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1 Caro aluno O Hexag Medicina é, desde 2010, referência na preparação pré-vestibular de candidatos às melhores universidades do Brasil. Ao elaborar o seu Sistema de Ensino, o Hexag Medicina considerou como principal diferen- cial em relação aos concorrentes sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. Você está recebendo o livro Estudo Orientado. 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Herlan Fellini 2 SUMÁRIO HISTÓRIA HISTÓRIA GERAL HISTÓRIA DO BRASIL Aulas 9 e 10: Império Bizantino e civilização muçulmana 4 Aulas 11 e 12: Reino Franco e a Igreja Católica 15 Aulas 13 e 14: Sistema feudal 27 Aulas 15 e 16: Baixa Idade Média 40 Aulas 9 e 10: Bandeirismo, mineração e tratados de limites 60 Aulas 11 e 12: Crise do sistema colonial, revoltas nativistas e movimentos emancipacionistas 78 Aulas 13 e 14: Períodos Pombalino e Joanino 93 Aulas 15 e 16: Processos de independência do Brasil e da América espanhola 109 GEOGRAFIA Hidrografia, domínios morfoclimáticos e problemas ambientais Problemas ambientais e biomas do mundo Aulas 9 e 10: Dinâmicas climáticas 128 Aulas 11 e 12: Climas do Brasil 139 Aulas 13 e 14: Hidrologia e bacias hidrográficas 156 Aulas 15 e 16: Domínios morfoclimáticos I 172 Aulas 9 e 10: Solos 184 Aulas 11 e 12: Problemas ambientais mundiais 196 Aulas 13 e 14: Grandes biomas do mundo 207 Aulas 15 e 16: Classificações do relevo 218 3 HISTÓRIA GERAL 4 ImpérIo BIzantIno e CIvIlIzação muçulmana CompetênCias: 1, 2, 3, 4, 5 e 6 Habilidades: 1, 4, 5, 7, 8, 9, 14, 16, 18, 22, 23, 24 e 27 AULAS 9 e 10 E.O. AprEndizAgEm 1. (UPF) O islamismo é a religião que mais cresce no mun- do contemporâneo. Suas origens remontam ao século VII d.C. e sua expansão foi baseada na Jihad, guerra santa contra outros povos, especialmente os cristãos. Entre os séculos VII e VIII, foi constituído o Império Árabe-Muçul- mano – que dominou a Península Arábica –, os territórios dos atuais Irã e Iraque, todo o norte da África e a Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha). Nesse processo de ex- pansão, os árabes assimilaram muitos legados culturais de outros povos com os quais conviveram, como as tradições da cultura clássica e oriental. Além disso, fizeram com que valores culturais da Antiguidade Clássica chegassem ao mundo moderno. Isso foi possível porque os árabes a) conseguiram profetizar os destinos da humanidade por meio dos signos do zodíaco. b) difundiram, por intermédio da literatura, a obra mais conhecida dos chineses, que é Mil e uma Noites, reunião de histórias registradas entre os Séculos VIII e IX, e lidas ainda hoje no mundo ocidental. c) levaram para a Europa, por meio da ocupação da Península Ibérica, antigas técnicas romanas de culti- vo, habilidades de arte na representação humana e a perspectiva linear na pintura. d) traduziram e difundiram muitos textos, concretizando importantes realizações, a partir do pensamento grego. e) inventaram o papel, a pólvora, a bússola, o as- trolábio, os algarismos árabes e a álgebra. 2. (UPE) Maomé pertenceu a um ramo menor do clã dos Quraysh (coraixitas), um dos mais poderosos de Meca. Foi criado como mercador e casou-se aos 25 anos com uma rica viúva bem mais velha que ele, chamada Khad- ija. Supõe-se que, nas suas viagens de negócios, Maomé teria entrado em contato com árabes judaicos e cristãos e sido influenciado por eles. (DEMANT, PETEr. O MuNDO MuçulMANO. 3. ED. SãO PAulO: CONTExTO, 2011. P. 25. ADAPTADO.) Sobre a realidade apresentada no texto, assinale a al- ternativa CORRETA. a) A principal influência que Maomé sofreu do judaísmo e do cristianismo foi a crença no monoteísmo. b) Maomé não obteve sucesso na tentativa de unificar a península arábica em nome do Islã. c) O profeta Maomé não obteve resistência para em- preender a conquista de Meca. d) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos árabes do século VII. e) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus. 3. (UPE) A civilização bizantina foi muito mais original e criativa que, em geral, lhe creditam. Suas igrejas aboba- dadas desafiam em originalidade e ousadia os templos clássicos e as catedrais góticas, enquanto os mosaicos competem, como supremas obras de arte, com a escul- tura clássica e a pintura renascentista. (ANGOlD, MiChAEl. BizâNCiO: A PONTE DA ANTiGuiDADE PArA A iDADE MéDiA. riO DE JANEirO: iMAGO, 2002. P. 9. ADAPTADO.) Sobre o legado cultural bizantino, assinale a alternativa CORRETA. a) Herdando elementos da cultura grega, os bizantinos desenvolveram estudos sobre a aritmética e a álgebra. b) Negando a tradição jurídica romana, o império bizan- tino pautou sua jurisdição no direito consuetudinário. c) A filosofia estoica influenciou o movimento icon- oclasta, provocando o cisma cristão do Oriente no século XI. d) O catolicismo ortodoxo tornou-se a religião oficial do império após a denominada querela das investiduras. e) A catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 4. (ESPM) Observe a imagem, leia o texto e responda: hiSTóriAON.filES.wOrDPrESS.COM Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monu- mentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pe- los historiadores de arte como a oitava maravilha do 5 mundo. Em 1453, Constantinopla foi submetida ao do- mínio de outro povo e o monumento passou por modi- ficações exteriores e interiores. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores al- terações em Santa Sofia: a) gregos – persas; b) gregos – turcos seljúcidas; c) bizantinos – árabes muçulmanos; d) bizantinos – turcos otomanos; e) francos – hindus. 5. (UFTM) Observe a fotografia de 31 de outubro de 2010 que registrou peregrinos no círculo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, Arábia Saudita. hiSTOriAON.filES.wOrDPrESS.COM No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação: a) é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de um aiatolá. b) foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador do Islã. c) deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras. d)exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar-se em jejum durante todo o período. e) dificultou a expansão do Islã para além do Oriente Médio, pelas obrigações que impunha. 6. (UESPI) As pregações de Maomé não agradaram a grupos importantes, politicamente, da sociedade árabe. Suas concepções e crenças a) adotavam o monoteísmo e tinham relações com o cristianismo e judaísmo conseguindo adesão de mui- tos que visitavam Meca. b) eram elitistas, sem preocupação com a situação de miséria da época e a violência das guerras entre as tribos. c) desconsideravam as questões sociais e visavam fir- mar um império poderoso para combater os cristãos no Ocidente. d) defendiam a liberdade para todos os povos e pre- scindiam da adoção de um livro sagrado para orientar as orações. e) tinham relações com a filosofia grega, desprezan- do o espiritualismo exagerado e organizando o poder dos sacerdotes. 7. (Utfpr) O Império Romano, em crise profunda desde o século III, foi desmembrado, em 395, pelo Imperador Teodósio. A parte ocidental manteve Roma como capi- tal, enquanto do lado oriental, a cidade de Constantino- pla se tornou sede de governo. A partir de então, hou- ve dois imperadores, um em cada centro de poder. No entanto, enquanto Roma se enfraquecia cada vez mais, Constantinopla prosperava tanto nas atividades econô- micas quanto nas culturais. Uma das obras mais signi- ficativas de Justiniano (527-565), imperador bizantino, deu-se no campo jurídico com a revisão e compilação das leis romanas, que recebeu o nome de a) Lei Imperial. b) Decretos Imperiais. c) Direito Consuetudinário. d) Direito Canônico. e) Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil). 8. (UPE) O Islamismo – religião pregada por Maomé e seus seguidores – tem hoje mais de 1 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, sendo ainda predomi- nante no Oriente Médio, região onde surgiu. Um dos principais fundamentos da expansão muçulmana é a Guerra Santa. A respeito dos muçulmanos, é correto afirmar que a) a expansão árabe-muçulmana acabou por islamizar uma série de povos, exclusivamente árabes. b) o povo árabe palestino, atuando na revolução ar- mada palestina, rejeita qualquer solução que não a libertação total do Estado de Israel. c) em Medina, a religião criada por Maomé, embora tenha crescido rapidamente e tenha criado a Guerra Santa – Jihad – não teve caráter expansionista. d) a história do Líbano contemporâneo esteve sem- pre ligada à busca de um certo equilíbrio entre várias comunidades que compõem o país, especialmente as duas mais importantes: muçulmanos e cristãos. e) dentre as muitas facções fundamentalistas islâmi- cas, em suas divergências internas, o que há em co- mum entre elas é o repúdio aos valores do mundo ocidental moderno. 9. (Ifsul) “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita. Em seguida, começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total a deus.” (OrDOÑEz, MArlENE E QuEVEDO, JúliO. hiSTóriA. COlEçãO hOrizONTES. SãO PAulO: iBEP. SD. P.58) Em 622, ocorreu a Hégira, que significou para o mundo islâmico, a) o nascimento de Maomé e a chegada dos muçulmanos na África. b) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Yatreb. c) o casamento de Maomé com Khadija e a retomada de Meca. d) a ocupação da península Ibérica pelos muçulmanos. 6 10. (PUC-PR) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário religioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediter- râneo. Os padrões islâmicos de moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa for- ça poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no entanto, seus sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas suces- sórias. Essas disputas dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje. É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são: a) Monofisistas e nestorianos. b) Monofisistas e maronitas. c) Sunitas e xiitas. d) Otomanos e assírios. e) Xiitas e politeístas. E.O. FixAçãO 1. (UEMG) Durante a Idade Média, no ano de 570, nascia Maomé, conhecido por ser o profeta de Alá. Desde a sua morte até o século XXI a crença em Alá tem sido difundida pela fé Islâmica que é, até hoje, predominante no norte da África e na Península Arábica. Em 711, a expansão is- lâmica conquistara espaço na Europa Ocidental. Quase toda a Península Ibérica fica sob o poder do Califado. O que detém o avanço Islâmico é a) a resistência do império Franco e o processo de reconquista ligado às monarquias locais fortemente influenciadas pelo cristianismo. b) a proposta, dos grupos dirigentes das Monarquias Ibéricas, de associar os preceitos islâmicos aos valores cristãos, enfraquecendo assim as frentes de batalha. c) a ação da Rússia em repressão aos islâmicos, for- mando uma frente combativa para manter as antigas monarquias ibéricas. d) a formação de um Reino Cristão que unia todas as monarquias europeias para combater os invasores. 2. (UECE) Sobre os fundamentos do Islã ou Islame, assinale o correto. a) É uma religião politeísta que surgiu no final do século IV d.C. e tem em Maomé seu principal már- tir. Seu livro sagrado é o Talmude. b) É uma religião monoteísta que surgiu no século X d.C. Sua sede religiosa é a cidade de Medina e seu livro sagrado é a Kaaba. c) É uma religião politeísta que surgiu no século I d.C. Sua sede é Jerusalém, Maomé seu fundador e não tem um livro sagrado. d) É uma religião monoteísta que surgiu no século VII d.C. Seu profeta é Maomé e seu livro sagrado é o Alcorão. 3. (UFRGS) Assinale a alternativa que apresenta um dos resultados do entrecruzamento de culturas no Império Bizantino. a) As artes visuais diversificaram-se a ponto de serem eliminadas as características estéticas de inspiração greco-cristã. b) A adoração popular a ícones religiosos gerou cri- ses na Igreja de Bizâncio. c) Elementos clássicos, como a retórica e a língua grega, foram superados em função da interação cul- tural cosmopolita. d) A arquitetura passou a primar pela simplicidade, a fim de se adequar à doutrina religiosa ortodoxa. e) A estrutura jurídica do Império Bizantino não sofreu a influência do direito romano. 4. (UECE) No ano de 2006, os líderes religiosos, o Papa Católico Bento XVI e o Patriarca Ecumênico Ortodoxo Bartolomeu I, encontraram-se em Istam- bul, na Turquia. O encontro marcou a reaproximação entre Católicos e Ortodoxos, e renovou os compro- missos em continuar o caminho da unidade dos cris- tãos e o diálogo entre ambas as religiões. A ruptura entre Católicos e Ortodoxos a) ocorreu em 330 com a transferência da capital do Império Romano para Constantinopla. b) foi conduzida pelo Imperador bizantino Justinia- no, que governou entre 527 e 565. c) deu-se devido às desavenças entre católicos e o poder imperial, pela cobrança de indulgências. d) aconteceu em 1054 e ficou conhecida como Cis- ma do Oriente. 5. (UFPB) O Império Islâmico, um dos maiores da História, formado a partir da unificação dos árabes (630), orientados pelos princípios da religião mono- teísta do Profeta Maomé (falecido em 632), consti- tuiu-se em três fases políticas, durante as quais se fundaram as bases da Civilização Muçulmana. Sobre a caracterização dessas três fases, observe o mapa a seguir. 7 Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir. I. O período dos Califas Piedosos (632-661) foi lider- ado pela aristocracia árabe, tendo Meca como capital do Império. Nesse período, iniciou-se a expansão para além das fronteiras da Arábia,com a adoção de um modelo de Estado em que, apesar de certa distribuição de terras entre os conquistadores, o principal objetivo era o controle militar e a cobrança de impostos dos povos conquistados. II. O período dos Omíadas (661- 750), liderado pela aris- tocracia da Síria, tinha por capital Damasco. Nesse perío- do, as conquistas ampliaram-se até a Península Ibérica e a Índia, com a conversão das populações locais ao Islã. A época também foi marcada pelo surgimento do xiismo, que, com o sunismo, constituem, até hoje, as duas princi- pais correntes de pensamento da civilização muçulmana. III. O período dos Abássidas (750-1258) foi o último do Império Islâmico unificado, quando, então, se proces- sou, a partir do século X, a descentralização do poder. Essa fase caracterizou-se pelo domínio da aristocracia Persa e por um grande refinamento nos mais diversos aspectos civilizacionais, a exemplo da construção, no Iraque, de uma nova capital, Bagdá. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas III. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) I, II e III. 6. (PUC-PR) “É bizantino esperar de uma política bancária que aumenta os depósitos compulsórios e que eleva a alíquota do PIS/Cofins uma redução expressiva das taxas de crédito. Também o é culpar a Selic e o lucro dos bancos pelos empréstimos caros no Brasil, ignorando as demais causas. A superação da barreira do crédito demanda um diagnóstico realista e a eliminação das bizantinices.” (rOBErTO luiS TrOSTEr, “fOlhA DE S.PAulO”, 03. AGO. 2006, P. A3). O autor nos compara, com muita propriedade, com o Império Bizantino, onde a) o povo não era atingido por tributações exag- eradas, causa da paz e equilíbrio sempre presentes naquela sociedade. b) seus habitantes deleitavam-se com discussões filosófi- cas, sutis e que não levavam a nenhuma conclusão. c) as decisões econômicas eram tomadas democrati- camente. d) havia programas de previdência e aposentadorias bastante complexos. e) as decisões políticas eram tomadas com grande objetividade e rapidez. 7. (ESPM) A obra pode ser considerada autêntica tradição muçulmana formada pelo conjunto das tradições ou nar- rativas orais fragmentadas chamadas “hadiths”. Apre- senta os comportamentos do profeta, as maneiras que tinha de comer, de beber, de se vestir, de cumprir os seus deveres religiosos, de lidar com os crentes e os infiéis. (ANNE-MAriE DElCAMBrE. “MAOMé: A PAlAVrA DE Alá”.) O enunciado deve ser relacionado com: a) Alcorão. b) Rubbayat. c) Suna. d) Zend Avesta. e) Torá. 8. (UFPB) O Império Bizantino dominou vastas regiões de diferentes etnias, em três continentes (Europa, Ásia e África), sob a égide de um modelo teocrático centra- lizado, conhecido como cesaropapismo, no qual o Basi- leus concentrava, em suas mãos, a chefia suprema do exército, da administração do Estado (Poder de César) e da religião cristã (Poder de Papa). Por conseguinte, os conflitos de natureza política, econômica, social e cultural se manifestavam como questões de religião: as famosas “querelas religiosas” bizantinas. Sobre essas querelas, é correto afirmar: a) O Monofisismo, uma corrente religiosa europeia, concebia o caráter unicamente humano de Cristo, contrapondo-se ao poder central e à influência das províncias asiáticas, que defendiam a dupla natureza de Cristo (divina e humana). b) A Questão iconoclasta dividiu o catolicismo entre Católicos, Ocidentais - defensores do culto às imagens tridimensionais e os católicos Orientais - contrário à esse culto. c) O Cisma do Oriente (1054) dividiu o Cristianismo em duas Igrejas, a Católica Romana e a Cristã Or- todoxa, significando um dos passos decisivos para a afirmação do poder papal na Europa Ocidental e da influência bizantina no leste europeu. d) O Tribunal do Santo Ofício (a Inquisição) servia para garantir a ortodoxia da Igreja e foi criado pelo Basi- leus como instrumento de controle do poder central sobre as heresias, que explodiram primeiramente no Império Bizantino. e) O Arianismo, uma heresia religiosa, foi responsá- vel pela conversão dos povos germânicos (os “Bár- baros”) ao cristianismo, defendendo a superioridade dos povos arianos sobre asiáticos e semitas. 9. (UFRGS) O assim denominado Grande Cisma do Oriente foi uma consequência 8 a) da Reforma Calvinista, que, ao pregar a predes- tinação e o livre-arbítrio, acabou com a unidade da Igreja Católica. b) da Querela das Investiduras, travada entre o Papa e o Imperador, a qual versava sobre a proibição de leigos concederem a posse de cargos na Igreja. c) da emergência do islamismo, que propiciou aos árabes um ponto de união e identidade, mas os sepa- rou dos ocidentais. d) do confronto iconoclasta entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla, que resultou na cisão entre os ramos grego e romano do catolicismo. e) do conflito religioso que instalou um papa em Avignon e outro em Roma, perturbando por décadas a concórdia interna da Igreja. 10. (Fac. Albert Einstein - Medicina 2017) “[Na Europa, criaram-se] condições favoráveis para o estudo da Me- dicina (...). Um fator decisivo (...) foi a retomada da he- rança antiga. (...) Em boa parte, o Ocidente tomou con- tato com a herança científica clássica graças às culturas bizantina e muçulmana. A partir do século XII foram feitas inúmeras traduções do grego e do árabe para o latim, um pouco em Veneza (por seus contatos com Bizâncio), um pouco na Sicília (anteriormente ocupada por bizantinos e islamitas) e sobretudo na Espanha.” frANCO Jr. hiláriO. A iDADE MéDiA, NASCiMENTO DO OCiDENTE. SãO PAulO: BrASiliENSE, 2001, PP. 158. “(...) Ocupei-me então em dominar os vários textos e comentários sobre as ciências naturais e as metafísicas até se abrirem para mim todas as portas do saber. Em seguida desejei estudar medicina e empreendi a leitura de todos os livros que tinham sido escritos sobre esse assunto. A medicina não é uma ciência difícil e natu- ralmente em muito pouco tempo me distingui nela, de maneira em que físicos qualificados começaram a ler medicina comigo. (...)” AViCENA, APuD. ESPiNOSA, fErNANDA. ANTOlOGiA DE TExTOS hiSTóriCOS MEDiEVAiS. liSBOA: liVrAriA COSTA Sá DA COSTA EDiTOrA, 1972, PP. 119-120. A partir dos textos, é possível afirmar que o estudo da medicina durante a Idade Média Central (séc. XI-XIII) a) desenvolvia-se na Europa com base em pesqui- sas empíricas que visavam a confirmar as verdades teológicas reveladas pelos textos cristãos sagrados, e seguia para Bizâncio pelas rotas comerciais. b) baseava-se na tradução para o latim de obras an- tigas chegadas ao Ocidente por intermédio de bizan- tinos e muçulmanos, e estudos recentes das mesmas feitos por muçulmanos, como Avicena. c) realizava-se sob a orientação de mestres bizanti- nos, que vinham do Oriente ensinar as teorias clás- sicas apreendidas das obras de filósofos e cientistas gregos como Aristóteles e Hipócrates. d) destinava-se a proporcionar aos europeus os con- hecimentos necessários para enfrentar as frequentes epidemias nas cidades e nos campos, que já tinham sido eliminadas no Oriente. E.O. COmplEmEntAr 1. (UFRGS) Maomé, nascido em Meca, na Arábia, insatis- feito com o paganismo geralmente praticado na região, declarou ter visto o anjo Gabriel que lhe apresentara um texto com a ordem de recitá-lo. Considerando-se então o último e maior de todos os profetas, Maomé promoveu a conversão das tribos da Arábia. A era mu- çulmana caracterizou-se pela: a) divisão das esferas de poder político e de poder religioso, constituindo um Estado laico, onde, porém, a Igreja assumia um lugar privilegiado. b) expansão territorial do Islã, que se fez inclusive às custas do Império Persa e do Império Bizantino, enfra- quecidos por graves crises internas. c) conversão forçada dos povos conquistados à nova religião do Islã, com a proibição dos cultos judeus e cristãos e o confisco de terras. d) rejeição total à assimilação da cultura dos povos conquistadose das culturas antigas, em nome da ver- dadeira compreensão da palavra de Deus. e) proibição das concentrações urbanas, do comércio e do desenvolvimento de novas técnicas de trabalho, considerados contrários aos preceitos do Corão. 2. (UFV) O Império Bizantino se originou do Império Roma- no do Oriente, reunindo diferentes povos: gregos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em razão disso, foi preciso criar um eficiente sistema político e administrativo para dar força e coesão àquele mosaico de povos e culturas. Sobre o Império Bizantino é INCORRETO afirmar que: a) a religião fornecia a fundamentação do poder impe- rial, mas absorvia grande parte dos recursos econômi- cos, originando várias crises. b) a intolerância religiosa não deixava espaço de au- tonomia para que os indivíduos escolhessem seus pró- prios caminhos para a salvação. c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influen- te, provocando intensa espiritualidade popular e várias controvérsias teológicas. d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual per- mitia que o Imperador indicasse laicos para postos na hierarquia eclesiástica. e) a importância política do Imperador impediu que o Patriarcado se desenvolvesse independentemente, tal como o Papado do Ocidente. 3. (PUC-PR) O Império Bizantino ou Romano do Oriente existiu durante a Idade Média, sendo-lhe cronologica- mente coincidente. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: a) Seu período de maior esplendor e expansão ocor- reu sob o governo de Justiniano, que mandou fazer a codificação das leis romanas. b) Sua posição geográfica correspondia às terras da parte ocidental do Império Romano. c) Apresentava excessiva descentralização política, o que enfraquecia os imperadores (basileus). 9 d) Reprimiu violentamente a heresia dos cátaros, que ameaçava a sua unidade religiosa. e) A força da cultura romana fez com que o latim fosse língua de emprego geral. 4. (PUC-PR) A História do Império Bizantino abrangeu um período equivalente ao da Idade Média, apesar da instabilidade social, decorrente, entre outros fatores: a) dos frequentes conflitos internos originados por controvérsias políticas e religiosas. b) da excessiva descentralização política que enfra- quecia os imperadores. c) da posição geográfica de sua capital, Constanti- nopla, vulnerável aos bárbaros que com facilidade a invadiam frequentemente. d) da constante intromissão dos imperadores de Roma em sua política. e) da falta de um ordenamento jurídico para controle da vida social. 5. (UPE) Na Idade Média, Bizâncio era um importante cen- tro comercial e político. Merecem destaques seus feitos culturais, mostrando senso estético apurado e uso das ri- quezas existentes no Império. Na sua arquitetura, a igreja de Santa Sofia destacou-se pela a) sua afinação com o estilo gótico, com exploração dos vitrais e o uso de metais na construção dos altares. b) simplicidade das suas linhas geométricas, negando a gran- diosidade como nas outras obras existentes em Bizâncio. c) grande riqueza da sua construção, com uso de mo- saicos coloridos e colunas de mármores suntuosas. d) imitação que fazia dos templos gregos, com altares de- dicados aos mitos mais conhecidos, revelando paganismo. e) consagração dos valores católicos medievais, em que a riqueza interior era importante em toda cultura existente. E.O. dissErtAtivO 1. (UFPR) Considere a seguinte afirmação sobre o termo bizantino: “É essencial lembrar que bizantino não tem conotação étnica, mas civilizacional (...). O termo bizantino foi vulgarizado apenas a partir do século XVI, depois do desmembramento do império, que, em vida, se via como herdeiro e continuador do império Romano.” (frANCO Jr., hiláriO; ANDrADE filhO, ruy DE OliVEirA. O iMPériO BizANTiNO. SP: BrASiliENSE, 1987, P. 7-8.) Em que medida o Império Bizantino pode ser conside- rado herdeiro e continuador do Império Romano? Esta- beleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII. 2. (UFJF) Leia o trecho abaixo e responda ao que se pede. Quando Maomé fixou residência em Yatrib, teve início uma fase decisiva na vida do profeta, em seu empenho de fazer triunfar a nova religião. A cidade de Yatrib, que doravante seria chamada Medina (cidade do profeta), tornou-se sede ativa de uma comunidade da qual Mao- mé era o chefe espiritual e temporal. a) Que tipo de Estado (forma de governo) foi criado por Maomé na Arábia por volta de 615 e, posteriormente, adotado em várias regiões conquistadas pelo Islã? b) Cite e analise UMA SEMELHANÇA e UMA DIFE- RENÇA entre a religião muçulmana e a religião cristã durante a Idade Média. 3. (UFG) Analise a imagem a seguir. A imagem retrata um ritual religioso realizado perio- dicamente na cidade de Meca, na Arábia, pelos muçul- manos desde o século VII. Diante do exposto, a) identifique o evento retratado e explique o seu sig- nificado para a religião muçulmana. b) explique a importância de Meca no processo de unifi- cação da Península Arábica no século VII. 4. (FGV) E, com efeito, concedemos a Moisés o Livro, e fizemos seguir depois dele, os Mensageiros. E concede- mos a Jesus, Filho de Maria, as evidências e amparamo- -lo com o Espírito Sagrado. E, será que cada vez que um Mensageiro vos chegava, com aquilo pelo que vossas almas não se apaixonavam, vós vos ensoberbecíeis? Então, a um grupo desmentíeis, e a um grupo matáveis. [...] E, quando lhes chegou um Livro da parte de Allah, confirmando o que estava com eles – e eles, antes bus- cavam a vitória sobre os que renegavam a Fé – quando, pois, lhes chegou o que já conheciam, renegaram-no. Então, que a maldição de Allah seja sobre os renegados da Fé! Alcorão, 2:87 e 89. TrADuçãO DO SENTiDO DO NOBrE AlCOrãO PArA A líNGuA POrTuGuESA. NASr, h. (TrAD.), COMPlExO DO rEi fAhD PArA iMPriMir O AlCOrãO NOBrE: MEDiNA, S./D. a) Compare, do ponto de vista doutrinal, a religião muçulmana e as religiões judaica e cristã. b) A Península Arábica no século VI caracterizava-se pela dispersão política e religiosa. Como a religião muçulmana favoreceu o processo de constituição de uma unidade político-religiosa na região? c) Durante o século VII, além da expansão islâmica, surgiu a divisão entre sunitas e xiitas, que se mantém até os dias de hoje. Quais foram os motivos de tal divisão no século VII? 5. (UFG) A história do Mediterrâneo é a história das migrações populacionais e da circulação de valores de culturas distintas. Discorra sobre a Expansão Árabe, a partir da unificação islâmica na Idade Média. 10 6. (UFC) Às margens de dois grandes impérios, surgiu um movimento religioso. Em pouco tempo, em nome dessa nova religião, exércitos foram recrutados, países foram conquistados e foi fundado um novo império, que incluiu grande parte do território do Império Bi- zantino e todo o Sassânida, na Pérsia, e estendeu-se da Ásia Central até a Espanha. A partir do texto e dos seus conhecimentos, responda: a) A qual religião o texto se refere? Onde e quando ela surgiu? Quais são os dois grandes grupos em que ela está dividida? b) Indique quatro conflitos do século XX ou XXI nos quais estejam envolvidos países ou populações li- gados a essa religião. Escolha um desses conflitos e apresente uma das razões que o desencadeou. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Unicamp) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a su- perioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe. (ADAPTADO DE luiz ArNAuT E ANA MôNiCA lOPES, hiSTóriA DA áfriCA: uMA iNTrODuçãO. BElO hOrizONTE: CriSáliDA, 2005, P. 29-30.) Sobre a presença islâmica naÁfrica é correto afirmar que: a) O princípio religioso do esforço de conversão, a Jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano. b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comer- ciais, são anteriores ao surgimento do islamismo. c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas tra- dicionais do continente. d) O islamismo é a principal religião dos povos africa- nos e sua expansão ocorreu durante a corrida impe- rialista do século XIX. 2. (Unesp) As caravanas do Sudão ou do Niger trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos Mon- tes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África tropical (...) os merca- dores mouros organizam terríveis razias, que despovo- aram regiões inteiras do interior. Este tráfico muçulma- no dos negros de África, prosseguindo durante séculos e em certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento antigo da África. (JACQuES hEErS, O TrABAlhO NA iDADE MéDiA.) O texto descreve um episódio da história dos muçul- manos na Idade Média, quando a) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como condição para a expansão da religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade. b) atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do Norte, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica. c) a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mão de obra negra as regiões da Europa Ocidental. d) os reinos árabes floresceram no sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico. e) os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental. 3. (Unesp) Num momento em que o Império Romano do Ocidente havia desmoronado e os Impérios Bizantino e Persa se esfacelavam, os árabes expandiram considera- velmente seus domínios. Em menos de 100 anos o Islã era a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâ- neo, além de ter se espalhado para a Pérsia, até o vale do Indo, e para a Península Ibérica. (CláuDiO ViCENTiNO E GiANPAOlO DOriGO, hiSTóriA PArA O ENSiNO MéDiO) No contexto de tantas conquistas, a civilização árabe: a) sintetizou criativamente as tradições culturais árabe, bizantina, persa, indiana e grega. b) rejeitou as contribuições culturais originadas de po- vos que professassem outras crenças. c) submeteu pelas armas os povos conquistados e impôs o deslocamento forçado das populações escravizadas. d) perseguiu implacavelmente os judeus, levando à sua dispersão pelos territórios da Europa do leste. e) desprezou os ofícios ligados às artes, às ciências e à filosofia relegados aos povos conquistados. 4. (Fuvest) “A Idade Média europeia é inseparável da civilização islâmica já que consiste precisamente na convivência, ao mesmo tempo positiva e negativa, do cristianismo e do islamismo, sobre uma área comum impregnada pela cultura greco-romana.” JOSé OrTEGA y GASSET (1883-1955). O texto acima permite afirmar que, na Europa ocidental medieval a) formou-se uma civilização complementar à islâmi- ca, pois ambas tiveram um mesmo ponto de partida. b) originou-se uma civilização menos complexa que a islâmica devido à predominância da cultura germânica. c) desenvolveu-se uma civilização que se beneficiou tanto da herança ideia-romana quanto da islâmica. d) cristalizou-se uma civilização marcada pela flexibi- lidade religiosa e tolerância cultural. e) criou-se uma civilização sem dinamismo, em virtu- de de sua dependência de Bizâncio e do Islão. 11 5. (Unesp) O culto de imagens de pessoas como San- tas foi motivo de seguidas controvérsias na história do cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o Império bizantino foi sacudido por violento movimento de destruição de imagens, denominado “querela dos iconoclastas”. A questão iconoclasta a) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as religiões pagãs greco-romanas devota- vam às representações plásticas de seus deuses. b) foi pouco importante para a história do cristianis- mo na Europa ocidental, considerando a crença dos fiéis nos poderes das estátuas. c) produziu um movimento de renovação do cristia- nismo empreendido pelas ordens mendicantes domi- nicanas e franciscanas. d) deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas de decoração e de ostentação de riquezas. e) inviabilizou a conversão para o cristianismo das multi- dões supersticiosas e incultas da Idade Média europeia. E.O. dissErtAtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Unicamp) Tradicionalmente, a vitória dos cristãos so- bre os muçulmanos na Batalha de Covadonga, na região da Península Ibérica, em 722, foi considerada o início da chamada Reconquista. Mais do que um decisivo confron- to bélico, Covadonga foi uma luta dos habitantes locais por sua autonomia. A aproximação ideológica desta vi- tória, feita mais tarde por clérigos das Astúrias, conferiu à batalha a importância de um fato transcendente, as- sociado ao que se considerava a missão da monarquia numa Hispânia que tombara diante dos seus inimigos. (ADAPTADO DE r. rAMOS, B. V. SOuSA E N. MONTEirO (OrGS.), hiSTóriA DE POrTuGAl. liSBOA: A ESfErA DOS liVrOS, 2009, P. 17-18.) a) Explique o que foi a Reconquista. b) De que maneiras a Batalha de Covadonga foi reu- tilizada no discurso histórico e político pelos clérigos das Astúrias? 2. (Fuvest) Ao longo da Idade Média, a Europa Ocidental conviveu com duas civilizações, às quais muito deve nos mais variados campos. Essas duas civilizações, bastante diferentes da Ocidental, contribuíram significativamen- te para o desenvolvimento experimentado pelo Ociden- te, partir do século XI, e para o advento da Modernida- de no século XV. a) Quais foram essas civilizações? b) Indique suas principais características. 3. (Unicamp) A partir do século IX, aumentou a circula- ção da ciência e da filosofia vindas de Bagdá, o centro da cultura islâmica, em direção ao reino muçulmano instalado no Sul da Espanha. No século XII, apesar das divisões políticas e das guerras entre cristãos e mouros que marcavam a península ibérica, essa corrente de co- nhecimento virou um rio caudaloso, criando uma base que, mais tarde, constituiria as fundações do Renasci- mento no mundo cristão. Foi dessa maneira que o Oci- dente adquiriu o conhecimento dos antigos. No quadro pintado pelo italiano Rafael, A escola de Atenas (1509), o pintor daria a Averróis, sábio muçulmano da Andalu- zia, um lugar de honra, logo atrás do grego Aristóteles, cuja obra Averróis havia comentado e divulgado. (ADAPTADO DE DAViD lEVEriNG lEwiS, GOD’S CruCiBlE: iSlAM AND ThE MAkiNG Of EurOPE, 570-1215. NEw yOrk: w. w. NOrTON, 2008, P. 368-69, 376-77.) a) Identifique no texto dois aspectos da relação entre cristãos e muçulmanos na Europa medieval. b) Relacione as características do Renascimento cul- tural europeu à redescoberta dos valores da Antigui- dade clássica. 4. (Unesp) A Arábia, durante anos, viveu à margem do mundo antigo. A rapidez vertiginosa das conquistas não impediu a fraqueza relativa dos espaços ocupados. De- masiadamente extenso, o império árabe cedo se esfa- celou, mas deixou as marcas da fé. Esclareça o principal objetivo de Maomé ao pregar o islamismo. gAbAritO E.O. Aprendizagem 1. D 2. A 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E 8. D 9. B 10. C E.O. Fixação 1. A 2. D 3. B 4. D 5. E 6. B 7. C 8. C 9. D 10. B E.O. Complementar 1. B 2. B 3. A 4. A 5. C E.O. Dissertativo 1. O Império Romano foi construído ao longo de séculos, a partir de conquistas militares, com a subordinação de diversos povos. O Império Bizantino nasceu da crise e subdivisão do Império Roma- no e representou, geograficamente,sua porção oriental. O Império Bizantino sobreviveu à crise graças aos vínculos econômicos que estabeleceu com diversos povos e regiões orientais. O Império Bizantino manteve a estrutura política centralizada, com extensa burocracia, e organizou sua estrutura jurídica com base no Direito Romano. 2. a) Estado teocrático/Estado muçulmano. b) Semelhança: Ambas as religiões são monoteístas e fazem referência ao mesmo Deus; ambas têm um caráter expansionista e ideal de conversão; ambas pregam a destruição de ima- 12 gens de religiões pagãs em áreas convertidas; ambas apresentam dissensões político-religiosas no seu interior. Diferença: Os calendários (o cristianismo inaugurou um novo calendário e o islamismo reformulou o cristão); as localizações geográficas (o centro do império cristão era Roma e o do Islã na Arábia); os lugares sagrados (Meca); Maomé era o último profeta de Jesus, mas não era um ser divino); os diferentes livros sagrados (Bíblia e Alcorão). 3. a) Trata-se da peregrinação dos muçulmanos à Meca visitando locais sagrados como a Mesquita Sagrada. A peregrinação é uma das cinco regras dos seguidores do Islamismo. Deve-se jejuar no mês do ramadã, ir pelo uma vez na vida a cidade sagrada Meca, entre outros. b) Antes de Maomé, na Arábia Pré-islâmica, não havia unidade política e religiosa. A Arábia estava fragmentada em várias tribos que cultuavam diversos deuses. Era o po- liteísmo religioso. A Caaba era um templo sagrado porque abrigava diversos ídolos como a pedra negra. O templo fi- cava em Meca, uma cidade que se destacava como centro religioso e econômico. Maomé criou o Islamismo dando unidade política e religiosa aos árabes e Meca torna-se o centro político e religioso para esta nova religião. 4. a) Considera-se que a formulação da doutrina muçul- mana pelo profeta Mohamed foi marcada por forte influência do judaísmo e do cristianismo. Enquanto participou das caravanas mercantis, Mohamed conhe- ceu outros povos e religiões e percebemos elementos que permitem estabelecer uma ligação, tais como o monoteísmo, a existência de um livro sagrado, a pre- sença do anjo Gabriel como anunciador da vontade divina e a crença em um paraíso. b) Antes do islamismo, os povos árabes estavam divid- idos politicamente em tribos e possuíam vários deuses. Para os muçulmanos, Mohamed é o último profeta/men- sageiro de Deus. Do ponto de vista histórico, sua grande realização foi promover a unificação dos povos árabes, do ponto de vista político e religioso. A crença num único Deus e a consequente luta pela imposição dessa ideia a todas as tribos deram origem a um processo de centra- lização, com a criação do Islã, sob comando do califa, autoridade política e religiosa. c) A divisão está associada às lutas internas pelo pod- er sobre o Islã, logo após a morte do profeta. Para os xiitas, seguidores de Ali, apenas os descendentes di- retos de Muhammed poderiam liderar o Islã, enquan- to que, para os sunitas, a liderança caberia a qualquer muçulmano virtuoso. 5. A consistência e a simplicidade da doutrina islâmica, associa- da à decadência dos impérios persa e bizantino e aos interesses materiais dos árabes, foram fatores decisivos ao processo da ex- pansão islâmica ao redor do Mediterrâneo. O contato com os europeus foi de grande valia no âmbito da cul- tura, apesar da presença árabe no Mediterrâneo ter contribuído para a cristalização do feudalismo. 6. a) Na Península Arábica, às margens de dois grandes impérios, o Bizantino e o Sassânida, surgiu, no século VII da era cristã, o Islamismo. Em nome da nova reli- gião, criou-se um Império, e muitos territórios foram conquistados na Ásia, na África e na Europa. O Islamis- mo dividiu-se em dois grandes grupos: sunitas e xiitas. b) No mundo contemporâneo, vários conflitos estão as- sociados à religião islâmica: as duas guerras balcânicas (1912-1913); a participação do Império Otomano na Pri- meira Guerra Mundial; a revolta das populações árabes, com guerrilhas durante esse mesmo conflito; a guerra da Argélia; o conflito entre palestinos e israelenses, que en- volveu frequentemente vários países árabes aliados contra Israel; o conflito entre Paquistão e Índia; a resistência à invasão soviética do Afeganistão; a invasão indonésia do Timor-Leste; a Guerra Irã-Iraque; a guerra civil na Somália; a Guerra do Golfo, em 1991; a guerra na Bósnia e a guerra no Kosovo. No século XXI, presenciamos: a continuidade do conflito entre palestinos e israelenses e a nova guerra do Iraque. Além desses, vivenciam-se os ataques terroris- tas da rede Al-Qaeda; a guerrilha islâmica Abu Sayyaf, nas Filipinas; as ações do Grupo Islâmico Armado, na Argélia, e da Irmandade Muçulmana, no Egito; as disputas entre Paquistão e Índia pelo território da Caxemira; os conflitos internos do Afeganistão; os conflitos entre a Chechênia e a Rússia; Boko Haram contra os cristãos, na Nigéria; e o Estado Islâmico, na Síria e Iraque. E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. B 2. B 3. A 4. C 5. A E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. a) Foi uma guerra empreendida pelos cristãos ibéricos contra os muçulmanos na Península Ibérica entre os séculos VIII e XV. b) Foi associada à ideologia católica, a partir de uma missão divina e, portanto transcendente do rei de de- fender o cristianismo ameaçado pelos infiéis. 2. a) Bizantina e Islâmica. b) Bizantina: Politicamente, o cesaropapismo subme- tia a igreja ao Estado; a economia era baseada nas atividades mercantis e, em termos culturais, a preser- vação da cultura greco-romana, a organização do di- reito (O Corpus Juris Civilis do imperador Justiniano). Islâmica: O Estado organizado em bases religiosas após Maomé; a economia era agrária e mercantil; so- ciedade hierarquizada de acordo com a organização político-religiosa; no campo cultural, a arte foi orien- tada pela religião e destacam-se as contribuições para o Ocidente com Averróis na Filosofia, e Avicena na medicina. 13 3. a) De acordo com o texto, pode-se considerar como aspectos da relação entre cristãos e muçulmanos na Idade Média, a transmissão de conhecimentos da Antiguidade Clássica pelos muçulmanos ao ocidente cristão e presença islâmica na Península Ibérica deu origem à guerra da Reconquista. b) O Renascimento é assim chamado em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica durante a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, destacando-se o ra- cionalismo, o antropocentrismo, o individualismo e o naturalismo. 4. Combater o politeísmo, formar um estado (Islão) com bases teocráticas e conquistar o ocidente (guerras santas), com a con- versão dos infiéis. 14 CÓDIGOS HIERÁRQUICOS Os códigos a seguir foram elaborados para ajudar o aluno a identificar os temas dos exercícios realizados, ajudando-o a mapear seus pontos fortes e seus pontos fracos. As numerações aqui dispostas, portanto, possuem correspondências didáticas no seu material teórico. E.O. APRENDIZAGEM exerCíCIos CódIgos 1 2.5 2 2.2 3 1.4 4 1.4 e 1.7 5 2.2 e 2.4 6 2.2 7 1.4 8 2.3 e 2.4 9 2.2 10 2.4 E.O. FIXAÇÃO exerCíCIos CódIgos 1 2.3 e 2.3.1 2 2.4 3 1.5 4 1.6 5 2.3.1 6 1 7 2.4 8 1.6 9 1.6 10 2.5 E.O. COMPLEMENTAR exerCíCIos CódIgos 1 2.3 2 1.2 e 1.3 3 1 e 1.4 4 1 5 1.4 E.O. DISSERTATIVO exerCíCIos CódIgos 1 1 2 2 e 2.3 3 2.3 e 2.4 4 2.3 e 2.4 5 2.3 6 2 e 2.4 E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNESP) exerCíCIos CódIgos 1 2.3 2 2.3 3 2.3 e 2.5 4 2.5 5 1.6 E.O. DISSERTATIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNESP) exerCíCIos CódIgos 1 2.3.1 2 1 e 2 3 2.5 4 2.2 15 o reIno FranCo e a Igreja CatólICa CompetênCia: 1, 2, 3, 4, 5 e 6 Habilidades: 1, 4, 5, 7, 8, 9, 11, 14, 15, 16, 17, 18, 22 e 29 AULAS 11 e 12 E.O. AprEndizAgEm 1. (UEPB) Quanto aos povos germânicos que vieram dar origem aos reinos bárbaros no ocidente europeu me- dieval, pode-se afirmar corretamente: a) no território doantigo Império Romano, um dos reinos que mais se destacaram no século VII da era cristã foi o dos hicsos. b) a presença dos bárbaros no Império Romano foi um processo que ocorreu gradualmente, iniciado muito antes das “invasões”, à medida que eles penetravam nos territórios do Império e passavam a ser utilizados em trabalhos agrícolas, bem como a integrar o exército. c) o renascimento carolíngio inibiu o desenvolvimento científico e proibiu a recuperação de obras clássicas. d) com as invasões germânicas foi abolido totalmente o di- reito consuetudinário devido à adoção do Direito Romano. e) não há registros históricos que apontem a contra- tação de bárbaros como mercenários para lutar no exército romano. 2. (UECE) Era costume submeter o acusado de cometer um crime a um perigo, para ver se era ou não culpado. Por exemplo, colocar sua mão em água fervendo, ou fazê-lo segurar um ferro em brasa. Acreditava-se que, se inocente, Deus produziria um milagre, não deixando que algum mal acontecesse ao presumível culpado. A Igreja Católica lutou contra e procurou extinguir esse costume que era: a) herança do Direito Romano, no qual os acusados não tinham direito a uma defesa baseada em fatos fundamentados. b) uma prática originária dos primeiros cristãos que, apoiados pela Igreja Católica, acreditavam na inter- venção divina como única forma de justiça. c) proveniente da tradição bárbara dos povos ger- mânicos, que tinham uma cultura monoteísta desde antes da chegada do cristianismo na Europa. d) uma tradição que, mesmo rejeitada pela Igreja Ca- tólica, perdurou na Europa e em outras regiões do mundo até mesmo depois da Idade Média. 3. (PUC-RS) A ordem feudal europeia origina-se de um lento e diferenciado processo de integração, nos sécu- los V a IX, entre as estruturas sociais, políticas e cultu- rais oriundas da tradição romana e dos povos ditos ger- mânicos. Em algumas regiões, como a parte _________ do continente, predominou a herança romana; em ou- tras, como na área ________, esta herança esteve pra- ticamente ausente no período; já na zona compreendi- da pelo reino dos _________, verificou-se uma síntese mais equilibrada de influências históricas. a) setentrional – balcânica – Lombardos b) meridional – escandinava – Francos c) setentrional – escandinava – Lombardos d) setentrional – escandinava – Francos e) meridional – balcânica – Francos 4. (UEPB) A questão central que vai atravessar todo o pensamento filosófico medieval é a harmonização de duas esferas: a fé e a razão. Assinale a alternativa correta: a) A partir de Agostinho e da introdução do aristote- lismo, a Igreja tem uma teologia e uma filosofia que privilegiam a fé em detrimento da razão, gerando o conflito entre ciência e religião. b) Tomás de Aquino, influenciado pela visão platônica do mundo, demonstrou que o caminho de Deus se dá apenas pela intuição. c) O teocentrismo é a concepção segundo a qual o ho- mem é o centro do universo: tudo foi criado para ele. d) Agostinho defende maior autonomia da razão na obtenção de respostas e nega a subordinação desta em relação à fé. e) O pensamento de Agostinho, século V, reconhecia a importância do conhecimento, mas defendia uma subordinação maior da razão em relação à fé, por acreditar que esta última pudesse restaurar a condi- ção decaída da razão humana. 5. (UEPA) A ideia de Cristandade na Alta Idade Média da Europa Ocidental supunha a união entre os povos do continente sob a batuta do alto clero católico. Em termos práticos, esta articulação se fundamentava: a) na organização centralizada da administração eclesiástica conduzida pelo alto clero, baseada nas paróquias que dividiam o território europeu. b) na difusão da chamada “Idade da Fé”, que assina- lou o domínio do fervor religioso católico encabeçado por lideranças religiosas populares. c) na interferência de reis e nobres na administração eclesiástica, o que garantiu um pano de fundo políti- co ao domínio ideológico católico. d) nas guerras entre reinos medievais, cujas regras eram estabelecidas pelas lideranças eclesiásticas e, por isso, não afetavam a unidade religiosa dos fiéis. e) no controle da vida religiosa com os mecanismos de excomunhão e batismo, o que eliminou qualquer possibilidade de formação de movimentos heréticos. 16 6. (UEL) Embora a ideia de transformação seja uma ca- racterística da modernidade, nos períodos anteriores, na Europa, ocorreram diversas mudanças nos campos po- lítico, econômico, científico e cultural. Pode-se afirmar que, com o declínio do Império Romano na Europa Oci- dental, constituíram-se novas relações sociais entre os habitantes desses territórios, momento que foi denomi- nado pelos historiadores como Período Medieval. Com relação a esse período, considere as afirmativas a seguir. I. Carlos Magno libertou o seu império do poderio papal por intermédio de alianças militares realizadas com a nascente nobreza mercantil de Veneza. II. Os camponeses possuíam o direito de deixar as terras em que trabalhavam e migrar para os burgos pelo acor- do consuetudinário com os suseranos. III. Os chefes guerreiros comandavam seus seguidores no Comitatus por meio de juramentos de fidelidade. Os nobres também realizavam esse pacto entre si. IV. O grande medo da população era ocasionado pelas invasões de bárbaros, pelas epidemias e pela fome. A crença em milagres se propagava rapidamente entre a população. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 7. (UFRN) Enfrentando grandes dificuldades desde o sé- culo III, o Império Romano do Ocidente fragmentou-se após as invasões dos povos bárbaros e, nesse território, formaram-se novas sociedades. Os historiadores consi- deram esse período como uma nova fase na história da chamada Europa Ocidental: a Alta Idade Média, marca- da principalmente: a) pelo poder centralizado nas mãos dos reis, garantin- do a estabilidade dos novos Estados que se formaram. b) pela religião cristã, que favoreceu a mescla dos ele- mentos culturais romanos e germânicos. c) pela prosperidade das cidades, lugares preferidos pelos povos germânicos para se fixarem. d) pelo predomínio do regime escravocrata, o qual sustentava uma economia comercial dinâmica. 8. (UFRGS) Um dos elementos essenciais nas relações so- ciais da Idade Média Ocidental foi a instituição da vas- salagem, difundida desde o reinado de Carlos Magno, que consistia em: a) um juramento de compra de terras por um vassalo a um senhor, as quais eram trabalhadas por servos. b) uma relação de dependência pessoal que vincula- va, por meio de um juramento, um senhor a um sub- ordinado, vassalo. c) uma concessão temporária de terras do rei a fun- cionários especializados da alta administração, que exploravam o trabalho dos servos da gleba. d) uma relação contratual entre um senhor e seus servos, que prestavam serviços em troca de proteção. e) um contrato revogável de prestação de serviços temporários por parte de um cavaleiro profissional, a serviço de um senhor. 9. (UEPB) Analise as proposições a seguir: I. As transformações ocorridas durante a primeira parte da Alta Idade Média foram fundamentais para a integração de diferentes povos e culturas e responsáveis por mudan- ças significativas, como o fim da estrutura política centra- lizada e o fortalecimento institucional da Igreja Católica. II. Uma das preocupações de Carlos Magno, imperador ca- rolíngio, foi a elevação do nível educacional do clero e o aumento da alfabetização entre os religiosos e servidores que compunham a estrutura administrativa do Império. III. As relações entre o suserano e o vassalo eram mar- cadas por noções como fidelidade, obediência e reci- procidade, isto é, relações de dependência. Está(ão) correta(s) a(s)proposição(ões): a) I, II e III b) Apenas I e II c) Apenas II e III d) Apenas I e III e) Apenas I 10. (PUC) O feudalismo europeu foi resultante de uma lenta e complexa integração de estruturas sociais roma- nas com estruturas dos povos conhecidos como germa- nos, ocorrida entre os séculos V e IX. Uma das principais estruturas germânicas que compuseram o feudalismo foi: a) a vila, grande latifúndio que tendia à autossuficiên- cia econômica. b) o colonato, sistema de trabalho que vinculava o camponês à terra. c) o burgo, cidade fortificada onde se concentravam atividades artesanais. d) o comitatus, relação de fidelidade militar entre guerreiros e seu chefe. e) o direito codificado, reunião simplificada de leis escritas. E.O. FixAçãO 1. (UPF) O Medievo tem como marco inicial a migração de povos chamados bárbaros para a Europa Ocidental. Sobre esse processo de migração é incorreto afirmar: a) Suas monarquias estavam baseadas na força militar. b) Os reis “bárbaros” eram proprietários dos reinos comandados por suas dinastias, fracionando-os entre seus herdeiros quando da morte do rei. c) Muitos grupos foram conduzidos a migrar devido à pressão do avanço dos hunos às planícies da Europa Oriental. d) Os contatos anteriores com os romanos haviam esta- belecido trocas culturais expressivas, como a adoção do arianismo, forma de cristianismo, e a adoção de elemen- tos do direito romano por alguns dos grupos germânicos. e) Sua noção de Estado era sólida, mas a concepção territorial previa mobilidade contínua até o esgota- mento das riquezas de cada região de migração. 17 2. (UFRGS) Sobre a história da Idade Média, assinale a alternativa correta. a) A criação do Sacro Império Romano Germânico no Ocidente, no contexto da expansão carolíngia do século VIII, resultou na conversão dos francos ao cristianismo. b) A Igreja permitia o ingresso feminino apenas nas ordens regulares, enquanto as seculares eram reser- vadas somente aos homens. c) A aristocracia exercia atividade guerreira, embora não fosse detentora de terras ou de direitos senhoriais. d) A criação dos relógios mecânicos públicos, a partir do século XIII, reforçou o monopólio eclesiástico no controle do tempo pela Igreja. e) A presença islâmica no Mediterrâneo, a partir do sé- culo VII, caracterizou-se pela destruição dos mecanis- mos de administração urbana nas cidades europeias. 3. (Unioeste) HAGAR - Dik Browne A DONA DO CASTELO PEDIU PRA VOCÊ ASSINAR ISTO, HAGAR! O QUE É? O CASTELO É UM MONUMENTO HISTÓRICO... ELA QUER QUE VOCÊ PROMETA NÃO DANIFICÁ-LO! O personagem “Hagar o Horrível” criado por Dik Brow- ne consagrou uma imagem dos povos conhecidos como vikings e que tiveram um papel importante na história da Europa Medieval a partir das invasões por eles em- preendidas a partir do século IX. Sobre vikings e sua relação com a sociedade feudal, as- sinale a alternativa INCORRETA. a) Originários da Escandinávia, localizada no extremo norte da Europa, os vikings também eram conhecidos como homens do norte, em inglês, northmen. b) O crescimento populacional dos povos que viviam no extremo norte da Europa é uma das razões mais comuns utilizadas pelos estudiosos para explicar as invasões feitas pelos vikings, a partir do século IX, contra a Europa Continental. c) As invasões feitas pelos vikings provocaram uma grave crise no sistema feudal porque enfraqueceram a servidão dos camponeses aos senhores de terras. d) Os vikings se notabilizaram na história pelos saques e pela destruição de aldeias. Seus ataques contribuíram para a redução da atividade comercial na Europa Medieval. e) No processo das invasões verificou-se que muitos normandos acabaram, com o tempo, adotando o cristianismo e se misturando com as populações de origem romano-germânicas. 4. (UPE) Por dupla graça de Maomé e Carlos Magno, pela criação efêmera, mas plena de significado histórico e hu- mano, de um império cristão no interior das terras entre o Loire e o Reno, ao mesmo tempo romano e cristão. PirENNE, hENri. MAOMé E CArlOS MAGNO. liSBOA: ASA, 1992, P. 123. (ADAPTADO) Esse trecho é um resumo da tese clássica do historiador Henri Pirenne sobre a formação da Europa. Após sua lei- tura, infere-se que o autor a) opõe duas figuras históricas, Maomé e Carlos Mag- no, identificando duas civilizações opostas em seus valores e suas crenças, e, nessa oposição, estaria a gênese da Europa. b) propõe uma civilização europeia, fundada nos princípios de unidade entre as duas mais importantes religiões monoteístas que se fundiram na gênese da Europa. c) compõe as duas vertentes civilizacionais, o Cristian- ismo e o Islã, e o findado Império Romano, destruído pelos bárbaros, como gênese da Europa. d) impõe como limites intransponíveis a fronteira en- tre os rios Loire e Reno, mantendo, assim, o espaço que Roma havia ocupado e, portanto, salientando a importância da Antiguidade para a gênese da Europa. e) expõe dois projetos conflitantes de imperialismo, o Car- olíngio e o Islamita, e afirma que, no calor dessa disputa, se deu a gênese da Europa. 5. (UFPR) A presença islâmica na Península Ibérica esten- de-se desde 711, data da Batalha de Guadalete, quando os visigodos são vencidos pelos invasores árabes, até o século XV, quando, em 1492, os reis católicos da Espanha conquistam o reino de Granada, último núcleo muçulma- no na Península. Tal convivência entre as culturas ociden- tal e árabe num mesmo espaço geográfico, durante cerca de sete séculos, teve como consequência principal: a) a realização de uma síntese cultural que gera, nos séculos medievais, uma cultura peninsular mais po- bre do que em qualquer outra parte da cristandade ocidental. b) a interpretação e atualização da cultura clássica na cri- standade ocidental através das contribuições dos árabes. c) uma simpatia permanente entre cristãos e árabes que limitou o movimento das Cruzadas na Terra Santa. d) o atraso da Península Ibérica nas ciências ditas experimentais – medicina, astronomia, matemática, cartografia e geografia. e) o desenvolvimento de um estilo artístico nas mesqui- tas que privilegia as representações de figuras humanas. 6. (UFT) [...] o domínio da fé é uno, mas há um triplo es- tatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: o nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos [...]. Os servos, por sua vez, têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem sofrimento. Quem poderia reconstituir o esforço dos servos, o curso de sua vida e seus numero- sos trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a função do servo. Nenhum homem livre pode viver sem ele. [...] A casa de Deus que parece una é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. lAON, ADAlBErON DE APuD frANCO JuNiOr, hiláriO. O fEuDAliSMO. SãO PAulO: BrASiliENSE, 1983, P. 34. Nesse texto, o bispo Adalberon de Laon, por volta do século IX, descreve a integração entre Igreja e poder feudal. Em relação ao poder da Igreja no período me- dieval é incorreto afirmar que: 18 a) Com a ruralização da economia, que se estendeu por toda a Alta Idade Média, a Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, e os bis- pos e abades se tornaram verdadeiros senhores feudais. b) O domínio da leitura e da escrita era privilégio quase exclusivo dos bispos, padres, abades e monges. Os membros do clero eram, por isso, as pessoas mais habilitadas para ocupar cargos públicos, exercendo as funções de notórios, secretários, chanceleres. c) A Igreja constituiu seu próprio Estado na península Itálica, quando Pepino, o Breve, doou ao papado o patrimônio de São Pedro, formado por terras tomadas aos lombardos. Desta forma, o pontífice, que passou a exercer funções de verdadeiro monarca, teve seu poder temporal aumentado de forma considerável. d) Seu raio de ação limitava-se à vida espiritual. Ao lon-go dos séculos, a Igreja não acumulou riquezas e nem terras, contudo, possuía vassalos e servos – adquiridos graças a doações feitas pelos fiéis que desejavam, por seu intermédio, serem libertados da condenação divina. e) Para manter a soberania espiritual, a Igreja decretou guerra sem tréguas contra os hereges, considerados to- dos aqueles que interpretavam os ensinamentos cristãos de maneira diferente do que ela pregava. Para reprimi- -los, instituiu a excomunhão e o Tribunal do Santo Ofício. 7. (PUC) “A Idade Média não é o período dourado que certos românticos quiseram imaginar, mas também não é, apesar das fraquezas e aspectos dos quais não gosta- mos, uma época obscurantista e triste, imagem que os humanistas e os iluministas quiseram propagar.” JACQuES lE GOff. A iDADE MéDiA ExPliCADA AOS MEuS filhOS. riO DE JANEirO: AGir, 2007, P. 18 A ambígua imagem da Idade Média que hoje temos de- riva, em parte, de representações: a) negativas do período, que destacam a opressão a que os camponeses eram submetidos, a intolerância da Igreja e as repetidas temporadas de fome. b) positivas do período, que destacam o papel rele- vante que as mulheres tinham na vida social, o avan- ço tecnológico e o desenvolvimento nas artes visuais. c) negativas do período, que destacam a atuação do Tribunal da Inquisição, a ausência de mobilizações so- ciais e o direito divino que justificava o absolutismo. d) positivas do período, que destacam o resgate de valores religiosos oriundos da Antiguidade Clássica, a arquitetura românica e gótica e as festas populares. e) negativas do período, que destacam a ausência de liberdades políticas, a persistência do politeísmo e de práticas de bruxaria em toda a Europa Ocidental. 8. (UFJF) A partir do século III assiste-se ao longo pro- cesso de crise do Império Romano do Ocidente e ao desenvolvimento das instituições feudais, que daria início ao período medieval. Assinale o item que NÃO se enquadra nesse contexto. a) A expansão do Império Romano do Ocidente cessou, le- vando ao decréscimo da obtenção de escravos e riquezas. b) As fronteiras pouco controladas devido à fragilida- de romana possibilitaram a invasão dos povos bárba- ros e a fragmentação territorial do Império. c) O poder político exercido pelas grandes cidades se manteve, levando a um crescimento da urbanização e desenvolvimento das instituições comerciais. d) Desenvolveu-se o sistema de colonato através do qual escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos nas terras dos grandes proprietários. e) Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem baseadas em fidelidade e prestação de serviços dos vassalos para com os senhores. 9. (UFRGS) A Alta Idade Média foi um período marcado por sucessivas invasões do mundo cristão. Assinale a alternativa correta com relação a essas invasões. a) Em meados do século VII, após a batalha de Poi- tiers, o mundo islâmico avançou por todo o sul da França, penetrando no norte italiano. b) Durante vários séculos, os “vikings” tentaram, sem sucesso, pilhar as ricas cidades cristãs. c) No século IX, os francos derrotaram Clóvis, desinte- grando o reino merovíngio. d) Em fins do século IX, sob a pressão crescente das invasões normandas e magiares, surgiram na Europa inúmeros castelos privados fortificados. e) Em 843, o Tratado de Verdun unificou o Império Carolíngio, facilitando sua defesa contra os ávaros. 10. (UTFPR) Carlos Magno, imperador franco da dinastia carolíngia já contava com enormes extensões territo- riais na Europa Ocidental após uma sucessão de guerras de conquistas. Na impossibilidade de percorrer todos esses domínios pessoalmente, atribuía a determinados funcionários a função de fiscalizar o cumprimento de suas determinações. Eram os: a) Condes. b) Marqueses. c) Missi Dominici. d) Barões. e) Duques. E.O. COmplEmEntAr 1. (PUC) Valendo-se de sua crescente influência religio- sa, a Igreja passou a exercer importante papel em di- versos setores da vida medieval: a) como, por exemplo, nas Universidades, onde disse- minaram o cultivo das línguas nacionais. b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da medicina. c) impedindo a divulgação de conhecimentos científi- cos através do estabelecimento do Index. d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas pela burguesia, passou a se omitir, não se preo- cupando mais com a construção de Igrejas e Mosteiros. e) servindo como instrumento de homogeneização cultu- ral diante da fragmentação política da sociedade feudal. 2. (PUC) A Igreja Cristã foi a instituição mais importante durante a Idade Média. Esta importância, que já existia nos séculos finais do Império Romano, continuou cres- cendo na medida em que: 19 a) associada à sociedade bizantina atuou no combate às heresias. b) sua influência política, obtida com o apoio dos ala- manos, permitiu-lhe que organizasse um Estado em território conquistado aos saxões. c) conseguiu ter êxito na conversão dos bárbaros germânicos. d) aumentou seu domínio, através do Colégio dos Cardeais, sobre o Sacro Império RomanoGermânico. e) fortaleceu seu papel no combate ao reformismo exigido pelos monges de Cluny. 3. (ESPM) No dia seguinte, os poucos francos que esca- param ao massacre manquejaram até o acampamento de Carlos Magno, muitos feridos, todos sujos e cobertos de sangue, os olhos expressando, eloquentes, o horror que haviam visto e suportado. Muitos também se mos- travam envergonhados porque sobreviveram, enquanto seus companheiros jaziam mortos. Mas, na realidade, não tinham motivo para a vergonha, pois haviam lutado para sobreviver ao combate, e não fugido. Quando Carlos Magno soube o que sucedera a Rolando e seus pares, a resplandecente nata da cavalaria franca, ele chorou. (AllAN MASSiE. CArlOS MAGNO. A ViDA DO iMPErADOr DO SACrO iMPériO rOMANO.) O texto trata da batalha de Roncesvales, episódio em que Rolando, sobrinho de Carlos Magno, morreu heroi- camente. O episódio inspirou poemas intitulados “Can- ções de Gesta”; especialmente a “Canção de Rolando”, poema que foi, para os homens da Idade Média, o que a “Ilíada” tinha sido para os helenos. A derrota dos francos, em Roncesvales, deve ser relacionada: a) com as campanhas militares empreendidas por Carlos Magno contra os saxões; b) com as campanhas militares contra os sarracenos na Espanha; c) com as campanhas militares promovidas por Carlos Magno, no norte da Itália, contra os lombardos; d) com o conflito contra os bizantinos do Império Ro- mano do Oriente; e) com a campanha comandada por Carlos Magno contra a heresia dos albigenses. 4. (UEL) “O modo de produção feudal, que se desenvol- ve e atinge seu apogeu na Alta Idade Média, é caracteri- zado essencialmente pela existência das relações servis de produção...” Assinale a alternativa que se identifica com a fonte de poder e riqueza no modo de produção a que o texto se refere. a) “ ... Deus quis que, entre os homens, houvesse so- luta igualdade...” b) “ ... os acontecimentos provam o julgamento de Deus sobre nós...” c) “ ... a luta social desaparece quando os homens vivem em comunhão...” d) “ ... não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor...” e) “ ... quando Adão cavava a terra e Eva fiava, onde estavam os senhores... “ 5. (PUC) Os povos germânicos contribuíram para a for- mação do sistema feudal na medida que trouxeram, para a Europa Ocidental: a) a ideia de poder político local, a estrutura das vilas, do clientelismo e do colonato. b) as bases da organização política, social e judiciária, e os elementos que contribuíram para o fortalecimento do poder da Igreja. c) a prática de economia natural, a imobilidade social, a ausência do Estado e o “comitatus”, com sua noção de reciprocidade. d) o regime de trabalho servil baseado nas obriga- ções devidas pelos servos fundamentadas na talha, nas banalidades e nos tributos de casamento. e) os princípios da corveia, o da hospitalidade forçada aos nobres e o climade insegurança que obrigava as populações a se refugiarem no campo. E.O. dissErtAtivO 1. (UFG) O usurário, que adquirir lucro sem nenhum trabalho e até dormindo, vai contra a palavra de Deus que diz “Comerás teu pão com o suor de teu rosto”. Assim, o usurário não vende ao devedor nada que lhe pertença, apenas o tempo, que pertence a Deus. Disso não pode tirar qualquer proveito. ChOBhAM, ThOMAS DE, APuD lE GOff, J. A BOlSA E A ViDA. SãO PAulO: BrASiliENSE, 1989. P. 39. (ADAPTADO). O texto acima apresenta o posicionamento da Igreja Católica diante da crescente atividade dos usurários, nas cidades comerciais europeias (séc. XIII). Relacione usura, tempo e trabalho no discurso eclesiástico. 2. (UFPR) Entre os séculos V e VI, as monarquias roma- no-germânicas foram se consolidando como entidades políticas independentes nos territórios do extinto Im- pério Romano do Ocidente. Cite alguns exemplos des- sas monarquias, apontando as principais características que as vinculam, em termos ideológicos e culturais, à tradição baixo-imperial romana. 3. (UFPR) Explique o surgimento da expressão “Idade Média” e por que a expressão “Idade das Trevas” é con- siderada inadequada para se nomear o período entre a queda do Império Romano do Ocidente em 476, no sé- culo V, e a conquista de Constantinopla pelos turcos em 1453, no século XV. 4. (UFPR) Durante as manifestações de junho de 2013 no Brasil, circulou pelas redes sociais uma imagem se- melhante à abaixo: O comando da PM quer saber o trajeto da manifestação. Para ajudá-lo vazamos o seguinte mapa que circulava dentro do movimento: MAR DO NORTE MAR BÁ LTIC O ANGLOS GODOS SUEVOS BURGÚNDIOS VÂNDALOS LOMBARDOS GERMÂNIA SAXÕES Lutécia (Paria) GÁLIA LOMBARDOS JUTOS BRITÂNIA Londres 450 450 450 150 - 200 450 400 375 400 - 500 200 - 375 OSTROGODOS HUNOS Rio Dnieper Rio D on VISIGODOS MAR NEGRO Medionalum (Milão) Verona Ravena 475 425 415 443 Massília (Marselha) ITÁLIA 410 Roma 410 Cosenza Córsega Sardenha Tolosa (Toulouse) 426 429 Sicília Cartago MAR MEDITERRÂNEO 409 Cartago Nova (Cartagena) Gades (Cádiz) Olisipo (Lisboa) ESPANHA 410 ÁFRICA OCEANO ATLÂNTICO Rio Danúbio Adrianópole Tessalônica 395 GRÉCIA Constantinopla ÁSIA Império Romano do Ocidente Império Romano do Oriente Fronteiras entre os dois Impérios Rotas de penetração Nele percebemos que os Vândalos saíram do Leste Europeu em 330 d.C, atravessaram a Europa, cruzando com os Hunos e com os Visigodos, chegaram à África em 419 d.C., de onde partiram para saquear Roma, em 455 d.C. 20 Explique os motivos que levaram esses povos a realiza- rem as movimentações descritas no mapa acima, e por que o termo “vândalo” adquiriu uma conotação negati- va até os dias atuais. Coroação de Carlos Magno como imperador do Sacro Império Romano-Germânico, em dezembro de 800 d.C., pelo papa Leão III. Fonte: Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/história>. Acesso em: 8 out. 2011. Nascida nos quadros do Império Romano, a Igreja ia aos poucos preenchendo os vazios deixados por ele até, em fins do século IV, identificar-se com o Estado, quando o cristianismo foi reconhecido como religião oficial. (...) Estreitavam-se, portanto, as relações Estado-Igreja. (...) No Império Carolíngio, a aliança entre os reis e a Igreja foi fundamental para a consolidação de ambos os po- deres e, por vezes, a Igreja assumia funções que hoje consideramos ser do Estado e este por sua vez interfe- ria nos assuntos religiosos. frANCO JúNiOr, hiláriO. A iDADE MéDiA. NASCiMENTO DO OCiDENTE. SãO PAulO: BrASiliENSE, 2001. P.67,71 Sobre as relações entre Estado e Igreja, no período me- dieval, responda: a) Qual a importância da Igreja Católica na adminis- tração dos reinos e impérios? b) De que maneira o poder régio contribuiu para a expansão da fé cristã? 6. (UFC) Observe o comentário abaixo apresentado: “Os Mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abri- gando sua ‘família’ (...) os mais abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos avançados do progresso cultural.” DuBy, GEOrGES. hiSTóriA DA ViDA PriVADA 2: DA EurOPA fEuDAl à rENASCENçA. SãO PAulO: COMPANhiA DAS lETrAS, 1990, P. 52. Cite as razões de os mosteiros serem considerados “postos avançados do progresso cultural”. 7. (UFRN) Em 768, Carlos Magno assumiu a coroa do reino franco e expandiu consideravelmente suas fron- teiras através de inúmeras guerras de conquista. Parte das terras conquistadas eram doadas, a título tempo- rário (precarium), aos nobres, que assumiam, em troca, obrigações para com o rei. As práticas carolíngias expostas anteriormente contribuí- ram para a formação do feudalismo. Caracterize as obriga- ções criadas entre suseranos e vassalos na época feudal. E.O. EnEm 1. (Enem) A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se instalou na Itália no século VII e era considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia uma série de repa- rações pecuniárias (composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A lei dizia: “para todas estas chagas e feridas estabele- cemos uma composição maior do que a de nossos an- tepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a dita composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por terminada e mantenha-se a amizade.” ESPiNOSA, f. ANTOlOGiA DE TExTOS hiSTóriCOS MEDiEVAiS. liSBOA: Sá DA COSTA, 1976 (ADAPTADO). A justificativa da lei evidencia que: a) se procurava acabar com o flagelo das guerras e dos mutilados. b) se pretendia reparar as injustiças causadas por seus antepassados. c) se pretendia transformar velhas práticas que pertur- bavam a coesão social. d) havia um desejo dos lombardos de se civilizarem, igualando-se aos romanos. e) se instituía uma organização social baseada na clas- sificação de justos e injustos. E.O. ObjEtivAs (UnEsp, FUvEst, UniCAmp E UniFEsp) 1. (Unesp) [Na época feudal] o mundo terrestre era visto como palco da luta entre as forças do Bem e as do Mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria um dos tra- ços mentais da época: a belicosidade. (hiláriO frANCO JuNiOr. O fEuDAliSMO, 1986. ADAPTADO.) A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada expressava-se, por exemplo: a) no ingresso de homens de todas as camadas so- ciais na cavalaria e na sua participação em torneios. b) no pacto que reunia senhores e servos e determi- nava as chamadas relações vassálicas. c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cris- tãs de reconquista de Jerusalém. d) no empenho demonstrado nas lutas contra muçul- manos, vikings e diferentes formas de heresias. e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos, ao Islamismo. 2. (Unesp) [Na Idade Média] Homens e mulheres gosta- vam muito de festas. Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pa- gãs (...), quanto da liturgia cristã. (JACQuES lE GOff. A iDADE MéDiA ExPliCADA AOS MEuS filhOS, 2007.) Sobre essas festas medievais, podemos dizer que: 21 a) muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem pagã e as criadas pelo cristianismo. b) os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos que, mon- tados em cavalos, se divertiam juntos. c) a Igreja Católica apoiava todo tipo de comemo- ração popular, mesmo quando se tratava do culto a alguma divindade pagã. d) as festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a encenação do ri- tual de sagração de cavaleiros. e) religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos grandes eventos públicos cristãos. 3. (Fuvest) A tentativa de reunificação política da Euro- pa ocidental realizada pelo Império Carolíngio na pri- meira metade do século IX, fracassou
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