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Geografia 2 2021 2 APX1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – 2021.2
DATA LIMITE DE ENTREGA – 09/10 ATÉ ÀS 12h 
Disciplina: Geografia na Educação 2
Coordenador: Lincoln Tavares Silva 
Aluno(a): NOTA 10
1ª Questão) - Leia a reportagem a seguir e relacione-a ao que se pede na questão (total - 4,0 ptos):
O flagelo do rio Paraná, que enfrenta sua pior seca em 70 anos
O segundo curso hídrico mais extenso da América do Sul padece diante de uma baixa histórica no nível da água. Em seu delta, no leste da Argentina, pântanos são ameaçados pela seca e pelos incêndios —muitas vezes propositais, feitos em meio a uma disputa por terra causada pela pecuária. Em 2020, mais de 300.000 hectares de pastagens e florestas foram queimados na área, devastando a fauna e a flora nativas. Em 2021, com as águas em nível mais baixo nos últimos 77 anos, o risco ao ecossistema é ainda maior; um bioma fundamental e que tem papel enquanto reserva de água doce e também para filtrá-la e evitar inundações. 
Em reportagem fotográfica, feita entre 2018 e 2021, o EL PAÍS percorreu o trecho final do Paraná para mostrar as consequências desse desastre natural —e quais os efeitos causados nas comunidades que dependem dos pântanos para sobreviver.
Como a devastação no Cerrado afeta a quantidade de água que corre na sua torneira
ANA CAROLINA CRISOSTOMO
16 JUL 2021 - 14:57 BRT
Bioma, que concentra 5% da biodiversidade do planeta e funciona como uma enorme caixa d’água que irriga quase metade do Brasil, agora sofre com um ritmo de desmatamento avassalador.
Pouca gente sabe, mas a soja, em termos de área ocupada, responde por 80% da agricultura do Cerrado. Aproximadamente 50% da produção desse grão está concentrada no bioma. Ou seja: são mais de 18 milhões de hectares ocupados com uma única espécie nessa savana, que é a mais biodiversa do mundo.
Aproximadamente 5% da biodiversidade do planeta estão concentrados no bioma, com uma alta taxa de endemismo, de cerca de 40%. Não precisa ser especialista em conservação para perceber que a expansão de uma única cultura sobre o Cerrado coloca essa riqueza natural em risco. O que talvez nem todos tenham percebido é que uma riqueza subterrânea também está ameaçada pelo avanço do agronegócio desordenado.
O Cerrado, que se estende por 2 milhões de quilômetros quadrados no Brasil, Paraguai e Bolívia, é uma região com alta concentração de águas, com nascentes, rios e reservas subterrâneas. Por isso, funciona como uma enorme caixa d’água, que irriga 40% do território nacional através de importantes bacias hidrográficas que, por sua vez, abastecem rios nas demais regiões do país. Sua topografia elevada facilita o escoamento dessas águas.
Para se ter uma ideia, essa região é o berço de nada menos do que oito das 12 principais bacias hidrográficas do país. São elas: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Oriental, Bacia do Parnaíba, São Francisco, Atlântico Leste, Paraná e Paraguai.
Apostar apenas no agronegócio de escala industrial como única opção econômica para a região transforma o perfil da paisagem, reduzindo nascentes, assoreando rios e comprometendo o meio ambiente. Resultado: perspectiva de crises hídricas cada vez mais sérias e intensas no nosso país. E o sinal amarelo já foi dado: hoje restam apenas 50% da vegetação nativa do bioma.
Vejamos o exemplo da pequena Cristalina, em Goiás, um dos berços do sistema que leva água para 60 milhões de brasileiros, pois é cortada por mais de 200 rios e riachos que desembocam no Rio Paranaíba que, por sua vez, ajuda a formar o Rio Paraná.
O Rio Paraná com seus afluentes forma uma enorme bacia de drenagem que abrange cinco estados do país (São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal), parte da região central da América do Sul, norte da Argentina e sudeste da Bolívia. Além disso, é o que possui maior capacidade de produção e demanda de energia do país.
O que se observa nos últimos anos é a redução da vazão de água nessa importante bacia ―parte por causa do período de estiagem, mas também por algo que pode ser evitado: o desmatamento. Cristalina e os municípios vizinhos, perto de Brasília, perderam, entre 1985 e 2019, 33% de sua extensão na microbacia Paranaíba 3, segundo o MapBiomas (que faz o mapeamento dos biomas). Em toda a bacia do Paraná foram dizimados 4,2 milhões de hectares de mata nativa no mesmo período.
Diante da grave crise hídrica que afeta o Brasil e pode comprometer o abastecimento tanto de energia elétrica, como de água potável, é urgente que o país olhe com mais atenção para o Cerrado. Afinal, à medida que a interferência de grandes empreendimentos de maneira desordenada avança sobre esse bioma, além do inestimável prejuízo com a perda de animais e plantas, vamos comprometendo toda bacia hidrográfica do Brasil e de regiões vizinhas do Paraguai e da Bolívia.
Como se não bastasse o prejuízo claro às nascentes e aos rios, o Cerrado sofre com os incêndios ―e sofre mais até do que a Amazônia, pois metade de sua vegetação nativa já foi destruída. Dados do WWF-Brasil revelam que, apenas em maio, o número de queimadas sem planejamento e de desmatamento na região ultrapassou todos os recordes dos últimos anos.
O ritmo de desmatamento é avassalador e cresceu 16,9% em junho deste ano e 6,3% no acumulado do primeiro semestre, em comparação com 2020. A área natural perdida em junho foi de 511 km2. Nos primeiros seis meses do ano, foram devastados 2.638 km2 de mata nativa―um aumento de mais de 20% com relação ao mesmo período do ano passado.
Se olharmos detidamente para a importância desse bioma, considerando seu valor além das bacias hidrográficas, percebemos que essa é a savana mais biodiversa do mundo. Além disso, a destruição da paisagem do Cerrado pode favorecer os focos de incêndio em reservas naturais como o Pantanal, por exemplo ―a maior planície alagada do mundo. Com o impacto no Cerrado, os níveis de água no Pantanal são afetados e deixam essa área mais vulnerável a pegar fogo. E o desmatamento avançando sobre uma área tipicamente seca traz ainda mais insegurança hídrica. Tudo porque as raízes profundas da vegetação desse bioma funcionam como captadoras da água da chuva e abastecem os reservatórios subterrâneos. Com o desmatamento, interrompemos esse ciclo.
No meio desse cenário tão desafiador de incêndios e exploração intensiva, iniciativas como o Projeto Ceres (iniciais de Cerrado Resiliente) surgem como um sopro de esperança. Ao unir recursos robustos da União Europeia (serão 5,5 milhões de euros) e de organizações não governamentais do Brasil e Paraguai, como ISPN, WWF-Brasil e WWF-Paraguai, com coordenação do WWF-Holanda, a iniciativa pretende atuar com os diversos atores, como pequenos e médios produtores, entre outros, para buscar soluções mais sustentáveis de produção e uso dos recursos naturais, além de valorizar sua sociobiodiversidade.
O projeto vai concentrar recursos humanos e financeiros para encontrar, testar e alavancar soluções entre modelos e escalas que possam ser replicados em outros territórios pelo mundo. Na prática, vai unir as populações locais, guardiãs de segredos da terra e do cultivo de riquezas naturais como o buriti, o mel do Cerrado, o babaçu e o baru, entre outras, para fortalecer a conservação desse bioma.
Como o Cerrado sul-americano tem extrema importância para o equilíbrio hídrico do continente e, consequentemente, do planeta, os investimentos da União Europeia nessa região estão em consonância com as três áreas que foram eleitas como prioridade para receber recursos nos próximos anos: alimentação, biodiversidade e clima.
Ao mesmo tempo que é tão importante, esse bioma também apresenta vários desafios do ponto de vista da conservação porque exige diferentes soluções para que seu desenvolvimento seja inclusivo, de baixo carbono e sustentável. O projeto vai interagircom as comunidades locais e pequenos proprietários rurais para incluir modelos de produção para itens que hoje têm pouca visibilidade, mas são riquezas de alto poder comercial e de preservação do bioma.
Segundo o Censo Agropecuário Brasileiro de 2006, pequenos proprietários rurais detêm 69% das propriedades no Cerrado brasileiro. Oficialmente, existem ainda 83 comunidades indígenas na região e 667 comunidades tradicionais. Mas levantamento feito por organizações da sociedade civil, como a Tô no Mapa, mostram que há 3,5 vezes mais povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares (PCTAFs) na região do que mostram os dados oficiais. A Tô no Mapa mapeou mais 1711 comunidades através de dados bibliográficos (65), parcerias (198) e oficinas (1448). Esses pequenos grupos são fundamentais para a segurança alimentar, pois respondem pela produção dos principais produtos alimentícios da dieta básica das pessoas, que vai além da proteína animal produzida pelas grandes monoculturas e pecuária.
O projeto não deixará de atuar nem mesmo com os produtores rurais da região que detém 70% da produção agrícola nacional e que respondem por 44% das exportações. Eles têm um papel estratégico como promotores da recuperação de áreas degradadas, para onde podem direcionar sua produção, assegurando que a expansão agropecuária se dê sem a conversão de novas áreas naturais do bioma.
Na prática, será um grande laboratório socioambiental, identificando e testando soluções com potencial de serem disseminadas para outras localidades. A proposta é deixar um legado permanente de valorização e respeito ao bioma e a seus produtos, fazendo com que o Brasil e o mundo conheçam e valorizem essa região que fornece água superficial, subterrânea e atmosférica para grande parte da América do Sul. É um projeto ambicioso, sem dúvida, e desafiador. Mas quando o tema é conservação, toda ação importa e faz a diferença.
Ana Carolina Crisostomo é analista de Conservação do WWF-Brasil e facilitadora regional do projeto Ceres, é especialista em conservação e desenvolvimento socioambiental.
Fonte: Disponível em: https://brasil.elpais.com/noticias/crisis-hidrica/; https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-07-16/como-a-devastacao-no-cerrado-afeta-a-quantidade-de-agua-que-corre-na-sua-torneira.html, acesso em 27 de agosto de 2021.
Após as leituras das reportagens e dos temas trabalhados nas aulas sobre o papel da conjunção sociedade-natureza na formação do território brasileiro, assim como da organização do espaço agrário e da questão agrária, do Brasil regional e do Brasil globalizado, aponte e relacione o que se pede nos itens a seguir:
1. Identifique o BIOMA tratado como central na reportagem e apresente duas características que o diferenciam dos demais biomas brasileiros (2 ptos). 
O Bioma central da reportagem é o Cerrado, com uma grande biodiversidade. Dentre suas várias características temos as bacias hidrográficas e a savana, com uma grande variedade de espécies de animais e sua vegetação. O Cerrado tem uma grande extensão por quilômetros quadrados, é uma região com uma alta concentração de águas, com nascentes, rios e reservas subterrâneas. Conhecido como uma enorme caixa d’água, que irriga 40% do território nacional através de importantes bacias hidrográficas, abastecendo rios nas demais regiões do país e com a sua topografia elevada facilita o escoamento dessas águas. Outra característica é a biodiversidade de animais e plantas em todo Cerrado. Esse Bioma tem grande importância, pois além das bacias hidrográficas em a savana, que é a mais biodiversa do mundo. 
1. Apresente dois trechos da reportagem que permitam exemplificar a importância da preservação do cerrado na promoção do equilíbrio socioambiental no Brasil e na América do Sul (1 pto).
” Diante da grave crise hídrica que afeta o Brasil e pode comprometer o abastecimento tanto de energia elétrica, como de água potável, é urgente que o país olhe com mais atenção para o Cerrado. Afinal, à medida que a interferência de grandes empreendimentos de maneira desordenada avança sobre esse bioma, além do inestimável prejuízo com a perda de animais e plantas, vamos comprometendo toda bacia hidrográfica do Brasil e de regiões vizinhas do Paraguai e da Bolívia.
Como se não bastasse o prejuízo claro às nascentes e aos rios, o Cerrado sofre com os incêndios ―e sofre mais até do que a Amazônia, pois metade de sua vegetação nativa já foi destruída. Dados do WWF-Brasil revelam que, apenas em maio, o número de queimadas sem planejamento e de desmatamento na região ultrapassou todos os recordes dos últimos anos.
Se olharmos detidamente para a importância desse bioma, considerando seu valor além das bacias hidrográficas, percebemos que essa é a savana mais biodiversa do mundo. Além disso, a destruição da paisagem do Cerrado pode favorecer os focos de incêndio em reservas naturais como o Pantanal, por exemplo ―a maior planície alagada do mundo. Com o impacto no Cerrado, os níveis de água no Pantanal são afetados e deixam essa área mais vulnerável a pegar fogo. E o desmatamento avançando sobre uma área tipicamente seca traz ainda mais insegurança hídrica. Tudo porque as raízes profundas da vegetação desse bioma funcionam como captadoras da água da chuva e abastecem os reservatórios subterrâneos. Com o desmatamento, interrompemos esse ciclo.”
1. Indique dois impactos, um de ordem social e outro de ordem econômica, decorrentes da devastação e degradação das áreas do cerrado, apontando suas causas (1 pto). 
A devastação e degradação nas áreas do Cerrado ultrapassou todos os recordes dos últimos anos, com as queimadas e o desmatamento. Nos últimos anos a redução da vazão de água nessa importante bacia e parte por causa do período de estiagem. O desmatamento tem sido avassalador e cresceu 16,9% em junho deste ano e 6,3% no acumulado do primeiro semestre, em comparação com 2020. A área natural perdida em junho foi de 511 km2. Nos primeiros seis meses do ano, foram devastados 2.638 km2 de mata nativa―um aumento de mais de 20% com relação ao mesmo período do ano passado. Em meio a tudo isso, iniciativas como o Projeto Ceres surgem como um sopro de esperança, ao unir recursos robustos da União Europeia e de organizações não governamentais do Brasil e Paraguai, como ISPN, WWF-Brasil e WWF-Paraguai, com coordenação do WWF-Holanda, a iniciativa pretende atuar com os diversos atores, como pequenos e médios produtores, entre outros, para buscar soluções mais sustentáveis de produção e uso dos recursos naturais, além de valorizar sua socio biodiversidade. Um projeto que vai concentrar recursos humanos e financeiros para encontrar, testar e alavancar soluções entre modelos e escalas que possam ser replicados em outros territórios pelo mundo. Como também vai unir as populações locais, guardiãs de segredos da terra e do cultivo de riquezas naturais como o buriti, o mel do Cerrado, o babaçu e o baru, entre outras, para fortalecer a conservação desse bioma. O Cerrado sul-americano tem extrema importância para o equilíbrio hídrico do continente do planeta e ao mesmo tempo que é tão importante, esse bioma também apresenta vários desafios do ponto de vista da conservação porque exige diferentes soluções para que seu desenvolvimento seja inclusivo, de baixo carbono e sustentável. O projeto vai interagir com as comunidades locais e pequenos proprietários rurais para incluir modelos de produção para itens que hoje têm pouca visibilidade, mas são riquezas de alto poder comercial e de preservação do bioma. Com isso, o desmatamento do Cerrado é principalmente causado pela expansão das atividades agrícolas e pela agropecuária, podendo acarretar graves desequilíbrios ambientais. As principais consequências do desmatamento do bioma Cerrado envolvem a extinção de algumas espécies de animais e vegetais, com a perda da biodiversidade, além do impacto gerado sobre o leito de muitos rios importantes para o país. Como também a degradação de outros domínios naturais que dependem do bioma do Cerrado, em especial o Pantanal.
2ª Questão) 
Sobrea questão social e econômica em nosso país, relacionada à produção de energia e às matrizes de sua extração, com base na leitura do material didático de nossas aulas e da reportagem contextualizada a seguir, apresente suas respostas ao que se pede (4,0 pontos).
Crise hídrica e fantasma do racionamento revelam o preço do negacionismo.
por RFI 1 DE SETEMBRO DE 2021 - 12:15
Mais preocupado com a reeleição, Bolsonaro hesitou até o limite para reconhecer a crise e incitar os brasileiros a economizarem energia. No momento em que o Brasil enfrenta altas consecutivas dos preços da energia elétrica e o risco de faltar luz nos próximos meses, especialistas no setor repetem: eu avisei. Há mais de 10 anos, o problema da dependência do país das hidrelétricas é conhecido, mas ignorado.
Pelo contrário, o descontrole do desmatamento acelera uma das consequências mais palpáveis das mudanças climáticas no Brasil, a redução do regime de chuvas – cruciais para a geração da energia. O clima está se tornando mais seco nas regiões que, até pouco tempo atrás, eram garantia de usinas rodando a pleno vapor, inclusive no Sudeste.
O professor de planejamento energético da UFRJ Roberto Schaeffer já alertava há muito tempo sobre os riscos. “Em 2007, a gente já falava: Brasil, cuidado. Essas novas hidrelétricas não vão gerar a energia que estão prometendo, porque elas estão baseadas em históricos de pluviosidade e de rios que os estudos que o Brasil tem feito, projetando o futuro, mostram que não irão se repetir.
Há uma tendência de a região Norte se tornar mais seca, do Norte e do Nordeste saírem de uma situação se semiárido para se tornar um deserto”, afirma Schaeffer, que é membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU). “A gente já chamava atenção para o fato de que as hidrelétricas, com o passar do tempo, se tornariam menos confiáveis e teríamos que preparar o sistema elétrico brasileiro para isso.”.
A seca histórica no país, a mais grave em pelo menos 91 anos, leva os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste a operarem com 23% da capacidade de armazenamento – o nível mais baixo em 20 anos, quando o país sofreu um grave racionamento de energia. As previsões não são nada animadoras – a estiagem deve fazer com que as hidrelétricas operem com apenas 10% da capacidade em novembro.
“Ficamos muito reféns do clima e com as mudanças climáticas, a imprevisibilidade é gigantesca – tanto que essa crise de agora também está ocorrendo não só no Brasil, como no Chile, na Califórnia”, comenta Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
“O que os estudos mais recentes mostram é que o que realmente custa dinheiro é não fazer nada. Faltar energia elétrica no Brasil neste ano custa mais do que qualquer plano possível de controle de desmatamento”, complementa Schaeffer.
Fonte: Adaptada de https://www.cartacapital.com.br/politica/crise-hidrica-e-fantasma-do-racionamento-revelam-o-preco-do-negacionismo/. Acesso em 03 de setembro de 2021.
AGORA RESPONDA:
1. Qual a matriz energética predominante em nosso país? Cite fatores geográficos que contribuíram para o estabelecimento deste padrão predominante de produção da matriz energética em nosso país? (1,0 pto) 
A matriz energética predominante em nosso país é a Energia hidráulica, que são aproveitadas pelas quedas-d’água dos rios para movimentarem uma turbina, que aciona o gerador responsável pela transformação de energia hidráulica em elétrica. A energia fornecida pelas hidrelétricas é mais barata que as fornecidas pelas termoelétricas, pois elas necessitam queimar combustíveis fósseis; constituem fontes renováveis e não poluem a atmosfera. Mais antes da escolha do local para a construção de uma usina, temos que avaliar a necessidade detalhadas sobre suas vantagens e desvantagens, para não apresentar dados ambientais e o benefício que trarão para a sociedade em relação ao custo ambiental e ao benefício que trarão para a população. As hidroelétricas necessitam de espaço e chuva e a sua construção precisa do encontro de rios e relevo, possibilitando a queda d’água, sendo assim, existe uma necessidade da construção de uma represa ou barragem para conter a água. 
1. Quais elementos retratados na reportagem demonstram a preocupação em relação ao escasseamento da fonte energética geradora da matriz explicitada na resposta anterior? (1,0 pto)
O descontrole do desmatamento acelera uma das consequências mais palpáveis das mudanças climáticas no Brasil, a redução do regime de chuvas – cruciais para a geração da energia. O clima está se tornando mais seco nas regiões que, até pouco tempo atrás, eram garantia de usinas rodando a pleno vapor, inclusive no Sudeste.
A seca histórica no país, a mais grave em pelo menos 91 anos, leva os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste a operarem com 23% da capacidade de armazenamento – o nível mais baixo em 20 anos, quando o país sofreu um grave racionamento de energia. As previsões não são nada animadoras – a estiagem deve fazer com que as hidrelétricas operem com apenas 10% da capacidade em novembro.
Ficamos muito reféns do clima e com as mudanças climáticas, a imprevisibilidade é gigantesca – tanto que essa crise de agora também está ocorrendo não só no Brasil, como no Chile, na Califórnia”, comenta Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
1. Na dificuldade de produção de energia, com base na escassez da matriz energética predominante em nosso país, aponte pelo menos duas alternativas que têm sido utilizadas pelo Estado, visando o atender ao abastecimento e quais implicações econômicas ou ambientais estas utilizações têm acarretado? (2,0 ptos)
A crise hídrica leva o governo brasileiro a acionar as usinas térmicas a carvão e a importar energia de países vizinhos, tornando o valor da tarifa de energia elétrica mais alto, o aumento chega três vezes superior ao aumento da inflação desde janeiro. Atualmente, um terço da energia consumida no país vem das termelétricas.
 Propor uma campanha para economizar energia elétrica seria a solução, diante de uma falta de planejamento para economia de luz, já vinha antes mesmo de o clima se degradar, ressalta Roberto Pereira d’Araújo, diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina), será inevitável os apagões nos próximos meses. 
“Se você pegar dados de 1950 e colocá-los no sistema atual, nós estaríamos na mesma situação. O que não ocorreu foi investimento. E não tendo investimento, o jeito é pedir para o consumidor consumir menos”, sublinha Araújo. “Se tivesse outras hidrelétricas captando energia de outros rios, que não estão sendo usados, não estaríamos com os reservatórios caindo”, diz o diretor do lumina.
3ª Questão) 
Com base nas leituras sobre o processo de industrialização no Brasil e nas reportagens a seguir, apresente suas respostas:
IEDI na Imprensa - Indústria brasileira vai de 9ª para 14ª no mundo e perderá mais posições - Publicado em: 19/09/2021
O Estado de São Paulo
No pós-pandemia, fábricas voltam a regiões desenvolvidas, e País perde ainda mais importância na cadeia de p produção global
Cristiane Barbieri
Nos últimos 15 anos, a indústria brasileira foi da 9.ª posição, entre as maiores do mundo, para a 14.ª No mesmo período, a participação do País na manufatura global caiu quase pela metade: de 2,2% para 1,3%, segundo o Estabelecimento de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). 
Entre outros problemas, duas crises fortes e sequenciais – a de 2015/2016 (do governo Dilma) e a de 2020 (da pandemia) –, ceifaram empregos, lançamentos, inovação e investimentos, que de tão pequenos foram incapazes de repor a depreciação das fábricas. Com menos força, o valor que adicionam à economia encolheu 1,5% ano após ano, entre 2005 e 2020.
Parte considerável dos países emergentes foi na direção oposta, como mostra o amplo estudo do IEDI. Agora, o pós-pandemia tende a agravar a situação, com as nações desenvolvidas trabalhando para levar a indústria de volta a seus territórios.
“Em poucos meses, a pandemiacriou um pandemônio em toda a cadeia global de produção, logística e comércio”, diz Glauco Arbix, coordenador da área de humanidades do Centro de Inteligência Artificial da USP. “As grandes economias perceberam a importância de ter fábricas perto do consumidor, para depender menos da logística globalizada.”
A resposta das grandes potências, diz Rafael Cagnin, economista do IEDI, foi rápida. A estruturação dos planos de Biden, nos EUA, o de recuperação da União Europeia e o quinquenal de crescimento da China, com ações práticas, detalhadas – e um volume gigantesco de dinheiro –, reforçou o dinamismo econômico do hemisfério Norte, que tende a ganhar musculatura e a dar um novo salto.
“Longe geograficamente desse eixo econômico dinâmico, todo o restante do mundo é coadjuvante, inclusive o Brasil e a América Latina”, diz Cagnin. “Nessa nova realidade, ser um mercado potencial não basta: é preciso concretizar e tornar realidade a promessa.” 
O fechamento de fábricas de multinacionais no País em plena pandemia é um dos sinais dessa mudança de eixo e dessa espécie de “cansaço” – e o reposicionamento das cadeias globais. Para ficar em alguns exemplos, encerraram linhas de montagem no Brasil Ford, Mercedes-Benz, LG e Sony.
“A pandemia só reforçou um movimento dos últimos dez anos, de recalibragem do processo tecnológico, que é a essência da indústria 4.0, com a modernização de todas as atividades econômicas”, diz Cagnin.
Com a mudança estrutural, dizem os especialistas, o risco é a manufatura brasileira passar de pequena para totalmente irrelevante. Ao se tornar ainda mais suscetível às instabilidades das commodities, o País tende a manter o crescimento pífio e a criar vagas mal remuneradas. “Não menos honrosos, os empregos de baixa qualificação têm salários condizentes com o que produzem”, diz Arbix. “Essa situação condena o Brasil a ser um País de renda média – e à profunda desigualdade.”
Básico
Apesar de parte dos fabricantes locais tentarem acompanhar a indústria 4.0, nem tudo depende da iniciativa privada. Como em várias outras frentes, faltam políticas de Estado que deem condições para a execução de estratégias. “Qual o sentido de colocar sensores, robôs e inteligência artificial na produção, se a internet ou a energia caem quando chove?”, afirma Cagnin. “Como é possível avançar em direção à sustentabilidade, se é preciso ligar um gerador movido a óleo com a ameaça de falta de energia?”
Na prática, além da falta de infraestrutura, a agenda do governo voltada à inovação, produtividade, competitividade e integração internacional também tem tido pouca efetividade. “A Câmara Indústria 4.0, por exemplo, não teve ações efetivas de impacto”, diz Cagnin. “O programa Brasil Mais, para melhorar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas, é tímido e não deslancha.”
O ambiente de negócios e a redução do custo Brasil continuam travados. Também não há uma estratégia clara e ordenada para a integração internacional. “Esses programas sempre têm muito marketing, mas poderiam oferecer alguma ajuda”, diz Arbix. “Mas com o governo em situação de paralisia e preocupado com a reeleição, o aparato público é desmobilizado e o setor empresarial, que cresceu sob as asas do Estado, mas tem muitos obstáculos, sofre.”
Se deixa de ajudar por um lado, o governo prejudica até mesmo em uma das áreas na qual o setor produtivo nacional se modernizou: o financiamento privado. Com a mudança de direcionamento dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que reduziu empréstimos a grandes grupos, as empresas tiveram de aprender a captar recursos no mercado.
“Foi um aprendizado, possível quando os juros entraram no lugar e o BNDES saiu: muitas empresas passaram a entender o mercado de dívidas, quem são os agentes, os procedimentos e critérios econômico-financeiros a serem considerados”, afirma Cagnin. “Não é algo que acontece da noite para o dia, principalmente quando a pandemia joga areia no processo.”
Após seis anos de ambiente adverso, quando as empresas começaram a avançar, a volatilidade causada pelos ruídos políticos e o maior risco fiscal, ameaça esse caminho. Um banqueiro de investimentos, que pede para não ser identificado, enxerga o próximo ano com empresas fazendo menos ofertas de ações e emitindo mais títulos de dívida, mas sem crescimento da demanda por recursos, por conta de uma alta do PIB quase nula. Além disso, com a Selic e os riscos mais altos, o dinheiro fica mais caro.
“É uma trajetória de fôlego curto porque o setor financeiro, para investir e liberar crédito, precisa ter garantia de retorno e previsibilidade – nada que esteja no radar”, diz Arbix. “O Brasil tem exceções, mas suas empresas têm pouco músculo e não conseguem quebrar esse ciclo perverso sozinhas, para a recuperação da confiança.”
EDI na Imprensa - A indústria brasileira perde espaço
Publicado em: 23/09/2021
O Estado de São Paulo
Indústria nacional parece mal conseguir enfrentar o presente e não demonstra estar preparada para os novos desafios
Editorial Econômico
A indústria de transformação vem perdendo espaço na economia brasileira, fenômeno observado em outros países, mas vem encolhendo também na comparação com a do resto do mundo, o que é um mau sinal no presente e um alerta para o futuro. Nos últimos anos, como mostrou reportagem do Estado (19/9), a indústria brasileira caiu da 9.ª posição entre as maiores do mundo para a 14.ª. No período, a participação do Brasil na manufatura global caiu de 2,2% para 1,3%, de acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).
O futuro parece pouco promissor. Mudanças que já ocorriam nas cadeias globais de produção, das quais o Brasil vinha se afastando, foram aceleradas na pandemia e países mais preparados conseguiram se reposicionar de maneira ainda mais competitiva no cenário mundial. A indústria brasileira parece mal conseguir enfrentar o presente e não demonstra estar preparada para os novos desafios.
Governos dos principais países deram resposta rápida aos novos problemas. Os planos do governo Biden nos Estados Unidos, os programas de recuperação da União Europeia e a revisão do plano quinquenal da China são citados pelo economista do Iedi Rafael Cagnin para mostrar a capacidade desses países de reagir a situações de emergência.
No Brasil, ao contrário, o encerramento de atividades de fábricas de empresas multinacionais instaladas há muito tempo no País mostrou que a disponibilidade de um mercado interno volumoso e com grande potencial não é mais o bastante para o desenvolvimento industrial. A reorganização das cadeias de produção visando à eficiência e à redução de custos, a velocidade da modernização dos processos produtivos, a integração entre diferentes setores ligados à produção, distribuição, marketing e comercialização, características da nova indústria mundial, parecem distantes do País.
As políticas públicas mostram-se incapazes de evitar a ampliação dessa distância. Não se trata mais, obviamente, de escolher segmentos a serem beneficiados, como se fez com frequência no passado. É preciso, porém, que o setor público tenha políticas que não prejudiquem o crescimento. De que adianta ter robôs, inteligência artificial e outros recursos se a internet não é confiável e veloz o suficiente e a energia cai? Outros exemplos poderiam ser lembrados.
Fonte: Adaptada de:
https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210919_industria_brasileira_vai_de_9a_para_14a_no_mundo_e_perdera_mais_posicoes.html; https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210923_a_industria_brasileira_perde_espaco.html. Acesso em 23 de setembro de 2021.
EM SUA RESPOSTA:
1. Explique em que bases se deu o avanço do processo de industrialização no Brasil no Século XX, indicando dois aspectos geográficos e sociais que permitiram ao país se estabelecer como uma das maiores nações industriais do mundo (1,0 pto). 
Com a entrada de grande número de imigrantes europeus no Brasil, teve um aumento do mercado consumidor interno e com isso, consegui gerarbases para o crescimento industrial, com a mão de obra para o trabalho nas fábricas e trabalhadores assalariados consumidores dos produtos industriais, com a concentração no Rio de Janeiro e São Paulo. O Brasil se transformou em país industrial, ocorrendo em dois períodos distintos: sendo, o surto industrial que acompanhou o crescimento da economia e a Revolução de 1930. Com isso o crescimento urbano proporcionou o sucesso da cafeicultura e pela industrialização crescente criando uma massa de famintos e miseráveis que não foi empregada pela indústria, aumentando a classe média nas cidades e promovendo o aprofundamento da desigualdade social. Com essas diferenças escravos, senhores e trabalhadores sem ocupação, amontoava-se em cortiços imundos, e a burguesia era instalada em palacetes, servidos com todo o conforto e melhoria nos serviços urbanos. 
Enquanto o espaço geográfico dos centros industriais se reorganizou no início do século, as indústrias procuravam concentrar seus operários bem próximos aos locais de trabalho, facilitando o deslocamento e controlando os trabalhadores. Com a concentração de trabalhadores e o posterior surgimento de outros mais afastados resultaram numa nítida Segregação Socioespacial, no qual é separação ou isolamento espacial das classes mais pobres que no geral, passaram a viver mais distante dos centros onde se localizam os principais serviços urbanos. 
1. Explique como nos primeiros 15 anos deste século (XXI) pode ocorrer uma desconcentração da indústria em nosso país. (1,0 pto) 
Dados fornecidos pela IEDI mostram que nos últimos 15 anos, a indústria brasileira foi da 9.ª posição, entre as maiores do mundo, para a 14.ª No mesmo período, a participação do País na manufatura global caiu quase pela metade: de 2,2% para 1,3%. Dentre tantos problemas, podemos relevar duas crises fortes e sequenciais – a de 2015/2016 (governo Dilma) e a de 2020 (pandemia), ceifaram empregos, lançamentos, inovação e investimentos, que de tão pequenos foram incapazes de repor a depreciação das fábricas. Com menos força, o valor que adicionam à economia encolheu 1,5% ano após ano, entre 2005 e 2020.Diante disso, ocorreu o fechamento de fábricas de multinacionais no País em plena pandemia, como as linhas de montagem da Ford, Mercedes-Benz, LG e Sony. Além disso, o governo prejudicou as áreas do setor produtivo nacional, como o financiamento privado e a mudança de direcionamento dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que reduziu empréstimos a grandes grupos e as empresas tiveram de aprender a captar recursos no mercado. “É uma trajetória de fôlego curto porque o setor financeiro, para investir e liberar crédito, precisa ter garantia de retorno e previsibilidade – nada que esteja no radar”, diz Arbix. O futuro é incerto e as mudanças que já ocorriam nas cadeias globais de produção, das quais o Brasil vinha se afastando, foram aceleradas na pandemia e países mais preparados e conseguiram se reposicionar de maneira ainda mais competitiva no cenário mundial, sendo que, a indústria brasileira parece não estar preparada para novos desafios. Governos dos principais países deram resposta rápida aos novos problemas. Os planos do governo Biden nos Estados Unidos, os programas de recuperação da União Europeia e a revisão do plano quinquenal da China são citados pelo economista do Iedi Rafael Cagnin para mostrar a capacidade desses países de reagir a situações de emergência. 
No Brasil, ao contrário, o encerramento de atividades de fábricas de empresas multinacionais instaladas há muito tempo no País mostrou que a disponibilidade de um mercado interno volumoso e com grande potencial não é mais o bastante para o desenvolvimento industrial. A reorganização das cadeias de produção visando à eficiência e à redução de custos, a velocidade da modernização dos processos produtivos, a integração entre diferentes setores ligados à produção, distribuição, marketing e comercialização, características da nova indústria mundial, parecem distantes do País.
Referência 
CRISOSTOMO, Ana Carolina. Como a devastação no Cerrado afeta a quantidade de água que corre na sua torneira. São Paulo: EL PAÍS, 2021. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/noticias/crisis-hidrica/;%20https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-07-16/como-a-devastacao-no-cerrado-afeta-a-quantidade-de-agua-que-corre-na-sua-torneira.html>. Acesso em: 06/10/2021. 
RFI. Crise hídrica e fantasma do racionamento revelam o preço do negacionismo. São Paulo: Carta Capital, 2021. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/politica/crise-hidrica-e-fantasma-do-racionamento-revelam-o-preco-do-negacionismo/>. Acesso em: 06/10/2021. 
BARBIERI, Cristiane. Indústria brasileira vai de 9° para 14° no mundo e perderá mais posições. São Paulo: IEDI, 2021. Disponível em: <https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210919_industria_brasileira_vai_de_9a_para_14a_no_mundo_e_perdera_mais_posicoes.html>. Acesso em: 06/10/2021.
ECONÔMICO, Editorial. A indústria brasileira perde espaço. São Paulo: IEDI, 2021. Disponível em: <https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210923_a_industria_brasileira_perde_espaco.html>. Acesso em: 06/10/2021.
de Brito Reis, Carla. Geografia na educação 2. v.1 / Carla de Brito Reis, Maria Jaqueline Elichier – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2014.

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