde escrevemos uma função simplificada, onde a quantidade demandada e a quantidade ofertada de um bem ou serviço dependem apenas do seu preço (P), coeterisparibus.
 
                                                                                                            Qd = 8000 – 1000P
                                                                                                            Qo = -4000 + 2000P
 
Legenda
Qd é a quantidade demandada
P é o preço
Qo é a quantidade ofertada
Se igualarmos as funções Qd = Qo
temos que:                    8000 – 1000P = - 4000 + 2000P
logo:                          - 1000P – 2000P = - 4000 – 8000
assim:                         -3000P = -12000P =
e portanto:                  - 12000/ - 3000P = 4,00
Como calculamos o preço de equilíbrio P que é igual a $ 4,00. Agora vamos calcular a quantidade substituindo o P em qualquer uma das duas funções, pois que o resultado será o mesmo, visto que está em equilíbrio.
Qd = 8000 – 1000P
      = 8000 – 1000(4)
      = 8000 – 4000
      = 4000
Logo a quantidade de equilíbrio, ou seja, aquela que iguala quantidade demandada Qd a quantidade ofertada Qo é 4000.
Apenas para garantir vamos substituir também o P na função de oferta, já sabendo qual será o mesmo resultado, pois o equilíbrio pressupõe a igualdade das quantidades.
Qo = - 4000 + 2000P
     = - 4000 + 2000(4)
    = -4000 + 8000
    = 4000
 
 
[2] As funções de demanda e oferta serão dadas neste curso. As funções representam aquela condição que havíamos estabelecido antes nas aulas de Demanda e de Oferta, onde escrevemos uma função simplificada, onde a quantidade demandada e a quantidade ofertada de um bem ou serviço dependem apenas do seu preço (P), coeteris paribus.
6.1 Gráficos do Equilíbrio de Mercado
Como podemos observar ao preço $4,00 e a quantidade 4000, não há excesso ou falta de produto, ou seja, está em equilíbrio. Somente existe um ponto de equilíbrio entre as funções de demanda e de oferta, assim se o preço for maior que $ 4,00 haverá excesso de produto e se for menor $ 4,00 haverá falta de produto. A tabela a seguir nos ajuda a visualizar esta realidade.
6.1 Tabela: Equilíbrio de Mercado.
	Preço (P)
	Q Qd = 8000 – 1000P
	Qo = -4000 + 2000P
	Excesso de demanda ou oferta
	$ 3,00
	8000 – 1000(3) =5000
	-4000 + 2000(3) = 2000
	Excesso de demanda.
	$ 4,00
	8000 – 1000(4) =4000
	-4000 + 2000 (4) =4000
	Equilíbrio Não existe excesso
	$ 5,00
	8000 – 1000(5) =3000
	-4000 + 2000(5) =6000
	Excesso de oferta.
 
Atribuimos aleatoriamente os preços são $3 e $5 na tabela, apenas seguimos a orientação de escolher um preço menor e um preço maior que o preço de equilbrio, que como sabemos o preço de equilíbrio é $4,00. Para a construção da tabela substituimos simultâenamente o preço atribuido na função de demanda e na de oferta. Depois disto observamos que se o preço for $3 a quantidade demandada a este preço é de 5000 e a quantidade ofertada é 2000, logo há excesso de demanda. Para saber a magnitude desse excesso, basta subtrair o menor do maior, no caso 5000 – 2000, ou seja, o excesso de demanda é de 3000. O excesso de demanda ocorrerá para qualquer preço menor que o de equilíbrio.
Da mesma forma observamos na tabela que ao preço $ 5,00 a quantidade demandada é de 3000 e a quantidade ofertada é de 6000,ou seja, se o preço for maior que o de equilíbrio os ofertantes, que são os vendedores deste bem, estariam dispostos a disponibilizar 6000 unidades, porque quanto maior é o preço maior é a disposição de ofertar bens, no entanto como só haveria demanda de 3000, ocorre o excesso de oferta no caso de 3000. Isto sempre ocorrerá quando o preço de mercado for maior que o preço de equilíbrio. O gráfico a seguir aponta as áreas de execesso de demanda e de excesso de oferta.
6.1.1 Gráficos do Equilíbrio de Mercado
 
Um bem é algo que atende a uma necessidade humana. Os bens em economia podem ser do tipo livres e econômicos. Os bens livres são aqueles que não tem preço, como o ar, por exemplo. E os bens econômicos são aqueles que tem preço, como por exemplo: um carro.Para nossos estudos é relevante estudar os bens econômicos do tipo substituto, complementar, normal, inferior e superior. A tabela a segur define e exemplicar os bens conforme o preço (substituto ou complementar) e conforme a renda (normal, inferior e superior). Existem outros tipos de bens que convido você a conhecer no Saiba Mais.
TIPOS DE BENS ECONÔMICOS.
São outros tipos de bens econômicos
Bem de capital: é aquele bem utilizado na produção de outros, mas que não se desgasta totalmente durante o processo produtivo. São exemplo: máquinas, equipamentos e instalações.
Bem intermediário: é aquele bem transformado no processo produtivo. São exemplos: matérias primas e insumos.
Bem de consumo: são aqueles destinados a atender as necessidades humanas. De acordo com a sua durabilidade podem ser classificados como duráveis, semiduráveis ou não duráveis. São exemplos: computadores, carros, alimentos.
Bem de Giffen: é uma exceção a lei geral da demanda, ou seja, quando o preço aumenta a quantidade procurada deste bem não cai. È, portanto, um tipo de bem inferior, a situação seria mais ou menos assim, algo provoca o aumento do preço do bem ao mesmo tempo em que a renda cai. As pessoas então por não terem alternativas aumentam o consumo deste bem, já que não tem condições de adquirir outros bens, seria um caso de empobrecimento das pessoas ao mesmo tempo em que ocorre aumento de preço.
Bem de consumo saciado: é aquele bem que dada uma variação na renda não ocorre o aumento da procura deste bem, pois que os consumidores já estão satisfeitos com seu consumo, por exemplo: sal.
Veja também a tabela com mais tipos de bens.
6.1 Quadro Alguns tipos de bens
Elasticidade
Explicar e aplicar o conceito de elasticidade.
Elasticidade
Elasticidade é um conceito econômico que mede a
 mudança em uma variável dada a
 mudança em outra variável. Por exemplo, a elasticidade preço da demanda mede a variação na
  quantidade (Q) demandada de um bem dada uma variação no preço (P) deste mesmo bem. Se fossemos adotar um sinônimo para elasticidade este
 seria sensibilidade. Sabemos que a redução do preço de um bem provoca o aumento consumo do mesmo, coeteris paribus, isto é o que diz a lei geral da demanda. Com o conceito de elasticidade podemos estimar quanto aumenta a demanda deste bem. O mesmo para situações em que varia a renda (R) e o preços (P) dos concorrentes.
O autor Vasconcellos (2012) define elasticidade como a alteração percentual em uma variável dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Conhecer qual o percentual de aumento das vendas dada uma promoção é uma informação muito útil sob o ponto de vista gerencial, pois permite que não haja falta ou excesso de produto nas prateleiras
 dos supermercados, pode ajudar também
 
 a estabelecer cotas do produto por consumidor. Certamente já nos deparamos com uma promoção em um supermercado, com indicação de quantidade máxima por consumidor, este tipo de comunicação deve-se em parte ao conhecimento do grau ou tipo de elasticidadedo produto.Ou seja, a empresa sabe qual seria o percentual de aumento das vendas dado aquele percentual de desconto, mas não deseja vender todo aquele total por “n” motivos, por isto, para garantir o sucesso da promoção estabelece uma cota.
Existem quatro tipos de elasticidade: elasticidade preço da demanda (Epd); elasticidade preço da oferta (Epo); Elasticidade Cruzada da Demanda (Epxy); Elasticidade Renda da Demanda (Erd).
1. Quadro resumo conceitual dos tipos de elasticidade em microeconomia
 
	ELASTICIDADE
	DEMANDA
	RENDA
	CRUZADA 
	OFERTA
	Elasticidade Preço da Demanda
	Neste tipo de estimativa, verificamos quanto varia a quantidade demandada de um bem, diante de uma variação no preço.
	Neste tipo de estimativa verificamos quanto varia a quantidade demandada de um bem dada uma variação da renda.
	Neste tipo de estimativa verificamos quanto varia a quantidade de um bem dada uma variação no preço de outro bem.
	Neste tipo de elasticidade verificamos quanto varia quantidade ofertada de um bem dada uma variação no preço.
	Tipos ou graus
	Elástico
 
Unitário
 
Inelástico
	Normal
Inferior
Superior(ou de luxo)
	Substitutos
Complementares
	Elástico
Unitário
Inelástico
	Matemáticamente
	Epd é
 igual
a variação percentual da quantidade procurada de um bem
dividido
pela variação percentual do preço.
 
	Erd é
 igual
a variação percentual da quantidade procurada de um bem
dividido
pela variação percentual do renda.
	Ecxy é
 igual
a variação percentual da quantidade procurada de um bem
dividido
pela variação percentual do preço.
	Epo é
 igual
a variação percentual da quantidade procurada de um bem
dividido
pela variação percentual do preço.
 
A elasticidade é um conceito muito útil para a administração das empresas, sejam elas públicas ou privada, já que a previsão de vendas é muito importante e o conceito permite estimar a reação dos consumidores face as alterações de preço da empresa e nos preços dos concorrentes e em alterações da renda.
Elasticidade Preço da Demanda - Epd
A elasticidade preço da demanda (Epd)  na qual  vamos no concentrar na aplicação, se apresenta em 3 graus diferentes graus ou tipos: elástico, unitário e inelástico. Isto porque variações de preço semelhantes provocam alterações na quantidade procurada diferentes de acordo com o tipo de bem.
Exemplificando: 
a) Suponha que haja um desconto no preço da carne de primeira de 50% será esperado um aumento nas vendas (procura) em um percentual acima de 50%, isto porque este bem é elástico.
b) Suponha que haja um desconto de 50% no preço do feijão será esperado um aumento nas vendas (procura) em um percentual menor que 50%, isto porque o feijão é um bem inelástico.
c) Suponha que haja um desconto de 50% no preço do cheiro verde será esperado um aumento nas vendas (procura) em percentual igual a 50%, isto porque cheiro verde tende a ser um bem unitário.
Conforme Vasconcellos (2012) os graus ou tipos de elasticidade preço da demanda (Epd) são os seguintes: elástico, inelástico e unitário.
Sendo a elasticidade um número sempre negativo, devido a relação inversa entre o preço (P) e a quantidade (Q). Por esta razão usualmente apresenta-se o cálculo em módulo, representado por | | (duas barras), por exemplo, |Epd| = 1,2, que equivale a Epd = -1,2.
Exemplo do cálculo da EPD
1. Um restaurante por quilo aumentou o preço do quilo de alimentação de R$12,00 para R$ 15,00. Em conseqüência disto, as vendas caíram de 60 quilos para 50 quilos.
Pede-se:
a) Calcule a elasticidade preço da demanda deste restaurante.
b) Classifique quanto ao grau ou tipo.
c) Calcule a receita total do restaurante antes e após o aumento do preço.
Resolvendo:
a) Calcule a Epd deste restaurante.
O preço inicial vamos chamar de P0 = 12,00 e a este preço a quantidade Q0 = 60.
O preço final vamos chamar de P1 = 15,00 e a este preço a quantidade Q1 = 50.
A variação percentual da Q pode ser calculada
Fórmula para cálculo da variação % da Q
Variação % da  = ((Q1 – Q0) / Q0) * 100
Lê-se:  Q1 quantidade final menos Q0 quantidade inicial, o resultado dividido por Q0 e depois multiplicado por 100, sendo 100 fixo da fórmula, pois é o que transforma o resultado em %.
Usaremos o sinal / para indicar divisão e sinal * para indicar multiplicação.
Resolvendo
Variação % da Q = ((Q1 – Q0) / Q0) * 100
((50-60)/60)*100
(-10 / 60)*100
- 0,1667 * 100
- 16,67%
Portanto, a quantidade caiu 16,67%
A variação percentual do P pode ser calculada
Fórmula para cálculo da variação percentual do preço
Variação % da P = ((P1 – P0) / P0) * 100
Lê-se: P1 preço final menos P0 preço inicial, o resultado dividido por P0 e depois multiplicado por 100, sendo 100 fixo da fórmula, pois é o que transforma o resultado em %.
Usamos / para indicar divisão e * para indicar multiplicação.
Resolvendo
Variação % da P = ((P1 – P0) / P0) * 100
((15 - 12) / 12) * 100 =
(3 / 12) * 100 =
0,25 * 100 =
25%
Portanto, o preço aumentou 25%.
Aplicando a fórmula da elasticidade
Epd = variação % da Q /variação % P
Epd = -16,67 / 25
Epd = - 0,66
Ou seja, o grau de elasticidade preço da demanda deste restaurante é -0,66.
b) Classifique quanto ao grau.
Usando o módulo | | que significa ler sem considerar o sinal a |Epd| = 0,66, como este resultado é menor que 1, o grau de elasticidade é inelástico.
c) Calcule a receita total do restaurante antes e após o aumento do preço
A receita é o mesmo que o faturamento do restaurante e vamos calcular usando a fórmula:  RT = P * Q
Lemos a receita total (RT) é igual ao preço (P) multiplicado pela quantidade (Q).
A receita total antes do aumento do preço
RTantes = P * Q
RT = 12 * 60
RT = R$ 720,00
Receita total após o aumento do preço
RTapós = P * Q
RT = 15* 50 =
RT = R$ 750,00
Moral da história: o aumento do preço do quilo de alimentação neste restaurante promoveu o aumento da receita do restaurante, com isto, temos uma característica muito significativa dos bens inelásticos, que seja, quando se aumenta o preço de um bem inelástico a quantidade cai  (-16,67%) em um percentual menor que o aumento do preço (25%), o que provoca o aumento da receita.
Outra característica dos bens inelásticos é o fato de terem poucos substitutos próximos, no caso de um prato de comida, o substituto poderia ser um sanduíche.
Características dos graus de EPD
Por que alguns bens são elásticos e outros não?
Segundo Vasconcellos (2012) o grau de elasticidade reflete as seguintes características: existências de bens substitutos; essencialidade do bem; importância do bem quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor e incidência tributária.
Disponibilidade de bens substitutos
Quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem.
Essencialidade do bem
Neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus.
Importância relativa do bem no orçamento do consumidor
Quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
Horizonte de tempo
Quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.
Incidência tributária
Se um bem é elástico menor é a incidência tributária. Se um bem é inelástico maior é a incidência tributária. O exemplo é o caso da redução de  impostos da cesta básica, pois o grau de inelasticidade deste bem possibilita maior incidência tributária.
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
Demanda elástica: quando o resultado for maior que 1 = variação da quantidade demandada supera a variação do preço. Os consumidores desse produto têm grande reação ou resposta, diminui drasticamente o consumo; quando há quedas do preço de mercado.
Demanda inelástica: ocorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas quantidades procuradas. Assim, os consumidores desse produto reagem pouco a variações de preços, isto é, possuem baixa sensibilidade ao que acontece com os preços de mercado (Vasconcelos, 2011).
Importante:
1. No texto sugerimos uma forma de calcular variação percentual, é importante lembrar que esta é uma forma de calcular variação percentual, você poder usar outras, como, por exemplo, a regra de 3. Se você tiver uma calculadora HP12C basta inserir o valores e teclar a variação percentual, aquela tecla que tem um triângulo seguido do sinal de percentual (%).
2. Veja o quadro resumo de Elasticidade.
	Quadro resumo de Epd – Conceitos e Características
	
Teoria da Firma
Facilitar a compreensão sobre os custos de produção de uma firma.
A Teoria da Firma
A teoria da firma trata das seguintes questões:
· A forma pela qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de custo;
· O modo pelo qual os custos de produção variam com o nível de produção;
· Características da oferta de mercado;
· Problemas das atividades produtivas em geral.
A teoria da firma divide-se em:
1. Teoria da Produção: refere-se às relações tecnológicas, físicas,entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados na produção;
2. Teoria dos Custos: A teoria dos custos de produção constitui-se, em economia, na chamada da teoria da oferta da firma individual. Os princípios da teoria dos custos de produção são peças fundamentais para a análise dos preços e do emprego dos fatores, assim como de sua alocação entre os diversos usos alternativos na economia
Produção
È o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado.O processo produtivo é a combinação e transformação de insumos ou fatores de produção em produtos. Os tipos de Insumos (fatores de produção)TrabalhoMatérias-primas e capital (MANKIW,2009).
Uma função de produção indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir para cada possível combinação de insumos, dado o estado da tecnologia.Mostra o que é tecnicamente viável quando a firma opera de forma eficiente.
No caso de dois insumos a função de produção é:
Q = F(K,L)
Q = Produto,
K = Capital,
L = Trabalho
Essa função depende do estado da tecnologia.
O curto e o longo prazo
O curto prazo é definido como um período de tempo em que pelo menos um dos fatores de produção é considerado fixo.
No longo prazo, todos os fatores de produção são considerados variáveis.
Comportamento da Produção no Curto Prazo
Se adicionarmos quantidades de uma mesma magnitude de um fator de produção variável a uma quantidade fixa de outro, os acréscimos na produção serão inicialmente crescentes, porém depois se tornarão decrescentes podendo, inclusive, assumir valores negativos.
A produção no longo prazo:  a  possibilidade, no longo prazo, do aumento da quantidade de todos os fatores de produção pressupõe que a empresa pode alterar inclusive o tamanho de suas instalações, ou seja, a escala de suas operações (MANKIW, 2009).
Os custos de produção no curto prazo: o custo total de produção será composto por um Custo Fixo, que será invariável qualquer que seja o volume de produção, e por um Custo Variável que será tanto maior quanto maior for o volume de produção (MANKIW,2009).
Inserir tabela com exemplo de Produção com um insumo variável.
Produção com um insumo variável (Trabalho): à medida que aumenta o número trabalhadores, o produto (Q) aumenta, atinge um máximo e, então, decresce.
Produção com um insumo variável (Trabalho)
Verifica-se na tabela que, de início, podem ocorrer rendimentos crescentes, isto é, os acréscimos de utilização do fator variável provocam incrementos na produção.
A partir da quarta unidade de mão de obra incluída no processo produtivo, começam a surgir os rendimentos decrescentes.
A oitava unidade, associadas a 10 unidades do fator fixo terra, maximiza o produto (44 toneladas).
A produtividade marginal dessa oitava unidade é nula.
Daí por diante, cada unidade do fator variável mão de obra, associada as 10 unidades do fator fixo terra, passará a ser ineficiente, ou seja, sua produtividade marginal torna-se negativa.
 
Tabela - Produção com insumo variável
 
	Quantidade
de
Trabalho
(L)
	Quantidade
de
Capital
(K)
	Produto
Total
(Q)
	Produto
Médio
	Produto
Marginal
	0
	10
	0
	-------
	-------
	1
	10
	10
	10
	10
	2
	10
	30
	15
	20
	3
	10
	60
	20
	30
	4
	10
	80
	20
	10
	5
	10
	95
	19
	15
	6
	10
	108
	18
	13
	7
	10
	112
	16
	4
	8
	10
	112
	14
	0
	9
	10
	108
	12
	-4
	10
	10
	100
	10
	-8
 
Fórmulas
 
Produção com um insumo variável (Trabalho)
Produto Médio do trabalho (PMe)   
Produto Marginal do Trabalho (PMgL)   
Lei dos Rendimentos Descrecentes
Conforme  o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-se menores (ou seja, o PMg diminui). Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena, o PMg é grande em decorrência da maior especialização.Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg decresce em decorrência de ineficiências.
Efeito da Inovação Tecnológica
A produtividade do trabalho pode aumentar à medida que ocorram melhoramentos tecnológicos, mesmo que cada processo produtivo seja caracterizado por rendimentos decrescentes do trabalho (MANKIW, 2009).
 
MALTHUS E A CRISE DE ALIMENTOS
Malthus e a Crise de Alimentos
Malthus previu o alastramento da fome em larga escala, que decorreria dos rendimentos decrescentes da produção agrícola aliados ao crescimento populacional contínuo.
Pergunta-se: Por que a previsão de Malthus revelou-se incorreta?
Dados mostram que o crescimento da produção excedeu o crescimento populacional.Malthus não levou em consideração os efeitos potenciais dos avanços tecnológicos, que permitiram o aumento da oferta de alimentos a taxas superiores ao crescimento da demanda.
As inovações tecnológicas resultaram em excessos de oferta e reduções de preços.
Pergunta: Por que existe fome no mundo, tendo em vista que há excedentes de alimentos?
Isso se deve ao custo de redistribuição dos alimentos entre as regiões produtivas e improdutivas e ao baixo nível de renda das regiões improdutivas.
Importante:
Thomas Robert Malthus foi um economista notável durante o período clássico da economia.
Teoria dos Custos
A firma tem objetivo maximizar os lucros quando realiza uma atividade produtiva. Para alcançar este objetivo a firma buscará: a) maximizar a produção para um dado custo total, ou
  minimizar o custo total para um certo nível de produção.
  A partir de agora vamos conhecer os custos de produção sob o ponto de vista econômico, ou seja, incluindo os custos de oportunidades que são implícitos e não são considerados contabilmente, pois que os contadores somente reconhecem custos explicítos que envolvem desembolso monetário (VASCONCELLOS, 2011).
Custo Total (CT)
Soma de Custo Fixo (CF ou CFT) mais Custo Variável (CV ou CVT).
           OU
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação.
Enquanto
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida.
Custo Médio (CMEe) ou Custo Total Médio (CTM)
Dividindo-se o Custo Total pela Quantidade Produzida, obtém-se o Custo Médio (Cme).
Assim
CT = CFT + CVT
Custo Marginal (CMg)
Dividindo-se a variação do Custo Total pela variação da Quantidade Produzida, obtém-se o custo marginal (CMg)
Custo Variável Médio (CVMe)
Dividindo-se o Custo Variável pela Quantidade Produzida, obtém-se o Custo Variável Médio (CVme).
Custo Fixo Médio
Dividindo-se o Custo Fixo pela Quantidade Produzida, obtém-se o Custo Fixo Médio (CFMe).
Exemplo:
Suponha que uma fábrica de sapatos tem um custo fixo médio de R$ 5,00 quando está produzindo 10.000 pares de sapatos. Se a fábrica expandir sua produção para 12.500 pares, o que acontecerá com seu custo fixo médio?
Resolvendo
Se o custo fixo médio de par é R$ 5,00 então o custo fixo total
 de 10 mil pares é R$ 50.000,00.
Multiplique 5 por 10.000.
Se a fábrica expandir a produção para 12.500, o custo fixo total não mudará, já que é fixo, com isto o custo fixo médio irá diminuir quando aumenta a produção, no caso para R$ 4,00.
Divida 50.000
  por 12.500.
Observe a tabela a seguir para notar o comportamento dos custos.
Você verá que o CF não muda quando muda a quantidade, enquanto o custo CV sempre muda. Você irá observar que o CT sempre aumenta a medida que aumenta a produção. Notará que o CFmédio sempre diminui a medida que aumenta a produção. E o custo marginal começa alto, depois cai e por fim aumenta, de modo que houvesse um gráfico teria uma representação em formato de U.
 
Tabela – CUSTOS DE PRODUÇÃO
 
	Produção
Em
Quantidade
	Custo
Fixo
	Custo
Variável
	Custo
Total
	Custo
Fixo
Médio
	Custo
Variável
Médio
	Custo
Total
Médio
	Custo
Marginal
	0
	90,00
	0,00
	90,00
	-------
	-------
	-------
	-------
	1
	90,00
	5,00
	95,00
	90,00
	5,00
	95,00
	5,00
	2
	90,00
	10,00
	100,00
	45,00
	5,00
	50,00
	5,00
	3
	90,00
	15,00
	105,00
	30,00
	5,00
	35,00
	5,00
	4
	90,00
	20,00
	110,00
	22,5
	5,00
	27,50
	5,00
	5
	90,00
	25,00
	115,00
	18,00
	5,00
	23,005,00
	6
	90,00
	36,00
	126,00
	15,00
	6,00
	21,00
	11,00
	7
	90,00
	56,00
	146,00
	12,85
	8,00
	18,25
	20,00
	8
	90,00
	96,00
	186,00
	11,25
	12,00
	23,25
	40,00
	9
	90,00
	180,00
	270,00
	10,00
	20,00
	30,00
	84,00
	10
	90,00
	400,00
	490,00
	9,00
	40,00
	49,00
	220,00
 
Fórmulas dos Custos de Produção de Curto Prazo
 
Custo Fixo Médio (CFMe)   
Custo Variável Médio (CVMe)   
Custo Médio (CMe ou CTMe)   
	CTMe = CVMe + CFMe
Estrutura de Mercado
Facilitar a compreensão sobre as estruturas de mercado
ESTRUTURA DE MERCADO
Considere as manchetes de jornal: Governo americano pede bloqueio da fusão entre American Airlines e US Airways (O Globo, 2013) e Empresa que levar ativos da BRF não poderá demitir por 6 meses (UOL,2011), ambas as notícias tratam de processos de fusão de grandes empresas, no caso da brasileira BRF o processo está concluído e o CADE[1] autorizou a fusão de Sadia e Perdigão com restrições.
Ambos os casos tratam de concentração de mercado, que é parte da análise que vamos realizar nesta aula dedicada a conhecer as principais estruturas de mercado. Estrutura de mercado diz respeito a forma como as empresas estão organizadas no mercado segundo algumas características. Conhecer essas características das estruturas de mercados e entender a atuação do governo sobre as mesmas é o tema desta aula.As estruturas de mercado de bens e serviços são as seguintes:
Estruturas de Mercado de Bens e Serviços
1. Concorrência Perfeita
2. Monopólio
3. Oligopólio
4. Concorrência Perfeita ou Monopolística
Estruturas de Mercado de Insumos e Fatores de Produção
1. Monopsônio
2. Oligopsônio
3. Monopólio bilateral
As características que determinam em qual das estruturas de mercado, uma empresas será classificada são:
· Número de empresas que fazem parte do mercado
· Se o produto é homogêneo ou diferenciado
· Existência de barreiras a entrada ou saída de novas empresas
· O poder sobre o preço
· E a competição extra preço
Importante saber que o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, autarquia governamental, que representa a última instância, na esfera administrativa, responsável pela decisão final sobre a matéria concorrencial.
Estruturas de Mercado de bens e serviços
a) Concorrência Perfeita
Neste modelo teórico de estrutura de mercado, que conta com um grande número de vendedores, que ofertam um produto homogêneo, sobre o qual não exercem poder sobre o preço, são, portanto, tomadoras de preço.
Em concorrência perfeita a competição extra-preço, seja por propaganda ou programas de fidelização não é eficiente, já que não existe diferenciação entre os produtos, por fim a entrada e saída neste mercado são facilitadas pela ausência de barreiras.
Nesta estrutura estariam, por exemplo, os vendedores de peixe em uma feira livre, já que não há diferenciação entre um peixe do mesmo tipo de um vendedor e de outro. No entanto como você já deve ter observado, os vendedores deste mercado procuram se diferenciar pelo atendimento, por meio de estratégias como oferecer receitas sobre o preparo peixe, indicar ao consumidor qual deve ser para assar e qual para cozinhar, melhorar a apresentação no ponto de venda.
Assim este modelo é mais teórico do que prático, já que o vendedor procurar se diferenciar para ter alguma margem para manobrar o preço do produto que vende.
Segundo Vasconcellos (2011) a concorrência perfeita é a estrutura que reúne um número infinito de empresas (hipótese da atomicidade), produto homogêneo (hipótese da homogeneidade) e não existência de barreiras à entrada de novas firmas e consumidores (hipóteses da mobilidade de firmas; da racionalidade; transparência de mercado; mobilidade de bens – sem custo de transporte; inexistência de externalidades; mercado de fatores de produção também em concorrência perfeita e hipótese da divisibilidade).
Por conta de todas estas hipóteses, esta estrutura é um referencial para modelos mais próximos da realidade, ou seja, é adequado metodologicamente para se iniciar o estudo das estruturas de mercado que na prática são mais complexas que esta (VASCONCELLOS,2011).
b) Concorrência Monopolística
Nesta estrutura de mercado, existe um grande número de players, que ofertam um produto diferenciado. Para este grupo de empresas há uma margem para manobrar o preço, ou seja, exercem algum poder sobre preço, justificado principalmente pela marca.
Para empresas em concorrência monopolística a competição extra-preço é acirrada, e ocorre principalmente por meio de propaganda, programas de fidelização e prêmios para os consumidores.
A entrada e a saída de empresas desta estrutura é facilitada pela ausência de barreiras a indústria. Para o consumidor este é modelo de estrutura de mercado mais adequado, já que a competição entre as empresa o beneficia.
São comuns entre as empresas em concorrência monopolística a adoção de estratégias empresariais que visam: inovação, melhoria da qualidade dos produtos oferecidos.
Para as empresas que competem nesta estrutura, o processo de fusão significa juntar as sinergias o que promove redução de custo e aumenta a competitividade, por isto os processos de fusão e aquisição neste modelo são bastante comuns.
Cada processo de fusão e de aquisição dentro desta estrutura de mercado é acompanhado pelo governo que permite ou não a conclusão do processo. O órgão governamental responsável por estas análises é o CADE – Conselho de Administrativo de Defesa Econômica, sobre o qual conversaremos mais em breve.
Um exemplo de empresas deste setor é a BRF S.A, resultante da fusão entre a Sadia e a Perdigão, para a qual chamo a atenção de vocês para leitura da notícia mencionada na apresentação desta aula.
Esta leitura contribuirá para a compreensão dos critérios de aprovação desta fusão, no que se refere principalmente: a proteção do consumidor com relação a abuso de poder econômico, a evitar a manipulação do mercado por meio de um alto market share, ao controle sobre o poder de barganha destas empresas sobre fornecedores e concorrentes, por exemplo.
A definição de concorrência monopolística segundo Vasconcellos (2011) é a seguinte: aquela estrutura em que atuam muitas empresas, produzindo dado bem ou serviço; que por sua vez cada empresa procura diferenciar seja por características físicas como composição química e potencia, seja por embalagem, na promoção de vendas por meio de propaganda, atendimento e brindes e também via manutenção e atendimento pós venda, sendo que cada empresa tem algum poder sobre preços, dados que os bens são diferenciados e o consumidor tem opções de escolha, conforme sua preferência.
c) Oligopólio
As empresas que estão em oligopólio se caracterizam por vender um bem homogêneo (caso de fabricantes de alumínio) ou diferenciado (caso dos vendedores de passagens aéreas), por existir um pequeno número de empresas ofertando o bem ou serviço, que por consequência exercem poder sobre o preço, chegando a formar cartel.
Cartel é uma forma ilegal de as empresas se organizarem que consiste em combinar com os concorrentes o preço de venda de bens e serviços, a fim de aumentar os ganhos das empresas. O Cartel mais famoso de que se tem notícia foi aquele formado no fim de 1973, pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que conforme Lindert (1991) mais que quadruplicaram o preço em dólares do petróleo bruto, de US$ 2,59 para US$ 11,65 o barril, promovendo uma revolução na indústria do petróleo mundial, permitindo que os países exportadores se tornassem ricos quase que da noite para o dia.
No Brasil recentemente (desde Agosto de 2013), podemos acompanhar o que noticiários chamam de escândalo do metrô. Segundo a revista Veja (2013) a multinacional Siemens denunciou ao CADE a existência de um cartel de empresas que teriam superfaturado contratos das linhas de trens e metrô e o suposto esquema teria causado prejuízo aos cofres públicos de 577 milhões de reais.
Esta estrutura ainda se caracteriza por forte competição extra preço, sobretudo quando os produtos são diferenciados e pelo fato deexistirem muitas barreiras ao ingresso de novas empresas neste tipo de indústria.
São outros exemplos de setores oligopolizados no Brasil, o setor aéreo e a indústria de cimento.
De acordo com Vasconcellos (2011) pode-se definir ainda os oligopólios de duas formas:
1.Oligopólio concentrado: neste tipo existe um pequeno número de empresas na indústria.
2.Oligopólio competitivo: neste tipo um pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas, seria o caso de empresas como Nestlé, Parmalat, Coca-cola que por serem dominantes poderiam fixar os preços de venda em seus termos, que se deparam com demandas relativamente inelásticas, sendo que os consumidores têm baixo poder de reação.
As barreiras de entrada são as mesmas dos oligopólios: proteção de patentes; controle de matérias-primas-chave; tradição e oligopólio puro ou natural.
d) Monopólio
Estrutura de mercado em que somente uma empresa oferta àquele bem. Existem barreiras ao acesso de novas empresas e na ausência de leis antitruste há enorme poder sobre o preço.
Conforme Vasconcellos (2011) uma única empresa, produto sem substitutos próximos e barreiras a entrada de novas firmas é o que define um monopólio.
São alguns tipos de barreiras ao acesso de novas empresas:
a. Monopólio puro ou natural: associado a serviços de utilidade pública como água, esgoto e energia elétrica;
b. Proteção de patentes: o direito de apenas um produzir o bem.
c. Controle sobre o fornecimento de matérias-prima-chaves.
d. Tradição no mercado.
e. Monopólio estatal ou institucional, aquele que segue uma legislação, normalmente ocorre em setores de infraestrutura ou estratégicos, no caso brasileiro os monopólios são estatais e se concentram em áreas como petróleo e água.
Importante saber:
Player: forma como são chamadas as empresas de uma indústria ou setor econômico.
Market Share: participação de mercado, ou seja, é a fatia ou cota, que uma empresa detêm em seu segmento.
Lei Antitruste: proíbe prática comerciais desleais e anticompetitivas, a lei procura restringir o poder de reduzir a produção e de aumentar os preços dos mercados, a fim de contribuir para a competição no mercado.
Monopólio puro ou natural: para ofertar estes serviços a empresa precisa ter grande escala de produção, o que exige alto investimento, para que uma nova firma possa oferecer tais serviços a preços equivalentes ao firma monopolista.
Leis de Defesa da Concorrência
O Brasil possui legislação em defesa da concorrência, desde 1960, porém até meados de 1990, tinha sido pouco eficaz, devido ao protecionismo e aos elevados índices de inflação.
Com a Constituição Federal de 1988, houve grande mudança, pois a Constituição estabeleceu os princípios básicos da atuação do Estado na economia. Foram criados os órgãos:Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência ( SBDC) lei 8.884 de 1994.Secretaria de Direito Econômico (SDE); Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE); Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE).
O Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, que possui poder decisório sobre processos por ele julgados, enquanto as secretarias apresentam um caráter mais de instrutor do processo.
O CADE foi criado em 1964 e transformado em autarquia em 1994, e exerce três funções: preventiva, repressiva e educacional ou pedagógica a finalidade é orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico. O CADE é a última instância, na esfera administrativa, responsável pela decisão final sobre a matéria concorrencial.
Este breve comentário sobre lei de defesa da concorrência fundamenta-se em Planalto (2011); Vasconcellos (2011) e CADE (2013), seu conhecimento poderá ser aprofundado em uma consulta mais rigorosa a estas fontes.
Estruturas de Mercado de Insumos e Fatores de Produção
a) Monopsônio
É um monopólio na compra dos fatores de produção, Vasconcellos (2011) exemplifica com a seguinte situação: uma empresa que se instala em determinada cidade do interior e, por ser única, torna-se demandante exclusiva da mão de obra local e das cidades próximas, tendo para si a totalidade da oferta de mão de obra.
b) Monopsônio bilateral
Ocorre quando um monopsonista na compra de um insumo depara-se com um monopolista na venda desse insumo. Ou seja, um único comprador defronta-se com o único vendedor do insumo no mercado (VASCONCELLOS, 2011).
c) Oligopsônio
É o oligopólio na compra de fatores de produção. Neste mercado em que há pouco compradores negociando com muitos vendedores, a indústria de laticínios é um exemplo, pois em cada cidade existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais (VASCONCELLOS, 2011)..
DILEMA DOS PRISIONEIROS
Teoria dos Jogos
A teoria dos jogos preocupa-se com o modo como os individuos tomam decisões quando estão cientes de que suas ações afetam uns aos outros e quando cada individuo leva isto em conta.
A teoria dos jogos divide-se em jogos cooperativos e não cooperativos. A Teoria dos Jogos foi publicada pela primeira vez em 1944 e em 1994 a Teoria dos Jogos tornou-se Nobel de Economia quando matemático John Nash ganhou o prêmio. O mesmo John Nash que foi retratado no filme "Uma Mente Brilhante". A ideia do jogo é comumente retratada a partir do dilema dos prisioneiros.
Os conceitos principais de um jogo
1. Jogo:situação na qual os jogadores (participantes) tomam decisões estratégicas que levam em consideração as atitudes e respostas dos outros.
2. Payoffs: valores associados a um resultado possível.
3. Estratégia: plano de ação ou regra para participar de um jogo.
4. Estratégia ótima: estratégia que maximia o payoff esperado do jogador.
5. Estratégia dominante: estratégia que é otima, não importando o que oponente faça.
6. Jogo cooperativo: aquela no qual os participantes podem negociar contratos vinculados ao cumprimento obrigatório que lhes permitam planejar estratégias em conjunto.
7. Jogo não cooperativo: jogo no qual a negociação é o cumprimento de contratos vinculativos não são possíveis.
8. Dilema dos prisioneiros: exemplo na teoria dos jogos no qual dois prisioneiros devem decidir separadamente se confessam o crime; se um deles confessar, receberá uma sentença mais leve e seu cúmplice, uma mais pesada, mas, se nenhum deles confessar, as sentenças serão mais leves do que se ambos tivessem confessado.
9. Equilíbrio de Nash: conjunto de estratégias ou ações em que cada empresa faz o melhor que pode em função do que as concorrentes estão fazendo.
Dilema dos Prisioneiros
Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade será de apenas um ano.
Inserir tabela com o Dilema dos Prisioneiros
Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador.
O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros jogadores.
Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.
A teoria dos jogos explica a decisão das empresas em mercados oligopolizados, onde cada empresa decide por aquela estratégia tendo em vista o que se espera que a outra empresa faça.
Se uma empresa acredita que seu concorrente fará acordo para ganhar a licitação, ela poderá agir da mesma forma, e com isto embora não seja a melhor estratégia poderá ser a dominante

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