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SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA- MMSS

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1 Gabrielle Nunes 
SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA: MEMBROS SUPERIORES 
OMBRO 
ANAMNESE 
DOR 
A QUEIXA MAIS COMUM É A DOR: Nesse sentido, para melhor avaliação do paciente deve-se investigar: 
Início da dor: (01) Início e insidioso, lento e de evolução arrastada, como nas doenças inflamatórias e degenerativas; (02) Início repentino, 
em ombro anteriormente indolor, como nas lesões traumáticas, doenças inflamatórias aguda; (03) Agravamento de quadro doloroso crônico 
preexistente, como nas tendinites calcárias. 
Tipo da dor: pode ser “surda”, contínua ou não, com exacerbação noturna, como na lesão crônica do manguito rotador, ou aguda/latejante 
ou em “agulhada”, como nas tendinites agudas, calcária ou não, e na capsulite adesiva. 
Localização: localizada ou difusa, por alteração de estruturas locais do próprio ombro, irradiada de lesão distante na coluna cervical, no 
coração e nos grandes vasos, na cúpula frênica, no fígado ou na vesícula biliar. 
▪ A dor que se origina no ombro quase sempre se irradia para a face lateral do braço, ao nível da inserção do músculo deltoide, e 
também pode irradiar-se para o cotovelo e coluna cervical. 
▪ Quando o paciente refere que a dor se irradia até a mão, devemos considerar envolvimento da coluna cervical; 
Fatores associados: relação da dor com movimentos, com sono e com a posição do MMSS nas atividades diárias habituais; 
microtraumatismos de repetição e esforços intensos; 
▪ Fatores de melhora e piora: Dores noturnas (lesões crônicas no manguito rotador); com movimentos articulares específicos, como ocorre 
na síndrome do impacto; e com a temperatura, as aplicações de gelo local aliviam a dor nos processos inflamatórios agudos, enquanto 
as aplicações quentes pioram as dores nas inflamações agudas e as aliviam nas crônicas. 
INSTABILIDADES: SUBLUXAÇÕES E LUXAÇÕES ANTERIORES, POSTERIORES, INFERIORES E MULTIDIRECIONAIS 
Investigar: idade em que ocorreu o primeiro episódio; frequência; movimentos e outros fatores causadores das recidivas, além de sua 
interferência na vida do paciente; se as luxações são involuntárias e transientes, ou se são fugazes; 
Mecanismo causador: Violento, como na instabilidade traumática em articulação anatomicamente intacta, se houve microtraumas, nos 
excessos de uso, comuns nos esportistas ou em movimento banal por instabilidade não traumática, na qual estão presentes fatores 
anatômicos predisponentes como anomalias ligamentares, frouxidão capsuloligamentar somente do ombro ou generalizada); 
LESÕES 
Deve-se procurar relacioná-las com a dor, comum nas doenças inflamatórias, infecciosas e traumáticas, com a diminuição da força 
muscular, presente não só nas doenças neuromusculares, mas também nas hipotrofias musculares por desuso. Também associá-las com 
bloqueios do movimento de causa mecânica, como ocorre na capsulite adesiva, na luxação posterior inveterada, nas deformidades 
adquiridas e congênitas, ou como evolução de doença degenerativa, traumática ou infecciosa. 
Investigar: idade (pode orientar quanto aos diagnósticos prováveis); sexo (deve-se salientar a predominância de lesões traumáticas em 
indivíduos do sexo masculino com idade inferior a 50 anos e a maior incidência de tendinite calcária e capsulite adesiva nas mulheres após 
os 40 anos de idade); antecedentes (doenças reumáticas, hereditárias, infecciosas, metabólicas e neurológicas); 
EXAME FÍSICO 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
O PACIENTE DEVE SER EXAMINADO DESNUDO DA CINTURA PARA CIMA. DEVEM-SE OBSERVAR: 
- Avaliar a topografia dos músculos trapézio, deltoide, peitoral, bíceps; supraespinhal, infraespinal, rendodos: cicatrizes e atrofias; 
- Vestígios de lesão traumática: Edema e equimose; deformidades características como ombro em “cabide” ou em “dragona”, presentes 
na luxação anterior; o sinal da “tecla”, típico de luxação acromioclavicular; cicatrizes que podem indicar processo cirúrgico anterior; 
- Deformidades das colunas cervical e torácica com repercussão no formato, posição, simetria e mobilidade da escápula; 
- Alterações do relevo muscular: atrofias musculares (supra e infraespinal do deltoide ou redondo menor); hipotrofias musculares de desuso, 
comuns nas lesões maciças de longa evolução do manguito rotador. 
- Escápula alada que aparece nas lesões primárias do músculo serrátil anterior devido a lesões traumáticas ou inflamatórias do nervo 
torácico longo. 
 
2 Gabrielle Nunes 
-Miopatias com comprometimento de toda a cintura escapular, como na distrofia fascioescapuloumeral. 
- Posição anormal do membro superior livre em relação à escápula, como na paralisia obstétrica, em que há rotação interna e adução 
do braço. 
- Deformidade do ventre muscular do bíceps, o conhecido sinal de “Popeye”, sugestivo de ruptura da sua cabeça longa. 
LUXAÇÃO ANTERIOR ESCAPULA ALADA SINAL DE POPEYE 
 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
Avaliação da mobilidade do ombro através da amplitude dos movimentos. 
ABDUÇÃO ELEVAÇÃO ADUÇÃO 
Feita no plano coronal, que é determinado pelo 
eixo biacromial que divide o corpo, em sentido 
frontal, em uma metade ventral e outra dorsal e 
vai de 0º a 90º 
Feita no plano da escápula que está 
angulada anteriormente 45º em 
relação ao plano coronal e vai de 0º a 
180º 
Oposta à abdução, em direção à linha 
mediana do corpo, é realizada com o 
braço em flexão de 30º, para que ele 
possa passar anteriormente ao tórax, e vai 
de 0ª a 75ª 
 
 
 
FLEXÃO EXTENSÃO ROTAÇÃO EXTERNA 
Realizada anteriormente ao plano coronal, 
paralela ao plano sagital que divide o corpo em 
metades direita e esquerda e vai de 0ª a 180º 
Feita no plano da sagital, 
posteriormente ao plano coronal, e vai 
de 0ª a 60ª. 
Com o cotovelo em 90ª de flexão e vai de 
0ª até 75-90ª, dependendo da 
elasticidade capsuloligamentar do 
paciente. 
 
 
 
ROTAÇÃO INTERNA / MEDIAL ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA COM O COTOVELO 
EM 90ª DE FLEXÃO 
FLEXÃO E EXTENSÃO HORIZONTAL 
Avaliada pela capacidade de apoiar o dorso da 
mão às costas, cuja amplitude é classificada 
desde a possibilidade de somente conseguir 
apontar com o polegar o grande trocanter 
ipsilateral ou, progressivamente, a nádega 
ipsilateral, a região sacral e os vários níveis da 
coluna dorsolombar, de L5 a T7 
INTERNA: Rodando o antebraço para 
baixo, a partir do plano transversal, vai 
de 0º a 90º. 
EXTERNA: Rodando o antebraço para 
cima, a partir do plano transversal, vai 
de 0º a 90º 
Flexão: feita para a frente, com o 
cotovelo em extensão, em direção à linha 
média do corpo, e vai de 0º a 135º. 
Extensão: na mesma posição anterior, 
feita para trás, e vai de 0º a 40º 
 
3 Gabrielle Nunes 
 
 
Em todos os movimentos, o lado afetado deve ser comparado com o lado oposto, pois, sendo a flexibilidade capsuloligamentar normal 
variável de pessoa para pessoa, as amplitudes de movimento máximas normais terão valores angulares também variáveis. 
PALPAÇÃO 
Deve incluir o relevo osteoarticular, proeminências osseas, os ventres musculares e os tendões e suas inserções: 
▪ Escápulas: palpação das suas bordas. 
▪ Articulação esternoclavicular – verifica-se se há dor, edema e mobilidade anormal. 
▪ Clavícula – verifica-se se há deformidade palpável, dor, edema e crepitação, sinais de traumatismo recente. 
▪ Articulação acromioclavicular: verifica-se se há dor, edema, crepitação e mobilidade anormal, esta última pelo “sinal da tecla [Quando 
a extremidade lateral da clavícula, luxada, após ter sido reduzida por compressão digital, retorna à posição anterior de luxação, como 
se fosse tecla de piano]. 
 
▪ Região supraespinhal, infraespinhal e deltoidea: Avaliar se mantém a consistência elástica ou apresenta espessamentos endurecidos; 
sob a camada muscular procura-se palpar a bolsa serosa subdeltóidea que pode estar aumentada de volume e dolorosa (bursites 
traumáticas e não traumáticas) 
 O tubérculo maior do úmero e os tendões dos músculos supra e infraespinhal e redondo menor nele inseridos, estão dolorosos nas 
tendinitescalcárias ou não, e nas rupturas do manguito rotador, 
 O tubérculo menor onde se insere o subescapular e o sulco intertubercular do úmero, onde se aloja o tendão da cabeça longa do 
músculo bíceps que está doloroso nas tendinites agudas e crônicas. 
FORÇA MUSCULAR E EXAME FÍSICO FUNCIONAL 
 
Os objetivos da aplicação dos testes de força 
para os ombros são o diagnóstico de lesões do 
manguito rotador, alterações neurológicas, 
retorno aos esportes após lesão, avaliar risco de 
lesão e reabilitação pós-operatória. 
O paciente deve ser posicionado 
adequadamente para a avaliação da força, 
conforme o movimento pesquisado (sentado 
ou em decúbito lateral). Para avaliação da 
força de rotação lateral ou medial, uma das 
maneiras é com o paciente em decúbito 
dorsal, ombro abduzido em 45º no plano 
escapular, cotovelo em 90º e rotação neutra, 
se faz apoio na articulação radioulnar, na face 
volar ou dorsal, dependendo qual irá avaliar. 
Para avaliar a elevação, o paciente fica 
sentado, com o ombro também a 45ª de 
abdução no plano escapular, fazendo o apoio 
na face dorsal do punho. 
 
 
 
 
 
 
4 Gabrielle Nunes 
TESTES ESPECIAIS 
TESTES RELACIONADOS COM SÍNDROME DO IMPACTO E AVALIAÇÃO DO MANGUITO ROTADOR: 
TESTE DO IMPACTO 
DE NEER 
O MMSS, em extensão e rotação neutra, é elevado passiva e 
rapidamente no plano da escápula, pelo examinador; nessa 
situação, o tubérculo maior do úmero (TM) projeta-se contra a 
face anteroinferior do acrômio e reproduz o impacto, com a dor 
característica provocada pela compressão da bursa e do tendão 
supraespinhal. 
Teste positivo: o paciente refere dor ao movimento. 
 
TESTE DO IMPACTO 
DE HAWKINS-
KENNEDY 
O MS é colocado em 90º de elevação, em rotação neutra e com 
o cotovelo fletido em 90º, e passivamente rodado rapidamente 
para dentro, pelo examinador; nessa posição, o TM é projetado 
contra o ligamento coracoacromial e o tubérculo menor se 
aproxima da ponta do processo coracoide, podendo também 
reproduzir o discutido “impacto coracoide” (impacto 
anterointerno de Gerber). 
Teste positivo: o paciente refere dor ao movimento. 
 
TESTE DE IMPACTO 
DE YOKUM 
O paciente coloca a mão sobre o ombro oposto, como no teste 
funcional “mão no ombro oposto”, e procura fletir o braço 
elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo escapular; 
nesse movimento, o TM se desloca não só sob o ligamento 
coracoacromial, mas também sob a articulação 
acromioclavicular que, se for saliente pela possível presença de 
osteófitos, agravará a queixa dolorosa. 
Esse teste poderá, à semelhança do teste de flexão horizontal 
(cross-arm test), acusar lesão da articulação acromioclavicular. 
 
TESTES MUSCULARES 
TESTE DO SUPRA 
ESPINHAL 
Descrição do teste: elevação ativa do MS no plano da escápula, em extensão e rotação neutra, contra a resistência 
oposta pelo examinador. 
Achados: A resposta poderá ser apenas dor na face anterolateral do ombro acompanhada ou não de diminuição da 
força ou mesmo da incapacidade de elevar ativamente (pseudoparalisia) o MS, que indica desde tendinites, até 
rupturas parciais ou completas do tendão. 
TESTE DE JOBE É semelhante ao teste do SE, mas é feito com o MS em rotação 
interna, posição que sensibiliza a tensão exercida no tendão do SE; 
as respostas são semelhantes às do teste anterior. Sensibilidade: 
44,1%; especificidade: 89,5% 
 
TESTE DO 
INFRAESPINHAL 
É feito com o MS ao lado do tórax e o cotovelo em 90º de flexão, 
pedindo-se para o paciente fazer ativamente a rotação externa 
do braço contra a resistência oposta pelo examinador e as 
respostas são avaliadas como nos testes anteriores 
 
 
5 Gabrielle Nunes 
TESTE DE GERBER 
TESTE DO 
SUBESCAPULAR 
Descrição do teste: O examinador instrui ao paciente que realiza 
uma adução e rotação interna do membro superior a ser avaliado 
e pede ao paciente que coloque o dorso da mão na altura da 
região lombar. E pede para que o paciente afaste o dorso da mão 
da lombar. 
Achados: O paciente apresentará dificuldade para rodar 
internamente o braço e não conseguirá afastar o dorso da mão 
da região lombar caso esteja com inflamação ou ruptura do 
músculo subescapular. 
 
TESTE DE SPEED 
PALM UP TESTE 
Teste para ativação do cabo longo do bíceps 
Realizar a flexão ativa do MS, em extensão e em rotação externa, 
contra a resistência oposta pelo examinador; o paciente acusa 
dor ao nível do sulco intertubercular com ou sem impotência 
funcional associada. Sensibilidade: 14%; especificidade: 90%. 
 
TESTE DE PATTE Avalia o tendão infraespinhal 
Posição do paciente: feito com o membro superior posicionado em 
abdução de 90 graus e com o cotovelo em 90 graus de flexão, o 
paciente deve forçar a rotação externa contra a resistência 
oposta pelo examina. 
Teste positivo: dor ou paresia ao movimento; 
 
LINK: https://youtu.be/u1ByKGEmbXY 
PATOLOGIAS FREQUENTES 
SÍNDROME DO IMPACTO 
Ela surge de alterações no osso chamado acrômio, considerado o "teto" do ombro, que fica logo acima dos tendões e da bursa (tecido 
que reveste os tendões). Alguns indivíduos podem desenvolver um "esporão" no acrômio ou possuir esse osso em forma curva ou em 
gancho e, durante alguns movimentos, pode ocorrer um atrito nos tendões e na bursa. 
A síndrome do impacto pode se manifestar através de: 
▪ BURSITE: é a inflamação da bursa, que é uma bolsa serosa que tem a função de facilitar o deslizamento dos tendões do ombro; 
 
▪ TENDINITE OU TENDINOPATIA: é a inflamação do tendão. No ombro, os tendões mais comumente inflamados são os tendões do 
manguito rotador (supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor) e o tendão da cabeça longa do bíceps. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/u1ByKGEmbXY
 
6 Gabrielle Nunes 
COTOVELO 
ANAMNESE 
DOR 
As características da dor relacionadas ao cotovelo variam de acordo com sua causa: 
▪ Alterações no compartimento lateral: dor na face lateral do coto velo que pode irradiar para o braço e o antebraço; essa dor 
pode ser superficial ou profunda; 
▪ Dor difusa ou periarticular é frequentemente causada por doença articular, tal como artrite reumatoide; 
▪ Dor lancinante acompanhada de parestesia na borda ulnar da mão e dedos: neuropatia do ulnar. 
PRINCIPAIS PATOLOGIAS 
EPICONDILITE LATERAL ou TENDINITE DO TENISTA 
Principal causa de dor na região do cotovelo e caracteriza-se por ser uma dor localizada na região do epicôndilo lateral (face lateral do 
cotovelo), onde se localizam 6 tendões, os quais exercem ações de supinação do antebraço e extensão do punho e dedos, 
principalmente. 
A FLEXÃO E A EXTENSÃO FORÇADAS REPETIDAS DO PUNHO SOBRECARREGAM A INSERÇÃO DO TENDÃO COMUM DOS MÚSCULOS 
EXTENSORES, CAUSANDO INFLAMAÇÃO DO PERIÓSTEO DO EPICÔNDILO LATERA. 
Causas: movimentos vigorosos que necessitam de impulso, vigorosas extensões do cotovelo ou supinações do antebraço; algumas 
ocupações, como trabalhar em carpintaria, laborar com máquinas e exercer excesso de digitação; 
Quando há lesão, a mesma provavelmente resulta da aplicação de tração contínua por repetição, resultando em micro-rupturas dessas 
estruturas anatômicas, seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação e falha no processo de reparo, traduzindo, portanto, 
mais degeneração do que inflamação. 
Sintomas: dor ou sensibilidade sobre o epicôndilo lateral, que se irradiam ao longo dos músculos extensores, podendo ser insidiosa ou 
repentina, na dependência do estímulo causal; dor que se agrava por pequenos movimentos do cotovelo, podendo incomodar e 
prejudicar a realização de atividades comuns, tais como escovar os dentes, abrir uma porta, escrever ou levantar um copo cheio. 
EPICONDILITE MEDIAL 
 
BURSITE OLECRANEANA 
 
 A articulação do cotovelo consiste no osso do braço (úmero) e um dos ossos do 
antebraço (ulna). As saliências ósseas encontradas na parte inferior do úmero são 
chamadas de epicôndilos. A borda do lado de fora do cotovelo échamada de 
epicôndilo lateral e a interna de epicôndilo medial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Gabrielle Nunes 
EXAME FÍSICO DO COTOVELO 
INSPEÇÃO 
O examinador poderá obter informações valiosas por meio da inspeção do coto velo. Sendo uma articulação subcutânea, as alterações 
esqueléticas, o aumento de volume, a atrofia muscular e as cicatrizes são facilmente observados. 
LATERAL 
ACHADO POSSÍVEL DIAGNÓSTICO 
Aumento de volume da articulação e atrofia muscular Artrite séptica ou reumatoide 
Preenchimento do recesso infracondilar, localizado logo abaixo 
do côndilo lateral do úmero 
Derrame articular, proliferação sinovial ou doença na cabeça do 
rádio 
ANTERIOR 
Avaliação do ângulo de carregamento (comparação entre os dois braços): antebraço em supinação e o cotovelo em extensão. O ângulo 
formado entre o úmero e o antebraço é então determinado. É um ângulo variável, sendo em média 10º nos homens e nas mulheres de 13º. 
ACHADO POSSÍVEL DIAGNÓSTICO 
Alteração do ângulo de carregamento: 
- Diminuição do ângulo de carregamento determina o “cúbito 
varo”, deformidade mais frequente. 
- Aumento no ângulo de carregamento determina o “cúbito 
valgo” (Figura 
Sequela de traumatismo ou alteração da placa de crescimento 
 
 
POSTERIOR 
ACHADO POSSÍVEL DIAGNÓSTICO 
Proeminência da ponta do olécrano Luxação do cotovelo, perda de massa óssea na articulação umeroulnar ou, ainda, 
Artropatia de Charcot. (Imagem A, acima) 
Nódulos reumatoides na borda 
subcutânea da ulna 
Quadros reumatológicos (imagem B, acima) 
MEDIAL 
A inspeção do lado medial em geral oferece poucas informações. O epicôndilo medial é visível, a não ser em pacientes obesos. O nervo 
ulnar somente pode ser visto quando estiver muito espessado (hanseníase) ou quando se desloca para a frente (subluxação) durante a 
flexoextensão. 
PALPAÇÃO 
A palpação do cotovelo inicia-se pela localização dos epicôndilos lateral e medial, assim como pela ponta do olécrano. 
PALPAÇÃO LATERAL: 
Palpam-se o epicôndilo lateral, a origem da musculatura extensora do punho, o complexo ligamentar lateral e a cabeça do rádio. 
 
8 Gabrielle Nunes 
• Dor localizada no epicôndilo lateral e na origem da musculatura extensora do punho está relacionada, mais frequentemente, à 
epicondilite lateral ou à síndrome do túnel radial; 
Palpação da cabeça do rádio: é palpável em uma depressão 
logo abaixo da musculatura extensora do punho. Deve ser feita 
durante a pronossupinação em graus variáveis de flexoextensão, 
avaliando-se sua integridade e contorno. 
• Dor à palpação da cabeça do rádio pode significar 
sinovite ou osteoartrite. Sua proeminência pode ser consequente 
à luxação de origem traumática ou congênita. 
Derrame articular: é identificável por meio da palpação do 
recesso posterior, localizado entre a cabeça do rádio e a borda 
lateral do olécrano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO ANTERIOR: 
Palpação da fossa cubital: Na fossa cubital, limitada pelos músculos braquial 
e pronador redondo, existem quatro estruturas, que de lateral para medial 
são: nervo cutâneo lateral do ante braço, tendão do bíceps, artéria braquial 
e nervo mediano. 
• Nervo cutâneo lateral: não é palpável e confere sensibilidade à 
porção lateral do antebraço. 
• Tendão do bíceps: facilmente palpável pedindo-se ao paciente 
que realize a flexão do cotovelo contra a resistência, com o antebraço em 
supinação. 
• Pulso braquial: é palpável medialmente ao tendão do bíceps. O 
nervo mediano localiza-se medialmente à artéria braquial, sendo esse local 
um dos pontos de sua compressão 
 
PALPAÇÃO POSTERIOR 
A bursa olecraneana encontra-se sobre a aponeurose do músculo 
tríceps e estará espessa e dolorosa à palpação quando houver 
processo inflamatório local. 
Achados: esporão ósseo; contornos do olécrano; articulação 
umeroulnar; 
Palpação do olécrano: flexão do cotovelo permite palpar o 
olécrano com seu contorno cônico e de ápice relativa mente 
agudo. 
 
 
9 Gabrielle Nunes 
PALPAÇÃO MEDIAL 
Palpação do nervo ulnar: situa-se em um sulco formado entre o epicôndilo medial e o processo olecraneano. O nervo é suave, flexível e 
cilíndrico à palpação. Durante a palpação, devemos observar se é possível deslocar o nervo de seu sulco. O sulco do nervo ulnar é útil na 
identificação de compressão, que pode ocorrer em consequência de proliferação de tecido cicatricial decorrente de traumatismo, artrose 
ou proliferação sinovial como na artrite reumatoide. 
• Clínica da compressão do nervo ulnar: alteração da sensibilidade nos dedos mínimo e anular, seguida da hipotrofia dos músculos 
intrínsecos da mão. 
• Nervo ulnar espessado faz pensar na possibilidade de hanseníase 
 
Palpação dos músculos flexores do antebraço: quatro músculos que são de lateral para medial, o pronador redondo, o flexor radial do carpo, 
o palmar longo e o flexor ulnar do carpo. Devem ser palpados para a verificação de sua continuidade e presença de dor. A dor existirá 
quando houver processo inflamatório local, que pode ocorrer nos jogadores de golfe, em tenistas, digitadores e em outras atividades que 
exijam esforço em flexão. 
AMPLITUDE DE MOVIMENTO 
O cotovelo apresenta quatro tipos de movimentos, que são: flexão, extensão, pronação e supinação. A flexoextensão ocorre nas 
articulações umeroulnar e umerorradial, e a pronossupinação, nas articulações radioulnar proximal e distal. 
FLEXÃO: Partindo-se da posição de máxima extensão, o paciente é instruído a realizar a flexão máxima. O movimento deverá ser 
acompanhado por um dos braços do goniômetro determinando-se o grau do movimento. A amplitude normal da flexão é em média de 
140º (com variação normal de ± 5º). 
EXTENSÃO: O paciente deverá ser orientado a realizar o máximo de extensão possível, partindo da flexão máxima possível, acompanhando-
se o antebraço com um dos braços do goniômetro. A amplitude normal da extensão é em média de 0º (com variação normal de ± 5º). 
• É o movimento mais comumente acometido e último a ser recuperado; 
PRONAÇÃO: O cotovelo deverá ser colocado em 90º de flexão, junto ao tórax, com o antebraço em rotação neutra e o polegar apontado 
para cima. O goniômetro é colocado no plano coronal. O paciente será orientado a realizar a rotação medial do polegar e o braço do 
goniômetro deverá acompanhar seu movimento. A amplitude normal da pronação é em média 75º. 
SUPINAÇÃO: cotovelo deverá ser colocado em 90º de flexão, junto ao tórax, com o antebraço em rotação neutra e o polegar apontado 
para cima. O goniômetro é colocado no plano coronal. O paciente será orientado a realizar a rotação lateral do polegar e o braço do 
goniômetro deverá acompanhar seu movi mento. A amplitude normal da supinação é em média de 80º. 
 
 
 
 
 
 
10 Gabrielle Nunes 
 
 
TESTES ESPECÍFICOS 
TESTE DE COZEN Teste específico para avaliação da epicondilite lateral. 
Posição do paciente: com o cotovelo em 90º de flexão e o 
antebraço em pronação, pede-se ao paciente que faça extensão 
ativa do punho contra a resistência que será imposta pelo 
examinador. 
O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo 
lateral, origem da musculatura extensora do punho e dos dedos. 
 
TESTE DE MILL Posição do paciente: Realizado com o cotovelo em 90º de flexão 
e o antebraço em pronação com a mão fechada, o punho em 
dorsiflexão e o cotovelo em extensão. O examinador então 
forçará o punho em flexão e o paciente é orientado para resistir 
ao movimento. 
A presença de dor no epicôndilo lateral será sugestiva de 
epicondilite lateral 
 
TESTE PARA 
EPICONDILITE 
MEDIAL 
O cotovelo é fletido, o antebraço mantido em supinação e o 
punho em extensão. Em seguida, o cotovelo será estendido 
vagarosamente e se o paciente apresentar dor no epicôndilo 
medial será sugestivo de epicondilite medial ou, ainda, ocorrer dor 
ao realizar a flexão do punho contra a resistência11 Gabrielle Nunes 
MÃO 
ANATOMIA 
A mão pode ser dividida em duas partes principais: o punho (visto no capítulo anterior) e os cinco dedos, que podem ser divididos em três 
grupos: 
1. Os dedos indicador e médio representam uma coluna central estável; 
2. Os dedos anular e mínimo são mediais e móveis; 
3. O polegar é lateral e extremamente móvel. A articulação da base do polegar é a de maior mobilidade da mão. Em formato de 
uma sela, a articulação trapézio-metacárpica permite flexão e extensão em dois planos. O formato em sela é bastante instável, e 
talvez seja a principal razão para a maior propensão de essa articulação desenvolver osteoartrose (rizartrose). 
O movimento do punho e dos dedos é executado pelos tendões flexores e extensores, que passam de suas origens no antebraço através 
das áreas palmar e dorsal do punho. Esses tendões, junto com as principais estruturas neurovasculares da mão, passam através de túneis ou 
compartimentos bem definidos. 
ANAMNESE 
 
PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES 
TENDINITE DE QUERVAIN 
 
DUPUYTREN 
 
DEDO EM GATILHO 
 
ARTRITE REUMATOIDE 
 
OSTEOARTRITE 
 
 
 
EXAME FÍSICO DA MÃO 
 
AMPLITUDE DOS MOVIMENTOS 
 
TESTES ESPECIAIS 
TESTE DE TINEL 
TESTE DE PHALEN 
 
12 Gabrielle Nunes 
TESTE DE ALLEN 
TESTE DE FINKELSTEIN

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