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ESTUDO DIRIGIDO CULTURA DO CAFE

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ESTUDO DIRIGIDO CULTURA DO CAFE
1-) Explique as diferenças das espécies Coffea arabica e Coffea canephora?
O Coffea arabica é uma espécie alotetraploide ou seja, possui 44 cromossomos e é autógama (< 5% de fecundação cruzada), em geral, suas mudas são formadas por meio de sementes, no entanto já existem pesquisas avançadas para viabilizar a utilização de estacas para sua reprodução.  Essa espécie possui menores teores de cafeína, assim como menores teores de sólidos solúveis e sua bebida, geralmente é mais aromática e ácida, porém menos encorpada quando comparada a espécie C. canephora. Além disso, essa espécie é unicaule, suas folhas são verdes mais escuro e menores, os frutos são maiores ovalados, com mais mucilagem e mais aderidos as plantas. A temperatura ideal para seu cultivo é em torno de 18 a 22°C.
O Coffea canephora é uma espécie diplóide, possuindo 22 cromossomos. Está espécie, ao contrário da arábica, é alógama (> 95% de fecundação cruzada) e suas mudas podem ser formadas por meio de clones ou sementes. Possui maiores teores de cafeína e sólidos solúveis, por isso é mais utilizada para produção de café solúvel. No entanto, menores teores de açúcar são observados nesta espécie. Além disso, ao contrário da C. arabica, essa espécie geralmente é multicaule, apresentam folhas de coloração verde mais claro e maiores. Seus frutos são menores, esféricos, com menos mucilagem e se apresentam menos aderidos à planta. As plantas de café canephora suportam maiores temperaturas, por isso, sua temperatura ideal é em torno de 23 a 26°C. Neste sentido, também são mais resistentes a pragas e doenças, sendo estas mais rústicas e produtivas em comparação ao arábica, entretanto, esta última possui valor de mercado mais alto que a primeira. 
2-) Explique as diferenças das espécies Coffea arabica e Coffea canephora? Detalhando a parte genética.
No caso do Coffea arábica são plantas autógama tem uma percentagem de auto fecundação muito alta, em torno de 98 % das flores quando se abrem já foram polinizadas. Já o canéforas possui auto incompatibilidade são plantas alogamas precisam de outros indivíduos para polinizar suas flores. Para exemplificar melhor a questão da auto incompatibilidade segue o exemplo: dentro do canéfora temos 3 grupos de compatibilidade as plantas do grupo 1 não poliniza ela mesma, ela não troca pólen ou mesmo que troquem ela não fertiliza com espécies do mesmo grupo, ela só troca pólen ou fertiliza com plantas do grupo 2 ou 3, por isso e muito importante para quem planta canéfora ter vários clones, para garantir plantas com grupos de compatibilidade diferente para haver a fecundação.
3) Por meio dos artigos a e b abaixo, realize um resumo de uma página e logo após responda a seguinte pergunta. Por que o autor no final do artigo fez esta pergunta? Por que temos que escolher se podemos ter todos? Como os fundamentos das informações repassadas por ele, é possível responde-la.
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, de acordo com a Organização Internacional do café (2018), no ano safra 2017-2018 o Brasil foi responsável por volta de 31,9% da produção mundial de café, estando a frente dos Países: Vietnã, Colômbia, Indonésia, Honduras, Etiópia, Índia, Uganda, Peru e México. Além disso, o País se destaca como maior exportador desse produto, resultando assim em grande importância para o país. De acordo com a CONAB (2019), a área total cultivada no país com café, considerando as espécies C. arabica e C. canephora, totaliza 2,16 milhões de hectares no ano de 2018. Em relação às espécies, a produção de café arábica, estimou-se produção entre 36,12 milhões e 38,16 milhões de sacas em 2018. Já o C. canephora apresentou produção estimada entre 14,36 milhões e 16,33 milhões no mesmo ano. Dessa forma, o café arábica apresentando maior produção e também maior área plantada no país. Historicamente, o café da espécie arábica sempre foi considerado mais nobre, puro e de qualidade. E, talvez o Brasil tenha sido um dos grandes embaixadores desse conceito. Os cafés canéfora sempre foram considerados como de segunda linha, que serviam para baratear blends (mistura) com arábicas de padrão baixo, ou para uso na indústria de solúveis. Realmente, as plantas da espécie canéfora são mais rústicas e produtivas e isto torna o custo de produção e comercialização competitivo para o uso industrial. Além disso, a constituição química de componentes como açucares, lipídeos, cafeína e tantos outros também são distintos entre as duas espécies. O fato de a espécie canéfora apresentar uma “vantagem” com relação à sua facilidade de cultivo, talvez tenha se tornado o seu "calcanhar de Aquiles" ao longo dos anos. Isso fez com que os produtores de canéfora se preocupassem mais com a fase pré-colheita do que com as demais. Este tipo de produtor passou a buscar cada vez mais a produtividade e menores custos de produção. Os produtores de arábica, por outro lado, começaram a se diversificar para a valorização da qualidade de bebida e busca por mercados mais exigentes e que poderiam pagar mais por esse tipo de grão. Esse processo evolutivo da cafeicultura no país, produtividade para o canéfora e qualidade para o arábica, fez com que passássemos a ser extremamente injustos com nossos conilons e robustas. ssim como os cafés da Região das Matas de Minas, os canéforas estão evoluindo a passos largos. Tanto que, em 2018, a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) convidou os produtores de conilon e robusta de todo o país a se associar. O Brasil é, antes de tudo, um produtor de CAFÉS. Isso significa que é uma nação plural, que tem capacidade de ofertar ao mercado volume e qualidade, em diferentes espécies. Poucos países têm essa capacidade e isso precisa ser abraçado pela cafeicultura, em âmbito nacional. O mal que aflige os produtores de cafés canéfora é a falta de investimento adequado em tecnologias para as etapas de colheita e pós-colheita, mas isto está mudando. Os cafés canéfora finos agora vêm de regiões que começam a ser reconhecidas como centros de origem de bebidas especiais da espécie como, por exemplo, as Matas de Rondônia para Robustas Amazônicos e os Conilons das montanhas capixabas ou planícies baianas. São cafés que vêm surpreendendo o Brasil e o mundo pela colheita de frutos maduros e secagem cuidadosa. Técnicas mais modernas de fermentação induzida ou positiva também são realizadas nesses cafés, que têm apresentado nuances de aromas e sabores, até então, inimagináveis para a espécie canéfora. Arábica ou canéfora, qual o melhor? A resposta para essa questão é: não existe pior ou melhor. As duas espécies têm características intrínsecas de aroma e sabor que podem ser valorizadas ou depreciadas de acordo com a forma que são manejadas.  O Brasil possui uma cafeicultura tão única, rica e diversa que só deveríamos nos prender a um rótulo, que já estampa as nossas sacarias: CAFÉS DO BRASIL.
4) Descreva as etapas do Preparo do solo na implantação de lavouras de café.
A implantação de uma lavoura de café é um período crucial devido ao cafeeiro ser uma cultura perene, e por isso permanecerá por muito tempo no campo, refletindo assim na longevidade e nos resultados de produtividade da lavoura. Em situações onde há dificuldade e/ou impedimento de expansão do sistema radicular, há prejuízos na absorção de água e nutrientes pelas plantas, acarretando assim em menor crescimento e produtividade da lavoura, visto que esses são fatores essenciais para um bom desenvolvimento do cafeeiro. Nesse sentido, um preparo de solo adequado proporciona melhores condições para o crescimento radicular, promovendo assim maior volume de solo explorado para absorção de água e nutrientes.
No preparo do solo, adotamos práticas como aração, gradagem e/ou subsolagem, a fim de melhorar as condições do solo para favorecer o crescimento e desenvolvimento das plantas.
A principal função dos arados é de propiciar ao solo melhores condições de aeração, infiltração, armazenamento de água. A aração do solo faz a inversão de camadas do solo, normalmente realizadana profundidade de 20 cm.
Quando se possui uma compactação em camadas abaixo de 20 cm, é recomendado a utilização do subsolador. A função do subsolador é romper camadas compactadas presentes principalmente nas camadas inferiores, trata-se de um implemento robusto que demanda grande força de tração. 
Após a aração ou subsolagem, práticas já comentadas, ocorre a formação de torrão no solo. Para o destorroamento e nivelamento desse solo, é utilizado a gradagem, e o perfil de solo revolvido é superficial, cerca de 10 a 15 cm. 
5) Descreva sobre Onde adubar o cafeeiro?
Resultados de estudo feito pela Procafé, comparando modos de adubação do cafeeiro mostraram que houve maior produtividade média, considerando 5 safras, quando se adubou na projeção da saia, dos dois lados da planta.
Quando nos referimos a adubação mecanizada, o adubo deve ser colocado na projeção da saia. E recomendado que a adubadora entre em todas as entrelinhas da lavoura e realize a adubação em ambos os lados da planta. Esse tipo de adubação proporcionou maior incremento na produtividade, se comparado aos outros modos de adubação. 
Nas adubações em lavouras manuais, quando possível, é recomendado que seja realizado em ambos os lados também, no entanto, em muitos casos onde as propriedades apresentam uma declividade muito acentuada, dificultando assim a realização da prática, e/ou não se possui mão de obra suficiente para a realização da adubação no período correto, pode ser realizada a adubação de um lado só do cafeeiro, sendo feito no lado de cima das plantas.
6) Sintetizar em poucas linhas os artigos.
a) Não deixe a broca do café “perfurar” seus lucros.
A broca do café Hypothenemus hampei é a segunda praga mais importante em cafeeiro Arábica no Brasil, pertencente a ordem Coleoptera, o adulto da broca do café é um besouro de coloração. O ciclo dessa espécie dura em torno de 17 a 46 dias de acordo com as condições climáticas, visto que em temperaturas mais altas acarreta em encurtamento do ciclo dessa praga. A fêmea fecundada perfura o fruto de café, faz uma galeria no seu interior e coloca seus ovos, de coloração branco leitosa. Após a eclosão dos ovos, que dão origem as larvas, elas se alimentam das sementes, causando danos as mesmas. Os danos causados pela incidência de broca no cafeeiro vão de queda prematura dos frutos, redução do peso do grãos de café dependendo da infestação e depreciação do tipo do café devido ao aumento de grãos brocados. Além disso, os orifícios nos grãos causados pelas larvas da broca podem servir como porta de entrada para patógenos, podendo assim ocorrer fermentações indesejáveis, que comprometem a qualidade de bebida. A broca do café sobrevive no campo de uma safra para outra nos frutos remanescentes da colheita estejam eles na planta ou no chão, por isso, uma colheita mal feita, lavouras abandonadas próximas e um período úmido na entressafra são condições que favorecem a sobrevivência dessa praga. que envolve a combinação de mais de um método visando o controle dessa praga.  Dentre os métodos de controle, podemos citar o controle cultural, o biológico e o químico. No controle cultural destaca-se uma colheita bem feita visando retirar os frutos remanescentes da planta ou do solo torna-se uma prática aliada para diminuir a fonte de alimento desses insetos. No controle biológico, utiliza-se o fungo Beauveria bassiana, que atuam colonizando a broca-do-café, acarretando em sua morte.Para o controle químico, podemos citar alguns ingredientes ativos presentes nos produtos: Ciantraniliprole, Clorpirifós, Clorantraniliprole, Abamectina e Espinosade. Devendo-se sempre ter o cuidado com as doses utilizadas, as misturas de ingredientes ativos, ou mesmo a não rotação deles, que podem causar desequilíbrio de outras pragas, devido a morte de inimigos naturais.
b) Manejo do Bicho mineiro (Leucoptera coffeella).
Bicho mineiro (Leucoptera coffeella) é uma pequena mariposa, de coloração branco prateada. Esse inseto apresenta metamorfose completa, ou seja, passa pelas fases, ovo, lagarta, crisálida e adulto. A fase que causa dano ao cafeeiro é a lagarta. Após a eclosão, as lagartas perfuram a cutícula e a epiderme superior da folha, penetrando diretamente no parênquima paliçádico onde permanecem se alimentando de células desse tecido. Quando desenvolvidas, as lagartas abandonam as galerias, tecem um fio de seda e se deslocam preferencialmente para as folhas do terço inferior das plantas. As crisálidas apresentam formato de X. Essa praga tem grande importância na cultura do café, pois provoca redução da área foliar e queda de folhas, com consequente diminuição da fotossíntese, resultando assim em queda na produção. Geralmente, em condições de ataque intenso, é observado maior desfolha no topo da planta. É importante estar atento ao controle preventivo dessa praga nas áreas com histórico da sua incidência, no período que antecede a estação seca do ano. Dentre os grupos químicos registrados para o controle dessa praga podemos citar piretroides, carbamato, diamida, espinosinas, neonicotinoide, organofosforato e fisiológicos.
7) Sintetizar em poucas linhas o artigo Você conhece esse sintoma? É o vírus da mancha anular (leprose).
O vírus da mancha anular, é transmitido pelo Ácaro da mancha anular ou Ácaro da leprose (Brevipalpusphoenicis), que manifestam os sintomas nas folhas, ramos e frutos do cafeeiro. Os sintomas nas folhas, são caracterizados por manchas cloróticas, geralmente em forma de anéis, abrangendo grande parte do limbo ou ao longo das nervuras. Nos frutos os sintomas são manchas amareladas em forma de anéis ou irregularidades deprimidas. Essa doença pode causar severa desfolha, reduzindo significativamente a fotossíntese das plantas, dessa forma, resultando em queda na produtividade do cafeeiro. Além disso, pode ocorrer queda acentuada de frutos, acarretando em aumento do café de varrição. Também é importante destacar, que os ferimentos causados pelo ácaro podem servir como porta de entrada de microrganismos que afetam a qualidade do café, como os fungos: Fusarium, Penicillium e Aspergillus. Por isso, é importante estar atento aos sintomas causados por essa doença, para que seja realizado o controle adequado do inseto vetor do vírus. Após detectada a incidência do vírus da mancha anular nas lavouras, recomenda-se o controle do ácaro, visto que, esse inseto é o vetor do vírus, e na sua ausência não há a transmissão da doença. O controle é feito através da utilização de acaricidas como: Hexythiazox, Spirodiclofen, Cyflumetofen, pertencente aos grupos químicos: Carboxamida, Ketoenoles e Benzoilacetonitrila, que são registrados para o ácaro da mancha anular na cultura do café. Podem ser utilizados outros acaricidas registrados para o controle desse inseto vetor, salientando a importância de se rotacionar o modo de ação dos inseticidas utilizados, com o intuito de evitar a ocorrência de resistência.
8) Sintetizar em poucas linhas os artigos Uso de maturadores na cultura do café e Retardadores de amadurecimento na cultura do café.
9) Assista o vídeo Dia de campo na TV – De forma sucinta particularizar sobre a tecnologias de produtos que fazem parte do sistema de produção de café conilon, garantindo a sustentabilidade da produção com a utilização das técnicas de boas práticas agrícolas recomendadas pela INCAPER e EMBRAPA Café.
Entre as tecnologias e produtos que fazem parte desse sistema de produção de café conilon estão: o aprimoramento da técnica de produção de variedades clonais e sementes, poda programada de ciclo e espaçamento, adestração adensamento, vergamento para adequação do manejo, adubação, plantio em linhas, técnicas de maniejo e conservação do solo, nutrição e adubação de plantas, adequação do manejo de pragas, doenças, plantas daninhas e irrigação. 
Em resumo a utilização de boas práticas agrícolas no processo de produção, colheita, processamento, secagem, beneficiamento e armazenamento do café além de aumentar a produtividade melhora a qualidade do produto e promove o desenvolvimento rural da regiãogarantindo a sustentabilidade da produção.

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