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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES SOBRE 
LICITAÇÕES E 
CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS
Lei das Estatais - Lei n. 13.303/2016
Livro Eletrônico
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Diogo Surdi
Lei das Estatais – Lei n. 13.303/2016
NOÇÕES SOBRE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais .............................................................................4
1. Licitações Públicas ......................................................................................................4
1.1. Introdução ................................................................................................................4
1.2. Abrangência .............................................................................................................6
1.3. Definições ................................................................................................................8
1.4. Princípios e Objetivos .............................................................................................. 11
1.5. Hipóteses de não Realização da Licitação ............................................................... 18
1.6. Procedimento Licitatório ........................................................................................25
2. Contratos Administrativos .......................................................................................34
2.1. Formalização .........................................................................................................34
2.2. Duração Contratual ...............................................................................................36
2.3. Exigência de Garantias ...........................................................................................37
2.4. Alterações Contratuais..........................................................................................37
2.5. Sanções Administrativas .......................................................................................39
3. Fiscalização e Controle ............................................................................................ 40
3.1. Classificação do Controle ....................................................................................... 41
3.2. Controle das Empresas Estatais ............................................................................44
Questões de Concurso ..................................................................................................47
Gabarito .......................................................................................................................59
Gabarito Comentado .................................................................................................... 60
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Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Lei n. 13.303/2016, norma que instituiu o estatuto jurídico 
das empresas públicas e das sociedades de economia mista, sendo conhecida, popularmen-
te, como “Lei das Estatais”.
É importante destacar que não é toda a norma que está sendo exigida pelo edital, mas sim 
apenas a parte relacionada com as “Licitações e Contratos”.
E considerando que a FCC praticamente não conta com questões anteriores relacionadas 
com estes tópicos, faremos uso, para treinar o conhecimento, de questões de outras organi-
zadoras.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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LEI N. 13.303/2016 – LEI DAS ESTATAIS
1. Licitações PúbLicas
1.1. introdução
Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 173, § 1º, que a lei estabelecerá o regime 
jurídico das empresas estatais, conceito que envolve, dentre outras, as empresas públicas e 
as sociedades de economia mista.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação 
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores
O mencionado artigo, no entanto, trata-se de uma norma constitucional de eficácia limita-
da, carecendo de regulamentação para que possa produzir efeitos jurídicos.
Desta forma, com a edição da Lei n. 13.303/2016, popularmente conhecida como a “lei 
das estatais”, tivemos a regulamentação do artigo constitucional, passando as empresas es-
tatais, a partir da entrada em vigor da nova norma, a contar com uma série de deveres, prer-
rogativas e responsabilidades. Estava estabelecido, depois de anos, o estatuto jurídico das 
empresas estatais.
Antes de entrarmos no estudo específico da nova lei, façamos uma breve revisão acerca 
da necessidade de realização de licitação por parte dos órgãos e entidades da Administração 
Pública.
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O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da 
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada 
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais 
de Contas.
Em seu artigo 37, XXI, a Constituição Federal assim dispõe:
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos 
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi-
ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualifica-
ção técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja, 
toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas 
exceções, estão obrigadas a licitar.
Nestemesmo sentido, como não poderia deixar de ser, é o texto da Lei das Estatais, que 
afirma, em seu artigo 28, que a regra, para as empresas estatais, é a realização de licitação, 
sendo exceções as hipóteses de licitação dispensável, de contratação direta e de vedação à 
realização da licitação.
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às 
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação 
de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras 
a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, 
serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 
29 e 30.
A licitação dispensável ocorre quando as estatais, desejando contratar com particulares, 
podem escolher entre realizar o procedimento licitatório ou contratar diretamente. Para tal, as 
situações devem estar previamente estabelecidas em lei.
Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada empresa estatal deseja 
contratar uma instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, 
do ensino ou do desenvolvimento institucional.
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Nesta hipótese, poderá a entidade escolher entre a realização da licitação e a contratação 
direta com a instituição.
A contratação direta, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de com-
petição, de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. As hi-
póteses de contratação direta expressas na Lei n. 13.303 em muito se assemelham com o 
instituto da inexigibilidade de licitação, previsto na Lei n. 8.666.
Seria o caso da Caixa Econômica Federal (empresa pública) necessitar de uma máquina que 
só seja fabricada por uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade 
de ocorrer a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à enti-
dade.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, uma vez que há inviolabilidade 
de competição.
Por fim, temos as situações de vedação à realização da licitação, que, de acordo com a lei 
das estatais, são situações em que a realização da licitação não pode ocorrer.
Podemos citar a situação em que uma sociedade de economia mista exploradora de atividade 
econômica (o Banco do Brasil, por exemplo), tem o interesse em comercializar a abertura de 
novas contas correntes.
Como a abertura de contas correntes é considerada uma atividade-fim do Banco do Brasil, 
não faz nenhum sentido que seja realizado o procedimento licitatório.
1.2. abrangência
De fundamental importância é sabermos quais as entidades que estão abrangidas pelas 
disposições da Lei das Estatais. Inicialmente, vejamos o teor do artigo 1º da norma em aná-
lise:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia 
mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de eco-
nomia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade 
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econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a ati-
vidade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços 
públicos.
Importante salientar que a Lei das Estatais trata-se de uma norma que possui caráter na-
cional. As leis nacionais, ao contrário do que ocorre com as normas de um determinado ente 
federativo (como as leis federais), possuem regras e mandamentos que devem ser observa-
dos por todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Ainda que a Lei n. 13.303 seja uma lei nacional, podem os demais entes federativos editar, 
de acordo com as suas peculiaridades, leis e regulamentos relacionados com a licitação das 
empresas estatais. Em todas as hipóteses, no entanto, as legislações locais devem obedecer 
às regras gerais traçadas pela Lei das Estatais.
Estão compreendidas pelas disposições da Lei n. 13.303 as seguintes entidades estatais:
a) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem a atividade econô-
mica de produção e comercialização de bens;
b) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem a atividade econô-
mica de prestação de serviços, ainda que em caráter de monopólio;
c) Empresas públicas e sociedades de economia mista que participem de consórcio na 
condição de operadora;
d) Sociedade, inclusive a de propósito específico, que seja controlada por empresa públi-
ca ou por sociedade de economia mista;
e) Subsidiárias das empresas públicas e das sociedades de economia mista;
f) Empresas que sejam controladas pelas empresas públicas ou pelas sociedades de eco-
nomia mista;
Observa-se assim que a intenção do legislador foi o de abranger o maior número possível 
de empresas estatais exploradoras de atividade econômica.
Contudo, para que as estatais criadas antes da entrada em vigor da norma em análise ti-
vessem tempo de se adequar às novas disposições, a Lei n. 13.303 conferiu a elas o prazo de 
24 meses para a realização das modificações que entenderem necessárias.
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Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista constituídas anteriormente à vigência 
desta Lei deverão, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias à 
adequação ao disposto nesta Lei.
Até que este prazo finde, as entidades poderão optar entre aplicar as disposições da Lei 
n. 8.666 ou, caso entendam que estão aptas para o novo regramento, passar a aplicar as re-
gras da Lei das Estatais. Após o prazo de 24 meses, todas as estatais, sem distinções, devem, 
obrigatoriamente, seguir as disposições da Lei n. 13.303.
1.3. definições
A Lei n. 13.303 apresenta, em seus artigos 3º e 4º, os conceitos de empresa pública e 
de sociedade de econômica mista. Trata-se de novidade legislativa, ainda que a doutrina já 
apontasse uma série de diferenças entre as duas entidades.
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
ção autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do 
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da adminis-
traçãoindireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito 
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a 
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que 
justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comis-
são de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são a parte da administração 
indireta mais voltada para o direito privado, sendo chamadas, por parte da doutrina, de em-
presas estatais.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6385.htm
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A primeira definição importante é que ambas as entidades (empresas públicas e socieda-
de de economia mista), podem ser divididas, no que se refere à área de atuação, entre presta-
doras de serviço público e atuantes na atividade econômica. Dessa forma, temos dois tipos 
de empresas públicas e dois tipos de sociedades de economia mista.
Em outras palavras, temos que todas as empresas estatais, seja ela prestadora de servi-
ços públicos ou exploradora de atividade econômica, possui personalidade jurídica de direito 
privado.
A diferença entre elas é quanto à atividade que exercem: se ela for prestadora de serviço 
público, a atividade desempenhada, como não poderia deixar de ser, é regida pelo direito pú-
blico.
Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o princí-
pio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa 
Econômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). 
Como tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sin-
tonia com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios 
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade. 
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.
Do conceito apresentado pela Lei das Estatais, conseguimos observar uma série de dife-
renças entre as empresas estatais e as sociedades de economia mista. Vejamos...
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização 
legislativa, com a totalidade do capital público e regime organizacional livre.
As sociedades de economia mista, por sua vez, são pessoas jurídicas de direito privado, 
criadas por autorização legislativa, com a maioria do capital público e organizadas, obrigato-
riamente, sob a forma de sociedades anônimas (S/A).
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Da análise dos dois conceitos apresentados, consegue-se perceber uma série de caracte-
rísticas que diferenciam as duas entidades da administração indireta. Duas destas diferenças 
estão em sintonia com a Lei das Estatais, sendo elas a forma de constituição e o modo como 
ocorre a formação de seu capital social.
Com relação à forma de constituição, as empresa públicas podem se organizar adotando 
qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem ainda, caso seja 
necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então não utilizada para 
as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma forma “sui generis”, ou 
seja, sem precedentes anteriores.
Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário admi-
tido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender da 
forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no cartó-
rio de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a 
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na jun-
ta comercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404. 
Quando a SEM for registrada na Comissão de Valores Mobiliários, deverá, ainda, sujeita-se às 
disposições da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
As empresas públicas possuem todo o seu capital formado por recursos públicos, que 
podem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais de um ente público (pluripes-
soal).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por 
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por 
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da adminis-
tração indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações 
públicas).
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As sociedades de economia mista, por sua vez, são constituídas obrigatoriamente com 
capital formado por recursos públicos e privados (daí a existência da expressão “mista” de 
seus nomes). Ressalta-se, no entanto, que a maioria do capital social deverá, necessariamen-
te, ser constituído de recursos públicos, garantindo ao Poder Público, desta forma, o controle 
da sociedade.
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Totalidade do capital público Capital público e privado
Qualquer forma de organização societária Obrigatoriamente S/A
1.4. PrincíPios e objetivos
Em seu artigo 31, a Lei das Estatais elenca tanto os princípios que devem nortear todas 
as etapas do procedimento licitatório quanto os objetivos que devem ser atingidos com a 
realização da licitação.
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades de 
economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que 
se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreçoou su-
perfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, 
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento 
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade 
e do julgamento objetivo.
Dois são os objetivos a serem alcançados com a realização da licitação, sendo eles:
a) a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do 
objeto;
b) evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento;
Merece destaque, no que se refere aos objetivos ou finalidades da licitação, os conceitos 
de sobrepreço e superfaturamento, conforme previsão da Lei n. 13.303:
Teremos o sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os preços contrata-
dos são expressivamente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo referir-se 
ao valor unitário de um item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de ser-
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viço, ou ao valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por preço global ou por 
empreitada;
O superfaturamento ocorrerá, por sua vez, quando houver dano ao patrimônio da empresa 
pública ou da sociedade de economia mista, caracterizado, por exemplo:
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas; b) 
pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição da 
qualidade, da vida útil ou da segurança; c) por alterações no orçamento de obras e de servi-
ços de engenharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do 
contratado; d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos con-
tratuais antecipados, distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do 
prazo contratual com custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de economia 
mista ou reajuste irregular de preços.
Com relação aos princípios que regem às licitações das empresas estatais, veremos, em 
breve síntese, aqueles que estão expressos nas disposições do estatuto jurídico em estudo.
1.4.1. Impessoalidade
O princípio da impessoalidade, no que se refere às licitações, implica em uma atuação da 
administração pública pautada no dever de conferir tratamento isonômico a todos os licitan-
tes, sem favorecimentos ou obrigações que não sejam igualmente estendidas aos demais 
licitantes.
1.4.2. Moralidade
Segundo a moralidade, a atuação da administração não deve apenas ser pautada pela 
legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao particular fiscalizar e 
analisar se todos os atos foram realizados com observância da probidade, do decoro, da bo-
a-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada pela le-
galidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua atuação fosse consi-
derada correta.
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Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o processo licitató-
rio. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto para que a atuação dos 
agentes públicos possa ser considerada adequada às finalidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância, atualmente, que diversos Tri-
bunais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídica de empresas 
anteriormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se assim o abuso das formas, 
como a constituição de uma nova sociedade comercial com a finalidade de burlar a penalida-
de imposta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Justiça proferiu 
o seguinte entendimento (ainda que o julgado faça menção às disposições da Lei n. 8.666, 
trata-se de regra a ser observada no procedimento licitatório das empresas estatais).
A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios 
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com a 
Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção admi-
nistrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993), de 
modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica 
para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade constituída. 
A Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administra-
tiva e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a persona-
lidade jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que 
facultado ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo 
regular.
Uma empresa pública realiza licitação com o objetivo de contratar particular. Na execução do 
contrato, constata-se que o particular não cumpriu com as determinações inicialmente pre-
vistas, dando ensejo à aplicação da penalidade de suspensão temporária de participação em 
licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não superior a 
2 (dois) anos.
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Lei das Estatais – Lei n. 13.303/2016
NOÇÕES SOBRE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Caso houvesse a aplicação da penalidade, a empresa estaria impossibilitada de participar de 
novas licitações por um período determinado de tempo. Poderia a empresa, como forma de 
burlar a regra prevista na norma, criar uma nova sociedade com a participação dos sócios 
anteriormente existentes na empresa anterior, conseguindo assim participar de novas licita-
ções.
Como forma de evitar tal mecanismo protelatório, o STJ entende ser possível a desconstitui-
ção da personalidade jurídica da empresa recém criada, estando esta, da mesma forma que a 
anterior, impedida de participar de novas licitações durante o prazo da penalidade.
A Lei n. 13.303, em plena sintonia com o princípio da moralidade, apresenta uma lista de 
pessoas que estão impedidas de participar do procedimento licitatório:
Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser contratada pela empresa pública ou 
sociedade de economia mista a empresa:
I – cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital social seja di-
retor ou empregado da empresa pública ou sociedade de economia mista contratante;
II – suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia mista;
III – declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Federal ou pela unidade federativa a 
que está vinculada a empresa pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdurarem os 
efeitos da sanção;
IV – constituída por sócio de empresaque estiver suspensa, impedida ou declarada inidônea;
V – cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea;
VI – constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida 
ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VII – cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida ou 
declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VIII – que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que participou, em razão de vínculo de mes-
ma natureza, de empresa declarada inidônea.
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput:
I – à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pessoa física, bem como à participação 
dele em procedimentos licitatórios, na condição de licitante;
II – a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil, com:
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista;
b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista cujas atribuições envolvam a 
atuação na área responsável pela licitação ou contratação;
c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou sociedade de economia mista esteja 
vinculada.
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III – cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha terminado seu prazo de gestão ou rom-
pido seu vínculo com a respectiva empresa pública ou sociedade de economia mista promotora da 
licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
1.4.3. Igualdade
O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os participantes, é a clás-
sica definição de isonomia que permeia todos os procedimentos licitatórios. Segundo tal 
princípio, que em muito se confunde com a impessoalidade, a comissão de licitação não deve 
dispensar tratamento favorecido a nenhum dos participantes.
É o bom e velho “tratar todos iguais, na medida de suas desigualdades” que norteia toda 
a administração pública.
1.4.4. Publicidade
A publicidade conferida às licitações é a mesma que norteia toda a atuação da adminis-
tração pública, segundo a qual, para que os atos possam produzir efeitos quanto a terceiros, 
faz-se necessária a devida publicação na imprensa oficial.
A licitação, conforme já mencionado, é um procedimento administrativo, constituído, as-
sim, de uma série de atos administrativos formados em ordem cronológica. Todos eles, para 
produzirem os efeitos que a administração deseja, devem ser publicados na imprensa oficial.
Decorrem da publicidade diversos dispositivos da Lei n. 13.303:
Art. 8º, § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa pública e a sociedade de 
economia mista que explorem atividade econômica assumam em condições distintas às de qual-
quer outra empresa do setor privado em que atuam deverão:
I – estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem como previstas em contrato, convênio 
ou ajuste celebrado com o ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla publi-
cidade desses instrumentos;
II – ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no 
plano contábil.
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima semestral, em sítio eletrônico oficial na 
internet de acesso irrestrito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas 
e pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes informações:
I – identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da quantidade adquirida;
II – nome do fornecedor;
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III – valor total de cada aquisição.
1.4.5. Eficiência
Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo 
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo 
com padrões de economicidade.
No âmbito das licitações, o princípio da eficiência determina que as ações das empresas 
estatais busquem, sempre que possível, a melhor relação possível entre os custos x benefí-
cios com a realização do procedimento.
1.4.6. Probidade Administrativa
A doutrina destaca que a probidade administrativa decorre da moralidade, ou seja, ainda 
que sejam princípios diversos, a moralidade é um princípio constitucional, aplicável à admi-
nistração em todas as suas manifestações de vontade.
A probidade administrativa, por sua vez, implica em um conceito onde o administrador 
público deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas também com os ad-
ministrados que participam da licitação.
A diferença é sutil, e para não restar nenhuma dúvida, vamos esquematizá-la:
1.4.7. Economicidade
A economicidade decorre do princípio constitucional da eficiência. De acordo com Rafael 
Fernandes de Oliveira, “economicidade diz respeito a se saber se foi obtida a melhor propos-
ta para a efetuação da despesa pública, isto é, se o caminho perseguido foi o melhor e mais 
amplo, para chegar-se à despesa e se ela fez-se com modicidade, dentro da equação custo-
-benefício”.
Observa-se, desta forma, que o princípio em questão faz todo o sentido no âmbito das 
licitações, uma vez que, com a realização do procedimento, objetiva-se selecionar a proposta 
mais vantajosa para as empresas estatais.
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1.4.8. Desenvolvimento Nacional Sustentável
A inclusão do princípio do desenvolvimento nacional sustentável como de observância 
obrigatória na realização das licitações possui a finalidade de utilizar o poder de compra das 
empresas estatais como forma de incentivar um comportamento sustentável por parte de 
toda a sociedade.
Assim, na medida em que as empresas estatais darão preferência aos bens e serviços 
produzidos de maneira sustentável, promove-se um incentivo na forma com que os particu-
lares interessados em contratar com tais entidades passarão a produzir seus bens e serviços.
1.4.9. Vinculação ao Instrumento Convocatório
Vincular-se ao instrumento convocatório implica em não poder descumprir as normas 
previstas no edital regulador do processo licitatório. Significa dizer que a administração e os 
licitantes devem obedecer a dois diplomas normativos: as leis que regulam a atividade ad-
ministrativa e o edital da licitação, que, por estabelecer normas pertinentes a todo o procedi-
mento, é o documento que sempre deve ser observado quando as licitações forem realizadas.
1.4.10. Competitividade
A competitividade deve permear todo o procedimento licitatório, sendo, basicamente, a 
essência da sua realização. Caso não tivéssemos competitividade, não haveria motivos para 
a realização da licitação.
Neste sentido, a Lei das Estatais determina, em seu artigo 30, que, em caso de inviabili-dade de competição, estarão as estatais impedidas de realizar a licitação, devendo contratar 
diretamente com os particulares.
Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na 
hipótese de (...)
1.4.11. Julgamento Objetivo
Todas as licitações que são promovidas pelas empresas estatais devem possuir, no res-
pectivo edital, um critério que possibilita às entidades verificar, após a apresentação de todas 
as propostas, àquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados pela administração.
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Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com confiabi-
lidade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso mesmo, da escolha 
do objeto da licitação dar-se de por interesses subjetivos.
A Lei n. 13.303 elenca os critérios de julgamento que poderão ser utilizados para as licita-
ções das empresas estatais:
Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.
1.5. HiPóteses de não reaLização da Licitação
Como anteriormente afirmado, a regra, com a entrada em vigor do estatuto das empresas 
estatais, passou a ser a obrigatoriedade de realização de licitação. As exceções, conforme o 
texto da Lei n. 13.303, ficam por conta das hipóteses de licitação dispensável, de contratação 
direta (conceito que se assemelha com a inexigibilidade da Lei n. 8.666) e de vedação à rea-
lização de licitação.
Em todas estas situações, ou seja, quando a licitação não for realizada, caso seja com-
provado, pelo órgão de controle externo, sobrepreço ou superfaturamento, responderão soli-
dariamente pelo dano causado quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor 
ou o prestador de serviços.
De acordo com a norma, o processo de contratação, quando a licitação não for realizada, 
será instruído com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quan-
do for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou do executante;
III – justificativa do preço.
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1.5.1. Vedação à Realização de Licitação
As situações de vedação à realização de licitação são apenas duas, hipóteses em que as 
empresas estatais não poderão realizar o procedimento licitatório.
O motivo, em ambas as situações, decorre do fato da contratação estar relacionada com a 
finalidade da entidade. Consequentemente, caso a licitação fosse obrigatória, as estatais es-
tariam prejudicadas em relação às demais empresas privadas, uma vez que ambas disputam, 
em alguns casos, a concorrência de mercado.
Art. 28, § 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da obser-
vância dos dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações:
I – comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no 
caput, de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos 
sociais;
II – nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, 
vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de proce-
dimento competitivo.
1.5.2. Licitação Dispensável
Tal como ocorre com o texto da Lei n. 8.666, a Lei das Estatais apresenta uma lista taxati-
va de situações onde a realização da licitação poderá ser dispensável. A realização do proce-
dimento, desta forma, trata-se de uma faculdade para as estatais, que podem escolher entre 
realizar a licitação ou contratar diretamente com os particulares.
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia 
mista:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não 
se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natu-
reza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II – para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para aliena-
ções, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, 
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;
Nestes dois incisos, estamos diante da licitações dispensável em razão dos pequenos 
valores. Os valores serão considerados “pequenos” a depender do objeto que está sendo con-
tratado.
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Assim, se estivermos diante de obras e serviços de engenharia, a licitação será dispensá-
vel para contratações até o valor de R$ 100 mil. Se estivermos diante de compras ou de outros 
serviços, o limite para a dispensa é de R$ 50 mil.
Nas hipóteses de licitação dispensável em razão dos pequenos valores, o limite informado 
pela norma deve ser o valor global da contratação, não sendo possível a utilização de tais 
valores quando estes se tratarem de parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou então de 
obra ou serviço de mesma natureza e que poderia ser realizada conjuntamente ou concomi-
tantemente.
Importante salientar, ainda, que os valores informados podem ser alterados, por delibera-
ção do Conselho de Administração das empresas estatais, para refletir a variação de custos, 
sendo admitido, ainda, a existência de valores diferenciados para cada sociedade.
III – quando não acudirem interessados à licitação anterior e essa, justificadamente, não puder ser 
repetida sem prejuízo para a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como para 
suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condições preestabelecidas;
A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que não apare-
cem interessados em participar da licitação. A administração publica o edital e cumpre todas 
as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitantes com interesse em contratar 
com a respectiva repartição.
Nesta situação, poderá a administração considerar a licitação dispensável e contratar 
diretamente com o fornecedor, motivando o respectivo ato de dispensa com a informação de 
que não apareceram interessados na licitação anteriormente realizada.
Uma empresa estatal publica edital de licitação que possui como objeto a contratação de 
equipamentos de informática. Cumpridas todas as formalidades, nenhum particular apresen-
tou proposta junto à repartição.
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Neste caso, caso a estatal verifique que a realização de uma nova licitação poderá trazer pre-
juízos à entidade, deverá motivar o ato administrativo e dispensar a realização de um novo 
procedimento, podendo, desta forma, contratar diretamente com outro fornecedor.
IV – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos pra-
ticados no mercado nacional ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;
A licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados em contratar 
com as empresas estatais, no entanto, as propostas apresentadas configuram preços supe-
riores aos praticados no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais.
Uma sociedade de economia mista divulga edital de licitação com a finalidade de contratar 
diversos materiais de expediente. No edital que regula o certame, a entidade estabelece um 
valor máximo a ser pago aos particulares pelo fornecimento dos materiais.
Cinco são os licitantes que apresentam propostas. Contudo, todas as propostas apresenta-
das estão acima do valor máximo previsto no edital.
Nesta situação, estaremos diante de uma licitação fracassada, ou seja, que mesmo tendo 
interessados em contratar com a empresa estatal, a contratação não pode ser concretizada.
Para não restar dúvidas entre a licitação deserta e a licitação fracassada:
V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas, 
quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde 
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Observem que a situação de dispensa do inciso V apenas será possível quando as neces-
sidades de instalação e localização condicionem a escolha do imóvel. Ainda assim, o preço 
deverá ser compatível com os valores de mercado, segundo avaliação prévia.
VI – na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência 
de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas 
as mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto ao preço, 
devidamente corrigido;
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Na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, o que é levado 
em conta é a continuidade da prestação como forma de evitar danos à coletividade. Evita-se, 
com isso, que as empresas estatais tenham que realizar outro procedimento licitatório para a 
contratação de empresa destinada a “terminar” o serviço inacabado.
Para que a licitação seja dispensável, deve ser observada a ordem de classificação e o lici-
tante remanescente deve aceitar as mesmas condições contratadas com o licitante vencedor, 
inclusive com relação aos preços, que devem ser obrigatoriamente corrigidos.
Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação, a empresa pública e a socie-
dade de economia mista poderão convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifi-
cação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respec-
tivo valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto 
aos preços atualizados nos termos do instrumento convocatório.
VII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesqui-
sa, do ensino ou do desenvolvimento institucional ou de instituição dedicada à recuperação social 
do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha 
fins lucrativos;
VIII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira necessários à 
manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original 
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da 
garantia;
IX – na contratação de associação de pessoas com deficiência física, sem fins lucrativos e de 
comprovada idoneidade, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que 
o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
X – na contratação de concessionário, permissionário ou autorizado para fornecimento ou supri-
mento de energia elétrica ou gás natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as 
normas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha pertinência com o serviço 
público.
XI – nas contratações entre empresas públicas ou sociedades de economia mista e suas respecti-
vas subsidiárias, para aquisição ou alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde 
que os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que o objeto do contrato tenha 
relação com a atividade da contratada prevista em seu estatuto social;
XII – na contratação de coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos reci-
cláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações 
ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda que tenham como 
ocupação econômica a coleta de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis 
com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública;
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XIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, 
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão 
especialmente designada pelo dirigente máximo da empresa pública ou da sociedade de economia 
mista;
XIV – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 
10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes;
XV – em situações de emergência, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que 
possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos 
e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da 
situação emergencial e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo 
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contado da ocorrência da emer-
gência, vedada a prorrogação dos respectivos contratos, observado o disposto no § 2º;
A contratação direta com base neste inciso não dispensará a responsabilização de quem, 
por ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive com relação aos 
eventuais atos de improbidade administrativa, que estarão sujeitos às disposições da Lei n. 
8.429.
XVI – na transferência de bens a órgãos e entidades da administração pública, inclusive quando 
efetivada mediante permuta;
XVII – na doação de bens móveispara fins e usos de interesse social, após avaliação de sua opor-
tunidade e conveniência socioeconômica relativamente à escolha de outra forma de alienação;
XVIII – na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de dívida e de bens que produzam ou 
comercializem.
1.5.3. Contratação Direta (Inexigibilidade)
Casos de inexigibilidade são situações onde não há a viabilidade para a competição, não 
restando alternativa para a administração que não seja a contratação direta.
A lista de situações de licitação inexigível é exemplificativa, de forma que sempre que 
estivermos diante da impossibilidade jurídica de competição, deverão as empresas estatais 
contratar diretamente com os particulares.
Ainda assim, a Lei n. 13.303 apresenta duas situações de “contratação direta” (termo uti-
lizado, na norma, para se referir à inexigibilidade):
a) aquisição de materiais ou equipamentos exclusivos;
b) contratação de serviços técnicos especializados.
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Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na 
hipótese de:
I – aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, 
empresa ou representante comercial exclusivo;
Nesta situação, estamos diante de equipamentos ou materiais que apenas pode ser for-
necido produtor, empresa ou representante exclusivo. Consequentemente, não faz nenhum 
sentido a realização do procedimento licitatório, uma vez que não há concorrentes no merca-
do em condições de atender, da mesma forma que o particular declarado exclusivo, a deman-
da das entidades estatais.
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas 
de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Para a contratação dos serviços em questão, devem ser atendidas, simultaneamente, ou-
tras duas características: a natureza singular do serviço e a notória especialização do con-
tratado.
De acordo com a norma, considera-se de notória especialização o profissional ou a em-
presa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, es-
tudos, experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros re-
quisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
Obs.: � É vedada a inexigibilidade para os serviços de publicidade e divulgação.
Contratação Direta
(Licitação inexigível)
Licitação dispensável
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Ocorre quando a licitação é juridicamente 
impossível
Licitação é possível, mas a lei faculta à adminis-
tração escolher entre licitar ou contratar direta-
mente
Situações exemplificativas Situações taxativas
Motivação obrigatória Motivação obrigatória
Ato vinculado Ato discricionário
1.6. Procedimento Licitatório
As licitações previstas na Lei das Estatais devem seguir, como regra geral, uma sequência 
de fases, que podem ser mais bem visualizadas por meio do seguinte quadro sinótico:
A adjudicação compulsória é a última fase do procedimento, nas licitações das empresas 
estatais a última fase será, sempre, a homologação.
Diferentemente das disposições da Lei n. 8.666, em que temos uma série de modalidades 
licitatórias, a Lei n. 13.303 não apresenta nenhuma modalidade a ser utilizada, apenas fazen-
do uma recomendação para que, sempre que possível, seja feito uso do pregão.
No entanto, como é sabido, o pregão apenas pode ser utilizada para a contratação de bens 
e serviços comuns. Logo, em todas as demais situações (em que não estivermos diante de 
bens e serviços comuns) deve ser adotado o procedimento expresso na Lei n. 13.303, sem 
menção a uma modalidade específica.
A Lei das Estatais não apresenta uma lista de modalidades 
licitatórias. Apenas há a recomendação para que, no caso de 
licitações que tenham como objeto bens e serviços comuns, 
seja feito uso do pregão.
Além disso, a Lei das Estatais apresenta uma série de diretrizes que devem ser observa-
das quando da realização de qualquer tipo de licitação:
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Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes:
I – padronização do objeto da contratação, dos instrumentos convocatórios e das minutas de con-
tratos, de acordo com normas internas específicas;
II – busca da maior vantagem competitiva para a empresa pública ou sociedade de economia 
mista, considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou am-
biental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de 
depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância;
III – parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação de licitantes, sem perda de economia 
de escala, e desde que não atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e 
II;
IV – adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei no 
10.520, de 17 de julho de 2002, para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados 
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, 
por meio de especificações usuais no mercado;
V – observação da política de integridade nas transações com partes interessadas.
§ 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente, as 
normas relativas à:
I – disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contra-
tadas;
II – mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação am-
biental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
III – utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo 
de energia e de recursos naturais;
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
V – proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da ava-
liação do impacto direto ou indireto causado por investimentosrealizados por empresas públicas 
e sociedades de economia mista;
VI – acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Informação interessante, e que provavelmente será objeto de muitas questões de concur-
so, refere-se ao tempo mínimo de antecedência com que as informações deverão ser divul-
gadas na imprensa oficial antes do recebimento das propostas.
Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os contratos disciplinados por esta Lei 
serão divulgados em portal específico mantido pela empresa pública ou sociedade de economia 
mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de pro-
postas ou lances, contados a partir da divulgação do instrumento convocatório:
I – para aquisição de bens:
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior 
desconto;
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
II – para contratação de obras e serviços:
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a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior 
desconto;
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
III – no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se adote como critério de 
julgamento a melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, bem como para licitação 
em que haja contratação semi-integrada ou integrada.
Para facilitar a compreensão, podemos esquematizar estes prazos da seguinte forma:
Situação Prazo (antecedência mínima) Critério de julgamento
Aquisição de bens 5 dias úteis Menor preço ou Maior des-
conto
Aquisição de bens 10 dias úteis Demais casos
Contratação de obras e servi-
ços
15 dias úteis Menor preço ou Maior des-
conto
Contratação de obras e servi-
ços
30 dias úteis Demais casos
Situações específicas 45 dias úteis Melhor técnica
Melhor combinação de técnica 
e preço
Quando houver contratação 
semi-integrada
Quando houver contratação 
integrada.
1.6.1. Preparação
A fase da preparação pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados pe-
las empresas estatais antes da publicação do edital. Pode-se dizer que a fase da preparação 
da Lei n. 13.303 se assemelha à fase interna da Lei n. 8.666, sendo que ambas terminam com 
a divulgação do instrumento convocatório.
Como exemplos de atos que compõem a preparação da licitação, temos a verificação or-
çamentária dos recursos necessários para a contratação, a elaboração do edital, a descrição 
do objeto a ser licitado, dos prazos e condições de pagamento e dos requisitos necessários 
para que os particulares interessados possam vir a apresentar propostas.
Observa-se, assim, que todos os atos possuem em comum a característica de serem pra-
ticados em momento anterior à publicação do edital.
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1.6.2. Divulgação
Como o próprio nome sugere, a divulgação acontece com a publicação do instrumento 
convocatório, momento a partir do qual os particulares passam a ter conhecimento do inte-
resse das empresas estatais em contratar, podendo, caso tenham interesse, apresentar pro-
postas ou lances.
De acordo com a Lei n. 13.303, os atos decorrentes da divulgação, bem como das demais 
fases do procedimento licitatório, deverão ser praticados, preferencialmente, por meio eletrô-
nico.
Com relação aos avisos contendo os resumos dos editais das licitações e contratos, de-
verão estes ser publicados, para que possam surtir efeitos, no Diário Oficial da União, do Es-
tado ou do Município e na internet.
Art. 51, § 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumeradas no caput praticados por 
empresas públicas, por sociedades de economia mista e por licitantes serão efetivados preferen-
cialmente por meio eletrônico, nos termos definidos pelo instrumento convocatório, devendo os 
avisos contendo os resumos dos editais das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser 
previamente publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município e na internet.
1.6.3. Apresentação de Lances ou Propostas
Importante peculiaridade da fase de apresentação de lances ou propostas refere-se à 
possibilidade de utilização dos modos de disputa aberto ou fechado, ou, quando o objeto da 
licitação puder ser parcelado, a combinação de ambos.
A própria Lei n. 13.303 apresenta os conceitos dos modos de disputa aberto e fechado:
Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou fechado, ou, quando o objeto da 
licitação puder ser parcelado, a combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do art. 
32 desta Lei.
§ 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, crescen-
tes ou decrescentes, conforme o critério de julgamento adotado.
§ 2º No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a 
data e a hora designadas para que sejam divulgadas.
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A norma elenca, ainda, um pequeno regramento que deve ser observado quando o modo 
de disputa utilizado for o aberto:
Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, poderão ser admitidos:
I – a apresentação de lances intermediários;
II – o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lance, para definição das demais co-
locações, quando existir diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o 
subsequente.
Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
I – iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o julgamento pelo critério da maior 
oferta;
II – iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de julgamento.
1.6.4. Julgamento
Como vimos anteriormente, um dos princípios que norteia a realização do procedimento 
licitatório no âmbito das estatais é o julgamento objetivo. Assim, a lei em estudo apresenta, 
em seu artigo 54, uma série de critérios que podem ser utilizados para o julgamento das lici-
tações.
Em todos eles, é importante ressaltar, estaremos diante de métodos objetivos de julga-
mento, não sendo permitido que formas subjetivas sejam empregadas para o julgamento das 
propostas apresentadas.
Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.
Importante questão refere-se aos critérios que serão utilizados em caso de empate entre 
duas ou mais propostas apresentadas.Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na ordem em que se encon-
tram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
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I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada, em 
ato contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II – avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo 
de avaliação instituído;
III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art. 
3º da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993;
IV – sorteio.
Obs.: � Os critérios mencionados no inciso III, relacionados com as Leis n. 8.248 e n. 8.666, 
são os seguintes:
 � a) bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País;
 � b) bens e serviços produzidos de acordo com processo produtivo básico, na forma a 
ser definida pelo Poder Executivo.
 � c) produzidos no País;
 � d) produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
 � e) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-
mento de tecnologia no País;
 � f) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de 
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência 
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
1.6.5. Verificação da Efetividade das Propostas
A verificação da efetividade das propostas trata-se da fase onde as propostas serão ana-
lisadas, procedendo-se à desclassificação daquelas que apresentem as seguintes irregulari-
dades:
I – contenham vícios insanáveis;
II – descumpram especificações técnicas constantes do instrumento convocatório;
III – apresentem preços manifestamente inexequíveis;
IV – se encontrem acima do orçamento estimado para a contratação, ressalvadas as ex-
ceções legais;
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V – não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela empresa pública 
ou pela sociedade de economia mista;
VI – apresentem desconformidade com outras exigências do instrumento convocatório, 
salvo se for possível a acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que 
se prejudique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
Importante salientar que a verificação da efetividade poderá ser feita exclusivamente em 
relação aos lances e propostas mais bem classificados, podendo, para o cumprimento da 
verificação, ser realizadas diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou, quando 
estivermos diante de propostas inexequíveis, exigir dos licitantes que ela seja demonstrada.
Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consideram-se inexequíveis as propostas 
com valores globais inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
I – média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinquenta por cento) do 
valor do orçamento estimado pela empresa pública ou sociedade de economia mista; ou
II – valor do orçamento estimado pela empresa pública ou sociedade de economia mista.
§ 4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exequibilidade ou de sobrepreço, de-
verão ser estabelecidos critérios de aceitabilidade de preços que considerem o preço global, 
os quantitativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento convocatório.
1.6.6. Negociação
A fase da negociação ocorre após o julgamento das propostas, possibilitando que as em-
presas estatais negociem com o licitante que apresentou a melhor proposta condições mais 
vantajosas.
Caso, no entanto, o preço do primeiro colocado, após a realização de negociação, esteja 
acima do orçamento prévio das estatais, a negociação será feita, também, com os demais 
licitantes.
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Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que obteve a primeira colocação na etapa 
de julgamento, ou que passe a ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra 
que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e a sociedade de economia mista deverão 
negociar condições mais vantajosas com quem o apresentou.
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem inicialmente esta-
belecida, quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do 
orçamento estimado.
1.6.7. Habilitação
De acordo com a Lei n. 13.303, são os seguintes os documentos de habilitação que devem 
ser exigidos dos licitantes:
Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir dos seguintes parâmetros:
I – exigência da apresentação de documentos aptos a comprovar a possibilidade da aquisição de 
direitos e da contração de obrigações por parte do licitante;
II – qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica ou economicamente relevantes, de 
acordo com parâmetros estabelecidos de forma expressa no instrumento convocatório;
III – capacidade econômica e financeira;
IV – recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratando-se de licitações em que se utilize 
como critério de julgamento a maior oferta de preço.
Ao contrário do que ocorre com a Lei n. 8.666, não é exigido, 
nas licitações das empresas estatais, a comprovação da re-
gularidade fiscal e trabalhista.
1.6.8. Interposição de Recursos
Em sentido amplo, são considerados recursos todas as medidas possíveis para que os 
particulares possam solicitar o reexame de uma matéria.
Em sentido estrito, o recursos é um dos instrumentos cabíveis para que os particulares 
solicitem a apreciação da matéria por autoridade de hierarquia superior.
No âmbito da Lei das Estatais, poderemos ter a fase recursal de duas formas:
a) Quando o procedimento seguir a ordem de fases prevista no texto da norma, a fase re-
cursal será única, ocorrendo após a fase da habilitação.
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b) Quando ocorrer a inversão das fases da licitação (com a habilitação ocorrendo antes da 
apresentação dos lances ou propostas), teremos a possibilidade de apresentação de recur-
sos em dois momentos distintos: após a habilitação e após a verificação da efetividade dos 
lances ou propostas.
Em ambos os casos, os recursos deverão ser apresentados no prazo de 5 dias úteis, con-
forme

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