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Isabela Didier - 144 Prof. Epitácio Leite Rolim DEFORMIDADES ADQUIRIDAS EM ORTOPEDIA PEDIÁTRICA PERFIL ROTACIONAL E ANGULAR DOS MMII Tem relação com problemas congênitos posturais durante a embriogênse. Ex: pé torto postural. Também pode ser pelo espaço inadequado no período intrauterino. · Nasce varo valgo. · Normal: joelho valgo já c/ 1ano e 6meses. (picos aos 4 anos de idade (~10-15º) e na adolescência) · Acometimentos de tíbia e quadril que derivam de posicionamento podem se manifestar por exemplo no andar torto, a maioria dos casos resolve espontaneamente após 4-8 anos de idade. É considerado persistência fisiológica. · Perfil rotacional e angular é feito através de percentis · Proporção cabeça x tronco: se modifica desde IU, com o tempo vai diminuindo. · Indivíduo que terminou o crescimento tem envergadura igual a altura. Envergadura da criança é maior que altura, na primeira infância os braços costumam ser maiores que sua altura. · Mucopoliscaridose: desenvolve mais o geno valgo na criança em torno dos 2-4 anos de idade. · Importante investigar queixas ortopédicas para além do quadro ósseo, avaliar condições que podem estar associadas como causa. · Ângulo coxa pé ângulo de progressão do pé, linha imaginária: p/ onde o pé aponta, é para onde essa criança está andando. No gráfico de Staheli e Paly vários são os ângulos que devem ser mensurados e relacionados com o esperado p/ idade. PROPEDÊUTICA · Importante lembrar de doenças genética como Henler Danlos (tipo Iv relacionada a alterações vasculares importantes como da trombose mesentérica ou dissecção de aorta. Se não identificada na infância, pode vir a óbito na adolescência. Se identificadas previamente, podem-se evitar os deschos), Lasser... · Ou pode ser simplesmente frouxidão ligamentar, ou síndrome de down, marfan, frouxidão familiar, síndrome colagenosas (alterações quali e quantitativas do colágeno) EPIFISIÓLISE · Qualquer escorregamento da epífise (cartilagem de crescimento, por isso não deve/não ocorre no adulto) na criança. · Epifisiólise do quadril/do fêmur proximal: escorregamento da epífise mural proximal do femur em relação ao colo da criança. · Gerlamente não decorre de trauma grandes, mas naõ acontece por conta do trauma, não é o trauma que leva ao escorregamento. Alguns fatores e situações predispoe o paciente à epifisiolíse. · INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA: · 0.2-10.8:100000 · Negros · M>F · Adolescência: · M: 13-15 anos · F: 11-13 anos · Adolescência: relação com GH e hormônios sexuais. Ou seja, fatores hormonais. Os hormônios do crescimento proliferam a cartilagem de crescimento, que aumenta de espessura. É a 3 camada da epífise p/ metáfise, as células da cama hipertrófica as células são basófilas e cilíndricas, com material intercelular escasso, é esse material que sustenta a fise. Se há diminuição, predispõe a alterações mecânicas. Nessa idade ocorre horizontalização da fise que predispõe a lesões biomecânicas e escorregamento da fise. Crianças com colo retrovertido tem tendência a fatores de escorregamento. Relação com crianças muito altas e magras e crianças muito baixas e gordas (endocrinopatias). Obesidade grave: resistência insulínica: IGF (insulina like, efeito semelhante ao hormônio de crescimento). · <10 anos: pensar em endocrinopatia, principalmente se bilateral (so acontece em 20% dos casos, pode ocorre. E de 6 a 2 anos após o primeiro episódio: entre 50-805 dos casos bilateriais. Simultaneamente só em 25% dos casos) e simultâneo. Hipogonadismo (estrogeno e testoterona tende a proteger a fise, nesse caso há diminuição), hipotireoidismo, hiperparatireoidismo (disfunção de calcio e fosforo, fosfatase alcalina não consegue ossificar a camada hipertrófica, ficando muito espessa e frágil, tendencia do específica em que o escorregamento não aconteça na clássica camada hipertrófica e sim na camada de ossificação profisória) · >16 anos (espera-se que a epífise esteja fundida com a metáfise, não deve acontecer) · Fatores sazonais: verão e altas altitudes (latitude acima de 40) ETIOPATOGENIA · Multifatorial · Fatores predisponentes: · Mecânico (horizontalização da fise, processos mamilares, retroversão do colo, hipertrofia da fise:3 , pericôndrio), hormonal, genético (não se sabe qual) · Estabilidade anatômica: · Anel de pericôndrio (La Croix) 75% da resistência · Fibras colágenas transepifisárias · Processos mamilares · Contorno da placa de crescimento · Ângulo de inclinação metafisária · Altura da fise – camada hipertrófica · Fatores endócrinos: · GSH (promove predisposição indireta, não só o aumento como a diminuição), somatomedina, Estrógeno, testosterona, insulina; · Hipotireo, hipogona, pan-hipopituitarismo, hiperpara, osteodistrofina renal (advém da IRC, semelhante ao hiperpara. Ocorre lesão dos glomérulos e perda direta de cálcio: hipocalcemia sérica: aumento de PTH: ativa osteoclasto (tira cálcio do osso p manter homeostase): perda óssea, não consegue calcificar a camada de ossificação provisória tornando-a mecanicamente instável) · Síndromes: · de down, MPS CLASSIFICAÇÃO · De acordo com o início dos sintomas · Com a capacidade de marcha · Grau de escorregamento: RX (Wilson) · Grau de escorregamento: Rx (Southwick) CLÍNICA · Clínica: dor na virilha, dor na face interna do joelho (irradiação do nervo abturador), limitação da abdução e limitação da rotação interna. · Criança pode não andar, chama- se de epifisiólise instavel · Se não há diagnóstico precoce: · Claudicação, encurtamento do MMII, dor em região inguinal e face interna da coxa, limitação da abdução do quadril, limitação da rotação interna do quadril, flexão do quadril com rotação externa, encurtamento e rotação externa dos MMII. Disse para decorar. · Pode ser classificada em: · Aguda: (até 3 semanas): é uma Urgência ortopédica: tratamento cirúrgico com paciente internado, NÃO DEVE EXISTIR TRATAMENTO CONVERSADOR, o mesmo serve p/ o crônico agdizado, isso dado as conseqüências que podem existir. A pior é necrose da cabeça femoral · Crônica e · Crônica agudizada · Epifisiólise clássica: Sinal de Drehman: criança de decúbito dorsal, faz-se flexão do quadril que quer examinar e a criança passivamente rotaciona e abduz o quadril. · Ou tredenlemburg + DIAGNÓSTICO · Rx em AP e abudação em pata de ran é suficiente para o diagnóstico. Grau de escorregamento (são 4) reflete gravidade.se crônica, pode haver deformidade e compensações ósseas. Esse sinais são indiretos de epifisiolíse, mas não detalhou Aguda: escorregamento. Tipo 2. Crônica: remodelação óssea. · Tipo 1: pré-deslizanmento, não tem deslizamento escorregamento nenhum em AP e abdução · Tipo 2: escorregamento de até 1/3 · Tipo 3: até 50% · Tipo 4: >50% · Se dúvida: TC e RNM na fase de pré-deslizamento, pois nesse caso só há espessamento da fise. TRATAMENTO · Urgência ortopédica: cirurgia sempre, a menos que o paciente não possa ser submetido a cir. · Medidas gerais: · Retirar a carga imediata do paciente · Tração cutânea = instáveis · Analgesia · Rx: AP e Rã: esse último deve ser evitado em instável · Segue p/ internamento e cir. · Objetivo: promover a interrupção do escorregamento da epífise com epifisiodese do fêmur proximal c/ intuito de fechar a fise (região de crescimento), mesmo que reduza movimento/encurte. Feito com parafusos: evitar e reduzir as complicações como necrose, condrólise e artrose. A maior parte das artroplastias que são realizadas >50 anos de idade é por seqüelas de epifisiolise. · Redução e fixação da região percutênea ainda é controverso, mas considera-se que deve-se evitar redução e fazer parafuso com fixação percutânea (epifisiodese). · Fatores relacionados a indicação: idade, tempo, tipo de escorregamento, gravidade, escolha do cirurgião, estável x instável · Complicações: necrose avascular (complicação mais grave), condrólise (pode estar associada ao tratamento redistribuição da cartilagem e aproximação do osso subcondral c/ o da epífise mural), osteoartrose (deformidades, limitações funcionais, impacto fêmuro-acetabular),progressão do escorregamento 1.5 – 20% mesmo após cir. fraturas posteriores são raras. TIBIA VARA DE BLOUT · Ocorre devido a distúrbio de crescimento da fise medial e da fise posterior da tibia próximal, promovendo a varização, em anticurvo. E joelho em recurvo. Associada a rotação interna da tíbia. · Varo proximal associado a torção interna da tíbia e anticurvo da tíbia proximal · Predomina em meninos negros · Idade de aparecimento entre o primeiro e décimo ano de vida · Tratamento: estágio I e II: alguns utilizam órtese, gesso? Controverso, professor prefere observar. Mas se feito, é até 3 anos. · Faz tratamento cirúrgico com >3 anos · Osteotomia p/ correção da deformidade do eixo e epifisiodeses (parar crescimento na porção proximal e lateral da tíbia (apenas porção lateral continue crescendo, corrigindo ou impedindo piora). Em crianças maiores lizarov permite tratamento mais eficiente. · Exames complementares: p/ afastar raquitismo e outras displasia ósseas · RX panorâmica do MMII p/ traçar tratamento · Exames complementares · Estágios dependem da idade DOENÇA LEGG CALVE PERTHES · Mais comum em meninos negros também · Necrose da epífise proximal do fêmur sem causa específica conhecida. Pode estar relacionada a FR · Pode ser bilateral em 10% dos casos · Doença autolimitada em 60% dos casos, sem tratamento e sem deixar sequelas: +- 2 anos · Possui 4 fases no Rx e anatomopatológcio : 1. Necrose: pode durar até 2 anos. (radiopaca, acúmulo de íons devido a não vascularização do local) 2. Fragmentação: (áreas de esclerose e radiopacas no RX) pode durar até 3 anos. 3. Reossificação: reparo da região de necrose 4. Remodelação residual: pode durar toda a vida de crescimento do indivíduo. EXAME CLÍNICO · Dor na região inguinal ou na face anterior do joelho pelo ramo anterior do obturador · Limitação clássica da abdução e rotação interna do quadril · Causa desconhecida · Mais frequente 3-9 anos · Sinovite transitória: sintomas iguais + marcha de trendelembrug: Rx normal libera paciente depois de um tempo, há necrose · RNM é onde se consegue dar diagnóstico precoce, já a radiografia no início pode não demonstrar nenhuma alteração óssea. · Tratamento conservador: orteses, gessos: controverso. Fala-se em cir também. · Maioria faz nada · O que há alguma evidência é retira carga do paciente (evitar que ande, corra e pule). Mas também é controverso se contribui na evolução, mas a sobrecarga provavelmente leva a mau prognóstico. · Objetivo do tratamento: cabeça congruente: cirurgia de partes moles (tenotomia) ou ósseas (cir da pelve ou associadas a osteotomia do fêmur) · Complicações: · Necrose avascular · Condrólise · Osteoartrose c/ deformidade importantes na criança, impacto fêmuro-acetabular e limitação funcional. Nesse caso tenta-se melhorar qualidade de vida e evitar uso de próteses no futuro.
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