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Diencéfalo

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Lara Mattar - Medicina UFR 
DIENCÉFALO 
- O diencéfalo, junto com o telencéfalo, formam o cérebro, derivados, embriologicamente, do prosencéfalo. 
- Ele fica abaixo do telencéfalo e acima do tronco encefálico, na porção mediana do cérebro; formado pelo 
tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, os quais estão relacionados e formam a parede do III ventrículo. 
- Funcionalmente, o diencéfalo é extremamente multifacetado: serve como uma estação de sinapses para 
as funções óptica e acústica, coordena a função motora, determina o ritmo circadiano, regula as glândulas 
endócrinas e é a “autoridade suprema” para as importantes funções autônomas no corpo. 
- O diencéfalo é o meio do caminho entre o tronco encefálico e o telencéfalo não apenas anatomicamente, 
mas também funcionalmente, uma vez que todas as informações que vão do resto do SN para o cérebro 
passam pelo diencéfalo, e o contrário também (exceto o nervo olfatório, que vai direto para o cérebro). 
 
RELAÇÃO ANATÔMICA: DIENCÉFALO E TRONCO ENCEFÁLICO 
a Vista anterior; b Vista posterior, o cerebelo e o telencéfalo foram retirados. 
a) O trato óptico representa o limite lateral do diencéfalo. Ele circunda os pilares do cérebro, os quais fazem 
parte do mesencéfalo, situado logo abaixo. 
b) Na vista posterior, observa-se nitidamente o epitálamo, que é formado pela glândula pineal e as duas 
habênulas. O corpo geniculado lateral é um importante local de conexões sinápticas da via visual, enquanto 
Lara Mattar - Medicina UFR 
o corpo geniculado medial é um importante local de conexões sinápticas para a via auditiva; ambos fazem 
parte das áreas de núcleos do tálamo. Eles também são chamados conjuntamente de  metatálamo  e 
representam um deslocamento de núcleos próprios do tálamo. Especialmente entre o corpo geniculado 
medial e o colículo inferior do mesencéfalo, existem, no contexto da audição, estreitas conexões funcionais. 
Nesta vista, observa-se especialmente a região nuclear do pulvinar do tálamo. A ele também são atribuídas 
funções no contexto da conexão óptica e acústica. 
 
DIENCÉFALO EM NÍVEIS 
 
Lara Mattar - Medicina UFR 
 
B) Cortes frontais seriados do diencéfalo de anterior para posterior 
a) Nível do quiasma óptico: este corte envolve partes do diencéfalo e do telencéfalo; a posição do 
diencéfalo, em ambos os lados do terceiro ventrículo, fica bem evidente. Um abaulamento do terceiro 
ventrículo, o recesso pré-óptico, situa-se superiormente ao quiasma óptico. Sua conexão com o terceiro 
ventrículo localiza-se fora do plano de corte. 
b) Nível do túber cinéreo, nas proximidades do forame inter ventricular: o limite entre o diencéfalo e o 
telencéfalo só pode ser claramente identificado na região dos ventrículos, e as regiões nucleares, situadas 
inferiormente, continuam-se sem limite definido. Na região dos ventrículos laterais, a lâmina afixa forma o 
limite telodiencefálico, uma camada delgada telencefálica, sobreposta ao tálamo diencefálico. Camadas de 
substância cinzenta estendem-se pela parte dorsal da cápsula interna. 
c) Nível dos corpos mamilares: as regiões nucleares do tálamo se destacam neste corte. Segundo a 
Terminologia Anatômica, observa-se até 120 núcleos distintos. Entretanto, a maioria desses núcleos não 
pode ser identificada macroscopicamente. 
TERCEIRO VENTRÍCULO 
- É a cavidade do diencéfalo, que se comunica com o quarto ventrículo, por meio do aqueduto cerebral e 
com os ventrículos laterais, por meio dos forames interventriculares. É uma cavidade fechada por todos os 
lados por estruturas pertencentes ao cérebro. 
- Sua principal função é proteger o SNC, agindo como um amortecedor de choques. É produzido por uma 
estrutura especial, o plexo coroide. 
- Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são 
expostas amplamente. Verifica-se, então, a existência de uma depressão, o sulco hipotalâmico, que se 
estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As porções da parede situadas acima deste 
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sulco pertencem ao tálamo, e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Os dois tálamos são unidos pela 
aderência intertalâmica (ausente em 30% das pessoas), formada por substância cinzenta. 
 
- A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do 
sulco hipotalâmico. A parede anterior do ventrículo é formada pela lâmina terminal, uma fina lâmina de 
tecido nervoso que une os dois hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior. 
HIPOTÁLAMO 
- O hipotálamo é uma pequena região da parte 
inferior do diencéfalo, localizada inferiormente ao 
tálamo. 
- Situa-se em ambos os lados do terceiro 
ventrículo, portanto é melhor visto em cortes 
medianos, que divide simetricamente o terceiro 
ventrículo. 
NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO 
Ele é composto por cerca de doze núcleos agrupados em quatro regiões principais: 
1. A região mamilar (área hipotalâmica posterior), adjacente ao mesencéfalo, é a parte mais posterior do 
hipotálamo. Ela inclui os corpos mamilares e os núcleos hipotalâmicos posteriores. Os corpos mamilares 
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são duas projeções pequenas e arredondadas que funcionam como estações de transmissão para reflexos 
relacionados com o olfato. 
2. A região tuberal (área hipotalâmica intermédia), a maior porção do hipotálamo, inclui os núcleos 
dorsomedial, ventromedial e arqueado, além do infundíbulo, que conecta a hipófise com o hipotálamo. A 
eminência mediana é uma região levemente elevada que circunda o infundíbulo. 
3. A região supraóptica (área hipotalâmica rostral) está situada acima do quiasma óptico (ponto de 
cruzamento dos nervos ópticos) e contém os núcleos paraventricular, supraóptico, hipotalâmico anterior e 
supraquiasmático. Os axônios dos núcleos paraventricular e supraóptico formam o trato hipotálamo-
hipofisial, o qual se estende do infundíbulo para a neuro-hipófise. 
4. A região pré-óptica, anterior à região supraóptica, é geralmente considerada como parte do hipotálamo 
porque ela participa, junto com ele, na regulação de certas atividades autônomas. A região pré-óptica 
contém os núcleos pré-ópticos medial e lateral. 
 
 
Lara Mattar - Medicina UFR 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
O hipotálamo controla muitas atividades corporais e é um dos principais reguladores da homeostase. 
Impulsos sensitivos relacionados com sensações somáticas e viscerais chegam ao hipotálamo, bem como 
impulsos de receptores visuais, gustatórios e olfatórios. Outros receptores hipotalâmicos monitoram 
continuamente a pressão osmótica, a glicemia, certas concentrações hormonais e a temperatura 
sanguínea. O hipotálamo tem várias importantes conexões com a hipófise e produz vários hormônios. 
Algumas funções podem ser atribuídas a núcleos hipotalâmicos específicos, mas outras ainda não estão 
localizadas com precisão. Entre as funções importantes do hipotálamo estão: 
Controle do SNA. O hipotálamo controla e integra as atividades da divisão autônoma do sistema nervoso, 
que por sua vez, regula a contração dos músculos lisos e cardíacos e a secreção de várias glândulas. 
Axônios se projetam do hipotálamo para núcleos simpáticos e parassimpáticos do tronco encefálico e da 
medula espinal. Graças ao SNA, o hipotálamo é um dos principais reguladores das atividades viscerais, 
incluindo frequência cardíaca, passagem do alimento pelo sistema digestório e contração da bexiga 
urinária. 
Produção de hormônios. O hipotálamo produz vários hormônios e apresenta dois tipos importantes de 
conexões com a hipófise, uma glândula endócrina localizada inferiormente ao hipotálamo. Primeiro, os 
hormônios hipotalâmicos conhecidos como hormônios liberadores e hormônios inibitórios são liberados na 
rede capilar da eminência mediana. A corrente sanguínea leva estes hormônios diretamente para a adeno-
hipófise, onde eles estimulam ou inibem a secreção de hormônios da adeno-hipófise. Segundo, axônios se 
estendem dos núcleos paraventriculare supraóptico, por meio do infundíbulo, para a neuro-hipófise. Os 
corpos celulares destes neurônios produzem dois hormônios (oxitocina e hormônio antidiurético). Seus 
axônios transportam os hormônios para a neuro-hipófise, onde eles são liberados. 
Regulação da alimentação. O hipotálamo regula a ingestão de alimento. Ele contém um centro da fome, 
que estimula a alimentação, e um  centro da saciedade, que promove uma sensação de plenitude e de 
cessação da ingestão de alimentos. O hipotálamo também apresenta um  centro da sede. Quando 
determinadas células no hipotálamo são estimuladas pela elevação da pressão osmótica do líquido 
extracelular, elas geram a sensação de sede. A ingestão de água leva a pressão osmótica de volta a seus 
níveis habituais, diminuindo o estímulo e aliviando a sede. 
Controle da temperatura corporal. O hipotálamo também funciona como o termostato do corpo, que 
percebe a temperatura corporal e a mantém em um nível desejado. Se a temperatura do sangue que flui no 
hipotálamo está acima do normal, o hipotálamo faz com que a divisão autônoma do sistema nervoso 
estimule atividades que promovam a perda de calor. Por outro lado, quando a temperatura está abaixo do 
normal, o hipotálamo gera impulsos que promovem a produção e a retenção de calor. 
Regulação dos ritmos circadianos e níveis de consciência. O núcleo supraquiasmático do hipotálamo 
funciona como o relógio biológico do corpo porque ele estabelece ritmos circadianos (diários), padrões de 
atividade biológica – como o ciclo sono-vigília – que acontecem em um período circadiano (ciclo de cerca 
de 24h). Este núcleo recebe aferências dos olhos (retina) e envia eferências para outros núcleos 
hipotalâmicos, para a formação reticular e para a glândula pineal. 
Regulação do equilíbrio hidrossalino e da pressão arterial. O hipotálamo age na regulação da volemia 
e da osmolaridade. Isso acontece, principalmente, por causa do hormônio antidiurético, sintetizado no 
hipotálamo. A regulação da osmolaridade envolve o órgão vascular da lâmina terminal, enquanto o órgão 
subfornicial detecta os níveis de angiotensina 2 (vasopressor) Outra forma de regulação da volemia e da 
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concentração de sódio é por meio de barorreceptores nos grandes vasos e no seio carotídeo. O hipotálamo 
também ativa as ações de beber água ou comer algo com sal. 
CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO 
- Conexões com o sistema límbico: o sistema límbico é associado ao comportamento emocional e à 
memória. 
1. Hipocampo: se liga, por meio do fórnix, aos núcleos mamilares e chegam ao núcleo anterior do tálamo – 
circuito de Papez. (pelo fascículo mamilotalâmico). Além disso, os impulsos nervosos do hipocampo 
chegam ao hipotálamo e são projetados para a formação reticular do mesencéfalo (pelo fascículo 
mamilotegmentar). 
2. Corpo amigdaloide (amígdala): as fibras da amígdala chegam ao hipotálamo, principalmente, pela estria 
terminal. 
3. Área septal: se liga ao hipotálamo por meio de fibras do feixe prosencefálico medial. 
- Conexões com a área pré-frontal: o córtex da área pré-frontal se relaciona com o comportamento 
emocional e se liga ao hipotálamo diretamente ou pelo núcleo dorsomedial do tálamo. 
- Conexões viscerais: 
1. Aferentes: recebe estímulos relacionados à atividade das vísceras, por meio do núcleo do trato solitário – 
relaciona-se aos nervos facial, glossofaríngeo e vago. 
2. Eferentes: controle do SNA, por ação (direta ou indireta) nos neurônios pré-ganglionares. 
- Conexões sensoriais: estão relacionadas aos mamilos, órgãos genitais (essas conexões estão ligadas à 
ereção), córtex olfatório e retina (trato retino-hipotalâmico – regulação do ritmo circadiano). 
- Conexões com a hipófise: 
1. Trato hipotálamo-hipofisário: transporta a vasopressina e ocitocina. 
2. Trato túbero-infundibular: transporta hormônios que ativam ou inibem os hormônios da adeno-hipófise 
(adrenocorticotrópico, tireotrópico, folículo estimulante, luteinizante, prolactina etc.) 
 
- A hipófise é do tamanho de uma ervilha, está situada na sela turca, acima do seio esfenoidal. 
- É envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. De forma simplificada, ela está dividida nas seguintes 
partes: 
 • A adeno-hipófise ou lobo anterior (origem ectodérmica), região secretora de hormônios hipofisários. 
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 • A neuro-hipófise ou lobo posterior (origem nervosa), que apenas libera hormônios produzidos pelo 
hipotálamo. = Por isso, haverá importante conexão dos núcleos hipotalâmicos com a neuro-hipófise, 
porque desses núcleos, os neurônios emitem axônios em direção à neuro-hipófise, onde hormônios serão 
liberados quando necessário. 
TÁLAMO 
- Mede cerca de 3 cm de comprimento e forma 80% do diencéfalo, sendo composto por duas massas 
ovais de substância cinzenta, na porção laterodorsal do diencéfalo, organizadas em núcleos. 
- Recebe todas as informações sensitivas vindas pela medula para enviar para o cérebro, exceto a 
sensibilidade olfatória, uma vez que o nervo olfatório vai direto para o cérebro. 
- A porção anterior de cada tálamo possui o tubérculo anterior do tálamo, que delimita o forame 
interventricular, enquanto a porção posterior tem o pulvinar, que passa sobre os corpos geniculados lateral 
(via óptica) e medial (via auditiva) – esses corpos, em conjunto, podem ser chamados de metatálamo. 
- A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral e a porção medial 
compõe uma parte das paredes laterais do terceiro ventrículo. A face lateral do tálamo se separa do 
telencéfalo por meio da cápsula interna, que liga o córtex a centros nervosos abaixo dele (subcorticais). A 
face inferior do tálamo se continua com o hipotálamo e com o subtálamo. 
- A superfície dorsal do tálamo é revestida por substância branca, 
que segue até a face lateral, sendo chamada da lâmina medular 
externa. Entre essa lâmina e a cápsula interna, está o núcleo 
reticular do tálamo. Uma parte da lâmina de substância branca 
(estrato zonal) entra no tálamo e forma a lâmina medular interna. 
Na parte anterior, essa lâmina se bifurca e separa uma área onde 
os núcleos talâmicos anteriores se encontram. Dentro das 
lâminas, existe um conjunto de substância cinzenta, que forma os 
núcleos intralaminares do tálamo. 
- O tálamo é a principal estação retransmissora para a maioria 
dos impulsos sensitivos da medula espinal e do tronco encefálico 
que chegam às áreas sensitivas primárias do córtex cerebral. 
Além disso, ele contribui para as funções motoras ao transmitir 
informações do cerebelo e dos núcleos da base para a área 
motora primária do córtex cerebral. O tálamo também transmite 
impulsos nervosos entre diferentes áreas do telencéfalo (cérebro) e auxilia na manutenção da consciência. 
NÚCLEOS DO TÁLAMO 
- Existem sete grupos de núcleos em cada lado do tálamo, classificados de acordo com suas posições e 
funções: 
1. O núcleo anterior recebe aferências do hipotálamo e envia eferências para o sistema límbico, portanto 
contribui com a regulação das emoções e da memória. 
2. Os núcleos mediais recebem aferências do sistema límbico e dos núcleos da base e enviam eferências 
para o córtex cerebral. Suas funções estão relacionadas com as emoções, o aprendizado, a memória e a 
cognição. 
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3. Núcleos no grupo lateral recebem aferências do sistema límbico, dos colículos superiores e do córtex 
cerebral e enviam eferências para o córtex cerebral. O núcleo dorsolateral tem funções relacionadas com a 
expressão de emoções. O núcleo lateroposterior e o núcleo pulvinar auxiliam a integrar as informações 
sensitivas. 
4. Cinco núcleos fazem parte do grupo ventral. O núcleo ventral anterior recebe aferências dos núcleos da 
base e envia eferências para as áreas motoras do córtex cerebral; sua função está relacionada com o 
controle dos movimentos. O núcleo ventral lateral recebe aferências do cerebelo e dos núcleos da base e 
envia eferências para áreas motorasdo córtex cerebral; ele também auxilia no controle dos movimentos. O 
núcleo ventral posterior transmite impulsos relacionados com as sensações somáticas – como tato, 
pressão, vibração, prurido, cócegas, temperatura, dor e propriocepção – da face e do tronco para o córtex 
cerebral. O núcleo geniculado lateral transmite impulsos visuais da retina para a área visual primária. O 
núcleo geniculado medial transmite impulsos auditivos da orelha para a área auditiva primária. 
5. Os núcleos intralaminares estão localizados na lâmina medular interna e se conectam com a formação 
reticular, o cerebelo, os núcleos da base e amplas áreas do córtex cerebral. Eles atuam no despertar 
(ativação do córtex cerebral por meio da formação reticular do tronco encefálico) e na integração das 
informações sensitivas e motoras. 
6. O núcleo mediano forma uma fina faixa adjacente ao terceiro ventrículo e presume-se que esteja 
relacionado com a memória e o olfato. 
7. O núcleo reticular envolve a face lateral do tálamo, próximo à cápsula interna. Este núcleo monitora, filtra 
e integra as atividades de outros núcleos talâmicos. Tem como característica própria a presença do GABA, 
então serve como um modulador / portão dos impulsos que saem do tálamo e vão para o córtex. Além 
disso, durante o sono, ele inibe os núcleos do grupo ventral, por isso que, durante o sono, não temos 
sensações somáticas. 
 
NÚCLEOS ESPECÍFICOS E INESPECÍFICOS DO TÁLAMO 
- O tálamo representa um conjunto de cerca de 120 regiões nucleares que processam informações 
sensitivas. Distinguem-se os seguintes núcleos talâmicos específicos e inespecíficos: 
• Os núcleos específicos e as fibras que eles emitem (radiação talâmica) apresentam conexão direta com as 
regiões específicas do córtex cerebral (= pálio) e, portanto, também são chamados paliotálamo 
• Os núcleos inespecíficos não apresentam conexão direta com o córtex cerebral, mas sim com o tronco 
encefálico e, portanto, também são chamados troncotálamo. 
SUBTÁLAMO 
O núcleo específico do tálamo aqui mostrado é o 
núcleo reticular do tálamo; ele se posiciona sobre os 
demais núcleos do tálamo e envia impulsos que 
podem ser captados no eletroencefalograma (EEG). 
RADIAÇÃO TALÂMICA 
Os axônios do paliotálamo (= núcleos específicos do 
tálamo, uma vez que suas fibras são conectadas 
com regiões específicas do córtex cerebral) são 
agrupados em tratos que formam a radiação 
talâmica. Cada uma projeta-se para um lobo. 
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- É de difícil visualização nas peças de rotina, pois é a única estrutura do diencéfalo que não se relaciona 
com as paredes do III ventrículo, podendo ser mais facilmente observado em cortes frontais do cérebro. 
- Verifica-se, então, que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e 
medialmente pelo hipotálamo. 
- Atrelado aos núcleos da base e tem importante função da motricidade somática. Inclusive, doenças e 
lesões que afetam o subtálamo geram condição de hemibalismo, que são movimentos involuntários, 
rápidos e sem ritmo. 
FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO 
- Estando situado na transição com o mesencéfalo, algumas estruturas mesencefálicas entendem-se até o 
subtálamo, como o núcleo rubro, a substância negra e a formação reticular, constituindo a chamada zona 
incerta do subtálamo, que atua: 
- Locomoção. 
- Movimentos oculares. 
- Comportamentos sociossexuais e alimentares. 
- Despertar e atenção. 
- Processamento visual, nociceptivo e somatossensorial. 
- Contudo, o subtálamo apresenta algumas formações cinzentas e brancas que lhe são próprias, sendo a 
mais importante o núcleo subtalâmico. Este núcleo atua na regulação da motricidade somática (funções 
motoras – planejamento do movimento). 
EPITÁLAMO 
- O epitálamo, pequena região superior e posterior ao tálamo, é composto pela glândula pineal e pelos 
núcleos habenulares. 
- Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. 
GLÂNDULA PINEAL 
- A glândula pineal tem o tamanho aproximado de uma ervilha e se projeta a partir da linha mediana 
posteriormente ao terceiro ventrículo. 
- A glândula pineal faz parte do sistema endócrino, pois secreta o hormônio melatonina. Como a melatonina 
é liberada mais na escuridão do que na luz, acredita-se que este hormônio esteja relacionado com o sono. 
Quando administrada por via oral, ela parece contribuir com a regulação do relógio biológico ao induzir o 
sono e ao ajudar o corpo a combater o jet lag. 
1) Funções da Pineal: se devem à melatonina. 
a) Antigonadotrófica: efeito inibidor sobre as gônadas via hipotálamo. Sabe-se que a luz inibe a pineal e o 
escuro a ativa). OBS: Um estudo demonstrou que no hamster os testículos atrofiam quando o animal é 
colocado em um regime de 23h de escuro e 1h de luz por dia. Porém, quando é feito a pinealectomia, essa 
atrofia não é observada. 
b) Ritmo circadiano de vigília-sono: a melatonina age sincronizando a atividade do núcleo 
supraquiasmático, o qual recebe os estímulos de luminosidade do ambiente (possui receptores para 
melatonina). 
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c) Regulação da glicemia: diversos estudos demonstraram que a melatonina está envolvida na inibição 
da secreção de insulina nas células beta das ilhotas pancreáticas. Como os pinealócitos têm receptores de 
insulina, postulou-se a existência de um feedback entre pinealócitos e células-beta. 
d) Regulação da morte celular por apoptose: inibição das células em apoptose (efeito inverso dos 
corticoides). Apesar disso, em células cancerosas, a melatonina aumenta a apoptose – regressão tumoral. 
e) Ação antioxidante: a melatonina é um dos mais potentes antioxidantes conhecidos, superando a ação 
de antioxidantes mais tradicionais como as vitaminas A, C e E. Ela não só remove os radicais livres, como 
também aumenta a capacidade antioxidante das células. 
f) Regulação do sistema imune: a melatonina aumenta as respostas imunitárias agindo sobre as células 
do baço, timo, medula óssea, macrófagos, neutrófilos e células T. Além disso, a melatonina tem efeitos 
benéficos sobre vários processos inflamatórios por mecanismos diversos de atuação. 
NÚCLEOS HABENULARES 
- Os núcleos habenulares estão relacionados com o olfato, especialmente com respostas emocionais a 
odores como o perfume da pessoa amada e os biscoitos de chocolate da mamãe assando no forno, além 
de apresentarem relação com o controle do sono/vigília, dor, reprodução e aprendizado. 
ÓRGÃOS CIRCUNVENTRICULARES 
- Partes do diencéfalo, chamadas de órgãos circunventriculares, localizadas na parede do terceiro 
ventrículo, podem monitorar mudanças químicas no sangue devido à ausência da barreira hematencefálica. 
Os órgãos circunventriculares incluem parte do hipotálamo, a glândula pineal, a hipófise e algumas outras 
estruturas adjacentes. Funcionalmente, estas regiões coordenam atividades homeostáticas dos sistemas 
endócrino e nervoso – como regulação da pressão sanguínea, equilíbrio hidreletrolítico, fome e sede. 
EM SÍNTESE…

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