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➢ Temos a musculatura esquelética, a cardíaca e a lisa. ○ O esquelético possui vários núcleos por fibra/célula (a fibra muscular é a célula do músculo) para manter seu estado funcional. Esses núcleos estão na periferia embaixo do sarcolema ○ O cardíaco também é estriado e diferente do esquelético, cada célula tem apenas um núcleo centralizado, sendo um pouquinho mais curta. A comunicação entre as células é feita por meio de junções comunicantes. ■ Só pode ocorrer uma contração da musculatura esquelética através de um sinal neural, do neurônio motor. No cardíaco temos ação voluntária, pelo sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, tendo o poder de aumentar ou reduzir a força e frequência da contração cardíaca. ○ A lisa são células fusiformes com apenas um núcleo por célula e centralizado. Assim como o coração, essas células têm junções comunicantes entre elas e podem ser controladas pelos sistema nervoso autônomo, principalmente o sistema nervoso simpático, mas também por substâncias paracrinas e hormônios. ➢ As estriações são possíveis de ver por conta da extrema organização que esses músculos são gerados. Cada estriação é feita pelo sarcômero. Funções do Músculo Esquelético ➢ A principal função é que ele gera movimento, sendo capaz também de manter a nossa postura ereta, podem gerar muita força, já que são plásticos e com mais uso podem melhorar a capacidade metabólica e funcional, assim como o contrário também pode acontecer, causando uma atrofia muscular, com perda de massa e até mesmo função. ➢ Um dos músculos esqueléticos mais importantes no nosso corpo é o diafragma, que é responsável por gerar a nossa respiração. ➢ É capaz de gerar calor também, através de contrações rápidas e curtas, no caso os tremores ➢ Consegue ofertar parte dos seus componentes (aminoácidos) para gerar energia, só em situações mais “preocupantes”, de jejum prolongado. Organização do Músculo Esquelético ➢ Os músculos estão “ligados” ao nosso esqueleto por meio de tendões na origem e na inserção ➢ O músculo como um todo vai ser envolto por uma bainha de tecido conjuntivo, chamada de epimísio, localizado na “parte” externa. Fazendo um corte no músculo, vemos que ele é formado por fascículos que vão ser circundados também por uma bainha chamada de perimísio. Dentro de cada fascículo a gente tem a fibra muscular esquelética(célula), que vai ser circundada pelo endomísio. ○ Esses tecidos são importantes para manter essa musculatura junta. ➢ A musculatura precisa receber oxigênio para funcionar corretamente e isso acontece por meio dos vasos sanguíneos e a contração vai ser realizada pelos nervos. ○ Os vasos sanguíneos e os nervos estão no perimísio. ➢ Quando a gente amplia a visão da fibra, vemos o porquê das estriações. Dentro de cada fibra, nós temos a miofibrila, que causa a contração da célula. ➢ A membrana plasmática da fibra muscular esquelética é o sarcolema. Dentro da fibra/célula temos várias miofibrilas. Cada miofibrila é circundada por um retículo sarcoplasmático, que é uma região muito importante para a concentração de cálcio dentro da célula. O cálcio é um “elemento” extremamente importante para a contração muscular. Ele precisa estar lá dentro porque quando acontecer um estímulo, o cálcio precisa sair do retículo, se ligar às proteínas contráteis para que tenha contração muscular e pro relaxamento, é necessário a volta do cálcio ao retículo. ➢ O túbulo transverso (T) é uma invaginação do sarcolema, formando uma “estrutura” que ajuda o potencial de ação a entrar na célula, causando a contração das miofibrilas. ➢ Associado ao túbulo T, a gente tem o retículo e a parte que tá mais próxima do túbulo T, nós chamamos de cisterna terminal (que é uma partinha do retículo). Na parte longitudinal, a gente tem uma bomba de cálcio, chamada de bomba de cálcio ATPase, presente nos túbulos longitudinais do retículo ➢ Nós temos uma tríade que é a cisterna do retículo na parte “de cima” do túbulo T, o túbulo T e a cisterna do retículo na parte de baixo do túbulo. ○ Essa será sempre a organização da associação da cisterna com o túbulo T. ➢ As miofibrilas vão ser formadas por vários sarcômeros em série, também conhecido como a unidade funcional do músculo esquelético. ○ O sarcômero é formado por proteínas localizadas entre duas linhas Z, apresentando algumas linhas claras, outras mais escuras e novamente linhas claras. A faixa escura e fina é chamada de linha Z e dentro das duas linhas nós vamos ter uma banda A que é escurinho, onde temos os filamentos grossos responsáveis pela contração da célula. A parte branca é a banda I, que tem sua metade dentro de um sarcômero e a outra metade dentro de outro sarcômero. Mais ao centro a gente tem a banda H e bem no meinho, nós temos a linha M ➢ Na linha Z, nós temos as proteínas estruturais que vão dar suporte para as proteínas contráteis que estão no meio. ➢ Na banda I, a gente vê actina e titina ➢ Na banda A, a gente tem a sobreposição dos filamentos grossos e finos ➢ No centro do sarcômero a gente tem os filamentos grossos ➢ Os principais filamentos finos são a actina e a tropomiosina. São aqueles que têm uma ligação direta com os discos ou linhas Z. ○ A actina filamentosa gera dois cordões em forma de S, que estão torcidos em forma de hélice, criados cada um por actinas globulares. ○ A tropomiosina é um filamento que passa por cima do filamento de actina tampando uma bolinha preta, que são sítios ativos da actina G para se ligar à miosina. Impedindo que a miosina se ligue a actina gerando contração muscular. ○ Quem vai permitir que os sítios fiquem “visíveis” é uma proteína da tropomiosina: a troponina, que está associada a cada tropomiosina. A troponina que vai decidir se a tropomiosina tampa ou expõe o sítio de ligação. ■ A troponina é formada por 3 subunidades: a troponina T (de tropomiosina), que se liga à tropomiosina, a troponina I, que vai facilitar a inibição da ligação da miosina a actina pela tropomiosina, e a troponina C, que se liga ao cálcio, porque o cálcio que está no retículo e é liberado pode se ligar a esse tipo de troponina. Quando o cálcio se liga ao complexo de troponina, ela muda a conformação e expõe os sítios de ligação a actina para ocorrer a contração. ➢ O filamento grosso de miosina é o que está no meio do sarcômero. ○ A miosina é uma proteína grande que tem 6 polipeptídeos diferentes. Dentro deles temos duas cadeias pesadas, que vão dar a característica de alfa hélice e formam a cauda da miosina, e quatro cadeias leves na cabeça da miosina, onde temos duas cadeias leves para cada cabeça da miosina. ○ Temos uma zona do sarcômero chamada de zona nua central, porque as cabeças da miosina estão voltadas para as extremidades do sarcômero e no centro não tem cabeças. ○ A cabeça da miosina tem uma atividade ATPásica. A miosina tem a capacidade de hidrolisar o ATP e quando isso acontece a conformação da cabeça é alterada. ○ A partezinha que está fora do filamento é chamada de ponte cruzada e ele tem essa organização, porque se ele ficasse reto a cabeça não alcançaria os filamentos de actina ➢ Para termos a contração muscular, a gente precisa que o neurônio motor gere um potencial de ação a partir de um estímulo, que pode vir de vias superiores, como o córtex motor primário, que manda um neurônio motor superior que percorre todo a medula espinhal fazendo sinapse com o neurônio motor inferior. Se esse estímulo for forte o suficiente para gerar um potencial de ação, ele vai ser propagado por todo o axônio, até as fibras inervadas por outro neurônio. Chegando no terminal axônico, temos a divisão, formando os botões sinápticos junto com a especialização da célula muscular chamada de placa motora. ○ O potencial de ação vai fazer com que os canais de cálcio abram, levando a exocitose dos neurotransmissores que estão nas vesículas sinápticas. ○ A acetilcolina se liga aos receptores principalmente da placa motora, abrindo canal para cátion, tendo um fluxo resultante de íons sódio. O íon sódio é positivo, então ele vaidespolarizar a membrana. Dependendo do grau de despolarização da placa motora, essa despolarização pode vir para a região da dobra juncional onde estão os canais de sódio dependentes de voltagem. Se chegar no limiar necessário, os canais de sódio são abertos, aumentando o influxo de sódio e liberando potencial de ação na fibra muscular esquelética e aí esse potencial também vai ser propagado pela membrana no músculo esquelético, parecido com o neurônio. ■ Uma vez gerado o potencial de ação na placa motora a despolarização vai entrar na fibra através dos túbulos T. ■ Lá na placa motora aconteceu a despolarização suficiente para gerar um potencial de ação que vai sendo propagado despolarizando o sarcolema e quando chega nos túbulos T vai para o interior da fibra muscular, onde temos a tríade, onde encontraremos muito cálcio, onde através da despolarização vamos ter uma liberação de cálcio para os filamentos grossos e finos e permitir a contração. ○ Quando a gente tem a despolarização na placa e ela adentra o túbulo T, nós temos duas proteínas que vão gerar a liberação do cálcio que são o receptor de DHP, ou dihidropiridina, controlados por voltagem e que tem a conformação alterada quando o potencial de ação chega até o túbulo, estando associada fisicamente a outra proteína chamada receptor de rianodina, mantendo o canal de cálcio fechado. ■ Quando a despolarização alcança o receptor de DHP, mudando a conformação, o canal de cálcio de rianodina se abre, fazendo com que o cálcio saia para o citoplasma da fibra, se ligando a troponina C permitindo a ligação da miosina à actina. A miosina tem uma alteração conformacional na cabeça que permite que ela puxe os filamentos finos pra dentro do sarcômero. Como os filamentos finos estão associados a linha Z, essa linha “vai junto”, encurtando o sarcômero. ■ Todo esse processo é chamado de acoplamento excitação-contração ➢ No estado relaxado, não temos cálcio se ligando a troponina, mas temos o ATP parcialmente clivado porque ela ainda não liberou um dos fosfatos, mas ligado a cabeça de miosina. ○ Essa é a posição engatilhada da ponte cruzada, porque quando chegar o sinal teremos a mudança de conformação na cabeça da miosina puxando as actinas. ➢ Quando temos um potencial de ação que entra pelo túbulo T, mudando a conformação do receptor DHP e abrindo o canal de cálcio, a gente aumenta a concentração de cálcio no citoplasma. Quando o cálcio aumenta a concentração no citosol, ele vai se ligar à troponina C e aí, ele afasta a tropomiosina, expondo o sítio de ligação da miosina na actina. ○ A miosina tem uma grande afinidade com a actina, então quando o sítio de ligação fica exposto, a cabeça de miosina se liga a actina, puxando então essas actinas pro meio do sarcômero. ➢ Sem ATP a miosina fica ligada o tempo todo a actina. Para que a gente tenha o ciclo da ponte cruzada, é preciso separar a actina e a miosina. ○ Por isso, quando a miosina “recebe” o ATP, ela perde a afinidade com a actina. ○ Em seguida, a cabeça da miosina hidrolisa, ou seja, quebra o ATP, mudando a conformação e engatilhando. ○ A cabeça vai girar e ligar a actina quando tivermos o canal de cálcio. ○ Quando o cálcio entra, ele se liga à troponina C e move o filamento de tropomiosina, expondo o sítio de ligação da miosina na actina. ○ A cabeça da miosina vai liberar o fosfato e faz o movimento de puxar a molécula de actina. ○ Depois, a molécula de miosina o ADP e só vai se separar das moléculas de actina quando tivermos um novo ATP ➢ Esse ciclo ele é contínuo e só acaba quando o sarcômero estiver encurtado ○ Durante a contração, os filamentos de miosina puxam os de actina, aproximando as duas linhas Z, encurtando a zona H e as bandas I, diminuindo o sarcômero. O que fica constante é a banda A, que tem os filamentos de miosina que estão puxando os filamentos de actina e quando eles se sobrepõem completamente, não temos a zona H*** ➢ Pra relaxar a gente vai precisar do ATP e retirar o cálcio que permite a ligação da actina e da miosina. Quem faz isso é a proteína SERCA. ○ Depois que o músculo contrai, a gente precisa que o cálcio seja bombeado para o retículo sarcoplasmático, indo contra o gradiente de concentração. Logo, precisamos de uma bomba(SERCA) que faça o transporte ativo primário, ou seja, que quebre o ATP, utilize a energia para bombear o cálcio pra dentro. ○ Quando o cálcio é tirado completamente do citosol da célula, não pode se ligar à troponina, não expondo os sítios de ligação de miosina na actina, encerrando o ciclo de contração ○ Sem cálcio, não tem contração e sem ATP também não temos o desligamento da actina com a miosina. ○ A enzima SERCA significa cálcio ATPase do retículo endoplasmático e sarcoplasmático. ➢ Rigor mortis: quando os músculos ficam contraídos, porque a pessoa para de produzir ATP e a miosina e a actina continuam ligadas. ➢ Temos dois tipos de contração muscular: a isotônica e a isométrica. ○ Isotônica: o músculo contrai e acaba encurtando, gerando uma força suficiente para mover uma carga. Ocorre a alteração do comprimento do músculo. Basicamente, o músculo recebe um estímulo, aumentando a tensão até onde é necessário para mover uma carga. Quando o músculo relaxa, a carga retorna a posição normal, como a flexão de cotovelo. ○ Isométrica: é quando o músculo se contrai e encurta, mas não tem a movimentação. Basicamente houve um estímulo e a tensão gerada não foi a suficiente para gerar um movimento, como segurar um copo com água em determinada posição. ➢ Além dos filamentos finos e grossos, os músculos têm filamentos elásticos. Na contração isométrica os filamentos elásticos se estendem um pouco e o comprimento do músculo permanece o mesmo (na contração isométrica tem ou não encurtamento do músculo?) ➢ O músculo esquelético pode ser modelado em termos de força. ○ Quando a gente gera um potencial de ação, recrutamos uma quantidade de fibras, gerando uma tensão. (Abalos individuais - estudar) ○ A somação no músculo é quando temos dois potenciais de ação muito próximos. Se o estímulo for muito forte, a gente vai ter a somação de dois estímulos, tendo uma tensão maior. ○ Se tiver uma somação com mais estímulos, temos uma somação tétano incompleta, com potenciais de ação muito próximos e a tensão aumentando, até chegar a um grau máximo de tensão. O músculo consegue contrair e relaxar entre os estímulos ○ O tétano completo é quando os estímulos são muito próximos um do outro e o músculo não consegue relaxar se contraindo de forma generalizada até chegar num grau máximo. ➢ O responsável por essa somação é o cálcio mioplasmático. ○ Quando os estímulos estão próximos, não dá tempo do cálcio ser bombeado para dentro do retículo, se acumulando gerando uma somação da força. O cálcio chega até uma força tetânica máxima, até que tenhamos uma fadiga muscular. ➢ A “melhor” relação comprimento-tensão é quando eu tenho uma sobreposição ótima entre os filamentos finos e grossos, tendo maior quantidade de pontes cruzadas capazes de gerar força. O comprimento ideal sarcômero está em torno de 2 micrômetros ➢ Um neurônio pode inervar várias fibras musculares esqueléticas e esse neurônio e as fibras formam a unidade motora. ○ Cada neurônio motor pode ter uma característica diferente e consequentemente, a fibra inervada por esse neurônio vai ter uma característica diferente. ○ A propriedade do neurônio motor, determina a propriedade da fibra. ○ Nós temos fibras/unidade do tipo I e do tipo II. ○ Quando vemos histologicamente, temos dois tipos de fibra I e II, que devido as características mais avermelhadas ou esbranquiçadas , são chamadas de músculo vermelho ou branco, por conta da característica metabólica. O vermelho é devido a presença da mioglobina, sendo menos fatigadas. ○ O tipo de neurônio que inervada tal fibra, determina as características daquele músculos
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