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DOI: 10.51161/editoraime/9786588884133 P ág in a1 3 1 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HANSENÍASE EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2018 A 2020 Karen Gisele da Costa Ferreira, Arlene da Costa Silva, Geovana Barros da Silva, Letícia Maria Paiva Cruz, Caroline Araújo Souza ________________________________ CAPULO 13 _______________________________ RESUMO Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a epidemiologia dos casos de hanseníase no município de Caxias-MA, no período de 2018 a 2020. Metodologia: É um estudo descritivo e documental de abordagem quantitativa, onde foi analisado 320 casos de hanseníase. O estudo foi realizado utilizando dados do Sistema de Informações e Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) analisando as variáveis: sexo, faixa etária, número de lesões, forma clínica, modo de entrada, controle operacional e esquema terapêutico. Resultados e Discussões: O coeficiente mais elevado foi registrado no ano de 2019 com 8,30/10000 habitantes, havendo prevalência do sexo masculino e da faixa etária de 50 a 59 anos nos números de casos. Em relação às demais variáveis, a classificação operacional mostra que a forma multibacilar apresentou coeficientes mais elevados com a forma dimorfa da doença sendo estes incidentes, ou seja, casos novos. Quanto ao número de lesões cutâneas os registros apresentam um maior índice em mais de cinco lesões e em 72,50% dos casos receberam o tratamento poliquimioterápico multibacilar (PTQ/ MB) de 12 doses. Conclusão: Este estudo possibilitou a análise dos aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de Caxias- MA, no período de 2018 a 2020, na qual se constatou que o ano de 2019 teve a maior prevalência de casos de hanseníase no período avaliado. Palavras-chave: Hanseníase; Aplicações da epidemiologia; Coeficiente de prevalência; Mycobacterium leprae; Prevenção de doenças. INTRODUÇÃO A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta, causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, transmitida por via respiratória por meio de ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 2 gotículas eliminadas no ar, pela tosse, fala ou espirro que se manifesta através de sinais e sintomas dermatológicos como lesões de pele e dos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés (PINHEIRO, 2014). O contágio se dá por meio de uma pessoa doente portadora do bacilo de Hansen sem tratamento que o elimina para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis. A hanseníase não é de transmissão hereditária e também não existem evidencias de transmissão em relações sexuais. Possui um período de incubação em média de 2 a 7 anos podendo ir de meses a mais de 10 anos de acordo com a intensidade da exposição e da resistência individual (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram que, em 2018, 208.619 novos casos da doença foram detectados globalmente, distribuídos em 161 países, com taxa de detecção de 2,74 casos por 100 mil habitantes e prevalência de 0,29 casos por 10 mil habitantes. Em comparação ao ano anterior, a taxa global de prevalência teve decréscimo de 4%, mas países das Américas, do Mediterrâneo e do Pacífico Ocidental apresentaram aumentos nas taxas, chegando a 0,58 caso por 10 mil habitantes (LOPES et al, 2021). De acordo com o último boletim epidemiológico sobre hanseníase, o Brasil diagnosticou 311.384 novos casos de hanseníase na última década. A taxa de prevalência caiu 26%, de 1,99/10 000 habitantes no ano de 2009 para 1,48/10 000 habitantes em 2018, mantendo o parâmetro “médio” nesse período. A taxa geral de detecção de novos casos caiu 30%, de 19,64 em 2009 para 13,70/100.000 (SILVA et al, 2021). Segundo Lopes et al (2021), em se tratando das unidades federativas endêmicas, destaca-se o Maranhão (MA), na Região Nordeste do Brasil, que apresentou, entre 2014 e 2018, taxa média de detecção de casos novos de 79,7 por 100 mil habitantes e prevalência média de 4,33 casos por 10 mil habitantes. Ferreira et al (2020), afirma que a Hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo Território Nacional e de investigação epidemiológica obrigatória. Após a sua confirmação o tratamento deve ser de imediato, incluindo a realização de procedimentos de prevenção e redução dos danos físicos. A hanseníase por ser uma doença endêmica que ainda representa um sério problema de saúde pública que possui relação com a condição socioeconômica de uma população, em que populações em situações de precariedade habitacional e baixos níveis ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 3 educacionais são as mais suscetíveis, surgiu necessidade desta investigação. Principalmente para subsidiar profissionais de saúde acerca dos aspectos epidemiológicos da doença para que estratégias de enfrentamento sejam planejadas. É importante ressaltar que essas ações estejam pautadas no nível educacional e na capacidade cognitiva da população. E as estratégias devem fortalecer a detecção precoce e exame de contatos para favorecer a quebra da cadeia de transmissão (SILVA et al, 2021). As ações de eliminação da hanseníase devem ser fortalecidas. Sabe-se que a melhor forma de controlar a doença é o diagnóstico precoce, que por sua vez requer um trabalho sistemático para orientar os sinais e sintomas da população. Estratégias de educação em saúde na sala de espera são importantes, pois podem promover a participação dos usuários no processo de discussão, diminuir a barreira de conhecimento da doença e facilitar a prevenção e o diagnóstico precoce (MOREIRA et al., 2014). Diante do exposto, percebe-se a necessidade de compreender e analisar os aspectos epidemiológicos dos casos notificados de hanseníase, para contribuir com ações de prevenção e controle da doença no município. Sendo assim este estudo tem o objetivo de analisar a epidemiologia dos casos de hanseníase no município de Caxias-MA, no período de 2018 a 2020. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo e documental de abordagem quantitativa onde foi analisado o aspecto epidemiológico da hanseníase notificado no município de Caxias- MA, incluindo todos os casos de hanseníase entre o período de 2018 a 2020, ao todo foram analisados 320 casos, segundo informações do DATASUS. Os critérios de inclusão foram todos os casos de hanseníase notificados no município, que constam no SINAN. Nos critérios de exclusão constam casos notificados fora do município e os que não se encontram no recorte temporal. O estudo foi realizado utilizando dados do Sistema de Informações e Agravos de Notificação (SINAN) que estão disponíveis no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram coletados dados referentes aos casos de Hanseníase no Estado do Maranhão, limitando as informações ao município de Caxias- MA, o período de coleta ocorreu em julho de 2021. ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 4 Os dados foram obtidos segundo as variáveis: sexo, faixa etária, número de lesões, forma clínica e modo de entrada, controle operacional e esquema terapêutico. Em seguida os dados foram organizados e tabulados utilizando o Microsoft Excel versão 2010 para Windows, os resultados foram obtidos por meio de frequência absoluta e relativa e apresentados em tabelas e gráficos. O presente estudo não envolve seres humanos, sendo utilizado somente dado de domínio público, portanto não se aplica as normas preconizadas pela Resolução Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 466/2012 e suas complementares. RESULTADOS O presente estudo avaliou 320 casos de hanseníase no período de 2018 a 2020 no município de Caxias- Maranhão. A prevalência de casos de hanseníase do último anoavaliado foi de 3,98/10.000 habitantes. Durante o período analisado, o coeficiente mais elevado foi registrado no ano de 2019 com 8,30/ 10.000 habitantes, conforme demonstrado na figura 1. ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 5 Com relação ao perfil dos pacientes foi identificado que há prevalência do sexo masculino onde apresenta 52%, um total de 185 casos. Houve também o predomínio de casos em pessoas da faixa etária dos 50 a 59 anos (17,82%), seguida por 16,88% da faixa etária de 30 a 39 anos. A menor taxa foi em crianças de 1 a 4 anos, seguida por crianças de 5 a 9 anos conforme mostra a tabela 1. Tabela 1. Distribuição dos casos de hanseníase segundo sexo e faixa etária no período de 2018 a 2020 no município de Caxias-MA. Variáveis 2018 2019 2020 TOTAL Sexo N % N % N % N % Masculino 65 20,31% 82 25,63% 38 11,88% 185 57,82% Feminino 52 16,25% 55 17,19% 28 8,75% 135 42,19% TOTAL 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100,00% Faixa etária 1 a 4 anos - - 1 0,31% - - 1 0,31% 5 a 9 anos 2 0,63% 1 0,31% 1 0,31% 4 1,25% 10 a 14 anos 2 0,63% 5 1,56% 3 0,94% 10 3,13% 15 a 19 anos 9 2,81% 6 1,88% 1 0,31% 16 5% 20 a 29 anos 18 5,63% 15 4,69% 5 1,56% 38 11,58% 30 a 39 anos 17 5,31% 22 6,88% 15 4,69% 54 16,88% 40 a 49 anos 9 2,81% 20 6,25% 8 2,50% 37 11,56% 50 a 59 anos 20 6,25% 27 8,44% 10 3,13% 57 17,82% 60 a 69 anos 17 5,31% 21 6,56% 11 3,44% 49 15,31% 70 a 79 anos 15 4,69% 13 4,06% 8 2,50% 36 11,25% 80 ou > 8 2,50% 6 1,88% 4 1,25% 18 5,63% TOTAL 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100% Legenda: N = número; % = percentual. Fonte: Ministério da Saúde; Sistema de Informação de Notificação de Agravos, 2021. Na tabela 2 a avaliação da classificação operacional mostra que a forma multibacilar com 192 (72,50%) casos, apresentou coeficientes mais elevados do que a ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 6 forma paucibacilar (25,5%) no período analisado, sendo a forma clínica da Hanseníase entre os pacientes do município, em maior percentual a forma dimorfa da doença com 140 casos (43,75%), seguida pela forma indeterminada que apresenta 18,13%, o menor percentual entre as formas clínicas foram as não classificadas, com 17 casos (5,31%), destes casos quase toda a totalidade (89,69%) são incidentes, ou seja, casos novos; e apenas 5 (1,56%) foram casos recidivos. Tabela 2. Prevalência de casos de hanseníase segundo a forma clínica e o modo de entrada no período de 2018 a 2020 no município de Caxias-MA. Variáveis 2018 2019 2020 Total Forma Clínica N % N % N % N % Indeterminada 20 6,25% 28 8,75% 10 3,13% 58 18,13% Tuberculóide 20 6,25% 22 6,88% 6 1,88% 48 15,00% Dimorfa 54 16,88% 54 16,88% 32 10,00% 140 43,75% Virchowiana 19 5,94% 26 8,13% 12 3,75% 57 17,81% Não classificada 4 1,25% 7 2,19% 6 1,88% 17 5,31% Total 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100% Modo de Entrada Caso novo 107 33,44% 124 38,75% 56 17,50% 287 89,69% Transferência do mesmo município 3 0,94% 1 0,31% 1 0,31% 5 1,56% Transferência de outro município 2 0,63% 2 0,63% - 0,00% 4 1,25% Transferência de outro estado - - 2 0,63% 1 0,31% 3 0,94% Recidiva 2 0,63% 2 0,63% 1 0,31% 5 1,56% Outros ingressos 3 0,94% 6 1,88% 7 2,19% 16 5,00% Total 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100,00% ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 7 Classe operacional do diagnostico Paucibacilar 37 11,56% 38 11,88% 13 4,06% 75 27,50% Multibacilar 80 25,00% 99 30,94% 53 16,56% 192 72,50% Total 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100,00% Legenda: N = número; % = percentual. Fonte: Ministério da Saúde; Sistema de Informação de Notificação de Agravos, 2021. Com relação ao número de lesões cutâneas em decorrência da hanseníase, os registros que apresentam um maior índice são os de mais de cinco lesões com 137 que corresponde a 42,81% dos casos. Com relação ao esquema terapêutico, 232 (72,50%) receberam tratamento poliquimioterápico multibacilar (PTQ/ MB) de 12 doses, como mostra a tabela 3. Tabela 3. Prevalência de casos de hanseníase segundo o número de lesões e o esquema terapêutico de tratamento no período de 2018 a 2020 no município de Caxias-MA. Variáveis 2018 2019 2020 Total Nº lesões N % N % N % N % Nenhuma 2 0,63% 12 3,75% 5 1,56% 19 5,94% Lesão única 31 9,69% 36 11,25% 10 3,13% 77 24,06% 2-5 lesões 32 10,00% 38 11,88% 17 5,31% 87 27,19% > 5 lesões 52 16,25% 51 15,94% 34 10,63% 137 42,81% Total 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100,00% Esquema Terapêutico Ign/branco - - - - 1 0,31% 1 0,31% ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 8 PQT/PB/6DOSE 36 11,25% 38 11,88% 13 4,06% 87 27,19% PQT/MB/12DOSE 81 25,31% 99 30,94% 52 16,25% 232 72,50% Total 117 36,56% 137 42,81% 66 20,63% 320 100,00% Legenda: N = número; % = percentual; > = maior que; PQT = Poliquimioterapia; PB = Paucibacilar; MB = Multibacilar. Fonte: Ministério da Saúde; Sistema de Informação de Notificação de Agravos, 2021. DISCUSSÃO Os resultados apontaram que o sexo masculino é o mais acometido pela doença, devido ao fato dos homens terem menos cuidado com o corpo, e por não dispor de tempo para procurar uma unidade de saúde, em comparação com o sexo feminino e também por terem um maior contato social com a sociedade (MELÃO, 2011). Sobre isso, Monteiro et al. (2017) discorre que o maior contato inter-humano entre homens, principalmente no ambiente de trabalho, e a maior exposição a locais de risco contribuem para a ascendência no surgimento de casos entre esse grupo. No que se refere a predominância da faixa etária de 50 a 59 anos, seguido pela de 30 a 39 anos, de acordo com Oliveira et al. (2014), devido ao fato de a hanseníase possuir um longo período de incubação, que geralmente varia de 2 a 7 anos, a doença é identificada mais comumente em indivíduos adultos, os quais acabam tendo sua capacidade de execução das atividades diárias prejudicada, por estarem dentro da população considerada economicamente ativa. Segundo Basso e Silva (2017), doenças que possuem um longo período de incubação, como a hanseníase, além da demora no diagnóstico e tratamento, são identificadas de acordo com o avanço da idade, por isso os indivíduos adultos são responsáveis pela maior prevalência. No Brasil as quatro formas de manifestação da hanseníase são: indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana. Os resultados encontrados corroboram com o estudo sobre a as características epidemiológicas da hanseníase no estado do Maranhão, entre 2001 a 2012, realizado por Barbosa, Almeida e Santos (2014), que também encontraram no estado a forma clínica predominante a dimorfa. ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 3 9 Os dados obtidos sobre o modo de entrada corroboram com os resultados dos estudos de Barbosa et al (2014), onde o maior número de pacientes foi classificado pelo modo de entrada como casos novos e que quando submetidos ao tratamento adequado evoluem para cura. Ainda sobre o modo de entrada, é possível destacar que o elevado número de casos novos detectados permite inferir um aumento da incidência da hanseníase na regiãodurante o período avaliado, evidenciando falhas nas ações de controle da doença por parte dos serviços de saúde e órgãos que atuam na vigilância da hanseníase. Por outro lado, pode se destacar, uma baixa ocorrência de casos de recidiva da doença, o que significa que a maior parte dos pacientes conseguiu responder bem à terapia instituída, eliminando o bacilo totalmente do organismo, tendo em vista que, de acordo com Bona et al. (2015), dentre os principais fatores relacionados à ocorrência de recidiva estão a persistência bacilar, a resistência medicamentosa e erros na classificação operacional. No que diz respeito à classificação operacional do diagnóstico é possível perceber que a forma dominante é a multibacilar, de acordo com Carvalho et al. (2013) os casos de multibacilar são mais frequentes do que a paucibacilar por ser considerada a principal fonte de transmissão da doença, por apresentar uma carga bacilar elevada presente na derme e mucosas, que podem ser eliminados os bacilos para o meio externo. Sendo assim é possível perceber que uma taxa tão alta de multibacilares pode ser indicativo para uma endemia da doença ou pode indicar que os diagnósticos têm sido feitos de forma tardia. Quanto ao número de lesões, Melo et al (2017) afirmam que no sexo masculino, há uma prevalência da classificação operacional em multibacilar, que é a classificação clínica onde o indivíduo apresenta mais de cinco lesões. Mesmo assim, as lesões multibacilares tiveram maior prevalência no período investigado. Peneluppi et al. (2015) afirmam em seu estudo que, durante a realização do exame físico, a maior parte dos pacientes apresentavam múltiplas lesões cutâneas. Porém, deve-se atentar para o fato de que, muitas vezes, informações sobre a quantidade de lesões cutâneas são ignoradas e não registradas em prontuários, gerando viés durante pesquisas. Quanto ao tratamento, o farmacológico é a forma mais eficaz de reduzir o risco de incapacidades resultantes da hanseníase, o tratamento poliquimioterápico deve ser associado a outros, como o acompanhamento psicológico (BUNA et al., 2015). Foi ISBN: 978-65-88884-13-3 P ág in a1 4 0 observado ainda que, há predomínio dos casos na forma multibacilar da doença, o que deve ser levado em consideração durante a escolha dos meses de tratamento e esquema de medicações (LIMA; AGUILAR, 2015). Esses achados mostram que a cura e o tratamento da pessoa são demorados, através da administração dos esquemas de tratamento PQT com obediência aos prazos estabelecidos: de 6 a 9 meses para os casos PB e de 12 a 18 meses para os casos MB (BRASIL, 2002). CONCLUSÃO Este estudo possibilitou a análise dos aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de Caxias- MA, no período de 2018 a 2020, na qual se constatou que os anos de 2018 a 2019 tiveram a maior prevalência de casos de hanseníase no período avaliado, o alto coeficiente de casos de hanseníase notificados no município, coloca em evidência o status de área prioritária no controle da doença. Além disso, o domínio da forma multibacilar, facilita a manutenção da doença e sua propagação de forma endêmica. Foi possível observar também que a hanseníase tem uma prevalência maior em indivíduos adultos e do sexo masculino, esta situação reforça que é necessário fortalecer o controle da hanseníase no município, assim como também se faz necessário investir no diagnóstico e no tratamento precoce da doença. A enfermagem desempenha um importante papel na prevenção, diagnóstico, tratamento e controle da hanseníase, além de conscientizar e acolher, também pode estabelecer uma conexão entre os serviços de saúde e os pacientes com hanseníase. Ademais, ela assume o objetivo de fornecer uma linguagem de fácil compreensão para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com hanseníase. REFERÊNCIAS BARBOSA, Débora Regina Marques et al. Características epidemiológicas e espaciais da hanseníase no Estado do Maranhão, Brasil, 2001-2012. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 47, n. 4, p. 347-356, 2014. DOI: 10.11606/issn.2176-7262.v47i4p347-356. 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