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DIREITO CIVIL VI - SUCESSÕES

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA - FESP 
 
Curso de Graduação em Direito 
 
 
 
FERNANDA GONÇALVES DOS SANTOS RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VI 
Direito das Sucessões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa - PB 
2020 
2 
 
FERNANDA GONÇALVES DOS SANTOS RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VI 
Direito das Sucessões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado no curso de graduação 
em Direito da Faculdade de Ensino Superior 
da Paraíba - FESP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa – PB 
2020 
3 
 
RESUMO 
 
 
O Direito sucessório é um ramo do direito civil que trata da transferência do 
patrimônio de uma pessoa física para os seus herdeiros. Quando essa pessoa 
falece seus bens são transferidos para alguém, mas essa pessoa poderá deixar 
seus bens para quem quiser ou é a lei quem vai determinar o destino da herança? 
Um herdeiro poderá ser excluído do benefício de receber uma herança? Essas são 
perguntas que deverão ser respondidas ao longo da dissertação. A palavra 
sucessão dá a ideia de que algo será sucedido por outro, em que outra pessoa 
tomará o lugar da anterior para dar continuidade ao que começou, em outras 
palavras, os bens irão para mãos de quem o recebeu e este irá cuidar deles no lugar 
de quem os deixou. O direito de sucessões cuida da causa mortis, que decorre por 
causa da morte de alguém, tendo como finalidade a transmissão do patrimônio do 
falecido para os seus sucessores. Este processo poderá ser feito legalmente ou 
através de um testamento, onde os herdeiros do falecido assumirão todos os direitos 
e obrigações que foram deixadas por ele. A morte do titular é o principal motivo 
desenvolver o processo da sucessão, onde são passados para os seus herdeiros. 
 
 
 
 
Palavras-Chave: Direito das Sucessões. Patrimônio. Herdeiros. Testamento. Causa 
mortis. Herança. Sucessões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 05 
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 06 
2.1 Direito das Sucessões ...................................................................................... 06 
2.2 Abertura da Sucessão ....................................................................................... 07 
2.3 Herança ............................................................................................................. 08 
2.4 Da Aceitação e Renúncia da Herança .............................................................. 09 
2.5 Dos excluídos da Sucessão ...............................................................................10 
3.0 CONCLUSÃO .................................................................................................... 11 
4.0 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 Introdução 
 
Roma criou o Direito sucessório a partir da ideia de que a sucessão 
hereditária seria uma forma do herdeiro continuar o legado do pai, mantendo os 
costumes e cuidando do patrimônio. Esta é uma área do direito civil que estuda e 
julga conforme os conceitos e princípios constitucionais, para que estejam inseridas 
no processo da sucessão, oferecendo aos herdeiros do patrimônio deixado pelo 
falecido, uma proteção jurídica que está elencada nos artigos da Constituição. 
 
Para o Direito Romano daquela época, a causa mortis não tinha a finalidade 
em transferir apenas os bens para os herdeiros do falecido, a intenção era passar 
para os seus sucessores o poder familiar, até mesmo a função religiosa que exercia. 
A morte sempre foi temida, resguardar a família de qualquer situação ruim, era a 
preocupação do pai. Com a morte do parter famílias tanto seus bens como seus 
costumes eram passados para seus herdeiros, de preferência um que pudesse o 
representar exatamente como ele era. 
 
Se um homem sem filhos morresse, seu sucessor poderia aquele que era o 
substituiria em sua religião. Os cargos religiosos eram passados de pai para filho, 
mas quando um homem morria sem ter um herdeiro do sexo masculino para 
administrar seus bens após sua morte, seu sucessor religioso tomaria essa tarefa. A 
ligação pela religiosidade era o suficiente para assumir a sucessão, pois suas 
crenças e costumes eram os mesmos. 
 
O filho mais velho tinha a responsabilidade de resolver todos os tramites 
relacionados a sucessão do pai falecido. Para a passagem de sucessão, era 
realizado um culto religioso onde o filho mais velho receberia sua posse na 
sucessão. O testador não tinha o direito de esconder suas vontades testamentárias 
em vida, ele tinha a obrigação de expressar o gostaria que aconteça com seus bens 
depois de sua morte. Tendo que dizer os motivos de deixar cada bem para cada 
pessoa. 
 
Somente aos homens era concedido o poder de hereditariedade para dar 
continuidade espiritual e material a família, mesmo que fossem de parentesco mais 
distantes, caso o falecido não tivesse filhos homens. A mulher não tinha o direito a 
sucessão do falecido, mesmo sendo a cônjuge. Com o passar do tempo ocorreram 
mudanças importantes que foram reunidas em um só lugar acabando com a 
discriminação entre os herdeiros agnados e cognatos, reconhecendo apenas por 
consanguinidade. 
 
Por essa razão, foi criada uma ordem para chamar os possíveis herdeiros do 
falecido, onde foram seguidos assim: Os primeiros a serem convocados os 
descendentes (incluindo os filhos adotivos e emancipados), depois todos os 
ascendentes mais próximos (irmãos e irmãs germanos, sobrinhos e sobrinhas 
germanos). Os irmãos, irmãs e unilaterais e seus filhos por representação. Os 
parentes colaterais até o sexto grau. Se o falecido não tivesse nenhum desses 
parentes, a esposa ser tornaria herdeira ou até mesmo a concubina. Na ausência de 
qualquer um desses o patrimônio era entregue ao poder público. 
6 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Direito das Sucessões 
 
 É um conjunto de princípios jurídicos que normalizam os direitos hereditários, 
para que os bens de uma pessoa já falecida possam ser transferidos para os seus 
herdeiros. Esta transferência poderá ser realizada através da lei ou pelo testamento 
deixado pelo autor dos bens. Com o falecimento do titular, sua posição jurídica é 
passada para o seu sucessor, que terá o mesmo status na relação de direitos 
mudando apenas a figura do sujeito. 
 
A sucessão em geral pode ser classificada em dois tipos: 
 
1ª Sucessão legítima – quando a pessoa falece sem ter feito um testamento, a lei 
determina que a herança seja passada para os seus herdeiros legítimos. Em casos 
de testamento vencido (caduco) ou declarado nulo, a sucessão também será 
considerada legítima. 
 
2ª Sucessão testamentária – são descritas as últimas vontades do falecido, onde 
se encontram as disposições relacionadas à transferência de patrimônio por causa 
mortis. Quando há herdeiros só poderá ser feita sua vontade ao equivalente a 
cinquenta porcento do total de bens, os outros cinquenta constituíra como legítima 
para que seja assegurado os direitos dos herdeiros necessários (art. 1.789 CC). Se 
não tiver herdeiros, poderá doar todo o patrimônio do jeito que quiser (art. 1.667 
CC). Se for casado e o regime for o de comunhão universal de bens, o patrimônio 
será dividido pela metade e o falecido só poderá dispor da sua metade para agir de 
forma testamentária. 
 
Inventário e partilha – é parte burocrática do procedimento, determinando as 
regras do processo judicial descrevendo todos o patrimônio da herança, lavrando o 
título de herdeiro, liquidando o passivo do monte, pagando os impostos de 
transmissão de causa mortis para que a partilha dos bens seja entregue aos 
herdeiros. 
 
 O ordenamento jurídicobrasileiro não permite que haja outra forma de 
sucessão a não ser a legítima e a testamentária. Os pactos sucessórios são 
proibidos e não podem ser elementos de contrato da herança de uma pessoa com 
vida, sendo permitida a cessão de direitos (art. 426 do C.C) 
 
A título universal - o herdeiro é convocado para receber a herança, podendo 
ser total ou apenas uma parte, assumindo a responsabilidade em pagar as dívidas 
do falecido. Este procedimento ocorre tanto na legítima como na testamentária. 
A título singular - o falecido deixa, ainda em vida, deixa tudo para apenas um 
determinado beneficiário. Neste caso, o herdeiro não responderá pelas dívidas da 
herança. 
A sucessão hereditária só é revelada quando o cujus falece, com a 
declaração da sucessão dos herdeiros, legítimos ou testamentários, recebem de 
imediato, a propriedade e a posse dos bens que lhe foram deixados. 
7 
 
2.2 Abertura da Sucessão 
 
O momento da abertura da sucessão começa com a morte, a herança é 
transferida logo após o falecimento do de cujus, utilizando o princípio saisine, 
conforme o art. 1.784, Código Civil. Os bens do falecido são passados 
imediatamente para seus herdeiros, de forma automática, sendo entregue aos 
herdeiros legítimos e ao testamentário domínio e propriedade sobre a herança. Isso 
poderá ocorrer mesmo que o inventário ainda não tenha sido aberto, pois o mesmo 
poderá acontecer em um outro momento para a formalização do ato. 
 
Para que o ato possa ser formalizado, conforme art. 1.785, CC, a abertura da 
sucessão deve acontecer no lugar do último domicílio do falecido. Deste modo, é de 
suma importância que a data do falecimento seja corretamente anexada, para que 
assim possa ser destinada aos herdeiros legítimos. É necessário que conste 
também o tipo de morte, podendo ser civil, real e presumida, sendo que o 
ordenamento jurídico só aceita as duas últimas. 
 
Morte civil – É quando a pessoa, perde sua personalidade mesmo estando 
viva, sendo este um ato inaceitável pelo ordenamento jurídico, conforme artigos. 1º e 
2º, CC, a pessoa tem sua personalidade desde o nascimento e só perde com a 
morte (real ou presumida, art. 6º, CC). O artigo 11, CC, também diz que “os direitos 
da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício 
sofrer limitação voluntária”. O único motivo que pode ser considerada uma “morte 
civil” é a descrita no artigo 1.816, CC, pela indignidade do filho para receber a 
herança, “como se ele morto fosse”, pois, mesmo estando vivo é ignorado, morto, 
para os efeitos da sucessão. 
 
Morte presumida – O termo presumida é quando, não existe provas 
cadavéricas para que se tenha a concretude da morte do de cujus, sendo assim, 
presumiu-se que tenha morrido. Esta presunção poderá ocorrer de duas formas: 
Quando se decreta a ausência da pessoa conforme indicado nos artigos 37 e 38, 
CC, onde a lei irá conceder a abertura da sucessão definitiva. A lei também permite 
a abertura da sucessão definitiva quando, há ausentes ou quando não se pode 
decretar a ausência e o prazo previsto, para a declaração de vivo, tiver se esgotado. 
Conforme os artigos 6º e 7º, CC, depois do prazo estipulado para o tempo de 
espera, pela pessoa ausente, será determinado uma possível data do falecimento. 
 
Morte real – A morte real é aquela em que há um corpo para comprovar a 
materialidade do falecimento. As condições do corpo são indiferentes, basta apenas 
que seja comprovada como sendo da pessoa em questão. Neste caso, deverá ser 
feito, em cartório, uma certidão de óbito. 
 
Comoriência – Ocorre nos casos em que há presunção simultânea da morte 
de duas ou mais pessoas, da mesma família, em um mesmo evento. De acordo com 
o artigo 8º do Código Civil, onde diz que “Se dois ou mais indivíduos falecerem na 
mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos 
outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”. Deste modo, sendo no mesmo 
momento, local, dia e hora, as mortes serão consideradas simultâneas. 
8 
 
2.3 Herança 
 
 A herança é o conjunto de bens, direitos e obrigações deixadas pelo de 
cujos para os seus sucessores, diferente do patrimônio que é somente um conjunto 
de bens. A herança não inclui os direitos personalíssimos, pois estes deixam de 
existir com a morte (como por exemplo: direitos políticos etc.) e nem os direitos e 
deveres patrimoniais, pois estes são relacionados à pessoalidade do de cujus para 
usufruto. Também é diferente da meação que dá ao cônjuge ou companheira a parte 
que lhe cabe sem mesmo depender da abertura de sucessão. 
 
 É o patrimônio do falecido contendo seus bens pessoais e a meação sobre os 
bens comuns com seu cônjuge. Devemos deixar entendido que a meação do 
cônjuge ou companheiro, não entra na herança do de cujus, pois esta já era seu por 
direito antes do falecimento. Ao herdeiro se transfere exclusivamente os bens e não 
a representação da pessoa do de cujus, ele assume apenas a titularidade dos 
liames jurídicos patrimoniais do falecido. 
 
 A herança será de todos até o momento da partilha, sendo assim, até que o 
dia da divisão seja feito, nenhum dos herdeiros poderá tomar posse de seus bens. 
Quem faz a divisão dos bens é a partilha, ela determina, após o inventário, a parte 
dos bens deixados para cada herdeiro. O herdeiro terá o direito de pedir a partilha 
dos bens, mesmo que seja impedido pelo testador, dando igualdade de direitos aos 
seus cessionários e credores. O testador pode deliberar a partilha indicando os bens 
que serão entregues as partes hereditárias, ele só não poderá fazer se os valores 
dos bens não corresponderem a cada uma das partes. 
 
 A administração da herança poderá ser conduzida por outras pessoas até que 
o inventariante se manifeste em relação ao seu compromisso de fazê-lo, são elas: O 
cônjuge ou companheiro, o herdeiro (que estiver como possuinte e administrador), 
se houver mais de um filho, o mais velho ficará encarregado da ação, o 
testamenteiro, o juiz poderá ser a última opção de escolha, caso nenhuma das 
pessoas mencionadas ou até mesmo pela impossibilidade por afastamento 
determinado por alguma falta grave por parte de todos eles. 
 
 O direito de representação ocorre quando um dos herdeiros falece antes da 
abertura de sucessão dos bens. É determinado pela lei que os descendentes do 
herdeiro falecido possam representá-lo em todos os seus direitos eferentes a 
herança. Esta condição será em favor do herdeiro falecido, receberam em nome 
dele e não em direito próprio. 
 
 A herança jacente acontece quando uma pessoa morre e não deixa 
testamento, não tem cônjuge e nenhum familiar para que possa receber seus bens. 
O pedido para este tipo de situação, deve ser feito pela Fazenda Pública, Ministério 
Público ou alguém que tenha interesse em fazer o pedido através do advogado em 
posse da certidão de óbito. O juiz declarará a herança jacente pela inexistência de 
herdeiros, então, nomeará um curador, onde será feito o recolhimento de todos os 
bens que ficarão sob a guarda do curador até o período de vacância, caso nenhum 
herdeiro se apresente, os bens estarão em domínio da União, Estados e Municípios. 
9 
 
 2.4 Da Aceitação e Renúncia da Herança 
 
 
Ocorre a aceitação quando os herdeiros aceitam receber a herança deixada 
para eles pelo falecido, esta aceitação poderá ser feita de forma expressa, tácita ou 
presumida. 
 
Aceitação expressa é aquela em que por meio de declaração pública ou particular 
o herdeiro declara por escrito seu desejo em receber a herança. 
Aceitação tácita são as ações que o herdeiro pratica, como por exemplo: 
nomeação de advogado a representá-lo no inventário, a administração do patrimônio 
etc., essas são as ações que demonstram a aceitação do herdeiro pela herança. 
Neste caso, o que demonstrou sua aceitação foram as ações em favor do processo 
pela herança. 
Na aceitação presumida o herdeiro deverá se manifestar dentro do prazo seu 
desinteresse pela herança. Ele terá até vinte diasapós a abertura da sucessão para 
sua manifestação, caso não demonstre ação contrária a aceitação, será presumido 
que ele aceitou receber a herança. Este tipo de atitude, não aceitar, deve ficar clara, 
caso o herdeiro não tenha a intenção de seguir o curso normal em herdar os bens. 
 
 A renúncia da herança é aquela em que o herdeiro renuncia a sua parte, 
declarando de maneira expressa que não tem interesse em receber a herança, 
sendo este é um ato jurídico unilateral. Nenhum herdeiro é obrigado a aceitar fazer 
parte de nenhuma herança, é seu o direito de se abdicar de sua parte no espólio. 
Seu ato de negação terá efeito ex tunc, irá retroagir até o momento em que foi 
aberto a sucessão, será considerado como se nunca tivesse existido nos termos. 
 
 Para que a renúncia seja válida, o herdeiro deverá ter capacidade jurídica 
para compreender seu ato, caso contrário, seu pedido só será aceito se for através 
de seu representante legal. Para que a renúncia tenha validade, é necessário que 
ocorra de forma expressa, em instrumento público conforme o artigo 1.806, CC, 
podendo causar nulidade absoluta. O pedido de renúncia da herança deverá ser 
feito de forma expressa, sendo inadmissível o repúdio tácito ou presumido à 
herança. 
 
 Os efeitos da renúncia na sucessão legítima: A parte renunciada pelo 
herdeiro será acrescida nas partes dos demais herdeiros. Não poderá haver 
sucessores para representar o renunciante a herança, uma vez renunciado ele 
deixará de existir para o processo de sucessão. Se não houver outros herdeiros ou 
se os demais herdeiros vierem a renunciar a herança, seus filhos poderão lhes 
suceder. Ou seja, os filhos dos herdeiros renunciantes poderão suceder no lugar dos 
pais, sendo os netos do de cujus. 
 
 Se houver dívidas do herdeiro renunciante, seus credores poderão, com 
autorização do juiz, receber a herança em nome dele. Podemos observar que o 
legislador colocou a aceitação e a renúncia juntas para que possam ser comparadas 
uma em relação a outra. Essa repercussão afirma que a escolha sobre um ato 
acarretará a exclusão do outro. 
10 
 
2.5 Dos excluídos da Sucessão 
 
 
É uma penalidade civil que tira o direito à herança do herdeiro, que praticou 
atos indignos contra a vida, a honra e a liberdade do de cujus. A exclusão, acontece 
pela Indignidade e deserdação, onde há evidências de más condutas contra o autor 
da herança. O herdeiro que pratica tais atos são penalizados com sua exclusão do 
processo sucessório. 
 
Conforme o artigo 1.814 do Código Civil, são as causas que excluem o direito 
a sucessão dos herdeiros ou legatários: 
I. Que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou 
tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, 
companheiro, ascendente ou descendente; 
II. Que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou 
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; 
III. Que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da 
herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. 
 
A consequência do ato de Indignidade é a exclusão do herdeiro por ter 
cometido uma atitude incorreta contra o autor da herança, por este motivo é 
penalizado com a perda da sucessão hereditária. A perda do direito sucessório é 
uma sanção civil para quem comete o ato de indignidade. 
 
A Indignidade se configura se ato praticado pelo herdeiro excluído tenha sido 
contra a vida, contra a honra e contra a liberdade do autor da herança, conforme o 
artigo 1.814, I ao III do Código Civil. Se houver absolvição ausência de fato ou de 
autoria do crime, não será o caso de exclusão de indignidade. 
 
A exclusão do herdeiro, será anunciada pela sentença ordinária, este 
processo será movido por quem tem interesse em suceder na herança. Os efeitos 
de dignidade são exclusivos e pessoais, por este motivo os herdeiros do excluído 
poderão suceder no lugar do herdeiro excluído como ele tivesse falecido antes da 
abertura da sucessão. 
 
O herdeiro excluído não poderá usufruir e nem administrar a parte da herança 
que seus sucessores receberam. Se o excluído tiver recebido frutos dos 
rendimentos da herança, terá que restitui-los, mas poderá receber de volta o valor 
do que foi gasto para conservá-los. 
 
O inciso I, informa sobre o que acontece quando há um homicídio doloso 
consumado ou tentado contra o autor da herança ou qualquer descendente, mas é 
necessário seja o indigno tenha relação com o crime, sendo o autor, coautor ou 
partícipe. O inciso II, diz sobre os crimes contra a honra, injúria, calúnia e difamação 
que foram feitos com o autor, cônjuge ou companheira, neste caso a sentença penal 
terá que estar transitado em julgado, por uma ação movida contra o indigno pelo 
ofendido. Já o inciso III, fala sobre os crimes contra a liberdade do autor da herança, 
tirando-lhe a possibilidade de o autor testar, de criar um testamento. 
11 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Dizem que a morte é o final de todas as coisas, que quando ela chega, não há mais 
nada que possa ser feito. Mas a morte também é a continuação da vida de outra 
pessoa, existem várias teorias sobre isso, e uma delas é a herança deixada para 
alguém depois da partida. Quem recebe um bem como herança, tem como missão 
dar continuidade sobre aquele patrimônio deixado pelo falecido. No que se refere ao 
direito civil, a sucessão de bens ocorre de maneira ajustável, pois ele tenta limitar a 
vontade do titular para o mesmo não deixe seus herdeiros sem a herança. 
 
O relacionamento humano é algo extremante complexo, não há como prevê uma 
atitude, cada um age da maneira que pensa ser o certo, mas nem sempre é, por isso 
o Estado regula essas atitudes para que não ocorra nenhuma injustiça. Um pai, por 
exemplo pode não querer deixar nada para os filhos ou esposa em seu testamento, 
deixando tudo para alguém que não faz parte da família. O Estado intervém para 
que isso não seja possível, limitando o querer do autor, falecido, em doações para 
terceiros em uma porcentagem limitada de seus bens. 
 
Com isso, o legislado procurou maneiras de não desamparar os membros da família 
do falecido, deixando para eles pelo menos o que seria justo, mesmo não sendo sua 
totalidade, mas o suficiente para que a família tenha condições de dar continuidade 
ao legado. Sendo este um princípio jurídico que apoia a família herdeira, no cuidado 
de não permitir que as adversidades e injustiças possam tirar o seu direito de 
herança. Por este motivo, o direito das sucessões tem por objetivo resguardar os 
princípios da dignidade e da isonomia entre os herdeiros legítimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BRASIL. Lei nº 10.406 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 05 jul. 
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GAMA, Guilherme Calmon de Nogueira. Direito civil: sucessões. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2007. 
 
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LISBOA. Roberto Senise. Manual de direito civil: direito de família e das sucessões. 
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NERY JR., Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil 
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SARTORI, Fernando. Direito de famílias e das sucessões. Temas atuais. A 
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Giselda Maria Fernandes Novaes; TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José 
Fernando (Coord.). São Paulo: Método, 2009. 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume único. 10. ed. Rio de Janeiro: 
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VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direito das Sucessões. 3. Ed. São Paulo: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm

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